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Arte, Cultura e Estética
Profª Drª Lívia Cretaz Dalprá
livia.dalpra@anhembi.br
O QUE É ARTE?
O Grito – Edvard Munch
Street dance
Pabllo Vittar - Cantora
Vênus de Milo - Alexandros de Antioquia
Catedral da Sé
Ballet Bolshoi
Arte
“Nada existe realmente a que se possa dar o nome de Arte. Existem 
somente artistas” – Ernest Gombrich
“A arte é uma mentira que nos faz compreender a verdade” - Pablo 
Picasso
Arte
- do latim ars, significando técnica e/ou habilidade) geralmente é
entendida como a atividade humana ligada a manifestações de
ordem estética ou comunicativa, realizada a partir da percepção,
das emoções e das ideias, com o objetivo de estimular essas
instâncias da consciência e dando um significado único e
diferente para cada obra. A arte se vale para isso de uma grande
variedade de meios e materiais, como a arquitetura, a escultura,
a pintura, a escrita, a música, a dança, a fotografia, o teatro e o
cinema.
O QUE É ESTÉTICA?
Personagem Agostinho Carrara
Estética
Estudo racional da relação entre o “belo x feio” e a reação que
ela desperta nos seres humanos.
A estética estuda tem como objeto de estudo os seres humanos,
objetos, lugares e a Arte.
O “belo” - Platão
Não depende de quem observa, está contido no próprio objeto.
Esse é o ideal das Academias de Arte, tentar fixar regras para a
produção artística a partir de uma determinada concepção de
belo.
O “belo” – Hume (sec. XVII)
A Beleza é algo pessoal, portanto, não pode ser discutido
racionalmente.
Gosto não se 
discute!
O “belo” – Kant (sec. XVIII)
O belo é universal porque julgar algo é uma faculdade de
qualquer ser humano.
!! O critério de avaliação não é a razão, mas os sentimentos.
Para os que amam 
o feio, bonito lhe 
parece.
O “belo” – Hegel (sec. XIX)
O gosto e a noção do que é belo muda de acordo com o tempo
(dialética).
A produção de uma obra ou a definição de algo como belo
depende mais da cultura de uma determinada época.
O que é considerado feio em certo período pode ser belo em
outro.
Botero – sec. XX
Twiggy – modelo da 
década de 1960. 
Ditadura da magreza
E o feio?
O ~feio~
A discussão sobre o que é o feio se coloca junto com a discussão
do que seja o belo.
O feio pode aparecer em uma obra de arte de duas maneiras:
- como forma (estilo artístico feio);
- tema retratado (algo que não seja bonito de ser
apreciado).
Foto de Hugo Carneiro
Fotos de Hugo Carneiro
O QUE É CULTURA?
Cultura
Conceito da antropologia que entende todo aquele complexo
que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os
costumes e todos os outros hábitos e capacidades adquiridos
pelo homem como membro da sociedade.
Cultura é também comumente associada às formas de
manifestação artística e/ou técnica da humanidade.
Pinturas rupestres
Arte rupestre
Arte do Paleolítico datado 
entre 40.000 e 10.000 a. C.
Cavalos, da Caverna de Chauvet. 
Arte rupestre
A Caverna de Chauvet ocupada por humanos em dois diferentes períodos. A maior 
parte das pinturas é do mais antigo (30.000 a 32.000 anos). A última ocupação (25.000 
a 27.000 anos) deixou poucas marcas, como a impressão de um pé de criança, restos 
de fogueiras e a fuligem das tochas usadas para clarear mas que enfumaçou as 
pinturas. A caverna ganhou esse nome por seu descobridor, Jean-Marie Chauvet, que 
a descobriu em 18 de dezembro de 1994, juntamente com Christian Hillaire e Eliette
Brunel-Deschamps. Os pesquisadores acham que a caverna ficou intocada por 20.000 
a 30.000 anos, em função de um deslizamento de terra que ocultou a entrada 
principal.
Foram catalogadas 435 pinturas de animais, descrevendo treze diferentes espécies, 
incluindo algumas que pouco ou nunca tinham sido encontradas em sítios 
equivalentes. Leões, panteras, ursos, aves predadoras parecidas com corujas, 
rinocerontes e hienas, além das espécies mais comuns, como cavalos, bovídeos e 
veados. 
Arte rupestre
Retratavam basicamente cenas de caça e possuíam um caráter mágico. Arte realista
por excelência, reproduzia o mundo em que as pessoas viviam. Muitos símbolos
desenhados podem ter sido o primeiro passo em direção à escrita ideográfica.
Diretamente ligado ao processo de dominação do fogo. O controle desse elemento
natural permitiu o conforto e a segurança necessários para o posterior surgimento de
processos de comunicação mais complexos, como a palavra e a arte.
Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada 
Corresponde ao período mais remoto da humanidade, sua infância. O ser humano
teve de lutar duramente para garantir sua sobrevivência. A obtenção de alimentos era
difícil e perigosa, pela ameaça e concorrência de outros animais. Vivia da caça, pesca e
coleta. Era um extrativista, um predador, nada produzia. Sua organização social era
extremamente simples (vida grupal), e o local de abrigo e refúgio mais utilizado eram
as cavernas. O domínio do fogo foi fundamental para sua sobrevivência.
Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada 
O homem habitava nas cavernas, às vezes disputando com animais selvagens. Quando
acabavam os alimentos da região em que habitavam, as famílias migrar para outra
região, uma vida nômade (sem habitação fixa). Vivia da caça de animais de pequeno,
médio e grande porte, da pesca e da coleta de frutos e raízes. Usavam instrumentos e
ferramentas feitos a partir de pedaços de ossos e pedras. Os bens de produção eram
de uso e propriedade coletiva.
Comunicavam-se com uma linguagem pouco desenvolvida, de poucos sons, sem a
elaboração de palavras. Uma das formas de comunicação eram as pinturas rupestres.
Caverna de Chauvet
Caverna de Chauvet
Caverna de Chauvet
Bisão. c. 15.000 -12.000 a.C. Gruta de 
Altamira/Espanha. . Paleolítico - 40.000 e 10.000 a. C.
Bisão. c. 15.000 -12.000 a.C. Gruta de 
Altamira/Espanha. . Paleolítico - 40.000 e 10.000 a. C.
Animais .C.15.000-10.000 a.C. Gruta Lascaux/França. . Paleolítico - 40.000 e 10.000 a. C.
Teto .C.15.000-10.000 a.C. Caverna Lascaux/França. Paleolítico - 40.000 e 10.000 a. C.
Cavalo. c. 15.000-10.000 a.C. Grua de Lascaux/França. Paleolítico - 40.000 e 10.000 a. C.
Neolítico
Os dólmens são monumentos megalíticos 
tumulares coletivos (datados desde o fim do V 
milénio a.C. até ao fim do III milénio a.C. Crê-se 
um legado dos povos Celtas.
Tinham função essencialmente funerária e 
religiosa, refletindo a prática do culto dos 
mortos no seu interior, por vezes decorado 
com pinturas ou gravação abstratas ou cenas 
da vida quotidiana.
Habitação neolítica . Entre 12 mil e 4 mil a.C. 
Stonehanger - Londres
Neolítico ou Idade da Pedra Polida
Neolítico, também conhecido como Idade da Pedra Polida foi a fase da pré-história
que ocorreu entre 12 mil e 4 mil a.C. O início deste período é marcado com o fim das
glaciações (época em que quase todo planeta ficou coberto de gelo) e termina com o
desenvolvimento da escrita na Suméria (região da Mesopotâmia).
Neolítico ou Idade da Pedra Polida
O conjunto das atividades econômicas determinou uma divisão de tarefas entre o
homem e a mulher, ao mesmo tempo em que se estruturavam as instituições político-
sociais. Ao homem cabia a caça, a preparação da terra para a lavoura e, certamente, as
atividades militares (construção da paliçada, a defesa, a produção de armamentos). O
cuidado com a lavoura, incluindo a colheita, era encargo feminino, bem como o
cuidado da habitação, das crianças e a preparação da comida. A organização política
congregava todos os membros masculinos adultos da aldeia, para assegurar sucesso
na defesa, no ataque e manutenção do domínio das áreas de caça. A chefia, então, já
repousava na experiência, não tanto na força.
Neolítico ou Idade da Pedra Polida
No final do Neolítico, iniciou-se a Idade dos Metais, com o emprego de instrumentos
de metais graças ao domínio, ainda que rudimentar, da técnica de fundição. Utilizou-
se, a princípio, o cobre, o estanho, sua liga (o bronze) e o chumbo, metais cuja fusão é
mais fácil. A melhoria na fusão,pelo uso de foles, estimulou e diversificou a produção
metalúrgica, culminando na produção do ferro, usado principalmente na feitura de
armas.
O início da escrita
Período anterior a 4.000 a.C., anterior ao aparecimento da escrita (sinais /símbolos
para exprimir as ideias humanas), 4.000 a.C., foi por volta deste ano que
os Sumérios desenvolveram a escrita cuneiforme.
Cunha é uma ferramenta de metal ou madeira dura, em forma de prisma agudo em
um dos lados. A cunha foi criada pelos Sumérios, principalmente na escrita
cuneiforme (utilizando objetos em forma de cunha) 3.500 a.C.
Fieiras de Menires em Ménec, c. 
4250-3750 a.C. Carnac, França.
O início da escrita
O material mais disponível para se escrever era a argila, sobre a qual se traçavam
incisões com hastes cortadas em seção triangular, que produziam a marca
característica em cunha.
Argila e bambu: As informações eram gravadas pressionando sobre o barro com
hastes de bambu. Os desenhos criados ficavam no formato de cunha, por isso o nome
cuneiforme.
Tabuletas cuneiformes podiam ser queimadas em fornos para prover um registro
permanente; ou as tabuletas poderiam ser reaproveitadas se não fosse preciso manter
os registros por longo tempo. Muitas das tabuletas achadas por arqueólogos foram
preservadas porque foram queimadas durante os ataques incendiários de exércitos
inimigos, contra os edifícios no qual as tabuletas eram mantidas.
Escrita cuneiforme Pictogramas
Escrita cuneiforme
Idade dos metais
Quando o homem começou a usar o cobre, o ferro, a prata e o estanho para criar ferramentas e 
possíveis ornamentos.
O período da Idade dos Metais é a última fase da Pré-história. De curta duração, este período vai 
de 6, 5 mil anos atrás até o surgimento da escrita (por volta de 4.000 anos atrás).
Foi um período muito importante, pois o homem pré-histórico fez vários avanços nas técnicas de 
produção de artefatos. Estes avanços, lhes permitiram melhores condições de vida. O 
conhecimento de técnicas de fundir e moldar os metais trouxe muitos avanços na vida cotidiana 
do homem pré-histórico.
Utensílios da Idade dos Metais
Idade dos metais
Principais avanços do período da Idade dos Metais:
Idade do Cobre - por volta de 6 mil anos atrás, o homem pré-histórico (homo sapiens 
sapiens) adquiriu conhecimentos para o desenvolvimento de técnicas para derreter e 
moldar o cobre. Usava moldes de pedra ou barro para colocar o cobre derretido e 
produzir espadas, lanças e ferramentas. Usava o martelo para moldar estes objetos 
depois que esfriavam.
Idade do Bronze - por volta de 4 mil anos atrás, o homem começou a produzir o 
bronze (metal mais resistente que o cobre), a partir da mistura da liga do cobre com o 
estanho. Espadas, capacetes, martelos, lanças, facas, machados e outros objetos de 
bronze começaram a ser fabricados neste período. Esta época, de grande avanço 
tecnológico, passou a ser chamada de Idade do Bronze.
Idade do Ferro - por volta de 3,5 mil anos atrás o homem já dominava muito bem a 
metalurgia, passando a fabricar o ferro, usando fornos em altas temperaturas. Com o 
ferro, o homem passou a desenvolver, principalmente, armas mais resistentes.
Idade dos metais
A fabricação destes objetos de metais teve uma grande influência na agricultura, 
aumentando a produção. O arado de metal, enxada e outras ferramentas agrícolas 
rústicas foram criadas, facilitando assim o trabalho no campo.
O domínio dos metais também possibilitou ao homem deste período a fabricação de 
utensílios domésticos (panelas, potes, facas, etc) e objetos de adorno e de arte. Nesta 
época, várias esculturas de bronze foram produzidas.
E no Brasil?
Parque Nacional Serra da Capivara
Parque Nacional Serra da Capivara
Local de conservação arqueológica com uma grande riqueza de
vestígios que se conservaram durante milênios. O patrimônio
cultural e os ecossistemas locais estão intimamente ligados, pois
a conservação do primeiro depende do equilíbrio desses
ecossistemas. O equilíbrio entre os recursos naturais é o
condicionante na conservação dos recursos culturais e foi o que
orientou o zoneamento, a gestão e o uso do Parque pelo poder
público.
Parque Nacional Serra da Capivara
Área de maior concentração de sítios pré-históricos do
continente americano e Patrimônio Cultural da Humanidade -
UNESCO, além de contar com os mais antigos exemplares de arte
rupestre do continente. Contém a maior quantidade de pinturas
rupestres do mundo.
Estudos científicos confirmam que a Serra da Capivara foi
densamente povoada em períodos pré–históricos. Os artefatos
encontrados apresentam vestígios do homem que podem ter
50.000 anos, os mais antigos registros na América.
Vestígios no Brasil – outros lugares
Em Minas Gerais, na região de Lagoa Santa, existem mostras de arte rupestre
também muito antigas, de cerca de 10.000 anos. São cenas de caça com uso
de flechas e de armadilhas para apanhar animais, redes grandes com peixes,
retratando a dinâmica do dia-a-dia de povos antigos.
Destacam-se também a Toca da Esperança, região central da Bahia,
Florianópolis (e cercanias) e a região dos Campos das Lages, ambas no estado
de Santa Catarina. No Rio Grande do Norte, diversos sítios foram
encontrados, principalmente nas regiões do Seridó e na chapada do Apodi,
com destaque para o Lajedo de Soledade.
https://brasil.elpais.com/brasil/2020-02-16/record-e-condenada-a-pagar-dois-milhoes-de-reais-por-pintar-de-branco-
arte-rupestre-em-diamantina.html?fbclid=IwAR1LaRYjZ1fhG-tie2W5y86miHnxytCjSaD8v-DCYIXRqpfeg8mnpE5aiSk
https://brasil.elpais.com/brasil/2020-02-16/record-e-condenada-a-pagar-dois-milhoes-de-reais-por-pintar-de-branco-arte-rupestre-em-diamantina.html?fbclid=IwAR1LaRYjZ1fhG-tie2W5y86miHnxytCjSaD8v-DCYIXRqpfeg8mnpE5aiSk
Mina de sal de Wieliczka (Polônia)
A mina de sal de Wieliczka (Polônia), uma das mais antigas do mundo, possui 300 kms de
extensão e se localiza a 327 metros de profundidade.
Desde os tempos neolíticos, lá foi produzido cloreto de sódio ( sal de mesa ) a partir da
salmoura. A mina foi escavada pela primeira vez no século XIII, produziu sal de mesa
continuamente até 2007.
Durante a Segunda Guerra Mundial , a mina foi usada pelos alemães ocupantes como uma
instalação subterrânea para a fabricação relacionada à guerra. Durante a ocupação nazista,
vários milhares de judeus foram transportados dos campos de trabalhos forçados em
Plaszow e Mielec para a mina de Wieliczka para trabalhar na fábrica subterrânea de
armamentos montada pelos alemães.
A mina hoje é Patrimônio Mundial da UNESCO. Nas suas galerias subterrâneas, realizam-se
também diversos eventos sociais, tais como banquetes, concertos e provas desportivas.
Existe ainda um sanatório, onde pessoas com problemas alérgicos ou respiratórios podem
desfrutar dos benefícios de uma temporada subterrânea.
E NA COMUNICAÇÃO?
Pixação
Pixação
Pixação
A pixação é uma forma de comunicação visual, caligrafia urbana nasceu em
São Paulo na década de 60 como forma de protesto contra a ditadura militar,
que durou até a década de 80.
A partir da década de 80 e sob a influência da estética punk a pixação evoluiu
morfologicamente e adquirir uma identidade conceitual altamente vingativo.
Grafites de Eduardo Kobra
Tatuagens
ARTE PERSA
A civilização Persa (século III até á sua 
queda em Ctesifonte, em 640 a.C.)
Arte Persa
Atual Irã
Arte Persa
As religiões do oriente médio, especialmente tratando da Civilização 
Persa, eram bastante intolerantes quanto as imagens de deuses e 
passagens bíblicas que sempre ocuparam um tema especial na arte 
ocidental, embora a representação de algumas figuras humanas 
fosse admitida desde que não possuíssem vínculos com a religião. 
Mas o fato de não poderem representar imagens sagradas não 
anulou a arte do oriente. Os artistas souberam trabalhar com formas 
geométricas e padrões de linhas e cores. composições tão bem 
elaboradas por meio dos famosos tapetes persas.Tapetes persas
Tapetes persas
Guerreiros persas, Museu 
de Pérgamo em Berlin.
Vaso de ouro com cabeça 
de leão. Arte Persa do 
século V a.C.
Bracelete de ouro 
(séculos VII e IV. Arte 
persa.
Joalheria Persa
Arquitetura persa.
Domo de uma Mesquita.
ARTE MESOPOTÂMICA
Arte Mesopotâmica
A arte da Mesopotâmia desenvolveu-se ao longo de muitos e muitos séculos, passando por 
diferentes civilizações, não sendo, portanto, muito coesa em suas manifestações. 
Povos mesopotâmicos: civilizações que se desenvolveram na área das terras férteis localizadas entre 
os rios Tigre e Eufrates, denominada comumente “Mesopotâmia”. Entre eles estão os sumérios, os 
assírios e os babilônicos.
As principais manifestações da arquitetura mesopotâmica eram os palácios, templos, geralmente 
grandiosos. Os templos possuíam instalações completas, com aposentos para os sacerdotes e 
outros compartimentos. Um traço característico dessa arquitetura era o “Zigurate”, torre de vários 
andares, em geral sete, sobre a qual havia uma capela, usada para observar o céu.
Zigurate.Dur-Untas, ou Choga Zambil, construído no século XIII a.C. por Untas Napirisa e localizado perto de Susa, Irã, é um dos 
mais preservados zigurates do mundo.
Arte Mesopotâmica
“Monumento blau” combina imagens e escrita antiga.
Possivelmente, os mais antigos espécimes de escrita autêntica até hoje 
descobertos são os que se encontraram em dois tabletes de basalto bem 
trabalhados. Ambos vieram da Mesopotâmia e mostram uma forma 
pictográfica muito primitiva dos caracteres pré-cuneiformes são dois 
tabletes de pedra fina esverdeada, conhecidos por “monumentos Blau”.
Arte Mesopotâmica
Monumento blau combina imagens e escrita antiga.
Arte Mesopotâmica
Rainha da Noite, Antiga Deusa da Mesopotâmia
Estátua de Gudea.
ARTE NO ISLÃ
Arte Islâmica
A religião e a arte islã, nascem após o exílio de Maomé, seu fundador, em 
622 na cidade de Yatrib, desde então conhecida como Medina, dando 
início também ao calendário muçulmano. Teve uma rápida expansão do 
Islã até a Palestina, absorvendo características artísticas dos povos 
conquistados.
Arte Islâmica
A arte islâmica foi desde seu início conceitual e religiosa, e desde o seu 
início uma exclusividade das classes altas e dos príncipes mecenas, que 
eram os únicos economicamente capazes de construir mesquitas, 
mausoléus e mosteiros. Porém, para a difusão da religião e por organização 
política e social, eles realizavam obras para a comunidade com os 
ensinamentos muçulmanos: oração, esmola, jejum e peregrinação.
Arte Islâmica
Nos temas artísticos, evitou-se a arte figurativa, concentrando-se no 
geométrico e abstrato. De acordo com o Alcorão, o culto de imagens é 
condenado. Por esse motivo grande parte de sua produção é feita por 
elementos geométricos e arabescos, ornamento que emprega desenhos de 
flores, folhagens ou frutos.
Arte Islâmica
Arte Islâmica
Arte Islâmica
A cerâmica, o vidro, os tecidos, a ilustração de manuscritos e o artesanato 
em metal e madeira, tem sido de importância fundamental na cultura 
islâmica. A cerâmica constituiu a mais importante das primeiras artes 
decorativas dos muçulmanos.
Arte Islâmica
Arte Islâmica
Arte Islâmica
Arte Islâmica
Os tapetes e tecidos estiveram sempre um papel importantíssimo na 
cultura e religião islâmica. Como eram um povo nômade, esses eram os 
únicos materiais utilizados na decoração interior das tendas. A medida que 
foram se tornando sedentários, as sedas, brocados e tapetes passaram a 
decorar palácios e castelo, alem de cumprir uma função fundamental nas 
mesquitas, já que o muçulmano ao rezar não deve ficar em contato direto 
com a terra.
Arte Islâmica
Arte Islâmica
Arte Islâmica
A arquitetura sagrada não se manteve simples e rústica, como a casa do 
profeta, mas a preocupação em preservar certas formas geométricas como 
o quadrado e o cubo persistiram. O geômetra era tão importante quanto o 
arquiteto, na realidade, era o geômetra que projetava realmente o edifício 
enquanto o arquiteto apenas acompanhava a execução da obra.
Arte Islâmica
Arte Islâmica
ARTE CHINESA
Arte Chinesa 
A influência da religião sob a arte chinesa foi muito grande. Sabe-se muito pouco
sobre seu início, mas sabe-se que eram muito eficientes na técnica de fundir o bronze
desde épocas remotas, como um milênio antes de Cristo, quando já utilizavam vasos
de bronze nos antigos templos. A pintura e esculturas já não são tão antigas assim.
Nos séculos antes e depois de Cristo, adotaram algumas características dos costumes
fúnebres dos egípcios. Nas câmaras funerárias colocavam numerosas cenas que
refletiam a vida e hábitos do falecido.
Arte Chinesa
O príncipe persa Humay
encontra a princesa chinesa
Humayum em seu jardim.
Arte Chinesa 
Nesse período, os artistas chineses mostravam menos preferência pelas formas
rígidas, utilizavam mais as curvas sinuosas. Isso não se mostra presente apenas nas
pinturas, as esculturas também eram cheias de formas que pareciam se enrolar, mas
sem perderem sua solidez e firmeza.
A arte era para os chineses um meio de recordar ao povo os grandes exemplos de
virtudes das douradas eras do passado. Um dos primeiros rolos ilustrados que
conhecemos mostra uma coleção de grandes exemplos de senhoras virtuosas. Muito
clara em seus gestos e arranjos, mostra também que o artista chinês já tinha
dominado a difícil arte de representar o movimento, aspecto presente em toda a
pintura.
Arte Chinesa
Arte Chinesa
Arte Chinesa 
Qin Shi Huang Di foi o primeiro Imperador que uniu a China sob a mesma dinastia,
realizador de grandes reformas sociais e econômicas. Os Qin governaram de 211 a 206
antes de Cristo, sendo responsáveis pela implantação do conceito de império entre os
chineses.
Este Imperador é o responsável pelos famosos soldados. Figuras encontradas nas
escavações, em tamanho natural, apresentam-se em rígida formação militar,
refletindo nitidamente o poderio e liderança do Imperador. Note-se que a maioria das
peças foram esculpidas à mão pelos artesãos, ao contrário das encontradas em
túmulos de outra dinastia, confeccionadas em moldes.
Todo o complexo cobre uma área total de 20.000 metros quadrados. As 3 unidades de
enterramento contém ao todo mais de 7 mil guerreiros e cavalos de terracota, e mais
de 100 carros de combate de madeira, totalizando cerca de 8 mil peças. Os exércitos
estão posicionados 1.500 metros a leste do mausoléu do imperador Qin Shi Huangdi.
Arte Chinesa
Arte Chinesa 
É uma espécie de exercício mental muito mais importante do que físico.
Meditavam sobre palavras, coisas da natureza. Talvez seja por esse
motivo que a arte religiosa chinesa acabou sendo utilizada mais para
narrar as lendas do Buda e dos mestres chineses. Os artistas devotos
começaram a representar água e montanhas num espírito de reverência,
não com o objetivo de ensinar lições, nem meramente fazer decoração,
mas com a finalidade de fornecer material para uma meditação profunda. Seus
quadros em rolo de seda eram guardados em recipientes
preciosos e eram desenrolados somente em momentos de grande
tranquilidade, para serem contemplados e meditados da mesma
forma que se poderia abrir um livro de poesia e reler um belo verso.
Essa era a finalidade única das grandes pinturas chinesas de paisagens
do séc. XII e XIII.
Arte Chinesa
Arte Chinesa 
Os artistas chineses não iam para o campo esboçar seus desenhos, primeiro adquiriam
o conhecimento e a habilidade de como pintar os elementos da natureza e então, só
depois de aprenderem a técnica começavam a contemplar as belezas naturais e só
assim podiam traduzir em todos os aspectos os objetos do desenho. A ambição dos
mestres chineses era de adquirir a habilidade no manuseio do pincel e da tinta que
pudessem materializar sua visão enquanto a inspiração ainda estava fresca. Não
buscavam encontrar detalhes nas pinturas e compará-los ao mundo real. Preferem
encontrar nas pinturas os traços visíveis do entusiasmodo artista.
Um ponto negativo desse tipo de pintura é que os artistas focavam tanto as técnicas
dos antigos mestres que confiavam cada vez menos em suas próprias inspirações.
Somente após um novo contato com as realizações da arte ocidental no séc. XVIII é
que os artistas orientais se atreveram a aplicar os métodos orientais a novos temas.
Arte Chinesa
Arte Chinesa
Arte, Cultura e Estética
Profª Drª Lívia Cretaz Dalprá
livia.dalpra@anhembi.br

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