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Aula 00 AFRB 2009 COMERCIO INTERNACIONAL EXERCICIOS

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CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS 
P/ RECEITA FEDERAL 
PROFESSOR: RICARDO VALE 
 
1 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
AULA 00 – INSTITUIÇÕES INTERVENIENTES NO 
COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO 
 
Olá, amigos concurseiros! Como vão os estudos? Espero que estejam 
cada vez mais motivados a alcançar seus objetivos! 
É com grande satisfação que inicio aqui o meu primeiro curso on-line no 
site do Ponto dos Concursos. Ter sido selecionado para integrar essa equipe de 
professores renomados como Vicente Paulo, Marcelo Alexandrino, Rodrigo Luz e 
outros é verdadeiramente uma grande satisfação, eu diria que um sonho realizado. 
Meu nome é Ricardo Vale e atualmente exerço o cargo de Analista de Comércio 
Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Vou aqui 
falar um pouco mais sobre a minha história para que você já possa me conhecer 
melhor antes de iniciarmos efetivamente as aulas do nosso curso de Comércio 
Internacional em exercícios. 
Bom, no que diz respeito a concursos públicos, posso dizer que comecei 
bem cedo. No ano de 2001, fui aprovado na EsPCEx, onde concluí em 1o lugar o 
curso preparatório de cadetes do Exército. No ano de 2002, ingressei na Academia 
Militar das Agulhas Negras (AMAN), onde concluí em 2o lugar minha formação em 
Ciências Militares. Até o ano passado eu era 1º Tenente do Exército e assim como 
você, estava na busca incessante pela aprovação em um novo concurso público, o 
que felizmente não demorou muito a vir. No final de 2006, eu comecei a estudar para 
a Receita Federal do Brasil e esse era o meu único foco. Não tentava nenhum outro 
concurso, aguardando insistentemente por este. 
No entanto, quando saiu o edital para o concurso de Analista de Comércio 
Exterior, vi que aquela era uma excelente oportunidade. Grande parte do edital já 
estava na minha cabeça e, afinal de contas, o concurso da Receita não vinha nunca! 
Eu estaria ainda na área que mais me interessa, diretamente voltado para o 
Comércio Exterior e Relações Internacionais. 
CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS 
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Veio a prova e logrei ser aprovado em 3º lugar. Hoje, já em Brasília e 
trabalhando no MDIC, acredito ter finalmente encontrado o meu lugar. O cargo de 
Analista de Comércio Exterior é verdadeiramente estimulante e tem excelentes 
oportunidades para oferecer. Aqueles que já têm um conhecimento maior do 
Comércio Internacional devem saber que na estrutura do MDIC existe a SECEX 
(Secretaria de Comércio Exterior), dentro da qual há outros departamentos, mais 
especificamente quatro: DECEX (Departamento de Operações de Comércio 
Exterior), DECOM (Departamento de Defesa Comercial), DEINT (Departamento de 
Negociações Internacionais) e DEPLA (Departamento de Planejamento e 
Desenvolvimento do Comércio Exterior). Cada um deles tem funções bem distintas e 
dinâmicas, permitindo ao ACE trabalhar naquela que melhor se coaduna com o seu 
perfil. Além da SECEX, o Analista poderá trabalhar em outras Secretarias, não 
destinadas diretamente ao comércio exterior. E aqui vem a boa notícia: há uma 
grande demanda no MDIC por novos ACE’s e o Secretário de Comércio Exterior, 
mesmo com toda essa crise mundial, já se pronunciou acerca da possibilidade de 
um novo concurso agora em 2009. É isso que todos esperam! 
Por isso tudo, vale muito a pena começar a estudar pensando em ser 
Analista de Comércio Exterior. Afinal de contas, a remuneração é bem elevada 
(principalmente depois da MP 441), as oportunidades de viajar pro exterior também 
são grandes e o ambiente de trabalho é excepcional. Além disso, o MDIC dá 
excelentes oportunidades de cursos aos ACE’s, particularmente alguns cursos de 
mestrado na OMC e outras organizações internacionais. 
Bom, quanto à Receita Federal do Brasil, não há o que falar: continuará 
sendo a grande vedete dos concursos públicos. E por mais que se diga que a crise 
mundial atrapalhou esse concurso, ela não conseguiu evitar sua autorização. O 
edital ainda não foi publicado, mas uma certeza eu tenho: ele nunca esteve tão 
perto, e aqueles que mantiverem e intensificarem seus estudos estarão um passo à 
frente dos demais. Por tudo isso, iniciamos aqui no Ponto um curso de Comércio 
Internacional em exercícios voltado diretamente para aqueles que almejam tornar-se 
AFRFB ou ATRFB. Nesse curso, serão apresentadas questões de concursos 
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anteriores comentadas, bem como aquilo que sei que vocês mais querem em 
matéria de comércio internacional: QUESTÕES INÉDITAS COMENTADAS. Vamos 
juntos tentar adivinhar exatamente o que a ESAF vai lhes cobrar no dia da prova. 
Esse curso destina-se prioritariamente para aqueles que já possuem 
conhecimento da matéria, no entanto, nada impede que aqueles que estejam 
começando agora nessa disciplina possam também fazê-lo, já que iremos abordar 
todos os assuntos com uma linguagem de fácil compreensão. 
“Mas Ricardo, quais assuntos o seu curso irá abordar?” 
 Caro amigo, o nosso curso irá abordar todos os assuntos constantes dos 
últimos editais da prova de Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil. Essa sua 
pergunta foi muito interessante porque o último edital de AFRFB, embora bastante 
amplo, não abordou uma parte importante do comércio exterior brasileiro no que diz 
respeito à legislação aduaneira. Determinados assuntos cobrados em concursos 
anteriores a 2005, como por exemplo, controle administrativo, controle aduaneiro, 
regimes aduaneiros especiais e outros não foram objeto de cobrança por parte da 
ESAF. 
“Mas será que esses assuntos não serão cobrados no próximo concurso 
da Receita Federal do Brasil?” 
Sinceramente, caros amigos, não dá pra saber ao certo, pode ser que 
sim, pode ser que não. Por isso, no nosso curso, veremos o Comércio Internacional 
de uma maneira bem ampla, abordando também as matérias que foram cobradas 
em concursos anteriores da RFB, de forma que você esteja preparado independente 
do que vier pela frente. E lembrem-se: Comércio Internacional teve peso 2 no 
certame de 2005! 
“Entendi, Ricardo, você vai abordar tudo que caiu na prova de 2005 e o 
que caiu nas anteriores. Mas como vai ser o curso?” 
O nosso curso será todo desenvolvido em uma linguagem bastante 
acessível e procuraremos, como diz o Prof Vicente Paulo, explicar tudo nos mínimos 
detalhes, inclusive o que parecer óbvio. Não quero que você saia do nosso curso 
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com dúvida. Se você errar alguma questão na prova de AFRFB será por falha da 
ESAF (rsrsrs....), combinado? 
Para isso, vamos juntos tentar adivinhar exatamente o que a banca 
examinadora irá lhes perguntar, comentando questões de concursos anteriores e o 
que eu sei que os concurseiros mais querem em matéria de Comércio Internacional: 
questões inéditas. Ao final de tudo, faremos uma última aula, em que lhes 
apresentarei um simulado comentado. Creio que será suficiente para que você tenha 
um excelente desempenho no dia da prova. 
Nossas aulas serão divididas então da seguinte forma: 
- Aula 00: Instituições Intervenientes no comércio exterior brasileiro 
-Aula 01: O controle administrativo 
-Aula 02: O controle aduaneiro 
-Aula 03: Controle cambial e pagamentos internacionais 
-Aula 04: Legislação tributária e regimes aduaneiros especiais 
-Aula 05: Contratos internacionais e INCOTERMS 
-Aula 06: Sistema Harmonizado e Classificação Fiscal de mercadorias 
-Aula 07: Defesa Comercial 
-Aula 08: Valoração Aduaneira 
-Aula 09: Acordos Internacionais no âmbito da OMC 
-Aula 10: O processo de Integração Regional 
- Aula 11: Teorias do Comércio Internacional e políticas comerciais 
-Aula12: Políticas de fomento ao comércio exterior/ Seguro no comércio 
internacional. 
- Aula 13: Simulado Final 
 
Pelo que vocês podem perceber pelo número de aulas, a matéria é 
realmente bastante extensa, mas verão que ela não é assim tão complicada.Tenho 
certeza de que com algumas boas horas de estudo e resolução de questões, você 
estará em condições de se dar muito bem no dia da prova. Aconselho também 
àqueles que desejam se aprofundar um pouco mais na disciplina, que acompanhem 
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diariamente o site do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior 
(www.desenvolvimento.gov.br) e leiam os jornais. Estar atento às novidades será 
fundamental para você que almeja um cargo público. Ao longo do nosso curso 
iremos tratar dessas novidades, assuntos atuais atinentes ao comércio internacional 
que podem vir a ser cobrados em concurso. 
Antes de iniciarmos a nossa aula propriamente dita, transcrevo a seguir 
uma pequena passagem de um livro fantástico para aqueles que estão tentando se 
superar, coisa típica de concurseiro. O livro é “Transformando suor em ouro” do 
conhecido técnico de voleibol Bernardinho. A passagem diz o seguinte : 
 “Preparação extrema é o que nos faz suportar as pressões e tensões das 
grandes competições. Estar continuamente se preparando, manter-se atualizado e 
observar o que há de novo são o preço a pagar pela excelência. Ela se constrói 
muito a partir do inconformismo, da eterna insatisfação, da sensação eterna de 
achar que o trabalho pode levá-lo mais adiante. Acredito piamente que é preciso 
criar situações de desconforto para tirar o melhor das pessoas.” 
Bom, agora mãos à obra! 
 
 
QUESTÕES COMENTADAS 
 
1- (ACE – 2008) - O SISCOMEX é a instância colegiada responsável pela 
coordenação da política comercial brasileira, vinculando, sob a égide da 
CAMEX, os órgãos intervenientes na formulação, na implementação e no 
acompanhamento das diretrizes e ações de comércio exterior. 
ERRADA. 
Essa é uma questão muito interessante para começarmos os nossos 
comentários. Nela, o examinador tentou confundir o candidato, trocando de lugar 
CAMEX e SISCOMEX. A CAMEX é que consiste na instância colegiada responsável 
pela coordenação da política comercial brasileira. A Câmara de Comércio Exterior é 
um órgão colegiado que integra o Conselho de Governo. Seu órgão deliberativo 
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superior e final é o Conselho de Ministros, composto por uma série de Ministros de 
Estado: Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (presidente do 
Conselho), Ministro da Fazenda, Ministro das Relações Exteriores, Ministro da 
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Chefe da Casa Civil da Presidência 
da República, Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão e Ministro do 
Desenvolvimento Agrário. Não é necessário decorar todos esses Ministros 
integrantes do Conselho de Ministros da CAMEX, mas é bom ter uma noção. Agora 
eu lhes pergunto: por que essa quantidade de ministros integrando o Conselho de 
Ministros da CAMEX? Ocorre que o comércio exterior é um assunto extremamente 
complexo e multidisciplinar e a CAMEX, como órgão superior de deliberação e de 
coordenação, precisa discutir esse assunto em seus diferentes ângulos. 
Aproveitando para aprofundar um pouco mais nesse aspecto, a estrutura 
da CAMEX possui: o Conselho de Ministros, o GECEX (Comitê Executivo de 
Gestão), o CONEX (Conselho Consultivo do Setor Privado) e o COFIG (Comitê de 
Financiamento e Garantia das Exportações) 
O órgão máximo da CAMEX é o Conselho de Ministros, que é o dono do 
poder decisório da CAMEX, deliberando por meio de resoluções. Agora imaginem só 
se para qualquer decisão da CAMEX tivesse que ser reunido o Conselho de 
Ministros! Ia ser bem difícil e demorado tomar decisões, já que os Ministros têm 
muitos afazeres. Por isso existe o GECEX (Comitê Executivo de Gestão), que 
também consiste em um órgão colegiado com representantes dos Ministérios e de 
outros órgãos públicos. O Presidente do Conselho de Ministros da CAMEX, que é o 
Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, pode tomar decisões 
ouvido o GECEX, ad referendum do Conselho de Ministros. 
O CONEX (Conselho Consultivo do Setor Privado), por sua vez, é 
integrado por representantes do setor privado - diretores de grandes empresas- que 
auxiliam o Comitê Executivo de Gestão com a elaboração de estudos e propostas. 
O COFIG (Comitê de Financiamento e Garantia das Exportações 
enquadra e acompanha as operações do PROEX ( Programa de Financiamento às 
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Exportações) e do Fundo de Garantia às Exportações. Falaremos mais sobre esse 
assunto em aulas posteriores. 
É, aprofundamos bastante quanto à CAMEX! Falemos agora do 
SISCOMEX. Acho que talvez eu seja uma pessoa indicada para isso, já que todos 
os dias eu tenho que acessá-lo lá no DECEX. E pra quê será que eu acesso o 
SISCOMEX? 
Muito bom, é isso mesmo, eu acesso o SISCOMEX para analisar licenças 
de importação. Mas não são só os Analistas de Comércio Exterior que acessam o 
SISCOMEX. Pelo contrário, o SISCOMEX surgiu justamente para integrar todos os 
órgãos governamentais que têm participação no comércio exterior brasileiro. Aliás, 
não somente órgãos governamentais, como também importadores e exportadores. 
Mas como se consegue isso? 
Através, é claro, de um fluxo único e computadorizado de informações. O 
usuário, por meio de um terminal conectado ao sistema presta as informações 
necessárias ao exame e efetivação dos documentos contemplados, ou seja, o 
importador preenche a LI, o exportador preenche o R.E, o ACE analisa a LI... 
A implantação do SISCOMEX trouxe uma série de benefícios ao comércio 
exterior brasileiro tais como harmonização de conceitos, códigos e nomenclaturas; 
eliminação da duplicidade de controles; simplificação e padronização de 
procedimentos; redução de custos; e agilidade na coleta e processamento de 
informações. 
Um ponto bastante importante que devemos ter em mente quando se fala 
em SISCOMEX é que ele é utilizado nas três fases do processamento de uma 
operação de comércio exterior: na fase administrativa, fase aduaneira e na fase 
cambial. A responsabilidade pela coordenação de cada uma dessas fases é de um 
órgão específico: SECEX (controle administrativo), SRFB (controle aduaneiro) e 
BACEN (controle cambial). São justamente esses três órgãos –SECEX, SRFB e 
BACEN – os órgãos gestores do SISCOMEX. 
Além dos órgãos gestores temos que nos lembrar dos órgãos anuentes do 
SISCOMEX, que são todos aqueles que efetuam análise complementar de uma 
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operação de comércio exterior dentro de sua esfera de competência, estabelecendo 
inclusive normas específicas para a entrada de mercadorias no território nacional. 
São atualmente órgãos anuentes do SISCOMEX: 
- Agência Nacional do Petróleo (ANP) 
- Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) 
-Departamento de Polícia Federal (DPF) 
-Ministério da Defesa (MD) 
- Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) 
-Conselho Nacional de Energia Nuclear (CNEN) 
-Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) 
- Agência Nacional do Cinema (ANCINE) 
- Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) 
- Banco do Brasil 
-Ministério de Minas e Energia (MME) 
-Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) 
- Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) 
-Instituo Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA) 
-Superintendênciada Zona Franca de Manaus (SUFRAMA) 
- INMETRO 
- Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) 
- Secretaria de Comércio Exterior do MDIC 
 
Para operar no SISCOMEX, as empresas deverão estar conectadas ao 
Sistema e possuir habilitação. O órgão que tem competência para proceder à 
habilitação ao SISCOMEX é a Receita Federal do Brasil. 
 
 
2- ( ACE – 2008) - A CAMEX, a mais alta instância política da estrutura de 
comércio exterior brasileira, é responsável pela formulação de propostas de 
políticas e programas de comércio exterior e pela proposição de medidas 
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voltadas para o financiamento das exportações e para as áreas de seguro, 
fretes e promoção comercial, participando, ainda, das negociações 
internacionais relacionadas ao comércio exterior como órgão coordenador das 
posições brasileiras. 
ERRADA. 
Para resolver essa questão o concurseiro precisa estar sabendo quais são as 
competências da CAMEX. Por isso transcrevo a seguir trecho do Decreto nº 
4732/2003: 
Art. 2o Compete à CAMEX, dentre outros atos necessários à consecução 
dos objetivos da política de comércio exterior: 
I - DEFINIR diretrizes e procedimentos relativos à implementação da política 
de comércio exterior visando à inserção competitiva do Brasil na economia 
internacional; 
II - COORDENAR e ORIENTAR as ações dos órgãos que possuem 
competências na área de comércio exterior; 
III - DEFINIR, no âmbito das atividades de exportação e importação, 
diretrizes e orientações sobre normas e procedimentos, para os seguintes 
temas, observada a reserva legal: 
a) racionalização e simplificação do sistema administrativo 
b) habilitação e credenciamento de empresas para a prática de comércio 
exterior; 
c) nomenclatura de mercadoria; 
d) conceituação de exportação e importação; 
e) classificação e padronização de produtos; 
f) marcação e rotulagem de mercadorias; e 
g) regras de origem e procedência de mercadorias; 
IV – ESTABELECE AS DIRETRIZES para as negociações de acordos e 
convênios relativos ao comércio exterior, de natureza bilateral, regional ou 
multilateral; 
V - ORIENTAR a política aduaneira, observada a competência específica do 
Ministério da Fazenda; 
VI - formular DIRETRIZES básicas da política tarifária na importação e 
exportação; 
VII - estabelecer DIRETRIZES e medidas dirigidas à simplificação e 
racionalização do comércio exterior; 
VIII - estabelecer DIRETRIZES e procedimentos para investigações 
relativas a práticas desleais de comércio exterior; 
IX – FIXAR DIRETRIZES para a política de financiamento das exportações 
de bens e de serviços, bem como para a cobertura dos riscos de operações 
a prazo, inclusive as relativas ao seguro de crédito às exportações; 
X – FIXAR DIRETRIZES e coordenar as políticas de promoção de 
mercadorias e de serviços no exterior e de informação comercial; 
XI - opinar sobre política de frete e transportes internacionais, portuários, 
aeroportuários e de fronteiras, visando à sua adaptação aos objetivos da 
política de comércio exterior e ao aprimoramento da concorrência; 
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XII - orientar políticas de incentivo à melhoria dos serviços portuários, 
aeroportuários, de transporte e de turismo, com vistas ao incremento das 
exportações e da prestação desses serviços a usuários oriundos do exterior; 
XIII – FIXAR as alíquotas do imposto de exportação, respeitadas as 
condições estabelecidas no Decreto-Lei no 1.578, de 11 de outubro de 1977; 
XIV - FIXAR as alíquotas do imposto de importação, atendidas as condições 
e os limites estabelecidos na Lei no 3.244, de 14 de agosto de 1957, no 
Decreto-Lei no 63, de 21 de novembro de 1966, e no Decreto-Lei no 2.162, 
de 19 de setembro de 1984; 
XV - FIXAR direitos antidumping e compensatórios, provisórios ou 
definitivos, e salvaguardas; 
XVI - DECIDIR sobre a suspensão da exigibilidade dos direitos provisórios; 
XVII - homologar o compromisso previsto no art. 4o da Lei no 9.019, de 30 
de março de 1995; 
XVIII – DEFINIR DIRETRIZES para a aplicação das receitas oriundas da 
cobrança dos direitos de que trata o inciso XV deste artigo; e 
XIX - alterar, na forma estabelecida nos atos decisórios do Mercado Comum 
do Sul - MERCOSUL, a Nomenclatura Comum do MERCOSUL de que trata 
o Decreto no 2.376, de 12 de novembro de 1997. 
 
“Mas Ricardo, eu tenho que decorar tudo isso aí?” 
Calma, meu amigo! Você não notou alguma coisa em comum nas 
competências da CAMEX? Com certeza, aqueles que prestaram atenção nos verbos 
perceberam quantas mil vezes apareceram os verbos FIXAR, DEFINIR e 
ESTABELECER! Esse é justamente o “macete”. Mesmo que você não tenha 
entendido algumas das competências da CAMEX – nosso curso está apenas 
começando -, guarde isso com bastante força. A CAMEX, como órgão superior em 
matéria de comércio exterior, toma decisões, ela define diretrizes. Chamo a sua 
atenção aqui para algumas competências da CAMEX mais cobradas em concurso. 
A CAMEX é responsável por FIXAR a alíquota do imposto de importação 
e de exportação. Vocês se lembram lá do Direito Tributário? Os impostos de 
importação e exportação excepcionam o princípio do legalidade, não é mesmo? 
Então, quem altera a alíquota do imposto de importação é justamente a CAMEX, 
mediante decreto. 
Outras competências importantes da CAMEX são a de FIXAR direitos 
antidumping e compensatórios e a de DEFINIR diretrizes para as políticas de 
comércio exterior. 
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Na questão que estamos examinando, o examinador literalmente tentou 
puxar o tapete do concurseiro! Eu não disse a pouco que a CAMEX fixa, define e 
estabelece? Não são esses os verbos-chave para a CAMEX? Agora olhem o que a 
questão está dizendo: “... é responsável pela formulação de PROPOSTAS de 
políticas e de programas de comércio exterior...” Quem formula propostas de 
políticas e de programas de comércio exterior é a SECEX. 
 
 
3 – (AFRF – 2005) Compete ao Conselho de Ministros da Câmara de Comércio 
Exterior (CAMEX) orientar a política aduaneira, observada a competência 
específica do Ministério da Fazenda. 
CERTA. 
Sem dúvida está no âmbito de competência da CAMEX orientar a política 
aduaneira. No entanto, ela deve observar a competência específica do Ministério da 
Fazenda. A Secretaria da Receita Federal do Brasil integra a estrutura desse 
Ministério e tem grande autonomia para normatizar o controle aduaneiro no comércio 
exterior brasileiro. 
 
 
4-( AFRF – 2003) A fixação das alíquotas dos impostos incidentes sobre o 
comércio exterior compete à CAMEX. 
ERRADA . 
Mais uma questão pra pegar muita gente! Realmente, a CAMEX fixa a 
alíquota do imposto de importação e do imposto de exportação. Agora, não 
podemos nos esquecer que há outros tributos que incidem sobre as operações de 
comércio exterior – IPI, ICMS, PIS/PASEP, COFINS e AFRMM (Adicional ao Frete 
para Renovação da Marinha Mercante) – e que não são de competência da CAMEX 
fixar alíquotas. 
Ainda com relação a esta competência da CAMEX de fixar alíquotas do I.I 
e I.E, cumpre ressaltar que ela tem limitações. Me explico melhor: vocês devem 
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saber que o Brasil faz parte do MERCOSUL e que esse bloco constitui uma união 
aduaneira. Isso quer dizer, com algumas ressalvas que veremos mais à frente, que a 
alíquota do imposto de importação praticada por todos os países integrantes do 
bloco é a mesma para terceiros países. Assim, estas alíquotas do imposto de 
importação são decididas em conjunto e representam o que se chama TEC (Tarifa 
Externa Comum). As alteraçõesna TEC são incorporadas ao ordenamento jurídico 
interno pela CAMEX. Outras decisões tomadas no âmbito do MERCOSUL também 
são incorporadas ao ordenamento jurídico interno pela CAMEX. 
 
 
5-(AFRF -2003) A investigação e fixação dos direitos antidumping e 
compensatórios, e a aplicação de salvaguardas é de competência do DECOM 
(Departamento de Defesa Comercial) da SECEX (Secretaria de Comércio 
Exterior). 
 ERRADA. 
Novamente o examinador tenta enganar o concurseiro, e da maneira como 
eu tinha lhes alertado. A investigação em um processo de dumping ou de subsídio é 
realmente feita pelo DECOM (Departamento de Defesa Comercial), mas quem FIXA 
os direitos anti-dumping, compensatórios e aplica salvaguardas é a CAMEX. 
Aproveitamos agora para falar um pouco sobre a SECEX! A Secretaria de 
Comércio Exterior integra a estrutura do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e 
Comércio Exterior e está subdividida em quatro departamentos : DECEX 
(Departamento de Operações de Comércio Exterior), DECOM (Departamento de 
Defesa Comercial), DEINT (Departamento de Negociações Internacionais) e DEPLA 
(Departamento de Planejamento e Desenvolvimento do Comércio Exterior). Cada 
um deles tem funções bem específicas e bastante especializadas. A Secretaria de 
Comércio Exterior, de forma genérica, atua na promoção do desenvolvimento do 
Brasil através do comércio exterior. O MDIC possui ainda outras Secretarias que não 
atuam diretamente no comércio exterior e por isso não interessam ao nosso estudo. 
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As competências da Secretaria de Comércio Exterior estão descritas no 
Decreto no 6209, de 18 de setembro de 2007: 
 
“Art. 15. À Secretaria de Comércio Exterior compete: 
I – formular PROPOSTAS de políticas e programas de comércio exterior e 
estabelecer normas necessárias à sua implementação; 
II – PROPOR medidas de políticas fiscal e cambial, de financiamento, de 
recuperação de créditos à exportação, de seguro, de transportes e fretes e 
de promoção comercial; 
III – PROPOR diretrizes que articulem o emprego do instrumento aduaneiro 
com os objetivos gerais de política de comércio exterior, bem como propor 
alíquotas para o imposto de importação e suas alterações e regimes de 
origem preferenciais e não preferenciais; 
IV – participar das negociações de tratados internacionais relacionados com 
o comércio exterior, nos âmbitos multilateral, hemisférico, regional e 
bilateral; 
V – implementar os mecanismos de defesa comercial; 
VI – regulamentar os procedimentos relativos às investigações de defesa 
comercial; 
VII – decidir sobre a abertura de investigações e revisões relativas à 
aplicação de medidas antidumping, compensatórias e de salvaguardas, 
previstas em acordos multilaterais, regionais ou bilaterais, bem como sobre 
a prorrogação do prazo da investigação e o seu encerramento sem a 
aplicação de medidas; 
VIII – decidir sobre a aceitação de compromissos de preço previstos nos 
acordos multilaterais, regionais ou bilaterais na área de defesa comercial; 
IX – apoiar o exportador submetido a investigações de defesa comercial no 
exterior; 
X – administrar, controlar, desenvolver e normatizar o Sistema Integrado de 
Comércio Exterior – SISCOMEX, observadas as competências de outros 
órgãos; 
XI – formular a política de informações de comércio exterior e implementar 
sistemática de tratamento e divulgação dessas informações; 
XII – elaborar e divulgar as estatísticas de comércio exterior, inclusive a 
balança comercial brasileira, ressalvadas as competências de outros 
órgãos; 
XIII – promover iniciativas destinadas a difusão da cultura exportadora, bem 
como ações e projetos voltados para a promoção e o desenvolvimento do 
comércio exterior; 
XIV – articular-se com entidades e organismos nacionais e internacionais 
para a realização de treinamentos, estudos, eventos e outras atividades 
voltadas para o desenvolvimento do comércio exterior; 
XV – celebrar convênios com órgãos e entidades de direito público ou 
privado, com vistas à implementação de ações e programas voltados para o 
desenvolvimento do comércio exterior; 
XVI – PROPOR medidas de aperfeiçoamento, simplificação e consolidação 
da legislação de comércio exterior, e expedir atos normativos para a sua 
execução; 
XVII – participar do Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional 
– CRSFN; e 
XVIII – executar os serviços de Secretaria–Executiva do Conselho Nacional 
das Zonas de Processamento de Exportação – CZPE.” 
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Nós vimos, quando falamos da CAMEX, que suas competências eram 
decisórias. A CAMEX fixa a alíquota do imposto de importação, fixa direitos anti-
dumping, fixa diretrizes para a política de comércio exterior... A SECEX tem uma 
série de competências específicas, mas quando se fala em formulação de políticas 
públicas voltadas para o comércio exterior, podemos ver que ela não define 
diretrizes, mas sim PROPÕE políticas. Aqui é onde as bancas examinadoras puxam 
o tapete do concurseiro, tentando confundir os verbos. Lembre-se: a CAMEX define 
e fixa; a SECEX propõe. 
As competências da SECEX são muito cobradas em concurso e aqui é 
necessário saber o que cada um de seus departamentos faz: 
O DECEX – Departamento de Operações de Comércio Exterior- é 
responsável pela parte operacional do comércio exterior, atuando diretamente no 
âmbito do controle administrativo: análise e deliberação de Licenças de Importação, 
Registros de Exportação, Registros de Venda (RV) e Registros de Operações de 
Crédito (RC). O DECEX delibera ainda sobre Atos Concessórios do regime especial 
de Drawback, importação de bens usados, exame de similaridade... É também o 
responsável pelo desenvolvimento, implantação e administração do SISCOMEX. 
O DECOM – Departamento de Defesa Comercial – é responsável por 
examinar os pedidos de abertura de processos relacionados à dumping, subsídios e 
salvaguardas, assim como conduzir o processo de investigação de defesa comercial 
propriamente dito. Mais à frente no nosso curso, veremos o que são práticas 
desleais de comércio. Gastaremos uma aula inteira para isso tendo em vista a 
relevância do assunto. Entretanto, para aqueles que ainda não sabem nada dessa 
parte, o dumping ocorre quando um país vende um determinado produto no exterior 
por um preço inferior ao que pratica dentro de seu próprio território. O DECOM é 
quem conduz essas investigações anti-dumping e, ao final do processo, PROPÕE 
ou não a aplicação de uma alíquota anti-dumping. Aqui justamente onde o 
examinador tentou enganar o concurseiro na questão ao afirmar que o DECOM, ao 
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final de um processo de investigação, fixa direitos anti-dumping e compensatórios. 
Essa afirmativa está completamente ERRADA. 
O DECOM investiga e propõe a aplicação de um direito anti-dumping ou 
compensatório , quem fixa esse direito anti-dumping é a CAMEX. 
O DEINT – Departamento de Negociações Internacionais- fornece suporte 
às negociações internacionais das quais participa o Brasil através da elaboração e 
coordenação da participação brasileira nas negociações tarifárias e não- tarifárias 
em acordos internacionais. 
O DEPLA – Departamento de Planejamento e Desenvolvimento do 
Comércio Exterior - é um órgão que dentre outras funções, coleta, analisa, 
sistematiza e divulga dados estatísticos do comércio exterior brasileiro, sendo 
responsável pela elaboração da Balança Comercial. O DEPLA desenvolve ações no 
sentido de promover a cultura exportadora, através de programas de capacitação 
técnica em comércio exterior. Promove ainda ações no sentido de incentivar o 
desenvolvimento do comércioexterior brasileiro em articulação com entidades de 
direito público e privado, o que resulta em feiras e encontros de comércio exterior –
os famosos ENCOMEX. 
Acabamos aqui de descrever de maneira bem suscinta as principais 
funções de cada um dos órgãos integrantes da estrutura da SECEX. Com essas 
informações você já terá condições de resolver praticamente todas as questões de 
comércio internacional que tratarem dela. O Decreto no 6209, de 18 de setembro de 
2007 enumera a competência de cada um desses órgãos. Se você quiser dar uma 
lida nele, tudo bem! Mas digo que não será imprescindível para a prova! 
 
 
6- (AFRF – 2003) A CAMEX deve observar, no exercício de suas atribuições, as 
competências do Ministério da Fazenda, fixadas no art. 237 da Constituição, do 
Banco Central e do Conselho Monetário Nacional. 
CERTA. 
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A assertiva está correta, pois do contrário estaria havendo uma invasão de 
competências. O Conselho Monetário Nacional tem a responsabilidade de fixar a 
política cambial no Brasil, sendo o BACEN o executor desta. Só lembrando, o 
BACEN é o responsável pelo controle cambial no comércio exterior brasileiro. 
 
 
7-(AFRF – 2003) Compete à CAMEX, Câmara de Comércio Exterior, alterar a 
Nomenclatura Comum do Mercosul de que trata o Decreto nº. 2.376/97, na 
forma estabelecida nos atos decisórios do Mercosul. 
CERTA. 
Como nós já dissemos anteriormente, a CAMEX internaliza no 
ordenamento jurídico brasileiro as decisões tomadas no âmbito do MERCOSUL. 
Para aqueles que ainda não sabem – nós veremos em aulas posteriores – a NCM é 
uma maneira de classificar produtos baseada no Sistema Harmonizado aplicada 
pelos países do MERCOSUL e que se baseia na idéia de associar um código 
numérico a cada descrição de produto. 
 
 
8- (AFRF – 2003) O Presidente do Conselho de Ministros da CAMEX poderá 
alterar as alíquotas do Imposto de Importação e do Imposto de Exportação, ad 
referendum do Conselho de Ministros, consultados previamente os membros 
do Comitê Executivo de Gestão. 
 CERTA. 
 O Comitê Executivo de Gestão (GECEX) será ouvido pelo Presidente do 
Conselho de Ministros da CAMEX, o qual tem competência para tomar essa decisão, 
que será referendada a posteriori pelo Conselho de Ministros. 
 
 
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9- (AFRF -2003) A avaliação do impacto das medidas cambiais, monetárias e 
fiscais sobre o comércio exterior e a fixação das diretrizes para a política de 
financiamento e de seguro de crédito às exportações competem à(ao): 
a) Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) 
b) Banco Central do Brasil (BACEN) 
c) Conselho Monetário Nacional (CMN) 
d) Secretaria de Assuntos Internacionais 
e) Câmara de Comércio Exterior (CAMEX) 
 LETRA E. 
A CAMEX possui competência para FIXAR as diretrizes para a política de 
financiamento e de seguro de crédito às exportações. Cabe aqui lembrar que o 
COFIG (Comitê de Financiamento e Garantia das Exportações), o qual integra a 
estrutura da CAMEX, realiza o enquadramento e acompanha as operações do 
PROEX e do FGE ( Fundo de Garantia às Exportações). Em uma aula posterior no 
nosso curso, falaremos somente sobre o financiamento no comércio exterior 
brasileiro. 
 
 
10- (AFRF – 2003) Os procedimentos especiais de investigação e controle das 
operações de comércio exterior, decorrentes de indício de incompatibilidade 
entre a capacidade econômica e financeira apresentada e os valores 
transacionados nas operações internacionais, com vistas a coibir a ação 
fraudulenta de interpostas pessoas, como meio de dificultar a identificação da 
origem dos recursos aplicados, ou dos responsáveis por infração contra os 
sistemas tributário e financeiro, são efetuados 
a) pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (SRFB), pelo Banco Central 
(BACEN) e pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), complementarmente. 
b) pela SRFB e pelo BACEN, com imediata comunicação ao Conselho de 
Controle de Atividades Financeiras (COAF), se houver indício do crime de 
“lavagem de dinheiro”. 
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c) pela SRFB, se houver indício de infração contra o sistema tributário, e pelo 
COAF, se houver indício do crime de “lavagem de dinheiro”. 
d) por comissão integrada por representantes da SRFB, Bacen, Secex e Polícia 
Federal, sob a coordenação da COAF. 
e) pela polícia federal, de ofício ou a pedido de instituição controladora ou 
interveniente nas operações de comércio exterior (SISCOMEX). 
 LETRA B. 
 Vamos imaginar que um determinado traficante queira fazer uma 
“lavagem de dinheiro” através de uma importação. Como ele poderia fazer? Bom, ele 
poderia ter uma empresa que importa de outros países. Em determinado momento, 
ele faz uma operação de importação de grande valor, remetendo grande remessa de 
dinheiro ao exterior. Se houver incompatibilidade entre o valor transacionado e a 
capacidade econômica da empresa, a Receita Federal do Brasil perceberá que pode 
estar havendo uma fraude. Da mesma forma, o Banco Central, responsável pelo 
controle cambial poderá ter informações acerca do fluxo financeiro remetido ao 
exterior. Se houver indícios de crime de lavagem de dinheiro, deverá haver imediata 
comunicação ao COAF ( Conselho de Controle de Atividades Financeiras). 
 
 
11- (AFRF – 2002-2) Exercer, prévia ou posteriormente, a fiscalização de 
preços, pesos, medidas, qualidade e tipos declarados nas operações de 
importação e de exportação, acompanhar a execução dos acordos 
internacionais relacionados com o comércio exterior, conceder a aplicação do 
mecanismo do “drawback”, investigar a ocorrência de “dumping” e subsídios 
com vistas a estabelecer as medidas de defesa comercial, são algumas das 
atribuições: 
a) da Secretaria da Receita Federal do Brasil, tendo em vista sua competência 
constitucional para a fiscalização e controle do comércio exterior, além da 
pesquisa e fiscalização do valor aduaneiro das mercadorias reprimir as 
práticas de sub e superfaturamento na importação e na exportação. 
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b) do Ministério das Relações Exteriores, tendo em vista que dumping, 
subsídios, salvaguardas, valoração aduaneira, Sistema Harmonizado, acordos 
internacionais de comércio são decorrentes de atos internacionais sob sua 
competência constitucional. 
c) da Secretaria de Comércio Exterior, tendo em vista competir a ela, entre 
outras atribuições, exercer a política de comércio exterior e autorizar as 
importações e exportações de mercadorias através do mecanismo do 
licenciamento. 
d) do Banco Central do Brasil em conjunto com a Secretaria de Comércio 
Exterior, tendo em vista o controle cambial e administrativo das operações de 
importação e exportação. 
e) da Secretaria da Receita Federal e do Banco Central do Brasil, tendo em 
vista a necessidade de coibir as fraudes cambiais nas operações de comércio 
exterior, fretes internacionais e conciliação entre os contratos de câmbio, 
faturas comerciais e conhecimentos de carga. 
 LETRA C. 
 Boa questão, vamos explorá-la. Todas essas atribuições são de 
competência da Secretaria de Comércio Exterior. Exercer, prévia ou posteriormente, 
a fiscalização de preços, pesos, medidas, qualidade e tipos declarados nas 
operações de importação e de exportação é competência do DECEX (Departamento 
de Operações de Comércio Exterior). Acompanhar a execução dos acordos 
internacionais relacionados com o comércio exterior é competência do DEINT 
(Departamento de Negociações Internacionais). Investigar a ocorrência de “dumping” 
e subsídios com vistas a estabeleceras medidas de defesa comercial é competência 
do DECOM (Departamento de Defesa Comercial) 
Deixamos propositalmente aqui de falar da concessão do regime 
aduaneiro especial do drawback, que é de competência do DECEX. Veremos em 
aulas posteriores sobre esse regime. Mas lembre-se, isso é muito importante: a 
administração do regime aduaneiro especial de drawback é de competência da 
SECEX, mais especificamente do DECEX. 
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12- (AFRF – 2002-1) A fiscalização e o controle sobre o comércio exterior, 
essenciais à defesa dos interesses fazendários nacionais, serão exercidos 
pelo Ministério da Fazenda. (Constituição Federal 1988, art.237). Com base no 
enunciado acima, assinale a opção correta. 
a) Compete ao Ministério da Fazenda a fiscalização e o controle somente 
quando as operações de comércio exterior sejam definidas como essenciais 
aos interesses fazendários nacionais. 
b) Compete ao Ministério da Fazenda a fiscalização e o controle das operações 
de comércio exterior, atividades administrativas consideradas essenciais aos 
interesses fazendários nacionais. 
c) Compete ao Ministério da Fazenda a fiscalização e o controle das operações 
de comércio exterior relativas a bens ingressados no país, tendo em vista 
serem as importações essenciais aos interesses fazendários nacionais 
d) Compete ao Ministério da Fazenda a fiscalização e o controle das operações 
de comércio exterior relativas a bens saídos do país, tendo em vista serem as 
exportações essenciais aos interesses fazendários nacionais. 
e) Compete ao Ministério da Fazenda a fiscalização e o controle das operações 
de comércio exterior relativamente às obrigações do País frente aos seus 
compromissos internacionais. 
 LETRA B. 
O controle e fiscalização do comércio exterior brasileiro são atividades 
essenciais aos interesses fazendários nacionais. O Ministério da Fazenda exerce 
essas atividades por meio de um órgão que integra sua estrutura: a Secretaria da 
Receita Federal do Brasil. Vamos falar agora sobre as atribuições deste órgão 
relacionadas ao comércio exterior. 
A RFB é o órgão responsável pela administração e fiscalização tributária 
federal, além de realizar o controle aduaneiro. Quanto a isso, um detalhe 
interessante: em grande número de países, o Fisco é uma instituição diferente da 
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Aduana. No Brasil o que ocorre é o acúmulo das duas funções apenas nas mãos 
deste órgão. 
A Receita Federal do Brasil é um órgão da estrutura do Ministério da 
Fazenda e tem uma série de atribuições, no entanto, interessa-nos saber que ela, 
como interveniente no comércio exterior realiza a administração e fiscalização dos 
tributos incidentes numa operação de comércio exterior. A maioria dos regimes 
aduaneiros especiais também é administrada pela RFB. 
Não podemos nos esquecer que a RFB é também responsável pela 
repressão, juntamente com a Polícia Federal, a delitos transfonteiriços como o 
contrabando, descaminho, tráfico de drogas. 
 
 
13- (AFRF-2002-1) Assinale a opção que melhor define "Comércio 
Internacional". 
a) A expressão "Comércio Internacional" designa, unicamente, a troca de 
mercadorias entre diferentes países, não abrangendo serviços nem aspectos 
ligados à sua execução, como o transporte e o pagamento. 
b) A expressão "Comércio Internacional", refere-se às trocas de mercadorias 
entre diferentes países exclusivamente por compra e venda internacional e 
abrange tudo o que for ligado à sua execução, incluindo transporte e 
pagamento. 
c) A expressão "Comércio Internacional" designa a troca de mercadorias e 
serviços entre os países signatários do GATT. 
d) A expressão "Comércio Internacional" designa a troca de mercadorias entre 
o Brasil e os países do Mercosul. 
e) A expressão "Comércio Internacional" designa a troca de mercadorias e 
serviços de todos os tipos entre diferentes países em tudo o que for ligado à 
sua execução, incluindo transporte e pagamento. 
 LETRA E. 
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O Comércio Internacional abrange muito mais do que a simples compra e 
venda de mercadorias. Ele se refere a todas as operações realizadas entre países 
onde há intercâmbio de bens ou serviços ou movimento de capitais. 
Podemos definir Comércio Internacional como o conjunto de operações 
realizadas entre países onde há intercâmbio de bens ou serviços ou movimento de 
capitais. Este comércio é regido por regras e normas, resultantes de acordos 
negociados em órgãos internacionais. 
Em contrapartida, Comércio Exterior é uma expressão que representa a 
relação de um país específico com os demais, expressa em termos, regras e normas 
internas de acordo com seus interesses peculiares. 
Podemos perceber que “Comércio Internacional” é, portanto, uma 
definição muito mais ampla, mais abrangente, representando as relações 
comerciais entre os países. O Comércio Exterior é mais específico e representa 
as relações comerciais de um país com os outros. 
 
 
14- (TRF 2006)- No Brasil, a formulação das diretrizes básicas da política 
tarifária na importação e exportação é de competência do(a): 
a) Ministério das Relações Exteriores. 
b) Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. 
c) Ministério da Fazenda. 
d) Câmara de Comércio Exterior. 
e) Casa Civil da Presidência da República. 
 LETRA D. 
 Bom, acredito que você já não tem dúvidas com relação a essa 
competência da CAMEX. 
 
 
15- (ACE 98)- A concessão do Regime de Drawback é atribuição do (da) 
a) SRFB-Secretaria da Receita Federal do Brasil 
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b)DECEX-Departamento de Operações de Comércio Exterior do Ministério do 
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior 
c) BACEN-Banco Central 
d) SPI-Secretaria de Política Industrial do MDIC 
e) CMN-Conselho Monetário Nacional 
LETRA B. Repetindo mais uma vez, a concessão do regime de drawback é de 
competência do DECEX. Mas o que vem a ser o drawback? Em linhas gerais, o 
drawback é um regime aduaneiro especial através do qual uma empresa pode 
importar com suspensão de tributos um determinado produto que será utilizado no 
processo produtivo de outro produto a ser posteriormente exportado. É um regime 
aduaneiro especial que representa, portanto, um incentivo às exportações 
brasileiras. Em momento oportuno do nosso curso veremos mais sobre o drawback. 
 
 
16- (ACE-98) - O SISCOMEX - Sistema Integrado de Comércio Exterior - foi 
instituído para: 
a) integrar as atividades administrativas dos órgãos de comércio exterior 
b) servir de instrumento para a política de restrição às importações brasileiras 
c) promover as exportações brasileiras e contribuir para a Balança Comercial 
d) centralizar as negociações comerciais no âmbito do MERCOSUL 
e) desempenhar as atribuições dos antigos órgãos de comércio exterior 
 LETRA A. 
A implantação do SISCOMEX trouxe uma série de benefícios ao comércio 
exterior brasileiro tais como harmonização de conceitos, códigos e nomenclaturas; 
eliminação da duplicidade de controles; simplificação e padronização de 
procedimentos; redução de custos; e agilidade na coleta e processamento de 
informações, tudo isso através da integração da atividades administrativas dos 
órgãos de comércio exterior. 
 
 
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17- (ACE-2002)- Sobre a Câmara de Comércio Exterior (CAMEX), é correto 
afirmar-se que: 
a) é órgão vinculado à Presidência da República incumbido de promover e 
divulgaroportunidades comerciais no estrangeiro e de representar o País em 
negociações comerciais internacionais. 
b) é órgão de composição inter-ministerial que normatiza, orienta e controla as 
atividades comerciais do Brasil com outros países. 
c) é órgão vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio 
Exterior e responsável pela fixação de diretrizes e implementação de controles 
cambiais. 
d) é a agência governamental criada precipuamente para estimular a maior 
competitividade dos produtos brasileiros e apoiar o aumento das exportações. 
e) possui, entre suas atribuições, a definição de diretrizes e procedimentos 
relativos à implementação da política de comércio exterior e à coordenação 
das ações dos órgãos governamentais nesse âmbito. 
 LETRA E. 
Estão percebendo como são recorrentes as questões sobre a CAMEX? 
Por isso, estudem e saibam tudo sobre esse importante órgão do comércio exterior 
brasileiro. 
 
 
18- (ACE-2002) - A formulação de propostas de políticas e programas de 
comércio exterior, o estabelecimento de normas necessárias à sua 
implementação, a participação nas negociações em acordos ou convênios 
internacionais relacionados com o comércio exterior e a implementação dos 
mecanismos de defesa comercial são competências da: 
a) Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) do Ministério do Desenvolvimento, 
da Indústria e do Comércio Exterior 
b) Câmara de Comércio Exterior (CAMEX) 
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c) Subsecretaria de Assuntos Econômicos, de Integração e Comércio Exterior 
do Ministério das Relações Exteriores 
d) Secretaria de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda 
e) Agência de Promoção de Exportações (APEX) 
 LETRA A. 
Mais uma vez são enumeradas competências da Secretaria de Comércio 
Exterior. Lembramos mais uma vez que a SECEX propõe políticas e programas de 
comércio exterior, enquanto a CAMEX fixa as diretrizes para as políticas de 
comércio exterior brasileiras. 
 
 
19-(AFRF 2002.2)- Sobre a natureza e o papel das alfândegas no comércio 
internacional é correto afirmar que: 
a) são autarquias que zelam pela observância das leis e regulamentos 
comerciais, particularmente no que concerne ao recolhimento de tributos 
federais aplicáveis à entrada, à saída e à movimentação de bens no território 
aduaneiro. 
b) estão vinculadas aos governos e são responsáveis pela arrecadação dos 
direitos e taxas que incidem sobre as exportações e as importações, bem 
como pela administração de leis e regulamentos relativos à importação, ao 
trânsito e à exportação de mercadorias. 
c) são instituições governamentais responsáveis pelo recolhimento de tributos 
que incidem sobre a circulação de bens no território aduaneiro. 
d) são repartições vinculadas aos órgãos governamentais que zelam pela 
segurança de instalações portuárias e das áreas de passo fronteiriço. 
e) são órgãos governamentais responsáveis pela fiscalização da entrada, saída 
e movimentação de carga e de pessoas estrangeiras no território aduaneiro e 
pela arrecadação de tributos e taxas federais e estaduais. 
LETRA B. 
Essa é uma boa questão para explorarmos alguns aspectos interessantes 
da estrutura do comércio exterior brasileiro. No Brasil, o controle aduaneiro e a 
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administração e fiscalização tributária federal são atividades de competência da 
Secretaria da Receita Federal do Brasil. 
Ao contrário do que ocorre em nosso país, em grande parte dos outros 
países, essas duas atividades não estão concentradas nas mãos de um único órgão. 
A responsabilidade pelo controle aduaneiro cabe às Alfândegas, enquanto a 
administração e fiscalização tributária cabem a outro órgão. 
As alfândegas são, portanto, instituições vinculadas aos governos e são 
responsáveis pelo controle aduaneiro, ou seja, pela administração de leis e 
regulamentos relativos à importação, ao trânsito e à exportação de mercadorias. 
Além disso, as alfândegas são responsáveis pela fiscalização dos direitos e taxas 
que incidem sobre as importações e exportações. 
 
 
20- (AFRF 2002.1) As instituições aduaneiras têm por funções primordiais: 
a) O recolhimento de impostos associados a operações comerciais bem como 
de outras atividades de natureza não-econômica. 
b) A vigilância das áreas de fronteira e o controle de pessoas e passaportes 
nas mesmas. 
c) O recolhimento de tributos que incidem sobre as importações e a circulação 
de mercadorias. 
d) O controle e a fiscalização dos veículos transportadores nas áreas de 
fronteiras. 
e) O controle do fluxo de mercadorias que ingressam ou saem do país em 
caráter definitivo ou temporário em decorrência das operações de comércio 
internacional e a aplicação de tarifa aduaneira sobre tais operações. 
LETRA E. 
a) ERRADA. Quando a assertiva faz referência ao recolhimento de impostos sobre 
operações comerciais, ela está sendo ampla demais. As Alfândegas têm 
competência para recolher somente os impostos e taxas incidentes sobre as 
operações de comércio exterior. 
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b) ERRADA. A vigilância das áreas de fronteira e o controle de pessoas e 
passaportes são atividades de competência do Departamento de Polícia Federal. 
c) ERRADA. As Alfândegas possuem competência para recolher os tributos que 
incidem sobre as importações e exportações. 
d) ERRADA. As Alfândegas realmente efetuam o controle aduaneiro de veículos. 
Entretanto, não podemos dizer que esta seja sua função primordial, já que o controle 
aduaneiro de veículos existe principalmente para que se promova o controle 
aduaneiro de bens. 
e) VERDADEIRA. Aqui sim o examinador descreve as funções primordiais de uma 
Alfândega: controle aduaneiro de mercadorias e aplicação de tributos incidentes nas 
operações de comércio exterior. 
 
 
21-(AFRF 2000)- O órgão executivo regulador das operações de câmbio do 
Comércio Exterior, que também as fiscaliza e controla, é: 
a) o Conselho Monetário Nacional 
b) o Banco Central do Brasil 
c) a Câmara de Comércio Exterior 
d) o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social- BNDES 
e) a Secretaria da Receita Federal do Brasil 
LETRA B. 
O Banco Central é o responsável pelo controle cambial nas operações 
de comércio exterior brasileiro. Além disso, possui as seguintes funções 
principais: 
a) Efetuar o controle dos capitais estrangeiros, nos termos da lei; 
b) Exercer o controle do crédito sob todas as suas formas; 
c) Promover a colocação de empréstimos internos ou externos como 
agente do governo federal; 
d) Exercer a fiscalização das instituições financeiras e conceder 
autorização às mesmas para realizar, dentre outras, operações de câmbio; 
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e) Atuar no sentido do funcionamento regular do mercado cambial, 
estabilidade da taxa de câmbio de equilíbrio no balanço de pagamentos, podendo 
para esse fim, comprar e vender ouro e moeda estrangeira, bem como realizar 
operações de crédito no exterior, inclusive as referentes aos Direitos Especiais de 
Saque, e separar os mercados de câmbio financeiro e comercial, ou seja, executa, 
acompanha e controla a política cambial do país; 
f) Ser o depositário oficial das reservas de ouro, moedas estrangeiras e 
DES (Direitos Especiais de Saque) e fazer com estas últimas todas e quaisquer 
operações previstas no Convênio Constitutivo do Fundo Monetário Internacional 
(FMI); 
g) Entender-se, em nome do Governo Brasileiro, com as instituições 
financeiras estrangeiras e internacionais; 
h) Exercer permanente vigilância nos mercados financeiros e de capitais 
sobreempresas que, direta ou indiretamente, interfiram nesses mercados e em 
relação às modalidades ou processos operacionais que utilizem. 
O Banco Central é, como dizem por aí, o “banco dos bancos”. Nas suas 
relações ele atua exclusivamente com instituições financeiras públicas e privadas, 
vedadas as operações com outras pessoas de direito público e privado, ressalvadas 
as expressamente previstas em lei. O BACEN, como responsável pelo controle 
cambial, autoriza os outros bancos a celebrar contrato de câmbio. Essas instituições 
financeiras sim é que têm contato direto com importadores e exportadores 
celebrando o referido instrumento legal. 
 
 
22- (AFTN-1998)- A atuação da Secretaria da Receita Federal do Brasil, no que 
se refere ao comércio exterior, envolve: 
a) O controle administrativo das operações comerciais e a supervisão das 
atividades de arrecadação e fiscalização aduaneira. 
b) Atividades de tributação, arrecadação e fiscalização aduaneira. 
c) O controle tributário, financeiro e administrativo das operações comerciais. 
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d) A administração de tributos internos e aduaneiros, arrecadação das receitas 
cambiais e fiscalização das práticas administrativas . 
e) A supervisão administrativa das operações comerciais e formulação de 
normas tributárias. 
LETRA B. 
a) ERRADA. O controle administrativo do comércio exterior brasileiro é de 
competência da Secretaria de Comércio Exterior( SECEX). 
b) VERDADEIRA. A alternativa descreve de forma perfeita as atribuições da SRFB: 
tributação, arrecadação e fiscalização aduaneira. 
c) ERRADA. Podemos falar em três formas de controle no comércio exterior 
brasileiro: controle administrativo (de competência da SECEX), controle aduaneiro 
(de competência da SRFB) e controle cambial (de competência do BACEN). 
d) ERRADA. Mais uma vez o examinador fala erroneamente que a SRFB atua no 
controle administrativo do comércio exterior. Além disso, embora a administração de 
tributos internos seja de competência da SRFB, esta não é uma atribuição que se 
refere ao comércio exterior. 
e) ERRADA. Esse examinador cismou que a Receita Federal do Brasil atua no 
controle administrativo! 
 
 
23-(AFTN-1998)- A definição de diretrizes relativas às políticas de comércio 
exterior, de financiamento e de seguro de crédito às exportações e à promoção 
de bens e serviços brasileiros no exterior é atribuição do (a): 
a) Subsecretaria de Assuntos Econômicos, de Integração e de Comércio 
Exterior do Ministério das Relações Exteriores. 
b) Câmara de Comércio Exterior do Conselho de Governo, órgão vinculado à 
Presidência da República. 
c) Secretaria de Comércio e Serviços do Ministério do Desenvolvimento, 
Indústria e Comércio Exterior. 
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d) Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria 
e Comércio Exterior. 
e) Departamento de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda. 
LETRA B. 
Muito bom, concurseiro! Eu sabia que a essa altura do campeonato, você não erraria 
essa questão. Quem define diretrizes é a CAMEX! Importante que você não se 
esqueça disso, pode ser bastante útil no momento da prova. 
 
 
 
24- (AFTN-1996) – Ao Ministério das Relações Exteriores (MRE) compete em 
matéria de comércio exterior: 
a) Atuar como agente pagador e recebedor fora do País, como representante 
do Governo Federal, emitir licenças de importação exportação e representar o 
país em feiras e eventos internacionais. 
b) Traçar as diretrizes da política de comércio exterior, estabelecer normas 
para sua implementação e supervisionar sua execução. 
c) Realizar estudos e pesquisa sobre mercados externos, atuar na promoção 
comercial e organizar a participação brasileira em feiras internacionais. 
d) Definir normas para a exportação e importação de produtos, negociar e 
celebrar contratos comerciais internacionais e atuar, em nome do Estado, nos 
foros internacionais. 
e) Estabelecer contratos e contrair, em nome do Estado, compromissos 
comerciais e coordenar o sistema de informações comerciais. 
LETRA C. 
O MRE atua na promoção comercial do Brasil no exterior através da 
realização de estudos e pesquisa de mercado, organização de feiras para que os 
exportadores brasileiros divulguem seus produtos e organização de visitas ao Brasil 
de importadores dos nossos produtos. Esse é um ponto fundamental na estrutura de 
competências do MRE: atuar na promoção comercial do Brasil no exterior. 
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25- (AFRF 2005)- As resoluções da Câmara de Comércio Exterior (CAMEX) 
poderão ter, excepcionalmente, caráter sigiloso, nos casos previstos na 
legislação vigente. 
CERTA. 
Eu diria que essa assertiva é de um nível de detalhamento absurdo, mas 
que foi cobrada na prova de AFRFB em 2005. Impressionante como o examinador 
quis que todo mundo errasse a questão! Ainda bem que a ESAF não é o CESPE e 
numa questão existem outras alternativas para se analisar. 
A cobrança desse assunto nos mostra novamente a importância de que 
você esteja bem afiado no que diz respeito à CAMEX. 
Dando uma olhada no Regimento Interno do referido órgão, poderemos 
verificar de onde o examinador retirou a assertiva: 
Art. 40. As resoluções da Camex serão firmadas pelo Presidente do 
Conselho de Ministros ou, na sua ausência ou impedimento, pelo seu 
substituto previsto no § 2º do art. 4º e publicadas no Diário Oficial da União. 
 
Parágrafo único. As resoluções da Camex poderão ter, 
excepcionalmente, caráter sigiloso, nos casos previstos na legislação 
vigente. 
 
Ainda sobre as deliberações da CAMEX, estas serão sempre feitas 
através de resoluções. Nas deliberações da CAMEX se buscará sempre o consenso, 
sendo que se este não for possível, adotar-se-á o procedimento de votação. Em 
caso de empate, caberá ao Presidente do Conselho de Ministros o voto de 
qualidade. 
Se você der uma olhada no site do MDIC, poderá ver que existem uma 
série de resoluções CAMEX sobre aplicação de direitos anti-dumping, concessão de 
regime de ex-tarifário, alteração da TEC ( Tarifa Externa Comum), alteração da NCM 
(Nomenclatura Comum do MERCOSUL) e outras decisões em matéria de comércio 
exterior. 
 
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26- (Questão Inédita)- A Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do 
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior possui em sua estrutura 
quatro órgãos: DECEX, DECOM, DEPLA e DEINT. Analise os itens a seguir 
acerca das atribuições dos referidos órgãos e atribua a letra (V) para as 
afirmativas verdadeiras e (F) para as falsas. Em seguida, marque a opção que 
contenha a seqüência correta: 
( ) Cabe ao DECEX analisar e deliberar sobre Licenças de Importação, 
Registros de Exportação, Registro de Operações de Crédito, bem como 
conceder o regime aduaneiro especial de drawback. 
( ) Cabe ao DECOM aplicar as medidas de defesa comercial, conduzindo 
investigação com vistas a apurar a existência de práticas desleais de comércio 
e fixando ao final da mesma, se for o caso, uma alíquota antidumping. 
( ) Cabe ao DEINT administrar, no Brasil, o Sistema Geral de Preferências – 
SGP e o Sistema Global de Preferências Comerciais – SGPC, bem como os 
regulamentos de origem dos acordos comerciais firmados pelo Brasil e dos 
sistemas preferenciais autônomos concedidos ao Brasil; 
( ) O DEPLA tem como responsabilidade a formulação de propostas de 
planejamento da ação governamental em matéria de comércio exterior, não 
estando sua ação diretamente vinculada aos agentes de comércio exterior no 
Brasil.a) FFVV 
b) VFVF 
c) FFVV 
d) VVVF 
e) VFVV 
LETRA B. 
 
I- VERDADEIRA. O DECEX é, dentro da SECEX, um órgão de caráter 
eminentemente operacional, realizando diretamente com o auxílio de outros órgãos 
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o controle administrativo no comércio exterior brasileiro. O controle administrativo 
nas importações baseia-se primordialmente no mecanismo de licenciamento nas 
importações. Já nas exportações, esse controle se verifica através dos Registros de 
Exportação e Registros de Operações de Crédito. Na próxima aula falaremos tudo 
sobre o controle administrativo no comércio exterior brasileiro. Outra competência 
primordial do DECEX é a concessão do regime aduaneiro especial do drawback, 
importante instrumento de estímulo às exportações. 
II- FALSA. O DECOM é o órgão da estrutura da SECEX responsável pela condução 
de investigação com vistas a apurar a práticas de concorrência desleal, como o 
dumping e subsídio, propondo ao final da mesma, a aplicação de direitos anti-
dumping ou compensatórios. Cabe também ao DECOM a acompanhar as 
investigações de defesa comercial abertas por terceiros países contra as 
exportações brasileiras e prestar assistência à defesa do exportador, em articulação 
com outros órgãos governamentais e o setor privado. Diante de uma proposta de 
fixação de direitos anti-dumping, compensatórios ou ainda de aplicação de 
salvaguardas efetuada pelo DECOM, a CAMEX delibera sobre a efetiva aplicação 
das mesmas. 
III- VERDADEIRA. A assertiva descreve perfeitamente atribuições do Departamento 
de Negociações Internacionais (DEINT). O SGP (Sistema Geral de Preferências) e o 
SGPC (Sistema Global de Preferências Comerciais) são administrados por este 
órgão, que também exerce essa competência no que tange os regulamentos de 
origem dos acordos comerciais firmados pelo Brasil e dos sistemas preferenciais 
autônomos concedidos ao Brasil. O SGP tem grande importância para o fluxo 
comercial brasileiro, caracterizando-se por ser um sistema em que os países 
desenvolvidos outorgam preferências tarifárias aos países em desenvolvimento de 
forma unilateral, não necessitando estendê-las a terceiros países. Falaremos mais 
sobre o SGP na nossa próxima aula. 
IV- ERRADA. O DEPLA – Departamento de Planejamento e Desenvolvimento do 
Comércio Exterior -, contrariando o que seu nome indica, não se restringe ao 
planejamento de políticas para o desenvolvimento do comércio exterior. Ao contrário, 
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ele também desenvolve importantes programas em contato direto com os agentes 
de comércio exterior, como por exemplo o Rede Nacional de Agentes de Comércio 
Exterior e o Programa Primeira Exportação. 
O Programa Rede Nacional de Agentes de Comércio Exterior tem por 
objetivo estimular a inserção de empresas de pequeno porte no mercado externo e 
difundir a cultura exportadora em todas as Unidades da Federação e municípios com 
potencial exportador, mediante ações de capacitação e articulação institucional e 
setorial que favoreçam e estimulem as exportações das empresas de pequeno porte. 
O Projeto Primeira Exportação tem como objetivo promover a inserção 
sustentável das micro e pequenas empresas no mercado internacional, propiciando 
a seus empresários um acompanhamento de todas as ações necessárias para se 
concretizar a primeira exportação. 
 
 
27- (Questão Inédita) – Analise os itens a seguir e atribua a letra (V) para as 
assertivas verdadeiras e a letra (F) para as falsas. Em seguida, marque a opção 
que contenha a sequência correta: 
( ) O SISCOSERV é um sistema implementado no início de 2009 que visa 
subsidiar a elaboração de balança comercial de serviços a partir de 
estatísticas desagregadas a tempestivas sobre o comércio exterior de 
serviços. 
( ) A implementação do SISCOSERV tem como um de seus objetivos, a 
proposição, acompanhamento e aferição das políticas públicas para o setor de 
serviços, além de servir de apoio para as negociações internacionais em 
matéria de serviços. 
( ) A instituição da Nomenclatura Brasileira de Serviços (NBS) é um passo 
bastante importante na instituição do SISCOSERV. 
( ) A grande dificuldade na implementação do SISCOSERV reside no caráter 
tangível dos serviços, sendo de difícil implementação a anuência prévia a um 
serviço exportado. 
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a) VFFF 
b) VVFV 
c) FVVV 
d) FVVF 
e) VVFF 
LETRA D. 
Essa questão inédita aborda assuntos bem atuais no comércio exterior 
brasileiro: o SISCOSERV (Sistema Integrado de Comércio Exterior de Serviços) e a 
NBS (Nomenclatura Brasileira de Serviços). 
Sobre o comércio de serviços é relevante destacar, desde agora, que ele é 
objeto de um acordo multilateral da OMC: o GATS (General Agreement on Trade 
and Services). 
Estudos da UNCTAD apontam ainda que a participação do setor de 
serviços na economia dos países desenvolvidos aproxima-se de 80% e a dos países 
em desenvolvimento oscila em torno de 57%. O desenvolvimento econômico 
reclama assim uma migração de trabalhadores para o setor terciário, motivo pelo 
qual o Brasil tem reunido esforços para desenvolver o seu setor de serviços. Feita 
essa rápida introdução do assunto, passemos à análise das alternativas. 
 
I- ERRADA. O SISCOSERV é um sistema que ainda não foi implantado, análogo 
ao SISCOMEX, aplicável, no entanto, ao comércio de serviços. Seus principais 
objetivos são: 
- Integrar atividades exercidas pelos setores privado e público nas operações 
externas de compra e venda de serviços. 
- Geração de estatísticas periódicas e desagregadas do comércio exterior brasileiro 
de serviços nos diferentes modos de prestação. 
- Produção da Balança Comercial de Serviços. 
- Proposição, acompanhamento e avaliação das políticas públicas para o setor de 
serviços. 
- Apoio às negociações internacionais em matéria de serviços. 
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II- VERDADEIRO. Como você pode ver, a assertiva descreve rigorosamente dois 
dos objetivos da implantação do SISCOSERV. 
III- VERDADEIRO. Para que sejam elaboradas estatísticas em matéria de comércio 
exterior de serviços, é importante que haja uma harmonização das nomenclaturas 
utilizadas. Dessa forma, sem dúvida, a implementação da NBS (Nomenclatura 
Brasileira de Serviços) constitui um passo importante na implantação do 
SISCOSERV. A NBS será um classificador brasileiro para o comércio de serviços e 
exploração de direito, composto de nove dígitos, iniciando pelo número 1, para 
distinguir a nomenclatura de serviços da nomenclatura de bens. 
IV- ERRADA. O erro da afirmativa reside no fato de que os serviços são 
acentuadamente intangíveis, não palpáveis. Assim, é muito difícil exercer um 
controle sobre o fluxo internacional de serviços, particularmente diante das 
facilidades da Internet e do mundo globalizado. 
 
 
28 -(Questão Inédita)- Analise os itens a seguir e atribua a letra (V) para as 
assertivas verdadeiras e a letra (F) para as falsas. Em seguida, marque a opção 
que contenha a sequência correta: 
( ) Dentre as competências da CAMEX, é relevante destacar a fixação de 
diretrizes de políticas em matéria de comércio exterior, dentre as quais a 
facilitação do comércio. Nesse sentido, o GTFAC (Grupo Técnico de 
Facilitação do Comércio) atua no sentido de simplificar e facilitar as operações 
de comércio exterior e modernizar e racionalizar normas e procedimentos 
administrativos, de modo a reduzir os custos operacionais, tanto para o 
Estado quanto para os agentes privados 
( ) A alteraçãoda Tarifa Externa Comum é de competência da CAMEX, que o 
faz mediante decreto, internalizando acordo celebrado no âmbito do 
MERCOSUL. A concessão do regime de ex-tarifários também é de competência 
da CAMEX, que o faz, no entanto, por meio de resolução, após parecer do 
Comitê de Análise de Ex-Tarifários. 
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( ) No atual cenário econômico mundial, cresce em importância a definição 
de políticas de financiamento às exportações. O BACEN atua nesse sentido, 
incentivando, juntamente com o BNDES, o crescimento do fluxo comercial 
brasileiro e fixando diretrizes para as políticas de financiamento às 
exportações. 
( ) No contexto atual do comércio exterior brasileiro, verifica-se a existência 
de diversos órgãos intervenientes, cada qual com suas competências próprias. 
A CAMEX surgiu justamente com a finalidade de coordenar a ação desses 
órgãos, de forma a evitar conflitos positivos e negativos de competência. 
a) VVFF 
b) VFVF 
c) FVFV 
d) FFFV 
e)VFFV 
LETRA E 
 
I- VERDADEIRA. A facilitação de comércio é um tema bastante discutido no âmbito 
do sistema multilateral de comércio, visando à simplificação, harmonização, 
padronização e modernização de procedimentos de comércio. O seu objetivo 
principal é reduzir barreiras e custos de transação relativos ao comércio 
internacional. Nesse sentido, a simplificação e a desburocratização das atividades e 
procedimentos relacionados ao comércio exterior poderão contribuir para melhorar a 
competitividade do país, atrair investimentos produtivos e gerar novos e melhores 
empregos. Em 20 de março de 2008 foi instituído o GTFAC (Grupo Técnico de 
Facilitação de Comércio), integrante da estrutura da CAMEX, com o objetivo de 
simplificar e facilitar as operações de comércio exterior e modernizar e racionalizar 
normas e procedimentos administrativos, de modo a reduzir os custos operacionais, 
tanto para o Estado quanto para os agentes privados. 
II- FALSA. A alteração da TEC é de competência da CAMEX, que o faz através de 
resolução e não através de decreto como afirma a questão. A concessão do regime 
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de ex-tarifário também é de competência da CAMEX, sendo realizada da mesma 
forma por meio de resoluções. Como vimos anteriormente, a resolução é o meio 
hábil para externar as deliberações da CAMEX. 
III- FALSA. Quem define diretrizes para a política de financiamento às exportações é 
a CAMEX. 
IV- VERDADEIRA. O comércio exterior é um assunto bastante complexo e 
multidisciplinar e diversos órgãos governamentais possuem atribuições ou interesses 
direta e indiretamente relacionados a este. A fim de evitar conflitos positivos e 
negativos de competência foi criada a CAMEX, com o objetivo de coordenar as 
ações dos diversos órgãos governamentais em matéria de comércio exterior. 
 
 
29-(Questão Inédita) - Analise os itens a seguir e atribua a letra (V) para as 
assertivas verdadeiras e a letra (F) para as falsas. Em seguida, marque a opção 
que contenha a sequência correta: 
( ) As operações de comércio exterior brasileiro estão sujeitas a diferentes 
tipos de controle: administrativo, cambial e aduaneiro. À SECEX, órgão 
integrante do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, 
compete o controle administrativo do comércio exterior brasileiro, exercendo-o 
independente da atuação de outros órgãos da administração pública direta e 
indireta. 
( ) Compete à CAMEX coordenar o desenvolvimento, a implementação e a 
administração de módulos operacionais do Sistema Integrado de Comércio 
Exterior (SISCOMEX) no âmbito do Ministério, assim como coordenar a 
atuação dos demais órgãos anuentes de comércio exterior visando à 
harmonização e operacionalização de procedimentos de licenciamento de 
operações cursadas naquele ambiente. 
( ) Compete à SECEX propor diretrizes para a política de crédito e 
financiamento às exportações, especialmente do PROEX. 
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( ) Compete à CAMEX analisar pedidos de redução da alíquota do Imposto 
de Renda nas remessas financeiras ao exterior destinadas a pagamento de 
despesas vinculadas à promoção de produtos brasileiros realizada no exterior. 
a) FVVV 
b) FFVF 
c) FFVV 
d) VFVF 
e) VFFF 
LETRA B. 
 
I- FALSA. A afirmativa está quase toda verdadeira, com exceção do ponto em que 
diz que a SECEX exerce o controle administrativo independente da atuação de 
outros órgãos. 
“Mas por que então está errada, Ricardo? Não é competência da SECEX 
o controle administrativo do comércio exterior brasileiro?” 
Isso mesmo, a competência é da SECEX, no entanto ela atua em conjunto 
com outros órgãos da administração pública direta e indireta. A importação de 
brinquedos está sujeita, por exemplo, à anuência do INMETRO. A importação de um 
animal vivo, por sua vez, depende da autorização do MAPA (Ministério da 
Agricultura, Pecuária e Abastecimento). Entenderam isso? Falaremos mais sobre o 
assunto na próxima aula. 
II- FALSA. O desenvolvimento, a implementação e administração dos módulos 
administrativos do SISCOMEX é de competência da SECEX, que também realiza a 
coordenação da atuação dos demais órgãos anuentes do comércio exterior. 
III- VERDADEIRA. A SECEX propõe diretrizes para a política de financiamento das 
exportações, especialmente do PROEX. E quem fixa as diretrizes para essa política? 
Muito bom, sabia que você ia acertar: a CAMEX! 
IV- FALSA. Bastante interessante essa assertiva! A competência para analisar 
pedidos de redução da alíquota do Imposto de Renda nas remessas financeiras ao 
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exterior destinadas a pagamento de despesas vinculadas à promoção de produtos 
brasileiros realizada no exterior é da SECEX, mais especificamente do DEPLA. 
“Ricardo, me explica direito, que redução do imposto de importação é 
esta?” 
Uma medida de incentivo à exportação recentemente adotada pelo 
governo brasileiro e que acredito ser bastante interessante para fins de concurso 
público é a promulgação do Decreto nº 6751 no dia 05 de fevereiro de 2009. O 
exportador brasileiro que pretende promover produtos e serviços brasileiros no 
exterior terá a alíquota do Imposto de Renda zerada sobre as remessas financeiras 
destinadas a esse fim. Esse benefício incidirá sobre despesas com pesquisas de 
mercado, aluguéis e arrendamentos de estandes e locais para exposições ou feiras, 
no exterior, inclusive promoção e propaganda desses eventos e divulgação de 
destinos turísticos brasileiros. Isso representa, meus amigos, uma grande redução 
de custos com promoção comercial para o exportador. Passou a ser mais fácil para 
o nosso amigo exportador fazer sua propaganda lá fora. Guarde bem isso! Acredito 
que essa foi uma medida de desoneração fiscal de grande relevância e que poderá 
ser cobrada em prova. 
 
 
30- (Questão Inédita) - Analise os itens a seguir e atribua a letra (V) para as 
assertivas verdadeiras e a letra (F) para as falsas. Em seguida, marque a opção 
que contenha a sequência correta: 
( ) A APEX- Brasil é um serviço social autônomo que tem como principais 
objetivos estimular as exportações brasileiras e os investimentos brasileiros 
no exterior. 
( ) O MRE atua na promoção das exportações brasileiras através da 
organização de feiras internacionais e de ações voltadas para a inteligência 
comercial. 
( )Compete ao DEPLA coordenar e implementar ações e programas visando 
ao desenvolvimento do comércio exterior brasileiro, em articulação com 
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