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Medicamentos na Prática Clinica - Barros - 1ed-541

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542 Elvino Barros, Helena M. T. Barros & Cols. 
reduzidos de forma imprevisível; o SQV 
pode ser utilizado sem necessidade de 
ajuste de dose. Como é utilizado de forma 
associada ao RTv, todos os cuidados refe-
rentes a esse medicamento (ver em RTv, 
Interações) devem ser seguidos. Não é 
recomendado o uso de alcaloides do er-
got, antiarrítmicos, cisaprida, terfenadina 
e astemizol, triazolam e midazolam pelo 
risco de toxicidade. O voriconazol não 
pode ser utilizado, pois os níveis séricos 
são diminuídos de forma imprevisível. A 
rifampicina não é recomendada por dimi-
nuir os níveis séricos de forma imprevisí-
vel; se a rifabutina for utilizada, deve-se 
diminuir a dose desta em 75%; usar ini-
bidores da 5-fosfodiesterase com cautela, 
pois eles podem aumentar os níveis séri-
cos (ver em RTv, Interações). Aumenta os 
níveis séricos de cetoconazol e itraconazol 
(preferencialmente, não usar doses su-
periores a 200 mg/ dia). Existe relato de 
supressão do eixo adrenal e síndrome de 
Cushing com o uso concomitante de fluti-
casona (usar com cautela); uso com restri-
ção da budesonida. Sua for111a em solução 
oral merece atenção, pois contém etanol 
e pode haver reação tipo dissulfiram em 
indivíduos que utilizem metronidazol. 
Gestação e lactação. Categoria de risco 
c na gestação; é provavelmente seguro. 
Contraindicado na lactação. 
Comentários 
, 
• E considerada a droga-padrão na com-
binação com RTY. Pode ser utilizada 
tanto no início do tratamento como no 
resgate. 
• Sua atividade persiste com até aproxi-
madamente 8 mutações na protease. 
Nelfinavir (NLF) (não 
mais disponível no Brasil) 
Nome comercial. Viracept®. 
Apresentações. Cpr de 250 mg, ou pó, pa-
ra tomar de forma líquida, 50 mg/ g (200 
mg por 1 colher de chá). 
Espectro. Ativo contra o Hiv. 
Uso. Infecção pelo HN, principalmente 
em gestantes. 
Contraindicações. Lactação; uso conco-
mitante com amiodarona, derivados do 
ergot e ergotamina, diidroergotamina)' 
midazolam, triazolam, quinidina, pimo-
zida. 
Posologia. Administrar 750 mg, de 8/8 
horas, ou 1.250 mg, de 12/12 horas, VO; 
preferencialmente após as refeições, visto 
que isso aumenta a absorção. 
Modo de administração. VO, preferen-
cialmente após refeição, visto que isso au-
menta a absorção. 
Parâmetros f armacocinéticos 
• Pico plasmático: 2-4 h. 
• Biotransformação: metabolismo hepáti-
co, for1nando metabólitos ativos. 
• Ligação a proteínas plasmáticas: 980/o. 
• Meia-vida: 3,5-5 h. 
• Eliminação: fezes (98-990/o; 780/o como 
metabólitos, 220/o como droga inaltera-
da) e urina (1-2%). 
Ajuste para função hepática e renal. Não 
recomendado em pacientes com IH mode-
rada a grave (Child B e C). Não é necessá-
rio ajuste na IR. 
Reposição na diálise. Não é necessário o 
ajuste de dose. 
Efeitos adversos. Intolerância gastrintesti-
nal é comum, sendo a diarreia a mais fre-
quente das reações e uma causa importante 
da limitação no uso do medicamento. Essa 
reação pode ser atenuada com o uso asso-
ciado às refeições, com ou sem muciloide 
de psyllium (fibra); eventualmente, o uso 
da loperamida pode ser necessário; dor 
abdominal, rash cutâneo e exacerbação de 
doença hepática crônica podem ocorrer; 
pode haver alterações no metabolismo dos 
lipídeos (ver em IPs). Pode ocorrer aumen-
to do número de episódios de sangramen-
to em hemofílicos. Lembrar que o pó, para 
tomar de forma líquida, possui fenilalanina

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