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origem do sangue terapia celular parte 3

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38
3 | TERAPIA CELULAR: SONHOS E REALIDADE
39
A utilização terapêutica de células-tronco é uma das formas 
mais promissoras de tratamento de muitas doenças. No entanto, valer-se de tais pro-
cedimentos ainda desperta polêmica, pois o assunto envolve questões éticas.
Neste capítulo, veremos as potencialidades de utilização da 
terapia com células-tronco nos transplantes de medula óssea e no reparo de órgãos 
e tecidos danificados.
TRANSPLANTES DE MEDULA ÓSSEA
O transplante de medula óssea surgiu da seguinte idéia: 
como todas as células do sangue e do sistema imunológico são 
originadas a partir de células-tronco presentes na medula dos 
ossos, caso haja algum dano ou problema com esse sistema 
em uma pessoa, pode-se substitui-lo por um sistema saudável.
O transplante é indicado para o tratamento de várias 
doenças graves que afetam as células do sangue, como ane-
mia aplásica grave (doença em que não há formação das 
células sangüíneas), algumas doenças hereditárias (talassemias) 
e vários tipos de leucemias (leucemia mielóide aguda, leuce-
mia mielóide crônica, leucemia linfóide aguda).
Os pacientes devem ser tratados com altas doses de qui-
mioterápicos e radiação para eliminar as células da medula 
óssea doente. Esse procedimento é delicado, pois faz com 
que o número de células sangüíneas seja dramaticamente 
reduzido. O tecido sadio de um doador é então introduzido 
através de uma veia do receptor e as células migram para a 
medula. Se o transplante tiver sucesso, em um mês a função 
da medula será restabelecida.
+ paraSabermais
As primeiras tentativas científicas de utilização da medula 
de indivíduos saudáveis para recompor a função perdida por 
uma medula doente começaram no final da Segunda Guerra 
Mundial, com vítimas de acidentes na produção de bombas 
atômicas. +
40
O transplante pode ser autogênico, quando as células-tronco 
do doador são provenientes do próprio indivíduo que as rece-
berá, ou alogênico, quando as células-tronco são provenientes 
de um outro indivíduo.
TRANSPLANTE AUTOGÊNICO
No caso de transplantes de células-tronco autogênicas não 
há barreiras imunológicas, uma vez que as próprias células do 
indivíduo são reintroduzidas. Para viabilizar esse procedimen-
to é necessário que o indivíduo, apesar de doente, tenha um 
número suficiente de células-tronco sadias.
São duas as principais preocupações nos transplantes auto-
gênicos: a obtenção de um número suficiente de células sadias 
e a eliminação completa das células cancerosas presentes no 
organismo do doente. Há várias técnicas sendo desenvolvidas 
para essa finalidade, inclusive o uso de drogas especificamente 
testadas para agir sobre células cancerosas, sem efeito sobre 
as células sadias.
TRANSPLANTE ALOGÊNICO
 fiqueligado
As células do sangue apresentam em sua superfície proteínas 
específicas, codificadas por um conjunto de genes conhecidos 
como Complexo Principal de Histocompatilidade – MHC (Major 
Histocompatibity Complex).
Essas proteínas funcionam como antígenos, ou seja, indu-
zem à formação de anticorpos, se transferidas para outro orga-
nismo. Nos seres humanos, esses antígenos são denominados 
HLA (Human Leukocyte Antigen) e como alguns desses genes 
possuem mais de 40 alelos diferentes, variam muito entre indi-
41
víduos, sendo iguais no caso de gêmeos idênticos. Quanto mais 
aparentados forem dois indivíduos, mais alelos do MHC eles 
terão em comum. 
Quando células são retiradas de um doador e transplantadas 
em um receptor não gêmeo, vários desses antígenos HLA são 
diferentes. O sistema imunológico do receptor considera essas 
células como estranhas e tenta matá-las, e as células do doa-
dor também tentam eliminar as células do receptor. É aí que 
se dá o processo de rejeição.
Antes que o transplante ocorra, os tecidos do receptor 
e do doador em potencial devem ser analisados para veri-
ficar a compatibilidade, ou seja, o grau de semelhança, dos 
antígenos HLA. Porém, como não é fácil encontrar um doa-
dor compatível, muitas vezes são realizados transplantes em 
que a compatibilidade HLA entre doador e receptor é parcial. 
O grau de disparidade entre os antígenos da superfície celular 
do doador e do receptor vai determinar a intensidade das 
reações de rejeição, que podem ser minimizadas com medi-
camentos.
Quando não há acesso a um doador compatível, a solu-
ção é procurar em Bancos de Doadores de Medula. Nesses 
bancos, voluntários de todo o mundo são cadastrados e têm 
seus antígenos HLA determinados. No Brasil, há um Regis-
tro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), que 
coordena a pesquisa de doadores, sendo que até o ano de 
2004 mais de quatro mil pessoas tinham sido beneficiadas por 
esses transplantes no país.
+ paraSabermais
A probabilidade de se encontrar um doador compatível entre 
irmãos é de 35%, mas este número cai para 0,0001% entre 
doadores não aparentados. +
 
42
 fiqueligado
Como são obtidas as células-tronco para transplante de medula óssea?
1. As células são retiradas da medula do doador:
O doador é anestesiado e submetido a múltiplas punções, com agulhas, nos ossos posteriores da 
bacia. Uma pequena parte da medula é aspirada.
2. As células são retiradas do sangue circulante:
Um pequeno número de células-tronco está presente no sangue circulante. A administração de 
certas drogas estimula a saída de parte dessas células da medula, aumentando assim seu número 
na circulação. É possível, então, coletar a quantidade necessária de células-tronco fazendo com que 
o sangue do doador circule por uma máquina que retira especificamente as células desejadas.
Coleta de medula óssea vermelha formadora das células do sangue.
43
3. As células-tronco são extraídas do sangue do 
cordão umbilical e da placenta:
O cordão umbilical é um órgão que liga o feto à placenta 
e lhe assegura a nutrição por meio de vasos sangüíneos duran-
te a gestação. Imediatamente após o parto, o cordão é pinça-
do, para impedir que o sangue contido em seu interior se perca, 
e o sangue é retirado com o auxílio de uma agulha. As células 
vermelhas do sangue são coletadas e a amostra é congelada e 
armazenada por até 15 anos, sem que haja perda da qualidade 
das células-tronco.
Este é um procedimento simples e que permite a obtenção 
de células a partir de um órgão que em geral era descartado. 
O uso de células-tronco do sangue de cordão umbilical em trans-
plantes é mais vantajoso do que o de medula óssea, por vários 
motivos: elas se implantam mais eficientemente, são mais 
tolerantes à incompatibilidade entre receptor e doador, têm 
disponibilidade imediata e há possibilidade de realização do 
transplante sem que o doador seja submetido a qualquer tipo de 
procedimento cirúrgico. A facilidade de coleta e da análise 
prévia de antígenos HLA estimulou a criação de Bancos de 
Sangue de Cordão Umbilical no Brasil, também coordenados 
pelo Redome. 
Coleta de sangue de cordão umbilical.
44
AS CÉLULAS-TRONCO E AS POSSIBILIDADES DE REPARO DOS 
TECIDOS DANIFICADOS
Até pouco tempo atrás, sabia-se da existência de células-tronco em um número reduzido de 
tecidos do organismo adulto: as células-tronco hematopoéticas – geradoras de todos os tipos 
de células do sangue; as células-tronco gastrintestinais – associadas à regeneração do revesti-
mento gastrintestinal; as células-tronco responsáveis pela renovação da camada epidérmica da 
pele e as células precursoras dos espermatozóides (espermatogônias). Acreditava-se que as 
células-tronco do adulto estivessem relacionadas apenas à reposição de células dentro do 
mesmo tecido de origem, mas descobertas recentes apontaram sua surpreendentecapacidade 
de se transformar em outros tipos de tecidos e de reparar tecidos danificados.
 fiqueligado
Células-tronco hematopoéticas
Células-tronco hematopoéticas cultivadas em laboratório podem se diferenciar em células de outros 
tecidos, tais como fígado, intestino, pele, músculo cardíaco, e talvez, células nervosas.
Embora se saiba da existência dessas diversas possibilidades de diferenciação, a maneira como 
isso ocorre ainda não está clara. Por isso, pesquisadores no mundo inteiro buscam compreender os 
mecanismos envolvidos na diferenciação celular. 
45
+ paraSabermais
Outra fonte de pesquisas interessante é o tratamento de 
infartos do miocárdio. Nestes casos, há morte de parte do 
tecido cardíaco e as células remanescentes não são capazes 
de reconstituir o tecido morto.
Experimentos indicam que as células-tronco hematopoéti-
cas introduzidas são capazes de migrar para áreas doentes 
e de originar novas células de músculo cardíaco e de vasos 
sangüíneos. +
Doenças que poderão ser tratadas com terapia de célula-tronco.
doenças neurológicas
doenças cardíacas
lesões na medula espinhal
diabetes
doenças do sangue
queimaduras
46
O uso de células-tronco pode auxiliar na recuperação de 
diversas doenças, pois certamente levará ao desenvolvimento 
de células para uso em transplantes.
Estratégias de obtenção de células-tronco para utilização em pesquisa de terapias.
A 
Obtenção de linhagem de células-tronco 
a partir de um embrião
 
 
B 
Obtenção de uma linhagem de células-tronco por 
meio de clonagem terapêutica
 
 
 
C 
Obtenção de linhagem de células-tronco 
a partir de tecido adulto
 
 
 
 
 
 
 
* Como alternativa, o núcleo da célula adulta do doador pode ser diretamente injetado na célula-ovo.
a massa interna de 
células é isolada
uma única célula é isolada
a célula é colocada em 
meio de cultura
união do óvulo e do 
espermatozóide em 
laboratório
a célula divide-se, formando uma 
linhagem celular
o núcleo de uma 
célula-ovo é removido
e células adultas são 
extraídas de um doente
as células da pessoa doente são cultivadas em um meio 
de cultura especial capaz de reverter a diferenciação
a aplicação de um estímulo elétrico induz à fusão do 
núcleo da célula doadora com a célula-ovo anucleada*
a célula-ovo é 
induzida a dividir-se
forma-se um embrião 
geneticamente idêntico 
ao do doador
a célula-tronco é extraída da 
medula de camundongo
a célula é introduzida 
em meio de cultura
a célula se divide, 
formando uma 
linhagem celular
a linhagem de células-tronco é 
cultivada em meio de cultura 
especial para células sangüíneas
as células-tronco 
se diferenciam em 
células sangüíneas
embrião na fase 
de blastocisto
47
 fiqueligado
Clonagem terapêutica
Embora se utilize a palavra clonagem, isto não significa que se 
deseja obter um organismo clonado, mas sim as células-tronco 
embrionárias da fase do blastocisto. Para a obtenção de um orga-
nismo inteiro clonado seria necessário que o embrião no início 
do desenvolvimento fosse implantado no útero de uma mulher. 
Neste caso, a clonagem seria reprodutiva e não terapêutica. 
Na coluna C do esquema, as células-tronco são obtidas a partir 
do tecido de um organismo adulto. Mas, se as células-tronco do 
adulto são tão versáteis, por que não trabalhar somente com estas 
e deixar as embrionárias? A resposta não é tão simples: as células-
tronco do adulto são raras e muito difíceis de serem obtidas nos 
tecidos onde ocorrem. Como, logo após o seu estabelecimento em 
laboratório, elas perdem a capacidade de se dividir e se diferen-
ciar, ainda não se sabe se as células-tronco do adulto serão as 
substitutas perfeitas das células-tronco embrionárias.
A situação ideal para a terapia celular seria estabelecer um 
procedimento para substituir qualquer tipo de tecido lesa-
do ou doente. Para isso, é necessário que se descubra qual 
o verdadeiro potencial e quais as limitações das células-tronco 
embrionárias e de adultos.
Somente através da discussão da sociedade, que deve estar 
ciente dos riscos e benefícios de tais atividades, podemos che-
gar a um consenso sobre a utilização responsável e ética dos 
procedimentos utilizados. 
Neste quadro esquemático são apresentadas três maneiras 
de obtenção de células-tronco em laboratório, a partir de 
células-tronco embrionárias ou de adultos.
Na possibilidade apresentada na coluna A do esquema, as 
células-tronco são obtidas a partir de um embrião em fase 
inicial de desenvolvimento, quando ele possui cerca de 200 
células (blastocisto). O uso dessas células tem gerado muita 
polêmica, pois impede o desenvolvimento do embrião. Uma 
proposta seria a de utilizar os embriões humanos excedentes 
– produzidos por fertilização in vitro (em laboratório) e que 
seriam descartados.
?respondaessa 
Estima-se que existam cerca de 20 mil embriões 
(blastocistos) congelados em clínicas de reprodução 
assistida e que, se não usados, talvez sejam descarta-
dos. Questões para debate:
Você acha ético utilizar estes embriões para a obtenção 
de células-tronco que poderão ser usadas na terapia 
de doentes?
Você acha que um embrião em estágio inicial de desen-
volvimento pode ser considerado um novo indivíduo?
A possibilidade apresentada na coluna B do esquema possibilita 
a criação de células-tronco que são geneticamente idênticas às 
da pessoa que as doou. As células obtidas desta maneira podem 
ser empregadas no tratamento de doenças sem que haja pro-
blemas de incompatibilidade de tecidos. Esse método de obten-
ção de células-tronco é denominado clonagem terapêutica.
48
TRABALHANDO COM O TEMA EM SALA DE AULA
ATIVIDADE 1
DEBATE: O SUPER-HOMEM E AS CÉLULAS-TRONCO EMBRIONÁRIAS
Em outubro de 2004 morreu Christopher Reeve, ator que ficou famoso principalmente pelo 
seu papel de Super-Homem no cinema. Aquele que era símbolo de vigor e juventude teve 
a sua “força” precocemente roubada por um acidente, a queda de um cavalo que o deixou 
tetraplégico.
O ator dedicou suas energias a convencer as autoridades sobre a importância de pesqui-
sas que pudessem promover a reabilitação de pessoas acidentadas como ele, principalmente 
as pesquisas com células-tronco embrionárias. Estas pesquisas ficaram comprometidas no 
Estados Unidos, em conseqüência da legislação que proíbe o financiamento das mesmas com 
verbas públicas. O presidente norte-americano George W. Bush sempre se manifestou contra 
as pesquisas com células embrionárias humanas por motivos religiosos.
O Brasil também vive esse debate, atualmente. O projeto da Lei de Biossegurança, cujos 
pontos principais são a regulamentação da produção de alimentos transgênicos e da pesquisa 
com células-tronco embrionárias foi aprovado no Senado e no Congresso e deve ser sancio-
nado pelo presidente da República. O projeto permitirá que células-tronco possam ser obti-
das de embriões humanos produzidos por técnicas de fer tilização in vitro, desde que estejam 
congelados há pelo menos três anos. Neste caso, essas células poderão ser utilizadas para fins 
de pesquisa de novos tratamentos.
Você pode sugerir aos alunos um debate diferente: com dramatização. De preferência, 
escolha, com eles, papéis polêmicos (mas com base na realidade), para estimular a discussão. 
Isso pode ser feito da seguinte forma:
a. Divida a turma em vários grupos (de três ou quatro alunos, por exemplo) e informe o 
tema: “Projeto de lei para aprovação de pesquisas com células-tronco obtidas de embriões 
congelados”.
b. Cada grupo deverá assumir o papel de um personagem no debate: médicos, religiosos 
(pastor, padre ou rabino, por exemplo),advogados, mães de afetados por doença hereditária 
neurológica grave e progressiva, indivíduos tetraplégicos em vir tude de acidentes, professores, 
jornalistas, entre outros.
49
c. Para estimular a discussão, peça que, antes do debate, os alunos façam uma pesquisa sobre 
o assunto e pensem como cada um dos personagens se comportaria e quais idéias defenderia.
d. Depois que os grupos de alunos tiverem estudado bem seus papéis e os argumentos 
que serão utilizados no debate, reorganize-os nos grupos e peça que cada grupo exponha as 
suas idéias, interpretando o papel preestabelecido (de médico, religioso, advogado etc.).
Dicas
Para o debate acontecer em sala de aula, a organização é muito importante. Determi-
nar um tempo de fala é fundamental.
Durante a exposição de um grupo, você pode fazer anotações das idéias principais 
no quadro.
O respeito às diferentes opiniões deve ser uma regra nesse tipo de atividade.
Pontos para estimular o debate
1. Quando um indivíduo tem morte cerebral, mas os seus órgãos ainda estão funcio-
nando, diversos órgãos podem ser retirados e doados para transplantes. Vocês acham 
que este indivíduo ainda pode ser considerado vivo?
2. No processo de obtenção de células-tronco do blastocisto, o mesmo é destruído, não 
sendo mais capaz de originar um embrião. Você considera ético esse procedimento?
3. Um dos efeitos contraceptivos do DIU (Dispositivo Intra-Uterino) é impedir a im-
plantação de um embrião poucas horas após a fertilização, ou seja, na fase do blas-
tocisto. Se um dos argumentos contra o uso das células-tronco embrionárias é que se 
está tirando uma vida, como vocês vêem o uso do DIU?
4. Na ausência de uma lei aprovada regulamentando o assunto no país, o Conselho 
Federal de Medicina proíbe o descarte, nas clínicas de fertilização in vitro, dos 
embriões congelados, ainda que os pais não desejem mais implantá-los.
5. Ao contrário do que as notícias de jornal e revistas possam sugerir, o uso das célu-
las-tronco embrionárias em pesquisa não significa a cura imediata nem tratamento 
para todos os tipos de doenças. 
6. Nos Estados Unidos, pesquisas com células-tronco obtidas de embriões estão proi-
bidas de receber financiamento de instituições que operam com verbas públicas. No 
entanto, tais pesquisas são permitidas se financiadas com verbas privadas.
50
e. Após a exposição de todos os alunos, perguntas podem ser feitas de um grupo 
para o outro.
f. Ao final, promova uma discussão-síntese com o grupo, buscando problematizar as posi-
ções de cada um. Pergunte se alguém não gostou de interpretar um papel e o porquê. 
Apesar de difícil, seria interessante que os alunos chegassem a um consenso.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
Para saber mais sobre transplantes de medula óssea consulte
Jornais e Revistas
Revista Época – Edição 356, 14/03/2005
A polêmica do cordão: o Ministério da Saúde alerta para a ilusão de guardar cordão um-
bilical para uso da própria criança – Valéria Blanc
Link: http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT928441-1664,00.html
Jornal Folha de S. Paulo – 15/12/2004
Transplante de órgãos bate recorde no Brasil
Links
Instituto Nacional do Câncer
Transplante de medula: INCA amplia busca internacional por doadores
http://www.inca.gov.br/releases/press_release_view.asp?ID=126
Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME)
http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?ID=677
Folha de S. Paulo Online
Sangue umbilical pode curar leucemia também em adultos – Agência Lusa
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u12681.shtml
Associação da Medula Óssea
http://ameo.braslink.com/duvidas.htm
51
Para saber mais sobre o uso de células-tronco em terapias
Links
Com Ciência
Aplicações terapêuticas das células-tronco: perspectivas e desafios - Claudio L. 
Lottenberg e Carlos A. Moreira-Filho
http://www.comciencia.br/reportagens/celulas/13.shtml
Folha de S. Paulo Online
Célula-tronco não é panacéia, diz cientista – Claudio Angelo
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u12280.shtml
Agência FAPESP
Novas abordagens da terapia celular – Washington Castilhos
http://www.agencia.fapesp.br/boletim_dentro.php?id=2952
Fundação Oswaldo Cruz
Questões científicas para a reflexão ética - Mario Toscano de Brito Filho
http://www.dbbm.fiocruz.br/ghente/publicacoes/limite/reflexao_etica.htm

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