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ECONOMETRIA: 1- A Natureza da Econometria e dos Dados Econômicos Aplicação Estrutura dos dados econômicos Variáveis Exemplos práticos Objetivos GERAIS Propiciar o conhecimento de instrumentos de análise quantitativa para o estudo e pesquisa de dados econômicos, contribuindo nos processos de tomada de decisão e, além disso, complementando o conhecimento teórico adquirido nas demais disciplinas do curso. ESPECÍFICOS Modelagem de fenômenos econômicos por meio de funções matemáticas. Verificação empírica de pressupostos da teoria econômica. Fornecimento de base teórica para estudo de ferramentas mais poderosas de análise de dados, que podem ser aplicados em outras disciplinas. Conteúdo programático - resumo Parte I – Introdução Análise de Regressão com Dados de Corte Transversal 1. A Natureza da Econometria e dos Dados Econômicos 2. O Modelo de Regressão Simples 3. Análise de Regressão Múltipla: Estimação 4. Análise de Regressão Múltipla: Inferência 5. Eficiência e Consistência do Método de MQO 6. Forma Funcional, Grau de Ajuste e Previsão 7. Heterocedasticidade, Multicolinearidade e Autocorrelação Conteúdo programático - resumo Parte II –Tópicos Complementares 8. Análise de Regressão Múltipla com Informações Qualitativas: Variáveis Binárias. 9. Variáveis Defasadas 10. Váriáveis Instrumentais 11. O Básico da Análise de Regressão com Dados de Séries Temporais Bibliografia Bibliografia Básica: 1. WOOLDRIDGE, J. Introdução À Econometria - Uma Abordagem Moderna. São Paulo: Thompson Learning, 2005. Bibliografia Complementar: 1. HILL, C.; GRIFFITHS, W.; JUDGE, G. Econometria. 2ª. Ed. São Paulo: Saraiva, 2003. 2. GUJARATI, D. N. Econometria Básica. 4ª. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2006. 3. SARTORIS, A. Estatística e Introdução à Econometria. São Paulo: Saraiva, 2003. Introdução Imagine que você seja contratado pelo governo de seu Estado para avaliar a eficácia de um programa de treinamento financiado com recursos públicos. Suponha que esse programa ensine aos trabalhadores várias maneiras de como usar computadores no processo produtivo. O programa, com duração de 20 semanas, oferece cursos fora do horário do expediente. Qualquer trabalhador horista da produção pode participar, e a matrícula em todo o programa, ou em parte dele, é voluntária. Você deve determinar qual o efeito, se houver, do programa de treinamento sobre o salário-hora de cada trabalhador. Introdução Suponha, agora, que você trabalhe para um banco de investimentos. Você deve estudar os retornos de diferentes estratégias de investimento que envolvem títulos do Tesouro dos Estados Unidos para decidir se elas estão de acordo com as teorias econômicas a elas associadas. O que é econometria? A econometria é baseada no desenvolvimento de métodos estatísticos para estimar relações econômicas, testar teorias, avaliar e implementar políticas de governo e de negócios. Econometria é um conjunto de ferramentas de pesquisa empregado nas disciplinas empresariais de contabilidade, finanças, marketing e gerenciamento. É também usada por cientistas sociais, pesquisadores especializados na história, na ciência política e na sociologia. Aplicações de conceitos matemáticos / estatísticos em modelos econômicos que representam as com condições de mercado O que é econometria? A aplicação mais comum da econometria é a previsão de importantes variáveis macroeconômicas, tais como taxas de juros, taxas de inflação e produto interno bruto (PIB). Agregados monetários (moeda), desemprego,câmbio, mercado financeiro, juros. Outras variáveis: Salários; grau de instrução, faturamento, gastos com propaganda , nível de desmatamento, poluição, etc O que é econometria? Os métodos econométricos podem ser usados em áreas econômicas que não têm nada a ver com previsões macroeconômicas. Por exemplo, estudaremos os efeitos de gastos em campanhas políticas sobre os resultados de eleições. No campo da educação, consideraremos o efeito de gastos públicos com escolas sobre o desempenho de estudantes. Além disso, aprenderemos como usar métodos econométricos para prever séries de tempo econômicas. A Econometria diz respeito a como melhor estimar os parâmetros econômicos, dadas as informações que possuímos. Principalmente por meio de ferramentas da estatística, para responder questões do tipo “quanto”. O que é econometria? • O das variáveis que farão parte do modelo; • A definição dos parâmetros, como uma “simplificação” da realidade; • O teste das hipóteses; • A obtenção das estimativas para o resultado esperado. Um modelo econométrico representando as vendas dos Clios é ( , , , )d s cq f p p p i e= + • O erro aleatório (e ) leva em consideração diversos fatores que afetam as vendas e que nós omitimos desse modelo simples. Ele reflete também a incerteza intríseca1 na atividade econômica. •1Que está dentro, que faz parte, ou seja, característica que lhe é peculiar. Modelo Econométrico Função Demanda = > Qde Demandada = função do preço Passos na análise econômica empírica Os métodos econométricos são relevantes em,todos os ramos da economia aplicada. Principalmente quando temos uma teoria econômica para testar ou quando temos em mente uma relação que apresenta alguma importância para decisões de negócios ou análises de políticas públicas. Uma análise empírica2 usa dados para testar uma teoria ou estimar uma relação. 2 empírica: Que se apóia exclusivamente na experiência e na observação, e não em uma teoria. Análise econômica empírica Como se estrutura uma análise econômica empírica? O primeiro passo em qualquer análise empírica é a formulação cuidadosa da questão de interesse. Essa questão pode ser a de testar certo aspecto de uma teoria ou os efeitos de uma política governamental. Em princípio, métodos econométricos podem ser usados para responder a uma gama de questões. Análise econômica empírica Muito cuidado com as análise e interpretações: seguir “protocolos” Em alguns casos, especialmente aqueles que envolvem o teste de teorias econômicas, constrói-se um modelo econômico formal. Um modelo econômico consiste em equações matemáticas que descrevem várias relações. Análise econômica empírica Os economistas são conhecidos por suas construções de modelos os quais descrevem um amplo leque de comportamentos. Por exemplo, em microeconomia intermediária, as decisões de consumo individual, sujeitas a uma restrição orçamentária, são descritas por modelos matemáticos. A premissa básica que fundamenta esses modelos é a maximização da utilidade. A hipótese de que os indivíduos fazem escolhas para maximizar seu bem-estar, sujeitas às restrições de recursos Análise econômica empírica Os economistas têm usado ferramentas econômicas básicas, tais como o arcabouço da maximização da utilidade, para explicar comportamentos que, à primeira vista, podem parecer de natureza não econômica. Um exemplo clássico é o modelo econômico de Becker (1968) sobre o comportamento criminoso. Análise econômica empírica Em um artigo inspirador, o prêmio Nobel Gary Becker postulou um arcabouço da maximização da utilidade para descrever a participação de um indivíduo no crime. Certos crimes têm recompensas econômicas evidentes, mas muitos comportamentos criminosos têm custos. O custo de oportunidade do crime impede o criminoso de participar de outras atividades, como um emprego legal. Além disso, há custos associados com a possibilidade de ser capturado, e, se condenado, há os custos associados com o cumprimento de pena. Modelo Econômico do Crime Da perspectiva de Becker, a decisão de empreender a atividade ilegal é uma decisão de alocação de recursos com os benefícios e custos das atividades concorrentes sendo considerados. Sob hipóteses gerais podemos derivar uma equação que descreve a quantidadede tempo gasto na atividade criminosa como uma função de vários fatores. Podemos representar tal função como Modelo Econômico do Crime Podemos representar tal função como Modelo Econômico do Crime A estrutura dos dados econômicos https://www.observatoriodeseguranca.org/dados-e-analises/ Para dados sobre segurança pública e taxas de crimes, acesse aqui. •Custos da Segurança Pública •Estatísticas Criminais no Estado de São Paulo •Estrutura Policial do Estado de São Paulo •Sistema Penitenciário •Debate contemporâneo sobre a pena e o crime https://www.observatoriodeseguranca.org/dados-e-analises/ http://www.estadao.com.br/especiais/raio-x-da-seguranca-publica-brasileira,153284.htm https://www.observatoriodeseguranca.org/dados-e-analises/#tab-custosdaseguranapblica https://www.observatoriodeseguranca.org/dados-e-analises/#tab-estatsticascriminaisnoestadodesopaulo https://www.observatoriodeseguranca.org/dados-e-analises/#tab-estruturapolicialdoestadodesopaulo https://www.observatoriodeseguranca.org/dados-e-analises/#tab-sistemapenitencirio https://www.observatoriodeseguranca.org/dados-e-analises/#tab-debatecontemporneosobreapenaeocrime A estrutura dos dados econômicos Ou => ▪https://ernestoamaral.com/docs/mq13reg/Aula01.pdf https://ernestoamaral.com/docs/mq13reg/Aula01.pdf Os dados econômicos apresentam-se em uma variedade de tipos. Sendo os mais importantes encontradas nos trabalhos aplicados: A estrutura dos dados econômicos 1) Dados de Corte Transversal: Um conjunto de dados de corte transversal consiste em uma amostra de indivíduos, consumidores, empresas, cidades, estados, países ou uma variedade de outras unidades, tomada em um determinado ponto no tempo. A estrutura dos dados econômicos Uma importante característica dos dados de corte transversal é que não podemos assumir que eles foram obtidos por amostragem aleatória da população subjacente. Algumas vezes, a amostragem aleatória não é apropriada como uma hipótese para analisar dados de corte transversal. Por exemplo, suponha que estejamos interessados em estudar fatores que influenciam na acumulação de riqueza das famílias. Podemos estudar uma amostra aleatória de famílias, mas algumas talvez se recusem a relatar suas riquezas. Dados de corte transversal - exemplo salárioh (salário por hora), educ (anos de educação formal), exper (anos de experiência no mercado de trabalho), feminino (indicador de gênero) e casado (estado civil). Conjunto de dados de corte transversal para o ano de 1976 de 526 trabalhadores (Wooldridge 2008): A estrutura dos dados econômicos 2) Dados de Séries de Tempo: Um conjunto de dados de séries de tempo consiste em observações sobre uma variável ou muitas variáveis ao longo do tempo. Exemplos de dados de séries temporais incluem preços de ações, oferta de moeda, índice de preços ao consumidor, produto interno bruto, taxas anuais de homicídios e números de vendas de automóveis. Como eventos passados podem influenciar eventos futuros, e como, nas ciências sociais, as defasagens do comportamento são prevalecentes, o tempo é uma dimensão importante em um conjunto de dados de séries de tempo. A estrutura dos dados econômicos 2) Dados de Séries de Tempo: A análise desses dados pode ser dificultada, porque observações econômicas não são independentes ao longo do tempo (variáveis possuem padrões sazonais). – Há uma série de frequências possíveis: diárias, semanais, mensais, trimestrais, anuais, decenais... A estrutura dos dados econômicos A estrutura dos dados econômicos 3) Cortes Transversais Agrupados Alguns conjuntos de dados têm tanto características de corte transversal quanto de séries de tempo. – Um mesmo conjunto de variáveis é coletado em diferentes períodos do tempo, em distintas amostras aleatórias de uma mesma população (Censo Demográfico, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD). A estrutura dos dados econômicos 3) Cortes Transversais Agrupados –Agrupar cortes transversais de diferentes anos é eficaz para analisar os efeitos de uma política pública. – Geralmente são utilizados dados secundários, coletados por outros pesquisadores ou instituições. Por exemplo, suponha que dois estudos sobre famílias sejam realizados nos Estados Unidos com dados de corte transversal, um em 1985 e outro em 1990. A estrutura dos dados econômicos – Conjunto de dados sobre os preços da moradia em 1993 e 1995 nos Estados Unidos (Wooldridge 2008): A estrutura dos dados econômicos 4)Dados de Painel ou Longitudinais Consiste em uma série de tempo para cada membro do corte transversal do conjunto de dados. Como exemplo, suponha que tenhamos o histórico de salário, educação e emprego para um conjunto de indivíduos ao longo de um período de dez anos, ou que possamos coletar informações, tais como dados de investimento e financeiros, sobre o mesmo conjunto de empresas ao longo de um período de cinco anos. A estrutura dos dados econômicos 4)Dados de Painel ou Longitudinais – Os dados de painel são distintos dos dados de corte transversal agrupados (tendências) e de séries de tempo (coortes), porque as mesmas unidades são acompanhadas ao longo de um determinado período. – Dados de painel podem ser coletados para indivíduos, domicílios, instituições ou unidades geográficas. – Esses dados são os mais sofisticados para fins explicativos, mas são mais difíceis e caros de se obter. A estrutura dos dados econômicos A característica essencial dos dados de painel que os distingue dos dados de corte transversal agrupado é o fato de que as mesmas unidades do corte transversal (indivíduos, empresas ou municípios nos exemplos anteriores) são acompanhadas ao longo de um determinado período. A estrutura dos dados econômicos ESCOLHENDO O DESENHO APROPRIADO _ Dados de corte transversal são mais apropriados se objetivo é descrição de tempo único. – Mudanças ao longo do tempo são mais difíceis de realizar, porque dados de painel exigem tempo e recursos: – É possível utilizar dados de corte transversal e comparar pessoas que passaram por uma experiência no passado, com aqueles que não passaram. – Estudos de painel são mais viáveis economicamente quando o fenômeno estudado tem duração curta (por exemplo, opinião de voto durante uma campanha eleitoral). – Estudos de tendências podem ser realizados quando dados antigos são complementados com dados coletados pelo pesquisador. ▪Fonte:https://ernestoamaral.com/docs/mq13reg/Aula01.pdf https://ernestoamaral.com/docs/mq13reg/Aula01.pdf Resumo ▪ WOOLDRIDGE, J. Introdução À Econometria - Uma Abordagem Moderna. São Paulo: Thompson Learning, 2005. ▪ HILL, C.; GRIFFITHS, W.; JUDGE, G. Econometria. 2ª. Ed. São Paulo: Saraiva, 2003. ▪https://ernestoamaral.com/docs/mq13reg/Aula01.pdf Referências bibliográficas https://ernestoamaral.com/docs/mq13reg/Aula01.pdf
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