PROVA DE CONCURSO PEDAGOGIA - (44)

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CADERNO DE PROVAS ESCRITAS 
11 de setembro de 2016 
PEDAGOGIA 
 
EDITAL nº. 001/2016 – ESMARN 
PODER JUDICIÁRIO DO RIO GRANDE DO NORTE 
ESCOLA DA MAGISTRATURA DO RN
 
ESTAGIÁRIO 
 
 
INSTRUÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DA PROVA 
 
Use apenas caneta esferográfica com material transparente com tinta na cor azul ou preta. 
Escreva o seu nome completo e o número do seu documento de identificação no espaço 
indicado nesta capa. 
A prova terá duração máxima de 3 (três) horas, incluindo o tempo para responder a todas as 
questões do Caderno de Provas e preencher a Folha de Respostas. 
Confira, com máxima atenção, o Caderno de Provas, observando o número de questões contidas 
e se há defeito(s) de encadernação e/ou de impressão que dificultem a leitura. 
A quantidade de questões e respectivas pontuações desta prova estão apresentadas a seguir: 
 
PROVA NÚMERO DE QUESTÕES TOTAL DE PONTOS 
Prova Objetiva de Língua Portuguesa 10 
100 Prova Objetiva de Conhecimentos Específicos 40 
TOTAL DE QUESTÕES 50 
 
Para cada questão de múltipla escolha, há apenas 1 (uma) opção de resposta correta. 
Confira, com máxima atenção, se os dados (nome do candidato, inscrição, número do documento 
de identidade e vaga de estágio) constantes na Folha de Respostas estão corretos. 
Em havendo falhas na Folha de Respostas, comunique imediatamente ao fiscal de sala. 
A Folha de Respostas não poderá ser dobrada, amassada ou danificada. Em hipótese alguma, será 
substituída.
Assine a Folha de Respostas no espaço apropriado.
Transfira as respostas para a Folha de Respostas somente quando não mais pretender fazer 
modificações.
Não ultrapasse o limite dos círculos na Folha de Respostas das Questões de Múltipla Escolha. 
Ao retirar-se definitivamente da sala, entregue a Folha de Respostas ao fiscal. 
 
NOME COMPLETO: 
 
DOCUMENTO DE IDENTIFICAÇÃO: 
 
 
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QUESTÕES DE MÚLTIPLA ESCOLHA 
 
AS RESPOSTAS DESTAS QUESTÕES DEVERÃO SER ASSINALADAS NA FOLHA DE RESPOSTAS 
DAS QUESTÕES DE MÚLTIPLA ESCOLHA. 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
As questões de 1 a 10 referem-se ao texto reproduzido a seguir. 
 
‘Está no livrinho?’ 
Carlos Ayres Britto 
Jurista, foi presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) 
e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) 
 
 
O genial brasileiro Tobias Barreto (1838-1889) era contundente com os pseudointelectuais que “se 
achavam”, falemos assim. Ia na jugular dos escritores que não se davam conta do mico em que 
habitualmente incidiam com suas análises e teorizações de fundo de quintal. Fruto de uma visão de mundo 
que não era senão a mais rasteira cumplicidade entre o provincianismo colonial brasileiro e os balofos 
privilégios da monarquia igualmente brasileira, com o seu acabrunhante séquito de patriarcalismo, racismo, 
patrimonialismo, compadrio, nepotismo, fisiologismo, autoritarismo, soberba, cartorialismo e o tão renitente 
quanto ilícito enriquecimento privado à custa do erário. Donde resultou o conhecido trocadilho do padre 
Antônio Vieira (1608-1697): “Os governadores chegam pobres às Índias ricas e retornam ricos das Índias 
pobres”. 
Pois bem, Tobias sapecava em tais personagens o rótulo de “figuras caricatas”. Encarnação do 
“baixo cômico”. Retrato não muito distante do que hoje é apelidado, já na esfera política nacional, de baixo 
clero parlamentar, que, no entanto, cresceu nas últimas eleições e tem influenciado o desempenho dos 
governantes centrais do País. Vale dizer, Legislativo e Executivo mais e mais se têm inclinado a confundir 
presidencialismo de coalizão programática (válido mecanismo de governabilidade por aproximação 
ideológica de forças) com presidencialismo de cooptação fisiológica (espúrio mecanismo de governabilidade 
mercadológica ou pela troca de favores redutíveis a pecúnia e empoderamento pessoal). Visão equivocada 
de exercício do poder, porquanto cumulativamente antiética e distanciada da voz ideológica das urnas. 
Ambas as instâncias estatais a tomar gosto no ofício de apenas representar que representam o povo. 
Espécie de feudal aparelhamento do Estado para a impudente festa (diria o poeta Castro Alves) do 
loteamento de ministérios de “porteiras fechadas” e do abocanho individual-parlamentar de dotações 
orçamentárias. Este último adocicadamente chamado de “orçamento imperativo”, que outra majoritária 
destinação não costuma ter senão a de custear mal disfarçados quadros oficiosos de pessoal e 
organizações civis de questionável préstimo coletivo. Quando não “fantasmas”, no plano dos fatos. 
É isso. É tal provinciana atmosfera mental de troca de favores pessoais e fidelização de viés 
partidário meramente utilitarista que habitua os agentes políticos do País a mal servir às respectivas 
instituições. Tanto quanto estas a desservir às respectivas finalidades. Modo de ser e de agir que tende a 
perpetuar um distorcido conceito social de governabilidade. Duplamente distorcido, porquanto contrário à 
vontade objetiva da Constituição e indutor de uma subjetiva resignação do povo quanto à impossibilidade 
popular de transformação das coisas. Donde a mais visível percepção de falta de unidade qualitativa na 
formação dos quadros ministeriais do Poder Executivo da União, nos últimos tempos, independentemente 
de quem esteja à testa desse Poder. Mais nítida percepção de que os governantes centrais do país tendem 
a enxergar mais os bastidores do seu entorno partidário do que o céu aberto da sociedade civil. Com o que 
se expõem ao gravíssimo risco de deixar de ser pontes para se tornarem muros perante essa mesma 
sociedade. 
A saída, no entanto, é fácil. Basta cumprir a Constituição! Basta comparar com a letra e o espírito da 
Lei Maior do País (modo metafórico de se falar do sentido e do significado de cada norma constitucional) 
tudo o que se pretenda fazer como governante mesmo! Das nomeações de auxiliares à formação de bases 
partidárias. Do respeito à Lei Orçamentária Anual à Lei de Responsabilidade Fiscal. Das concretas políticas 
públicas às prioridades que para elas a Constituição mesma já estabelece, como sucede, por ilustração, 
com os setores do meio ambiente ecologicamente equilibrado e da educação e da saúde pública. Da 
proibição do preconceito contra determinados segmentos sociais às ações afirmativas do direito a 
reparação dos danos historicamente sofridos por eles. Da prossecução das políticas públicas de distribuição 
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de renda aos economicamente débeis ao prestígio das instâncias estatais de cobrança de 
responsabilidades penais, civis e administrativas de quantos se encarreguem ou, então, ilicitamente se 
apropriem de bens, valores e dinheiros públicos. Sem jamais esquecer que toda a “ordem econômica” 
brasileira se lastreia em dois pilares constitucionais: a livre-iniciativa dos empresários e a valorização do 
trabalho humano (artigo 170). Trabalho de cujo “primado” a Constituição ainda dá conta como base da 
“Ordem Social” igualmente brasileira (artigo 193). Numa frase, basta otimizar em concreta funcionalidade 
poder e pudor, inclusão social e integração institucional ou comunitária. Tudo sob o império da mais ativada 
cidadania e plenitude da liberdade de expressão em sentido lato. 
Uma comparação ainda me parece cabível. Assim como a mais inteligente forma de ser do 
indivíduo é trilhar, sem nenhum desvio o caminho da honestidade, o modo mais inteligente de governar é 
seguir, assim, retilineamente a estrada da Constituição. Nessa perspectiva,o ser humano e todo governante 
deve não temer jamais polícia, Ministério Público, Poder Judiciário, Tribunais de Contas, Receita Federal, 
imprensa, blogs, redes sociais, e por aí vai. Cônscios do dever cumprido e em paz com o seu travesseiro. O 
chefe do Poder Executivo tendo apenas de se perguntar se tudo o que vier a fazer “está no livrinho” a que 
se referia o presidente Eurico Gaspar Dutra, chefe de governo e de Estado que esteve como inquilino do 
Palácio do Catete entre 1946 e 1950. 
 
Disponível em: <http://opiniao.estadao.com.br>. Acesso em: 22 jul. 2016. [texto adaptado] 
 
 
1. O autor revela uma visão sobre a sociedade brasileira que 
 
a) se coaduna com a visão citada do escritor Tobias Barreto. 
b) é antagônica à visão citada do escritor Tobias Barreto. 
c) se contrapõe ao teor da citação do poeta Castro Alves. 
d) é incompatível com a visão citada do Padre Antônio Vieira. 
e) se alinha com a visão dos pseudointelectuais. 
 
 
2. O quarto parágrafo do texto encadeia uma 
 
a) conclusão do quadro descrito no parágrafo anterior. 
b) comparação com o quadro descrito no parágrafo anterior. 
c) explicação das informações apresentadas no parágrafo anterior. 
d) contraposição ao quadro descrito no parágrafo anterior. 
e) retificação de informações apresentadas no parágrafo anterior. 
 
3. Considere o período: 
 
Visão equivocada de exercício do poder, porquanto cumulativamente antiética e distanciada da voz 
ideológica das urnas. 
 
A palavra em destaque é classificada como 
 
a) conjunção e pode ser substituída, sem prejuízo ao sentido, por uma vez que. 
b) conjunção e pode ser substituída, sem prejuízo ao sentido, por desde que. 
c) preposição e pode ser substituída, sem prejuízo ao sentido, por apesar de. 
d) preposição e pode ser substituída, sem prejuízo ao sentido, por portanto. 
e) conjunção e pode ser substituída, sem prejuízo ao sentido, por entretanto. 
 
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4. A ausência do acento gráfico modifica a classe gramatical de todas as palavras em 
 
a) pública, partidária e saúde. 
b) fácil, válido e nítida. 
c) rótulo, instância e questionável. 
d) viés, pública e ministério. 
e) rótulo, válido e pública. 
 
5. No quarto parágrafo do texto, o principal recurso que contribui para uma maior expressividade 
manifesta-se pela 
 
a) coexistência, em frases distintas, de ideias contraditórias. 
b) aproximação de palavras semelhantes na forma e na pronúncia. 
c) inversão intensa da ordem convencional dos termos e das frases. 
d) repetição, em frases distintas, de estruturas sintáticas semelhantes. 
e) uso, em cada frase, de palavras atenuadoras de ideias negativas. 
 
6. Considere o período: 
 
É tal provinciana atmosfera mental de troca de favores pessoais e fidelização de viés partidário 
meramente utilitarista que habitua os agentes políticos do País a mal servir às respectivas 
instituições. 
 
Assinale a opção que representa corretamente uma nova versão para esse período, considerando-se a 
flexão de número para algumas palavras que o compõem, de acordo com a norma padrão escrita do 
português. 
 
a) São tais provincianas atmosferas mentais de trocas de favores pessoais e fidelizações de viés 
partidários meramente utilitaristas que habituam os agentes políticos do País a mal servir às 
respectivas instituições. 
b) São tais provincianas atmosferas mentais de trocas de favores pessoais e fidelizações de viés 
partidários meramente utilitaristas que habitua os agentes políticos do País a mal servirem às 
respectivas instituições. 
c) São tais provincianas atmosferas mentais de trocas de favores pessoais e fidelizações de vieses 
partidários meramente utilitaristas que habituam os agentes políticos do País a mal servir às 
respectivas instituições. 
d) São tais provincianas atmosferas mentais de trocas de favores pessoais e fidelizações de vieses 
partidários meramente utilitarista que habituam os agentes políticos do País a mal servir às 
respectivas instituições. 
e) São tais provincianas atmosferas mentais de trocas de favores pessoais e fidelizações de vieses 
partidários meramente utilitaristas que habitua os agentes políticos do País a mal servirem às 
respectivas instituições. 
 
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7. Considere o trecho: 
 
 
Da prossecução das políticas públicas de distribuição de renda aos economicamente débeis [...] 
 
 
A palavra em destaque mantém relação de 
 
a) sinonímia com a palavra procrastinação. 
b) antonímia com a palavra coalizão. 
c) sinonímia com a palavra condução. 
d) paronímia coma palavra condução. 
e) homonímia com a palavra procrastinação. 
 
8. Considere o período: 
 
 
Trabalho de cujo “primado” a Constituição ainda dá conta como base da “Ordem Social” igualmente 
brasileira (artigo 193). 
 
 
 A palavra em destaque é um 
 
a) pronome possessivo, pode vir ou não antecedido de preposição e refere-se a “primado”. 
b) pronome relativo, pode vir ou não seguido de preposição e refere-se a “primado”. 
c) pronome relativo, sempre ocorre antecedido de preposição e refere-se a “Trabalho”. 
d) pronome possessivo, sempre ocorre antecedido de preposição e refere-se a “Trabalho”. 
e) pronome relativo, pode vir ou não antecedido de preposição e refere-se a “Trabalho”. 
 
9. Considere o trecho: 
 
 
[...] a livre-iniciativa dos empresários e a valorização do trabalho humano (artigo 170). 
 
 
A flexão para o plural da palavra em destaque segue a mesma orientação normativa de 
 
a) guarda-sol. 
b) guarda-florestal. 
c) franco-brasileiro. 
d) porta-bagagem. 
e) mapa-múndi. 
 
10. Assim como a palavra “jugular”, grafam-se também com a letra inicial “J”, conforme ortografia oficial da 
língua portuguesa, as palavras 
 
a) jiboia e jia. 
b) jiló e jigolô. 
c) jirino e jusante. 
d) jenipapo e jeringonça. 
e) jenuflexão e jerimum. 
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 
 
11. Um professor executa sua prática docente dando ênfase à atualização de potencialidades dos alunos. 
Para isso, busca transmitir a maior quantidade possível de conhecimentos e de valores de uma 
sociedade estável. Utiliza recursos do método expositivo e procedimentos de exposição oral ou a 
exposição escrita dos manuais escolares. Na avaliação, utiliza exercícios de fixação e provas periódicas 
nos quais exige a reprodução do conhecimento. 
 
Esse professor utiliza, em seu fazer docente, os fundamentos teóricos práticos educativos da escola 
 
a) tradicional. 
b) tecnicista. 
c) renovada. 
d) construtivista. 
e) progressista. 
 
12. Gramsci, em sua abordagem sociológica da educação, vê a escola como um espaço da contraideologia, 
um espaço de formação de sujeitos comprometidos com o papel de criar e fomentar a consciência entre 
os membros da classe a que pertencem. 
 
A esses sujeitos, Gramsci chama de 
 
a) líderes comunitários. 
b) pensadores críticos. 
c) intelectuais orgânicos. 
d) cientistas sociais. 
e) mediadores políticos. 
 
13. A prática pedagógica está articulada com uma pedagogia, que nada mais é que uma concepção 
filosófica da educação. Com base nessa afirmação, analise os depoimentos de três professores: 
 
I. “Percebo que os alunos bem-sucedidos são aqueles que têm mais facilidade para o trabalho 
intelectual. Nem todos nasceram para esse tipo de atividade.” 
II. “Costumo dar muitos exercícios e trabalhos para meus alunos, pois estimulam o gosto pelo 
conhecimentoe aceleram a aprendizagem.” 
III. “Acho importante estimular a espontaneidade da criança, deixá-la trabalhar em grupo, manipular e 
experimentar materiais. 
 
É correto afirmar que as concepções filosóficas de educação contidas nos depoimentos desses 
professores são, respectivamente, 
 
a) I. Empirista; II. Inatista; e III. Construtivista. 
b) I. Inatista; II. Empirista; e III. Construtivista. 
c) I. Construtivista; II. Empirista; e III. Inatista. 
d) I. Inatista; II. Construtivista; e III. Empirista. 
e) I. Empirista; II. Construtivista; e III. Inatista. 
 
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14. O ciclo constituído pela rotulação, discriminação e exclusão do estudante contribui para aprofundar as 
desigualdades educacionais ao invés de combatê-las. 
 
A fim de equiparar as oportunidades para todos, os sistemas educacionais precisam 
 
a) adotar um modelo caracterizado pela uniformidade na abordagem educacional do currículo: uma 
aula, um conteúdo curricular e uma atividade para todos na sala de aula. 
b) manter um sistema de observação e acompanhamento constantes para que os alunos que 
permanecem à margem da escolarização sejam encaminhados a especialistas de áreas distintas. 
c) promover reformas cuja característica central deve ser a flexibilização do conteúdo curricular e o 
modo como o currículo é incorporado à atividade escolar. 
d) direcionar as instituições a adotar critérios de semelhança e heterogeneidade, pois os 
agrupamentos constituem um fator que influi no êxito escolar de pessoas excluídas. 
e) reconhecer as diferenças individuais dos aluno(a)s com necessidades educativas especiais, a partir 
das quais a ação educacional deve ser padronizada. 
 
15. Conceber a prática educativa como uma atividade heurística é considerar o caráter subjetivo das 
variáveis que intervêm nos processos de ensino e aprendizagem. 
 
Em consequência disso, a intervenção em sala de aula deve 
 
a) focar nos instrumentos, pois as escolhas certas dos meios e procedimentos e a sua competente e 
rigorosa aplicação garantem a aprendizagem dos conteúdos escolares e evitam que a subjetividade 
e a individualidade se sobreponham à aprendizagem. 
b) partir dos significados que fluem no grupo, incluindo as experiências cotidianas anteriores e 
paralelas à escola, que devem ser valorizadas como experiências de aprendizagem e 
gradativamente colocadas em contato progressivo com o conhecimento acadêmico. 
c) ser fundamentada nos diagnósticos realizados a partir de iniciativas e estratégias, quando é 
detectado se os objetivos previstos no programa foram alcançados, afinal, a prática educativa é um 
modelo de intervenção que se apoia nas atividades do conhecimento científico. 
d) levar em consideração que as condutas de docentes e alunos, em ambiente de aula, são genéricas 
e universalmente válidas, portanto devem orientar-se pelas manifestações observáveis e 
quantificáveis que possam ser comparadas com outras realidades. 
e) enfatizar os processos de aprendizagem e os mecanismos cognitivos dos alunos, focalizar sua 
atenção no indivíduo como sujeito de aprendizagem e entender que a realidade exterior depende do 
significado que esse sujeito dá a ela, sendo ou não fator de influência. 
 
16. Na filosofia da educação, existem grupos que interpretam o sentido da educação na sociedade de 
maneira diversa. Essas compreensões de educação se sedimentam em teorias educacionais, que, por 
sua vez, se ancoram em tendências pedagógicas na prática escolar. 
 
Nesse sentido, assinale a opção que traz a relação correta entre teoria educacional e tendência 
pedagógica. 
 
a) Teoria da Educação como Reprodução da Sociedade – Tendência Progressista Libertadora. 
b) Teoria da Educação como Redenção da sociedade – Tendência Progressista Libertária. 
c) Teoria da Educação como Violência Simbólica – Tendência Liberal Tradicional. 
d) Teoria da Educação como Transformação da Sociedade – Tendência Crítico-Social dos Conteúdos. 
e) Teoria da Educação Dualista - Tendência Liberal Renovada Não-Diretiva. 
 
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17. Como prática social, a educação tem como lócus privilegiado 
 
a) o currículo escolar, como finalidade educativa. 
b) a escola, entendida como espaço de garantia de direitos. 
c) a gestão, como principal interlocutora do ato educativo. 
d) a sociedade, por estar a serviço da escola. 
e) o projeto pedagógico, por atender às finalidades legais e burocráticas. 
 
 
18. Sabemos que diversas tendências teóricas pretenderam dar conta da compreensão e da orientação da 
prática educacional em diversos momentos e circunstâncias da história humana. 
 
Acerca desse tema, é correto afirmar: 
 
a) a filosofia e a pedagogia devem ser traduzidas e operacionalizadas em práticas históricas e, com 
elas, pretende-se produzir efeitos delimitados aos homens de forma individual. 
b) a classificação e a descrição das tendências teóricas da educação poderão funcionar como um 
instrumento de análise para o professor avaliar a sua prática de sala de aula. 
c) a filosofia é uma tendência teórica que trabalha com o desenvolvimento dos jovens e das novas 
gerações de uma sociedade. 
d) as tendências e suas manifestações são mutuamente exclusivas, o que facilita sua classificação, ainda 
que seja possível perceber que, a cada nova tendência, há um complemento para as anteriores. 
e) a educação é a reflexão sobre como devem ser ou como devem se desenvolver os jovens e a 
sociedade. 
 
19. Sobre o Tecnicismo no Brasil, é correto afirmar: 
 
a) a burocratização do ensino foi minimizada, e os professores deixaram de preencher formulários 
manuais com o detalhamento dos objetivos de cada passo do programa a ser cumprido em sala de 
aula, em razão do advento das novas tecnologias educacionais. 
b) houve grande investimento e atenção na reforma do 2º grau, com a implantação do ensino 
profissionalizante, e atingiu-se, de forma eficaz, os objetivos pretendidos para a melhoria dos 
setores produtivos. 
c) firmou-se nos anos 70, alicerçado no princípio da otimização, racionalidade, eficiência e 
produtividade e, com sua organização racional e mecânica, visava corresponder aos interesses da 
sociedade industrial. 
d) a inclusão de disciplinas técnicas no currículo teve por consequência a exclusão de disciplinas, 
como química, e a diminuição de carga horária de outras, como história e física. 
e) a escola pública conseguiu, de fato, a formação de mão-de-obra qualificada, apta a ocupar postos 
de trabalhos importantes e bem remunerados na indústria e no setor de serviços em expansão. 
 
20. Anísio Teixeira destacou-se no cenário da educação brasileira, na década de trinta, ao influenciar o 
pensamento pedagógico da época trazendo os fundamentos da Escola Nova como proposta a ser 
implantada no sistema educativo brasileiro. 
 
No ideário de Anísio Teixeira, os elementos fundamentais que prevaleceram e caracterizaram suas 
concepções filosóficas acerca da educação foram 
 
a) o Materialismo e o Racionalismo. 
b) a Escolástica e o Empirismo. 
c) a Fenomenologia e o Marxismo. 
d) o Existencialismo e o Estruturalismo. 
e) o Liberalismo e o Pragmatismo. 
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21. Registra-se que, integrados e em paralelo aos processos de democratização da sociedade brasileira, 
vêm sendo obtidos avanços no caminho da inclusão de todas as pessoas nas escolas. 
 
Sobre esses avanços, assinale a opção correta. 
 
a) Há maisavanços do que entraves na educação brasileira, pois atores e instituições transformaram e 
superaram a histórica tradição de a educação servir como produto e produtora de exclusões sociais 
dos mais diversos tipos. 
b) Há movimentos inclusivos que defendem o acesso das pessoas com deficiência à escola, bem 
como movimentos sociais que lutam pelo direito a uma educação de qualidade para grupos étnico-
raciais diferentes. 
c) A resistência da sociedade em mudar o paradigma que sustenta um perfil excludente de educação 
não constitui mais entrave para a constituição da inclusão educacional. 
d) A escola tem cumprido o seu papel de mudança, porém os alunos precisam ressignificar seus 
comportamentos de acordo com o paradigma de ética, cidadania e democracia que sustenta os 
movimentos inclusivos. 
e) Os programas educacionais têm dirigido, prioritariamente, os focos dos conteúdos, dos métodos e 
das relações humanas para a aprendizagem dos estudantes e não apenas para o ensino de 
temáticas descontextualizadas. 
 
22. Leia o texto a seguir. 
 
A História de Maya 
“O meu nome é Maya. Nasci há 14 anos numa pobre família camponesa. Já havia muitas crianças, 
portanto, quando eu nasci, ninguém ficou feliz. Quando eu era ainda muito pequena, aprendi a ajudar a 
minha mãe e as minhas irmãs mais velhas nas tarefas domésticas. Varri o chão, lavei roupas e 
carreguei água, bem como lenha. Alguns dos meus amigos brincavam na rua, mas eu não podia juntar-
me a eles. Ficava muito feliz quando me permitiam ir à escola. Lá, fiz amigos novos e aprendi a ler e a 
escrever. Mas, quando cheguei ao 4º ano os meus pais interromperam os meus estudos. O meu pai 
disse que não havia dinheiro para pagar as despesas escolares e que eu era precisa em casa para 
ajudar a minha mãe e os restantes. Se tivesse a possibilidade de nascer de novo, preferiria ser rapaz. ” 
 
Fonte: Nações Unidas. 2000. Relatório do Milénio das Nações Unidas. 
 
Com base no texto e nas políticas contemporâneas da Educação, é correto afirmar que 
 
a) a educação é um direito universal, porém, em algumas sociedades, é resguardado o direito 
individual das famílias de interromperem a escolaridade de crianças na faixa etária de Maya. 
b) o pai de Maya, legalmente, age de forma correta ao retirá-la da escola por motivos financeiros, pois, 
sendo mulher e pertencente a uma comunidade pobre, a instrução escolar não lhe será útil. 
c) o direito à educação obrigatória se refere aos níveis mais elementares da escolaridade, portanto o 
pai de Maya não usurpa o seu direito à educação ao interromper seus estudos no 4º ano. 
d) Maya, de acordo com a legislação brasileira, tem, obrigatoriamente, que frequentar a escola pública 
gratuita, e a família e o Estado têm o dever de matriculá-la e mantê-la estudando. 
e) Maya é um caso à parte de uma sociedade fechada que vai contra as estatísticas mundiais sobre a 
escolaridade de meninas, pois estas lideram o acesso à escola e a permanência na educação. 
 
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23. O direito à educação tem uma base sólida internacional nos direitos humanos, sendo registrado em um 
conjunto variado de documentos existentes, de caráter universal e regional, no âmbito dos direitos 
humanos. Nesse sentido, constituem-se obrigações dos Estados o respeito, a proteção e a 
implementação do direito à educação. 
 
No que concerne à proteção, é obrigação dos Estados 
 
a) concretizar, progressivamente, o direito universal à educação com a adoção de meios viáveis e o 
alcance de resultados aceitáveis, segundo objetivos preestabelecidos. 
b) garantir que todas as escolas estejam em conformidade com critérios mínimos estabelecidos, bem 
como verificar se a educação é aceitável tanto para os pais como para os filhos. 
c) tomar medidas, por meio de legislação ou por outros meios, que previnam e proíbam a violação, por 
terceiros, de direitos individuais e liberdades. 
d) assegurar o gozo do direito à educação, garantindo o acesso de todas as pessoas às instituições 
escolares existentes com base no respeito à diversidade e não na discriminação. 
e) dar liberdade aos pais de escolher escolas privadas ou públicas para os seus filhos e de assegurar 
a educação religiosa e moral das suas crianças de acordo com suas convicções. 
 
 
24. “Uma das tarefas mais importantes da prática educativo-crítica é propiciar as condições em que os 
educandos, em suas relações uns com os outros e todos com o professor ou a professora, ensaiam a 
experiência profunda de assumir-se. Assumir-se como ser social e histórico, como ser pensante, 
comunicante, transformador, criador, realizador de sonhos, capaz de ter raiva porque capaz de amar 
[...]”. 
 
Esse trecho refere-se à prática educativa preconizada na Pedagogia 
 
a) Montessoriana. 
b) Libertária. 
c) Libertadora. 
d) Renovada. 
e) Reacionária. 
 
25. Com base na abordagem sociológica da educação de Durkheim, é correto afirmar: 
 
a) todas as crianças devem receber ideias e práticas, que são valores do seu povo, da sua nação até 
um certo ponto de sua vida escolar. Num dado momento da vida, a educação deve ser diferenciada 
para que os jovens assumam os seus papéis na sociedade. 
b) o desenvolvimento social está intimamente ligado à educação, e o progresso da sociedade está 
ligado às escolhas individuais das pessoas, as quais podem, graças à instrução garantida pelo 
Estado, desenvolver suas aptidões e potencialidades. 
c) todos os professores, funcionários e alunos, adultos e jovens, na relação que estabelecem, 
aprendem e ensinam, apesar das diferenças de conhecimento, idade e responsabilidades. Porém o 
indivíduo deve ser respeitado por seus talentos próprios e aptidões. 
d) cada homem deve ser preparado para refletir, pensar e ser dirigente do país e, simultaneamente, 
para a ação, execução do trabalho manual e a obediência. 
e) deve haver uma geração de pessoas adultas e outra de jovens, para que haja educação, e uma 
ação educativa exercida a partir das necessidades formativas e do protagonismo dos jovens. 
 
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26. A Constituição de 1988 marca um novo conceito de participação na formulação das políticas públicas de 
educação no Brasil, pois 
a) trouxe uma configuração de participação que dá ênfase à questão da formulação das políticas 
públicas como programas de governo. 
b) manteve o princípio de organização da educação em sistemas de ensino, acrescentando o ente 
federado município como gestor facultativo das políticas públicas locais. 
c) estabeleceu a meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do produto 
interno bruto. 
d) passou a representar a pluralidade das vozes articuladas por meio das entidades da sociedade civil 
organizada. 
e) ordenou como fonte adicional de financiamento a contribuição social do salário-educação, recolhida 
pelas empresas. 
 
27. Após a promulgação da Constituição de 1988, o primeiro passo efetivo dado pelo Ministério da 
Educação (MEC) para a definição de uma nova política de educação sob a égide dessa nova 
Constituição foi a 
 
a) formação do Fórum Nacional em Defesa da Escola Pública. 
b) aprovação do Manifesto em Defesa da Escola Pública e Gratuita. 
c) elaboração do primeiro Plano Decenal de Educação para Todos. 
d) organização de um Sistema Nacional de Educação. 
e) promulgação da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação. 
 
28. As teorias antiautoritárias fazem uma das mais radicais críticas à escola tradicional quando denunciam 
o seu caráter autoritário. Essas teorias se voltam menos para as questões dos métodos e processos de 
ensinar e passam a enfatizara recusa do exercício do poder e uma educação realizada em liberdade e 
pela liberdade. 
 
No Brasil, as teorias antiautoritárias 
 
a) foram implantadas por operários, em meados do século XX e, em parceria com o Estado e a Igreja, 
criaram centros de estudos sociais, escolas operárias e universidades populares, onde prevaleciam 
os princípios de autogestão e da educação integral. 
b) tiveram como um dos principais representantes e divulgador do anarquismo Michel Lobrot que, em 
meados do século XX tentou aplicar, em aula, no Colégio Pedro II, os princípios libertários e, por 
isso, foi exilado. 
c) tiveram como principais características a conciliação entre a não diretividade e o Marxismo, o 
predomínio das análises psicológicas, da pedagogia institucional e o esmerado cuidado pelas 
causas sociais e diferenças de classe. 
d) foram influenciadas pelos trabalhos da Escola de Frankfurt, por meio de assimilação de conceitos 
capazes de propiciar a reflexão sobre escola e sociedade, embora vinculada à obra de educadores 
espanhóis e italianos. 
e) chegaram no final do século XIX trazidas, sobretudo, por imigrantes italianos e espanhóis que, ao se 
organizarem em sindicatos, desenvolveram experiências educativas fundadas na Pedagogia 
Libertária. 
 
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29. Observe os gráficos a seguir, do Censo Escolar 2015, que tratam de um comparativo entre o número de 
matrículas em escolas exclusivas, classes especiais e classes comuns no período de 2007 a 2015, no 
âmbito da Educação Especial. 
 
 
 
Fonte: portal.mec.gov.br/.../36521-apresentacao-censo-escolar-divulgacao-22032016-pdf. Disponível em: 
<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=36521-apresentacao-censo-escolar-
divulgacao-22032016-pdf&Itemid=30192>. Acesso em 06 agosto 2016. 
 
 
Da comparação feita entre os três gráficos, é correto afirmar que 
 
a) o número de alunos matriculados em turmas exclusivas, no ano de 2010, era maior no Ensino Médio 
do que na Educação Infantil e no Ensino Fundamental. 
b) a política de inclusão escolar foi mais eficiente e trouxe maior fluxo de alunos com deficiência, em 
classes comuns da Educação Infantil do que em classes comuns do Ensino Fundamental. 
c) a inclusão escolar na Educação Infantil e no Ensino Fundamental trouxe reflexos positivos no fluxo 
escolar dos alunos com deficiência, que passaram a ter acesso ao Ensino Médio. 
d) as classes especiais e escolas exclusivas de Educação Infantil refletem, em igual proporção, o fluxo 
escolar nas mesmas classes do Ensino Fundamental até o ano de 2011. 
e) o Ensino Médio apresentou, em 2015, o número de matrículas em classes comuns igual ao da 
Educação Infantil e o número de matrículas em turmas exclusivas maior. 
 
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30. A Declaração Mundial sobre Educação para Todos aponta que todas as nações têm valiosos 
conhecimentos e experiências a compartilhar, com vistas à elaboração de políticas e programas 
educacionais eficazes. 
 
Para isso, é necessário que 
 
a) a solidariedade internacional seja fortalecida. 
b) o acesso à educação e a equidade sejam universalizados. 
c) a aliança entre os entes federados seja fortalecida. 
d) o raio e os meios de ação da educação sejam ampliados. 
e) a atenção à aprendizagem seja universal. 
 
31. Analise o trecho a seguir. 
 
 
Em uma sala de aula onde estudam meninos e meninas há docentes que tendem e acreditam que as 
meninas são mais estáveis, organizadas, trabalhadoras, responsáveis, maduras, menos dotadas para as 
supostas disciplinas científicas e técnicas e mais interessadas pela literatura ou assuntos domésticos. 
Em consequência, agem de forma diferente com meninos e meninas. 
 
Adaptado de: Educar na diversidade: material de formação docente. Org: Cynthia Duk. Brasília: Ministério da 
Educação, Secretaria de Educação Especial, 2005.pag 86 
 
 
As atitudes desses docentes em relação a meninos e meninas são 
 
a) reflexos da criação de escolas para todos, nas quais ambos os sexos convivem no mesmo ambiente 
e, naturalmente, deve-se estabelecer uma relação de proteção e valorização das características 
típicas femininas. 
b) contribuições indiretas à perpetuação do machismo nos ambientes sociais, ainda que a mulher 
tenha maior presença nos centros de poder e as questões de gênero tenham sido vinculadas à 
formação escolar de modo geral. 
c) reflexos de práticas educativas adotadas por alguns professores para estabelecer relação com a 
questão de gênero, no intuito de ensinar meninos meninas a respeitarem e a desfrutarem da riqueza 
propiciada pela diversidade. 
d) regidas por práticas educacionais e sociais que reproduzem estereótipos vinculados aos papéis 
femininos e masculinos e refletem a necessidade de ações escolares inclusivas para pessoas do 
sexo feminino. 
e) manifestações de uma cultura generalizada, em nível macrossocial, que refletem formas de pensar 
e de atuar discriminatórias para o gênero feminino, porém sem vinculação com os fatores de 
exclusão escolar. 
 
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Considere a charge a seguir para responder as questões 32 e 33. 
 
Fonte: TAPSCOTT, Don. Geração digital: a crescente e irreversível ascensão da geração Net. São Paulo: Makron 
Books, 1999. Disponível em: <https://www.unifebe.edu.br/02_ead/fund_teorica_EAD_Unifebe_ 
13mar2006.pdf>. Acesso em: 30 jul 2016. 
 
32. Em se tratando do papel social do educador na contemporaneidade, a charge acima remete a um dos 
desafios dessa atuação, o qual consiste na necessidade de transformar informação em conhecimento. 
 
Centrando-se nesse desafio, a fundamentação para a resposta do educador à pergunta feita pelo 
educando, na charge, está 
 
a) na percepção de que a finalidade pedagógica atual prescinde de mudanças na forma de ensinar e 
aprender, uma vez que, na sala de aula, os estudantes estão acostumados a receber o conhecimento 
pronto do professor e esperam que ele continue dando aula seguindo o modelo já consolidado. 
b) na ideia de que a definição do conjunto de estratégias de ensino, na atualidade, é competência do 
professor, constituindo-se na garantia do pleno sucesso da ação docente no tratamento didático 
dado ao conhecimento sistematizado. 
c) na compreensão de que saber diferenciar informação de conhecimento tem pouca interferência no 
fazer docente atual, uma vez que as informações em circulação, objeto da transposição didática, já 
estão incluídas no currículo escolar. 
d) no ideário de que ensinar é uma atividade de transmissão de conhecimentos, de maneira que há 
um professor que ensina e um aluno que aprende, por meio de uma relação unilateral na qual se 
anula a troca de saberes. 
e) no entendimento de que, na sala de aula, o aluno é um aprendiz ativo e participante, que se torna 
criativo, pesquisador e atuante para produzir conhecimento, por meio de ações que realiza sozinho, 
com seus colegas, com seu meio, mas, sobretudo, a partir da mediação do professor. 
 
33. Da leitura da charge ainda é possível inferir que a atuação desse profissional exige conhecimentos 
integrais e globalizados. 
 
Apoiando-se no referencial freireano, o papel social do educador na atualidade consiste em 
 
a) reproduzir, por meio da escola, o modelo de verticalização das relações, assumindo, na prática, 
uma postura autocrática, a serviço da manutenção da ordem social hegemônica. 
b) identificar, no ambiente educativo,os fatores correspondentes às múltiplas inteligências em cada 
aprendiz e explorá-las para atingir o objetivo final que é o aprendizado de determinados conteúdos 
e o desenvolvimento de competências. 
c) identificar os conhecimentos prévios dos alunos como o fator mais importante do processo de 
ensino, tendo em vista a necessária adaptação à sociedade técnico-industrial. 
d) ensinar tudo o que o indivíduo precisa aprender, a fim de cumprir com o estabelecido no currículo 
sistematizado como garantia para o desempenho acadêmico dos estudantes. 
e) investir na emancipação do sujeito solidário, ativo e com capacidade de resolver problemas e 
transformar a realidade, tornando o ambiente educativo humanizado, criativo e desafiador, a fim de 
construir o aluno cidadão. 
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34. A educação é um ato político e ideologicamente comprometido. Por isso, todo educador deve estar 
ciente de seu papel social e de sua responsabilidade. 
 
Para responder aos desafios educacionais contemporâneos, o educador cumpre o seu papel político 
quando 
 
a) delimita sua atuação na adesão a assembleias e mobilizações, a fim de reivindicar a garantia de 
direitos da categoria de trabalhadores da educação. 
b) cumpre, com exímio rigor, os prazos estabelecidos, no atendimento às determinações burocráticas 
do sistema educacional. 
c) desenvolve, com competência técnica, a sua prática pedagógica associada à luta política, com 
vistas a um projeto societário de base cidadã. 
d) contribui para uma formação do trabalhador alinhada às necessidades do mercado globalizado. 
e) assume processos e estratégias de ensino em sintonia com uma neutralidade científica e técnica. 
 
35. No ideário de profissional crítico, reflexivo e inovador, capaz de compreender os contextos social, 
econômico, cultural e político em que vive, constituem aspectos fundantes do perfil de formação do 
educador, na atualidade, a 
 
a) docência, os saberes teóricos e os saberes intraescolares. 
b) carreira docente, a academia e a formação continuada. 
c) qualificação, a formação pedagógica e a formação ético-política. 
d) formação inicial, os saberes curriculares e o aperfeiçoamento. 
e) graduação, o estágio e a especialização. 
 
36. Apoiando-se no paradigma de professor-pessoa como aquele que ensina e, ao ensinar, também 
aprende, defende-se um perfil de formação pautado em três dimensões: professor, agente da memória; 
professor, agente de valores; e professor, agente das inovações. 
 
Na mediação das interações comunicativas próprias do ato educativo, a dimensão professor como 
agente de valores pressupõe a formação de um educador 
 
a) com competência para atuar como um profissional responsável pela aquisição, pela reflexão, pela 
transmissão e pela manutenção de aspectos da cultura herdados de geração a geração. 
b) com capacidade para criar pontes entre os estudantes que têm acesso ilimitado aos mais 
avançados equipamentos e os que dependem, exclusivamente, do espaço escolar para ingressar e 
vivenciar novas experiências nessa dimensão. 
c) que se posicione enquanto profissional que irá auxiliar na compreensão, na utilização, na aplicação 
e na avaliação crítica das novas descobertas, surgidas em todas as épocas e requeridas ou 
incorporadas à cultura escolar. 
d) com aptidão para aproximar o conhecido e o desconhecido, atuando como agente das novidades, 
das informações e das notícias orientadas para a efetivação da aprendizagem escolar. 
e) que compreenda que a sua função influencia os comportamentos e as atitudes dos educandos, bem 
como é capaz de estimular a identidade e a sociabilidade com e entre os seus alunos. 
 
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37. Com o advento do capitalismo, muda-se não só a forma de organização da sociedade mas também as 
relações de produção e as concepções de homem, trabalho e educação. 
Frente às mudanças citadas, pensar uma educação comprometida com o social e com a 
contemporaneidade pressupõe, primordialmente, 
 
a) entender que a educação se constitui em uma atividade humana e histórica que se define na 
totalidade das relações sociais. 
b) compreender que o acesso ao saber sistematizado prescinde da necessidade de promovê-lo 
democraticamente a todos os cidadãos. 
c) facultar a educação escolar da socialização e difusão dos saberes sistematizados. 
d) franquear a instituição escolar de aliar o saber científico ao saber popular. 
e) assegurar que o currículo escolar oficial da educação seja transmitido e assimilado pelos estudantes. 
 
Leia o trecho a seguir para responder as questões 38 e 39. 
 
“Na perspectiva dos homens de negócios, nesse novo modelo de sociedade, a escola deve ter por 
função a transmissão de certas competências e habilidades necessárias para que as pessoas atuem 
competitivamente num mercado de trabalho altamente seletivo e cada vez mais restrito”. 
 
Fonte: SILVA, Tomaz Tadeu da; GENTILI, Pablo. (org.). Escola S.A: quem ganha e quem perde no mercado 
educacional do neoliberalismo. Brasília, CNTE, 1996. 
 
38. O trecho acima expressa a função social da escola fundamentada numa visão 
 
a) libertária. 
b) progressista. 
c) neoliberal. 
d) estruturalista. 
e) holística. 
 
39. Em contraposição à visão expressa no trecho, quando a perspectiva de educação como construção 
histórica é idealizada e a de formação humana é almejada, a finalidade da escola é 
 
a) desenvolver as potencialidades dos sujeitos e a apropriação do saber socialmente produzido, por 
meio de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores, objetivando a formação integral com base 
nos aspectos físico, político, social, cultural, filosófico, profissional e afetivo. 
b) modelar o comportamento humano nos anos iniciais da escolaridade, utilizando métodos, técnicas e 
estratégias de ensino-aprendizagem específicas, voltadas ao favorecimento do desempenho 
acadêmico e intelectual dos indivíduos. 
c) habilitar técnica, social e ideologicamente pessoas para atender ao mercado do trabalho, de forma a 
responder às demandas do capital. 
d) preparar técnica e moralmente os estudantes para assumir postos de trabalho na sociedade do 
conhecimento. 
e) formar atitudes nos alunos com vistas à adequação de suas necessidades individuais ao seu meio 
social e à vida laboral. 
 
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40. Em sintonia com as exigências do contexto atual, exige-se pensar a função social da escola numa 
perspectiva crítica, o que implica 
 
a) entender sua configuração como espaço contraditório, critério fundante para a elaboração do seu 
regimento como guia de todas as ações institucionais. 
b) repensar o seu próprio papel, sua organização e os atores que a compõem, problematizando-a a 
partir da dualidade entre a escola que temos e a escola que queremos. 
c) convocar os segmentos da comunidade escolar para conhecer as normativas de funcionamento 
institucional e para a oficializar o currículo. 
d) reconhecer o seu protagonismo na efetivação de seu papel de socializar e aculturar os sujeitos em 
função de um projeto societário globalizado. 
e) solucionar as desigualdades de classes, centrando-se no processo formativo e no desenvolvimento 
intelectual de cada indivíduo. 
 
41. O art. 5º, § 2º da Lei Federal n° 9.394/1996 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – e suas 
atualizações preconiza que o acesso à educação básica obrigatória é direito público subjetivo, podendo 
qualquer cidadão, grupo de cidadãos,associação comunitária, organização sindical, entidade de classe 
ou outra legalmente constituída e, ainda, o Ministério Público, acionar o poder público para exigi-lo. 
 
Em todas as suas esferas administrativas, o Poder Público assegurará, em primeiro lugar, 
 
a) a gratuidade do ensino laico, contemplando, em seguida, a modalidade de educação de jovens e 
adultos, o ensino infantil e a educação fundamental. 
b) o acesso ao ensino obrigatório, contemplando, em seguida, os demais níveis e modalidades de 
ensino, conforme as prioridades constitucionais e legais. 
c) a educação básica propedêutica de 0 (zero) a 17 (dezessete) anos de idade, contemplando, em 
seguida, as demais modalidades, em conformidade com a garantia do sucesso escolar dos 
estudantes. 
d) o ensino geral gratuito, contemplando, em seguida, as modalidades de educação de jovens e 
adultos, a educação especial e a educação profissional, zelando pela garantia do direito objetivo à 
educação. 
e) o acesso à educação dos 03 (três) aos 16 (dezesseis) anos de idade, zelando pela frequência e 
pela continuidade dos estudos por parte dos estudantes. 
 
42. De acordo com o prescrito no art. 3º da Lei Federal n° 9.394/1996 – Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional – e suas atualizações, a educação tem por finalidade o pleno desenvolvimento do 
educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho, sendo um dos 
princípios para ministrar o ensino a vinculação entre 
 
a) o acesso, a permanência e o sucesso escolar. 
b) as práticas pedagógicas e o rendimento escolar. 
c) a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais. 
d) os saberes curriculares e a diversidade cultural. 
e) a liberdade de aprender e as concepções de ensinar. 
 
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43. Nos termos do art. 12 da Lei Federal n° 9.394/1996 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – 
e suas atualizações, assegurar o cumprimento dos dias letivos e das horas-aula estabelecidas e prover 
meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento são duas das incumbências 
 
a) dos estabelecimentos de ensino. 
b) dos professores. 
c) de cada ente federativo. 
d) da equipe gestora. 
e) do conselho de escola. 
 
44. Nos termos do art. 19 da Lei Federal n° 9.394/1996 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – 
e suas atualizações, as instituições de ensino dos diferentes níveis classificam-se nas seguintes 
categorias administrativas: 
 
a) públicas ou comunitárias, assim entendidas as escolas de ensino fundamental, médio e infantil 
administradas pelos três entes federativos; e privadas, assim entendidas as particulares e as 
filantrópicas, mantidas pelo direito privado. 
b) gratuitas, assim entendidas as escolas de ensino fundamental e médio e as creches mantidas pelo 
Estado; particulares ou equivalentes, assim entendidas os espaços escolares e não-escolares com 
dependência administrativa empresarial. 
c) rede pública, assim caracterizadas as instituições gratuitas e filantrópicas, mantidas por pessoas 
físicas de direito público; e rede particular, assim caracterizadas as escolas particulares no sentido 
estrito e as comunitárias mantidas pelo direito privado. 
d) públicas, assim entendidas as criadas ou incorporadas, mantidas e administradas pelo Poder 
Público; e privadas, assim entendidas as mantidas e administradas por pessoas físicas ou jurídicas 
de direito privado. 
e) rede pública, assim caracterizadas as escolas estatais, as confessionais e demais filantrópicas, 
mantidas sem fins lucrativos; e rede particular, assim caracterizadas as particulares e as 
comunitárias, administradas por pessoas jurídicas e com fins lucrativos. 
 
45. Ao tratar da composição dos níveis escolares da educação brasileira, o art. 21 da Lei Federal n° 
9.394/1996 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – e suas atualizações define que a 
educação básica é formada 
 
a) pela pré-escola, pelo ensino fundamental e pelo ensino médio. 
b) pelo ensino pré-escolar, pela Educação de jovens e adultos e pelo segundo grau. 
c) pela educação infantil, pela educação a distância e pela educação especial. 
d) pelo ensino fundamental I, ensino fundamental II e ensino médio. 
e) pela educação infantil, pelo ensino fundamental e pelo ensino médio. 
 
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46. Em se tratando das regras comuns para a organização e o funcionamento dos níveis fundamental e 
médio, o art. 24 da Lei Federal n° 9.394/1996 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – e suas 
atualizações estabelece que a carga horária mínima 
 
a) terá que se adequar às peculiaridades locais, com base em critérios do respectivo sistema de 
ensino, podendo oscilar o número de horas letivas previsto em Lei, quando o processo de 
aprendizagem assim recomendar. 
b) poderá organizar-se em regimes e períodos anuais ou semestrais, com base em critérios 
específicos e distintos, a depender de cada sistema de ensino, adequando-se, inclusive, a 
condições culturais, climáticas e econômicas locais. 
c) será de oitocentas horas-aula anuais, distribuídas por um mínimo de duzentos dias letivos e em 
quatro bimestres, podendo incluir o tempo reservado aos exames finais, quando previsto. 
d) deverá dispor de oitocentas horas anuais, distribuídas em quatro bimestres, totalizando até 
duzentos dias letivos, sendo reservados, desse total, 10 dias para a realização dos exames finais. 
e) será de oitocentas horas, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar, 
excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver. 
 
47. Destaca-se, entre os mais significativos paradigmas da pedagogia contemporânea, a expoente obra de 
Paulo Freire. Remetendo-se às influências do ideário freireano e suas contribuições à educação, observe 
a figura que segue. 
 
 
 
 
Fonte: disponível em: <http://paraosprofessores.blogspot.com.br/2013/09/resumo-do-livro-paulo-freire-pedagogia.html>. 
Acesso em 04 ago 2016. 
 
A leitura da imagem faz referência a um dos ensinamentos inerentes ao ato de ensinar apresentados 
por Paulo Freire, na obra Pedagogia do Oprimido, denominado 
 
a) “Ensinar exige pesquisa”. 
b) “Ensinar não exige estética”. 
c) “Ensinar exige rigorosidade metódica”. 
d) “Ensinar não é transferir conhecimento”. 
e) “Ensinar exige consciência do inacabamento”. 
 
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48. De acordo com o pensamento pedagógico freireano, a educação bancária é centrada 
 
a) no paradigma problematizador, no qual o conteúdo depositado no programa é construído a partir da 
realidade dos educandos, respeitando seus conhecimentos prévios. 
b) na ideologia da opressão, na qual o educando é visto como um sujeito despossuído de saber e, por 
isso mesmo, fadado a se tornar depósito das verdades do professor. 
c) na perspectiva dialógica, na qual o bom educador deposita o que ensina e aprende ao ensinar e os 
alunos aprendem e ensinam ao aprender. 
d) na autonomia, expressa na relação de igual para igual, em que o educador é o mediador do 
processo de formação e os educandos são os seus protagonistas. 
e) no conhecimento, com ênfase em um currículo que tem por finalidade a formação da consciência 
crítica dos educandos. 
 
49. Em sincronia com as mais variadas concepções difundidas por Paulo Freire, merece destacar a ideia de 
que 
a) a família desempenha papel preponderante na construção do conhecimento sistemático. 
b) a escola precisa seradequada às necessidades básicas da infância pobre. 
c) a cultura popular fica mais rica à medida que é inserida no currículo oficial. 
d) o currículo escolar deve enfatizar as práticas pedagógicas progressivas. 
e) o ato pedagógico tem de provocar o processo de emancipação do sujeito. 
 
50. Ainda segundo o pensamento paradigmático de Paulo Freire, a educação deve servir para a 
a) padronização. 
b) libertação. 
c) adaptação. 
d) doutrinação. 
e) dominação. 
 
 
 
 
 
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