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TCC letras e inglês Estácio de Sá modelo

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Impresso por paulo ricardo, E-mail maktub.ricardo7@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por
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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO DE LETRAS INGLÊS
IMPORTÂNCIA DA LEITURA EM LINGUA INGLESA NA SALA
DE AULA
MATEUS TIAGO DE SILVA
RIO BRANCO – AC
2021
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IMPORTÂNCIA DA LEITURA EM LINGUA INGLESA NA SALA
DE AULA
RESUMO
De acordo com o prescrito nos Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Inglesa
(PCN-LE), a leitura deve ser uma habilidade a ser desenvolvida em sala de aula, pois
através da leitura dos textos é possível tornarmos os alunos conscientes e críticos dos
conteúdos presentes no texto. Porém, sabemos que durantes muitos anos isso não
ocorreu assim na sala de aula. Ao longo de anos, os horários destinados a língua inglesa
eram voltados para uma prática de ensino predominante do uso de regras gramaticais e
rotinas de tradução, na sua maioria com o uso de um dicionário de tradução em mãos. E
este tipo de ensino não atende às necessidades de aprendizagem, conforme elucidado
acima pelos Parâmetros Curriculares Nacionais. Pelo exposto, o tema escolhido para
este trabalho de conclusão de curso se justifica pela necessidade de analisamos como
nos dias atuais essa prática de ensino está ocorrendo em sala de aula. 
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direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 03/06/2023, 08:39:53
INTRODUÇÃO 
O presente trabalho de pesquisa faz parte da disciplina Trabalho de Conclusão
de Curso em Inglês (TCC em Inglês), cujo foco de estudo é a escola. Está sendo
elaborado pelo acadêmico do 8° período de Letras em Inglês, Mateus Tiago da Silva, da
Universidade Estácio de Sá. Tem como tema principal analisamos a “Importância da
Leitura em Língua Inglesa na Sala de Aula na sala de aula. Com objetivo de verificar a
importância desta pratica nos primeiros anos de ensino fundamental II.
A leitura possibilita a conquista de autonomia, amplia horizontes, implica
responsabilidades. É uma atividade individual, em que cada leitor lhe atribui um
significado, dependendo da experiência, vivência e do conhecimento que tenha. A
leitura perpassa os âmbitos pessoal das relações e o social que se refere a oportunidade
cultural, econômica, política, material. 
A leitura abre novos caminhos aos alunos, trazendo conhecimento de mundo e
permitindo um posicionamento crítico diante da realidade de cada um. A prática da
Leitura permite que ele tenha um bom desenvolvimento cognitivo em todas as áreas. É
saber interpretar, reconhecer os sentidos das palavras e saber diferenciar o contexto de
cada texto lido.
Serão expostas no decorrer do trabalho as causas do não hábito de leitura, não
somente em língua inglesa, mas também na nossa língua nativa, o Português, e as
possíveis ações para solução do problema. Os objetivos do nosso artigo são: analisar
como a habilidade de leitura tem sido abordada nos anos iniciais do Fundamental II;
verificar se os livros apresentados aos alunos possuem uma proposta interdisciplinar que
despertem interesse nos alunos, verificando inclusive a linguagem adotada por esses
livros; observar quais aspectos da habilidade de leitura são levados em consideração, e
quais podem ser levadas a construção crítica e social do aluno.
Entendemos como necessários à elaboração desse projeto, para o referencial
teórico, fontes como Cunha (2008), Delmanto (2009) e Silva (2015), pois ambos os
autores nos subsidiam como assuntos relacionados ao tema escolhido de Leitura em
Inglês e seus fatores endógenos e exógenos ao sistema escolar.
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DESENVOLVIMENTO 
Sabemos que o ensino nas escolas no que tange a leitura em língua inglesa é
bastante deficiência, e percebemos isto quando analisamos os dados quanto aos
resultados da educação em nosso país, seja eles leituras em português sou qualquer
outra língua, onde vemos que grande parte da população é analfabeto funcional, sendo
capaz apenas de assinar seu próprio nome. É consenso que na escola quando as crianças
realizam leituras é porque são obrigados e não por prazer, por que não sentem
necessidade de conhecer o mundo tão maravilhoso das palavras e nem são estimulados
o suficiente para isso. 
Esse desinteresse dos alunos pela leitura em língua inglesa deve-se a vários
fatores, e o principal deles é a falta de estímulos por parte dos professores que, que não
tem uma cultura de leitor, e na maioria das vezes não gosta de ler, então como despertar
o prazer por algo em alguém se você também não gosta e nem possui hábito. É notório
que essa cultura leitora também não é desenvolvida em casa, a maioria dos pais não
sabem ler, e os poucos que sabem só o fazem na necessidade e nem vivem em uma
cultura que os possibilite tal habito. 
No entanto mesmo não sendo um prazer ler e escrever para pais e professores, o
aluno tem o direito de aprender, e desenvolver todas as habilidades leitoras necessárias
para sua vida, como diz Silva, 2005:
"Ler" é um direito de todos os cidadãos; direito este que decorre das próprias
formas pelas quais os homens se comunicam nas sociedades letradas. A
presença de analfabetos (iletrados) no Brasil não nasce por acaso ou porque
os indivíduos optaram por não-ler; o problema é que as autoridades não estão
interessadas em desenvolver o gosto pela leitura junto a todos os segmentos
da população. (SILVA, 2005, p.50 citado por ZANZARINI; YOSHIDA;
FIGUEIREDO, 2009, p. 3).
Desenvolver a competência leitora além de uma necessidade é de extrema
importância visto que em nossa sociedade o analfabetismo é espantoso, e nasce
principalmente dessa falta da aprendizagem de ler. Nas situações em que esse
aprendizado acontece ele é feito por obrigação sem compromisso em formar leitores
críticos e capazes de contribuir com a sociedade ao seu redor. Quanto a isto Oliveira e
Queiroz compreendem que:
(...) entendemos que o ensino de leitura deve ir além do ato monótono que é
aplicado em muitas escolas, de forma mecânica e muitas vezes
descontextualizado, mas um processo que deve contribuir para formação de
pessoas críticas e conscientes, capazes de interpretar a realidade, bem como
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participar ativamente da sociedade. (OLIVEIRA E QUEIROZ, 2009, p.2,
citado por GONÇALVES, 2013, p.11).
Nesta mesma linha de pensamento, Solé (1998) afirma que a leitura é um processo
de interação entre o leitor e o texto. Esse processo conta com a presença de um leitor
ativo que processa e examina o texto com o objetivo de guiar sua leitura, ou seja,
sempre lemos com uma finalidade. A leitura é o processo com o qual compreendemos a
linguagem escrita. Nesta compreensão intervêm tanto a forma e o conteúdo do texto,
como o leitor seus conhecimentos prévios, conhecimentos estes, que o possibilitam
fazer deduções de significados que resultam em uma melhor compreensão do texto. É
um processo interno, mas deve ser ensinado. Conforme indica a mesma autora, a
interpretação do texto envolve determinar as ideias principais que elecontém e que,
embora um autor elabore um texto para comunicar determinados conteúdos, a ideia ou
as ideias principais construídas pelo leitor dependem dos seus objetivos de leitura e de
seus conhecimentos prévios.
Ver o ato de ler em língua inglesa ou até mesmo outra língua estrangeira como
essencial para o desenvolvimento social dos alunos deve ser uma das prioridades da
educação e das escolas. Conscientes da necessidade do domínio da leitura nos dias
atuais, onde a mídia e a globalização comandam as ações do homem, iniciamos um
projeto de pesquisa com o qual pretendemos mostrar como é importante que os alunos
desenvolvam habilidades de leitura tanto na nossa língua nativa como em línguas
estrangeiras para uma vida de sucesso em todas as áreas do ser como cidadão,
esperando que ele sirva para mostrar que ler é conhecimento indispensável para que
possamos ter uma vida realizada socialmente.
Segundo Holden (2009, p. 15), 
Acima de tudo a sala de aula é um lugar para interação pessoal.
Há atividades de aprendizagem importantes que podem ser
feitas aqui. Por exemplo, viver uma interação professor-aluno e
aluno-aluno pode ser muito proveitoso para o aspecto “humano”
da sala de aula.
Porém, acreditamos que para iniciar o hábito de leitura, outro hábito também deve
ser levado em consideração, à interação, Oliveira (2005, p. 216), em texto que fala sobre
os conceitos de interação, afirma que, 
Na aprendizagem de um L2 ou LE, o diálogo colaborativo passa a ser um
meio para construir o conhecimento, desenvolvendo a compreensão e a
fluência na língua. O professor assume o papel de mediador no processo,
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podendo promover momentos em que os alunos trabalhem de forma mais
interativa, construindo seu próprio conhecimento de forma colaborativa,
testando hipóteses e solucionando problemas. Os alunos, por sua vez,
assumem o papel de membros culturais aprendendo a usar a língua
estrangeira para alcançar objetivos sociais e cognitivos no novo contexto
cultural que se constrói.
Sabemos que a sala de aula também apresenta suas barreiras, pois em alguns
casos ela não é apropriada para o desenvolvimento de algumas atividades necessárias ao
processo de aprendizagem de línguas. Um exemplo, são as atividades de leitura e
audição que requerem um ambiente tranquilo e com acústica excelente, o que muitas
vezes não se encontra em um ambiente escolar. Nesse caso, cabe ao professor que
conhece sua turma e a forma como seus alunos aprendem, articular meios para que esse
espaço seja usado de forma eficiente, garantindo, assim, a aprendizagem. 
É importante salientar também que é preciso que haja uma conscientização por
parte do professor da necessidade do aperfeiçoamento de sua prática, buscando sempre
estar atualizado e fazendo uso de metodologias variadas para atrair a atenção do
aprendiz, pois atualmente os alunos têm acesso a recursos variados, como computador,
internet, televisão, etc., tais recursos dão possibilidades de expansão do conhecimento
por parte do aluno, além disso, hoje o perfil do aluno não é o mesmo de alguns anos
atrás, eles têm se tornado mais envolvidos com os aspectos culturais. Sendo assim, a
sala de aula torna-se um ambiente essencial para a análise e execução de tarefas
importantes, tais como, prática oral da língua, leitura e discussão de questões relativas à
sociedade da qual os alunos fazem parte, aprimoramento do processo de escrita, etc.
Pois a sala de aula é um ambiente que apresenta diferentes características sociais,
históricas e culturais. 
É a partir destas diferenças que o professor, através da análise, pode detectar e
posteriormente solucionar problemas dentro do contexto de ensino/aprendizagem.
Como afirma Horikawa (2004, p. 91), “a atividade docente deve ser analisada a partir de
uma perspectiva situada na compreensão de que o saber prático é produto de uma
atividade determinada pelo contexto social, cultural e histórico, no qual o professor está
inserido”. 
Percebe-se assim que é em um ambiente envolvido por diferentes contextos que
o professor avança em sua prática, pois uma vez levado em estima todos os sujeitos
envolvidos no processo de ensino e aprendizagem e seus respectivos contextos sociais, é
que o professor será capaz de refletir sobre estratégias que sejam condizentes com a
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realidade enfrentada. Contudo, fica evidente que a sala de aula é um espaço que propicia
a aprendizagem. No entanto, é importante salientar que o docente tem o desafio de
estimular os alunos a desenvolverem o gosto, o entusiasmo e a curiosidades para
ampliarem seus conhecimentos dentro e fora da sala de aula, mostrando a eles que o
mundo fora do ambiente escolar oferece várias oportunidades e caminhos para o
desenvolvimento do pensamento crítico. Desta forma, o educador estará estimulando o
senso crítico e participativo de seus aprendizes. 
Ler é uma atividade de maior acepção do que se pensa, já que imaginação,
empenho, curiosidade, observação e estímulo são condições básicas para que as
palavras sejam lidas com um propósito maior do que o de decifrar códigos, unir letras
para saber os significados que elas produzem ou os sons que emitem. 
Quanto a escrita segundo VYGOTSKY (1999, p.183) “Ensinamos às crianças a
traçar as letras e a formar palavras com elas, mas não ensinamos a linguagem escrita”. É
necessário utilizá-la considerando o fim social para o qual foi criada, ou seja, para
escrever ao registrar vivências, expressar sentimentos e emoções, enfim comunicar-se.
Todavia, é preciso ressaltar que o desenvolvimento da linguagem escrita não é a única
razão de ser da educação infantil. Ela também deve se preocupar em desenvolver ações
que envolvam o conhecimento, socialização, construção da autonomia, criatividade,
solidariedade, cooperação e a autoconfiança. Cabe a escola, além de proporcionar um
ambiente alfabetizador, rico em desafios, respeitar a espontaneidade e a criatividade da
criança, e favorecer informações sobre o mundo que a cerca, satisfazer necessidades
emocionais, sociais e físicas. 
A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta
não possa prescindir da continuidade da leitura daquele. Linguagem e realidade se
prendem dinamicamente. A compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura crítica
implica a percepção das relações entre o texto e o contexto. Seguindo este raciocínio e
confirmando com a especialista no assunto, Magda Soares, é preciso ter clareza em
definir que a alfabetização deve se desenvolver em um contexto de letramento como
início da aprendizagem da escrita, como desenvolvimento de habilidades de uso da
leitura e da escrita nas práticas sociais que envolvem a língua escrita, e de atitudes de
caráter prático em relação a esse aprendizado; entendendo que a alfabetização e
letramento devem ter tratamento metodológico diferente e com isso alcançar o sucesso
no ensino aprendizagem da língua escrita, falada e contextualizada nas nossas escolas. 
A fim de desenvolver habilidades leitoras e escritoras, a tendência atual propõe
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que certas atividades sejam feitas diariamente comos alunos de todos os anos, mesmo
as que estejam em processo de alfabetização. Entre elas, estão à leitura e escrita feita
pelos próprios estudantes e pelo professor para a turma (enquanto eles não
compreendem o sistema de escrita), as práticas de comunicação oral para aprender os
gêneros do discurso e as atividades de análise e reflexão sobre a língua, valorizando
sempre o texto literário. 
Nesta perspectiva, o papel do educador na formação do leitor é também decisivo
no encaminhamento da reflexão sobre as questões fundamentais que devem permear o
cotidiano da sala de aula: o que é ler? Ler para quê? Ler para quem? O que ler? Como
ler? É justamente a postura crítica e aberta do professor que possibilitará um trabalho
diferenciado e com perspectivas de sucesso. Esse posicionamento reafirma a exigência
de o professor trazer para a sala de aula os diferentes tipos de textos que circulam
socialmente, sejam textos ficcionais ou não ficcionais, uma vez que é pelo confronto
com temas e enfoques variados que o aluno vai construindo seus pontos de vista sobre
as questões vitais com que se defronta. 
Acreditamos que tal confronto de textos oferece a possibilidade da emersão de
um leitor crítico. Os textos de ficção, por exemplo, possibilitam a composição do
sujeito-cidadão, na medida em que, além de funcionarem também como fonte de
informação, estimulam e oferecem ao aluno a possibilidade de uma leitura plural e mais
abrangente, levando-o a interrogar-se sobre si mesmo e sobre o mundo. Ao mesmo
tempo, permitem o prazer lúdico da linguagem. Para finalizar, reiteramos que a tarefa de
formar leitores é de responsabilidade dos educadores das diversas disciplinas, não
apenas do professor de Língua Portuguesa, já que a leitura é instrumento de assimilação
do conhecimento, é ferramenta que permite ‘aprender a aprender’, configurando-se
como uma atividade de ensino em todas as áreas. Compreender um texto é dialogar com
ele, pensar sobre ele e problematizar o que se lê. 
No entanto, atualmente a arte de contar, ler e ouvir histórias tem perdido sua
força, seu encanto. O uso do computador tem distanciado as crianças dos livros. A
sociedade atual “anda” em um ritmo tão acelerado que tem tirado o tempo dos filhos
com os pais, o tempo da história antes de dormir, muitas vezes salientada, nos filmes e
novelas, ou seja, no mundo virtual. 
As influências da vida moderna têm tirado o livro de seu lugar preferencial,
tendo destaque a propaganda, o computador, a tecnologia, o rádio, a televisão, o jornal e
tantos outros meios de informação, comunicação e entretenimento. Vivemos o mundo
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do descartável, em que o eterno dá lugar ao imediato. 
O ato de ler um livro pode ajudar a criança a relacionar-se com o mundo,
aprendendo a lidar com seus conflitos. Trata-se da primeira emoção de sua vida que
pode vir a repercutir ao longo dela nas vocações, no futuro, nos caminhos traçados em
sua vivência. Em consonância com Cunha (2008, p. 112) acreditamos que a vida é uma
gigantesca biblioteca com muitos livros que precisam ser abertos e lidos. Há livros bons
e ruins. Os bons sempre deverão ser lidos. Os ruins, nem sempre conseguiremos evitá-
los. A diferença, no entanto, estará na qualidade do leitor. De livros ruins, poderá
reescrever boas histórias. É pela leitura que as crianças se veem em influenciadas pelos
heróis, grandes homens que passam por inúmeras dificuldades e provocações, mas
sempre vencem no final, causando-lhes admiração, respeito, estima, contribuindo para a
formação humana e do caráter dos pequenos leitores. 
Sendo assim, motivar na criança a necessidade de leitura depende do estímulo
por parte dos pais e professores, da presença dos livros em sala de aula, do fácil acesso a
eles no dia a dia, da discussão dos livros lidos assim como ilustrações posteriores
(desenhar) e adaptações (teatro), mostras de livros e exposições, festivais de leitura,
diários de leitura, etc. ambientes escolares que há sim uma valorização da leitura, porém
apesar de reconhecerem esta importância acaba-se deixando o incentivo à leitura e as
visitas à biblioteca em segundo plano, isso conforme a realidade que a escola se
encontra. Porém, somente oferecer a literatura infantil às crianças não será suficiente se
oferecida como uma atividade que ocupa o tempo ocioso em sala de aula, como uma
atividade que se realiza somente quando não se tem mais opção de atividades a serem
feitas ou até mesmo como um remédio ruim, porém benéfico para as crianças. Neste
sentido suscitar o gosto pela leitura de textos literários torna-se uma tarefa difícil, pois:
A formação do gosto não se baseia em exercícios escolares de
interpretação de interpretação. Diz respeito à vida, à formação de
uma visão de mundo. Não basta falar sobre a pluralidade de
significações e possibilidades de interpretação. É preciso fazer da
contradição e da busca de sua superação uma prática/vivência
cotidiana de sala de aula de vida. É a construção de uma história
coletiva que conta no jogo das interpretações. É um conhecer pra
gostar. É um conhecer para agir. (MAGNANI, 1992, p.106). 
Neste sentido, faz-se necessário saber o que fazer com a literatura em sala, de
fato não existe receitas, existem vivências e é preciso refletir sobre elas (MAGNANI,
1992). A partir de tais vivências criar condições para que o prazer em ler seja motivado,
mostrando que a leitura é uma atividade que envolve em muito a subjetividade do
sujeito, sua forma de pensar e ver o mundo que o rodeia.
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A leitura é uma atividade de um elevado grau de importância para a vida do
homem perante a sociedade. Em virtude disso, muitas discussões têm surgido em torno
de sua importância para a formação de leitores e cidadãos críticos, bem como em torno
da prática de ensino da língua materna. Isso se justifica devido ao fato de que a leitura
possibilita ao homem a inserção e participação ativa no meio social.
Segundo Delmanto (2009) a escola deve ter a preocupação cada vez maior com a
formação de leitores, ou seja, a escola deve direcionar seu trabalho para práticas cujo
projeto não seja apenas o ensino da leitura em si, mas desenvolver nos alunos a
capacidade de fazer uso da leitura, como também da escrita para enfrentar as
dificuldades da vida em sociedade e, a partir do conhecimento adquirido com essa
prática e com suas experiências, continuar o processo de aprendizado e ter um bom
desempenho na sociedade ao longo da vida. A autora ainda acrescenta que diante das
diversas transformações com as quais convivemos a escola precisa, mais do que nunca,
fornecer ao estudante os instrumentos necessários para que ele consiga buscar, analisar,
selecionar, relacionar e organizar as informações complexas do mundo contemporâneo.
Nesse sentido, compreende-se que a leitura é um processo que não está limitado
apenas no âmbito escolar ou somente um meio para obter informações, mais do que
isso, a ela deve ser uma prática que todos possam usá-la na própria convivência com o
meio social. Entretanto, o que se observa é que em muitas escolas, a leitura ainda é
desenvolvida a partir de influência de muitos modelos tradicionais ou concepções
errôneas da leitura. Segundo Solé (1996, p.33) discorre sobre essa problemática e
esclarece que:
O problema de ensino da leitura na escola não se situa no nível do
método, mas na própria conceituaçãodo que é leitura, da forma em
que é avaliada pelas equipes de professores, do papel que ocupa nos
Projetos Curriculares da escola, dos meios que se arbitram pra
fortalecê-la, naturalmente, das propostas metodológicas. Desse
modo, percebe-se que é preciso adotar métodos, criar situações que
possibilitem aos alunos, a capacidade de desenvolverem diferentes
capacidades de leitura. 
Sobre isso Delmanto (2009) considera que devemos ensinar, além da
decodificação, a compreensão, apreciação do texto, assim como a relação do leitor com
o texto. A autora acrescenta que se os educadores propuserem atividades visando a esses
objetivos, os alunos serão capazes não apenas de localizar informações, mas de se
relacionar e integrar as partes do texto, de refletir sobre os seus sentidos, captando as
intenções informações implícitas, de perceber relações com outros contextos, assim
como de gerar mais sentidos para o texto e de valorizar os que leem.

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