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Prova de Economia Brasileira

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Moraes Neto

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Questões resolvidas

Em todas as questões, marque, para cada afirmativa, verdadeira (V) ou falsa (F).
Questão 01: O chamado modelo de industrialização por substituição de importações, típico do desenvolvimento da economia brasileira nas décadas posteriores à Grande Depressão, teve como características:
(0) a existência de uma reserva de mercado para as indústrias instaladas no País; V
(1) o fato de que o modelo foi posto em prática, como opção deliberada de política, geralmente em períodos de crise no balanço de pagamentos; V
(2) a adoção, como decorrência necessária, de uma política de valorização da taxa cambial; F
(3) a adoção simultânea de medidas visando promover mudanças estruturais no setor primário, para que o atendimento de uma demanda interna crescente por produtos agrícolas não afetasse desfavoravelmente as exportações; F
(4) a adoção de políticas de incentivo voltadas prioritariamente para o desenvolvimento da produção local de bens de capital e bens intermediários, no período imediatamente subseqüente à Grande Depressão. F

Questão 02: O período do Estado Novo (1937-1945) pode ser considerado como de aprofundamento da atuação do Estado sobre os rumos da economia brasileira. A este período podemos associar:
(0) A elevação da parcela da renda proveniente de atividades manufatureiras e o declínio da parte da renda correspondente à agricultura. V
(1) A adoção em 1939 de um regime cambial que permitia que apenas 70% das divisas geradas pelas exportações fossem comerciadas no mercado livre, enquanto 30% deveriam ser vendidas ao Banco do Brasil segundo a taxa de câmbio oficial. V
(2) A manutenção do poder de estados e municípios no referente a regulação da hidroeletricidade, nos termos estabelecidos pelo Código de Águas. F
(3) A Consolidação das Leis do Trabalho, que conferia autonomia a sindicatos para negociar convenções coletivas sobre questões trabalhistas com os sindicatos patronais. F
(4) A criação do Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Instituições que persistiram após o fim do Estado Novo. V

Questão 03: O sistema de taxas múltiplas de câmbio, instituído em 1953 pela Instrução 70 da SUMOC e em vigor até meados de 1957:
(0) substituiu um sistema de mercado livre de câmbio em vigor desde o final da Segunda Guerra Mundial; F
(1) foi em parte determinado pelo desempenho da Balança de Pagamentos: acúmulo de atrasados comerciais e queda no nível de reservas; V
(2) criou uma fonte significativa de recursos para o Estado; V
(3) restabeleceu o monopólio cambial do Banco do Brasil; V
(4) beneficiou, pela redução que trouxe a seus custos de produção, a indústria nacional. F

Questão 04: Sobre o Governo Juscelino Kubitschek e o Plano de Metas, podemos dizer:
(0) Sem condições políticas para fazer uma reforma do Estado, o Governo JK foi capaz de levar a cabo o Plano de Metas com a utilização de uma “administração paralela” constituída por órgãos já existentes e outros criados no período, como os Grupos Executivos. V
(1) No decorrer da segunda metade da década de 1950, apesar de um desempenho ruim em termos de valor exportado, o café continuou a ter um peso muito grande no total das exportações, cerca de 40%, sendo um fator central para a geração das divisas necessárias ao processo de industrialização do período. F
(2) Foi criado o Conselho de Política Aduaneira, a quem cabia classificar os bens nas categorias “geral” e “especial” e estabelecer alíquotas de importações. V
(3) Uma das razões mais importantes para o desequilíbrio fiscal do Governo Federal no período JK foi o gasto com a compra de excedentes de café, prática que, de diferentes maneiras, remontava ao início do século. V
(4) A política de câmbios múltiplos teve um impacto fiscal importante no período. Seu resultado, quando adicionado ao Imposto de Importação (que incidia sobre as mesmas operações externas), representava o mais importante componente da arrecadação federal. V

Questão 05: Sobre o Plano Trienal de Desenvolvimento Econômico e Social e o Governo João Goulart, pode-se afirmar:
(0) O Plano Trienal propunha conciliar os objetivos de reduzir as desigualdades estruturais do país, como as disparidades regionais e sociais, com a estabilidade econômica e o crescimento. V
(1) Um dos empecilhos à execução do Plano Trienal foi o fato de o país estar sob o regime parlamentarista, o que limitava o grau de autonomia das decisões presidenciais. F
(2) O Governo assumia entre seus objetivos renegociar a dívida externa do país ao longo da execução do Plano, com o que se pretendia reduzir o serviço da dívida no balanço de pagamentos. V
(3) O Plano Trienal foi elaborado por Celso Furtado durante a fase presidencialista do Governo Goulart, na expectativa de vitória no plebiscito de janeiro de 1963. F
(4) O Plano Trienal admitia como causas da inflação o excesso de demanda e o déficit público. V

Questão 06: O período de janeiro de 1961 a março de 1964 foi extremamente conturbado politicamente, tendo apresentado várias descontinuidades político-administrativas. Tal período presenciou:
(0) taxas de crescimento do PIB real relativamente baixas e estáveis sustentadas pelo comportamento positivo do PIB agrícola; F
(1) a primazia do combate à inflação na política econômica ensaiada pelos diferentes governos do período; V
(2) uma forte desaceleração do produto industrial como resultado, dentre outros, da maturação dos investimentos do Plano de Metas; V
(3) crescentes superávits no balanço de pagamentos, resultantes da negociação com os credores externos realizada no governo Janio Quadros; F
(4) uma redução moderada nas taxas de inflação como resultado da implementação do Plano Trienal. V

Questão 07: Sobre o Programa de Ação Econômica do Governo (PAEG), do governo Castello Branco:
(0) identificava três causas básicas da inflação, a saber: os déficits públicos, a expansão credíticia e as majorações excessivas de salários; V
(1) reintroduziu o regime de taxas cambiais fixas e únicas que assim permaneceu até a sua substituição pelo regime de minidesvalorizações em 1968; F
(2) utilizou uma política de compressão salarial como instrumento chave no combate à inflação; V
(3) promoveu um conjunto de reformas institucionais que viabilizaram, dentre outras, a implantação dos bancos múltiplos no país; F
(4) reduziu o déficit público e praticou o controle direto sobre os preços dos setores industriais oligopolizados para obter rápidos resultados no combate à inflação. F

Questão 08: O período entre 1968 e 1973 é conhecido como “milagre econômico”. Sobre este período pode-se afirmar:
(0) O Programa Estratégico de Desenvolvimento (PED), para o período 1968-1970, entendia que as pressões de custos já haviam sido enfrentadas pela política ortodoxa que o antecedera, de modo que a inflação que ainda restava decorria de pressões de demanda. F
(1) O I Plano Nacional de Desenvolvimento (I PND), para o período 1971-1974, propunha a aceleração do crescimento do PIB, para o que deveria se expandir o crédito em instituições federais, como o Banco do Brasil, o BNDE e a Caixa Econômica Federal. V
(2) A criação do Banco Central no período contribuiu para que a inflação se mantivesse em patamar compatível com o forte crescimento do PIB. F
(3) A liberalização dos juros foi medida adotada como forma de incentivar a expansão do crédito por parte do sistema bancário. F
(4) As exportações cresceram ao longo do período a taxas superiores ao crescimento do PIB, enquanto as importações mantiveram-se praticamente constantes, o que ajuda explicar os saldos positivos do balanço de pagamentos. F

Questão 09: O II PND foi a opção estratégica de reestruturação industrial empreendida pelo governo Geisel. Em relação a tal plano pode-se dizer que:
(0) visava, sobretudo, a substituição de importações nos setores de bens de capital e de insumos básicos para a indústria; V
(1) seus projetos foram paralisados em 1976, em função das dificuldades externas e da aceleração inflacionária; F
(2) um de seus objetivos era desenvolver grandes projetos de exportação de matérias primas industrializadas (celulose, aço, alumínio, etc.); V
(3) utilizou os recursos dos fundos compulsórios - especialmente os do PIS/PASEP - para financiar os projetos de investimento das empresas estatais; F
(4) promoveu uma ampla reformulação do mercado de capitais para viabilizar a capitalização do setor de bens de capital. F

Questão 10: Em relação à crise recessiva vivida pela economia brasileira no período 1981/83, pode-se afirmar que:
(0) um dos determinantes da crise foi a política do dólar forte praticada pelo governo norte-americano desde o final de 1979; V
(1) as políticas heterodoxas do início do governo Figueiredo preservaram as reservas internacionais do país e atenuaram os impactos da crise externa no período seguinte; F
(2) as teses inercialistas sobre a inflação brasileira ganharam força após o fracasso, no combate à inflação, das políticas de restrição de demanda aplicadas no período; V
(3) os superávits comerciais do triênio 1981/83 atestam o sucesso da política de incentivo às exportações executadas num contexto de relativa rigidez das importações; F
(4) a desvalorização cambial de 1983 impôs um expressivo ônus financeiro ao setor público brasileiro dado o elevado grau de estatização da dívida externa à época. V

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Questões resolvidas

Em todas as questões, marque, para cada afirmativa, verdadeira (V) ou falsa (F).
Questão 01: O chamado modelo de industrialização por substituição de importações, típico do desenvolvimento da economia brasileira nas décadas posteriores à Grande Depressão, teve como características:
(0) a existência de uma reserva de mercado para as indústrias instaladas no País; V
(1) o fato de que o modelo foi posto em prática, como opção deliberada de política, geralmente em períodos de crise no balanço de pagamentos; V
(2) a adoção, como decorrência necessária, de uma política de valorização da taxa cambial; F
(3) a adoção simultânea de medidas visando promover mudanças estruturais no setor primário, para que o atendimento de uma demanda interna crescente por produtos agrícolas não afetasse desfavoravelmente as exportações; F
(4) a adoção de políticas de incentivo voltadas prioritariamente para o desenvolvimento da produção local de bens de capital e bens intermediários, no período imediatamente subseqüente à Grande Depressão. F

Questão 02: O período do Estado Novo (1937-1945) pode ser considerado como de aprofundamento da atuação do Estado sobre os rumos da economia brasileira. A este período podemos associar:
(0) A elevação da parcela da renda proveniente de atividades manufatureiras e o declínio da parte da renda correspondente à agricultura. V
(1) A adoção em 1939 de um regime cambial que permitia que apenas 70% das divisas geradas pelas exportações fossem comerciadas no mercado livre, enquanto 30% deveriam ser vendidas ao Banco do Brasil segundo a taxa de câmbio oficial. V
(2) A manutenção do poder de estados e municípios no referente a regulação da hidroeletricidade, nos termos estabelecidos pelo Código de Águas. F
(3) A Consolidação das Leis do Trabalho, que conferia autonomia a sindicatos para negociar convenções coletivas sobre questões trabalhistas com os sindicatos patronais. F
(4) A criação do Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Instituições que persistiram após o fim do Estado Novo. V

Questão 03: O sistema de taxas múltiplas de câmbio, instituído em 1953 pela Instrução 70 da SUMOC e em vigor até meados de 1957:
(0) substituiu um sistema de mercado livre de câmbio em vigor desde o final da Segunda Guerra Mundial; F
(1) foi em parte determinado pelo desempenho da Balança de Pagamentos: acúmulo de atrasados comerciais e queda no nível de reservas; V
(2) criou uma fonte significativa de recursos para o Estado; V
(3) restabeleceu o monopólio cambial do Banco do Brasil; V
(4) beneficiou, pela redução que trouxe a seus custos de produção, a indústria nacional. F

Questão 04: Sobre o Governo Juscelino Kubitschek e o Plano de Metas, podemos dizer:
(0) Sem condições políticas para fazer uma reforma do Estado, o Governo JK foi capaz de levar a cabo o Plano de Metas com a utilização de uma “administração paralela” constituída por órgãos já existentes e outros criados no período, como os Grupos Executivos. V
(1) No decorrer da segunda metade da década de 1950, apesar de um desempenho ruim em termos de valor exportado, o café continuou a ter um peso muito grande no total das exportações, cerca de 40%, sendo um fator central para a geração das divisas necessárias ao processo de industrialização do período. F
(2) Foi criado o Conselho de Política Aduaneira, a quem cabia classificar os bens nas categorias “geral” e “especial” e estabelecer alíquotas de importações. V
(3) Uma das razões mais importantes para o desequilíbrio fiscal do Governo Federal no período JK foi o gasto com a compra de excedentes de café, prática que, de diferentes maneiras, remontava ao início do século. V
(4) A política de câmbios múltiplos teve um impacto fiscal importante no período. Seu resultado, quando adicionado ao Imposto de Importação (que incidia sobre as mesmas operações externas), representava o mais importante componente da arrecadação federal. V

Questão 05: Sobre o Plano Trienal de Desenvolvimento Econômico e Social e o Governo João Goulart, pode-se afirmar:
(0) O Plano Trienal propunha conciliar os objetivos de reduzir as desigualdades estruturais do país, como as disparidades regionais e sociais, com a estabilidade econômica e o crescimento. V
(1) Um dos empecilhos à execução do Plano Trienal foi o fato de o país estar sob o regime parlamentarista, o que limitava o grau de autonomia das decisões presidenciais. F
(2) O Governo assumia entre seus objetivos renegociar a dívida externa do país ao longo da execução do Plano, com o que se pretendia reduzir o serviço da dívida no balanço de pagamentos. V
(3) O Plano Trienal foi elaborado por Celso Furtado durante a fase presidencialista do Governo Goulart, na expectativa de vitória no plebiscito de janeiro de 1963. F
(4) O Plano Trienal admitia como causas da inflação o excesso de demanda e o déficit público. V

Questão 06: O período de janeiro de 1961 a março de 1964 foi extremamente conturbado politicamente, tendo apresentado várias descontinuidades político-administrativas. Tal período presenciou:
(0) taxas de crescimento do PIB real relativamente baixas e estáveis sustentadas pelo comportamento positivo do PIB agrícola; F
(1) a primazia do combate à inflação na política econômica ensaiada pelos diferentes governos do período; V
(2) uma forte desaceleração do produto industrial como resultado, dentre outros, da maturação dos investimentos do Plano de Metas; V
(3) crescentes superávits no balanço de pagamentos, resultantes da negociação com os credores externos realizada no governo Janio Quadros; F
(4) uma redução moderada nas taxas de inflação como resultado da implementação do Plano Trienal. V

Questão 07: Sobre o Programa de Ação Econômica do Governo (PAEG), do governo Castello Branco:
(0) identificava três causas básicas da inflação, a saber: os déficits públicos, a expansão credíticia e as majorações excessivas de salários; V
(1) reintroduziu o regime de taxas cambiais fixas e únicas que assim permaneceu até a sua substituição pelo regime de minidesvalorizações em 1968; F
(2) utilizou uma política de compressão salarial como instrumento chave no combate à inflação; V
(3) promoveu um conjunto de reformas institucionais que viabilizaram, dentre outras, a implantação dos bancos múltiplos no país; F
(4) reduziu o déficit público e praticou o controle direto sobre os preços dos setores industriais oligopolizados para obter rápidos resultados no combate à inflação. F

Questão 08: O período entre 1968 e 1973 é conhecido como “milagre econômico”. Sobre este período pode-se afirmar:
(0) O Programa Estratégico de Desenvolvimento (PED), para o período 1968-1970, entendia que as pressões de custos já haviam sido enfrentadas pela política ortodoxa que o antecedera, de modo que a inflação que ainda restava decorria de pressões de demanda. F
(1) O I Plano Nacional de Desenvolvimento (I PND), para o período 1971-1974, propunha a aceleração do crescimento do PIB, para o que deveria se expandir o crédito em instituições federais, como o Banco do Brasil, o BNDE e a Caixa Econômica Federal. V
(2) A criação do Banco Central no período contribuiu para que a inflação se mantivesse em patamar compatível com o forte crescimento do PIB. F
(3) A liberalização dos juros foi medida adotada como forma de incentivar a expansão do crédito por parte do sistema bancário. F
(4) As exportações cresceram ao longo do período a taxas superiores ao crescimento do PIB, enquanto as importações mantiveram-se praticamente constantes, o que ajuda explicar os saldos positivos do balanço de pagamentos. F

Questão 09: O II PND foi a opção estratégica de reestruturação industrial empreendida pelo governo Geisel. Em relação a tal plano pode-se dizer que:
(0) visava, sobretudo, a substituição de importações nos setores de bens de capital e de insumos básicos para a indústria; V
(1) seus projetos foram paralisados em 1976, em função das dificuldades externas e da aceleração inflacionária; F
(2) um de seus objetivos era desenvolver grandes projetos de exportação de matérias primas industrializadas (celulose, aço, alumínio, etc.); V
(3) utilizou os recursos dos fundos compulsórios - especialmente os do PIS/PASEP - para financiar os projetos de investimento das empresas estatais; F
(4) promoveu uma ampla reformulação do mercado de capitais para viabilizar a capitalização do setor de bens de capital. F

Questão 10: Em relação à crise recessiva vivida pela economia brasileira no período 1981/83, pode-se afirmar que:
(0) um dos determinantes da crise foi a política do dólar forte praticada pelo governo norte-americano desde o final de 1979; V
(1) as políticas heterodoxas do início do governo Figueiredo preservaram as reservas internacionais do país e atenuaram os impactos da crise externa no período seguinte; F
(2) as teses inercialistas sobre a inflação brasileira ganharam força após o fracasso, no combate à inflação, das políticas de restrição de demanda aplicadas no período; V
(3) os superávits comerciais do triênio 1981/83 atestam o sucesso da política de incentivo às exportações executadas num contexto de relativa rigidez das importações; F
(4) a desvalorização cambial de 1983 impôs um expressivo ônus financeiro ao setor público brasileiro dado o elevado grau de estatização da dívida externa à época. V

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Universidade Federal do Pará – UFPA 
Instituto de Ciências Sociais Aplicadas - ICSA 
Faculdade de Economia – FACECON 
Prova de Economia Brasileira - Noturno 
Professor: Wallace M. Pereira 
1a Prova: 35 pontos 
Nome: Alcindo Gomes de Moraes Neto
Data: 01/06/2022 
 
Em todas as questões, marque, para cada afirmativa, verdadeira (V) ou falsa (F). 
Questão 01: O chamado modelo de industrialização por substituição de importações, típico do desenvolvimento da economia brasileira nas décadas posteriores à Grande Depressão, teve como características: 
 
(0) a existência de uma reserva de mercado para as indústrias instaladas no País; V 
(1) o fato de que o modelo foi posto em prática, como opção deliberada de política, geralmente em períodos de crise no balanço de pagamentos; V
(2) a adoção, como decorrência necessária, de uma política de valorização da taxa cambial; F
(3) a adoção simultânea de medidas visando promover mudanças estruturais no setor primário, para que o atendimento de uma demanda interna crescente por produtos agrícolas não afetasse desfavoravelmente as exportações; F
(4) a adoção de políticas de incentivo voltadas prioritariamente para o desenvolvimento da produção local de bens de capital e bens intermediários, no período imediatamente subseqüente à Grande Depressão. F
 
Questão 02: O período do Estado Novo (1937-1945) pode ser considerado como de aprofundamento da atuação do Estado sobre os rumos da economia brasileira. A este período podemos associar: 
 
(0) A elevação da parcela da renda proveniente de atividades manufatureiras e o declínio da parte da renda correspondente à agricultura. V
(1) A adoção em 1939 de um regime cambial que permitia que apenas 70% das divisas geradas pelas exportações fossem comerciadas no mercado livre, enquanto 30% deveriam ser vendidas ao Banco do Brasil segundo a taxa de câmbio oficial. V
(2) A manutenção do poder de estados e municípios no referente a regulação da hidroeletricidade, nos termos estabelecidos pelo Código de Águas. F
(3) A Consolidação das Leis do Trabalho, que conferia autonomia a sindicatos para negociar convenções coletivas sobre questões trabalhistas com os sindicatos patronais. F
(4) A criação do Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP), do 
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Instituições que persistiram após o fim do Estado Novo. V
 
Questão 03: O sistema de taxas múltiplas de câmbio, instituído em 1953 pela Instrução 70 da SUMOC e em vigor até meados de 1957: 
 
(0) substituiu um sistema de mercado livre de câmbio em vigor desde o final da Segunda Guerra Mundial; F
(1) foi em parte determinado pelo desempenho da Balança de Pagamentos: acúmulo de atrasados comerciais e queda no nível de reservas; V
(2) criou uma fonte significativa de recursos para o Estado;V 
(3) restabeleceu o monopólio cambial do Banco do Brasil; V
(4) beneficiou, pela redução que trouxe a seus custos de produção, a indústria nacional. F
 
Questão 04: Sobre o Governo Juscelino Kubitschek e o Plano de Metas, podemos dizer: 
 
(0) Sem condições políticas para fazer uma reforma do Estado, o Governo JK foi capaz de levar a cabo o Plano de Metas com a utilização de uma “administração paralela” constituída por órgãos já existentes e outros criados no período, como os Grupos Executivos. V
(1) No decorrer da segunda metade da década de 1950, apesar de um desempenho ruim em termos de valor exportado, o café continuou a ter um peso muito grande no total das exportações, cerca de 40%, sendo um fator central para a geração das divisas necessárias ao processo de industrialização do período. F
(2) Foi criado o Conselho de Política Aduaneira, a quem cabia classificar os bens nas categorias “geral” e “especial” e estabelecer alíquotas de importações. V
(3) Uma das razões mais importantes para o desequilíbrio fiscal do Governo Federal no período JK foi o gasto com a compra de excedentes de café, prática que, de diferentes maneiras, remontava ao início do século. V
(4) A política de câmbios múltiplos teve um impacto fiscal importante no período. Seu resultado, quando adicionado ao Imposto de Importação (que incidia sobre as mesmas operações externas), representava o mais importante componente da arrecadação federal. V
 
 
Questão 05: Sobre o Plano Trienal de Desenvolvimento Econômico e Social e o Governo João Goulart, pode-se afirmar: 
(0) O Plano Trienal propunha conciliar os objetivos de reduzir as desigualdades estruturais do país, como as disparidades regionais e sociais, com a estabilidade econômica e o crescimento. V
(1) Um dos empecilhos à execução do Plano Trienal foi o fato de o país estar sob o regime parlamentarista, o que limitava o grau de autonomia das decisões presidenciais. F
(2) O Governo assumia entre seus objetivos renegociar a dívida externa do país ao longo da execução do Plano, com o que se pretendia reduzir o serviço da dívida no balanço de pagamentos. V
(3) O Plano Trienal foi elaborado por Celso Furtado durante a fase presidencialista do Governo Goulart, na expectativa de vitória no plebiscito de janeiro de 1963. F
(4) O Plano Trienal admitia como causas da inflação o excesso de demanda e o déficit público. V
 
Questão 06: O período de janeiro de 1961 a março de 1964 foi extremamente conturbado politicamente, tendo apresentado várias descontinuidades político-administrativas. Tal período presenciou : 
 
(0)taxas de crescimento do PIB real relativamente baixas e estáveis sustentadas pelo comportamento positivo do PIB agrícola; F
(1)a primazia do combate à inflação na política econômica ensaiada pelos diferentes governos do período; V
(2)uma forte desaceleração do produto industrial como resultado, dentre outros, da maturação dos investimentos do Plano de Metas; V
(3)crescentes superávits no balanço de pagamentos, resultantes da negociação com os credores externos realizada no gov erno Janio Quadros; F
(4)uma redução moderada nas taxas de inflação como resultado da implementação do Plano Trienal. V
 
Questão 07: Sobre o Programa de Ação Econômica do Governo (PAEG), do governo Castello Branco: 
 
(0) identificava três causas básicas da inflação, a saber : os déficits públicos, a expansão credíticia e as majorações excessivas de salários; V
(1) reintroduziu o regime de taxas cambiais fixas e únicas que assim permaneceu até a sua substituição pelo regime de minidesvalorizações em 1968; F
(2) utilizou uma política de compressão salarial como instrumento chave no combate à inflação; V
(3) promoveu um conjunto de reformas instituicionais que viabilizaram, dentre outras, a implantação dos bancos múltiplos no país; F
(4) reduziu o déficit público e praticou o controle direto sobre os preços dos setores industriais oligopolizados para obter rápidos resultados no combate à inflação. F 
Questão 08: O período entre 1968 e 1973 é conhecido como “milagre econômico”. Sobre este período pode-se afirmar: 
 
(0) O Programa Estratégico de Desenvolvimento (PED), para o período 19681970, entendia que as pressões de custos já haviam sido enfrentadas pela política ortodoxa que o antecedera, de modo que a inflação que ainda restava decorria de pressões de demanda. F
 
(1) O I Plano Nacional de Desenvolvimento (I PND), para o período 1971-1974, propunha a aceleração do crescimento do PIB, para o que deveria se expandir o crédito em instituições federais, como o Banco do Brasil, o BNDE e a Caixa Econômica Federal. V
 
(2) A criação do Banco Central no período contribuiu para que a inflação se mantivesse em patamar compatível com o forte crescimento do PIB. F
(3) A liberalização dos juros foi medida adotada como forma de incentivar a expansão do crédito por parte do sistema bancário. F
 
(4) As exportações cresceram ao longo do período a taxas superiores ao crescimento do PIB, enquanto as importações mantiveram-se praticamente constantes, o que ajuda explicar os saldos positivos do balanço de pagamentos. F
 
Questão 09: O II PND foi a opção estratégica de reestruturação industrial empreendidapelo governo Geisel. Em relação a tal plano pode-se dizer que: 
 
(0) visava, sobretudo, a substituição de importações nos setores de bens de capital e de insumos básicos para a indústria; V
(1) seus projetos foram paralisados em 1976, em função das dificuldades externas e da aceleração inflacionária; F
(2) um de seus objetivos era desenvolver grandes projetos de exportação de matérias primas industrializadas (celulose, aço, alumínio, etc.); V
(3) utilizou os recursos dos fundos compulsórios - especialmente os do 
PIS/PASEP - para financiar os projetos de investimento das empresas estatais; F
(4) promoveu uma ampla reformulação do mercado de capitais para viabilizar a capitalização do setor de bens de capital. F
 
 
 
 
 
 
Questão 10: Em relação à crise recessiva vivida pela economia brasileira no período 1981/83, pode-se afirmar que: 
 
(0) um dos determinantes da crise foi a política do dólar forte praticada pelo governo norte-americano desde o final de 1979; V
(1) as políticas heterodoxas do início do governo Figueiredo preservaram as reservas internacionais do país e atenuaram os impactos da crise externa no período seguinte; F
(2) as teses inercialistas sobre a inflação brasileira ganharam força após o fracasso, no combate à inflação, das políticas de restrição de demanda aplicadas no período; V 
(3) os superávits comerciais do triênio 1981/83 atestam o sucesso da política de incentivo às exportações executadas num contexto de relativa rigidez das importações; F 
(4) a desvalorização cambial de 1983 impôs um expressivo ônus financeiro ao setor público brasileiro dado o elevado grau de estatização da dívida externa à época. V 
 
 
Questão 11: Disserte sobre a questão abaixo. Diga, em cada caso, se concorda ou não com a afirmativa e justifique a sua posição. 
 
“As transformações na estrutura industrial brasileira ocorridas por época do Plano de Metas só foram possíveis em função do processo de internacionalização produtiva experimentado pelas empresas norte-americanas e européias no período do após guerra”. 
 
 
 
 
 
Questão 12: “A posse de João Goulart na Presidência da República, em 1961, representou o retorno do varguismo ao poder”. Avalie essa afirmação do ponto de vista da economia brasileira, compare a política econômica e as ações de ambos os governos, e conclua se a afirmação é ou não defensável. 
 
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