Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – ICS CURSO DE BIOMEDICINA ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS – APS COVID-19: POR QUE A PROTEÇÃO DE TRABALHADORES E TRABALHADORAS DA SAÚDE É PRIORITÁRIA NO COMBATE À PANDEMIA? Camilla Souza Silva Barboza G280130 Daniela Miranda Mendes N7028B5 Edilaine Martins Esteves Queiroz G2534A3 Gabrielly Rayra M da Silva G2903A9 Isabella Módulo Ribeiro G27BBA0 Isadora Souza Andrade G293940 Luana Miranda Amaral N6994B5 Maria Catarine Cartano de Oliveira N702HB1 Shayanny Cruz Faria G1997C7 GOIÂNIA – GO 2021 2 3 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 4 2. OBJETIVOS ............................................................................................................ 5 2.1 Objetivo geral ........................................................................................................ 5 2.2 Objetivos específicos ............................................................................................ 5 3. REVISÃO DA LITERATURA---------------------------------------------------------------------6 4. RESPOSTAS DAS QUESTÕES ............................................................................ 7 5. A SAÚDE DOS PROFISSINAIS DA SAÚDE NO COMBATE A COVID-19 ........ 15 6. MEDIDAS DE CONTROLE .................................................................................. 21 7. CONCLUSÃO ...................................................................................................... 25 8. REFERÊNCIAS .................................................................................................... 26 9. ANEXOS .............................................................................................................. 28 4 1. INTRODUÇÃO A pandemia causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), denominada popularmente por Covid-19, trouxe à tona diversas complexidades e mudanças abruptas em diversos aspectos da sociedade. Uma das maiores preocupações neste momento é a proteção à saúde dos indivíduos, evitando a propagação do vírus. Em vista disso, a utilização dos equipamentos de proteção individual (EPI) como uma das medidas de proteção, é fundamental para a redução da propagação da doença. Desde que o novo coronavírus apareceu na China, especialistas do mundo todo têm destacado a necessidade de equipamentos de proteção individual e coletivos para profissionais da saúde, que, por estarem em contato direto com o vírus ainda desconhecido, estão expostos ao risco (NEVES, Julia. Profissionais de saúde precisam estar protegidos, pois fazem parte da infraestrutura de resposta a esta epidemia. EPSJV/Fiocruz, 2020). Os profissionais de saúde constituem um grupo de risco para a Covid-19 por estarem expostos diretamente aos pacientes infectados, o que faz com que recebam uma alta carga viral (milhões de partículas de vírus), portanto, os profissionais e os trabalhadores de saúde envolvidos direta e indiretamente no enfrentamento da pandemia estão expostos cotidianamente ao risco de adoecer pelo coronavírus. A proteção da saúde dos profissionais de saúde, assim, é fundamental para evitar a transmissão de Covid-19 nos estabelecimentos de saúde e nos domicílios dos mesmos (TEIXEIRA, Carmen Fontes de Souza et al. A saúde dos profissionais de saúde no enfrentamento da pandemia de Covid-19. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 25, n. 9, p. 3465- 3474, Sept. 2020). Portanto, o seguinte trabalho tem por objetivo enfatizar a importância do uso dos EPIs e os problemas relacionados à sua utilização indevida e/ou excessiva, destacar as dificuldades enfrentadas nas atividades de trabalho dos profissionais da saúde, o agravo dos transtornos psicológicos, assim como a organização das atividades exercidas em ambiente hospitalar como medida de prevenção que contribuem com a redução da contaminação dos trabalhadores da área da saúde e da população. 5 2. OBJETIVOS 2.1 Objetivo geral O objetivo geral desse trabalho é ressaltar a aplicação das condutas relacionadas a biossegurança e o bem-estar dos profissionais da saúde durante a pandemia. 2.2 Objetivos específicos Descrever a necessidade de capacitação dos profissionais da saúde e o emprego das normas referente a biossegurança no decorrer da pandemia de Covid-19. Explicar a importância da segurança dos profissionais da saúde no período pandêmico, bem como as medidas de prevenção necessárias adotadas com o início da pandemia e a utilização dos equipamentos de proteção individuais e coletivos. Informar sobre os impactos da pandemia de Covid-19 no ambiente de trabalho profissional e as alterações do processo de atendimentos clínicos. 6 3. REVISÃO DA LITERATURA Partindo do artigo disponível em (HELIOTERIO, Margarete. Preservar a vida e a saúde desses(as) trabalhadores(as) garantirá a oferta de cuidados em saúde ás populações. Trab.educ.saúde vol.18 no.3 Rio de Janeiro Jul 31, 2020), a prioridade para a segurança dos profissionais nesse momento visa a extrema importância dos tais, já que são a linha de frente e os responsáveis por tratarem e cuidarem da população, nada mais justo que fornecerem os devidos cuidados a eles. Seguirem as medidas de proteção, usarem os equipamentos de proteção individual (EPI) e terem o auxílio necessário quando preciso são princípios que irão definir resultados esperados a prevenção e combate a disseminação do COVID-19. As longas jornadas de trabalho, stress, cansaço, fadiga são alguns dos fatores que precisam urgentemente serem gerenciados pois podem minimizar adversidades futuras onde causaria consequências tanto para o paciente como para o profissional da saúde. Isso só mostra a dificuldade em lidar com a doença e o único meio são as formas de prevenção já existentes, que serão especificadas no trabalho. Toda e qualquer ação que visa o bem geral em relação ao quadro atual na sociedade serve de incentivo para manter e evoluir até o momento que não será mais necessário todas essas atitudes A devida fiscalização das condições no ambiente de trabalho, o fornecimento dos equipamentos de segurança, o devido treinamento, e o cuidado coletivo dentre outros aspectos urgentes que em conjunto podem causar avanços e mudanças sobre o quadro atual da pandemia. Portanto, o momento atual requer a síntese dessas diversas contribuições, com foco na proteção à saúde dos trabalhadores da saúde, considerando que a organização do funcionamento dos serviços e a antecipação de suas atividades nas diferentes fases da evolução da resposta à epidemia são fundamentais para o controle das infecções (ALMEIDA, Ildeberto. As medidas de proteção precisam conter orientações sobre como agir em contexto que evolui mudando em grande velocidade e criando situações novas de risco. Ver.bras.ocup.vol45 São Paulo Jun 10, 2020). 7 4. RESPOSTA DAS QUESTÕES 1) Considera-se EPI todo dispositivo de uso individual,de fabricação nacional ou internacional, destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador. A utilização de EPIs encontra-se regulamentada pelo Ministério do Trabalho através da NR-6, em que estão definidas as obrigações do empregador e do empregado. Cite cada uma delas. (Texto dado pela Portaria SIT n.º 25, de 15 de outubro de 2001) 6.1 Para os fins de aplicação desta Norma Regulamentadora - NR, considera-se Equipamento de Proteção Individual - EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. 6.1.1 Entende-se como Equipamento Conjugado de Proteção Individual, todo aquele composto por vários dispositivos, que o fabricante tenha associado contra um ou mais riscos que possam ocorrer simultaneamente e que sejam suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. 6.2 O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importado, só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação - CA, expedido pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego. 6.3 A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias: a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho; b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e, c) para atender a situações de emergência. 8 6.4 Atendidas as peculiaridades de cada atividade profissional, e observado o disposto no item 6.3, o empregador deve fornecer aos trabalhadores os EPI adequados, de acordo com o disposto no ANEXO I desta NR. 6.4.1 As solicitações para que os produtos que não estejam relacionados no ANEXO I, desta NR, sejam considerados como EPI, bem como as propostas para reexame daqueles ora elencados, deverão ser avaliadas por comissão tripartite a ser constituída pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, após ouvida a CTPP, sendo as conclusões submetidas àquele órgão do Ministério do Trabalho e Emprego para aprovação. 6.5 Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT, ouvida a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA e trabalhadores usuários, recomendar ao empregador o EPI adequado ao risco existente em determinada atividade. (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010) 6.5.1 Nas empresas desobrigadas a constituir SESMT, cabe ao empregador selecionar o EPI adequado ao risco, mediante orientação de profissional tecnicamente habilitado, ouvida a CIPA ou, na falta desta, o designado e trabalhadores usuários. (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010) 6.6 Responsabilidades do empregador. (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010) 6.6.1 Cabe ao empregador quanto ao EPI: a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade; b) exigir seu uso; c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho; d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação; e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado; f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e, g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada. 9 h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico. (Inserida pela Portaria SIT n.º 107, de 25 de agosto de 2009) 6.7 Responsabilidades do trabalhador. (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010) 6.7.1 Cabe ao empregado quanto ao EPI: a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina; b) responsabilizar-se pela guarda e conservação; c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e, d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado. 6.8 Responsabilidades de fabricantes e/ou importadores. (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010) 6.8.1 O fabricante nacional ou o importador deverá: a) cadastrar-se junto ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho; (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010) b) solicitar a emissão do CA; (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010) c) solicitar a renovação do CA quando vencido o prazo de validade estipulado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde do trabalho; (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010) d) requerer novo CA quando houver alteração das especificações do equipamento aprovado; (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010) e) responsabilizar-se pela manutenção da qualidade do EPI que deu origem ao Certificado de Aprovação - CA; f) comercializar ou colocar à venda somente o EPI, portador de CA; g) comunicar ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho quaisquer alterações dos dados cadastrais fornecidos; h) comercializar o EPI com instruções técnicas no idioma nacional, orientando sua utilização, manutenção, restrição e demais referências ao seu uso; i) fazer constar do EPI o número do lote de fabricação; e, 10 j) providenciar a avaliação da conformidade do EPI no âmbito do SINMETRO, quando for o caso; k) fornecer as informações referentes aos processos de limpeza e higienização de seus EPI, indicando quando for o caso, o número de higienizações acima do qual é necessário proceder à revisão ou à substituição do equipamento, a fim de garantir que os mesmos mantenham as características de proteção original. (Inserido pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010) l) promover adaptação do EPI detentor de Certificado de Aprovação para pessoas com deficiência. (Inserida pela Portaria MTb n.º 877, de 24 de outubro de 2018) 6.8.1.1 Os procedimentos de cadastramento de fabricante e/ou importador de EPI e de emissão e/ou renovação de CA devem atender os requisitos estabelecidos em Portaria específica. (Inserido pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010) 6.9 Certificado de Aprovação - CA 6.9.1 Para fins de comercialização o CA concedido aos EPI terá validade: (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010) a) de 5 (cinco) anos, para aqueles equipamentos com laudos de ensaio que não tenham sua conformidade avaliada no âmbito do SINMETRO; b) do prazo vinculado à avaliação da conformidade no âmbito do SINMETRO, quando for o caso. 6.9.2 O órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, quando necessário e mediante justificativa, poderá estabelecer prazos diversos daqueles dispostos no subitem 6.9.1. 6.9.3 Todo EPI deverá apresentar em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome comercial da empresa fabricante, o lote de fabricação e o número do CA, ou, no caso de EPI importado, o nome do importador, o lote de fabricação e o número do CA. 11 6.9.3.1 Na impossibilidade de cumprir o determinado no item 6.9.3, o órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho poderá autorizar forma alternativa de gravação, a ser proposta pelo fabricante ou importador, devendo esta constar do CA. 6.9.3.2 A adaptação do Equipamento de Proteção Individual para uso pela pessoa com deficiência feita pelo fabricante ou importador detentor do Certificado de Aprovação não invalida o certificado já emitido, sendo desnecessária a emissão de novo CA. (Inserido pela Portaria MTb n.º 877, de 24 de outubro de 2018). 2) Biossegurança,refere-se à aplicação do conhecimento, técnicas e utilização de equipamentos com a finalidade de prevenir a exposição do trabalhador, laboratório e ambiente a agentes potencialmente infecciosos. Qual a importância da utilização dos protetores faciais e máscaras durante a pandemia do COVID-19? A importância da utilização dos equipamentos de proteção individual (EPI) consiste na segurança da saúde do indivíduo contra à exposição aos agentes patogênicos. O uso das máscaras atuam como uma barreira física para que gotículas infectadas liberadas pela tosse, espirros ou até mesmo pelo simples diálogo, sejam barradas e não expelidas em outros indivíduos, reduzindo a contaminação contínua provocada pelos vírus ou outros agentes. Os protetores faciais ou face shield, por sua vez, isolam todo o rosto contra respingos de saliva e outros fluidos corporais vindos do contato direto com outras pessoas. Além disso, servem também para evitar o contato das mãos com os olhos, nariz e boca, que são portas de entrada naturais que facilitam a indesejável penetração do vírus em nosso corpo. As máscaras e os protetores faciais devem ser utilizadas em conjunto. 3) O quadro clínico inicial da doença é caracterizado como síndrome gripal, no entanto, casos iniciais leves, subfebris, podem evoluir para elevação progressiva da temperatura e a febre ser persistente além de 3-4 dias, ao contrário do descenso observado nos casos de Influenza. O diagnóstico depende da investigação clínico-epidemiológica e do exame físico. O 12 diagnóstico laboratorial para identificação do vírus SARS-CoV2 é realizado por meio das técnicas de RT-PCR em tempo real e sequenciamento do genoma viral ou através da detecção de anticorpos no sangue. Para a manipulação das amostras dos pacientes é imprescindível a utilização de luvas. Cite detalhadamente o procedimento para retirar as luvas descartáveis após a manipulação das amostras. Para que esses profissionais não estejam expostos aos riscos, deverão receber instruções no próprio local onde prestarão os serviços, de modo a não se exporem desnecessariamente e não se converterem em disseminadores do vírus. Não deverão executar quaisquer tipos de atividades por conta própria e sim a partir de instruções detalhadas e fornecidas previamente pela unidade de saúde. No momento da limpeza, a equipe deverá estar paramentada adequadamente para minimizar o risco de ser infectado pelo coronavírus, utilizando o desinfetante estabelecido para as mãos à base de álcool, antes e depois do uso das luvas. As luvas devem ser descartadas após cada limpeza. Luvas reutilizáveis devem ser dedicadas à limpeza e desinfecção de superfícies inerentes a Covid-19 e não devem ser usadas para outros fins. Para retirar e descartar as luvas, é importante que a luva seja retirada sem que haja contato da sua mão com a parte externa do material. Assim, evita-se a contaminação da sua pele com agentes que podem estar na luva. Com ambas as mãos enluvadas, comece retirando a luva de sua mão dominante. Segure na parte externa e evite entrar em contato com sua pele. Depois disso, com a mão dominante já sem luva, insira um dedo na parte interna da outra luva e retire-a por completo, evitando tocar na parte externa da luva. Pegar numa das luvas sem tocar na pele do antebraço e puxar a luva virada do avesso para fora da mão; Segurar a luva com a mão que ainda tem a luva colocada; Deslizar o dedo pelo pulso, por baixo da outra luva, sem tocar na parte de cima da luva; Puxar a luva do avesso para fora da mão, deixando a primeira luva dentro desta; Descartar as luvas em segurança, para um contentor específico, fechando-o cuidadosamente; Lavar as mãos. 13 No tipo de descarte ideal, é importante sempre descartar suas luvas de proteção no lixo comum, de preferência em saco fechado. Lembre-se de nunca descartar em lixo aberto, caçambas, depósitos, lixos recicláveis ou locais que deem acesso para que as luvas sejam recolhidas e entre em contato com outras pessoas, como é o caso de quem coleta recicláveis. Após cumprir os passos aqui descritos, jogue suas luvas em um saco de lixo reforçado, evitando que elas entrem em contato com a lixeira e sem que suas mãos entre em contato com as partes externas da luva. Feche o saco e, quando for descartá-lo para que seja levado pelo caminhão de lixo, ensaque com outro para evitar o contato dos trabalhadores que recolhem o lixo com qualquer contaminante. 4) A COVID-19 pode ser transmitido por vias respiratórias, através das gotículas de saliva que são eliminadas no ar quando a pessoa tosse, espirra ou fala a pelo menos um metro de distância; por meio de contato físico, quando essas gotículas contendo o vírus alcançam mucosas dos olhos, nariz e boca ou através do contato das mãos e rosto com superfícies contaminadas, levando-as aos olhos, nariz e boca. Uma das medidas de prevenção da transmissão inclui o uso de produtos de limpeza simples, como água e sabão, desinfetante e água sanitária ou álcool 70% para eliminar o vírus de superfícies, processo conhecido como descontaminação. Com base em seus conhecimentos explique a diferença entre descontaminação e esterilização. A descontaminação é um processo realizado com a intenção de proteger os profissionais que farão a limpeza da superfície ou artigo sujo com matéria orgânica. É o processo de tornar qualquer objeto ou região seguros para o contato de pessoas não protegidas, fazendo inócuos os agentes químicos ou biológicos, suprimindo ou amortecendo os agentes radiológicos. Enquanto a esterilização é o processo de destruição por meio físico, químico ou físico-químico de todas as formas de vida microbiana (fungos, vírus, bactérias nas formas vegetativas e esporularas). 5) Quais medidas devem ser adotadas para reduzir o estresse ocupacional e a fadiga, com a finalidade de proteger a saúde mental do(a) trabalhador(a) durante o enfrentamento da pandemia? 14 A OMS orienta que os trabalhadores desse setor são pressionados com essa situação, sendo um sintoma normal, assim como o estresse associado, que muitas vezes paralisa, mas deve-se orientar o profissional que esses sentimentos são naturais, pelo momento que todos passamos, devendo esses profissionais receber apoio da gestão. Assim, o gerenciamento da sua saúde mental é fundamental, seu bem-estar psicossocial nesse momento de crise torna-se fundamental. Para isso, os profissionais da enfermagem devem evitar formas errôneas de lidar com estresse, como utilização de álcool, tabaco, outras drogas, alimentos impróprios e alimentos ricos em açúcar pois essas condições levarão à piora do bem-estar físico e mental. Além disso, a diminuição das cargas excessivas de trabalho também colaboram para que o profissional possa descansar corpo e mente e renovar as energias para enfrentar os dias intensos de trabalho. Outras medidas que devem ser adotadas é a contribuição dos pacientes, seguindo devidamente todas as regras de prevenção e distanciamento social e a utilização adequada de todos os equipamentos de proteção necessários para a realização das atividades, trazendo maior sensação de segurança. 15 5. A SAÚDE DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE NO COMBATE A COVID-19 A biossegurança e a segurança biológica referem-se ao emprego do conhecimento, das técnicas e dos equipamentos, com a finalidade de prevenir a exposição do profissional, dos acadêmicos, dos laboratórios, da comunidade e do meio ambiente, aos agentes biológicos potencialmente patogênicos. Para isso, estabelecem as condições seguras para a manipulação e a contenção de agentes biológicos, incluindo: os equipamentos de segurança, as técnicas e práticas de laboratório, a estrutura física dos laboratórios, além da gestão administrativa (HIRATA & MANCINI FILHO, 2002; BRASIL,2006; MASTROENI, 2005). Equipamentos de segurança: são considerados como barreiras primárias de contenção e, juntamente com as boas práticas em laboratório, visam à proteção dos indivíduos e dos próprios laboratórios, sendo classificados como equipamentos de proteção individual (EPI) e coletiva (EPC) (HIRATA & MANCINI FILHO, 2002; BRASIL, 2006; PENNA et al., 2010). Assim, esses equipamentos aumentam a proteção do indivíduo contra riscos e acidentes que possam comprometer ou ameaçar sua segurança e, principalmente, sua saúde. Logo, se utilizados de forma correta, garantem a redução da disseminação do vírus da Covid-19, levando em consideração seu alto percentual de transmissão. A proteção da saúde dos profissionais de saúde, assim, é fundamental para evitar a transmissão de Covid-19 nos estabelecimentos de saúde e nos domicílios dos mesmos, sendo necessário adotar protocolos de controle de infecções (padrão, contato, via aérea) e disponibilizar EPIs, incluindo máscaras N95, aventais, óculos, protetores faciais e luvas (TEIXEIRA, Carmen Fontes de Souza et al. A saúde dos profissionais de saúde no enfrentamento da pandemia de Covid-19. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 25, n. 9, p. 3465-3474, Sept. 2020). Deste modo, o emprego das normas da biossegurança é, sem dúvidas, relevante e indispensável sob diversos aspectos, e seu uso contribui agindo de modo com que os riscos de contaminações em casos de problemas epidemiológicos sejam minimizados. Cabe destacar que um dos requisitos primordiais na área de saúde é garantir que os profissionais sigam as práticas apropriadas de biossegurança. No caso da Covid-19, é preciso garantir que qualquer manuseio e processamento de amostras de casos suspeitos ou de confirmação de infecção por presença do novo coronavírus sejam realizados em laboratórios adequadamente 16 equipados e por profissionais também adequadamente capacitados nos procedimentos técnicos e de biossegurança. No momento atual, em que a nova síndrome respiratória pandêmica, denominada Covid-19, associada ao novo coronavírus SARS-CoV-2, é capaz de gerar muitas incertezas no ambiente profissional, em especial na transmissibilidade das partículas virais infectantes, a biossegurança assume um papel de extrema importância para os profissionais de saúde que cumprem um papel crítico na identificação, notificação e gerenciamento de possíveis casos de Covid-19. Precauções adicionais são exigidas pelos profissionais de saúde para se protegerem e impedir a transmissão no ambiente de trabalho e isso inclui saber selecionar o EPI adequado; ser capacitado para o uso correto e retirada do EPI e estabelecer o descarte de acordo com as normas de segurança, pois são considerados materiais potencialmente contaminados (CARVALHO, Paulo Roberto. Profissionais da saúde precisam estar protegidos, pois fazem parte da infraestrutura da resposta a esta pandemia. 2. ed. Rio de Janeiro: EPSJV/Fiocruz, 2020). Em segundo plano, é perceptível também a escassez desses recursos de proteção nas redes de saúde, como hospitais, clínicas e laboratórios, principalmente desde o início da pandemia. Contudo, antes mesmo da decretação do estado de crise e calamidade de saúde púbica pela Covid-19, a falta dos equipamentos de proteção e segurança dos trabalhadores da saúde já era um fator preocupante. Em decorrência da situação pandêmica, a orientação classificada como umas das medidas de prevenção ao contágio e disseminação do novo vírus incluiu a utilização dos EPIs pela população total nas atividades diárias, aumentando, de maneira gradativa, a ausência destes equipamentos para a execução das atividades hospitalares realizadas pelos profissionais da saúde (Revista JRG de Estudos Acadêmicos ISSN: 2595-1661, Ano IV, Vol. IV, n.8, jan.-jun., 2021). As recomendações para o uso racional de EPI, no contexto da Covid-19, visam orientar as pessoas envolvidas na distribuição e no gerenciamento desses equipamentos, bem como auxiliar autoridades de saúde pública e indivíduos que atuam na comunidade e em locais de assistência à saúde, oferecendo orientações sobre situações em que o uso de EPI é mais adequado. É preciso que haja controles administrativos, ambientais e de engenharia numa perspectiva de ações e estratégias conjuntas para efetividade contra a pandemia. Para a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e a OMS, além 17 dos casos de Covid-19, que exigem o uso de EPI, por pacientes, cuidadores e profissionais de saúde, a desinformação e o pânico levaram à compra e estocagem dos produtos de forma descontrolada pela população, contribuindo para um desabastecimento ainda maior destes insumos. Por consequência, o uso racional desses equipamentos, visa evitar que o impacto do desabastecimento desses recursos seja ainda maior. O uso de EPI deve considerar o nível de cuidado e tipo de atividade a ser executada: triagem, amostra para diagnóstico laboratorial, caso suspeito ou confirmado de 2019-nCov que requer internação na unidade de saúde e sem procedimento gerador de aerossol (PGA) e, por fim, caso suspeito ou confirmado de 2019-nCov que requer internação na unidade de saúde e PGA (SOARES, Samira Silva Santos et al. Pandemia de Covid-19 e o uso racional de equipamentos de proteção individual. Revista Enfermagem UERJ, [S.l.], v. 28, p. e50360, maio 2020. ISSN 0104-3552). Além das máscaras e luvas, existem outros equipamentos de segurança que devem ser utilizados de forma racional. Nesse contexto, os profissionais de saúde podem lançar mão de óculos de proteção ou protetor facial, vestimenta de mangas longas ou macacão com pés e capuz impermeáveis, aventais impermeáveis e respiradores, e outros equipamentos de proteção coletiva, tais como as cabines de segurança biológica, quando necessário (CARVALHO, Paulo Roberto. Profissionais da saúde precisam estar protegidos, pois fazem parte da infraestrutura da resposta a esta pandemia. 2. ed. Rio de Janeiro: EPSJV/Fiocruz, 2020). Contudo, o principal problema de saúde que afeta os profissionais envolvidos diretamente no cuidado aos pacientes sintomáticos ou diagnosticados com a infecção provocada pelo COVID-19 é o risco de contaminação pela doença. Há muitas evidências que indicam o alto grau de exposição e contaminação dos profissionais de saúde pelo COVID-19. O medo de ser infectado, a proximidade com o sofrimento dos pacientes ou a morte destes, bem como a angústia dos familiares associada à falta de suprimentos médicos, informações incertas sobre vários recursos, solidão e preocupações com entes queridos foram aspectos também relatados em outro trabalho que abordou o sofrimento psíquico e o adoecimento mental dos profissionais de saúde, levando, em alguns casos, à relutância em trabalhar (TEIXEIRA, Carmen Fontes de Souza et al. A saúde dos profissionais de saúde no enfrentamento da pandemia de Covid-19. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 25, n. 9, p. 3465- 3474, Sept. 2020). 18 Mediante ao cenário o qual nos encontramos, foram necessárias reorganizações em todos os setores. Na parte de segurança do paciente dentro dos hospitais, foram implantas algumas normas com a finalidade de obter um ambiente mais seguro, essas são: • O atendimento a pessoas com sintomas de problemas respiratórios recentes deve ser feito, preferencialmente, pelo telefone e outras formas de teleatendimentos realizados pela UBS/Equipe, respeitando-se a confidencialidade das informações. • É importante organizar os fluxos de pessoas no ambiente hospitalar, criando-se espaços de acolhimento para separação, espera e triagem na porta de entrada e fluxo de acesso específico para usuários com sintomas respiratórios recentes, em locais específicos (se possível em tendas fora da UBS), deve-se evitar aglomeração e o contato com outros usuários que buscam a unidade. • É necessário espaços específicospara o atendimento de usuários sem sintomas respiratórios (também podem ser em tendas fora da UBS). Sendo montadas as tendas, o atendimento no interior da UBS pode ser dedicado exclusivamente a pacientes apresentando alterações moderadas/graves em sua condição clínica. • Considerando a necessidade de evitar aglomeração e manter a distância entre os usuários de dois metros, os espaços de espera devem ser amplos, todos devem seguir as regras de utilização do EPI e distanciamento social. • Recomenda-se criar espaço no interior da UBS para assistência ao paciente com quadro moderado ou grave de síndrome gripal ou com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com finalidade de estabilização e espera, de forma segura, de remoção para hospital intermediário ou de referência. Este espaço deve prever ventilação/exaustão adequada (normas da Anvisa); e os profissionais de saúde devem dispor dos equipamentos de proteção individual compatível com a gravidade do paciente e os procedimentos a serem realizados. Os pacientes suspeitos devem, obrigatoriamente, estarem separados dos confirmados por Covid-19, exatamente para evitar a transmissão do SARS-CoV-2 no interior dos serviços de saúde. • Separar, se possível, parte da equipe para atendimento específico a usuários com sintomas respiratórios (Equipes de Resposta Rápida) em dias ou turnos estabelecidos, para diminuir o risco de contaminação, adoecimento e afastamento de profissionais. 19 Por outra perspectiva, as condições de trabalho, principalmente nos hospitais, têm sido consideradas impróprias. A remuneração inadequada, a acumulação de escalas de serviço, o aumento da jornada de trabalho, as características tensiógenas dos serviços de saúde (tanto pela natureza do cuidado prestado às pessoas em situações de risco quanto pela divisão social do trabalho), a hierarquia presente na equipe de saúde e o desprestígio social, entre outros fatores, associam- se às condições de trabalho. Esse conjunto de problemas tem levado diversos profissionais ao abandono da profissão, tendo como consequência a diminuição do quantitativo de profissionais no mercado de trabalho (SCHMOELLER, Roseli et al. Cargas de trabalho e condições de trabalho da enfermagem: revisão integrativa. Rev. Gaúcha Enferm. (Online), Porto Alegre, v. 32, n. 2, p. 368-377, June 2011). No Brasil, o adoecimento mental relacionado ao trabalho tem sido apontado como um fator de grande preocupação. No contexto hospitalar brasileiro, vários estudos (Elias & Navarro, 2006; Teixeira & Gorini, 2008) têm focalizado o aumento da violência, as péssimas condições de trabalho e os problemas na organização do trabalho como questões que têm contribuído para o aumento do adoecimento dos trabalhadores da saúde. O hospital por si só se configura como um ambiente insalubre, árduo e de risco ocupacional para os que ali trabalham, por apresentar aspectos como: contato com materiais de alta periculosidade, grande volume de trabalho e presença de situações afetuosas e extremas, que causam elevado nível de tensão. O funcionamento total da organização também exige o regime de turnos e plantões, permitindo os duplos empregos e as longas jornadas de trabalho, que são práticas comuns desses profissionais da saúde, como forma de complementar os ganhos e que contribuem para a excessiva carga de trabalho associada a esse contexto (MONTEIRO, Janine Kieling et al. Adoecimento psíquico de trabalhadores de unidades de terapia intensiva. Psicol. cienc. prof., Brasília , v. 33, n. 2, p. 366- 379, 2013). Mealer, Burnham, Goode, Rothbaum e Moss, 2009, destacam ainda que o estresse no trabalho da enfermagem é mais intenso em unidades de terapia intensiva (UTI). Os profissionais que trabalham em ambientes considerados críticos, como as unidades de tratamento intensivo (UTI), apresentam alta predisposição para serem acometidos pelo sofrimento psíquico, tendo em vista a complexidade 20 das ações ali realizadas, o estresse gerado durante a sua realização e a ocorrência de morte de pacientes (Gomes, Lunardi, Wilson & Erdmann, 2006). A Covid-19 é uma situação nova com experiência limitadas, que envolve riscos, diminui a confiança dos atores no atendimento cotidiano e coloca em teste os sistemas de saúde; colocando em evidência a necessidade de criar experiência, de redução de riscos, de (re)construir confiança dos profissionais de saúde, melhoria dos processos, melhoria da segurança de todos os envolvidos (pacientes, famílias, profissionais de saúde, todos os outros trabalhadores da área da saúde, comunidade vizinhos, amigos). Neste contexto, no qual se destaca a necessidade de treinamento e retreinamento, a estratégia de simulação se torna uma ferramenta importante a ser utilizada na situação atual da pandemia por Covid-19, pois além de garantir a segurança do paciente, também oferece um ambiente seguro de aprendizado e treinamento para os profissionais de saúde desenvolverem habilidades para lidar com o mesmo. O foco principal é atender às necessidades educacionais de diferentes programas de treinamento ou complementar alguns currículos, especialmente na área de saúde. Tendo como objetivo, oferecer/criar espaço de formação, atualização e capacitação para profissionais de saúde e comunidade para o enfrentamento a Covid-19, destacam-se: • Desenvolver e validar protocolos para a classificação de risco na triagem de COVID-19, adaptados de instrumentos clínicos já existentes (ex. protocolo de classificação de risco, nas emergências); • Associar o protocolo de “Classificação de Risco – COVID-19” ao resultado obtido na testagem, de modo a fundamentar a orientação e acolhimento da comunidade tanto no contexto da atenção primária quanto ao hospitalar; • Construir e validar cenários para o desenvolvimento do processo ensino e aprendizagem, a serem utilizados como ferramentas na simulação realística e pacientes virtuais* para o treinamento em todas as fases da doença; • Elaborar diretrizes básicas para a atualização e capacitação da força de trabalho que atuam nos diferentes níveis da atenção a saúde para responder o COVID – 19 e outras doenças; • Atualizar e capacitar acadêmicos, profissionais de saúde para a realização dos testes e interpretação dos resultados. 21 • Construir painel de experiências de ensino inovadoras no cenário COVID-19 que possam estender-se à situações críticas similares. 6. MEDIDAS DE CONTROLE As medidas de controle da COVID-19 em ambientes e processos de trabalho têm como objetivos identificar e intervir nos fatores e situações de risco às quais os trabalhadores podem estar expostos durante suas atividades laborais, visando eliminar ou, na sua impossibilidade, atenuar e controlar estes fatores e situações. Essas medidas podem ser de controle de engenharia, controle administrativo e de proteção individual14. Na maioria dos casos, será necessária uma combinação dessas medidas para proteger os trabalhadores dos serviços de saúde da exposição ao SARS-CoV-2. As medidas de controle engenharia são alterações aplicáveis aos processos e ambientes de trabalho. Estas medidas são muito importantes para prevenir a propagação e reduzir a concentração de agentes infecciosos no ambiente de trabalho, minimizar o número de áreas em que há exposição ao SARS-CoV-2 e diminuir o número de pessoas expostas. A implantação dessas medidas deve ser priorizada, pois protegem tanto os trabalhadores quanto os pacientes. Alguns exemplos de medidas de controle de engenharia para o enfrentamento da COVID-19 são: • Definição e instalação de espaços de acolhimento e triagem que possibilite a identificação (e o isolamento) de pacientes suspeitos de COVID-19 antes ou imediatamente após a chegada ao estabelecimento de saúde. • Provimento de condições para adequada higienização das mãos: lavatório/pia com dispensador de sabonetelíquido, suporte para papel toalha, papel toalha, lixeira com tampa e abertura sem contato manual, para uso dos pacientes e seus acompanhantes, tanto na recepção quanto em outros pontos dentro do serviço, minimizando o possível contato com outros pacientes e evitando a sua circulação pelos serviços de saúde. • Manutenção dos espaços de espera com ventilação abundante e natural. • Instalação de dispensadores com preparações alcoólicas para a higiene das mãos. 22 • Fornecimento de máscara cirúrgica aos casos suspeitos de síndrome gripal ou síndrome respiratória aguda grave logo na chegada ao serviço de saúde; • Instalação de barreiras físicas, como placas de vidros, acrílicas ou janelas para atendimento administrativo dos usuários e pacientes e disponibilidade de álcool (sob as formas gel ou solução a 70%) nas salas de espera. Já as medidas de controle administrativo exigem ações tanto do empregador/contratante quanto dos trabalhadores. Normalmente, os controles administrativos são alterações nas políticas ou rotinas de trabalho que visam reduzir ou minimizar a exposição a um risco, sua duração, frequência ou intensidade. Alguns exemplos de medidas de controle administrativo para a Covid-19 nos serviços de saúde incluem: • Orientação aos pacientes e acompanhantes sobre a necessidade de adoção de medidas de higiene respiratória/etiqueta da tosse: se tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a boca com cotovelo flexionado ou lenço de papel; utilizar lenço de papel descartável para higiene nasal (descartar imediatamente após o uso e realizar a higiene das mãos); evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca; realizar a higiene das mãos com água e sabonete (40-60 segundos) ou preparação alcoólica a 70% (20-30 segundos). • Promoção de educação e treinamento atualizados sobre os fatores de risco, comportamentos de proteção do Covid-19, cuidados e medidas de prevenção e controle que devem ser adotadas pelos serviços de saúde, incluindo o manejo do paciente. • Treinamento de todos os trabalhadores dos serviços de saúde sobre o uso correto dos equipamentos de Proteção Individual, considerando instruções sobre quais EPIs usar em cada situação, sua colocação, sinas de dano ou avaria dos EPI, antes e durante o seu uso (resultando em perda de efetividade) e, finalmente, a sua retirada e descarte adequado e seguro. O material de treinamento deve ser de fácil compreensão e estar sempre disponível. • Afastamento de trabalhadores doentes e sensibilização para que fiquem em isolamento domiciliar. Essa medida não deve implicar em prejuízos trabalhistas aos profissionais. • Estabelecimento de horários de funcionamento estendidos dos serviços de saúde, minimizando, sempre que possível, a aglomeração de pessoas e o contato entre funcionários e pacientes. 23 • Estímulo permanente a higienização das mãos. A lavagem das mãos para os profissionais de saúde deve ser realizada sempre em que: as mãos estiverem sujas; no início e no término do turno de trabalho; após atos e funções fisiológicas e pessoais (como alimentar-se, limpar e assoar o nariz, usar o banheiro, pentear os cabelos, fumar ou tocar em qualquer parte do corpo); antes e após o contato com cada paciente ou entre diferentes procedimentos realizados no mesmo paciente; após o uso de luvas ou de outros EPI; antes do preparo de materiais ou equipamentos e ao manuseá-los; antes e após higiene e troca de roupas dos pacientes; e após qualquer trabalho de limpeza. • Informação oportuna (o mais breve possível) pelo serviço de saúde, aos trabalhadores e seus representantes, sobre qualquer acidente que possa provocar a disseminação do Covid-19, comunicando ainda suas causas e medidas para corrigir a situação. • Monitoramento da efetividade das medidas de proteção e avaliação da adesão dos trabalhadores, cabendo, a qualquer momento mudança nas estratégias de implementação das medidas para torná-las mais efetivas. • Limitação do número de trabalhadores do serviço de saúde e familiares em contato com os casos suspeitos ou confirmados pelo vírus. Sempre que possível, uma equipe de trabalhadores do serviço de saúde deve ser designada para cuidar exclusivamente dos casos suspeitos ou confirmados de Covid-19, não devendo circular por outras áreas de assistência e nem prestar assistência a outros pacientes. • Restrição da movimentação e transporte de pacientes suspeitos ou confirmados para fora de seus quartos ou área, a situações estritamente necessárias do ponto de vista assistencial. Preferencialmente, usar equipamento portátil de diagnóstico para realização de exames solicitados. Se o transporte for necessário, usar rotas de transporte predeterminadas (e sinalizadas) para minimizar a exposição para funcionários, outros pacientes e acompanhantes. Colocar, na necessidade de transporte, máscara cirúrgica no paciente. • Atendimento das normas de biossegurança no transporte de pacientes suspeitos ou confirmados de Covid-19 de um serviço de saúde para outro, em serviço móvel de urgência (ambulância). Deve-se utilizar os EPIs recomendados antes de abordar o paciente e durante todo trajeto. Durante o transporte, deve-se evitar manipulações desnecessárias para minimizar a possibilidade de contaminação 24 da equipe/material. Realizar a transferência do paciente para o serviço de referência garantindo os cuidados de proteção às equipes receptoras. • Notificação prévia e obrigatória do serviço que receberá o paciente que está sendo transportado, e informação sobre as precauções necessárias, antes da sua chegada ao serviço de referência. 25 7. CONCLUSÃO Tendo em vista o que foi apresentado, conclui-se que a proteção dos profissionais da saúde no combate à pandemia é prioritária, uma vez que estes fazem parte da infraestrutura de resposta e atuam na “linha de frente” em combate ao coronavírus. Por consequência, é de extrema importância que os mesmos estejam saudáveis e seguros para exercerem suas atividades profissionais, com o objetivo de evitar a transmissão de Covid-19 nos estabelecimentos de saúde. Em situações envolvendo problemas epidemiológicos como o atual, o seguimento de determinados hábitos, tanto pelos profissionais de saúde, quanto pela comunidade, contribuem gerando resultados positivos. Dentre eles, destacamos todas as medidas de proteção individual e coletiva com a devida utilização dos equipamentos de proteção, que desempenham a função de reduzir os novos casos, evitando também o surgimento de novas variantes do vírus e, principalmente, salvando vidas. Foi enfatizado também as estratégias de distanciamento social aplicadas nas medidas de controle e prevenção, principalmente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), onde o atendimento aos pacientes infectados é direto. Ademais, garantir a segurança dos profissionais de saúde, auxilia na redução dos casos de pressão psicológica como a ansiedade e a depressão; sintomas relatados com maior frequência deste o início da pandemia por esta equipe. Para finalizar, é necessário prestar reconhecimento ao esforço da atuação desses profissionais e contribuir com as medidas preventivas; atitudes fundamentais que cooperam para que os trabalhadores da área da saúde continuem realizando suas funções e atividades com êxito e segurança durante esse cenário de tamanhas dificuldades. 26 8. REFERÊNCIAS (ALMEIDA, Ildeberto Muniz de. Proteção da saúde dos trabalhadores da saúde em tempos de COVID-19 e respostas à pandemia. Rev. bras. saúde ocup., São Paulo , v. 45, e17, 2020). (NEVES, Julia; CARVALHO, Paulo Roberto. Profissionais de saúde precisam estar protegidos, pois fazem parte da infraestrutura de resposta a esta epidemia. 2. ed. Rio de Janeiro: EPSJV/Fiocruz, 2020).(TEIXEIRA, Carmen Fontes de Souza et al. A saúde dos profissionais de saúde no enfrentamento da pandemia de Covid-19. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 25, n. 9, p. 3465-3474, Sept. 2020). (HIRATA & MANCINI FILHO, 2002; BRASIL, 2006; MASTROENI, 2005). (HIRATA & MANCINI FILHO, 2002; BRASIL, 2006; PENNA et al., 2010). (Revista JRG de Estudos Acadêmicos ISSN: 2595-1661, Ano IV, Vol. IV, n.8, jan.- jun., 2021). (SOARES, Samira Silva Santos et al. Pandemia de Covid-19 e o uso racional de equipamentos de proteção individual. Revista Enfermagem UERJ, [S.l.], v. 28, p. e50360, maio 2020. ISSN 0104-3552). (SCHMOELLER, Roseli et al. Cargas de trabalho e condições de trabalho da enfermagem: revisão integrativa. Rev. Gaúcha Enferm. (Online), Porto Alegre, v. 32, n. 2, p. 368-377, June 2011). (Elias & Navarro, 2006; Teixeira & Gorini, 2008). 27 (MONTEIRO, Janine Kieling et al. Adoecimento psíquico de trabalhadores de unidades de terapia intensiva. Psicol. cienc. prof., Brasília , v. 33, n. 2, p. 366-379, 2013). (Mealer, Burnham, Goode, Rothbaum e Moss, 2009). (Gomes, Lunardi, Wilson & Erdmann, 2006). 28 9. ANEXOS http://revistajrg.com/index.php/jrg/article/view/219/326 https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/enfermagemuerj/article/view/50360 https://www.epsjv.fiocruz.br/noticias/entrevista/profissionais-de-saude-precisam- estar-protegidos-pois-fazem-parte-da https://www.saude.go.gov.br/files/banner_coronavirus/GuiaMS- Recomendacoesdeprotecaotrabalhadores-COVID-19.pdf https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-06.pdf https://www.anamt.org.br/portal/2020/10/06/oms-garantir-a-seguranca-dos- profissionais-de-saude-para-preservar-a-dos-pacientes/ https://pebmed.com.br/saude-mental-de-profissionais-de-enfermagem-na-pandemia- de-coronavirus/ https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-14472011000200022 https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0303-76572020000101500&script=sci_arttext http://revistajrg.com/index.php/jrg/article/view/219/326 https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/enfermagemuerj/article/view/50360 https://www.epsjv.fiocruz.br/noticias/entrevista/profissionais-de-saude-precisam-estar-protegidos-pois-fazem-parte-da https://www.epsjv.fiocruz.br/noticias/entrevista/profissionais-de-saude-precisam-estar-protegidos-pois-fazem-parte-da https://www.saude.go.gov.br/files/banner_coronavirus/GuiaMS-Recomendacoesdeprotecaotrabalhadores-COVID-19.pdf https://www.saude.go.gov.br/files/banner_coronavirus/GuiaMS-Recomendacoesdeprotecaotrabalhadores-COVID-19.pdf https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-06.pdf https://www.anamt.org.br/portal/2020/10/06/oms-garantir-a-seguranca-dos-profissionais-de-saude-para-preservar-a-dos-pacientes/ https://www.anamt.org.br/portal/2020/10/06/oms-garantir-a-seguranca-dos-profissionais-de-saude-para-preservar-a-dos-pacientes/ https://pebmed.com.br/saude-mental-de-profissionais-de-enfermagem-na-pandemia-de-coronavirus/ https://pebmed.com.br/saude-mental-de-profissionais-de-enfermagem-na-pandemia-de-coronavirus/ https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-14472011000200022 https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0303-76572020000101500&script=sci_arttext
Compartilhar