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1ª QUESTÃO A região do Indo-Pacífico é composta por 12 nações, entre elas, grandes estados como os EUA, Japão, Austrália e Índia, mas também pequenos países que estão ganhando notoriedade no espectro econômico como Taiwan, Tailândia, Singapura e Vietnã, e que vem contribuindo ao lado das grandes nações da região para as rápidas e surpreendentes mudanças na expressão econômica e militar do sistema mundial. Muitos acreditaram que até início dos anos 90 a utopia da globalização, do multilateralismo e da paz seriam os pilares de um projeto de desenvolvimento científico e tecnológico a nível global, entretanto, o ataque de 11 de setembro de 2001, trouxe a guerra para epicentro do sistema e os EUA assumiram um papel unilateral de intervenção do poderio militar nas regiões de seu interesse geopolítico. No entanto, após pouco mais 20 anos, os EUA perderam força na impulsão desse projeto de dominância econômico-miliar devido a diversos fatores internos e externos e hoje assiste-se a um retorno da geopolítica das nações, com corrida armamentista, políticas nacionalistas e disputas hegemônicas em quase todas as regiões do globo. Nesse cenário de regiões que se destacam por seu crescimento e influência, a partir de 2001, chama a atenção a região Indo-Pacífica, que adotou um crescimento generalizado e assimétrico, sempre ameaçado por uma nova crise financeira. Esse grupo de países menores em termos geográficos e econômicos e com um poderio bélico irrelevante se tornou a “periferia econômica do sistema”, fornecendo insumos primários e industriais especializados para as economias ocidentais desenvolvidas. Conjunturas favoráveis como essa fazem nascer períodos de intensificação da competição a das lutas entre grandes potências do sistema mundial que desejam ter influências sobre essas economias emergentes a ampliar espaços de influência, assim como contribui para o surgimento de disputas políticas internas, entre lideranças locais, que fazem a política interna do país extrapolar suas fronteiras e destaco nesse sentido os problemas enfrentados por países como Timor-leste, Indonésia, Sri Lanka e Nepal que foram vítimas de guerras civis e governos oportunistas ao longo dos últimos 20 anos. Nesse sentido, é inegável reconhecer a vontade e a capacidade de expansão econômica dessas nações que compõe esse grande mosaico da região Indo-Pacífica, fazendo um real deslocamento dá ótica do poder global e da internacionalização do capital para essa região. Isso nos leva a análise da condicionante de uma nova potência emergente que afeta diretamente a balança de equilíbrio do poder centralizado das grandes potências e que faz a hipótese de conflitos geopolíticos se tornar cada vez mais concreta em um novo eixo articulador da economia mundial e do poderio militar.
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