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1.1 Introdução à gestão de custos O ser humano sempre demonstrou necessidade de registrar seus eventos. Os humanos já consideravam necessário registrar seus gastos há pelo menos 5.000 a.C. Os egípcios, em 6.000 a.C., também deixaram um riquíssimo acervo de inventário, a escrita egípcia era fiscalizada pelo fisco real e o inventário era considerado tão importante que a contagem do boi-divindade adorada por esse povo - marcava o início do calendário; Outros registros, como pagamentos de escravos, vendas diárias e pagamento de tributos, também eram controlados. Até o início da Revolução Industrial (1720-1860), a produção era basicamente artesanal; Com o mercado em expansão, as empresas foram forçadas a substituírem a produção artesanal pela mecanizada e junto veio a complexidade em estimar os fatores de produção, como matéria-prima direta, mão de obra direta, depreciação manutenção etc., e a dificuldade de levantar dados para elaborar o balanço patrimonial e o demonstrativo de resultado do exercício (DRE); Após a Revolução surgiu a necessidade de informações mais precisas, que permitissem uma tomada de decisão eficaz. Em contrapartida a oferta de produtos começou a superar a demanda e a lógica da produção capitalista se modificou, os produtos que eram padronizados com linhas de produção rígida foram sendo substituídos por linhas de produção mais rápidas e com diversidade de modelos. ● Know-how, inovação, gerenciamento e controle se faziam essenciais; ● Com a industrialização foi necessário repassar para o produto todo o custo necessário para a fabricação, assim nasceu a contabilidade de custos no processo de levar em conta o valor dos insumos mais os custos do processo de fabricação. 1.1.1 Contabilidade versus gestão de custos Sistematizar e ordenar os registros e as alterações ocorridos no patrimônio de uma entidade. Assim, surgiu as ramificações da contabilidade financeira, sendo elas: contabilidade gerencial e contabilidade de custos. QUADRO 1 A contabilidade financeira tem como objetivo o registro dos compromissos já assumidos. A contabilidade gerencial, é um relatório interno, é mais flexível, possibilita ao gestor estruturar os dados da melhor forma para extrair as informações necessárias. A contabilidade de custos, objetiva apurar os custos dos produtos e serviços vendidos e para isso, segue três princípios fundamentais: ● Competência a receita é quando "realiza"; o lucro ou o prejuízo se realiza no ato da venda. ● Uniformidade não deve ser mudado várias vezes só se for preciso, deve ser informado nos demonstrativos contábeis. ● Prudência escolher entre o valor do custo e o valor de mercado do bem ou do serviço, o menor, se tiver dúvidas na classificação entre custo de produção ou despesa do período, prevalecendo a escolha que representa redução imediata de resultado. Perceba que os princípios, facilitam a padronização da prática contábil, mas também dificultam a gestão, por ser rígida. Portanto, é necessária a elaboração de relatórios financeiros gerenciais para a tomada de decisões; A tomada de decisão com a contabilidade gerencial e de custos tem que responder essas perguntas: • Qual o desconto máximo que pode ser concedido sem comprometer a lucratividade? • Qual a margem de lucro com que cada produto ou serviço contribui para a minha empresa? • Quantos itens de determinado produto preciso vender para cobrir os custos e gerar lucro? • Existem produtos que deveriam deixar de ser comercializados? • Existem processos da produção que deveriam ser terceirizados? O mercado competitivo, tem uma infinidade de inovações tecnológicas e uma variedade de produtos dos mais diversos preços e qualidades, os projetos são modificados frequentemente, sendo necessário produzi-los da forma mais eficiente possível para não onerar os custos. A contabilidade de custos contribui para: ● Projetar produtos e serviços lucrativos e expectativas dos consumidores; ● Sinalizar os produtos ou serviços que devem ser continuados ou descontinuados; ● Auxiliar no aprendizado ou aprimoramento; ● Orientar sobre o mix de produtos e decidir sobre investimentos; ● Escolher fornecedores e negociar preços, características do produto e serviços ao cliente; ● Estruturar de modo eficaz e eficiente os processos de distribuição; 1) Qual contabilidade financeira, contabilidade gerencial e de custos? Por ser voltada para o público externo e atender às exigências legais, a contabilidade financeira dificulta o processo de análise para a tomada de decisão, pois não pode ser ajustada de acordo com OS objetivos dos gestores e da informação que se deseja extrair. Por isso, dependendo do tipo de informação necessária para a tomada de decisão, foram surgindo as ramificações. A contabilidade gerencial contribui para obter informações mais precisas e claras de acordo com as diversas áreas da empresa, quanto a contabilidade de custos contribui para o fornecimento de informações sobre os valores envolvidos na produção de produtos ou na prestação de serviços. 1.2 Definições e terminologias básicas A contabilidade de custos é um conjunto de procedimentos necessário para identificar, mensurar e informar quanto custou para a empresa a fabricação dos seus produtos ou a prestação dos seus serviços; Seu principal objetivo é a forma ção correta dos valores dos estoques e dos valores que irão compor demonstrativo do resultado do exercício (DRE) e o custo da mercadoria vendida (CMV) ou do serviço prestado (CSP); O processo pelo qual se efetua a avaliação de custos difere em relação aos segmentos das atividades econômicas pois existem variações; Na indústria o custo dos estoques de produtos acabados é composto por três grandes grupos: o de matéria-prima, o da apropriação da mão de obra utilizada no processo de fabricação e o de rateio de custos indiretos de fabricação. Na prestação de serviços a complexidade de levantamento dos custos poderá ser maior, o elemento predominante será a mão de obra utilizada, não podemos valorizar um "estoque de serviços" não existe um padrão para mensuração dos custos, vai depender do setor econômico e de empresa para empresa; Custos também são definidos como sacrifício financeiro, a abordagem sistêmica a empresa é entendida como um sistema aberto que processa os recursos que entram (inputs) para dar saída a produtos ou serviços (outputs); Os custos são a mensuração econômica dos recursos necessários para a atividade produtiva; O se que serão utilizadas na tomada de decisões: Fins de contabilização dos estoques, formação preço de venda, estabelecer parâmetros de produção, apurar o resultado do exercício e a lucratividade, avaliação de desempenho, controle operacional, obter dados para orçamentos, análise de alternativas, planejamento, o controle e a tomada de decisão gerencial. É necessária para o cumprimento da legislação em vigor e das exigências legais e fiscais, custo se refere tanto aos custos quanto às despesas, gastos é utilizado quando não há necessidade de especificar. ● Lei n. 6.404/1976 - Lei das Sociedades Anônimas- artigo 183: serão avaliados pelo custo de aquisição ou produção, ao valor de mercado, quando este for inferior. ● Lei n. 10.406/2002- artigo 1.187: podem ser estimados pelo custo de aquisição ou de fabricação, ou pelo preço corrente, sempre que este for inferior ao preço de custo, o preço corrente ou venal estiver acima do valor de custo ou fabricação, e os bens forem avaliados pelo preço corrente, a diferença entre este e o preço de custo não será levada em conta para a distribuição de lucros. (Valor venal é estabelecido pelo Estado para o preço dos imóveis). ● Decreto n. 9.580/2018- Dos critérios para avaliação de estoques: Art. 304. Ao final de cada período de apuração do imposto, a pessoa jurídica deverá promover o levantamento e avaliação dos seus estoques. Art. 305. As mercadorias, as matérias-primas e os bens em almoxarifado serão avaliados pelo custo de aquisição. Art. 306. Os produtos em fabricação e acabados serão avaliados pelo custo de produção. * contribuinteque mantiver sistema de contabilidade de custo integrado e coordenado com o restante da escrituração poderá utilizar os custos apurados para avaliação dos estoques de produtos em fabricação e acabados. 52° Considera-se sistema de contabilidade de custo integrado e coordenado com o restante da escrituração aquele: I- apoiado em valores originados da escrituração contábil (matéria-prima, mão de obra direta, custos gerais de fabricação); II - que permite determinação contábil, ao fim de cada mês, do valor dos estoques de matérias-primas e outros materiais, produtos em elaboração e produtos acabados; III- apoiado em livros auxiliares, fichas, folhas continuas, ou mapas de apropriação ou rateio, tidos em boa guarda e de regis- tros coincidentes com aqueles constantes da escrituração principal; IV que permite avaliar os estoques existentes na data de encerramento do período de apropriação de resultados segundo os custos efetivamente incorridos. ● Art. 307. O valor dos bens existentes no encerramento do pe- ríodo de apuração poderá ser o custo médio ou o dos bens adquiridos ou produzidos mais recentemente, base no preço de venda, subtraída a margem. A contabilidade de custos tem exigência legal e tributária, não confunda contabilidade gerencial ou somente para fins de informações internas. 1.2.1 Classificação de gastos, custos e despesas Gastos ou dispêndios: É o desembolso em dinheiro, sacrificado para produtos e serviços que espera que tragam um benefício atual ou futuro para empresa. Trata-se de qualquer gasto como investimento, custo ou despesa; Investimentos: são o gasto alocado em função da vida útil de bem ou de benefícios atribuíveis a futuros períodos (máquinas e equipamentos, permanente); Despesas: todo gasto incorrido após o produto sair do processo produtivo ou da finalização do serviço prestado; Perdas: é o gasto involuntário, matéria-prima inútil; Desperdício: é o gasto que não agrega valor do ponto de vista do cliente, como os gastos com retrabalho; Depreciação, amortização e exaustão direta: é a perda de valor dos bens imobilizados, intangíveis, diretamente relacionados com a produção dos produtos ou serviços. Depreciação, amortização e exaustão indireta: é a perda de valor dos bens imobilizados e intangíveis que não estão diretamente relacionados com a produção dos produtos ou serviços. Por que é necessário que as empresas, independentemente do setor econômico, tenham uma boa gestão de custos? Uma gestão de custos eficiente auxiliará o gestor a tomar melhores decisões com base no conhecimento do custo unitário e total de epe produto vendido, bem como facilitará o processo de precificação. 1.3 Classificação de custos Custo direto: é a soma dos gastos aplicados ou consumidos na produção de bens ou na prestação de serviços; Custo indireto: é difícil de atribuir ao produto por estar presente no processo produtivo global; portanto, utiliza-se de critérios de rateios para apropriação; Custo direto ou primário: é apropriado de modo objetivo e direto no cálculo dos produtos fabricados ou do serviço prestado; Custo de transformação: consiste no esforço gerado para obter o produto ou prestar o serviço; Custo contábil, fabril ou total: inclui todos os custos diretos e indiretos; Custo integral ou gasto total: inclui todos os custos diretos e indiretos, bem como as despesas; Custo da mercadoria vendida (CMV): é determinado para operações mercantis; na operação industrial é chamado de custo dos produtos vendidos (CPV), e nas operações de serviços custo dos serviços prestados ou vendidos (CSP ou CSV). É a etapa final do processo de formação de custos, pois diz respeito à saída dos estoques da empresa para o comprador; Custo de oportunidade: representa o valor da melhor alternativa em detrimento da alternativa escolhida; Lucro: é o resultado que, após deduzidos os custos e as despesas, pode ser exemplificado pela equação: L=R-C-D L = lucro R = receita C = custo D= despesa Compreendermos também como se dá o todos custos direto e indireto para formar o custo da mercadoria vendida (CMV) ou o custo do serviço prestado (CSP); O valor identificado como custo irá compor a conta CMV ou CSP; A classificação com relação ao volume produzido geralmente é feita da seguinte forma: fixo, variável, semifixo e semivariável. Fixo: são os custos que não se alteram conforme aumenta ou diminui quantidade produzida. Não importa se a empresa produz ou não; Variável: são os custos nos quais o valor total é alterado de acordo com o aumento ou a queda da quantidade produzida; Semifixo: custos que até determinado nível são fixos, mas se esse nível for excedido, passam ser variáveis; Semivariável: são os custos que se mantêm fixos dentro de certos níveis de quantidade produzida, contudo vão evoluindo "aos saltos", pois não acompanham linearmente os custos de produção; Despesas fixas: Não se alteram em função do volume de vendas.Se a empresa em determinado mês faturou mais ou menos em relação a outros períodos, a despesa fixa permanece inalterada. (Ex. Salário vendedores) Despesas variáveis: Alteram-se de acordo com o volume de vendas.Se a empresa em determinado mês faturou mais ou menos em relação a outros períodos, a despesa variável vai variar na mesma proporção. (Ex. Fretes) As despesas podem ser desmembradas de várias formas, como: despesas administrativas, despesas financeiras, despesas comerciais, despesas operacionais, despesas com depreciação; Quais critérios devem ser seguidos para identificar e classificar os custos e as despesas? Primeiramente, é preciso se perguntar se os gastos foram destinados ao sistema produtivo como custo fixo direto ou indireto; dutivo ou não Caso tenham sido, são classificados do contrário, serão classificados como despesas fixas ou variáveis. 2. Modelo decisório de custos 2.1 Fundamentos e principais métodos de custeio Métodos de custeio, ou custeamento, são utilizados para a tomada de decisão de custos adotada pelos gestores das empresas, o caminho percorrido para encontrar o custo unitário de produtos ou serviços precisa de informações dos relatórios financeiros; Precisa de um método de custeio deve ser adequada aos objetivos da empresa, que traga informações não só de custo do produto, mas também de rentabilidade de forma objetiva e sistemática; O funcionamento da empresa pode ser visto como um processo que transforma insumos em produtos; É necessário identificar "o que" e "quanto" compõem cada custo e a participação desses associados em cada produto ou serviço. Os métodos de custeio podem ser observados sob dois aspectos: o princípio, ou o tratamento das informações, e o método, sendo aquele que viabiliza a operacionalização do princípio, ou seja, vai decidir quais informações são importantes e como serão obtidas. Na teoria das restrições, os gastos considerados para custeio são os variáveis. (matéria-prima, frete embalagens, comissões sobre as vendas). O custo da mão de obra direta não faz parte do custo unitário nessa teoria; Método de custeio variável ou direto reconhece a mão de obra direta como custo variável, já que no médio e longo prazo esse gasto apresenta variabilidade em relação ao volume produzido; O método de custeio por absorção é o utilizado no mundo, pois é determinado pelas práticas contábeis Internacionais. No Brasil, é obrigatório para fins de avaliação de inventários e de tributação do imposto de renda. Os custos diretos e indiretos são apropriados ao custo unitário; Método de custeio ABC é uma alternativa ao custeio integral, pois reconhece tanto os custos diretos e indiretos quanto às despesas administrativas, comerciais, entre outras. É o mais racional ao considerar as atividades dos setores indiretos e depois fazer a distribuição dessas atividades para formar os custos unitários dos produtos e serviços da empresa. No entanto, não reconhece as despesas financeiras; Método RKW considera todos os gastos para apropriação do custo unitário, inclusive os financeiros, todos os custos de operação, comercialização, além dos administrativos efinanceiros, devem ser canalizados para o custo dos departamentos ou setores diretos, assim os custos dos departamentos ou setores diretos; Os métodos de custeio podem ser observados sob dois aspectos. Cite e explique cada um deles. 2.2 Custeio por absorção ou integral Derivado dos princípios fundamentais da contabilidade, desenvolvido na Alemanha, no início do século XX, conhecido como Reichskuratorium für Wirtschaftlichkeit (RKW). Segue os princípios fundamentais da contabilidade, sendo obrigatório para todas as empresas; Um critério de rateio para apropriação dos custos indiretos quando houver mais de um produto ou serviço, é o mais adequado para a empresa; É o critério legal exigido no Brasil, nem sempre é útil como ferramenta de análise para tomada de decisão, por ter distorções ao distribuir os custos aos diversos produtos e serviços, influência direta do volume de produção; Ao utilizar como critério para rateio há um cálculo: 1º identificamos quanto a mão de obra consumida para cada produto representa da mão de obra total 2° Pegamos o valor total do custo indireto de e fizemos a distribuição para cada produto de acordo com a participação de gastos. 3° Identificado o custo total (material direto, mão de obra indireta e custo indireto), chegamos ao custo total de $ para produto A e $ para o produto B. E para encontrar o custo unitário é necessário dividir a quantidade produzida de cada pelo seu custo total: Produto A= $/$ = R$→ custo unitário Produto B = $/$ = R$→ custo unitário 2.3 Custeio direto ou variável Apenas os custos variáveis são relacionados aos produtos, e o custo fixo é considerado custo do período, será a soma do custo variável, dividida pela produção correspondente, sendo os custos fixos considerados diretamente no resultado do exercício; A empresa precisa produzir o máximo possível para diluir esses custos. Sendo assim, os únicos custos relevantes são os variáveis; Por sua restrição fiscal e legal, sua utilização implica a exigência de dois sistemas de custos: ● O sistema de custo contábil (absorção ou integral), para atender às normas legais; ● Um método de custeio paralelo, separando os custos fixos e variáveis; Há possibilidade de efetuar separação do custeio direto na contabilidade, segregando-se todos os custos em categorias específicas, ex.: Mão de obra de produção: Mão de obra de produção - Variável, Mão de obra de produção - Fixa. Gastos gerais de fabricação: manutenção - variável e manutenção - fixa. Desde que o sistema de acumulação seja a soma dos custos fixos e variáveis, não há que se opor a essa sistemática de separar os valores para utilização gerencial. Algumas características essenciais do método de custeio variável são: ● Divisão dos custos em dois grupos principais: fixos e variáveis; ● Custo final dos produtos é a soma dos custos variáveis; ● Custos fixos são considerados integralmente nas contas de resultado. Margem de contribuição é a contribuição monetária de cada produto ou serviço para cobertura dos custos e da despesas fixas) Pode ser encontrada na aplicação da seguinte equação: A empresa que utilizar a apuração de custos pelo sistema direto de custeio deverá ajustar os cálculos de maneira que não distorça o método de absorção, tratando de preservar as informações sobre custos fixos e sua distribuição nos cálculos. Então, uma conta de estoques, por exemplo, deverá prever duas subcontas distintas, para que a somatória delas com- ponha o custo final do produto, desta forma: Estoques-Produtos acabados - Custo variável Estoques-Produtos acabados - Custo fixo (=) Estoques - Produtos acabados 2.4 Custeio Padrão O custeio padrão consiste na técnica de prefixar antes do início da produção o custo para cada produto ou serviço prestado, com base no histórico ou nas metas a serem conquistadas pela empresa. Os principais tipos de custeio padrão são: ● Custo-padrão corrente ou standard: é o custo que leva em consideração o histórico de custo de períodos anteriores. A empresa considera inclusive as perdas normais que ocorrem no processo; ● Custo-padrão ideal: é o custo que a empresa deseja alcançar em condições normais de eficiência do uso dos seus recursos, para ser usado como parâmetro de longo prazo. Os desperdícios são reduzidos ou eliminados para se chegar na condição ideal; O custeio padrão é importante para a gestão de custos, pois permite a comparação com os custos reais, apresentando as melhorias ou falhas que ocorrem no processo produtivo; Para que cumpra o seu de subsidiar a gerência com informações a respeito do comportamento dos custos, quanto maior for o detalhamento em cada etapa do processo, atribuindo os padrões em quantidade e valores, maior será a facilidade de a empresa verificar os pontos falhos; Quando o custo-padrão é superado, o custo-efetivo (custo que ocorreu no período) passará a ser o custo-padrão para os próximos exercícios; Ométodo de custeio padrão é indicado quando a fábrica trabalha com grandes quantidades de produtos homogéneos ou lotes, ou quando produz grandes quantidades de itens similares; O custo-padrão não pode ser classificado nem como prin- cípio nem como método, ele é um referencial, criado para comparação; O objetivo é que o custo efetivo seja pelo menos igual ao custo-padrão, contudo, caso não seja, deve-se adotar medidas corretivas. ✓ A variação do preço de custo-padrão pode ser representada da seguinte maneira: 4% do preço de custo-padrão= (preço de custo-efetivo - preço de custo- -padrão) x quantidade-padrão A variação na quantidade de matéria-prima utilizada é a diferença entre o consumo-padrão previsto e o consumo-efetivo identificado. A variação da quantidade pode ser representada como segue: ∆% da quantidade = (quantidade-efetiva - quantidade-padrão) x preço-padrão A variação conjunta é um misto das variações de preço de cu e quantidades; é o produto das diferenças. Pode ser representada como segue: ∆% conjunta = (preço de custo-efetivo - preço de custo-padrão) x (quantidade-efetiva - quantidade-padrão) Ao utilizar o custo-padrão, o gestor poderá definir um custo-padrão como referência para a análise dos custos, apurar o custo-efetivo incorrido e analisar a variação ocorrida entre o custo-padrão e o efetivo e dá acesso a informações para negociação de preços, permite acompanhar os estoques de produtos acabados e em elaboração bem como o monitoramento da operações, da avaliação de desempenho, da identificação de gargalos ou pontos de ineficiências; 2.5 Custeio baseado em atividades (ABC) Na sua primeira versão é definido como um método de custeio que procura reduzir as distorções provocadas pelo rateio arbitrário dos custos indiretos, aumentando sua importância em relação aos custos diretos, já que estes são mais fáceis de serem identificados; Ele separa os custos indiretos de acordo com a atividade realizada, os custos indiretos são repassados para as atividades independentemente do local onde o serviço é prestado ou o produto é fabricado; A segunda versão do custeio ABC foi realizada para possibilitar a análise de custos sob duas visões: a primeira fornece os mesmos dados da versão tradicional do custeio ABC, e é uma visão econômica que apropria os custos aos objetos de custeio por meio das atividades realizadas em cada centro de custos; e a segunda visão, no aperfeiçoamento de processos, capta os custos das atividade realizadas nos vários departamentos existentes, reconhecendo que o processos são formados por uma sequência de atividades. Esse reconhecimento permite que os processos sejam analisados, custeados aperfeiçoados com bom desempenho na execução das atividades, Exemplificando, o que consome bens e serviços dentro da empresas são as atividades, e não os locais de trabalho; Os conceitos de direcionadores de custos, atividade, direcionadores de atividades e processo: ● Direcionadores de custos: parâmetros de atividades por meio dos quais são identificados e avaliados os recursos gastos em uma determinada atividade ou serviço. ● Atividade: qualquer açãoque consome recursos da empresa sendo composta por um conjunto de tarefas necessárias ao bom desempenho do negócio. Uma atividade pode ser entendida como uma combinação de recursos humanos, materiais e financeiros para produzir os bens e serviços. ● Direcionador de atividades: parâmetros por meio dos quais são identificadas e avaliadas todas as atividades consumidas no desenvolvimento de um processo. ● Processo: conjunto de atividades relacionadas e coordenadas nas quais são consumidos recursos visando à obtenção de resultados. As fases para implantação do custeio ABC: 1. Identificar as atividades dos setores indiretos. 2. Escolher o melhor direcionador de custo (cost driver) de cada atividade. 3. Quantificar periodicamente as quantidades dos direcionadores realizados pelas atividades. 4. Mensurar quanto se gasta periodicamente para realizarem atividades. 5. Custear unitariamente cada atividade. 6. Identificar a quantidade de direcionadores de cada atividade consumida por cada produto ou serviço. 7. Mensurar quanto se gasta periodicamente para realizarem atividades. Qual é o principal benefício de o gestor ter uma visão dos processos da empresa adquirida pelo custeio ABC? 2.6 O melhor método de custeio O método de custeio direto ou variável, é o melhor para propósitos de tomada de decisão para fornecer informações sobre o custo unitário de produtos e um dos métodos de custeio mais conhecidos e utilizados pelas empresas industriais e de prestação de serviços por ser simples e objetivo; Flexibilidade nas tomada de decisões sobre preços de venda e lucro dos produtos ou serviços; Ao utilizar outros métodos de custeio, a empresa pode perceber que alguns produtos apresentam prejuízo; por exemplo, no custeio por absorção, que considera somente os custos fixos, e no método ABC, que além dos custos fixos considera também as despesas; Pelométodo do custeio direto, isso não acontece, pois ele trabalha com conceito de margem de contribuição (PV-CV); Devido ao fato de o custeio por absorção ser exigido por práticas internacionais e pela legislação tributária, as empresas acabam tendo uma tendência a utilizar outros métodos de custeio para análise gerencial, eles devem ser utilizados com cautela; Em empresas comerciais quanto em industriais o método do custeio variável ou direto é recomendado para o processo de tomada de decisão; Quais são as principais características do método de custeio direto ou variável? No que eles se diferenciam do custeio por absorção? 3. Método dos centros de custos 3.1 Centros de custos, de lucro e de investimentos Os centros de custos é que processa a informação que coleta e recebe dados monetários e não monetários, externos e internos para analisar e gerar informações gerenciais de custos e lucros; Um centro de custos homogêneo influencia diretamente qualidade da alocação dos custos aos produtos ou serviços; O método de centros de custos permite a cada centro repassar por meio do rateio seu custo total aos demais centros de custos que tenham utilizado os seus recursos para, serem transferidos aos produtos ou serviços por unidades de trabalho; Os centros de custos podem ser classificados, por exemplo, em: almoxarifado, compras, administrativo, manutenção, refeitório, vigilância; Existem os centros diretos e indiretos, é que os centros diretos trabalham diretamente na elaboração do produto ou na prestação de serviços, enquanto os indiretos prestam apoio aos centros diretos e à empresa no âmbito geral; ✓ Exemplo de centro de custos de uma indústria: DIRETO 1. Produção 1.1 Manutenção 1.2 Depreciação 13 Manutenção e limpeza 1.4 Energia INDIRETO 2. Administrativo 2.1 Material de escritório 3. Comercial 3.1 Comissão 3.2 Marketing e propaganda Cada indústria pode ter um centro de custos com: Cada um de seus departamentos de produção; Cada um dos departamentos de serviço ou de suporte dentro de uma unidade de produção, como o departamento de manutenção e o de controle de qualidade; Departamentos gerais, de vendas e administrativos de uma empresa, como o departamento de recursos humanos, comercial, jurídico, de contabilidade etc; ✓ Exemplo de centro de custos do comércio: DIRETO 1. Loja 1.1 Salários e comissões 1.2 Depreciação 1.3 Manutenção e limpeza 1.4 Energia INDIRETO 2. Administrativo 2.1 Material de escritório 3. Comercial 3.1 Comissão 3.2 Marketing e propaganda A separação de centros de custos pode ser feita níveis e subníveis; quanto mais detalhado, melhor; Os procedimentos do método dos centros de custos podem ser sintetizado em cinco etapas: 1. Separar os custos em itens. 2. Dividir a empresa em centros de custos. 3. Fazer a distribuição primária, ou seja, a identificação dos custos com os centros de custos. 4. Fazer a distribuição secundária, isto é, distribuir os custos dos centros indiretos aos diretos. 5. Fazer a distribuição final, que significa distribuir os custos dos centros diretos aos produtos. A primeira etapa consiste na separação dos custos que apresentam naturezas diferentes segunda etapa, a empresa deve ser dividida em centros de custos na terceira etapa é preciso fazer a distribuição primária, ou identificação dos custos com os centros de custos na quarta etapa é feita a distribuição dos custos dos centros de custos indiretos aos diretos na quinta etapa é feita a distribuição final dos custos aos produto. Uma das vantagens na aplicação do método de Centros de custos é que a informação de custos gera uma visão de longo prazo, planejar, organizar e analisar, contribuindo para uma gestão eficaz e racional; Liste e explique as cinco etapas para implantação de um centro de custos. Ao ser utilizado para alocação dos custos indiretos ao produto ou ao serviço, gera um custo padrão para o controle dos custos diretos; Dividir uma empresa em centros de custos permite ao gestor ter uma visão sistêmica dos custos na empresa, pois é possível determinar onde os custos incorrem, facilitando o planejamento e o controle no centro de custos; É uma divisão departamental de atribuição e alocação de custos, incluindo várias unidades de atividades exigidas em uma indústria, um comércio ou um serviço, gera custo, mas não gera receita; O objetivo principal de um pool de custos é criar um departamento, uma divisão ou unidade identificável de maneira direta em uma empresa, no qual os gerentes envolvidos serão responsáveis por todos os seus custos associados e por garantir o cumprimento dos orçamentos da organização, de modo indireto, apoia a lucratividade de uma empresa ao melhorar a eficiência operacional, o que resulta em melhor atendimento ao cliente ou em um aumento no valor do produto. Por outro lado, contribui também para a alta administração entender melhor a utilização de recursos, o que eventualmente a ajudará a utilizar os recursos de maneira eficaz, o pool de custos fornece informações relevantes para melhorar a eficiência operacional e maximizar o lucro; Vamos conhecer alguns termos relacionados ao pool de custos: Centro de responsabilidade auxilia na preparação do orçamento, que pode ser anual, semestral ou mensal; O centro de lucro é uma divisão organizacional responsável por controlar a receita e o custo dos produtos produzidos ou serviços prestados e o lucro, os gerentes planejam, controlam e tomam decisões quanto às suas unidades, utilizando os indicadores de custos; Ambos os centros, no entanto, precisam de informações mais detalhadas; Centro de investimento é responsável pela alocação do capital em projetos. Os investimentos são avaliados em termos de desempenho na forma como utilizam os recursos financeiros da empresa, existem alguns indicadores que auxiliam na avaliação dos centros de investimentos, como o retorno sobre o investimento, ou Return on Assets (ROA): ROA= (Lucro líquido) (Ativo total) 0 resultado deve ser comparado com outras empresas do setor e com os objetivos de rentabilidade da empresa; Por que os controles internos, como centros de custos, lucro e investimentos, são tão importantes para a empresa?3.1.1 Método RKW Trata-se do rateio dos custos de produção e de todas as despesas da empresa (custeio pleno) a todos os produtos; Por meio da estrutura organizacional é possível identificar quais são os centros de custos da empresa, visto que nela são alocados os custos para posterior apropriação aos produtos; O gestor poderá ter os valores dos custos de produção dos produtos e serviços prestados e, consequentemente, os valores de venda após agregar o lucro desejado; É ser de simples aplicação e fornecer informações completas de custos, considera todos os gastos da empresa, custos e despesas na apropriação aos produtos ou serviços prestados e permite ao gestor comparar o preço de venda praticado com o custo pleno, o monitoramento e a avaliação da lucratividade; Nem sempre os critérios utilizados para a realização dos rateios são os mais justos, podendo trazer algumas distorções; o método não leva em consideração a elasticidade da demanda, nem a concorrência para comparação do seu desempenho de custos, não há distinção entre os custos fixos e variáveis; As implicações do RKW são puramente gerenciais, contribuindo para monitorar a eficiência dos processos de fabricação dos produtos, a lucratividade desses processos, a mensuração do preço de transferência e a avaliação do desempenho do departamento e dos gestores. 3.2 O processo do target costing (custo-alvo) e o custeio de Kaizen Identificar o custo-alvo, o posicionamento estratégico do produto deve estar em coordenação com o planejamento estratégico da empresa, omercado já assumiu o preço de venda para o produto ou serviço a princípio, não é passível de alteração, restando para a empresa administrar seus custos operacionais para obter a rentabilidade desejada; O mix de produtos ou serviços já foi determinado e as informações sobre os atributos deles bem como os preços que os consumidores estão dispostos a pagar foram coletados por meio de uma análise de mercado, é o custo objetivo que a empresa deseja alcançar; O custo-alvo começa com a pergunta: qual deve ser o custo de um produto? Na teoria, essa pergunta pode ser respondida pela seguinte equação: Preço de venda (unit) - Lucro-alvo(unit) = Custo-alvo Em que: ● O preço de venda é o preço de venda de mercado unitário; ● O lucro-alvo é a margem mínima unitária de lucro desejada; ● O custo-alvo é o custo unitário do produto ou do serviço. 3.2.1 O custeio Kaizen O Método do custeio tem como objetivos manter os níveis correntes de custo para os produtos industriais e reduzir esses custos em todas as etapas da manufatura, eliminando a diferença entre lucro-alvo e lucro-estimado, complemento do custeio-alvo; Enquanto o custeio kaizen é aplicado após os produtos ou serviços entrarem em fase de produção; O custeio kaizen projeta alvos de redução de custos periodicamente para eliminar diferenças entre lucro-alvo (orçado) e lucro-estimado; estabelece atividades de melhorias contínuas (kaizen) durante todo o período para atingir as reduções de custo-alvo; propicia análises de comparação entre custo-alvo e custo-real; e possibilita monitorar e tomar ações corretivas quando as reduções de custo-alvo não são atingidas, atividade de redução de custos para cada produto e atividades de redução do custo de cada período. Tem 2 tipos: atividades de custeio kaizen específicas por departamento ou fábrica; ● Atividades de custeio kaizen específicas por departamento ou fábrica; ● Atividades de custeio Kaizen específica por tipo de produto, trabalhadas como projetos especiais com ênfase na análise do valor; Objetiva reduzir os custos para um nível inferior aos do custo-padrão, fazendo modificações nas condições de manufatura sempre que necessário para isso; As desvantagens: os ganhos são somente a longo prazo, pois o processo de redução de custos demanda tempo e recursos, o foco de redução dos custos está nos custos variáveis, aplicação em empresas com mais custos fixos; Comparativo entre o custeio-alvo e custeio Kaizen: Explique detalhadamente a diferença entre a aplicação do target costing e do kaizen. 3.3 Redução de custos com a gestão de riscos operacionais Gestão do risco, o conceito de risco vai além, porque inclui tanto os resultados indesejáveis quanto os resultados almejados, que seriam o retorno acima do esperado, conceito de risco é definido como eventos futuros incertos, que podem influenciar o alcance dos objetivos estratégicos, operacionais e financeiros da organização, o foco seria "manter um processos sustentável de criação de valor, para os acionistas, uma vez que qualquer negócio sempre está exposto a um conjunto de riscos. Para a gestão de risco é necessário criar uma "arquitetura informacional" para monitorar a exposição da empresa ao risco. Para isso, o autor sugere a análise dos ambientes externo e interno; Ambiente externo, o gestor precisa estar atento aos fatores que mais impactam o seu negócio, por exemplo: flutuações nas taxas de juros, câmbio, emprego e desemprego, inovações financeiras e avanços tecnológicos; Ambiente interno, pode-se observar a complexidade da estrutura organizacional, a natureza das atividades da empresa, a qualidade dos produtos e serviços e a rotatividade do pessoal; Os riscos são classificados como riscos de mercado, de crédito, de liquidez, operacionais e legais, e podem ser provenientes dos seres humanos, do governo, de guerras ou de fenômenos naturais imprevisíveis. Risco operacional, uma medida das possíveis perdas em uma instituição caso seus sistemas, práticas e medidas de controle não sejam capazes de resistir a falhas humanas ou situações adversas de mercado; Classificam 16 tipos de risco operacional em quatro subáreas, relacionando-os à proteção do patrimônio, segurança das informações, administração dos recursos humanos ou aos riscos provocados pela atividade-fim da organização e suas estratégias. São eles: ● Riscos relacionados à proteção patrimonial: risco de overload, de obsolescência, de equipamento e de catástrofe. ● Riscos relacionados à segurança das informações: risco de presteza, de confiabilidade e de modelagem. ● Riscos decorrentes diretamente da administração dos recursos humanos: risco de erro não intencional, de fraudes e de qualificação. ● Riscos provocados pela atividade-fim da organização e suas estratégias: risco de produtos e serviços, de regulamentação, de liquidação financeira, de concentração, de imagem e risco sistêmico. O risco operacional é bem amplo e abrangente, devido à grande quantidade de situações a que as entidades estão expostas do ponto de vista operacional. As principais ferramentas utilizadas por instituições financeiras, e que podem ser adaptadas a outros segmentos são: Mapeamento de risco: cada uma das unidades da empresa responsável por relacionar as atividades envolvidas em seus processos por tipo de riscos, monitorar a correta execução em possíveis ameaças; Autoavaliação de risco: O diretor de risco operacional deve coordenar reuniões periódicas do comitê de risco operacional, com o intuito de assegurar que a ferramenta de autoavaliação está sendo utilizada de maneira correta; Indicadores de risco: são estatísticas ou medidas que permitem inferir o nível de risco ao qual a empresa está exposta, revistos periodicamente, a rotatividade do pessoal é um indicador que permitiria medir o aumento ou a diminuição do potencial de risco; Limites ou níveis de tolerância: estão atrelados aos indicadores de risco, os limites são excedidos, alertam os gerentes para potenciais problemas em determinada área; Balanced Scorecard: permite à instituição atrelar medidas qualitativas e quantitativas a objetivos predefinidos. Por meio do uso de scorecards, compara desempenhos. 4. Análise de custo-volume-lucro 4.1 Margem de contribuição É o que sobra para cobrir os custos fixos e gerar lucro após se ter retirado do preço unitário o custo e a despesa variável unitária, o total é a diferença entre a receita líquida total e os custos e despesas variáveis totais e pode ser aplicada tanto a produtos quanto a serviços;Simplificando: Se a margem de contribuição for negativa, a empresa perderá dinheiro e precisará decidir entre tentar reduzir o custo ou aumentar o preço, se o mercado comportar. Se um produto tem uma margem de contribuição positiva, valerá a pena mantê-lo mesmo se o lucro líquido, apurado pelo DRE, for negativo, pois ele contribuirá para amortizar os custos fixos e gerar lucro; É calculada por um analista de custos, pois é complexo e demorado; Vale ressaltar que não são somente as grandes empresas que deveriam se esforçar para calcular a margem de contribuição, mas todas as empresas, independentemente do seu setor e porte, deveriam analisar a margem de contribuição. É uma visão crítica do lucro, em grande parte, porque força o gestor a entender a estrutura de custos do produto, da empresa ou do negócio; A categorização dos custos influencia a margem de contribuição, pois alguns não se enquadram perfeitamente no intervalo entre fixo e variável, sendo considerados semivariáveis. Os custos de uma nova máquina no processo produtivo, será um custo variável, pois produzirá mais, mas também um custo fixo, já que não varia de acordo com a quantidade produzida, os salários também contam. 4.2 Ponto de equilíbrio operacional, econômico e financeiro Ponto de equilibrio ou break-even point é avaliar a relação entre custo fixo, custo variável e lucro no curto prazo, que ponto um investimento irá gerar um retorno positivo, volume de vendas necessário para cobrir todos os custos, no qual o lucro é nulo; A receita total é o volume financeiro que a empresa captou com a venda dos bens ou serviços, podendo ser resumida como: Receita total = preço de venda unitário x quantidade Os custos fixos ocorrem após a decisão de iniciar uma atividade empresarial, já os custos variáveis alteram de acordo com o volume de produção. Podem ser resumidos como: Custo variável total = custo variável unitário x quantidade Custo total custo variável total + custo fixo total O ponto de equilíbrio operacional (PEO) ou contábil, que é quando a empresa alcança um nível de vendas que não ocasiona lucro nem prejuízo, ou seja, o lucro é igual a zero; O ponto de equilíbrio, isto é, quanto a empresa precisa vender para não ter lucro nem prejuízo: A análise do ponto de equilíbrio presume que: ● O preço de venda, o custo variável e a eficiência da produção são constantes; ● Há somente um produto ou serviço; ● Os estoques não apresentam oscilação significativa de período a período. Um aumento no preço de vendas diminui o ponto de equilíbrio das vendas, um aumento no custo variável aumenta o ponto de equilíbrio das vendas; um aumento no custo fixo aumenta o ponto de equilíbrio das vendas; A principal vantagem da análise do ponto de equilíbrio é determinar a relação entre custo, volume de produção e lucro, podendo ainda determinar o efeito sobre o lucro causado por flutuações nas vendas, nos custos, e mudanças na relação entre custo fixo e variável. O ponto de equilíbrio econômico (PEE), é considerado na soma dos custos e despesas fixas o custo de oportunidade referente ao capital próprio; O ponto de equilíbrio financeiro (PEF), os custos considerados são apenas os desembolsáveis; ou seja, as despesas não desembolsáveis, como depreciação, não devem ser consideradas; A análise do ponto de equilíbrio também pode ser usada para dere minar a viabilidade econômica de uma proposta de investimento, pois facilita a formação do preço de um produto ou serviço; Explique as características dos três tipos de porta de equilíbrio ponto de equilíbrio operacional econômico e financeiro. Explique por que um aumento no valor do custo fixo afeta o ponto de equilíbrio operacional e margem de contribuição unitária do produto ou serviço. 4.3 Margem de segurança A margem de segurança é um nível de vendas acima do ponto de equilíbrio. É importante para estabelecer até quanto as vendas podem cair antes de entrar no ponto de prejuízo, quanto maior a margem de segurança, mais afastada estará do ponto de equilíbrio; A margem de segurança é identificada com base na seguinte equação: O que faz o ponto de equilíbrio alterar? São as variações em pelo menos três elementos que compõem sua equação: preço de venda, custo variável unitário e custo fixo. Portanto, a margem de segurança é utilizada para tomar decisões sobre oportunidades de negócios e mudanças no portfólio de produtos; Explique a diferença da margem de contribuição e da margem de segurança. 5. Formação do preço de venda 5.1 Modelos de decisões de preços O objetivo da empresa e em qual estrutura de mercado ela está inserida: monopólio, oligopólio, concorrência perfeita ou concorrência monopolista; Monopólio é quando há no mercado uma única empresa que oferece determinado produto ao qual não há substitutos (Petrobras); Oligopólio quando há no mercado um número pequeno de vendedores que concorrem entre si, elas têm poder sobre o preço (Montadores de carros); Concorrência perfeita é quando há muitos vendedores e, por isso, o produto não tem diferenciação, não possuem poder sobre o preço (produtos agrícolas); Concorrência monopolista, há muitos vendedores, mas o produto de cada vendedor tem algum diferencial na mente dos consumidores (McDonalds); Precisamos definir qual a estrutura de mercado a empresa está inserida: Modelos orientados pela teoria econômica: têm como pressuposto a racionalidade plena e o acesso total às informações disponíveis, com o conhecimento pleno da curva de demanda e custos, é de que quem faz o preço é o mercado, por meio de demanda e então não temos um modelo de cálculo de precificação específico para oferta; Modelos orientados pelos custos: o preço é formado com base no levantamento unitário dos custos, sendo adicionada uma margem de lucro, considera o preço com que o mercado está atuando como o máximo que a empresa pode atribuir a seus produtos, portanto o fator fundamental para a formação dos custos e das despesas é o preço de mercado; Modelos orientados pelo mercado: A empresa considera a demanda pelo produto, a concorrência e o valor percebido pelo consumidor, é por valor; Na abordagem de precificação por valor, é importante diferença nos dois conceitos: Preço: Perspectiva interna. É o valor monetário de um produto ou serviço (objetivo). Valor: Perspectiva externa. É o preço que o mercado está disposto a pagar de acordo com a utilidade que ele percebe no produto ou serviço (subjetiva). O lucro é o valor que a empresa deseja obter depois que pagou todos os gastos de fabricação do produto ou da prestação do serviço, conforme a seguinte equação: Lucro = quantidade vendida x preço - custos Precificação é o conjunto de atividades ou processos de atribuir preços aos produtos e serviços tendo como base referencial o valor percebido pelos consumidores, mais do que em custos de produção e comercialização, para obtenção da maior rentabilidade da empresa; O preço de venda é o elementomais importante para gerar lucro à empresa e deve receber o maior cuidado, além de gerar lucro para a empresa, precisa atrair os consumidores quanto ao valor percebido, objetivo é criar valor para o consumidor; 4 níveis de expectativa e valorização por parte dos consumidores: elementares, básicos, esperados e desejáveis. Para encontrar respostas sobre cada uma, é importante fazer as seguintes perguntas, que são: ● O que é considerado, por parte dos consumidores, elementar e básico com relação ao valor percebido? ● O que é esperado pelos consumidores? ● O que é desejado pelos consumidores? ● O que pode ser feito pela empresa para exceder o valor percebido? As respostas a esses questionamentos devem ser claras para que a empresa ajuste sua estratégia e para evitar que assuma políticas de precificação ineficazes. Um desconto pode ser classificado como uma redução no preço ao ser subtraído da tabela de preços, resulta no preço de mercado os seguintes tipos: desconto por quantidade comprada; desconto sazonal, durante períodos de baixa demanda; desconto comercial, geralmente oferecidopara revendedores; desconto para pagamento à vista, desconto promocional; A dificuldade foi no processo de identificar variedades de preços possíveis para uma variedade de concorrentes e produtos, no qual o gestor possa facilmente combinar os preços individuais e estabelecer descontos. A forma clássica de precificação é o custeamento unitário, para depois encontrar o preço de venda, após deduzir as despesas comerciais, administrativas e financeiras; Impedir uma rentabilidade maior quando os produtos ou serviços são disponibilizados para consumidores dispostos a pagar mais por ver nos produtos dessa empresa uma maior utilidade (valor subjetivo); Já a estratégia de precificação tem como foco identificar o preço máximo que possíveis consumidores aceitam pagar por um determinado produto ou serviço. A metodologia não tem como referência o custo unitário como a forma clássica de precificação, e sim "conceitos mercadológicos e econômicos, como valor percebido pelo cliente, Potencial de lucro, por ter uma estratégia de preços orientada para o valor, émuito maior do que com qualquer outra abordagem de preços; A base dos preços é o marketing, por se preocupar com o modo como os consumidores recebem os benefícios de um produto ou serviço em relação a seus concorrentes; Comportamento do consumidor: presumimos que os consumidores tenham preferências a serem atendidas; Mercado de atuação: visão clara de seu ramo de atividade, seu produto ou serviço ofertado e da elasticidade preço demanda do produto ou serviço, entre outros; Modelo econômico: sobre a rentabilidade de cada produto ou serviço, a margem de contribuição e o retorno sobre o investimento realizado; Ação: é a implementação da estratégia de precificação envolvendo os vários profissionais ou departamentos da empresa; Para uso eficaz do modelo, é preciso utilizar métodos de custeio, como o custeio por absorção, o custeio direto ou variável. Introdução produto é lançado no mercado, crescimento o produto é um processo de estabilidade com novos concorrentes, a maturidade o produto se torna conhecido no mercado e as vendas sobem gradualmente, declínio perder participação no mercado; Essencial conhecer em qual fase do ciclo de vida se encontra o seu produto. Descreva e explique os modelos de decisões de precificação 5.2 fundamentos para formação de preços Mark-up é uma metodologia para calcular o preço de venda com base no custeio por absorção, mesmo as empresas que atuam com preços de base no mercado precisam conhecer omark-up de cada produto; O mark-up ao incidir sobre o custo variável tem a finalidade de cobrir os gastos no âmbito dos custo, impostos sobre vendas, taxas variáveis; A lógica de estrutura do cálculo do mark-up: ● Em valores absolutas tratados como índice; ● Os impostos e as despesas variáveis de vendas deverão ser informados na forma percentual; ● As despesas administrativas também podem ser informadas como o percentual de vendas; ● O lucro desejado pode ser definido como um percentual sobre a venda; ● O preço de venda deve representar a totalidade de 100; O que é necessário levantar de dados para formulação do mark-up? 5.3 aspectos adicionais na gestão do preço de venda É considerada complexa pelos gestores e consome bastante tempo portanto a definição de preço deve ser com a administração e finanças comercial marketing jurídico entre outros; A empresa precisa conhecer os aspectos que podem afetar o preço seja eles relacionados ao ambiente interno ou ambiente externo, ter um comitê para a formação dos preços contribuem para tornar o processo mais fácil principalmente na identificação de preços para vários níveis de distribuição; 👀 Com quais fatores internos podemos nos defrontar em uma decisão de formação de preço? Gasto: é um elemento sobre qual empresa exerce maior controle, envolve tanto os custos quanto despesas e os investimentos Objetivo: de curto ou longo prazo de empresa Posicionamento: no mercado pode ser alterado quando ele achar pertinente desde que seja planejado; Fatores internos: Gastos: representa um esforço financeiro para disponibilizar o produto no mercado Mark-up: consiste na aplicação de multiplicador no custo unitário que seja suficiente para pagar todos os gastos e o lucro almejado Curva de experiência: na fabricação de produto tende é produzido da maneira mais eficaz diminuindo custos exemplo desperdício; Fatores externos: Demanda: reflete a intensidade com que os consumidores estão dispostos a pagar por um determinado bem o serviço pode ser alterado a qualquer momento Concorrência: ação inesperada da concorrência quanto aos preços de desconto forma de pagamento, distribuição, entre outros Restrições legais: imposição no governo restringindo o aumento de preço Práticas da indústria: setores podem mudar hábitos, como desconto, política de crédito, entre outros Explique como se dão as posições básicas de valor em relação ao preço/produto
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