Biossegurança

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CENTRO UNIVERSITÁRIO JORGE AMADO - UNIJORGE 
CURSO SUPERIOR EM FONOAUDIOLOGIA 
 
 
 
ESTER DE ANDRADE DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BIOSSEGURANÇA 
estratégias de prevenção, minimização ou eliminação para situações de risco 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Salvador 
2020 
Texto 
 
Os trabalhadores que atuam em hospitais, especialmente aqueles que se ocupam da 
assistência direta do setor, estão expostos a diversos riscos classificados em 
biológicos, físicos, químicos, mecânicos, fisiológicos e psíquicos, em razão do contato 
com portadores de doenças infecciosas e suas amostras, da movimentação de 
pacientes e equipamentos pesados, do desgaste físico resultante do ritmo da 
organização e divisão do trabalho, do convívio com situações de dor e a morte em 
diversos casos, entre outros. Com isso, se faz necessário uma maior atenção nesses 
ambientes para não haver nenhum acidente. 
O grau de complexidade do processo de trabalho da enfermagem, visto a exposição 
aos riscos provindos das atividades de assistências realizadas de modo direto e 
indireto aos pacientes, é bastante elevado, sendo que é a equipe de saúde que trata 
mais tempo os pacientes e presta maior parte das atividades do cuidado. Há exemplo, 
um trabalhador de enfermagem inserido num grupo especifico que atua em condições 
que determinam venerabilidade e seu estado de saúde, como na atuação contra o 
covid-19. Um enfermeiro da linha de frente, no combate à corona vírus não fez o uso 
adequado dos EPIs, como touca, óculos, luvas, máscaras, avental ou capote, 
consideradas o mínimo para sua proteção, teve contato com um dos pacientes 
contaminados com o vírus. Por não seguir as regras impostas pelo NR-3, tal 
enfermeiro se contaminou, logo, sem consciência da contaminação, disseminou o 
vírus passando para diversas pessoas o qual teve contato no local de trabalho. 
Passou-se alguns dias e finalmente os sintomas começaram a se manifestar, não só 
nele, mas em todos aqueles que foram contaminados. Logo todos foram submetidos 
ao exame para detecção, imediatamente foram instruídos e mantidos em isolamentos, 
todo o local passou a ser desinfectado com mais regularidade para diminuir o risco de 
mais contaminação, as ações de prevenção implantadas passaram a ser mais 
rigorosas. Após o resultado os pacientes foram submetidos aos tratamentos 
necessários para cura, alguns dos infectados, eram portadores de doenças crônicas 
e tiveram complicações, logo necessitaram de leitos em UTI pela gravidade em que 
se encontravam e vieram a óbito, inclusive o enfermeiro, mas a maioria após alguns 
dias em tratamento se recuperaram. Neste caso, é necessário observar a falta de 
responsabilidade e comprometimento por parte do empregador, que numa situação 
crítica, com um vírus de fácil contaminação, não deu assistência necessário para que 
seus empregados, no caso, agentes de frente, trabalhassem de maneira adequada e 
com máxima proteção, colocando em risco a saúde de todos inseridos no meio. 
A prevenção dos acidentes e as ações educativas com o propósito de evitar novas 
ocorrências desse tipo e de qualquer outro envolvendo a saúde devem ser 
preocupação de todos os envolvidos. Toda essa situação abrange fatores de riscos à 
saúde, problemas de organização econômica e social, que farão ser necessário um 
maior investimento financeiro e pode acarretar ainda, problemas éticos e legais que 
envolvem os profissionais, pacientes a instituição, entre outros. É preciso reorientar 
todos os trabalhadores quanto às leis que estão em vigor, com vistas na luta pelo 
direito, para que haja maior oferta na segurança e proteção de todos no combate a 
esse vírus, na prevenção de novos casos, além da prestação de amparo legal devido. 
A análise dos riscos ocupacionais é uma das formas mais eficazes para “compreender 
e combater a sinistralidade laboral e doenças profissionais”. Buscar o conhecimento 
do que se trata e como combater as ocorrências que surgem é essencial em qualquer 
setor de trabalho, colocar em prática as normas de biossegurança evita brechas pra 
que hajam problemas de grande proporção e que provoquem maiores malefícios a 
saúde, economia e o social de todos os envolvidos. 
 
Referências Bibliográficas 
 
 
CALDEIRA, Helvio. Biossegurança em saúde: os riscos físicos no ambiente hospitalar. 
Disponível em: < https://cmtecnologia.com.br/blog/riscos-fisicos-ambiente-hospitalar/>. 
Acesso em: 10 maio 2020 
 
BOUCINHAS FILHO, Jorge Cavalcanti. Reflexões sobre as Normas da OIT e o Modelo 
Brasileiro de Proteção à Saúde e à Integridade Física do Trabalhador 
. Disponível em: 
<http://www.lex.com.br/doutrina_23686422_reflexoes_sobre_as_normas_da_oit_e_o_model
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em: 11 maio 2020 
 
 
APARECIDA DE OLIVEIRA SÊCCO, Iara; CARMO CRUZ ROBAZZI, Maria Lúcia; SAYURI 
SHIMIZU, Denise; SILVA RÚBI, Márcia Maria. Acidentes de trabalho típicos envolvendo 
trabalhadores de hospital universitário da região sul do Brasil: epidemiologia e prevenção. 
Rev. Latino-Am. Enfermagem vol.16 no.5 Ribeirão Preto Sept./Oct. 2008