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Arte, Cultura e Estética Profª Drª Lívia Cretaz Dalprá livia.dalpra@anhembi.br O QUE É ARTE? O Grito – Edvard Munch Street dance Pabllo Vittar - Cantora Vênus de Milo - Alexandros de Antioquia Catedral da Sé Ballet Bolshoi Arte “Nada existe realmente a que se possa dar o nome de Arte. Existem somente artistas” – Ernest Gombrich “A arte é uma mentira que nos faz compreender a verdade” - Pablo Picasso Arte - do latim ars, significando técnica e/ou habilidade) geralmente é entendida como a atividade humana ligada a manifestações de ordem estética ou comunicativa, realizada a partir da percepção, das emoções e das ideias, com o objetivo de estimular essas instâncias da consciência e dando um significado único e diferente para cada obra. A arte se vale para isso de uma grande variedade de meios e materiais, como a arquitetura, a escultura, a pintura, a escrita, a música, a dança, a fotografia, o teatro e o cinema. O QUE É ESTÉTICA? Personagem Agostinho Carrara Estética Estudo racional da relação entre o “belo x feio” e a reação que ela desperta nos seres humanos. A estética estuda tem como objeto de estudo os seres humanos, objetos, lugares e a Arte. O “belo” - Platão Não depende de quem observa, está contido no próprio objeto. Esse é o ideal das Academias de Arte, tentar fixar regras para a produção artística a partir de uma determinada concepção de belo. O “belo” – Hume (sec. XVII) A Beleza é algo pessoal, portanto, não pode ser discutido racionalmente. Gosto não se discute! O “belo” – Kant (sec. XVIII) O belo é universal porque julgar algo é uma faculdade de qualquer ser humano. !! O critério de avaliação não é a razão, mas os sentimentos. Para os que amam o feio, bonito lhe parece. O “belo” – Hegel (sec. XIX) O gosto e a noção do que é belo muda de acordo com o tempo (dialética). A produção de uma obra ou a definição de algo como belo depende mais da cultura de uma determinada época. O que é considerado feio em certo período pode ser belo em outro. Botero – sec. XX Twiggy – modelo da década de 1960. Ditadura da magreza E o feio? O ~feio~ A discussão sobre o que é o feio se coloca junto com a discussão do que seja o belo. O feio pode aparecer em uma obra de arte de duas maneiras: - como forma (estilo artístico feio); - tema retratado (algo que não seja bonito de ser apreciado). Foto de Hugo Carneiro Fotos de Hugo Carneiro O QUE É CULTURA? Cultura Conceito da antropologia que entende todo aquele complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e capacidades adquiridos pelo homem como membro da sociedade. Cultura é também comumente associada às formas de manifestação artística e/ou técnica da humanidade. Pinturas rupestres Arte rupestre Arte do Paleolítico datado entre 40.000 e 10.000 a. C. Cavalos, da Caverna de Chauvet. Arte rupestre A Caverna de Chauvet ocupada por humanos em dois diferentes períodos. A maior parte das pinturas é do mais antigo (30.000 a 32.000 anos). A última ocupação (25.000 a 27.000 anos) deixou poucas marcas, como a impressão de um pé de criança, restos de fogueiras e a fuligem das tochas usadas para clarear mas que enfumaçou as pinturas. A caverna ganhou esse nome por seu descobridor, Jean-Marie Chauvet, que a descobriu em 18 de dezembro de 1994, juntamente com Christian Hillaire e Eliette Brunel-Deschamps. Os pesquisadores acham que a caverna ficou intocada por 20.000 a 30.000 anos, em função de um deslizamento de terra que ocultou a entrada principal. Foram catalogadas 435 pinturas de animais, descrevendo treze diferentes espécies, incluindo algumas que pouco ou nunca tinham sido encontradas em sítios equivalentes. Leões, panteras, ursos, aves predadoras parecidas com corujas, rinocerontes e hienas, além das espécies mais comuns, como cavalos, bovídeos e veados. Arte rupestre Retratavam basicamente cenas de caça e possuíam um caráter mágico. Arte realista por excelência, reproduzia o mundo em que as pessoas viviam. Muitos símbolos desenhados podem ter sido o primeiro passo em direção à escrita ideográfica. Diretamente ligado ao processo de dominação do fogo. O controle desse elemento natural permitiu o conforto e a segurança necessários para o posterior surgimento de processos de comunicação mais complexos, como a palavra e a arte. Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada Corresponde ao período mais remoto da humanidade, sua infância. O ser humano teve de lutar duramente para garantir sua sobrevivência. A obtenção de alimentos era difícil e perigosa, pela ameaça e concorrência de outros animais. Vivia da caça, pesca e coleta. Era um extrativista, um predador, nada produzia. Sua organização social era extremamente simples (vida grupal), e o local de abrigo e refúgio mais utilizado eram as cavernas. O domínio do fogo foi fundamental para sua sobrevivência. Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada O homem habitava nas cavernas, às vezes disputando com animais selvagens. Quando acabavam os alimentos da região em que habitavam, as famílias migrar para outra região, uma vida nômade (sem habitação fixa). Vivia da caça de animais de pequeno, médio e grande porte, da pesca e da coleta de frutos e raízes. Usavam instrumentos e ferramentas feitos a partir de pedaços de ossos e pedras. Os bens de produção eram de uso e propriedade coletiva. Comunicavam-se com uma linguagem pouco desenvolvida, de poucos sons, sem a elaboração de palavras. Uma das formas de comunicação eram as pinturas rupestres. Caverna de Chauvet Caverna de Chauvet Caverna de Chauvet Bisão. c. 15.000 -12.000 a.C. Gruta de Altamira/Espanha. . Paleolítico - 40.000 e 10.000 a. C. Bisão. c. 15.000 -12.000 a.C. Gruta de Altamira/Espanha. . Paleolítico - 40.000 e 10.000 a. C. Animais .C.15.000-10.000 a.C. Gruta Lascaux/França. . Paleolítico - 40.000 e 10.000 a. C. Teto .C.15.000-10.000 a.C. Caverna Lascaux/França. Paleolítico - 40.000 e 10.000 a. C. Cavalo. c. 15.000-10.000 a.C. Grua de Lascaux/França. Paleolítico - 40.000 e 10.000 a. C. Neolítico Os dólmens são monumentos megalíticos tumulares coletivos (datados desde o fim do V milénio a.C. até ao fim do III milénio a.C. Crê-se um legado dos povos Celtas. Tinham função essencialmente funerária e religiosa, refletindo a prática do culto dos mortos no seu interior, por vezes decorado com pinturas ou gravação abstratas ou cenas da vida quotidiana. Habitação neolítica . Entre 12 mil e 4 mil a.C. Stonehanger - Londres Neolítico ou Idade da Pedra Polida Neolítico, também conhecido como Idade da Pedra Polida foi a fase da pré-história que ocorreu entre 12 mil e 4 mil a.C. O início deste período é marcado com o fim das glaciações (época em que quase todo planeta ficou coberto de gelo) e termina com o desenvolvimento da escrita na Suméria (região da Mesopotâmia). Neolítico ou Idade da Pedra Polida O conjunto das atividades econômicas determinou uma divisão de tarefas entre o homem e a mulher, ao mesmo tempo em que se estruturavam as instituições político- sociais. Ao homem cabia a caça, a preparação da terra para a lavoura e, certamente, as atividades militares (construção da paliçada, a defesa, a produção de armamentos). O cuidado com a lavoura, incluindo a colheita, era encargo feminino, bem como o cuidado da habitação, das crianças e a preparação da comida. A organização política congregava todos os membros masculinos adultos da aldeia, para assegurar sucesso na defesa, no ataque e manutenção do domínio das áreas de caça. A chefia, então, já repousava na experiência, não tanto na força. Neolítico ou Idade da Pedra Polida No final do Neolítico, iniciou-se a Idade dos Metais, com o emprego de instrumentos de metais graças ao domínio, ainda que rudimentar, da técnica de fundição. Utilizou- se, a princípio, o cobre, o estanho, sua liga (o bronze) e o chumbo, metais cuja fusão é mais fácil. A melhoria na fusão,pelo uso de foles, estimulou e diversificou a produção metalúrgica, culminando na produção do ferro, usado principalmente na feitura de armas. O início da escrita Período anterior a 4.000 a.C., anterior ao aparecimento da escrita (sinais /símbolos para exprimir as ideias humanas), 4.000 a.C., foi por volta deste ano que os Sumérios desenvolveram a escrita cuneiforme. Cunha é uma ferramenta de metal ou madeira dura, em forma de prisma agudo em um dos lados. A cunha foi criada pelos Sumérios, principalmente na escrita cuneiforme (utilizando objetos em forma de cunha) 3.500 a.C. Fieiras de Menires em Ménec, c. 4250-3750 a.C. Carnac, França. O início da escrita O material mais disponível para se escrever era a argila, sobre a qual se traçavam incisões com hastes cortadas em seção triangular, que produziam a marca característica em cunha. Argila e bambu: As informações eram gravadas pressionando sobre o barro com hastes de bambu. Os desenhos criados ficavam no formato de cunha, por isso o nome cuneiforme. Tabuletas cuneiformes podiam ser queimadas em fornos para prover um registro permanente; ou as tabuletas poderiam ser reaproveitadas se não fosse preciso manter os registros por longo tempo. Muitas das tabuletas achadas por arqueólogos foram preservadas porque foram queimadas durante os ataques incendiários de exércitos inimigos, contra os edifícios no qual as tabuletas eram mantidas. Escrita cuneiforme Pictogramas Escrita cuneiforme Idade dos metais Quando o homem começou a usar o cobre, o ferro, a prata e o estanho para criar ferramentas e possíveis ornamentos. O período da Idade dos Metais é a última fase da Pré-história. De curta duração, este período vai de 6, 5 mil anos atrás até o surgimento da escrita (por volta de 4.000 anos atrás). Foi um período muito importante, pois o homem pré-histórico fez vários avanços nas técnicas de produção de artefatos. Estes avanços, lhes permitiram melhores condições de vida. O conhecimento de técnicas de fundir e moldar os metais trouxe muitos avanços na vida cotidiana do homem pré-histórico. Utensílios da Idade dos Metais Idade dos metais Principais avanços do período da Idade dos Metais: Idade do Cobre - por volta de 6 mil anos atrás, o homem pré-histórico (homo sapiens sapiens) adquiriu conhecimentos para o desenvolvimento de técnicas para derreter e moldar o cobre. Usava moldes de pedra ou barro para colocar o cobre derretido e produzir espadas, lanças e ferramentas. Usava o martelo para moldar estes objetos depois que esfriavam. Idade do Bronze - por volta de 4 mil anos atrás, o homem começou a produzir o bronze (metal mais resistente que o cobre), a partir da mistura da liga do cobre com o estanho. Espadas, capacetes, martelos, lanças, facas, machados e outros objetos de bronze começaram a ser fabricados neste período. Esta época, de grande avanço tecnológico, passou a ser chamada de Idade do Bronze. Idade do Ferro - por volta de 3,5 mil anos atrás o homem já dominava muito bem a metalurgia, passando a fabricar o ferro, usando fornos em altas temperaturas. Com o ferro, o homem passou a desenvolver, principalmente, armas mais resistentes. Idade dos metais A fabricação destes objetos de metais teve uma grande influência na agricultura, aumentando a produção. O arado de metal, enxada e outras ferramentas agrícolas rústicas foram criadas, facilitando assim o trabalho no campo. O domínio dos metais também possibilitou ao homem deste período a fabricação de utensílios domésticos (panelas, potes, facas, etc) e objetos de adorno e de arte. Nesta época, várias esculturas de bronze foram produzidas. E no Brasil? Parque Nacional Serra da Capivara Parque Nacional Serra da Capivara Local de conservação arqueológica com uma grande riqueza de vestígios que se conservaram durante milênios. O patrimônio cultural e os ecossistemas locais estão intimamente ligados, pois a conservação do primeiro depende do equilíbrio desses ecossistemas. O equilíbrio entre os recursos naturais é o condicionante na conservação dos recursos culturais e foi o que orientou o zoneamento, a gestão e o uso do Parque pelo poder público. Parque Nacional Serra da Capivara Área de maior concentração de sítios pré-históricos do continente americano e Patrimônio Cultural da Humanidade - UNESCO, além de contar com os mais antigos exemplares de arte rupestre do continente. Contém a maior quantidade de pinturas rupestres do mundo. Estudos científicos confirmam que a Serra da Capivara foi densamente povoada em períodos pré–históricos. Os artefatos encontrados apresentam vestígios do homem que podem ter 50.000 anos, os mais antigos registros na América. Vestígios no Brasil – outros lugares Em Minas Gerais, na região de Lagoa Santa, existem mostras de arte rupestre também muito antigas, de cerca de 10.000 anos. São cenas de caça com uso de flechas e de armadilhas para apanhar animais, redes grandes com peixes, retratando a dinâmica do dia-a-dia de povos antigos. Destacam-se também a Toca da Esperança, região central da Bahia, Florianópolis (e cercanias) e a região dos Campos das Lages, ambas no estado de Santa Catarina. No Rio Grande do Norte, diversos sítios foram encontrados, principalmente nas regiões do Seridó e na chapada do Apodi, com destaque para o Lajedo de Soledade. https://brasil.elpais.com/brasil/2020-02-16/record-e-condenada-a-pagar-dois-milhoes-de-reais-por-pintar-de-branco- arte-rupestre-em-diamantina.html?fbclid=IwAR1LaRYjZ1fhG-tie2W5y86miHnxytCjSaD8v-DCYIXRqpfeg8mnpE5aiSk https://brasil.elpais.com/brasil/2020-02-16/record-e-condenada-a-pagar-dois-milhoes-de-reais-por-pintar-de-branco-arte-rupestre-em-diamantina.html?fbclid=IwAR1LaRYjZ1fhG-tie2W5y86miHnxytCjSaD8v-DCYIXRqpfeg8mnpE5aiSk Mina de sal de Wieliczka (Polônia) A mina de sal de Wieliczka (Polônia), uma das mais antigas do mundo, possui 300 kms de extensão e se localiza a 327 metros de profundidade. Desde os tempos neolíticos, lá foi produzido cloreto de sódio ( sal de mesa ) a partir da salmoura. A mina foi escavada pela primeira vez no século XIII, produziu sal de mesa continuamente até 2007. Durante a Segunda Guerra Mundial , a mina foi usada pelos alemães ocupantes como uma instalação subterrânea para a fabricação relacionada à guerra. Durante a ocupação nazista, vários milhares de judeus foram transportados dos campos de trabalhos forçados em Plaszow e Mielec para a mina de Wieliczka para trabalhar na fábrica subterrânea de armamentos montada pelos alemães. A mina hoje é Patrimônio Mundial da UNESCO. Nas suas galerias subterrâneas, realizam-se também diversos eventos sociais, tais como banquetes, concertos e provas desportivas. Existe ainda um sanatório, onde pessoas com problemas alérgicos ou respiratórios podem desfrutar dos benefícios de uma temporada subterrânea. E NA COMUNICAÇÃO? Pixação Pixação Pixação A pixação é uma forma de comunicação visual, caligrafia urbana nasceu em São Paulo na década de 60 como forma de protesto contra a ditadura militar, que durou até a década de 80. A partir da década de 80 e sob a influência da estética punk a pixação evoluiu morfologicamente e adquirir uma identidade conceitual altamente vingativo. Grafites de Eduardo Kobra Tatuagens ARTE PERSA A civilização Persa (século III até á sua queda em Ctesifonte, em 640 a.C.) Arte Persa Atual Irã Arte Persa As religiões do oriente médio, especialmente tratando da Civilização Persa, eram bastante intolerantes quanto as imagens de deuses e passagens bíblicas que sempre ocuparam um tema especial na arte ocidental, embora a representação de algumas figuras humanas fosse admitida desde que não possuíssem vínculos com a religião. Mas o fato de não poderem representar imagens sagradas não anulou a arte do oriente. Os artistas souberam trabalhar com formas geométricas e padrões de linhas e cores. composições tão bem elaboradas por meio dos famosos tapetes persas.Tapetes persas Tapetes persas Guerreiros persas, Museu de Pérgamo em Berlin. Vaso de ouro com cabeça de leão. Arte Persa do século V a.C. Bracelete de ouro (séculos VII e IV. Arte persa. Joalheria Persa Arquitetura persa. Domo de uma Mesquita. ARTE MESOPOTÂMICA Arte Mesopotâmica A arte da Mesopotâmia desenvolveu-se ao longo de muitos e muitos séculos, passando por diferentes civilizações, não sendo, portanto, muito coesa em suas manifestações. Povos mesopotâmicos: civilizações que se desenvolveram na área das terras férteis localizadas entre os rios Tigre e Eufrates, denominada comumente “Mesopotâmia”. Entre eles estão os sumérios, os assírios e os babilônicos. As principais manifestações da arquitetura mesopotâmica eram os palácios, templos, geralmente grandiosos. Os templos possuíam instalações completas, com aposentos para os sacerdotes e outros compartimentos. Um traço característico dessa arquitetura era o “Zigurate”, torre de vários andares, em geral sete, sobre a qual havia uma capela, usada para observar o céu. Zigurate.Dur-Untas, ou Choga Zambil, construído no século XIII a.C. por Untas Napirisa e localizado perto de Susa, Irã, é um dos mais preservados zigurates do mundo. Arte Mesopotâmica “Monumento blau” combina imagens e escrita antiga. Possivelmente, os mais antigos espécimes de escrita autêntica até hoje descobertos são os que se encontraram em dois tabletes de basalto bem trabalhados. Ambos vieram da Mesopotâmia e mostram uma forma pictográfica muito primitiva dos caracteres pré-cuneiformes são dois tabletes de pedra fina esverdeada, conhecidos por “monumentos Blau”. Arte Mesopotâmica Monumento blau combina imagens e escrita antiga. Arte Mesopotâmica Rainha da Noite, Antiga Deusa da Mesopotâmia Estátua de Gudea. ARTE NO ISLÃ Arte Islâmica A religião e a arte islã, nascem após o exílio de Maomé, seu fundador, em 622 na cidade de Yatrib, desde então conhecida como Medina, dando início também ao calendário muçulmano. Teve uma rápida expansão do Islã até a Palestina, absorvendo características artísticas dos povos conquistados. Arte Islâmica A arte islâmica foi desde seu início conceitual e religiosa, e desde o seu início uma exclusividade das classes altas e dos príncipes mecenas, que eram os únicos economicamente capazes de construir mesquitas, mausoléus e mosteiros. Porém, para a difusão da religião e por organização política e social, eles realizavam obras para a comunidade com os ensinamentos muçulmanos: oração, esmola, jejum e peregrinação. Arte Islâmica Nos temas artísticos, evitou-se a arte figurativa, concentrando-se no geométrico e abstrato. De acordo com o Alcorão, o culto de imagens é condenado. Por esse motivo grande parte de sua produção é feita por elementos geométricos e arabescos, ornamento que emprega desenhos de flores, folhagens ou frutos. Arte Islâmica Arte Islâmica Arte Islâmica A cerâmica, o vidro, os tecidos, a ilustração de manuscritos e o artesanato em metal e madeira, tem sido de importância fundamental na cultura islâmica. A cerâmica constituiu a mais importante das primeiras artes decorativas dos muçulmanos. Arte Islâmica Arte Islâmica Arte Islâmica Arte Islâmica Os tapetes e tecidos estiveram sempre um papel importantíssimo na cultura e religião islâmica. Como eram um povo nômade, esses eram os únicos materiais utilizados na decoração interior das tendas. A medida que foram se tornando sedentários, as sedas, brocados e tapetes passaram a decorar palácios e castelo, alem de cumprir uma função fundamental nas mesquitas, já que o muçulmano ao rezar não deve ficar em contato direto com a terra. Arte Islâmica Arte Islâmica Arte Islâmica A arquitetura sagrada não se manteve simples e rústica, como a casa do profeta, mas a preocupação em preservar certas formas geométricas como o quadrado e o cubo persistiram. O geômetra era tão importante quanto o arquiteto, na realidade, era o geômetra que projetava realmente o edifício enquanto o arquiteto apenas acompanhava a execução da obra. Arte Islâmica Arte Islâmica ARTE CHINESA Arte Chinesa A influência da religião sob a arte chinesa foi muito grande. Sabe-se muito pouco sobre seu início, mas sabe-se que eram muito eficientes na técnica de fundir o bronze desde épocas remotas, como um milênio antes de Cristo, quando já utilizavam vasos de bronze nos antigos templos. A pintura e esculturas já não são tão antigas assim. Nos séculos antes e depois de Cristo, adotaram algumas características dos costumes fúnebres dos egípcios. Nas câmaras funerárias colocavam numerosas cenas que refletiam a vida e hábitos do falecido. Arte Chinesa O príncipe persa Humay encontra a princesa chinesa Humayum em seu jardim. Arte Chinesa Nesse período, os artistas chineses mostravam menos preferência pelas formas rígidas, utilizavam mais as curvas sinuosas. Isso não se mostra presente apenas nas pinturas, as esculturas também eram cheias de formas que pareciam se enrolar, mas sem perderem sua solidez e firmeza. A arte era para os chineses um meio de recordar ao povo os grandes exemplos de virtudes das douradas eras do passado. Um dos primeiros rolos ilustrados que conhecemos mostra uma coleção de grandes exemplos de senhoras virtuosas. Muito clara em seus gestos e arranjos, mostra também que o artista chinês já tinha dominado a difícil arte de representar o movimento, aspecto presente em toda a pintura. Arte Chinesa Arte Chinesa Arte Chinesa Qin Shi Huang Di foi o primeiro Imperador que uniu a China sob a mesma dinastia, realizador de grandes reformas sociais e econômicas. Os Qin governaram de 211 a 206 antes de Cristo, sendo responsáveis pela implantação do conceito de império entre os chineses. Este Imperador é o responsável pelos famosos soldados. Figuras encontradas nas escavações, em tamanho natural, apresentam-se em rígida formação militar, refletindo nitidamente o poderio e liderança do Imperador. Note-se que a maioria das peças foram esculpidas à mão pelos artesãos, ao contrário das encontradas em túmulos de outra dinastia, confeccionadas em moldes. Todo o complexo cobre uma área total de 20.000 metros quadrados. As 3 unidades de enterramento contém ao todo mais de 7 mil guerreiros e cavalos de terracota, e mais de 100 carros de combate de madeira, totalizando cerca de 8 mil peças. Os exércitos estão posicionados 1.500 metros a leste do mausoléu do imperador Qin Shi Huangdi. Arte Chinesa Arte Chinesa É uma espécie de exercício mental muito mais importante do que físico. Meditavam sobre palavras, coisas da natureza. Talvez seja por esse motivo que a arte religiosa chinesa acabou sendo utilizada mais para narrar as lendas do Buda e dos mestres chineses. Os artistas devotos começaram a representar água e montanhas num espírito de reverência, não com o objetivo de ensinar lições, nem meramente fazer decoração, mas com a finalidade de fornecer material para uma meditação profunda. Seus quadros em rolo de seda eram guardados em recipientes preciosos e eram desenrolados somente em momentos de grande tranquilidade, para serem contemplados e meditados da mesma forma que se poderia abrir um livro de poesia e reler um belo verso. Essa era a finalidade única das grandes pinturas chinesas de paisagens do séc. XII e XIII. Arte Chinesa Arte Chinesa Os artistas chineses não iam para o campo esboçar seus desenhos, primeiro adquiriam o conhecimento e a habilidade de como pintar os elementos da natureza e então, só depois de aprenderem a técnica começavam a contemplar as belezas naturais e só assim podiam traduzir em todos os aspectos os objetos do desenho. A ambição dos mestres chineses era de adquirir a habilidade no manuseio do pincel e da tinta que pudessem materializar sua visão enquanto a inspiração ainda estava fresca. Não buscavam encontrar detalhes nas pinturas e compará-los ao mundo real. Preferem encontrar nas pinturas os traços visíveis do entusiasmodo artista. Um ponto negativo desse tipo de pintura é que os artistas focavam tanto as técnicas dos antigos mestres que confiavam cada vez menos em suas próprias inspirações. Somente após um novo contato com as realizações da arte ocidental no séc. XVIII é que os artistas orientais se atreveram a aplicar os métodos orientais a novos temas. Arte Chinesa Arte Chinesa Arte, Cultura e Estética Profª Drª Lívia Cretaz Dalprá livia.dalpra@anhembi.br
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