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TESTE DE AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA DE DIREITO PENAL II - UNIDADE - I
	
Nome do aluno: Zaira Jorge Abacar Nº 13-036 Contacto: 
Província de Nampula Curso de Direito
Semestre: II Ano: III Data: 01 de Julho de 2023
 Classificação________________ ( ) valores
 Assinatura do prof.__________________
	
ESPAÇO RESERVADO AO COMENTÁRIO DO DOCENTE
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I
1. R: A análise rigorosa de processos específicos de um fato típico negligente é exigida pelo Tribunal em cada caso concreto para determinar se o acusado é culpado ou não. O Tribunal deve analisar as circunstâncias do caso e determinar se o acusado agiu com negligência ou não. A negligência é um elemento importante em muitos crimes e pode ser difícil de provar. A análise rigorosa dos processos específicos de um fato típico negligente ajuda o Tribunal a determinar se o acusado agiu com negligência ou não. 
A responsabilidade criminal por facto típico negligente tem natureza excepcional no Direito Penal Português, e implica que, em cada caso concreto, o tribunal proceda a uma análise rigorosa de elementos específicos. A pré-existência e a violação de deveres de cuidado; a medida da capacidade individual do agente; a representação do resultado típico como possível; e o nexo de causalidade adequada; são apenas alguns dos pressupostos e requisitos que a lei impõe se verifiquem para que o agente possa vir a ser punido. Isto implica desleixo, preguiça, ausência de reflexão necessária, caracterizando-se também pela inacção, indolência, inércia e passividade. É a omissão aos deveres que as circunstâncias exigem. "uma forma de conduta humana que se caracteriza pela realização do tipo descrito em uma lei penal, através da lesão a um dever de cuidado, objectivamente necessário para proteger o bem jurídico e onde a culpabilidade do agente se assenta no fato de não haver ele evitado a realização do tipo, apesar de capaz e em condições de fazê-lo".
Na verdade, é possível censurar a realização de um tipo legal de crime4 a um agente, na medida em que este omitiu os deveres de diligência a que, segundo as circunstâncias e os seus conhecimentos e capacidades pessoais era obrigado. E, que em consequência disso, não previu, como podia, aquela realização de crime (negligência inconsciente), ou, tendo-a previsto, confiou em que ela não teria lugar (negligência consciente).
2. R: O ponto de partida para a não exigibilidade é a consideração das circunstâncias externas que concorrem para o comportamento ao ser formulado o juízo de censura porque a culpabilidade normativa, que engloba a consciência da ilicitude e a exigibilidade de conduta diversa e que constitui elementar do tipo penal, não se confunde com a circunstância judicial da culpabilidade (art. 59 do CP), que diz respeito à demonstração do grau de reprovabilidade ou censurabilidade da conduta praticada.
O ponto de partida para a não exigibilidade é a consideração das circunstâncias externas que concorrem para o comportamento, ao ser formulado o juízo de censura. Porque não exigibilidade de conduta diversa caracteriza-se quando age de maneira típica e lícita, mas não mereceu ser punido, pois, naquelas circunstâncias fáticas dentro do que revela a experiencia humana, não lhe era exigível um comportamento conforme o ordenamento jurídico. Os primeiros acontecimentos que tiveram como consequência o reconhecimento da inexigibilidade de conduta diversa como diariamente ocorrem na Alemanha no começo do século XX. Tais situações foram narradoras por Odin Americano (apud Masson, 2010).
Em síntese, para a concepção normativa a culpabilidade seria um juiz de reprovação formado pelo imputabilidade, dolo ou culpa e exigibilidade, naquelas circunstâncias, de um comportamento de acordo com comportamento jurídico. 
“Se alguém por qualquer razão que seja, não podia evitar o injusto típico por ele realizado, esta excluída a punição desde qualquer teoria de pena imaginável nada se poderá se retribuir a uma culpabilidade inexistente, não há sentido em querer intimidar a colectividade para que não provoque consequência indesejadas e dispensar um tratamento especial – preventivo á uma pessoa cuja conduta não lhe pode ser reprovada e ou desnecessário ou, no caso dos doentes mentais inalcançável por meio de pena.
Assim, o ponto de partida para a não exigibilidade é a consideração das circunstâncias externas que concorrem para o comportamento, ao ser formulado o juízo de censura. Deste modo, não se esgota o estudo daquelas circunstâncias que podem limitar ou excluir a liberdade do agente, afastando toda a possibilidade de se lhe exigir que tivesse actuado doutra maneira, e, portanto, a legitimidade de toda a censura.
3. R: Se a vítima dá seu consentimento após o furto ter ocorrido, isso não muda o fato de que um crime foi cometido. O consentimento da vítima não é uma defesa legal para o furto. 
No entanto, se a vítima perdoar o autor do furto e retirar a queixa, isso pode ser levado em consideração pelo juiz ao determinar a sentença. O juiz pode decidir reduzir a pena ou até mesmo absolver o réu se a vítima retirar a queixa.
Solução jurídica deve dar um juiz que for chamado a julgar um caso de furto em que, posteriormente ao ocorrido veio a vítima a dar seu Consentimento, assim só pode se afirmar que, do ponto de vista da prevenção especial, não se pode considerar o facto como expressão da personalidade associal do sujeito, quando a situação sob a qual se agiu tiver sido de tal ordem que um indivíduo de tipo médio não agiria de maneira diferente. Sendo assim, pensar-se-á que a medida da exigibilidade que se alcança, é diferente daquela que se obtém quando se parte do ponto de vista da eticização do Direito Penal. Estamos assim, em face de uma antimonia interior do conceito de culpa, de uma contradição para resolver esta antimonia. deve-se pautar pela adopção da solução do sacrifício do interesse de cada um, determinando a medida da exigibilidade pela reacção de um indivíduo de tipo médio.
II
 1. R: A exigibilidade de conduta diversa é um elemento integrante da culpabilidade. Se a supressão da liberdade é tamanha que não se pode considerar a ação livre, fica afastada a culpabilidade por inexigibilidade de conduta diversa. Ao afastar a exigibilidade de conduta diversa, afasta-se também a própria culpabilidade do agente, resultando em uma conduta que constitui fato típico e ilícito, mas sem culpabilidade. 
A exigibilidade de conduta diversa deve ser vista como possibilidade que se abre ao sentido de se cobrar do agente uma postura diferente em relação ao facto tipico e ilícito que perpetrou. para que o agente seja culpável, além de imputável e insequencia sobre a ilicitude da sua conduta também a situação fatica na qual está submetido deve mostrar que seu rol de escolhas não estava excepcionalmente restringindo. Sendo, por isso, possível exigir que tivesse dito comportamento conforme o direito ou seja a exigibilidade de conduta diversa considera os factos paralelos á conduta e apenas se constatado que o agente teve livre actuação no processo de escolha deverá ser responsado. De outro ponto, diagnosticado que o agente agiu de modo tipico e lícito porque porque não tinha liberdade de escolha, tem-se proporcional puni-lo pelo comportamento que não invoca culpabilidade diante da certeza de que qualquer outra conduta ainda que possível mostram-se inexigível. 
Sendo assim, é fundamental ter em mente os institutos trazidospelo Codigo Penal que permitem concluir situações, onde fica afastada a exigibilidade de conduta diversa e que, por consequência provocam dirimente de culpabilidade isentado o agente de pena, então, são causas legais de inexibilidade de conduta diversa a coacção moral e a obediência hierárquica.
A exigibilidade de conduta diversa é um elemento integrante da culpabilidade. Para que haja culpabilidade não basta que a conduta seja típica e ilícita, ainda é necessário que existam condições do agente agir de forma diferente. Por isso trata-se de um elemento da culpabilidade, a Exigibilidade de Conduta Diversa. 
Esse elemento é avaliado em conjunto com outros elementos da culpabilidade como a imputabilidade, a culpa e o dolo. O dolo tem inerente em seu conceito a consciência da ilicitude.
2. R: O argumento que poderia ser usado para defender António seria o de que ele não teve a intenção de matar o jardineiro, mas sim assustá-lo. A defesa poderia argumentar que António não tinha a intenção de matar o jardineiro e que o uso da jarra de água foi uma reação impulsiva e desproporcional ao que aconteceu. A defesa também poderia argumentar que António não tinha antecedentes criminais e que ele cooperou com as autoridades durante a investigação. 
No entanto, é importante lembrar que a decisão final sobre a pena será tomada pelo juiz com base nas provas apresentadas no julgamento. 
Entende também, que o subalterno não distingue a ilicitude criminal da ordem; tal facto influirá na sua responsabilidade, podendo excluir-se ou atenuar-se a culpa.
O homicídio voluntário é punido com uma pena de prisão de 12 a 25 anos. No entanto, a pena pode ser reduzida se o agente agiu sob forte emoção ou perturbação resultante de facto que lhe fosse imputável. 
No caso de António, a defesa pode argumentar que ele não teve intenção de matar o jardineiro e que agiu sob forte emoção ao ser surpreendido pelo seu jardineiro beijando a empregada doméstica. A defesa pode também argumentar que António não tinha intenção de causar danos graves ao jardineiro e que apenas queria assustá-lo. 
No entanto, é importante lembrar que a lei portuguesa não permite o uso da força para se defender de uma ofensa verbal ou moral. A defesa pode tentar argumentar que António agiu em legítima defesa, mas isso pode ser difícil de provar.
Crimes pretencionais são crimes em que é imputado ao agente uma responsabilidade para além da sua atenção. Ex: Do Senhor António, que defende corporalmente outrem (empregado) sem intenção homicida, mas a consequência das lesões causadas lhe ocasionam a morte ou seja, um crime preterintencional ocorre quando os objectivos ultrapassam a intenção do agente, um misto de dolo e culpa. Dolo em relação a resultado antecedente e culpa no resultado consequente. 
Neste crime o agente é punido não por ter actuado com dolo de uma certa consequência, ou com negligencia em relação a ela, mas por ter provocado um certo resultado, o crime pretensioso é um crime misto, em que á conduto é dolosa, por dirigir-se um fim típico e que é culposa por provocação de outro resultado que não era objectivo do crime fundamental, pela observância do cuidado objectivo.
III
1. R: O caso apresentado é um exemplo de um dilema moral. Farpado teve que tomar uma decisão difícil e escolher entre salvar a vida de Castiano ou Castigo. 
Do ponto de vista legal, a decisão de Farpado não foi correta, pois ele não tinha o direito de escolher quem salvar. No entanto, do ponto de vista moral, a decisão de Farpado pode ser justificada pelo fato de que ele estava em uma situação extrema e teve que tomar uma decisão rápida para salvar pelo menos uma vida.
Em geral, a lei não permite que as pessoas escolham quem salvar em situações como essa. No entanto, é importante lembrar que cada caso é único e deve ser avaliado individualmente. 
O tipo legal do crime é expressão típica da juridicidade. Dai que a consagração dos crimes no Código surge da expressão típica “Mullun Crimen Sine Lege” Aparecem como uma verdadeira garantia para indivíduos.
Isto é assim, porque a tipificação dos comportamentos considerados criminais, instalar-se-ia um clima de insegurança jurídica ou uma verdadeira intranquilidade praticados na suposição de que não constituía crime.
Este mesmo argumento tem uma estreita ligação com princípio de não retroactividade. Assim, para concluir que determinado comportamento é crimino ou não, é preciso verificar o seu enquadramento num determinado preceito inominado, mas isto não basta, é também preciso verificar se não ocorrem na lei circunstâncias que podem afastar a ilicitude da actuação e consequentemente o crime. 
As causas de exclusão da ilicitude retiram ao facto que ocasionou determinado dano a sua ilicitude. Estas causas de exclusão da ilicitude têm em comum justificarem actos ilícitos praticados pelo agente em defesa de direitos próprios, quando não seja possível recorrer em tempo útil aos meios coercivos normais. 
É que, embora se afirme que o tipo legal de crime é a expressão típica da antijuridicidade, existem circunstâncias apontadas na lei, que uma vez verificadas, excluem a ilicitude.
Essas circunstâncias traduzem-se em verdadeiros direitos do autor do acto, que fica, não só isento da pena, mas também do procedimento criminal. Dada a multiplicidade das fontes que podem ter relevância em Direito Penal para efeitos de descobrir a ilicitude, e portanto o crime, parece tarefa quase irrealizável sistematizar as causas que a excluem no quadro de um princípio que a todas englobe.
 Crime preterintencional é aquele que ocorre quando os objetivos ultrapassam a intenção do agente, ou seja, o agente pratica uma conduta dolosa, menos grave, porém obtém um resultado danoso mais grave do que o pretendido, na forma culposa. Um exemplo seria quando um sujeito pretendia praticar um roubo, mas por algum motivo ou erro, acaba atirando e matando alguém durante o roubo. Esse tipo de crime é também chamado de crime preterdoloso ou crime híbrido. O agente responde pelo crime qualificado pelo resultado, que é mais grave do que o crime fundamental. No seu texto, você menciona o caso do Senhor António, que defende corporalmente outrem (empregado) sem intenção homicida, mas a consequência das lesões causadas lhe ocasionam a morte. Esse caso pode ser considerado um exemplo de crime preterintencional, pois o agente agiu com dolo em relação à lesão corporal e com culpa em relação à morte. Ele deverá responder pelo crime de homicídio culposo qualificado pela lesão corporal dolosa.

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