Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Teoria Microeconômica I 2020.1 Prof.: Marcelo Colomer Trocas: Uma Introdução do Conceito de Equilíbrio Geral O Objetivo é analisar como o mercado de um determinado bem é afetado pelo mercado de outros bens. Isso é, como o preço de bens substitutos e complementares afeta a demanda de um bem específico. No modelo de troca pura, iremos considerar a dotação dos indivíduos como dada. Caixa de Edgeworth Indivíduo A: (𝒘𝑨 𝟏 , 𝒘𝑨 𝟐) = 𝑾𝑨 𝑫𝒐𝒕𝒂çã𝒐 𝑰𝒏𝒊𝒄𝒊𝒂𝒍 (𝒙𝑨 𝟏 , 𝒙𝑨 𝟐) = 𝑿𝑨 𝑪𝒆𝒔𝒕𝒂 𝑬𝒔𝒄𝒐𝒍𝒉𝒊𝒅𝒂) Indivíduo B: (𝒘𝑩 𝟏 , 𝒘𝑩 𝟐 ) = 𝑾𝑨 𝑫𝒐𝒕𝒂çã𝒐 𝑰𝒏𝒊𝒄𝒊𝒂𝒍 (𝒙𝑩 𝟏 , 𝒙𝑩 𝟐 ) = 𝑿𝑩 𝑪𝒆𝒔𝒕𝒂 𝑬𝒔𝒄𝒐𝒍𝒉𝒊𝒅𝒂) Caixa de Edgeworth Alocação Factível (𝒙𝑨 𝟏 + 𝒙𝑩 𝟏 ) = (𝒘𝑨 𝟏 +𝒘𝑩 𝟏 ) (𝒙𝑨 𝟐 + 𝒙𝑩 𝟐 ) = (𝒘𝑨 𝟐 +𝒘𝑩 𝟐 ) Construção da Caixa de Edgeworth Bem 1 Bem 2 Pessoa A (𝒘𝑨 𝟏 , 𝒘𝑨 𝟐) (𝒘𝑨 𝟏) (𝒘𝑨 𝟐) Indivíduo A: Construção da Caixa de Edgeworth Bem 1 Bem 2 Pessoa B (𝒘𝑩 𝟏 , 𝒘𝑩 𝟐 ) (𝒘𝑩 𝟏 ) (𝒘𝑩 𝟐 ) Indivíduo B: Construção da Caixa de Edgeworth Bem 1 Bem 2 Pessoa B (𝒘𝑩 𝟏 ,𝒘𝑩 𝟐 ) (𝒘𝑩 𝟏 ) (𝒘𝑩 𝟐 ) Indivíduo B: Construção da Caixa de Edgeworth Bem 1 Bem 2 Pessoa A (𝒘𝑨 𝟏) (𝒘𝑨 𝟐) Bem 1 Bem 2 Pessoa B (𝒘𝑩 𝟏 ) (𝒘𝑩 𝟐 ) Construção da Caixa de Edgeworth Bem 1 Bem 2 Pessoa A (𝒘𝑨 𝟏) (𝒘𝑨 𝟐) Bem 1 Bem 2 Pessoa B (𝒘𝑩 𝟏 ) (𝒘𝑩 𝟐 ) Construção da Caixa de Edgeworth Bem 1 Bem 2 Pessoa A (𝒘𝑨 𝟏) (𝒘𝑨 𝟐) Bem 1 Bem 2 Pessoa B (𝒘𝑩 𝟏 ) (𝒘𝑩 𝟐 ) Construção da Caixa de Edgeworth Bem 1 Bem 2 Pessoa A (𝒘𝑨 𝟏) (𝒘𝑨 𝟐) Bem 1 Bem 2 Pessoa B (𝒘𝑩 𝟏 ) (𝒘𝑩 𝟐 ) M W Construção da Caixa de Edgeworth Bem 1 Bem 2 Pessoa A (𝒘𝑨 𝟏) (𝒘𝑨 𝟐) Bem 1 Bem 2 Pessoa B (𝒘𝑩 𝟏 ) (𝒘𝑩 𝟐 ) M W (𝒙𝑩 𝟏 ) (𝒙𝑩 𝟐 ) (𝒙𝑨 𝟏) (𝒙𝑨 𝟐) Construção da Caixa de Edgeworth Bem 1 Bem 2 Pessoa A (𝒘𝑨 𝟏) (𝒘𝑨 𝟐) Bem 1 Bem 2 Pessoa B (𝒘𝑩 𝟏 ) (𝒘𝑩 𝟐 ) M W (𝒙𝑩 𝟏 ) (𝒙𝑩 𝟐 ) (𝒙𝑨 𝟏) (𝒙𝑨 𝟐) Trocas Trocas (𝒙𝑨 𝟏 −𝒘𝑨 𝟏) > 𝟎 (𝒙𝑨 𝟐 −𝒘𝑨 𝟐) < 𝟎 𝒙𝑩 𝟏 −𝒘𝑩 𝟏 < 𝟎 𝒙𝑩 𝟐 −𝒘𝑩 𝟐 > 𝟎 Pessoa A Pessoa B Escolha Eficiente de Pareto O Ponto M será uma escolha eficiente de Pareto. Isso é, não há como melhorar a situação de uma pessoa sem piorar a da outra. x Construção da Caixa de Edgeworth Bem 1 Bem 2 Pessoa A (𝒘𝑨 𝟏) (𝒘𝑨 𝟐) Bem 1 Bem 2 Pessoa B (𝒘𝑩 𝟏 ) (𝒘𝑩 𝟐 ) M W” (𝒙𝑩 𝟏 ) (𝒙𝑩 𝟐 ) (𝒙𝑨 𝟏) (𝒙𝑨 𝟐) Curva de Contrato W’ Mercado Bem 1 Bem 2 Pessoa A (𝒘𝑨 𝟏) (𝒘𝑨 𝟐) Bem 1 Bem 2 Pessoa B (𝒘𝑩 𝟏 ) (𝒘𝑩 𝟐 ) M W (𝒙𝑩 𝟏 ) (𝒙𝑩 𝟐 ) (𝒙𝑨 𝟏) (𝒙𝑨 𝟐) Trocas (𝒙𝑨 𝟏 + 𝒙𝑩 𝟏 ) < (𝒘𝑨 𝟏 +𝒘𝑩 𝟏 ) (𝒙𝑨 𝟐 + 𝒙𝑩 𝟐 ) > (𝒘𝑨 𝟐 +𝒘𝑩 𝟐 ) Ou (𝒙𝑨 𝟏 −𝒘𝑨 𝟏) = 𝒆𝑨 𝟏 (𝒙𝑩 𝟏 −𝒘𝑩 𝟏 ) = 𝒆𝑩 𝟏 (𝒙𝑨 𝟐 −𝒘𝑨 𝟐) = 𝒆𝑨 𝟐 (𝒙𝑩 𝟐 −𝒘𝑩 𝟐 ) = 𝒆𝑩 𝟐 Trocas (𝒆𝑨 𝟏 + 𝒆𝑩 𝟏 ) < 𝒆𝑨 𝟐 + 𝒆𝑩 𝟐 As demandas Liquidas pelo bem 1 são menores do que as demandas liquidas pelo bem 2. Logo o preço do bem 2 deve subir enquanto o preço do bem 1 deva cair para equilibrar esse mercado Mercado Bem 1 Bem 2 Pessoa A Bem 1 Bem 2 Pessoa B MB W (𝒙𝑩 𝟏 ) (𝒙𝑩 𝟐 ) (𝒙𝑨 𝟏) (𝒙𝑨 𝟐) MA Mercado Bem 1 Bem 2 Pessoa A Bem 1 Bem 2 Pessoa B W (𝒙𝑩 𝟏 ) (𝒙𝑩 𝟐 ) (𝒙𝑨 𝟏) (𝒙𝑨 𝟐) M Mercado Bem 1 Bem 2 Pessoa A Bem 1 Bem 2 Pessoa B W (𝒙𝑩 𝟏 ) (𝒙𝑩 𝟐 ) (𝒙𝑨 𝟏) (𝒙𝑨 𝟐) M Equilíbrio de Mercado ou Equilíbrio Walrasiano Um conjunto de preços tais que cada consumidor escolhe a cesta mais preferida pela qual pode pagar e todas as escolhas dos consumidores são compatíveis, no sentido de que a demanda se iguala à oferta em todos os mercados. TMSa = TMSb = P1/P2 Álgebra do Equilíbrio (𝒆𝑨 𝟏 + 𝒆𝑩 𝟏 ) = 𝒁𝟏 (demanda líquida por 1) 𝒆𝑨 𝟐 + 𝒆𝑩 𝟐 = 𝒁𝟐 (demanda líquida por 2) Z1(p1*,p2*) = 0 Z2(p1*,p2*) = 0 Logo p1.Z1(p1,p2) + p2.Z2(p1,p2) = 0 Lei de Walras Lei de Walras Dizer que o valor da demanda agregada é idêntico a zero significa que ele é zero para todas as escolhas de preço possíveis, não apenas para os preços de equilíbrio. Prova: Lei de Walras 𝑝1𝑥𝐴 1 𝑝1, 𝑝2 + 𝑝2𝑥𝐴 2 𝑝1, 𝑝2 = 𝑝1𝑤𝐴 1 + 𝑝2𝑤𝐴 2 𝑝1𝑥𝐴 1 𝑝1, 𝑝2 − 𝑝1𝑤𝐴 1 + 𝑝2𝑥𝐴 2 𝑝1, 𝑝2 − 𝑝2𝑤𝐴 2 = 0 𝑝1 𝑥𝐴 1 𝑝1, 𝑝2 − 𝑤𝐴 1 + 𝑝2 𝑥𝐴 2 𝑝1, 𝑝2 − 𝑤𝐴 2 = 0 𝑝1𝑒𝐴 1 + 𝑝2𝑒𝐴 2 = 0 O valor da quantidade que a agente A deseja comprar do bem 1 somado ao valor da quantidade que ele deseja comparar do bem 2 deve ser igual a zero Lei de Walras 𝑝1𝑒𝐵 1 + 𝑝2𝑒𝐵 2 = 0 O mesmo vale para o agente B Assim: Lei de Walras 𝑝1𝑍1 + 𝑝2𝑍2 = 0 𝑝1 𝑒𝐴 1 + 𝑒𝐵 1 + 𝑝2 𝑒𝐴 2 + 𝑒𝐵 2 = 0 (𝑝1𝑒𝐴 1 + 𝑝2𝑒𝐴 2) + p1𝑒𝐵 1 + 𝑝2𝑒𝐵 2 = 0 Igual a zero para qualquer preço Igual a zero para qualquer preço Álgebra da Eficiência Para que um ponto de equilíbrio não seja eficiente de pareto, deveria haver um outro ponto factível de ser escolhido que ambos os agentes estivessem melhor: 𝑦𝐴 1, 𝑦𝐴 2 𝑝𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟𝑖𝑑𝑜 𝑎 (𝑥𝐴 1, 𝑥𝐴 2) 𝑦𝐵 1 , 𝑦𝐵 2 𝑝𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟𝑖𝑑𝑜 𝑎 (𝑥𝐵 1 , 𝑥𝐵 2) Álgebra da Eficiência 𝑦𝐴 1 + 𝑦𝐵 1 = (𝑤𝐴 1 +𝑤𝐵 1) 𝑦𝐴 2 + 𝑦𝐵 2 = (𝑤𝐴 2 +𝑤𝐵 2) Para que Y seja preferida a X, Y deve custar mais que X, caso contrário os agentes teriam escolhido Y. 𝑝1𝑦𝐴 1 + 𝑝2𝑦𝐴 2 > (𝑝1𝑤𝐴 1 + 𝑝2𝑤𝐴 2) 𝑝1𝑦𝐵 1 + 𝑝2𝑦𝐵 2 > (𝑝1𝑤𝐵 1 + 𝑝2𝑤𝐵 2) Álgebra da Eficiência Somando as duas equações temos: 𝑝1𝑦𝐴 1 + 𝑝2𝑦𝐴 2 > (𝑝1𝑤𝐴 1 + 𝑝2𝑤𝐴 2) 𝑝1𝑦𝐵 1 + 𝑝2𝑦𝐵 2 > 𝑝1𝑤𝐵 1 + 𝑝2𝑤𝐵 2 𝑝1 𝑦𝐴 1 + 𝑦𝐵 1 + 𝑝2 𝑦𝐴 2 + 𝑦𝐵 2 > 𝑝1 𝑤𝐴 1 + 𝑤𝐵 1 + 𝑝2(𝑤𝐴 2 + 𝑤𝐵 2) 𝑤𝐴 1 + 𝑤𝐵 1 (𝑤𝐴 2 +𝑤𝐵 2) 𝑝1 𝑤𝐴 1 + 𝑤𝐵 1 + 𝑝2 𝑤𝐴 2 +𝑤𝐵 2 > 𝑝1 𝑤𝐴 1 + 𝑤𝐵 1 + 𝑝2(𝑤𝐴 2 + 𝑤𝐵 2) Inconsistência Álgebra da Eficiência Todos os equilíbrios de mercado são eficientes no sentido de Pareto: Primeiro Teorema da Teoria Econômica de Bem-Estar. Álgebra da Eficiência Segundo Teorema da Teoria Econômica de Bem-Estar. Quando as preferências são convexas, uma alocação eficiente de Pareto é um equilíbrio para algum conjunto de preços. Prova do Segundo Teorema do bem-estar Bem 1 Bem 2 Pessoa A Bem 2 Pessoa B MSe ambos os agentes tiverem preferências convexas, poderemos traçar uma linha reta entre os dois conjuntos de cestas preferidas, separando-os. Implicação do Segundo Teorema do bem-estar O Segundo Teorema de Bem-Estar implica que os problemas de distribuição e eficiência podem ser separados. Qualquer alocação eficiente no sentido de Pareto que se queira obter pode apoiar-se no mecanismo de mercado. Prof.: Marcelo Colomer +
Compartilhar