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APS - Covid-19 e o uso dos EPI's no combate à pandemia.

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1 
 
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – ICS 
CURSO DE BIOMEDICINA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS – APS 
COVID-19: POR QUE A PROTEÇÃO DE TRABALHADORES 
E TRABALHADORAS DA SAÚDE É PRIORITÁRIA NO 
COMBATE À PANDEMIA? 
 
 
 
Camilla Souza Silva Barboza G280130 
Daniela Miranda Mendes N7028B5 
 Edilaine Martins Esteves Queiroz G2534A3 
 Gabrielly Rayra M da Silva G2903A9 
Isabella Módulo Ribeiro G27BBA0 
Isadora Souza Andrade G293940 
 Luana Miranda Amaral N6994B5 
 Maria Catarine Cartano de Oliveira N702HB1 
Shayanny Cruz Faria G1997C7 
 
 
 
 
GOIÂNIA – GO 
2021 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
SUMÁRIO 
 
 
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 4 
 
2. OBJETIVOS ............................................................................................................ 5 
2.1 Objetivo geral ........................................................................................................ 5 
2.2 Objetivos específicos ............................................................................................ 5 
 
3. REVISÃO DA LITERATURA---------------------------------------------------------------------6 
 
4. RESPOSTAS DAS QUESTÕES ............................................................................ 7 
 
5. A SAÚDE DOS PROFISSINAIS DA SAÚDE NO COMBATE A COVID-19 ........ 15 
 
6. MEDIDAS DE CONTROLE .................................................................................. 21 
 
 
7. CONCLUSÃO ...................................................................................................... 25 
 
8. REFERÊNCIAS .................................................................................................... 26 
 
9. ANEXOS .............................................................................................................. 28 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A pandemia causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), denominada 
popularmente por Covid-19, trouxe à tona diversas complexidades e mudanças 
abruptas em diversos aspectos da sociedade. Uma das maiores preocupações neste 
momento é a proteção à saúde dos indivíduos, evitando a propagação do vírus. Em 
vista disso, a utilização dos equipamentos de proteção individual (EPI) como uma 
das medidas de proteção, é fundamental para a redução da propagação da doença. 
Desde que o novo coronavírus apareceu na China, especialistas do mundo 
todo têm destacado a necessidade de equipamentos de proteção individual e 
coletivos para profissionais da saúde, que, por estarem em contato direto com o 
vírus ainda desconhecido, estão expostos ao risco (NEVES, Julia. Profissionais de 
saúde precisam estar protegidos, pois fazem parte da infraestrutura de 
resposta a esta epidemia. EPSJV/Fiocruz, 2020). Os profissionais de saúde 
constituem um grupo de risco para a Covid-19 por estarem expostos diretamente 
aos pacientes infectados, o que faz com que recebam uma alta carga viral (milhões 
de partículas de vírus), portanto, os profissionais e os trabalhadores de saúde 
envolvidos direta e indiretamente no enfrentamento da pandemia estão expostos 
cotidianamente ao risco de adoecer pelo coronavírus. A proteção da saúde dos 
profissionais de saúde, assim, é fundamental para evitar a transmissão de Covid-19 
nos estabelecimentos de saúde e nos domicílios dos mesmos (TEIXEIRA, Carmen 
Fontes de Souza et al. A saúde dos profissionais de saúde no enfrentamento da 
pandemia de Covid-19. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 25, n. 9, p. 3465-
3474, Sept. 2020). 
Portanto, o seguinte trabalho tem por objetivo enfatizar a importância do uso 
dos EPIs e os problemas relacionados à sua utilização indevida e/ou excessiva, 
destacar as dificuldades enfrentadas nas atividades de trabalho dos profissionais da 
saúde, o agravo dos transtornos psicológicos, assim como a organização das 
atividades exercidas em ambiente hospitalar como medida de prevenção que 
contribuem com a redução da contaminação dos trabalhadores da área da saúde e 
da população. 
 
 
5 
 
2. OBJETIVOS 
 
2.1 Objetivo geral 
O objetivo geral desse trabalho é ressaltar a aplicação das condutas relacionadas a 
biossegurança e o bem-estar dos profissionais da saúde durante a pandemia. 
 
2.2 Objetivos específicos 
 
 Descrever a necessidade de capacitação dos profissionais da saúde e o 
emprego das normas referente a biossegurança no decorrer da pandemia de 
Covid-19. 
 Explicar a importância da segurança dos profissionais da saúde no período 
pandêmico, bem como as medidas de prevenção necessárias adotadas com 
o início da pandemia e a utilização dos equipamentos de proteção individuais 
e coletivos. 
 Informar sobre os impactos da pandemia de Covid-19 no ambiente de 
trabalho profissional e as alterações do processo de atendimentos clínicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
3. REVISÃO DA LITERATURA 
 
Partindo do artigo disponível em (HELIOTERIO, Margarete. Preservar a vida 
e a saúde desses(as) trabalhadores(as) garantirá a oferta de cuidados em 
saúde ás populações. Trab.educ.saúde vol.18 no.3 Rio de Janeiro Jul 31, 2020), a 
prioridade para a segurança dos profissionais nesse momento visa a extrema 
importância dos tais, já que são a linha de frente e os responsáveis por tratarem e 
cuidarem da população, nada mais justo que fornecerem os devidos cuidados a 
eles. Seguirem as medidas de proteção, usarem os equipamentos de proteção 
individual (EPI) e terem o auxílio necessário quando preciso são princípios que irão 
definir resultados esperados a prevenção e combate a disseminação do COVID-19. 
As longas jornadas de trabalho, stress, cansaço, fadiga são alguns dos 
fatores que precisam urgentemente serem gerenciados pois podem minimizar 
adversidades futuras onde causaria consequências tanto para o paciente como para 
o profissional da saúde. Isso só mostra a dificuldade em lidar com a doença e o 
único meio são as formas de prevenção já existentes, que serão especificadas no 
trabalho. Toda e qualquer ação que visa o bem geral em relação ao quadro atual na 
sociedade serve de incentivo para manter e evoluir até o momento que não será 
mais necessário todas essas atitudes 
A devida fiscalização das condições no ambiente de trabalho, o fornecimento 
dos equipamentos de segurança, o devido treinamento, e o cuidado coletivo dentre 
outros aspectos urgentes que em conjunto podem causar avanços e mudanças 
sobre o quadro atual da pandemia. Portanto, o momento atual requer a síntese 
dessas diversas contribuições, com foco na proteção à saúde dos trabalhadores da 
saúde, considerando que a organização do funcionamento dos serviços e a 
antecipação de suas atividades nas diferentes fases da evolução da resposta à 
epidemia são fundamentais para o controle das infecções (ALMEIDA, Ildeberto. As 
medidas de proteção precisam conter orientações sobre como agir em 
contexto que evolui mudando em grande velocidade e criando situações novas 
de risco. Ver.bras.ocup.vol45 São Paulo Jun 10, 2020). 
 
 
7 
 
4. RESPOSTA DAS QUESTÕES 
 
1) Considera-se EPI todo dispositivo de uso individual,de fabricação nacional 
ou internacional, destinado a proteger a saúde e a integridade física do 
trabalhador. A utilização de EPIs encontra-se regulamentada pelo Ministério do 
Trabalho através da NR-6, em que estão definidas as obrigações do 
empregador e do empregado. Cite cada uma delas. 
 
(Texto dado pela Portaria SIT n.º 25, de 15 de outubro de 2001) 
6.1 Para os fins de aplicação desta Norma Regulamentadora - NR, considera-se 
Equipamento de Proteção Individual - EPI, todo dispositivo ou produto, de uso 
individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de 
ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. 
 
6.1.1 Entende-se como Equipamento Conjugado de Proteção Individual, todo 
aquele composto por vários dispositivos, que o fabricante tenha associado contra um 
ou mais riscos que possam ocorrer simultaneamente e que sejam suscetíveis de 
ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. 
 
6.2 O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importado, 
só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de 
Aprovação - CA, expedido pelo órgão nacional competente em matéria de 
segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego. 
 
6.3 A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI 
adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas 
seguintes circunstâncias: 
a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra 
os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho; 
b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e, 
c) para atender a situações de emergência. 
 
8 
 
6.4 Atendidas as peculiaridades de cada atividade profissional, e observado o 
disposto no item 6.3, o empregador deve fornecer aos trabalhadores os EPI 
adequados, de acordo com o disposto no ANEXO I desta NR. 
 
6.4.1 As solicitações para que os produtos que não estejam relacionados no 
ANEXO I, desta NR, sejam considerados como EPI, bem como as propostas para 
reexame daqueles ora elencados, deverão ser avaliadas por comissão tripartite a ser 
constituída pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no 
trabalho, após ouvida a CTPP, sendo as conclusões submetidas àquele órgão do 
Ministério do Trabalho e Emprego para aprovação. 
 
6.5 Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em 
Medicina do Trabalho - SESMT, ouvida a Comissão Interna de Prevenção de 
Acidentes - CIPA e trabalhadores usuários, recomendar ao empregador o EPI 
adequado ao risco existente em determinada atividade. (Alterado pela Portaria SIT 
n.º 194, de 07 de dezembro de 2010) 
6.5.1 Nas empresas desobrigadas a constituir SESMT, cabe ao empregador 
selecionar o EPI adequado ao risco, mediante orientação de profissional 
tecnicamente habilitado, ouvida a CIPA ou, na falta desta, o designado e 
trabalhadores usuários. (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 
2010) 
 
6.6 Responsabilidades do empregador. (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 
de dezembro de 2010) 
 
6.6.1 Cabe ao empregador quanto ao EPI: 
a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade; 
b) exigir seu uso; 
c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em 
matéria de segurança e saúde no trabalho; 
d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação; 
e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado; 
f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e, 
g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada. 
9 
 
h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas 
ou sistema eletrônico. 
(Inserida pela Portaria SIT n.º 107, de 25 de agosto de 2009) 
 
6.7 Responsabilidades do trabalhador. (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 
de dezembro de 2010) 
 
6.7.1 Cabe ao empregado quanto ao EPI: 
a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina; 
b) responsabilizar-se pela guarda e conservação; 
c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e, 
d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado. 
6.8 Responsabilidades de fabricantes e/ou importadores. (Alterado pela Portaria 
SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010) 
 
6.8.1 O fabricante nacional ou o importador deverá: 
a) cadastrar-se junto ao órgão nacional competente em matéria de segurança e 
saúde no trabalho; (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010) 
b) solicitar a emissão do CA; (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de 
dezembro de 2010) 
c) solicitar a renovação do CA quando vencido o prazo de validade estipulado 
pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde do trabalho; 
(Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010) 
d) requerer novo CA quando houver alteração das especificações do 
equipamento aprovado; 
(Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010) 
e) responsabilizar-se pela manutenção da qualidade do EPI que deu origem ao 
Certificado de Aprovação - CA; 
f) comercializar ou colocar à venda somente o EPI, portador de CA; 
g) comunicar ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde 
no trabalho quaisquer alterações dos dados cadastrais fornecidos; 
h) comercializar o EPI com instruções técnicas no idioma nacional, orientando 
sua utilização, manutenção, restrição e demais referências ao seu uso; 
i) fazer constar do EPI o número do lote de fabricação; e, 
10 
 
j) providenciar a avaliação da conformidade do EPI no âmbito do SINMETRO, 
quando for o caso; 
k) fornecer as informações referentes aos processos de limpeza e higienização 
de seus EPI, indicando quando for o caso, o número de higienizações acima do qual 
é necessário proceder à revisão ou à substituição do equipamento, a fim de garantir 
que os mesmos mantenham as características de proteção original. (Inserido pela 
Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010) 
l) promover adaptação do EPI detentor de Certificado de Aprovação para 
pessoas com deficiência. (Inserida pela Portaria MTb n.º 877, de 24 de outubro de 
2018) 
 
6.8.1.1 Os procedimentos de cadastramento de fabricante e/ou importador de 
EPI e de emissão e/ou renovação de CA devem atender os requisitos estabelecidos 
em Portaria específica. (Inserido pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 
2010) 
 
6.9 Certificado de Aprovação - CA 
 
6.9.1 Para fins de comercialização o CA concedido aos EPI terá validade: 
(Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010) 
a) de 5 (cinco) anos, para aqueles equipamentos com laudos de ensaio que não 
tenham sua conformidade avaliada no âmbito do SINMETRO; 
 
b) do prazo vinculado à avaliação da conformidade no âmbito do SINMETRO, 
quando for o caso. 
 
6.9.2 O órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, 
quando necessário e mediante justificativa, poderá estabelecer prazos diversos 
daqueles dispostos no subitem 6.9.1. 
 
6.9.3 Todo EPI deverá apresentar em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome 
comercial da empresa fabricante, o lote de fabricação e o número do CA, ou, no 
caso de EPI importado, o nome do importador, o lote de fabricação e o número do 
CA. 
11 
 
 
6.9.3.1 Na impossibilidade de cumprir o determinado no item 6.9.3, o órgão 
nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho poderá autorizar 
forma alternativa de gravação, a ser proposta pelo fabricante ou importador, 
devendo esta constar do CA. 
 
6.9.3.2 A adaptação do Equipamento de Proteção Individual para uso pela 
pessoa com deficiência feita pelo fabricante ou importador detentor do Certificado de 
Aprovação não invalida o certificado já emitido, sendo desnecessária a emissão de 
novo CA. (Inserido pela Portaria MTb n.º 877, de 24 de outubro de 2018). 
 
2) Biossegurança,refere-se à aplicação do conhecimento, técnicas e utilização 
de equipamentos com a finalidade de prevenir a exposição do trabalhador, 
laboratório e ambiente a agentes potencialmente infecciosos. Qual a 
importância da utilização dos protetores faciais e máscaras durante a 
pandemia do COVID-19? 
 
A importância da utilização dos equipamentos de proteção individual (EPI) consiste 
na segurança da saúde do indivíduo contra à exposição aos agentes patogênicos. O 
uso das máscaras atuam como uma barreira física para que gotículas infectadas 
liberadas pela tosse, espirros ou até mesmo pelo simples diálogo, sejam barradas e 
não expelidas em outros indivíduos, reduzindo a contaminação contínua provocada 
pelos vírus ou outros agentes. Os protetores faciais ou face shield, por sua vez, 
isolam todo o rosto contra respingos de saliva e outros fluidos corporais vindos do 
contato direto com outras pessoas. Além disso, servem também para evitar o 
contato das mãos com os olhos, nariz e boca, que são portas de entrada naturais 
que facilitam a indesejável penetração do vírus em nosso corpo. As máscaras e os 
protetores faciais devem ser utilizadas em conjunto. 
 
3) O quadro clínico inicial da doença é caracterizado como síndrome gripal, no 
entanto, casos iniciais leves, subfebris, podem evoluir para elevação 
progressiva da temperatura e a febre ser persistente além de 3-4 dias, ao 
contrário do descenso observado nos casos de Influenza. O diagnóstico 
depende da investigação clínico-epidemiológica e do exame físico. O 
12 
 
diagnóstico laboratorial para identificação do vírus SARS-CoV2 é realizado por 
meio das técnicas de RT-PCR em tempo real e sequenciamento do genoma 
viral ou através da detecção de anticorpos no sangue. Para a manipulação das 
amostras dos pacientes é imprescindível a utilização de luvas. Cite 
detalhadamente o procedimento para retirar as luvas descartáveis após a 
manipulação das amostras. 
 
Para que esses profissionais não estejam expostos aos riscos, deverão receber 
instruções no próprio local onde prestarão os serviços, de modo a não se exporem 
desnecessariamente e não se converterem em disseminadores do vírus. Não 
deverão executar quaisquer tipos de atividades por conta própria e sim a partir de 
instruções detalhadas e fornecidas previamente pela unidade de saúde. 
No momento da limpeza, a equipe deverá estar paramentada adequadamente para 
minimizar o risco de ser infectado pelo coronavírus, utilizando o desinfetante 
estabelecido para as mãos à base de álcool, antes e depois do uso das luvas. As 
luvas devem ser descartadas após cada limpeza. Luvas reutilizáveis devem ser 
dedicadas à limpeza e desinfecção de superfícies inerentes a Covid-19 e não devem 
ser usadas para outros fins. 
Para retirar e descartar as luvas, é importante que a luva seja retirada sem que haja 
contato da sua mão com a parte externa do material. Assim, evita-se a 
contaminação da sua pele com agentes que podem estar na luva. Com ambas as 
mãos enluvadas, comece retirando a luva de sua mão dominante. Segure na parte 
externa e evite entrar em contato com sua pele. Depois disso, com a mão dominante 
já sem luva, insira um dedo na parte interna da outra luva e retire-a por completo, 
evitando tocar na parte externa da luva. 
Pegar numa das luvas sem tocar na pele do antebraço e puxar a luva virada do 
avesso para fora da mão; 
Segurar a luva com a mão que ainda tem a luva colocada; 
Deslizar o dedo pelo pulso, por baixo da outra luva, sem tocar na parte de cima da 
luva; 
Puxar a luva do avesso para fora da mão, deixando a primeira luva dentro desta; 
Descartar as luvas em segurança, para um contentor específico, fechando-o 
cuidadosamente; 
Lavar as mãos. 
13 
 
No tipo de descarte ideal, é importante sempre descartar suas luvas de proteção no 
lixo comum, de preferência em saco fechado. Lembre-se de nunca descartar em lixo 
aberto, caçambas, depósitos, lixos recicláveis ou locais que deem acesso para que 
as luvas sejam recolhidas e entre em contato com outras pessoas, como é o caso de 
quem coleta recicláveis. 
Após cumprir os passos aqui descritos, jogue suas luvas em um saco de lixo 
reforçado, evitando que elas entrem em contato com a lixeira e sem que suas mãos 
entre em contato com as partes externas da luva. Feche o saco e, quando for 
descartá-lo para que seja levado pelo caminhão de lixo, ensaque com outro para 
evitar o contato dos trabalhadores que recolhem o lixo com qualquer contaminante. 
 
4) A COVID-19 pode ser transmitido por vias respiratórias, através das 
gotículas de saliva que são eliminadas no ar quando a pessoa tosse, espirra 
ou fala a pelo menos um metro de distância; por meio de contato físico, 
quando essas gotículas contendo o vírus alcançam mucosas dos olhos, nariz 
e boca ou através do contato das mãos e rosto com superfícies contaminadas, 
levando-as aos olhos, nariz e boca. Uma das medidas de prevenção da 
transmissão inclui o uso de produtos de limpeza simples, como água e sabão, 
desinfetante e água sanitária ou álcool 70% para eliminar o vírus de 
superfícies, processo conhecido como descontaminação. Com base em seus 
conhecimentos explique a diferença entre descontaminação e esterilização. 
 
A descontaminação é um processo realizado com a intenção de proteger os 
profissionais que farão a limpeza da superfície ou artigo sujo com matéria orgânica. 
É o processo de tornar qualquer objeto ou região seguros para o contato de pessoas 
não protegidas, fazendo inócuos os agentes químicos ou biológicos, suprimindo ou 
amortecendo os agentes radiológicos. Enquanto a esterilização é o processo de 
destruição por meio físico, químico ou físico-químico de todas as formas de vida 
microbiana (fungos, vírus, bactérias nas formas vegetativas e esporularas). 
 
5) Quais medidas devem ser adotadas para reduzir o estresse ocupacional e a 
fadiga, com a finalidade de proteger a saúde mental do(a) trabalhador(a) 
durante o enfrentamento da pandemia? 
 
14 
 
A OMS orienta que os trabalhadores desse setor são pressionados com essa 
situação, sendo um sintoma normal, assim como o estresse associado, que muitas 
vezes paralisa, mas deve-se orientar o profissional que esses sentimentos são 
naturais, pelo momento que todos passamos, devendo esses profissionais receber 
apoio da gestão. Assim, o gerenciamento da sua saúde mental é fundamental, seu 
bem-estar psicossocial nesse momento de crise torna-se fundamental. Para isso, os 
profissionais da enfermagem devem evitar formas errôneas de lidar com estresse, 
como utilização de álcool, tabaco, outras drogas, alimentos impróprios e alimentos 
ricos em açúcar pois essas condições levarão à piora do bem-estar físico e mental. 
Além disso, a diminuição das cargas excessivas de trabalho também colaboram 
para que o profissional possa descansar corpo e mente e renovar as energias para 
enfrentar os dias intensos de trabalho. Outras medidas que devem ser adotadas é a 
contribuição dos pacientes, seguindo devidamente todas as regras de prevenção e 
distanciamento social e a utilização adequada de todos os equipamentos de 
proteção necessários para a realização das atividades, trazendo maior sensação de 
segurança. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
5. A SAÚDE DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE NO COMBATE A COVID-19 
 
A biossegurança e a segurança biológica referem-se ao emprego do 
conhecimento, das técnicas e dos equipamentos, com a finalidade de prevenir a 
exposição do profissional, dos acadêmicos, dos laboratórios, da comunidade e do 
meio ambiente, aos agentes biológicos potencialmente patogênicos. Para isso, 
estabelecem as condições seguras para a manipulação e a contenção de agentes 
biológicos, incluindo: os equipamentos de segurança, as técnicas e práticas de 
laboratório, a estrutura física dos laboratórios, além da gestão administrativa 
(HIRATA & MANCINI FILHO, 2002; BRASIL,2006; MASTROENI, 2005). 
Equipamentos de segurança: são considerados como barreiras primárias de 
contenção e, juntamente com as boas práticas em laboratório, visam à proteção dos 
indivíduos e dos próprios laboratórios, sendo classificados como equipamentos de 
proteção individual (EPI) e coletiva (EPC) (HIRATA & MANCINI FILHO, 2002; 
BRASIL, 2006; PENNA et al., 2010). Assim, esses equipamentos aumentam a 
proteção do indivíduo contra riscos e acidentes que possam comprometer ou 
ameaçar sua segurança e, principalmente, sua saúde. Logo, se utilizados de forma 
correta, garantem a redução da disseminação do vírus da Covid-19, levando em 
consideração seu alto percentual de transmissão. A proteção da saúde dos 
profissionais de saúde, assim, é fundamental para evitar a transmissão de Covid-19 
nos estabelecimentos de saúde e nos domicílios dos mesmos, sendo necessário 
adotar protocolos de controle de infecções (padrão, contato, via aérea) e 
disponibilizar EPIs, incluindo máscaras N95, aventais, óculos, protetores faciais e 
luvas (TEIXEIRA, Carmen Fontes de Souza et al. A saúde dos profissionais de 
saúde no enfrentamento da pandemia de Covid-19. Ciênc. saúde coletiva, Rio de 
Janeiro, v. 25, n. 9, p. 3465-3474, Sept. 2020). 
Deste modo, o emprego das normas da biossegurança é, sem dúvidas, 
relevante e indispensável sob diversos aspectos, e seu uso contribui agindo de 
modo com que os riscos de contaminações em casos de problemas epidemiológicos 
sejam minimizados. Cabe destacar que um dos requisitos primordiais na área de 
saúde é garantir que os profissionais sigam as práticas apropriadas de 
biossegurança. No caso da Covid-19, é preciso garantir que qualquer manuseio e 
processamento de amostras de casos suspeitos ou de confirmação de infecção por 
presença do novo coronavírus sejam realizados em laboratórios adequadamente 
16 
 
equipados e por profissionais também adequadamente capacitados nos 
procedimentos técnicos e de biossegurança. No momento atual, em que a nova 
síndrome respiratória pandêmica, denominada Covid-19, associada ao novo 
coronavírus SARS-CoV-2, é capaz de gerar muitas incertezas no ambiente 
profissional, em especial na transmissibilidade das partículas virais infectantes, a 
biossegurança assume um papel de extrema importância para os profissionais de 
saúde que cumprem um papel crítico na identificação, notificação e gerenciamento 
de possíveis casos de Covid-19. 
Precauções adicionais são exigidas pelos profissionais de saúde para se 
protegerem e impedir a transmissão no ambiente de trabalho e isso inclui saber 
selecionar o EPI adequado; ser capacitado para o uso correto e retirada do EPI e 
estabelecer o descarte de acordo com as normas de segurança, pois são 
considerados materiais potencialmente contaminados (CARVALHO, Paulo Roberto. 
Profissionais da saúde precisam estar protegidos, pois fazem parte da 
infraestrutura da resposta a esta pandemia. 2. ed. Rio de Janeiro: EPSJV/Fiocruz, 
2020). Em segundo plano, é perceptível também a escassez desses recursos de 
proteção nas redes de saúde, como hospitais, clínicas e laboratórios, principalmente 
desde o início da pandemia. Contudo, antes mesmo da decretação do estado de 
crise e calamidade de saúde púbica pela Covid-19, a falta dos equipamentos de 
proteção e segurança dos trabalhadores da saúde já era um fator preocupante. 
Em decorrência da situação pandêmica, a orientação classificada como umas 
das medidas de prevenção ao contágio e disseminação do novo vírus incluiu a 
utilização dos EPIs pela população total nas atividades diárias, aumentando, de 
maneira gradativa, a ausência destes equipamentos para a execução das atividades 
hospitalares realizadas pelos profissionais da saúde (Revista JRG de Estudos 
Acadêmicos ISSN: 2595-1661, Ano IV, Vol. IV, n.8, jan.-jun., 2021). As 
recomendações para o uso racional de EPI, no contexto da Covid-19, visam orientar 
as pessoas envolvidas na distribuição e no gerenciamento desses equipamentos, 
bem como auxiliar autoridades de saúde pública e indivíduos que atuam na 
comunidade e em locais de assistência à saúde, oferecendo orientações sobre 
situações em que o uso de EPI é mais adequado. 
 É preciso que haja controles administrativos, ambientais e de engenharia 
numa perspectiva de ações e estratégias conjuntas para efetividade contra a 
pandemia. Para a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e a OMS, além 
17 
 
dos casos de Covid-19, que exigem o uso de EPI, por pacientes, cuidadores e 
profissionais de saúde, a desinformação e o pânico levaram à compra e estocagem 
dos produtos de forma descontrolada pela população, contribuindo para um 
desabastecimento ainda maior destes insumos. Por consequência, o uso racional 
desses equipamentos, visa evitar que o impacto do desabastecimento desses 
recursos seja ainda maior. O uso de EPI deve considerar o nível de cuidado e tipo 
de atividade a ser executada: triagem, amostra para diagnóstico laboratorial, caso 
suspeito ou confirmado de 2019-nCov que requer internação na unidade de saúde e 
sem procedimento gerador de aerossol (PGA) e, por fim, caso suspeito ou 
confirmado de 2019-nCov que requer internação na unidade de saúde e PGA 
(SOARES, Samira Silva Santos et al. Pandemia de Covid-19 e o uso racional de 
equipamentos de proteção individual. Revista Enfermagem UERJ, [S.l.], v. 28, p. 
e50360, maio 2020. ISSN 0104-3552). 
Além das máscaras e luvas, existem outros equipamentos de segurança que 
devem ser utilizados de forma racional. Nesse contexto, os profissionais de saúde 
podem lançar mão de óculos de proteção ou protetor facial, vestimenta de mangas 
longas ou macacão com pés e capuz impermeáveis, aventais impermeáveis e 
respiradores, e outros equipamentos de proteção coletiva, tais como as cabines de 
segurança biológica, quando necessário (CARVALHO, Paulo Roberto. 
Profissionais da saúde precisam estar protegidos, pois fazem parte da 
infraestrutura da resposta a esta pandemia. 2. ed. Rio de Janeiro: EPSJV/Fiocruz, 
2020). Contudo, o principal problema de saúde que afeta os profissionais envolvidos 
diretamente no cuidado aos pacientes sintomáticos ou diagnosticados com a 
infecção provocada pelo COVID-19 é o risco de contaminação pela doença. 
Há muitas evidências que indicam o alto grau de exposição e contaminação 
dos profissionais de saúde pelo COVID-19. O medo de ser infectado, a proximidade 
com o sofrimento dos pacientes ou a morte destes, bem como a angústia dos 
familiares associada à falta de suprimentos médicos, informações incertas sobre 
vários recursos, solidão e preocupações com entes queridos foram aspectos 
também relatados em outro trabalho que abordou o sofrimento psíquico e o 
adoecimento mental dos profissionais de saúde, levando, em alguns casos, à 
relutância em trabalhar (TEIXEIRA, Carmen Fontes de Souza et al. A saúde dos 
profissionais de saúde no enfrentamento da pandemia de Covid-19. Ciênc. 
saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 25, n. 9, p. 3465- 3474, Sept. 2020). 
18 
 
Mediante ao cenário o qual nos encontramos, foram necessárias 
reorganizações em todos os setores. Na parte de segurança do paciente dentro dos 
hospitais, foram implantas algumas normas com a finalidade de obter um ambiente 
mais seguro, essas são: 
• O atendimento a pessoas com sintomas de problemas respiratórios recentes 
deve ser feito, preferencialmente, pelo telefone e outras formas de teleatendimentos 
realizados pela UBS/Equipe, respeitando-se a confidencialidade das informações. 
• É importante organizar os fluxos de pessoas no ambiente hospitalar, 
criando-se espaços de acolhimento para separação, espera e triagem na porta de 
entrada e fluxo de acesso específico para usuários com sintomas respiratórios 
recentes, em locais específicos (se possível em tendas fora da UBS), deve-se evitar 
aglomeração e o contato com outros usuários que buscam a unidade. 
• É necessário espaços específicospara o atendimento de usuários sem 
sintomas respiratórios (também podem ser em tendas fora da UBS). Sendo 
montadas as tendas, o atendimento no interior da UBS pode ser dedicado 
exclusivamente a pacientes apresentando alterações moderadas/graves em sua 
condição clínica. 
• Considerando a necessidade de evitar aglomeração e manter a distância 
entre os usuários de dois metros, os espaços de espera devem ser amplos, todos 
devem seguir as regras de utilização do EPI e distanciamento social. 
 • Recomenda-se criar espaço no interior da UBS para assistência ao paciente 
com quadro moderado ou grave de síndrome gripal ou com Síndrome Respiratória 
Aguda Grave (SRAG), com finalidade de estabilização e espera, de forma segura, 
de remoção para hospital intermediário ou de referência. Este espaço deve prever 
ventilação/exaustão adequada (normas da Anvisa); e os profissionais de saúde 
devem dispor dos equipamentos de proteção individual compatível com a gravidade 
do paciente e os procedimentos a serem realizados. Os pacientes suspeitos devem, 
obrigatoriamente, estarem separados dos confirmados por Covid-19, exatamente 
para evitar a transmissão do SARS-CoV-2 no interior dos serviços de saúde. 
• Separar, se possível, parte da equipe para atendimento específico a 
usuários com sintomas respiratórios (Equipes de Resposta Rápida) em dias ou 
turnos estabelecidos, para diminuir o risco de contaminação, adoecimento e 
afastamento de profissionais. 
19 
 
Por outra perspectiva, as condições de trabalho, principalmente nos hospitais, 
têm sido consideradas impróprias. A remuneração inadequada, a acumulação de 
escalas de serviço, o aumento da jornada de trabalho, as características 
tensiógenas dos serviços de saúde (tanto pela natureza do cuidado prestado às 
pessoas em situações de risco quanto pela divisão social do trabalho), a hierarquia 
presente na equipe de saúde e o desprestígio social, entre outros fatores, associam-
se às condições de trabalho. Esse conjunto de problemas tem levado diversos 
profissionais ao abandono da profissão, tendo como consequência a diminuição do 
quantitativo de profissionais no mercado de trabalho (SCHMOELLER, Roseli et al. 
Cargas de trabalho e condições de trabalho da enfermagem: revisão 
integrativa. Rev. Gaúcha Enferm. (Online), Porto Alegre, v. 32, n. 2, p. 368-377, 
June 2011). 
No Brasil, o adoecimento mental relacionado ao trabalho tem sido apontado 
como um fator de grande preocupação. No contexto hospitalar brasileiro, vários 
estudos (Elias & Navarro, 2006; Teixeira & Gorini, 2008) têm focalizado o aumento 
da violência, as péssimas condições de trabalho e os problemas na organização do 
trabalho como questões que têm contribuído para o aumento do adoecimento dos 
trabalhadores da saúde. O hospital por si só se configura como um ambiente 
insalubre, árduo e de risco ocupacional para os que ali trabalham, por apresentar 
aspectos como: contato com materiais de alta periculosidade, grande volume de 
trabalho e presença de situações afetuosas e extremas, que causam elevado nível 
de tensão. 
O funcionamento total da organização também exige o regime de turnos e 
plantões, permitindo os duplos empregos e as longas jornadas de trabalho, que são 
práticas comuns desses profissionais da saúde, como forma de complementar os 
ganhos e que contribuem para a excessiva carga de trabalho associada a esse 
contexto (MONTEIRO, Janine Kieling et al. Adoecimento psíquico de trabalhadores 
de unidades de terapia intensiva. Psicol. cienc. prof., Brasília , v. 33, n. 2, p. 366-
379, 2013). Mealer, Burnham, Goode, Rothbaum e Moss, 2009, destacam ainda que 
o estresse no trabalho da enfermagem é mais intenso em unidades de terapia 
intensiva (UTI). Os profissionais que trabalham em ambientes considerados críticos, 
como as unidades de tratamento intensivo (UTI), apresentam alta predisposição 
para serem acometidos pelo sofrimento psíquico, tendo em vista a complexidade 
20 
 
das ações ali realizadas, o estresse gerado durante a sua realização e a ocorrência 
de morte de pacientes (Gomes, Lunardi, Wilson & Erdmann, 2006). 
A Covid-19 é uma situação nova com experiência limitadas, que envolve 
riscos, diminui a confiança dos atores no atendimento cotidiano e coloca em teste os 
sistemas de saúde; colocando em evidência a necessidade de criar experiência, de 
redução de riscos, de (re)construir confiança dos profissionais de saúde, melhoria 
dos processos, melhoria da segurança de todos os envolvidos (pacientes, famílias, 
profissionais de saúde, todos os outros trabalhadores da área da saúde, 
comunidade vizinhos, amigos). Neste contexto, no qual se destaca a necessidade de 
treinamento e retreinamento, a estratégia de simulação se torna uma ferramenta 
importante a ser utilizada na situação atual da pandemia por Covid-19, pois além de 
garantir a segurança do paciente, também oferece um ambiente seguro de 
aprendizado e treinamento para os profissionais de saúde desenvolverem 
habilidades para lidar com o mesmo. O foco principal é atender às necessidades 
educacionais de diferentes programas de treinamento ou complementar alguns 
currículos, especialmente na área de saúde. 
Tendo como objetivo, oferecer/criar espaço de formação, atualização e 
capacitação para profissionais de saúde e comunidade para o enfrentamento a 
Covid-19, destacam-se: 
• Desenvolver e validar protocolos para a classificação de risco na triagem de 
COVID-19, adaptados de instrumentos clínicos já existentes (ex. protocolo de 
classificação de risco, nas emergências); 
• Associar o protocolo de “Classificação de Risco – COVID-19” ao resultado 
obtido na testagem, de modo a fundamentar a orientação e acolhimento da 
comunidade tanto no contexto da atenção primária quanto ao hospitalar; 
• Construir e validar cenários para o desenvolvimento do processo ensino e 
aprendizagem, a serem utilizados como ferramentas na simulação realística e 
pacientes virtuais* para o treinamento em todas as fases da doença; 
• Elaborar diretrizes básicas para a atualização e capacitação da força de 
trabalho que atuam nos diferentes níveis da atenção a saúde para responder o 
COVID – 19 e outras doenças; 
• Atualizar e capacitar acadêmicos, profissionais de saúde para a realização 
dos testes e interpretação dos resultados. 
21 
 
• Construir painel de experiências de ensino inovadoras no cenário COVID-19 
que possam estender-se à situações críticas similares. 
 
6. MEDIDAS DE CONTROLE 
 
As medidas de controle da COVID-19 em ambientes e processos de trabalho 
têm como objetivos identificar e intervir nos fatores e situações de risco às quais os 
trabalhadores podem estar expostos durante suas atividades laborais, visando 
eliminar ou, na sua impossibilidade, atenuar e controlar estes fatores e situações. 
Essas medidas podem ser de controle de engenharia, controle administrativo e de 
proteção individual14. Na maioria dos casos, será necessária uma combinação 
dessas medidas para proteger os trabalhadores dos serviços de saúde da exposição 
ao SARS-CoV-2. 
As medidas de controle engenharia são alterações aplicáveis aos processos e 
ambientes de trabalho. Estas medidas são muito importantes para prevenir a 
propagação e reduzir a concentração de agentes infecciosos no ambiente de 
trabalho, minimizar o número de áreas em que há exposição ao SARS-CoV-2 e 
diminuir o número de pessoas expostas. A implantação dessas medidas deve ser 
priorizada, pois protegem tanto os trabalhadores quanto os pacientes. Alguns 
exemplos de medidas de controle de engenharia para o enfrentamento da COVID-19 
são: 
• Definição e instalação de espaços de acolhimento e triagem que possibilite a 
identificação (e o isolamento) de pacientes suspeitos de COVID-19 antes ou 
imediatamente após a chegada ao estabelecimento de saúde. 
 • Provimento de condições para adequada higienização das mãos: 
lavatório/pia com dispensador de sabonetelíquido, suporte para papel toalha, papel 
toalha, lixeira com tampa e abertura sem contato manual, para uso dos pacientes e 
seus acompanhantes, tanto na recepção quanto em outros pontos dentro do serviço, 
minimizando o possível contato com outros pacientes e evitando a sua circulação 
pelos serviços de saúde. 
 • Manutenção dos espaços de espera com ventilação abundante e natural. 
 • Instalação de dispensadores com preparações alcoólicas para a higiene das 
mãos. 
22 
 
 • Fornecimento de máscara cirúrgica aos casos suspeitos de síndrome gripal 
ou síndrome respiratória aguda grave logo na chegada ao serviço de saúde; 
 • Instalação de barreiras físicas, como placas de vidros, acrílicas ou janelas 
para atendimento administrativo dos usuários e pacientes e disponibilidade de álcool 
(sob as formas gel ou solução a 70%) nas salas de espera. 
Já as medidas de controle administrativo exigem ações tanto do 
empregador/contratante quanto dos trabalhadores. Normalmente, os controles 
administrativos são alterações nas políticas ou rotinas de trabalho que visam reduzir 
ou minimizar a exposição a um risco, sua duração, frequência ou intensidade. 
Alguns exemplos de medidas de controle administrativo para a Covid-19 nos 
serviços de saúde incluem: 
 • Orientação aos pacientes e acompanhantes sobre a necessidade de 
adoção de medidas de higiene respiratória/etiqueta da tosse: se tossir ou espirrar, 
cobrir o nariz e a boca com cotovelo flexionado ou lenço de papel; utilizar lenço de 
papel descartável para higiene nasal (descartar imediatamente após o uso e realizar 
a higiene das mãos); evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca; realizar a higiene 
das mãos com água e sabonete (40-60 segundos) ou preparação alcoólica a 70% 
(20-30 segundos). 
• Promoção de educação e treinamento atualizados sobre os fatores de risco, 
comportamentos de proteção do Covid-19, cuidados e medidas de prevenção e 
controle que devem ser adotadas pelos serviços de saúde, incluindo o manejo do 
paciente. 
 • Treinamento de todos os trabalhadores dos serviços de saúde sobre o uso 
correto dos equipamentos de Proteção Individual, considerando instruções sobre 
quais EPIs usar em cada situação, sua colocação, sinas de dano ou avaria dos EPI, 
antes e durante o seu uso (resultando em perda de efetividade) e, finalmente, a sua 
retirada e descarte adequado e seguro. O material de treinamento deve ser de fácil 
compreensão e estar sempre disponível. 
 • Afastamento de trabalhadores doentes e sensibilização para que fiquem em 
isolamento domiciliar. Essa medida não deve implicar em prejuízos trabalhistas aos 
profissionais. 
 • Estabelecimento de horários de funcionamento estendidos dos serviços de 
saúde, minimizando, sempre que possível, a aglomeração de pessoas e o contato 
entre funcionários e pacientes. 
23 
 
 • Estímulo permanente a higienização das mãos. A lavagem das mãos para 
os profissionais de saúde deve ser realizada sempre em que: as mãos estiverem 
sujas; no início e no término do turno de trabalho; após atos e funções fisiológicas e 
pessoais (como alimentar-se, limpar e assoar o nariz, usar o banheiro, pentear os 
cabelos, fumar ou tocar em qualquer parte do corpo); antes e após o contato com 
cada paciente ou entre diferentes procedimentos realizados no mesmo paciente; 
após o uso de luvas ou de outros EPI; antes do preparo de materiais ou 
equipamentos e ao manuseá-los; antes e após higiene e troca de roupas dos 
pacientes; e após qualquer trabalho de limpeza. 
 • Informação oportuna (o mais breve possível) pelo serviço de saúde, aos 
trabalhadores e seus representantes, sobre qualquer acidente que possa provocar a 
disseminação do Covid-19, comunicando ainda suas causas e medidas para corrigir 
a situação. 
 • Monitoramento da efetividade das medidas de proteção e avaliação da 
adesão dos trabalhadores, cabendo, a qualquer momento mudança nas estratégias 
de implementação das medidas para torná-las mais efetivas. 
 • Limitação do número de trabalhadores do serviço de saúde e familiares em 
contato com os casos suspeitos ou confirmados pelo vírus. Sempre que possível, 
uma equipe de trabalhadores do serviço de saúde deve ser designada para cuidar 
exclusivamente dos casos suspeitos ou confirmados de Covid-19, não devendo 
circular por outras áreas de assistência e nem prestar assistência a outros 
pacientes. 
 • Restrição da movimentação e transporte de pacientes suspeitos ou 
confirmados para fora de seus quartos ou área, a situações estritamente 
necessárias do ponto de vista assistencial. Preferencialmente, usar equipamento 
portátil de diagnóstico para realização de exames solicitados. Se o transporte for 
necessário, usar rotas de transporte predeterminadas (e sinalizadas) para minimizar 
a exposição para funcionários, outros pacientes e acompanhantes. Colocar, na 
necessidade de transporte, máscara cirúrgica no paciente. 
• Atendimento das normas de biossegurança no transporte de pacientes 
suspeitos ou confirmados de Covid-19 de um serviço de saúde para outro, em 
serviço móvel de urgência (ambulância). Deve-se utilizar os EPIs recomendados 
antes de abordar o paciente e durante todo trajeto. Durante o transporte, deve-se 
evitar manipulações desnecessárias para minimizar a possibilidade de contaminação 
24 
 
da equipe/material. Realizar a transferência do paciente para o serviço de referência 
garantindo os cuidados de proteção às equipes receptoras. 
 • Notificação prévia e obrigatória do serviço que receberá o paciente que está 
sendo transportado, e informação sobre as precauções necessárias, antes da sua 
chegada ao serviço de referência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
7. CONCLUSÃO 
 
Tendo em vista o que foi apresentado, conclui-se que a proteção dos 
profissionais da saúde no combate à pandemia é prioritária, uma vez que estes 
fazem parte da infraestrutura de resposta e atuam na “linha de frente” em combate 
ao coronavírus. Por consequência, é de extrema importância que os mesmos 
estejam saudáveis e seguros para exercerem suas atividades profissionais, com o 
objetivo de evitar a transmissão de Covid-19 nos estabelecimentos de saúde. 
Em situações envolvendo problemas epidemiológicos como o atual, o 
seguimento de determinados hábitos, tanto pelos profissionais de saúde, quanto 
pela comunidade, contribuem gerando resultados positivos. Dentre eles, destacamos 
todas as medidas de proteção individual e coletiva com a devida utilização dos 
equipamentos de proteção, que desempenham a função de reduzir os novos casos, 
evitando também o surgimento de novas variantes do vírus e, principalmente, 
salvando vidas. Foi enfatizado também as estratégias de distanciamento social 
aplicadas nas medidas de controle e prevenção, principalmente nas Unidades 
Básicas de Saúde (UBS), onde o atendimento aos pacientes infectados é direto. 
Ademais, garantir a segurança dos profissionais de saúde, auxilia na redução dos 
casos de pressão psicológica como a ansiedade e a depressão; sintomas relatados 
com maior frequência deste o início da pandemia por esta equipe. 
Para finalizar, é necessário prestar reconhecimento ao esforço da atuação 
desses profissionais e contribuir com as medidas preventivas; atitudes fundamentais 
que cooperam para que os trabalhadores da área da saúde continuem realizando 
suas funções e atividades com êxito e segurança durante esse cenário de tamanhas 
dificuldades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
8. REFERÊNCIAS 
 
 
(ALMEIDA, Ildeberto Muniz de. Proteção da saúde dos trabalhadores da saúde 
em tempos de COVID-19 e respostas à pandemia. Rev. bras. saúde ocup., São 
Paulo , v. 45, e17, 2020). 
 
(NEVES, Julia; CARVALHO, Paulo Roberto. Profissionais de saúde precisam 
estar protegidos, pois fazem parte da infraestrutura de resposta a esta 
epidemia. 2. ed. Rio de Janeiro: EPSJV/Fiocruz, 2020).(TEIXEIRA, Carmen Fontes de Souza et al. A saúde dos profissionais de saúde 
no enfrentamento da pandemia de Covid-19. Ciênc. saúde coletiva, Rio de 
Janeiro, v. 25, n. 9, p. 3465-3474, Sept. 2020). 
 
(HIRATA & MANCINI FILHO, 2002; BRASIL, 2006; MASTROENI, 2005). 
 
(HIRATA & MANCINI FILHO, 2002; BRASIL, 2006; PENNA et al., 2010). 
 
(Revista JRG de Estudos Acadêmicos ISSN: 2595-1661, Ano IV, Vol. IV, n.8, jan.-
jun., 2021). 
 
(SOARES, Samira Silva Santos et al. Pandemia de Covid-19 e o uso racional de 
equipamentos de proteção individual. Revista Enfermagem UERJ, [S.l.], v. 28, p. 
e50360, maio 2020. ISSN 0104-3552). 
 
(SCHMOELLER, Roseli et al. Cargas de trabalho e condições de trabalho da 
enfermagem: revisão integrativa. Rev. Gaúcha Enferm. (Online), Porto Alegre, v. 
32, n. 2, p. 368-377, June 2011). 
 
(Elias & Navarro, 2006; Teixeira & Gorini, 2008). 
 
27 
 
(MONTEIRO, Janine Kieling et al. Adoecimento psíquico de trabalhadores de 
unidades de terapia intensiva. Psicol. cienc. prof., Brasília , v. 33, n. 2, p. 366-379, 
2013). 
 
(Mealer, Burnham, Goode, Rothbaum e Moss, 2009). 
 
(Gomes, Lunardi, Wilson & Erdmann, 2006). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
9. ANEXOS 
 
 
http://revistajrg.com/index.php/jrg/article/view/219/326 
 
https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/enfermagemuerj/article/view/50360 
 
https://www.epsjv.fiocruz.br/noticias/entrevista/profissionais-de-saude-precisam-
estar-protegidos-pois-fazem-parte-da 
 
https://www.saude.go.gov.br/files/banner_coronavirus/GuiaMS-
Recomendacoesdeprotecaotrabalhadores-COVID-19.pdf 
 
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-06.pdf 
 
https://www.anamt.org.br/portal/2020/10/06/oms-garantir-a-seguranca-dos-
profissionais-de-saude-para-preservar-a-dos-pacientes/ 
 
https://pebmed.com.br/saude-mental-de-profissionais-de-enfermagem-na-pandemia-
de-coronavirus/ 
 
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-14472011000200022 
 
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0303-76572020000101500&script=sci_arttext 
 
 
http://revistajrg.com/index.php/jrg/article/view/219/326
https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/enfermagemuerj/article/view/50360
https://www.epsjv.fiocruz.br/noticias/entrevista/profissionais-de-saude-precisam-estar-protegidos-pois-fazem-parte-da
https://www.epsjv.fiocruz.br/noticias/entrevista/profissionais-de-saude-precisam-estar-protegidos-pois-fazem-parte-da
https://www.saude.go.gov.br/files/banner_coronavirus/GuiaMS-Recomendacoesdeprotecaotrabalhadores-COVID-19.pdf
https://www.saude.go.gov.br/files/banner_coronavirus/GuiaMS-Recomendacoesdeprotecaotrabalhadores-COVID-19.pdf
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-06.pdf
https://www.anamt.org.br/portal/2020/10/06/oms-garantir-a-seguranca-dos-profissionais-de-saude-para-preservar-a-dos-pacientes/
https://www.anamt.org.br/portal/2020/10/06/oms-garantir-a-seguranca-dos-profissionais-de-saude-para-preservar-a-dos-pacientes/
https://pebmed.com.br/saude-mental-de-profissionais-de-enfermagem-na-pandemia-de-coronavirus/
https://pebmed.com.br/saude-mental-de-profissionais-de-enfermagem-na-pandemia-de-coronavirus/
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-14472011000200022
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0303-76572020000101500&script=sci_arttext

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