Buscar

ESTATUTO DA OAB ART 6 e ss - DOS DIREITOS DO ADVOGADO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIREITO UNOESC – UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA 
@Mateus Mendes 
Página 1 
 
ESTATUTO DA OAB – ART. 6º e ss - DOS 
DIREITOS DO ADVOGADO 
 
CONTATO PESSOAL DO ADVOGADO COM OS 
MAGISTRADOS 
O advogado tem o direito de dirigir-se 
diretamente aos magistrados estando 
assegurado no EOAB que: 
1. O advogado poderá dirigir-se 
diretamente aos magistrados nas salas e 
gabinetes de trabalho; 
a) O advogado não deve fazer consulta ao 
juiz; 
b) O advogado não deve querer obter do 
juiz um pré-julgamento da sua ação; 
c) O advogado deve ter o contato direto 
com o juiz, para esclarecer certas 
peculiaridades ou detalhes 
importantes do processo, que 
poderiam passar despercebidos em 
razão do enorme volume de trabalho. 
 
2. O advogado não precisa marcar horário 
para ser atendido pelo magistrado; 
3. O magistrado não poderá estabelecer 
qualquer condição para atender o advogado; 
4. O advogado para ser atendido pelo 
magistrado deve apenas observar a ordem de 
chegada para o atendimento. 
Art. 7º. São direitos do Advogado: 
VIII – dirigir-se diretamente aos magistrados 
nas salas e gabinetes de trabalho, 
independentemente de horário previamente 
marcado ou outra condição observando-se a 
ordem de chegada. 
Por fim: O EOAB garante ao advogado o direito 
de dirigir-se diretamente ao juiz em sua sala ou 
gabinete sem horário pré-agendado. 
 
O USO DA PALAVRA PELO ADVOGADO 
 
O advogado tem o direito de fazer o uso da 
palavra para: 
1. Sustentar suas razões de Recurso. 
2. Intervir 
3. Reclamar 
4. Falar 
Art. 7º. São direito do advogado: 
IX – Sustentar oralmente as razões de qualquer 
recurso ou processo, nas sessões de 
julgamento, após o voto do relator, em 
instância judicial ou administrativa, pelo prazo 
de quinze minutos, salvo se prazo maior for 
concedido; 
O inciso IX, do art. 7º, foi julgado 
inconstitucional pelo STF (vide ADI nº 1.127-8 
e vide ADI 1.105-7). 
Art. 937, CPC. Na sessão de julgamento, depois 
da exposição da causa pelo relator, o 
presidente dará a palavra, sucessivamente, ao 
recorrente, ao recorrido e, nos casos de sua 
intervenção, ao membro do Ministério Público, 
pelo prazo improrrogável de 15 (quinze) 
minutos para cada um, a fim de sustentarem 
sua razões, nas seguintes hipóteses, nos 
termos da parte final do caput do art. 1.021: 
 
DIREITO DE INTERVIR 
Art. 7º. São direitos do advogado: 
X – usar da palavra, pela ordem, em qualquer 
juízo ou tribunal, mediante intervenção 
sumária, para esclarecer equívoco ou dúvida 
surgida em relação a fatos, documentos ou 
afirmações que influam no julgamento, bem 
como para replicar acusação ou censura que 
lhe forem feitas; 
 
DIREITO DE RECLAMAR 
Art. 7º. São direitos do advogado: 
XI – reclamar, verbalmente ou por escrito, 
perante qualquer juízo, tribunal ou autoridade, 
contra a inobservância de preceito de lei, 
regulamento ou regimento; 
 
DIREITO DE FALAR 
DIREITO UNOESC – UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA 
@Mateus Mendes 
Página 2 
 
Art. 7º. São direitos do advogado: 
XII – falar, sentado ou em pé, em juízo, tribunal 
ou órgão de deliberação coletiva da 
Administração Pública ou do Poder Legislativo. 
 
DIREITO DO ADVOGADO EXAMINAR 
PROCESSOS 
Art. 7º. São direitos do advogado 
XIII – examinar, em qualquer órgão dos 
Poderes Judiciário e Legislativo, ou da 
Administração Pública em geral, autos de 
processos findos ou em andamento, mesmo 
sem procuração, quando não estejam sujeitos 
a sigilo, assegurada a obtenção de cópias, 
podendo tomar apontamentos; 
Órgãos: 
- Judiciário 
- Legislativo 
- Adm. Pública em Geral 
Estado do Processo: 
- Findos 
- Em andamento 
Providências: 
- Tirar Fotocópias 
- Tomar Apontamento 
 
 Mesmo sem procuração, quando não 
sujeitos a sigilo na forma do §1º do art. 7º do 
EOAB. 
 
Art. 7º. São direitos do advogado: 
XIV – examinar, em qualquer instituição 
responsável por conduzir investigação, 
mesmo sem procuração, autos de flagrante e 
de investigações de qualquer natureza, findos 
ou em andamento, ainda que conclusos à 
autoridade, podendo copiar peças e tomar 
apontamentos, em meio físico ou digital: 
Alteração: Lei nº 13.245 de 12/01/2016. 
O Art. 7º, §10º, que foi inserido pela Lei nº 
13.245/2016, dispõe: 
§10º. Nos autos sujeitos a sigilo, deve o 
advogado apresentar procuração para o 
exercício dos direitos de que trata o inciso XIV. 
 
Art. 7º. São direitos do advogado: 
XV – ter vistas dos processos judiciais ou 
administrativos de qualquer natureza, em 
cartório ou na repartição competente, ou 
retirá-los pelos prazos legais. 
 O art. 7º, XV, do EOAB, além de garantir 
ao advogado o direito de examinar os 
processos judiciais ou administrativos, garante 
ao advogado o direito de retirar o processo 
(pegar em carga) pelo prazo legal. 
 Ocorre, porém, que o direito do 
advogado retirar o processo do cartório, ou 
repartição, sem procuração, está limitado pelo 
§1º, do Art. 7º, do EOAB. 
 
Art. 7º. São direitos do advogado: 
XVI – retirar autos de processos findos, mesmo 
sem procuração, pelo prazo de dez dias. 
 Quanto aos processos findos, além de 
poder examinar, o advogado poderá retirar o 
processo (pegar em carga o processo), mesmo 
sem procuração, pelo prazo de 10 dias, salvo 
nos casos previstos no §1º, do art. 7º, do EOAB. 
 
LIMITAÇÃO DO DIREITO DE PEGAR O 
PROCESSO 
O Advogado tem o direito de examinar e de 
retirar dos cartórios ou das repartições 
competentes, todo e qualquer processo? 
 Porém o direito do advogado de 
examinar ou retirar os processos dos cartórios 
ou repartições, encontra limite no §1º, do art. 
7º, do EOAB, quando diz: 
Art. 7º. São direitos do advogado: 
§1º. Não se aplica o disposto nos incisos XV e 
XVI: 
DIREITO UNOESC – UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA 
@Mateus Mendes 
Página 3 
 
1) Aos processos sob regime de segredo 
de justiça; 
Nos processos sob o regime de segredo de 
justiça, somente os advogados com procuração 
poderão examinar e retirar o processo do 
cartório ou repartição. 
2) Quando existirem nos autos 
documentos originais de difícil 
restauração ou ocorrer circunstância 
relevante que justifique a 
permanência dos autos no cartório, 
secretaria ou repartição, reconhecida 
pela autoridade em despacho 
motivado, proferido de ofício, 
mediante representação ou a 
requerimento da parte interessada; 
Nesse caso o processo por decisão 
fundamentada, a autoridade competente 
poderá estabelecer que o processo não poderá 
ser retirado da repartição, não importando se 
o advogado tem ou não procuração. 
3) Até o encerramento do processo, ao 
advogado que houver deixado de 
devolver os respectivos autos no prazo 
legal, e só o fizer depois de intimado. 
Exemplo: O advogado constituído que não 
devolve o processo no prazo legal, e o devolve 
somente após ser intimado pelo juiz, neste 
caso o advogado perderá o direito de retirar 
este processo do cartório até o encerramento 
do processo. 
 
DESAGRAVO PÚBLICO 
 É o instrumento de defesa dos direitos 
e prerrogativas da advocacia. 
 É uma sessão solene (ato público) 
realizada pelo seccional da OAB, em que o 
Presidente lê uma nota de repúdio, que será 
publicada na imprensa, encaminhada ao 
ofensor e registrada nos assentamentos do 
ofendido. 
O DESAGRAVO PÚBLICO tem por finalidade: 
1. Tornar pública a solidariedade da 
classe ao profissional que foi ofendido 
no exercício da advocacia. 
2. Mostrar repúdio coletivo ao ato 
praticado pelo ofensor. 
 
Legitimidade para requerer a abertura do 
processo de desagravo público: 
1. Ofendido; 
2. Conselho competente da OAB ex 
officio; 
3. Qualquer pessoa em nome do 
ofendido. 
 
Quem será considerado ofendido? 
O inscrito na OAB (advogado ou estagiário), 
quando comprovadamente for ofendido: 
1. Em razão do exercício profissional; 
2. Em razão do exercício de cargo ou 
função na OAB. 
 
Não será considerada ofensa para motivo de 
desagravo se o Conselho da seccional verificar: 
1. Que a ofensa foi pessoal; 
2. Que a ofensanão está relacionada com 
o exercício profissional ou com as 
prerrogativas gerais do advogado; 
3. Que a crítica ao inscrito for de caráter 
doutrinário, político ou religioso. 
 
A sessão de desagravo poderá ser promovida: 
1. Pelo Conselho Seccional; 
2. Pela Diretoria ou Conselho da 
Subseção, com representação do 
Conselho Seccional; 
3. Pelo Conselho Federal. 
Regra geral é que a sessão de 
desagravo seja promovida pelo Conselho 
da Seccional, que é aquele que está 
localizado nos Estados e no Distrito 
Federal. 
Se a ofensa ocorrer no território da 
Subseção a que ser vincule o inscrito, o 
desagravo público poderá ser promovido 
DIREITO UNOESC – UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA 
@Mateus Mendes 
Página 4 
 
pela diretoria ou conselho da subseção, 
com representação do Conselho Seccional. 
O desagravo público poderá ser 
promovido pelo Conselho Federal se: 
a) O ofendido for Conselheiro Federal 
ou Presidente de Conselho 
Seccional, e estiver no exercício 
das atribuições de seus cargos; 
b) Quando a ofensa ao advogado se 
revestir de relevância e grave 
violação às prerrogativas 
profissionais com repercussão 
nacional. 
O desagravo público, por ser um instrumento 
de defesa dos direitos e prerrogativas da 
advocacia, será promovido a critério do 
conselho, não ficando dependente da 
concordância do ofendido. 
Por fim, o desagravo público é um direito do 
advogado. 
Art. 7º. São direitos do advogado: 
XVII – Ser publicamente desagravado, quando 
ofendido no exercício da profissão ou em razão 
dela. 
 
DOS SÍMBOLOS PRIVATIVOS DO ADVOGADO 
Art. 7º. São direitos do advogado: 
XVII – usar os símbolos privativos da profissão 
de advogado; 
 Não podemos confundir os símbolos 
privativos do advogado com os símbolos 
privativos da OAB, pois, conforme Art. 31 do 
Código de Ética e Disciplina da OAB, o 
advogado não pode utilizar os símbolos da OAB 
em seus meios pessoais de comunicação. 
 Os símbolos privativos dos advogados 
são as vestes talares e a insígnia, cujos 
modelos encontram-se descritos no 
provimento nº 08/1964 do Conselho Federal 
da OAB. 
Art. 1º. O modelo das vestes talares do 
advogado, de uso facultativo nos pretórios ou 
nas sessões da OAB, consiste na beca 
estabelecida para os mesmos do instituto dos 
Advogados Brasileiros pelo Decreto Federal nº 
393 de 23 de novembro de 1844, com as 
seguintes modificações: 
a) Supressão do arminho do gorro, da 
gravata e da tira de renda pendente; 
b) Inclusão de duas alças de cordão 
grenat, grosso, pendentes sob a manda 
esquerda. 
Vestes Talares = Beca. 
 
Art. 2º. A insígnia privativa do advogado 
obedece ao mesmo modelo da usada pelos 
membros do Instituto dos Advogados 
Brasileiros, feita a menção expressa da 
“Ordem dos Advogados do Brasil” em 
substituição ao nome daquele sodalício. 
Art. 3º. A insígnia pode ser de ouro e esmalte 
ou de outro metal, com a forma de alfinete ou 
de botão para a lapela. 
 
SIGILO PROFISSIONAL 
 É o dever que o advogado tem de 
manter em segredo tudo o que venha a tomar 
conhecimento em razão de seu cargo ou 
profissão. 
 Ao impor ao Advogado o sigilo 
profissional, a norma está constituindo o 
advogado como fiel depositário das 
informações recebidas dos seus clientes. 
 Por existir uma relação de confiança, o 
advogado tem o direito/dever de guardar sigilo 
das informações que lhe foi confiada pelo 
cliente. 
 
RECUSA EM DEPOR 
 Em decorrência do sigilo profissional o 
advogado tem o direito de se recusar a depor 
como testemunha: 
1. Em processo que atuou como 
Advogado; 
2. Em processo que irá atuar como 
advogado; 
DIREITO UNOESC – UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA 
@Mateus Mendes 
Página 5 
 
3. Sobre fato relacionado com pessoa de 
quem seja ou foi advogado; 
A lei também autoriza o advogado recusar 
a depor sobre fato que constitua sigilo 
profissional. 
 
VIOLAÇÃO DO SIGILO PROFISSIONAL 
 O sigilo profissional é tão importante, 
que o EOAB estabelece que pratica infração 
disciplinar o advogado, que sem justa causa, 
violar o sigilo profissional. 
Art. 34, EOAB. Constitui infração disciplinar: 
VII – violar, sem justa causa, sigilo profissional; 
Art. 7º. São direitos do advogado: 
XIX – recusar-se a depor como testemunha em 
processo no qual funcionou ou deva funcionar, 
ou sobre fato relacionado com pessoa de quem 
seja ou foi advogado, mesmo quando 
autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem 
como sobre fato que constitua sigilo 
profissional. 
 
DIREITO DE O ADVOGADO DEIXAR O RECINTO 
EXEMPLO: O advogado foi intimado para a 
realização de uma audiência às 14h, o 
advogado chega no fórum às 13h30min, e fica 
sentado na sala de espera, ou no corredor 
aguardando ser chamado para audiência. 
Passado algum tempo, o advogado olha no 
relógio e verifica que já são 15h e ele ainda não 
foi chamado para a audiência. 
O que fazer? 
Art. 7º. São direitos do advogado: 
XX – Retirar-se do recinto onde se encontre 
aguardando pregão para ato judicial... 
Para exercer o direito assegurado no 
Estatuto da OAB, o advogado deve observar: 
1º. O tempo de espera. 
2º. A ausência da autoridade. 
3º. A comunicação para o juízo. 
 
O TEMPO 
 O advogado deve estar aguardando o 
pregão para o ato judicial por mais de 30 
minutos do horário designado. 
 Se a audiência foi designada para 
iniciar às 14hrs, o advogado deve aguardar o 
pregão para a realização do ato judicial até às 
14h30min, somente após este horário é que 
poderá deixar o local. 
 Não basta somente o ato judicial estar 
atrasado, por mais de 30min, para que o 
advogado tenha direito de se ausentar, é 
preciso a ausência da autoridade que irá 
presidir o ato judicial. 
Exemplo: Vamos imaginar uma audiência 
designada para às 14h, porém a audiência que 
iniciou às 13h está demorando e irá terminar 
somente por volta das 15h30min, nesse caso o 
advogado não poderá se ausentar, pois a 
autoridade que irá presidir o ato (0 Juiz) está 
presente. 
 
COMUNICAÇÃO 
 Não basta somente o advogado estar 
aguardando o ato judicial por mais de 30 
minutos e constatar a ausência da autoridade 
que irá presidir o ato judicial, será necessário 
também que o advogado protocole uma 
comunicação no juízo. 
 Podemos observar que não se trata de 
pedido ou requerimento, e sim de uma 
comunicação que será protocolada no juízo 
informando que: 
1) Esperou o pregão para o ato judicial 
por mais de 30min; 
2) Constatou a ausência da autoridade 
que iria presidir o ato; 
3) Está exercendo o seu direito de retirar-
se do recinto em que estava 
aguardando o pregão para a realização 
do ato judicial. 
 
Art. 7º. São direitos do advogado: 
DIREITO UNOESC – UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA 
@Mateus Mendes 
Página 6 
 
XX – retirar-se do recinto onde se encontre 
aguardando pregão para ato judicial, após 
trinta minutos do horário designado e ao qual 
ainda não tenha comparecido a autoridade que 
deva presidir ele, mediante comunicação 
protocolizada em juízo. 
 
PROIBIÇÃO DA PRISÃO EM FLAGRANTE DO 
ADVOGADO 
O advogado pode ser preso em flagrante 
delito? 
 Segundo o art. 7º, §3º, do EOAB o 
advogado não pode ser preso em flagrante: 
a) Quando praticar crime no exercício da 
profissão; 
b) Quando o crime for inafiançável. 
 
Para a aplicação do art. 7º, §3º, do EOAB, o 
advogado deve praticar o crime no exercício da 
profissão. 
Para Júlio Mirabete flagrante é o ilícito 
patente, irrecusável, insofismável, que permite 
a prisão do seu autor, sem mandado, por ser 
considerado a certeza visual do crime. 
 
CRIMES AFIANÇÁVEIS – ART. 322 E SS DO CPP 
- Crimes afiançáveis pela Autoridade Policial: 
são os crimes e contravenções penais 
apenados com detenção ou prisão simples; 
- Crimes afiançáveis pelo Poder Judiciário: são 
os crimes punidos com reclusão em que a 
pena mínima cominada não seja superior a 
dois anos; 
 
EXEMPLOS DE CRIMES AFIANÇÁVEIS: 
1. Crime de calúnia (Art. 138 do CP); 
2. Crime de Injúria (Art. 140 do CP); 
3. Crime de violação dosegredo 
profissional (Art. 154 do CP); 
Se o advogado praticar qualquer destes 
crimes, no exercício da profissão, por serem 
crimes afiançáveis, o advogado não poderá 
ser preso em flagrante delito. 
Art. 331, CP. Desacatar funcionário público no 
exercício da função ou em razão dela: 
Pena – detenção, de seis meses a dois anos, ou 
multa. 
 Segundo Decisão do STF na ADI nº 
1.127-8, o art. 7º, §3°, do EOAB não abrange o 
crime de desacato à autoridade judiciária. Ou 
seja, nessa situação o advogado pode ser preso 
em flagrante delito. 
Art. 7º. São direitos do advogado: 
§3º. O advogado somente poderá ser preso em 
flagrante, por motivo de exercício da profissão, 
em caso de crime inafiançável, observado o 
disposto no inciso IV deste artigo. 
IV – estabelece que o Advogado terá direito a 
assistência de um representante da OAB na 
lavratura do auto de prisão em flagrante, 
quando a prisão estiver relacionada com o 
exercício da advocacia, sob pena de nulidade. 
 
SALAS ESPECIAIS PERMANTENTES PARA 
ADVOGADOS 
Art. 7º. São direitos do advogado: 
§4º. O Poder Judiciário e o Poder Executivo 
devem instalar, em todos os juizados, fóruns, 
tribunais, delegacias de polícia e presídios, 
salas especiais permanentes para os 
advogados, com uso e controle assegurados à 
OAB. 
Pela ADI nº 1127-8 o STF suspendeu a eficácia 
da expressão E CONTROLE. 
 Devem instalar as salas especiais 
permanentes para os advogados: 
- Poder Judiciário; 
- Poder Executivo. 
 
 Onde serão instaladas as salas 
especiais permanentes para os advogados? 
DIREITO UNOESC – UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA 
@Mateus Mendes 
Página 7 
 
- Juizados, fóruns, tribunais, delegacias de 
Polícia, presídios. 
 Para que o advogado possa exercer o 
seu múnus público, torna-se indispensável a 
instalação de salas especiais permanentes nos 
Juizados, Fóruns, Tribunais, Delegacias de 
Polícia e Presídios para que o advogado possa 
por exemplo: 
Examinar processos, tirar fotocópias dos 
processos, se reunir em caráter urgente com o 
cliente, elaborar petições urgentes. 
 
DIREITO DE ASSISTIR O CLIENTE INVESTIGADO 
Art. 7º. São direitos do advogado: 
XXI – assistir a seus clientes investigados 
durante a apuração de infrações, sob pena de 
nulidade absoluta do respectivo interrogatório 
ou depoimento e, subsequentemente, de 
todos os elementos investigatórios e 
probatórios dele decorrentes ou derivados, 
direta ou indiretamente, podendo, inclusive, 
no curso da respectiva apuração: 
a) Apresentar razões e quesitos; 
Sob pena de nulidade do interrogatório ou 
depoimento do investigado, o EOAB garantiu 
ao advogado o direito de assistir ao cliente 
investigado, durante a apuração de infrações. 
O inciso XXI, do art. 7º, adotou a teoria dos 
frutos da árvore envenenada, ao determinar 
que; não só, o interrogatório ou depoimento 
do investigado sem assistência do seu 
advogado é nulo, como também todos os 
elementos investigatórios e probatórios dele 
decorrentes ou derivados, direta ou 
indiretamente. 
A alínea “a”, do inciso XXI, do art. 7º do 
EOAB, também, garantiu ao advogado o direito 
de durante o curso da investigação apresentar 
razões e quesitos. 
Tem por finalidade garantir o direito do 
acusado ao contraditório e a ampla defesa, na 
forma do art. 5º, LV, da CF/88. 
 
DIREITO DO ADVOGADO DE EXAMINAR 
AUTOS DE FLAGRANTE 
 O direito do advogado de poder 
examinar os autos de flagrante ou de 
investigação é ilimitado? Não! 
Art. 7º. São direitos do advogado: 
§11. No caso previsto no inciso XIV, a 
autoridade competente poderá delimitar o 
acesso do advogado aos elementos de prova 
relacionados a diligências em andamento e 
ainda não documentados nos autos, quando 
houver risco de comprometimento da 
eficiência, da eficácia ou da finalidade das 
diligências. 
A autoridade competente pode delimitar o 
acesso do advogado aos autos? 
R: Nos casos de autos de flagrante ou 
investigação, a autoridade pode delimitar o 
acesso do advogado aos elementos de prova 
relacionados a diligências em andamento e 
ainda não documentados nos autos. 
Quando a autoridade poderá delimitar o 
acesso do advogado às diligências em 
andamento? 
 R: Quando houver risco de 
comprometimento da eficiência da eficácia ou 
da finalidade das diligências em andamento. 
Exemplo: Pendência de Carta Precatória para 
oitiva de testemunha: nesse caso a autoridade 
não deverá delimitar o acesso do advogado à 
diligência, haja vista que o seu acesso não 
comprometerá a eficiência, a eficácia e a 
finalidade da diligência. 
 
RESPONSABILIDADE DO SERVIDOR QUE VIOLA 
DIREITO DO ADVOGADO 
Art. 7º. São direitos do advogado: 
§12. A inobservância aos direitos estabelecidos 
no inciso XIV, o fornecimento incompleto de 
autos ou o fornecimento de autos em que 
houve a retirada de peças já incluídas no 
caderno investigativo implicará 
responsabilização criminal e funcional por 
abuso de autoridade do responsável que 
DIREITO UNOESC – UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA 
@Mateus Mendes 
Página 8 
 
impedir o acesso do advogado com o intuito de 
prejudicar o exercício da defesa, sem prejuízo 
do direito subjetivo do advogado de requerer 
acesso aos autos ao juiz competente. 
 Podemos extrair do §12, do art. 7º, do 
EOAB, que o responsável (servidor público) que 
impedir o acesso do advogado com a intenção 
de prejudicar o exercício da defesa, ficará 
sujeito a responsabilização criminal e 
funcional por abuso de autoridade. 
 O responsável (servidor público) 
poderá violar o direito do advogado de ter 
acesso aos autos em 03 situações: 
1º. Não observar o inciso XIV, art. 7º, do EOAB; 
2º. Fornecer incompleto os autos; 
3º. O fornecer os autos em que houve a 
retirada de peças já incluídas no caderno 
investigativo; 
 A punição criminal e funcional somente 
será possível, se o responsável (servidor 
público) agir com a intenção de prejudicar o 
exercício da defesa. 
 Ao advogado que não tiver acesso aos 
autos de investigação; receber os autos de 
forma incompleta; ou verificar que foram 
retirados dos autos peças de investigação já 
incluídas no caderno investigativo, poderá 
requerer diretamente ao juiz competente o 
acesso aos autos.

Continue navegando