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Gestão de custos e riscos operacionais

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1.1 Introdução à gestão de custos
O ser humano sempre demonstrou necessidade de registrar seus eventos. Os
humanos já consideravam necessário registrar seus gastos há pelo menos
5.000 a.C. Os egípcios, em 6.000 a.C., também deixaram um riquíssimo
acervo de inventário, a escrita egípcia era fiscalizada pelo fisco real e o
inventário era considerado tão importante que a contagem do boi-divindade
adorada por esse povo - marcava o início do calendário;
Outros registros, como pagamentos de escravos, vendas diárias e
pagamento de tributos, também eram controlados. Até o início da Revolução
Industrial (1720-1860), a produção era basicamente artesanal;
Com o mercado em expansão, as empresas foram forçadas a substituírem a
produção artesanal pela mecanizada e junto veio a complexidade em
estimar os fatores de produção, como matéria-prima direta, mão de obra
direta, depreciação manutenção etc., e a dificuldade de levantar dados para
elaborar o balanço patrimonial e o demonstrativo de resultado do exercício
(DRE);
Após a Revolução surgiu a necessidade de informações mais precisas, que
permitissem uma tomada de decisão eficaz. Em contrapartida a oferta de
produtos começou a superar a demanda e a lógica da produção capitalista
se modificou, os produtos que eram padronizados com linhas de produção
rígida foram sendo substituídos por linhas de produção mais rápidas e com
diversidade de modelos.
● Know-how, inovação, gerenciamento e controle se faziam essenciais;
● Com a industrialização foi necessário repassar para o produto todo o
custo necessário para a fabricação, assim nasceu a contabilidade de
custos no processo de levar em conta o valor dos insumos mais os
custos do processo de fabricação.
1.1.1 Contabilidade versus gestão de custos
Sistematizar e ordenar os registros e as alterações ocorridos no patrimônio
de uma entidade. Assim, surgiu as ramificações da contabilidade financeira,
sendo elas: contabilidade gerencial e contabilidade de custos.
QUADRO 1
A contabilidade financeira tem como objetivo o registro dos compromissos já
assumidos.
A contabilidade gerencial, é um relatório interno, é mais flexível, possibilita
ao gestor estruturar os dados da melhor forma para extrair as informações
necessárias.
A contabilidade de custos, objetiva apurar os custos dos produtos e serviços
vendidos e para isso, segue três princípios fundamentais:
● Competência a receita é quando "realiza"; o lucro ou o prejuízo se
realiza no ato da venda.
● Uniformidade não deve ser mudado várias vezes só se for preciso,
deve ser informado nos demonstrativos contábeis.
● Prudência escolher entre o valor do custo e o valor de mercado do
bem ou do serviço, o menor, se tiver dúvidas na classificação entre
custo de produção ou despesa do período, prevalecendo a escolha que
representa redução imediata de resultado.
Perceba que os princípios, facilitam a padronização da prática contábil, mas
também dificultam a gestão, por ser rígida. Portanto, é necessária a
elaboração de relatórios financeiros gerenciais para a tomada de decisões;
A tomada de decisão com a contabilidade gerencial e de custos tem que
responder essas perguntas:
• Qual o desconto máximo que pode ser concedido sem comprometer a
lucratividade?
• Qual a margem de lucro com que cada produto ou serviço contribui para a
minha empresa?
• Quantos itens de determinado produto preciso vender para cobrir os custos
e gerar lucro?
• Existem produtos que deveriam deixar de ser comercializados?
• Existem processos da produção que deveriam ser terceirizados?
O mercado competitivo, tem uma infinidade de inovações tecnológicas e
uma variedade de produtos dos mais diversos preços e qualidades, os
projetos são modificados frequentemente, sendo necessário produzi-los da
forma mais eficiente possível para não onerar os custos.
A contabilidade de custos contribui para:
● Projetar produtos e serviços lucrativos e expectativas dos
consumidores;
● Sinalizar os produtos ou serviços que devem ser continuados ou
descontinuados;
● Auxiliar no aprendizado ou aprimoramento;
● Orientar sobre o mix de produtos e decidir sobre investimentos;
● Escolher fornecedores e negociar preços, características do produto e
serviços ao cliente;
● Estruturar de modo eficaz e eficiente os processos de distribuição;
1) Qual contabilidade financeira, contabilidade gerencial e de custos?
Por ser voltada para o público externo e atender às exigências legais, a
contabilidade financeira dificulta o processo de análise para a tomada de
decisão, pois não pode ser ajustada de acordo com OS objetivos dos
gestores e da informação que se deseja extrair. Por isso, dependendo do tipo
de informação necessária para a tomada de decisão, foram surgindo as
ramificações. A contabilidade gerencial contribui para obter informações
mais precisas e claras de acordo com as diversas áreas da empresa, quanto
a contabilidade de custos contribui para o fornecimento de informações
sobre os valores envolvidos na produção de produtos ou na prestação de
serviços.
1.2 Definições e terminologias básicas
A contabilidade de custos é um conjunto de procedimentos necessário para
identificar, mensurar e informar quanto custou para a empresa a fabricação
dos seus produtos ou a prestação dos seus serviços;
Seu principal objetivo é a forma ção correta dos valores dos estoques e dos
valores que irão compor demonstrativo do resultado do exercício (DRE) e o
custo da mercadoria vendida (CMV) ou do serviço prestado (CSP);
O processo pelo qual se efetua a avaliação de custos difere em relação aos
segmentos das atividades econômicas pois existem variações;
Na indústria o custo dos estoques de produtos acabados é composto por
três grandes grupos: o de matéria-prima, o da apropriação da mão de obra
utilizada no processo de fabricação e o de rateio de custos indiretos de
fabricação.
Na prestação de serviços a complexidade de levantamento dos custos
poderá ser maior, o elemento predominante será a mão de obra utilizada,
não podemos valorizar um "estoque de serviços" não existe um padrão para
mensuração dos custos, vai depender do setor econômico e de empresa para
empresa;
Custos também são definidos como sacrifício financeiro, a abordagem
sistêmica a empresa é entendida como um sistema aberto que processa os
recursos que entram (inputs) para dar saída a produtos ou serviços
(outputs);
Os custos são a mensuração econômica dos recursos necessários para a
atividade produtiva;
O se que serão utilizadas na tomada de decisões:
Fins de contabilização dos estoques, formação preço de venda, estabelecer
parâmetros de produção, apurar o resultado do exercício e a lucratividade,
avaliação de desempenho, controle operacional, obter dados para
orçamentos, análise de alternativas, planejamento, o controle e a tomada de
decisão gerencial.
É necessária para o cumprimento da legislação em vigor e das exigências
legais e fiscais, custo se refere tanto aos custos quanto às despesas, gastos é
utilizado quando não há necessidade de especificar.
● Lei n. 6.404/1976 - Lei das Sociedades Anônimas- artigo 183: serão
avaliados pelo custo de aquisição ou produção, ao valor de mercado,
quando este for inferior.
● Lei n. 10.406/2002- artigo 1.187: podem ser estimados pelo custo de
aquisição ou de fabricação, ou pelo preço corrente, sempre que este
for inferior ao preço de custo, o preço corrente ou venal estiver acima
do valor de custo ou fabricação, e os bens forem avaliados pelo preço
corrente, a diferença entre este e o preço de custo não será levada em
conta para a distribuição de lucros. (Valor venal é estabelecido pelo
Estado para o preço dos imóveis).
● Decreto n. 9.580/2018- Dos critérios para avaliação de estoques:
Art. 304. Ao final de cada período de apuração do imposto, a pessoa
jurídica deverá promover o levantamento e avaliação dos seus
estoques.
Art. 305. As mercadorias, as matérias-primas e os bens em
almoxarifado serão avaliados pelo custo de aquisição.
Art. 306. Os produtos em fabricação e acabados serão avaliados pelo
custo de produção.
* contribuinteque mantiver sistema de contabilidade de
custo integrado e coordenado com o restante da escrituração
poderá utilizar os custos apurados para avaliação dos estoques de
produtos em fabricação e acabados.
52° Considera-se sistema de contabilidade de custo integrado e
coordenado com o restante da escrituração aquele:
I- apoiado em valores originados da escrituração contábil
(matéria-prima, mão de obra direta, custos gerais de fabricação);
II - que permite determinação contábil, ao fim de cada mês, do valor
dos estoques de matérias-primas e outros materiais, produtos em
elaboração e produtos acabados;
III- apoiado em livros auxiliares, fichas, folhas continuas, ou mapas
de apropriação ou rateio, tidos em boa guarda e de regis- tros
coincidentes com aqueles constantes da escrituração principal;
IV que permite avaliar os estoques existentes na data de
encerramento do período de apropriação de resultados segundo
os custos efetivamente incorridos.
● Art. 307. O valor dos bens existentes no encerramento do pe- ríodo de
apuração poderá ser o custo médio ou o dos bens adquiridos ou
produzidos mais recentemente, base no preço de venda, subtraída a
margem.
A contabilidade de custos tem exigência legal e tributária, não confunda
contabilidade gerencial ou somente para fins de informações internas.
1.2.1 Classificação de gastos, custos e despesas
Gastos ou dispêndios: É o desembolso em dinheiro, sacrificado para
produtos e serviços que espera que tragam um benefício atual ou futuro
para empresa. Trata-se de qualquer gasto como investimento, custo ou
despesa;
Investimentos: são o gasto alocado em função da vida útil de bem ou de
benefícios atribuíveis a futuros períodos (máquinas e equipamentos,
permanente);
Despesas: todo gasto incorrido após o produto sair do processo produtivo ou
da finalização do serviço prestado;
Perdas: é o gasto involuntário, matéria-prima inútil;
Desperdício: é o gasto que não agrega valor do ponto de vista do cliente,
como os gastos com retrabalho;
Depreciação, amortização e exaustão direta: é a perda de valor dos bens
imobilizados, intangíveis, diretamente relacionados com a produção dos
produtos ou serviços.
Depreciação, amortização e exaustão indireta: é a perda de valor dos bens
imobilizados e intangíveis que não estão diretamente relacionados com a
produção dos produtos ou serviços.
Por que é necessário que as
empresas, independentemente
do setor econômico, tenham uma boa gestão de custos? Uma gestão de
custos eficiente auxiliará o gestor a tomar melhores decisões com base no
conhecimento do custo unitário e total de epe produto vendido, bem como
facilitará o processo de precificação.
1.3 Classificação de custos
Custo direto: é a soma dos gastos aplicados ou consumidos na produção de
bens ou na prestação de serviços;
Custo indireto: é difícil de atribuir ao produto por estar presente no processo
produtivo global; portanto, utiliza-se de critérios de rateios para
apropriação;
Custo direto ou primário: é apropriado de modo objetivo e direto no cálculo
dos produtos fabricados ou do serviço prestado;
Custo de transformação: consiste no esforço gerado para obter o produto ou
prestar o serviço;
Custo contábil, fabril ou total: inclui todos os custos diretos e indiretos;
Custo integral ou gasto total: inclui todos os custos diretos e indiretos, bem
como as despesas;
Custo da mercadoria vendida (CMV): é determinado para operações
mercantis; na operação industrial é chamado de custo dos produtos
vendidos (CPV), e nas operações de serviços custo dos serviços prestados ou
vendidos (CSP ou CSV). É a etapa final do processo de formação de custos,
pois diz respeito à saída dos estoques da empresa para o comprador;
Custo de oportunidade: representa o valor da melhor alternativa em
detrimento da alternativa escolhida;
Lucro: é o resultado que, após deduzidos os custos e as despesas, pode ser
exemplificado pela equação:
L=R-C-D
L = lucro
R = receita
C = custo
D= despesa
Compreendermos também como se dá o todos custos direto e indireto para
formar o custo da mercadoria vendida (CMV) ou o custo do serviço prestado
(CSP);
O valor identificado como custo irá compor a conta CMV ou CSP;
A classificação com relação ao volume produzido geralmente é feita da
seguinte forma: fixo, variável, semifixo e semivariável.
Fixo: são os custos que não se alteram conforme aumenta ou diminui
quantidade produzida. Não importa se a empresa produz ou não;
Variável: são os custos nos quais o valor total é alterado de acordo com o
aumento ou a queda da quantidade produzida;
Semifixo: custos que até determinado nível são fixos, mas se esse nível for
excedido, passam ser variáveis;
Semivariável: são os custos que se mantêm fixos dentro de certos níveis de
quantidade produzida, contudo vão evoluindo "aos saltos", pois não
acompanham linearmente os custos de produção;
Despesas fixas: Não se alteram em função do volume de vendas.Se a
empresa em determinado mês faturou mais ou menos em relação a outros
períodos, a despesa fixa permanece inalterada. (Ex. Salário vendedores)
Despesas variáveis: Alteram-se de acordo com o volume de vendas.Se a
empresa em determinado mês faturou mais ou menos em relação a outros
períodos, a despesa variável vai variar na mesma proporção. (Ex. Fretes)
As despesas podem ser desmembradas de várias formas, como: despesas
administrativas, despesas financeiras, despesas comerciais, despesas
operacionais, despesas com depreciação;
Quais critérios devem ser seguidos para identificar e classificar os custos
e as despesas? Primeiramente, é preciso se perguntar se os gastos foram
destinados ao sistema produtivo como custo fixo direto ou indireto; dutivo
ou não Caso tenham sido, são classificados do contrário, serão classificados
como despesas fixas ou variáveis.
2. Modelo decisório de custos
2.1 Fundamentos e principais métodos de custeio
Métodos de custeio, ou custeamento, são utilizados para a tomada de
decisão de custos adotada pelos gestores das empresas, o caminho
percorrido para encontrar o custo unitário de produtos ou serviços precisa
de informações dos relatórios financeiros;
Precisa de um método de custeio deve ser adequada aos objetivos da
empresa, que traga informações não só de custo do produto, mas também
de rentabilidade de forma objetiva e sistemática;
O funcionamento da empresa pode ser visto como um processo que
transforma insumos em produtos;
É necessário identificar "o que" e "quanto" compõem cada custo e a
participação desses associados em cada produto ou serviço.
Os métodos de custeio podem ser observados sob dois aspectos: o princípio,
ou o tratamento das informações, e o método, sendo aquele que viabiliza a
operacionalização do princípio, ou seja, vai decidir quais informações são
importantes e como serão obtidas.
Na teoria das restrições, os gastos considerados para custeio são os
variáveis. (matéria-prima, frete embalagens, comissões sobre as vendas). O
custo da mão de obra direta não faz parte do custo unitário nessa teoria;
Método de custeio variável ou direto reconhece a mão de obra direta como
custo variável, já que no médio e longo prazo esse gasto apresenta
variabilidade em relação ao volume produzido;
O método de custeio por absorção é o utilizado no mundo, pois é
determinado pelas práticas contábeis Internacionais. No Brasil, é obrigatório
para fins de avaliação de inventários e de tributação do imposto de renda.
Os custos diretos e indiretos são apropriados ao custo unitário;
Método de custeio ABC é uma alternativa ao custeio integral, pois reconhece
tanto os custos diretos e indiretos quanto às despesas administrativas,
comerciais, entre outras. É o mais racional ao considerar as atividades dos
setores indiretos e depois fazer a distribuição dessas atividades para formar
os custos unitários dos produtos e serviços da empresa. No entanto, não
reconhece as despesas financeiras;
Método RKW considera todos os gastos para apropriação do custo unitário,
inclusive os financeiros, todos os custos de operação, comercialização, além
dos administrativos efinanceiros, devem ser canalizados para o custo dos
departamentos ou setores diretos, assim os custos dos departamentos ou
setores diretos;
Os métodos de custeio podem ser observados sob dois aspectos. Cite e
explique cada um deles.
2.2 Custeio por absorção ou integral
Derivado dos princípios fundamentais da contabilidade, desenvolvido na
Alemanha, no início do século XX, conhecido como Reichskuratorium für
Wirtschaftlichkeit (RKW).
Segue os princípios fundamentais da contabilidade, sendo obrigatório para
todas as empresas;
Um critério de rateio para apropriação dos custos indiretos quando houver
mais de um produto ou serviço, é o mais adequado para a empresa;
É o critério legal exigido no Brasil, nem sempre é útil como ferramenta de
análise para tomada de decisão, por ter distorções ao distribuir os custos
aos diversos produtos e serviços, influência direta do volume de produção;
Ao utilizar como critério para rateio há um cálculo:
1º identificamos quanto a mão de obra consumida para cada produto
representa da mão de obra total
2° Pegamos o valor total do custo indireto de e fizemos a distribuição para
cada produto de acordo com a participação de gastos.
3° Identificado o custo total (material direto, mão de obra indireta e custo
indireto), chegamos ao custo total de $ para produto A e $ para o produto B.
E para encontrar o custo unitário é necessário dividir a quantidade
produzida de cada pelo seu custo total:
Produto A= $/$ = R$→ custo unitário
Produto B = $/$ = R$→ custo unitário
2.3 Custeio direto ou variável
Apenas os custos variáveis são relacionados aos produtos, e o custo fixo é
considerado custo do período, será a soma do custo variável, dividida pela
produção correspondente, sendo os custos fixos considerados diretamente
no resultado do exercício;
A empresa precisa produzir o máximo possível para diluir esses custos.
Sendo assim, os únicos custos relevantes são os variáveis;
Por sua restrição fiscal e legal, sua utilização implica a exigência de dois
sistemas de custos:
● O sistema de custo contábil (absorção ou integral), para atender às
normas legais;
● Um método de custeio paralelo, separando os custos fixos e variáveis;
Há possibilidade de efetuar separação do custeio direto na contabilidade,
segregando-se todos os custos em categorias específicas, ex.: Mão de obra
de produção: Mão de obra de produção - Variável, Mão de obra de
produção - Fixa.
Gastos gerais de fabricação: manutenção - variável e manutenção - fixa.
Desde que o sistema de acumulação seja a soma dos custos fixos e
variáveis, não há que se opor a essa sistemática de separar os valores para
utilização gerencial.
Algumas características essenciais do método de custeio variável são:
● Divisão dos custos em dois grupos principais: fixos e variáveis;
● Custo final dos produtos é a soma dos custos variáveis;
● Custos fixos são considerados integralmente nas contas de resultado.
Margem de contribuição é a contribuição monetária de cada produto ou
serviço para cobertura dos custos e da despesas fixas) Pode ser encontrada
na aplicação da seguinte equação:
A empresa que utilizar a apuração de custos pelo sistema direto de custeio
deverá ajustar os cálculos de maneira que não distorça o método de
absorção, tratando de preservar as informações sobre custos fixos e sua
distribuição nos cálculos. Então, uma conta de estoques, por exemplo,
deverá prever duas subcontas distintas, para que a somatória delas com-
ponha o custo final do produto, desta forma:
Estoques-Produtos acabados - Custo variável
Estoques-Produtos acabados - Custo fixo
(=) Estoques - Produtos acabados
2.4 Custeio Padrão
O custeio padrão consiste na técnica de prefixar antes do início da produção
o custo para cada produto ou serviço prestado, com base no histórico ou nas
metas a serem conquistadas pela empresa.
Os principais tipos de custeio padrão são:
● Custo-padrão corrente ou standard: é o custo que leva em
consideração o histórico de custo de períodos anteriores. A empresa
considera inclusive as perdas normais que ocorrem no processo;
● Custo-padrão ideal: é o custo que a empresa deseja alcançar em
condições normais de eficiência do uso dos seus recursos, para ser
usado como parâmetro de longo prazo. Os desperdícios são reduzidos
ou eliminados para se chegar na condição ideal;
O custeio padrão é importante para a gestão de custos, pois permite a
comparação com os custos reais, apresentando as melhorias ou falhas que
ocorrem no processo produtivo;
Para que cumpra o seu de subsidiar a gerência com informações a
respeito do comportamento dos custos, quanto maior for o detalhamento
em cada etapa do processo, atribuindo os padrões em quantidade e valores,
maior será a facilidade de a empresa verificar os pontos falhos;
Quando o custo-padrão é superado, o custo-efetivo (custo que ocorreu no
período) passará a ser o custo-padrão para os próximos exercícios;
Ométodo de custeio padrão é indicado quando a fábrica trabalha com
grandes quantidades de produtos homogéneos ou lotes, ou quando produz
grandes quantidades de itens similares;
O custo-padrão não pode ser classificado nem como prin- cípio nem como
método, ele é um referencial, criado para comparação;
O objetivo é que o custo efetivo seja pelo menos igual ao custo-padrão,
contudo, caso não seja, deve-se adotar medidas corretivas.
✓ A variação do preço de custo-padrão pode ser representada da seguinte
maneira:
4% do preço de custo-padrão= (preço de custo-efetivo - preço de custo-
-padrão) x quantidade-padrão
A variação na quantidade de matéria-prima utilizada é a diferença entre o
consumo-padrão previsto e o consumo-efetivo identificado. A variação da
quantidade pode ser representada como segue:
∆% da quantidade = (quantidade-efetiva - quantidade-padrão) x
preço-padrão
A variação conjunta é um misto das variações de preço de cu e quantidades;
é o produto das diferenças. Pode ser representada como segue:
∆% conjunta = (preço de custo-efetivo - preço de custo-padrão) x
(quantidade-efetiva - quantidade-padrão)
Ao utilizar o custo-padrão, o gestor poderá definir um custo-padrão como
referência para a análise dos custos, apurar o custo-efetivo incorrido e
analisar a variação ocorrida entre o custo-padrão e o efetivo e dá acesso a
informações para negociação de preços, permite acompanhar os estoques
de produtos acabados e em elaboração bem como o monitoramento da
operações, da avaliação de desempenho, da identificação de gargalos ou
pontos de ineficiências;
2.5 Custeio baseado em atividades (ABC)
Na sua primeira versão é definido como um método de custeio que procura
reduzir as distorções provocadas pelo rateio arbitrário dos custos indiretos,
aumentando sua importância em relação aos custos diretos, já que estes são
mais fáceis de serem identificados;
Ele separa os custos indiretos de acordo com a atividade realizada, os custos
indiretos são repassados para as atividades independentemente do local
onde o serviço é prestado ou o produto é fabricado;
A segunda versão do custeio ABC foi realizada para possibilitar a análise
de custos sob duas visões: a primeira fornece os mesmos dados da versão
tradicional do custeio ABC, e é uma visão econômica que apropria os custos
aos objetos de custeio por meio das atividades realizadas em cada centro de
custos; e a segunda visão, no aperfeiçoamento de processos, capta os
custos das atividade realizadas nos vários departamentos existentes,
reconhecendo que o processos são formados por uma sequência de
atividades. Esse reconhecimento permite que os processos sejam analisados,
custeados aperfeiçoados com bom desempenho na execução das
atividades,
Exemplificando, o que consome bens e serviços dentro da empresas são as
atividades, e não os locais de trabalho;
Os conceitos de direcionadores de custos, atividade, direcionadores de
atividades e processo:
● Direcionadores de custos: parâmetros de atividades por meio dos
quais são identificados e avaliados os recursos gastos em uma
determinada atividade ou serviço.
● Atividade: qualquer açãoque consome recursos da empresa sendo
composta por um conjunto de tarefas necessárias ao bom
desempenho do negócio. Uma atividade pode ser entendida como
uma combinação de recursos humanos, materiais e financeiros para
produzir os bens e serviços.
● Direcionador de atividades: parâmetros por meio dos quais são
identificadas e avaliadas todas as atividades consumidas no
desenvolvimento de um processo.
● Processo: conjunto de atividades relacionadas e coordenadas nas
quais são consumidos recursos visando à obtenção de resultados.
As fases para implantação do custeio ABC:
1. Identificar as atividades dos setores indiretos.
2. Escolher o melhor direcionador de custo (cost driver) de cada
atividade.
3. Quantificar periodicamente as quantidades dos direcionadores
realizados pelas atividades.
4. Mensurar quanto se gasta periodicamente para realizarem atividades.
5. Custear unitariamente cada atividade.
6. Identificar a quantidade de direcionadores de cada atividade
consumida por cada produto ou serviço.
7. Mensurar quanto se gasta periodicamente para realizarem atividades.
Qual é o principal benefício de o gestor ter uma visão dos processos da
empresa adquirida pelo custeio ABC?
2.6 O melhor método de custeio
O método de custeio direto ou variável, é o melhor para propósitos de
tomada de decisão para fornecer informações sobre o custo unitário de
produtos e um dos métodos de custeio mais conhecidos e utilizados pelas
empresas industriais e de prestação de serviços por ser simples e objetivo;
Flexibilidade nas tomada de decisões sobre preços de venda e lucro dos
produtos ou serviços;
Ao utilizar outros métodos de custeio, a empresa pode perceber que alguns
produtos apresentam prejuízo; por exemplo, no custeio por absorção, que
considera somente os custos fixos, e no método ABC, que além dos custos
fixos considera também as despesas;
Pelométodo do custeio direto, isso não acontece, pois ele trabalha com
conceito de margem de contribuição (PV-CV);
Devido ao fato de o custeio por absorção ser exigido por práticas
internacionais e pela legislação tributária, as empresas acabam tendo uma
tendência a utilizar outros métodos de custeio para análise gerencial, eles
devem ser utilizados com cautela;
Em empresas comerciais quanto em industriais o método do custeio variável
ou direto é recomendado para o processo de tomada de decisão;
Quais são as principais características do método de custeio direto ou
variável? No que eles se diferenciam do custeio por absorção?
3. Método dos centros de custos
3.1 Centros de custos, de lucro e de investimentos
Os centros de custos é que processa a informação que coleta e recebe dados
monetários e não monetários, externos e internos para analisar e gerar
informações gerenciais de custos e lucros;
Um centro de custos homogêneo influencia diretamente qualidade da
alocação dos custos aos produtos ou serviços;
O método de centros de custos permite a cada centro repassar por meio do
rateio seu custo total aos demais centros de custos que tenham utilizado os
seus recursos para, serem transferidos aos produtos ou serviços por
unidades de trabalho;
Os centros de custos podem ser classificados, por exemplo, em:
almoxarifado, compras, administrativo, manutenção, refeitório, vigilância;
Existem os centros diretos e indiretos, é que os centros diretos trabalham
diretamente na elaboração do produto ou na prestação de serviços,
enquanto os indiretos prestam apoio aos centros diretos e à empresa no
âmbito geral;
✓ Exemplo de centro de custos de uma indústria:
DIRETO
1. Produção
1.1 Manutenção
1.2 Depreciação
13 Manutenção e limpeza
1.4 Energia
INDIRETO
2. Administrativo
2.1 Material de escritório
3. Comercial
3.1 Comissão
3.2 Marketing e propaganda
Cada indústria pode ter um centro de custos com:
Cada um de seus departamentos de produção;
Cada um dos departamentos de serviço ou de suporte dentro de uma
unidade de produção, como o departamento de manutenção e o de controle
de qualidade;
Departamentos gerais, de vendas e administrativos de uma empresa, como
o departamento de recursos humanos, comercial, jurídico, de contabilidade
etc;
✓ Exemplo de centro de custos do comércio:
DIRETO
1. Loja
1.1 Salários e comissões
1.2 Depreciação
1.3 Manutenção e limpeza
1.4 Energia
INDIRETO
2. Administrativo
2.1 Material de escritório
3. Comercial
3.1 Comissão
3.2 Marketing e propaganda
A separação de centros de custos pode ser feita níveis e subníveis; quanto
mais detalhado, melhor;
Os procedimentos do método dos centros de custos podem ser sintetizado
em cinco etapas:
1. Separar os custos em itens.
2. Dividir a empresa em centros de custos.
3. Fazer a distribuição primária, ou seja, a identificação dos custos com
os centros de custos.
4. Fazer a distribuição secundária, isto é, distribuir os custos dos centros
indiretos aos diretos.
5. Fazer a distribuição final, que significa distribuir os custos dos centros
diretos aos produtos.
A primeira etapa consiste na separação dos custos que apresentam
naturezas diferentes󰗔 segunda etapa, a empresa deve ser dividida em
centros de custos󰗔 na terceira etapa é preciso fazer a distribuição
primária, ou identificação dos custos com os centros de custos󰗔 na quarta
etapa é feita a distribuição dos custos dos centros de custos indiretos aos
diretos󰗔 na quinta etapa é feita a distribuição final dos custos aos produto.
Uma das vantagens na aplicação do método de Centros de custos é que a
informação de custos gera uma visão de longo prazo, planejar, organizar e
analisar, contribuindo para uma gestão eficaz e racional;
Liste e explique as cinco etapas para implantação de um centro de
custos.
Ao ser utilizado para alocação dos custos indiretos ao produto ou ao serviço,
gera um custo padrão para o controle dos custos diretos;
Dividir uma empresa em centros de custos permite ao gestor ter uma visão
sistêmica dos custos na empresa, pois é possível determinar onde os custos
incorrem, facilitando o planejamento e o controle no centro de custos;
É uma divisão departamental de atribuição e alocação de custos, incluindo
várias unidades de atividades exigidas em uma indústria, um comércio ou
um serviço, gera custo, mas não gera receita;
O objetivo principal de um pool de custos é criar um departamento, uma
divisão ou unidade identificável de maneira direta em uma empresa, no qual
os gerentes envolvidos serão responsáveis por todos os seus custos
associados e por garantir o cumprimento dos orçamentos da organização,
de modo indireto, apoia a lucratividade de uma empresa ao melhorar a
eficiência operacional, o que resulta em melhor atendimento ao cliente ou
em um aumento no valor do produto. Por outro lado, contribui também para
a alta administração entender melhor a utilização de recursos, o que
eventualmente a ajudará a utilizar os recursos de maneira eficaz, o pool de
custos fornece informações relevantes para melhorar a eficiência
operacional e maximizar o lucro;
Vamos conhecer alguns termos relacionados ao pool de custos:
Centro de responsabilidade auxilia na preparação do orçamento, que pode
ser anual, semestral ou mensal;
O centro de lucro é uma divisão organizacional responsável por
controlar a receita e o custo dos produtos produzidos ou serviços prestados
e o lucro, os gerentes planejam, controlam e tomam decisões quanto às suas
unidades, utilizando os indicadores de custos;
Ambos os centros, no entanto, precisam de informações mais detalhadas;
Centro de investimento é responsável pela alocação do capital em projetos.
Os investimentos são avaliados em termos de desempenho na forma como
utilizam os recursos financeiros da empresa, existem alguns indicadores que
auxiliam na avaliação dos centros de investimentos, como o retorno sobre o
investimento, ou Return on Assets (ROA):
ROA= (Lucro líquido)
(Ativo total)
0 resultado deve ser comparado com outras empresas do setor e com os
objetivos de rentabilidade da empresa;
Por que os controles internos, como centros de custos, lucro e
investimentos, são tão importantes para a empresa?3.1.1 Método RKW
Trata-se do rateio dos custos de produção e de todas as despesas da
empresa (custeio pleno) a todos os produtos;
Por meio da estrutura organizacional é possível identificar quais são os
centros de custos da empresa, visto que nela são alocados os custos para
posterior apropriação aos produtos;
O gestor poderá ter os valores dos custos de produção dos produtos e
serviços prestados e, consequentemente, os valores de venda após agregar
o lucro desejado;
É ser de simples aplicação e fornecer informações completas de custos,
considera todos os gastos da empresa, custos e despesas na apropriação
aos produtos ou serviços prestados e permite ao gestor comparar o preço de
venda praticado com o custo pleno, o monitoramento e a avaliação da
lucratividade;
Nem sempre os critérios utilizados para a realização dos rateios são os mais
justos, podendo trazer algumas distorções; o método não leva em
consideração a elasticidade da demanda, nem a concorrência para
comparação do seu desempenho de custos, não há distinção entre os custos
fixos e variáveis;
As implicações do RKW são puramente gerenciais, contribuindo para
monitorar a eficiência dos processos de fabricação dos produtos, a
lucratividade desses processos, a mensuração do preço de transferência e a
avaliação do desempenho do departamento e dos gestores.
3.2 O processo do target costing (custo-alvo) e o custeio de Kaizen
Identificar o custo-alvo, o posicionamento estratégico do produto deve estar
em coordenação com o planejamento estratégico da empresa, omercado já
assumiu o preço de venda para o produto ou serviço a princípio, não é
passível de alteração, restando para a empresa administrar seus custos
operacionais para obter a rentabilidade desejada;
O mix de produtos ou serviços já foi determinado e as informações sobre os
atributos deles bem como os preços que os consumidores estão dispostos a
pagar foram coletados por meio de uma análise de mercado, é o custo
objetivo que a empresa deseja alcançar;
O custo-alvo começa com a pergunta: qual deve ser o custo de um
produto? Na teoria, essa pergunta pode ser respondida pela seguinte
equação:
Preço de venda (unit) - Lucro-alvo(unit) = Custo-alvo
Em que:
● O preço de venda é o preço de venda de mercado unitário;
● O lucro-alvo é a margem mínima unitária de lucro desejada;
● O custo-alvo é o custo unitário do produto ou do serviço.
3.2.1 O custeio Kaizen
O Método do custeio tem como objetivos manter os níveis correntes de
custo para os produtos industriais e reduzir esses custos em todas as etapas
da manufatura, eliminando a diferença entre lucro-alvo e lucro-estimado,
complemento do custeio-alvo;
Enquanto o custeio kaizen é aplicado após os produtos ou serviços
entrarem em fase de produção;
O custeio kaizen projeta alvos de redução de custos periodicamente para
eliminar diferenças entre lucro-alvo (orçado) e lucro-estimado; estabelece
atividades de melhorias contínuas (kaizen) durante todo o período para
atingir as reduções de custo-alvo; propicia análises de comparação entre
custo-alvo e custo-real; e possibilita monitorar e tomar ações corretivas
quando as reduções de custo-alvo não são atingidas, atividade de redução
de custos para cada produto e atividades de redução do custo de cada
período. Tem 2 tipos:
atividades de custeio kaizen específicas por departamento ou fábrica;
● Atividades de custeio kaizen específicas por departamento ou fábrica;
● Atividades de custeio Kaizen específica por tipo de produto,
trabalhadas como projetos especiais com ênfase na análise do valor;
Objetiva reduzir os custos para um nível inferior aos do custo-padrão,
fazendo modificações nas condições de manufatura sempre que necessário
para isso;
As desvantagens: os ganhos são somente a longo prazo, pois o processo de
redução de custos demanda tempo e recursos, o foco de redução dos
custos está nos custos variáveis, aplicação em empresas com mais custos
fixos;
Comparativo entre o custeio-alvo e custeio Kaizen:
Explique detalhadamente a
diferença entre a aplicação do target costing e do kaizen.
3.3 Redução de custos com a gestão de riscos operacionais
Gestão do risco, o conceito de risco vai além, porque inclui tanto os
resultados indesejáveis quanto os resultados almejados, que seriam o
retorno acima do esperado, conceito de risco é definido como eventos
futuros incertos, que podem influenciar o alcance dos objetivos estratégicos,
operacionais e financeiros da organização, o foco seria "manter um
processos sustentável de criação de valor, para os acionistas, uma vez que
qualquer negócio sempre está exposto a um conjunto de riscos.
Para a gestão de risco é necessário criar uma "arquitetura informacional"
para monitorar a exposição da empresa ao risco. Para isso, o autor sugere a
análise dos ambientes externo e interno;
Ambiente externo, o gestor precisa estar atento aos fatores que mais
impactam o seu negócio, por exemplo: flutuações nas taxas de juros, câmbio,
emprego e desemprego, inovações financeiras e avanços tecnológicos;
Ambiente interno, pode-se observar a complexidade da estrutura
organizacional, a natureza das atividades da empresa, a qualidade dos
produtos e serviços e a rotatividade do pessoal;
Os riscos são classificados como riscos de mercado, de crédito, de liquidez,
operacionais e legais, e podem ser provenientes dos seres humanos, do
governo, de guerras ou de fenômenos naturais imprevisíveis.
Risco operacional, uma medida das possíveis perdas em uma instituição
caso seus sistemas, práticas e medidas de controle não sejam capazes de
resistir a falhas humanas ou situações adversas de mercado;
Classificam 16 tipos de risco operacional em quatro subáreas,
relacionando-os à proteção do patrimônio, segurança das informações,
administração dos recursos humanos ou aos riscos provocados pela
atividade-fim da organização e suas estratégias. São eles:
● Riscos relacionados à proteção patrimonial: risco de overload, de
obsolescência, de equipamento e de catástrofe.
● Riscos relacionados à segurança das informações: risco de presteza,
de confiabilidade e de modelagem.
● Riscos decorrentes diretamente da administração dos recursos
humanos: risco de erro não intencional, de fraudes e de qualificação.
● Riscos provocados pela atividade-fim da organização e suas
estratégias: risco de produtos e serviços, de regulamentação, de
liquidação financeira, de concentração, de imagem e risco sistêmico.
O risco operacional é bem amplo e abrangente, devido à grande quantidade
de situações a que as entidades estão expostas do ponto de vista
operacional.
As principais ferramentas utilizadas por instituições financeiras, e que
podem ser adaptadas a outros segmentos são:
Mapeamento de risco: cada uma das unidades da empresa responsável por
relacionar as atividades envolvidas em seus processos por tipo de riscos,
monitorar a correta execução em possíveis ameaças;
Autoavaliação de risco: O diretor de risco operacional deve coordenar
reuniões periódicas do comitê de risco operacional, com o intuito de
assegurar que a ferramenta de autoavaliação está sendo utilizada de
maneira correta;
Indicadores de risco: são estatísticas ou medidas que permitem inferir o nível
de risco ao qual a empresa está exposta, revistos periodicamente, a
rotatividade do pessoal é um indicador que permitiria medir o aumento ou a
diminuição do potencial de risco;
Limites ou níveis de tolerância: estão atrelados aos indicadores de risco, os
limites são excedidos, alertam os gerentes para potenciais problemas em
determinada área;
Balanced Scorecard: permite à instituição atrelar medidas qualitativas e
quantitativas a objetivos predefinidos. Por meio do uso de scorecards,
compara desempenhos.
4. Análise de custo-volume-lucro
4.1 Margem de contribuição
É o que sobra para cobrir os custos fixos e gerar lucro após se ter retirado
do preço unitário o custo e a despesa variável unitária, o total é a diferença
entre a receita líquida total e os custos e despesas variáveis totais e pode ser
aplicada tanto a produtos quanto a serviços;Simplificando:
Se a margem de contribuição for negativa, a empresa perderá dinheiro e
precisará decidir entre tentar reduzir o custo ou aumentar o preço, se o
mercado comportar. Se um produto tem uma margem de contribuição
positiva, valerá a pena mantê-lo mesmo se o lucro líquido, apurado pelo DRE,
for negativo, pois ele contribuirá para amortizar os custos fixos e gerar lucro;
É calculada por um analista de custos, pois é complexo e demorado;
Vale ressaltar que não são somente as grandes empresas que deveriam se
esforçar para calcular a margem de contribuição, mas todas as empresas,
independentemente do seu setor e porte, deveriam analisar a margem de
contribuição. É uma visão crítica do lucro, em grande parte, porque força o
gestor a entender a estrutura de custos do produto, da empresa ou do
negócio;
A categorização dos custos influencia a margem de contribuição, pois alguns
não se enquadram perfeitamente no intervalo entre fixo e variável, sendo
considerados semivariáveis.
Os custos de uma nova máquina no processo produtivo, será um custo
variável, pois produzirá mais, mas também um custo fixo, já que não varia
de acordo com a quantidade produzida, os salários também contam.
4.2 Ponto de equilíbrio operacional, econômico e financeiro
Ponto de equilibrio ou break-even point é avaliar a relação entre custo fixo,
custo variável e lucro no curto prazo, que ponto um investimento irá gerar
um retorno positivo, volume de vendas necessário para cobrir todos os
custos, no qual o lucro é nulo;
A receita total é o volume financeiro que a empresa captou com a venda
dos bens ou serviços, podendo ser resumida como:
Receita total = preço de venda unitário x quantidade
Os custos fixos ocorrem após a decisão de iniciar uma atividade empresarial,
já os custos variáveis alteram de acordo com o volume de produção. Podem
ser resumidos como:
Custo variável total = custo variável unitário x quantidade Custo total custo
variável total + custo fixo total
O ponto de equilíbrio operacional (PEO) ou contábil, que é quando a
empresa alcança um nível de vendas que não ocasiona lucro nem prejuízo,
ou seja, o lucro é igual a zero;
O ponto de equilíbrio, isto é, quanto a empresa precisa vender para não ter
lucro nem prejuízo:
A análise do ponto de equilíbrio presume que:
● O preço de venda, o custo variável e a eficiência da produção são
constantes;
● Há somente um produto ou serviço;
● Os estoques não apresentam oscilação significativa de período a
período.
Um aumento no preço de vendas diminui o ponto de equilíbrio das vendas,
um aumento no custo variável aumenta o ponto de equilíbrio das vendas; um
aumento no custo fixo aumenta o ponto de equilíbrio das vendas;
A principal vantagem da análise do ponto de equilíbrio é determinar a
relação entre custo, volume de produção e lucro, podendo ainda determinar
o efeito sobre o lucro causado por flutuações nas vendas, nos custos, e
mudanças na relação entre custo fixo e variável.
O ponto de equilíbrio econômico (PEE), é considerado na soma dos custos
e despesas fixas o custo de oportunidade referente ao capital próprio;
O ponto de equilíbrio financeiro (PEF), os custos considerados são apenas
os desembolsáveis; ou seja, as despesas não desembolsáveis, como
depreciação, não devem ser consideradas;
A análise do ponto de equilíbrio também pode ser usada para dere minar a
viabilidade econômica de uma proposta de investimento, pois facilita a
formação do preço de um produto ou serviço;
Explique as características dos três tipos de porta de equilíbrio ponto de
equilíbrio operacional econômico e financeiro.
Explique por que um aumento no valor do custo fixo afeta o ponto de
equilíbrio operacional e margem de contribuição unitária do produto ou
serviço.
4.3 Margem de segurança
A margem de segurança é um nível de vendas acima do ponto de
equilíbrio. É importante para estabelecer até quanto as vendas podem cair
antes de entrar no ponto de prejuízo, quanto maior a margem de segurança,
mais afastada estará do ponto de equilíbrio;
A margem de segurança é identificada com base na seguinte equação:
O que faz o ponto de equilíbrio alterar? São as variações em pelo menos três
elementos que compõem sua equação: preço de venda, custo variável
unitário e custo fixo.
Portanto, a margem de segurança é utilizada para tomar decisões sobre
oportunidades de negócios e mudanças no portfólio de produtos;
Explique a diferença da margem de contribuição e da margem de
segurança.
5. Formação do preço de venda
5.1 Modelos de decisões de preços
O objetivo da empresa e em qual estrutura de mercado ela está inserida:
monopólio, oligopólio, concorrência perfeita ou concorrência monopolista;
Monopólio é quando há no mercado uma única empresa que oferece
determinado produto ao qual não há substitutos (Petrobras);
Oligopólio quando há no mercado um número pequeno de vendedores que
concorrem entre si, elas têm poder sobre o preço (Montadores de carros);
Concorrência perfeita é quando há muitos vendedores e, por isso, o produto
não tem diferenciação, não possuem poder sobre o preço (produtos
agrícolas);
Concorrência monopolista, há muitos vendedores, mas o produto de cada
vendedor tem algum diferencial na mente dos consumidores (McDonalds);
Precisamos definir qual a estrutura de mercado a empresa está inserida:
Modelos orientados pela teoria econômica: têm como pressuposto a
racionalidade plena e o acesso total às informações disponíveis, com o
conhecimento pleno da curva de demanda e custos, é de que quem faz o
preço é o mercado, por meio de demanda e então não temos um modelo de
cálculo de precificação específico para oferta;
Modelos orientados pelos custos: o preço é formado com base no
levantamento unitário dos custos, sendo adicionada uma margem de lucro,
considera o preço com que o mercado está atuando como o máximo que a
empresa pode atribuir a seus produtos, portanto o fator fundamental para a
formação dos custos e das despesas é o preço de mercado;
Modelos orientados pelo mercado: A empresa considera a demanda pelo
produto, a concorrência e o valor percebido pelo consumidor, é por valor;
Na abordagem de precificação por valor, é importante diferença nos dois
conceitos:
Preço: Perspectiva interna. É o valor monetário de um produto ou serviço
(objetivo).
Valor: Perspectiva externa. É o preço que o mercado está disposto a pagar
de acordo com a utilidade que ele percebe no produto ou serviço
(subjetiva).
O lucro é o valor que a empresa deseja obter depois que pagou todos os
gastos de fabricação do produto ou da prestação do serviço, conforme a
seguinte equação:
Lucro = quantidade vendida x preço - custos
Precificação é o conjunto de atividades ou processos de atribuir preços aos
produtos e serviços tendo como base referencial o valor percebido pelos
consumidores, mais do que em custos de produção e comercialização, para
obtenção da maior rentabilidade da empresa;
O preço de venda é o elementomais importante para gerar lucro à
empresa e deve receber o maior cuidado, além de gerar lucro para a
empresa, precisa atrair os consumidores quanto ao valor percebido, objetivo
é criar valor para o consumidor;
4 níveis de expectativa e valorização por parte dos consumidores:
elementares, básicos, esperados e desejáveis. Para encontrar respostas
sobre cada uma, é importante fazer as seguintes perguntas, que são:
● O que é considerado, por parte dos consumidores, elementar e básico
com relação ao valor percebido?
● O que é esperado pelos consumidores?
● O que é desejado pelos consumidores?
● O que pode ser feito pela empresa para exceder o valor percebido?
As respostas a esses questionamentos devem ser claras para que a empresa
ajuste sua estratégia e para evitar que assuma políticas de precificação
ineficazes.
Um desconto pode ser classificado como uma redução no preço ao ser
subtraído da tabela de preços, resulta no preço de mercado os seguintes
tipos: desconto por quantidade comprada; desconto sazonal, durante
períodos de baixa demanda; desconto comercial, geralmente oferecidopara
revendedores; desconto para pagamento à vista, desconto promocional;
A dificuldade foi no processo de identificar variedades de preços possíveis
para uma variedade de concorrentes e produtos, no qual o gestor possa
facilmente combinar os preços individuais e estabelecer descontos.
A forma clássica de precificação é o custeamento unitário, para depois
encontrar o preço de venda, após deduzir as despesas comerciais,
administrativas e financeiras;
Impedir uma rentabilidade maior quando os produtos ou serviços são
disponibilizados para consumidores dispostos a pagar mais por ver nos
produtos dessa empresa uma maior utilidade (valor subjetivo);
Já a estratégia de precificação tem como foco identificar o preço máximo
que possíveis consumidores aceitam pagar por um determinado produto ou
serviço. A metodologia não tem como referência o custo unitário como a
forma clássica de precificação, e sim "conceitos mercadológicos e
econômicos, como valor percebido pelo cliente,
Potencial de lucro, por ter uma estratégia de preços orientada para o valor,
émuito maior do que com qualquer outra abordagem de preços;
A base dos preços é o marketing, por se preocupar com o modo como os
consumidores recebem os benefícios de um produto ou serviço em relação a
seus concorrentes;
Comportamento do consumidor: presumimos que os consumidores tenham
preferências a serem atendidas;
Mercado de atuação: visão clara de seu ramo de atividade, seu produto ou
serviço ofertado e da elasticidade preço demanda do produto ou serviço,
entre outros;
Modelo econômico: sobre a rentabilidade de cada produto ou serviço, a
margem de contribuição e o retorno sobre o investimento realizado;
Ação: é a implementação da estratégia de precificação envolvendo os vários
profissionais ou departamentos da empresa;
Para uso eficaz do modelo, é preciso utilizar métodos de custeio, como o
custeio por absorção, o custeio direto ou variável.
Introdução produto é lançado no mercado, crescimento o produto é um
processo de estabilidade com novos concorrentes, a maturidade o produto
se torna conhecido no mercado e as vendas sobem gradualmente, declínio
perder participação no mercado;
Essencial conhecer em qual fase do ciclo de vida se encontra o seu produto.
Descreva e explique os modelos de decisões de precificação
5.2 fundamentos para formação de preços
Mark-up é uma metodologia para calcular o preço de venda com base no
custeio por absorção, mesmo as empresas que atuam com preços de base
no mercado precisam conhecer omark-up de cada produto;
O mark-up ao incidir sobre o custo variável tem a finalidade de cobrir os
gastos no âmbito dos custo, impostos sobre vendas, taxas variáveis;
A lógica de estrutura do cálculo do mark-up:
● Em valores absolutas tratados como índice;
● Os impostos e as despesas variáveis de vendas deverão ser
informados na forma percentual;
● As despesas administrativas também podem ser informadas como o
percentual de vendas;
● O lucro desejado pode ser definido como um percentual sobre a
venda;
● O preço de venda deve representar a totalidade de 100;
O que é necessário levantar de dados para formulação do mark-up?
5.3 aspectos adicionais na gestão do preço de venda
É considerada complexa pelos gestores e consome bastante tempo portanto
a definição de preço deve ser com a administração e finanças comercial
marketing jurídico entre outros;
A empresa precisa conhecer os aspectos que podem afetar o preço seja eles
relacionados ao ambiente interno ou ambiente externo, ter um comitê para a
formação dos preços contribuem para tornar o processo mais fácil
principalmente na identificação de preços para vários níveis de distribuição;
👀 Com quais fatores internos podemos nos defrontar em uma decisão de
formação de preço?
Gasto: é um elemento sobre qual empresa exerce maior controle, envolve
tanto os custos quanto despesas e os investimentos
Objetivo: de curto ou longo prazo de empresa
Posicionamento: no mercado pode ser alterado quando ele achar pertinente
desde que seja planejado;
Fatores internos:
Gastos: representa um esforço financeiro para disponibilizar o produto no
mercado
Mark-up: consiste na aplicação de multiplicador no custo unitário que seja
suficiente para pagar todos os gastos e o lucro almejado
Curva de experiência: na fabricação de produto tende é produzido da
maneira mais eficaz diminuindo custos exemplo desperdício;
Fatores externos:
Demanda: reflete a intensidade com que os consumidores estão dispostos a
pagar por um determinado bem o serviço pode ser alterado a qualquer
momento
Concorrência: ação inesperada da concorrência quanto aos preços de
desconto forma de pagamento, distribuição, entre outros
Restrições legais: imposição no governo restringindo o aumento de preço
Práticas da indústria: setores podem mudar hábitos, como desconto, política
de crédito, entre outros
Explique como se dão as posições básicas de valor em relação ao
preço/produto

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