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Anatomia e Fisiologia Animal - EAD

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ANATOMIA E 
FISIOLOGIA ANIMAL
PROF. DR. LEONARDO MARTINS LEAL
Reitor: 
Prof. Me. Ricardo Benedito de 
Oliveira
Pró-reitor: 
Prof. Me. Ney Stival
Diretoria EAD: 
Prof.a Dra. Gisele Caroline 
Novakowski
PRODUÇÃO DE MATERIAIS
Diagramação:
Alan Michel Bariani
Thiago Bruno Peraro
Revisão Textual:
Felipe Veiga da Fonseca
Letícia Toniete Izeppe Bisconcim 
Luana Ramos Rocha
Produção Audiovisual:
Eudes Wilter Pitta Paião
Márcio Alexandre Júnior Lara
Marcus Vinicius Pellegrini
Osmar da Conceição Calisto
Gestão de Produção: 
Kamila Ayumi Costa Yoshimura
© Direitos reservados à UNINGÁ - Reprodução Proibida. - Rodovia PR 317 (Av. Morangueira), n° 6114
 Prezado (a) Acadêmico (a), bem-vindo 
(a) à UNINGÁ – Centro Universitário Ingá.
 Primeiramente, deixo uma frase de Só-
crates para reflexão: “a vida sem desafios não 
vale a pena ser vivida.”
 Cada um de nós tem uma grande res-
ponsabilidade sobre as escolhas que fazemos, 
e essas nos guiarão por toda a vida acadêmica 
e profissional, refletindo diretamente em nossa 
vida pessoal e em nossas relações com a socie-
dade. Hoje em dia, essa sociedade é exigente 
e busca por tecnologia, informação e conheci-
mento advindos de profissionais que possuam 
novas habilidades para liderança e sobrevivên-
cia no mercado de trabalho.
 De fato, a tecnologia e a comunicação 
têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, 
diminuindo distâncias, rompendo fronteiras e 
nos proporcionando momentos inesquecíveis. 
Assim, a UNINGÁ se dispõe, através do Ensino 
a Distância, a proporcionar um ensino de quali-
dade, capaz de formar cidadãos integrantes de 
uma sociedade justa, preparados para o mer-
cado de trabalho, como planejadores e líderes 
atuantes.
 Que esta nova caminhada lhes traga 
muita experiência, conhecimento e sucesso. 
Prof. Me. Ricardo Benedito de Oliveira
REITOR
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UNIDADE
01
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................. 5
1. PRINCÍPIOS GERAIS DA CONSTRUÇÃO DO CORPO DOS VERTEBRADOS ...................................................... 6
2. EIXOS E PLANOS ................................................................................................................................................... 6
2.1 DIVISÃO DO CORPO ANIMAL ............................................................................................................................. 6
2.2 POSIÇÃO ORTOSTÁTICA ..................................................................................................................................... 7
2.3 EIXOS ................................................................................................................................................................... 7
2.3.1 EIXO CRANIOCAUDAL ...................................................................................................................................... 8
2.3.2 EIXO DORSOVENTRAL..................................................................................................................................... 8
2.3.3 EIXO LATEROLATERAL .................................................................................................................................... 8
2.4 PLANOS ................................................................................................................................................................ 9
2.4.1 PLANO MEDIANO ............................................................................................................................................. 9
INTRODUÇÃO À ANATOMIA E FISIOLOGIA 
ANIMAL E APARELHO LOCOMOTOR
PROF. DR. LEONARDO MARTINS LEAL
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
ANATOMIA E FISIOLOGIA ANIMAL
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2.4.2 PLANO TRANSVERSAL .................................................................................................................................... 9
2.4.3 PLANO DORSAL OU HORIZONTAL ................................................................................................................. 9
2.5 DIREÇÕES .......................................................................................................................................................... 10
3. APARELHO LOCOMOTOR .................................................................................................................................... 10
3.1 OSTEOLOGIA ........................................................................................................................................................11
3.1.1 FISIOLOGIA ........................................................................................................................................................11
3.1.2 DIVISÃO DO ESQUELETO .................................................................................................................................11
3.1.2.1 ESQUELETO AXIAL........................................................................................................................................ 12
3.1.2.2 ESQUELETO APENDICULAR ........................................................................................................................ 13
3.2 ARTROLOGIA ..................................................................................................................................................... 16
3.2.1 ARTICULAÇÕES FIBROSAS ............................................................................................................................ 16
3.2.2 ARTICULAÇÕES CARTILAGINOSAS ...............................................................................................................17
3.2.3 ARTICULAÇÕES SINOVIAIS ........................................................................................................................... 18
3.3 MIOLOGIA ........................................................................................................................................................... 19
CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................................................ 22
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INTRODUÇÃO
O que é anatomia?
Etimologicamente, Anatomia é uma palavra de origem grega que signi� ca “separar em 
partes” (DYCE et al. 2010). Podemos considerar ainda a Anatomia como uma grande área de 
estudo que contempla a morfologia dos humanos e os animais. Morfologia é o estudo da forma. 
Historicamente a anatomia é belíssima, seu estudo inicia-se na pré-história e chega aos dias atuais 
com inestimáveis avanços que propiciaram o desenvolvimento de outras áreas (MALOMO et al. 
2006)
O que é � siologia?
A palavra � siologia possui origem grega (physis = natureza, função ou funcionamento; e 
logos = palavra ou estudo). De forma geral, a � siologia estuda as funções das estruturas corpóreas 
e a regulação das alterações no organismo (KLEIN, 2014).
Para mais informações sobre a história da anatomia, acessar: TAVANO, P. T.; OLI-
VEIRA, M. C. de. Surgimento e desenvolvimento da ciência. Anuário da Produção 
Acadêmica Docente. Anhanguera Educacional S.A. v. 2, n. 3, 2008. Disponível em: 
<https://repositorio.pgsskroton.com.br/bitstream/123456789/1551/1/v.2,%20
n.3,%202008-73-84.pdf. Acesso em: 04 dez. 2018.
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1. PRINCÍPIOS GERAIS DA CONSTRUÇÃO DO CORPO 
DOS VERTEBRADOS
A anatomia corporal é formada por um conjunto de estruturas que formam o organismo. 
Podemos dizer que a unidade básica do organismo dos vertebrados são as células. O conjunto de 
células formam os tecidos, que unidos formam os órgãos que irão formar os sistemas, os quais se 
agrupam formando os aparelhos e, consequentemente, o organismo como um todo (Figura1).
F igura 1 - Organização dos seres vivos: da célula ao organismo. Fonte: Penedaos2 (2018).
Esta disciplina será conduzida pela apresentação das diferentes estruturas corporais 
através da � siologia e anatomia sistemática, a qual contempla os sistemas: esquelético, articular, 
muscular, circulatório, respiratório, digestório, reprodutor, urinário, endócrino, nervoso e 
tegumentar.
2. EIXOS E PLANOS
Ao longo de todo o estudo em anatomia, é impreterível o conhecimento e localização das 
estruturas anatômicas, deste modo, o amplo domínio dos termos utilizações para classi� car essa 
localização se faz necessário.
Para que se compreenda os eixos e planos anatômicos, inicialmente, deve-se estudar as 
divisões do corpo animal e sua posição ortostática
 
2.1 Divisão do Corpo Animal
O corpo animal é anatomicamente dividido em: cabeça, pescoço, tronco (tórax, abdome 
e pelve) e membros (torácico e pélvico) (Figura 2).
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F igura 2 - Imagem Fotográ� ca de equino em posição ortostática. Nota-se as divisões do corpo animal representadas 
pelas estruturas ovoides nas cores: azul = cabeça; amarelo = pescoço; branco = tronco; verde = tórax; laranja = abdo-
me; roxo = pelve; vermelho = membros. Fonte: adaptado de Racas-cavalos (2018).
2.2 Posição Ortostática
A posição ortostática é fundamental para identi� car as estruturas de forma padronizada, 
independentemente da posição que o animal esteja, seja em estação ou decúbito (dorsal, ventral 
e lateral). Ela se baseia em uma posição única que, em quadrúpedes, o animal permanece em 
estação com os quatro membros apoiados no solo e olhar para o horizonte (Figura 2). 
A partir da posição ortostática são de� nidos os eixos e, posteriormente, os planos de 
secção que dividem o corpo animal em duas metades (horizontalmente, verticalmente e 
transversalmente). Propiciando, assim, localizar as estruturas anatômicas de forma padronizada 
(DYCE et al. 2010).
2 .3 Eixos
Para identi� carmos os eixos, imagina-se o animal em posição ortostática dentro de uma 
grande caixa retangular (Figura 3). A partir daí, os eixos craniocaudal, dorsoventral e laterolateral 
são de� nidos. 
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Fi gura 3 - Imagem fotográ� ca de equino em posição ortostática. Imagina-se o animal dentro de uma “caixa” para 
que se possa traçar os eixos e planos. Fonte: adaptado de Racas-cavalos (2018).
2.3.1 Eixo craniocaudal
O eixo craniocaudal é determinado pela identi� cação do ponto central das paredes da 
caixa a frente e atrás do animal em posição ortostática. O ponto central pode ser identi� cado 
traçando duas diagonais a partir dos vértices da parede.
Após a identi� cação dos pontos centrais dessas paredes, traça-se uma linha unindo esses 
pontos, da parede à frente e da parede atrás do animal. Essa linha criada é o eixo craniocaudal 
(DYCE et al., 2010; KONIG; LIEBICH, 2016) (Figura 4).
2. 3.2 Eixo dorsoventral
De forma similar ao eixo craniocaudal, o eixo dorsoventral é formado a partir da criação 
de uma linha que se une ao ponto central de duas paredes. Todavia, neste caso, as paredes que 
determinarão o eixo dorsoventral são aquelas acima e abaixo do animal em posição ortostática 
(DYCE et al., 2010; KONIG; LIEBICH, 2016) (Figura 4).
2.3.3 Eixo laterolateral
Como os demais eixos, o eixo laterolateral forma-se traçando uma linha do ponto central 
de duas paredes antagônicas. Nesse caso, o eixo laterolateral se forma a partir das paredes laterais 
direita e esquerda da caixa na qual o animal em posição ortostática está inserido (DYCE et al., 
2010; KONIG; LIEBICH, 2016) (Figura 4).
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2.4 Planos
Os planos formam-se a partir da junção de dois eixos a � m de propiciar segmentos que 
determinarão a posição dos órgãos e estruturas anatômicas.
2.4.1 Plano mediano
O plano mediano secciona o animal em dois antímeros, direito e esquerdo. É formado 
pela união dos eixos craniocaudal e dorsoventral (DYCE et al., 2010; KONIG; LIEBICH, 2016) 
(Figura 4).
2.4.2 Plano transversal
O plano transversal secciona o animal em metâmeros, cranial e caudal. É formado pela 
união dos eixos laterolateral e dorsoventral (Figura 4). Vale ressaltar que secções transversais em 
determinados órgãos de forma isolada referem-se a um corte perpendicular ao eixo longo deste 
órgão (DYCE et al., 2010; KONIG; LIEBICH, 2016) (Figura 4).
2.4.3 Plano dorsal ou horizontal
O plano dorsal ou, também chamado, horizontal, secciona o animal em paquímeros, 
dorsal e ventral. É formado pela união dos eixos craniocaudal e laterolateral (DYCE et al., 2010; 
KONIG; LIEBICH, 2016) (Figura 4).
Figura 4 - Esquemas da determinação dos eixos e planos de secção. Fonte: adaptado de Slideshare (2012).
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 2.5 Direções 
A partir dos planos de secção, é possível determinar a direção das estruturas e órgãos. Por 
exemplo, o baço canino, pode-se identi� cá-lo a partir dos planos de secções em um órgão caudal, 
ventral e lateral esquerdo (DYCE et al., 2010; KONIG; LIEBICH, 2016) (Figura 5). 
Nos membros há terminologia especial, na qual as estruturas mais próximas ao tronco 
recebem o nome proximal, enquanto estruturas mais próximas ao solo recebem o nome distal. 
A face lateral dos membros é tida como lateral e a face interna é tida como medial. Nos dedos 
ainda há nomenclatura diferenciada; a face dos dedos que estão direcionadas para o lado lateral 
recebem o nome de abaxial, enquanto a face dos dedos que está em sentido medial com relação 
ao eixo longo da mão e do pé é tido como axial (DYCE et al., 2010; KONIG; LIEBICH, 2016) 
(Figura 5).
Na cabeça também há de� nições especiais. Qualquer estrutura próxima ao “focinho” é 
tratada como rostral e as próximas da nuca como caudal. Nos olhos a nomenclatura utilizada 
para dar direção às estruturas assemelha-se aos humanos (superior, inferior, lateral e medial); por 
isso utiliza-se, por exemplo, pálpebra superior e inferior ao invés de dorsal e ventral (DYCE et al., 
2010; KONIG; LIEBICH, 2016).
F igura 5 - Esquema de bovino com planos e direções corporais. Fonte: Dyce et al. (2010).
3. APARELHO LOCOMOTOR
O aparelho locomotor é formado pelos sistemas: esquelético, articular e muscular. 
Respectivamente, o estudo desses sistemas recebe o nome de osteologia, artrologia e miologia
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3.1 Osteologia
3.1.1 Fisiologia
Os ossos são órgãos duros, bastante vascularizados e inervados que possuem diversas 
funções (KLEIN, 2014):
• Sustentação e movimentação do corpo.
• Proteção das vísceras (por exemplo, temos o crânio que protege o encéfalo).
• Armazenamento de Cálcio e outros íons.
• Produção de células hematopoiéticas (medula óssea).
3 .1.2 Divisão do esqueleto
O conjunto de ossos do organismo animal é dividido em esqueleto apendicular e esqueleto 
axial (Figura 6). 
Fi gura 6 - Imagem ilustrativa de esqueleto de quadrúpede. Os círculos vermelhos mostram o esqueleto axial, en-
quanto os círculos roxos representam o esqueleto apendicular. Fonte: Erler-zimmer (2019).
A produção das células hematopoiéticas: Hematopoiese. 2017. Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=wvk2YlWj5Yg>. Acesso em: 27 jun. 2019.
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3. 1.2.1 Esqueleto axial
O esqueleto axial propicia a sustentação do corpo e fornece proteção ao sistema nervoso 
central e às vísceras torácicas e abdominais craniais, sendo formado pelos ossos da cabeça, 
coluna vertebral, costelas e esterno. A cabeça possui diversos ossos (Figura 7). Vale ressaltar a 
importância do osso frontal que dá origemaos cornos dos bovinos (DYCE, 2010).
Fig ura 7 - Principais ossos da cabeça do bovino. Osso frontal com corno (verde), osso nasal (mostarda), osso in-
cisivo (amarelo), osso lacrimal (laranja), osso zigomático (vermelho), osso maxilar (marrom), osso palatino (azul 
escuro), osso parietal (verde claro), osso temporal (verde escuro), osso occipital (azul claro), osso mandíbula (cinza). 
Fonte: Konig e Liebitch (2016).
Embora popularmente se acredite que chifre e corno sejam sinônimos, será que 
anatomicamente e fi siologicamente há diferenças entre eles? A resposta é sim! Há 
diferenças. O corno, presente nos bovinos, caprinos e ovinos, por exemplo, possui 
uma forte estrutura óssea (parte do osso frontal) abaixo do estojo córneo que se 
vê externamente. O estojo córneo é queratinizado e não possui vascularização. O 
cifre, por sua vez, visto em veados, por exemplo, possui uma pequena estrutura 
óssea em seu interior e seu envoltório chamado de veludo é vascularizado, mas 
com o tempo (geralmente anualmente), ocorre a interrupção da vascularizada e o 
chifre se desprende do animal; tornando a crescer novamente, diferentemente do 
que ocorre com os cornos, os quais não sofrem trocas durante a vida.
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O número de vértebras da coluna vertebral varia conforme a espécie (Quadro 1). Todavia, 
todos os mamíferos domésticos possuem sete vértebras cervicais.
  Cervical Torácica Lombar Sacral Caudais
Cão e gato 7 13 7 3 20 a 23
Equino 7 18 5 a 6* 5 16 a 20*
Bovino 7 13 6 5 18 a 20*
Ovino 7 13 6 a 7* 4 16 a 18*
Caprino 7 13 6 a 7 5 16 a 18*
Suíno 7 13 a 16* 6 a 7 4 20 a 23*
* Variação de raça ou indivíduo
 Quadro 1 - Número de vértebras dos principais mamíferos domésticos de acordo com as regiões da coluna vertebral 
(cervical, torácica, lombar, sacral e caudal). Fonte: adaptado de Konig e Liebitch (2016) e Dyce (2010).
As costelas, em sua região dorsal, comunicam-se com as vértebras torácicas e, em sua 
região ventral, unem-se ao osso esterno, formando a caixa torácica (Figura 6).
 3.1.2.2 Esqueleto apendicular
O esqueleto apendicular é formado pelos ossos dos membros torácicos e pélvicos. Os 
ossos que compõem o membro torácico, da região proximal para região distal, são: escápula, 
úmero, rádio, ulna, ossos do carpo, metacarpos e falanges (Figura 8).
Figura 8 - Imagem ilustrativa dos ossos do membro torácico suíno. Fonte: Konig e Liebitch (2016).
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Há diversas particularidades desses ossos entre as espécies domésticas, especialmente 
relacionadas a suas saliências e depressões ósseas. Na escápula, osso mais proximal do membro 
torácico, existe uma saliência denominada espinha da escápula e, particularmente nos ruminantes 
(bovinos, caprinos e ovinos), há uma projeção nesta região denominada de acrômio. O úmero é 
o osso do braço, ele articula com a escápula na articulação do ombro e distalmente com o rádio e 
ulna na região do cotovelo. O rádio e a ulna são os ossos do antebraço, articulam proximalmente 
com o úmero e distalmente com os ossos do carpo. Os ossos do carpo são formados por diversos 
ossos pequenos que possuem particularidades entre as espécies domésticas. Em conjunto, os 
ossos do carpo formam a articulação do punho (Figura 9).
F igura 9 – Imagem fotográ� ca de carpo equino Fonte: Carolinasanchez98 (2015).
Os metacarpos variam consideravelmente entre os animais domésticos. Os carnívoros 
possuem cinco metacarpos, os suínos possuem quatro metacarpos, os bovinos, três (um deles 
é vestigial) e os equinos possuem três (sendo dois vestigiais). Quanto aos dígitos, seu número 
correlaciona-se ao número de metacarpos principais. Assim, carnívoros possuem cinco dedos, 
suínos possuem quatro dedos, bovinos possuem dois dedos e equinos possuem um dedo. Cada 
dedo possui dois ou três ossos, denominados de falanges.
No membro pélvico, os ossos encontrados são: coxal, fêmur, tíbia, fíbula, ossos do tarso, 
metatarso e falanges (Figura 10). Assim, como no membro torácico, há especi� cidades no 
membro pélvico entre os animais domésticos.
Os suínos possuem todos os oito ossos do carpo, os equinos possuem oito ou 
sete, na qual o carpo I pode estar ausente. Nos carnívoros (cão e gato) há sete 
ossos do carpo, pois o osso carpo radial é fusionado ao carpo intermédio. Nos 
ruminantes presenciam-se apenas seis ossos, na qual o carpo I está ausente e os 
ossos carpo II e III são unidos (KONIG; LIEBITCH, 2016).
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 Figura 10 - Imagem ilustrativa dos ossos do membro pélvico suíno. Fonte: Konig e Liebitch (2016).
O osso coxal é formado por três ossos: ísquio, ílio e púbis (Figura 11). O coxal articula 
proximalmente com a coluna vertebral na região sacral e distalmente com o fêmur na articulação 
do quadril (coxofemoral).
F igura 11 - Imagem fotográ� ca do osso coxal de bovino. Fonte: Primeiro semestre de medicina veterinária (2013).
O fêmur é o osso da coxa, distalmente articula-se com a tíbia, a fíbula e um pequeno 
osso sesamoide (formado a partir dos músculos da coxa) denominado patela. A tíbia e a fíbula 
são os ossos da perna, sendo a tíbia a mais calibrosa. Nos equinos e bovinos a fíbula se une à 
tíbia, enquanto nos carnívoros e suínos ela é livre e chega na articulação do jarrete (tornozelo). 
A articulação do jarrete é formada pelos ossos do tarso que, assim como os carpos do membro 
torácico, apresentam grande variância entre as espécies. 
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Os ossos do tarso são apresentados em três fi leiras. A fi leira proximal que se arti-
cula com a tíbia e a fíbula é representada pelo talo e calcâneo; a fi leira média pos-
sui apenas um osso, o central do tarso; a fi leira distal é formada por quatro ossos: 
tarso I, tarso II, tarso III e tarso IV. Na fi leira distal do tarso de equinos e ruminantes 
os ossos são fusionados. Nos equinos, o tarso I se une ao tarso II; em bovinos, 
há união entre os tarsos II e III, e central com tarso IV. Os ossos do metatarso e 
falanges do membro pélvico se comportam de forma similar aos metacarpos e 
falanges do membro torácico (KONIG; LIEBITCH, 2016).
3.2 Artrologia 
A artrologia é o estudo das articulações. Articulação, por sua vez, é de� nida como um 
dispositivo que une dois ou mais ossos. Desse modo, é fácil determinar a nomenclatura anatômica 
das articulações, pois elas recebem o nome similar aos ossos que as envolvem (por exemplo, a 
articulação do ombro é chamada de articulação escapuloumeral, fazendo forte alusão aos ossos 
que a compõem: escápula e úmero). Algumas articulações permitem grande movimentação, 
como as articulações sinoviais, enquanto outras produzem um movimento intermediário, como 
as articulações cartilaginosas, e, ainda, algumas articulações possuem pouco movimento, são as 
chamadas articulações � brosas (DYCE et al., 2010).
3.2.1 Articulações fibrosas
Como dito, essas articulações possuem pouco movimento entre os ossos que as compõem 
devido a quantidade de material � broso entre elas que impossibilita o movimento. Existem três 
formas de articulações � brosas:
• Gonfose: é aquela vista entre os dentes e o osso alveolar da boca (Figura 12) 
Fi gura 12 - Articulação Fibrosa: gonfose. Fonte: Slideshare (2011).
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• Sutura: é aquela vista comumente nos ossos do crânio, por exemplo, entre o osso nasal 
e o frontal há uma sutura formando a articulação frontonasal (Figura 13).
Fig ura 13 - Articulação Fibrosa: sutura. Fonte: Artrologiamedvet (2007).
• Sindesmose: é observada entre grandes ossos longos que não possuem movimentos 
entre eles, por exemplo: articulação rádio-ulnar dos suínos (Figura 14).Figu ra 14 - Articulação Fibrosa: sindesmose. Fonte: Biologiaponta (2014).
3.2. 2 Articulações cartilaginosas
Como o nome diz, as articulações cartilaginosas apresentam grande quantidade de tecido 
cartilaginoso entre os ossos, o que permite um movimento parcial. É vista na sín� se pélvica 
(Figura 15), sendo importante para o parto das fêmeas, frente ao relaxamento que ocorre nessa 
articulação (mediada por hormônios), propiciando a saída do descendente.
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Figur a 15 - Articulação Cartilaginosa: sín� se pélvica (seta). Fonte: Megacurioso (2019).
3.2.3 Articulações sinoviais
Tais articulações permitem grande movimento entre os ossos. São as articulações 
sinoviais que encontramos comumente entre os ossos longos dos membros, como as articulações 
do ombro, cotovelo, quadril, joelho, jarrete, entre outras. Em uma articulação sinovial podemos 
encontrar os seguintes componentes: cápsula � brosa, cavidade articular, membrana sinovial, 
líquido sinovial e cartilagem articular (Figura 16).
Figura 16 - Articulação sinovial com seus componentes e anexos. Fonte: Toda matéria (2019).
Algumas estruturas anexas também são encontradas nas articulações, como: ligamentos, 
meniscos, coxins, discos e lábios articulares; todas elas responsáveis, direta ou indiretamente, 
pelo perfeito movimento das articulações.
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3.3 Mi ologia
Os músculos são estruturas responsáveis pela contração tecidual. Sua contração propicia 
a movimentação, aquecimento e proteção para o corpo. Ademais, ainda permite a movimentação 
de � uídos pelo corpo e controle do armazenamento e esvaziamento de vísceras ocas. Existem três 
tipos histológicos de músculos que se encontram nos animais domésticos:
1- Músculo estriado esquelético: inclui todos os músculos que estão próximos aos ossos 
e possuem uma função voluntária do organismo.
2- Músculo estriado cardíaco: é o musculo presente no coração e não possui função 
voluntária.
3- Músculo liso: são os músculos presentes nos vasos sanguíneos e vísceras (intestino, 
estômago, bexiga etc.) e não possuem função voluntária.
Os músculos esqueléticos possuem diferentes formas, origens e inserções. De modo 
geral, os músculos apresentam dois tendões em sua extremidade que os unem aos ossos e uma 
região centralizada, chamada ventre muscular, que é a responsável pela contração do músculo 
propriamente dito. É a região do ventre muscular que vem a ser a carne que nós comemos. Alguns 
tendões são laminares e se comunicam com outros músculos, neste caso especí� co, recebem o 
nome de aponeurose.
O estudo de cada grupo muscular é complexo e acredita-se que a melhor forma de se 
estudar os principais músculos esqueléticos é baseando-se em sua origem e inserção (geralmente 
em alguma região dos ossos adjacentes), ou seja, de onde ele inicia-se até onde ele encerra-se.
As imagens a seguir (Figura 17, Figura 18, Figura 19 e Figura 20) ilustram alguns músculos 
da cabeça, tronco e membros.
Figura 17 - Músculos da cabeça do equino: 1- temporal; 2- masseter; 3- levantador nasolabial; 4- levantador do lábio 
superior; 5- canino; 6- zigomático e 7- Bucinador. Fonte: adaptado de Popesko (1999).
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Figura 18 - Músculos do tronco do suíno: 1- trapézio; 2- grande dorsal; 3- peitoral; 4 – reto do abdome; 5- oblíquo 
abdominal externo. Fonte: Popesko (1999).
Figura 19 - Músculos do braço do bovino: 1- supraespinhoso; 2- infraespinhoso; 3- deltoide; 4- braquicefálico e 5- 
tríceps. Fonte: Popesko (1999).
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F igura 20 - Principais músculos da coxa da ovelha: 1- asa do ílio (referência óssea) 2- glúteo médio; 3- tensor da fás-
cia lata; 4- fáscia lata; 5,6 e 7 - glúteobíceps; 8- semimembranoso; 9- semitendinoso; 10- quadríceps femoral. Fonte: 
Popesko (1999).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Na Unidade I muito conteúdo foi abordado. Iniciamos pela introdução geral da � siologia 
e anatomia, com a apresentação das estruturas básicas que formam o organismo, focando em 
uma organização sistemática, bem como os planos e eixos anatômicos que são fundamentais para 
identi� car a localização das estruturas anatômicas.
Ainda nesta unidade, começamos o estudo pelo aparelho locomotor, que é a base do 
estudo dos demais sistemas, pois é comum a referência da posição óssea para delimitar outras 
estruturas que veremos nas demais unidades.
O aparelho locomotor é a união dos sistemas esquelético, articular e muscular, os 
quais foram expostos, visando uma compreensão geral de sua � siologia e principais estruturas 
anatômicas.
Vale ressaltar que a complementação do estudo é impreterível e deve ser feita baseando-
se nos materiais de apoio sugeridos na unidade, bem como a busca por literatura especializada 
em anatomia e � siologia dos animais domésticos.
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UNIDADE
02
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................ 25
1. SISTEMA CIRCULATÓRIO ................................................................................................................................... 26
1.1 GRANDE E PEQUENA CIRCULAÇÃO .................................................................................................................. 26
1.2 VALVAS ................................................................................................................................................................. 27
1.3 LOCALIZAÇÃO E ESTRUTURA DO CORAÇÃO ................................................................................................... 28
1.4 RITMO CARDÍACO .............................................................................................................................................. 30
1.5 VASOS SANGUÍNEOS ......................................................................................................................................... 31
1.6 VASOS LINFÁTICOS ............................................................................................................................................ 33
2. SISTEMA RESPIRATÓRIO ................................................................................................................................... 33
2.1 INTRODUÇÃO E FISIOLOGIA.............................................................................................................................. 33
2.2 NARIZ OU FOCINHO........................................................................................................................................... 34
APARELHO CARDIORRESPIRATÓRIO
PROF. DR. LEONARDO MARTINS LEAL
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
ANATOMIA E FISIOLOGIA ANIMAL
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2.3 CAVIDADE NASAL ............................................................................................................................................... 35
2.4 SEIOS PARANASAIS .......................................................................................................................................... 35
2.5 FARINGE.............................................................................................................................................................. 36
2.6 LARINGE ............................................................................................................................................................. 37
2.7 TRAQUEIA ...........................................................................................................................................................38
2.8 PULMÕES ........................................................................................................................................................... 38
CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................................................40
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INTRODUÇÃO
O sistema circulatório é formado pelo coração e pelos vasos sanguíneos (artérias e veias). 
O coração funciona como uma bomba que distribui o sangue para o corpo por meio das artérias. 
As veias retornam o sangue para o coração. O sangue possui diversas características que permitem 
o transporte de nutrientes, oxigênio, células de imunidade, hormônios e catabólitos. O sistema 
circulatório ainda permite a termorregulação pela constrição ou dilatação dos vasos periféricos. 
Produtos corporais, como leite e urina, também são possíveis devido a � ltração sanguínea em 
tecidos corporais especí� cos.
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1 . SISTEMA CIRCULATÓRIO 
1.1 Grande e Pequena Circulação
O coração é um órgão muscular que funciona como uma bomba. É dividido em 4 câmaras: 
átrio direito, átrio esquerdo, ventrículo direito e ventrículo esquerdo (Figura 1).
Fi gura 1 - Imagem fotográ� ca das câmaras cardíacas do coração de um equino. Fonte: Konig e Liebicht (2016).
O item mais importante para se entender completamente o sistema circulatório é por 
meio do conhecimento da grande e da pequena circulação.
A pequena circulação se dá entre o coração e os pulmões. Como é um ciclo, podemos 
iniciar o estudo em qualquer um dos componentes; nesta oportunidade iniciaremos pelo 
ventrículo direito. O ventrículo direito se contrai e expulsa o sangue, que está pobre em oxigênio 
(sangue venoso), do coração pelo tronco pulmonar (artérias pulmonares) até os pulmões. Nos 
pulmões ocorre a hematose (troca gasosa) e o sangue, agora, se torna oxigenado (sangue arterial), 
deste modo, retorna ao coração pelas veias pulmonares até o átrio esquerdo e, assim, se encerra 
a pequena circulação.
Em similitude à pequena circulação, a grande circulação também pode ser estudada 
a partir de qualquer origem de seu ciclo. Nesta ocasião, iniciaremos o estudo pelo ventrículo 
esquerdo. Do ventrículo esquerdo, o sangue rico em oxigênio, que veio do pulmão, sai pela artéria 
aorta para todo o corpo. No corpo, as células aproveitam o oxigênio e o sangue torna-se pobre em 
oxigênio. O retorno do sangue de todo o corpo acaba con� uindo até as veias cavas que chegam no 
átrio direito do coração e, assim, terminam o ciclo da grande circulação (Figura 2). 
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Fig ura 2 - Imagem Esquemática da Pequena e Grande Circulação. Fonte: Só biologia (2019).
1.2 Valvas
Para melhor compreender a circulação descrita anteriormente, é importante que se 
conheçam as valvas cardíacas. As valvas são conjuntos de válvulas (duas ou três) que permitem 
a passagem do sangue dos átrios para os ventrículos e dos ventrículos para as grandes artérias.
Sendo assim, os mamíferos domésticos possuem quatro valvas: a valva atrioventricular 
direita, que é denominada de valva tricúspide; a valva atrioventricular esquerda, que é chamada de 
valva bicúspide ou mitral; a valva na base do tronco pulmonar, que é a valva semilunar pulmonar; 
e, por � m, a valva na base da artéria aorta, que é a valva semilunar aórtica (Figura 3).
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Figu ra 3 - Imagem Esquemática das Valvas Cardíacas. Fonte: Portal do coração (2019).
1.3 Localização e Estrutura do Coração
O coração � ca localizado no centro do tórax, na região do mediastino (espaço entre os dois 
pulmões), cranialmente ao diafragma (músculo que divide o tórax do abdome). O coração possui 
uma forma triangular, seu ápice � ca deslocado caudalmente e à esquerda dentro da cavidade 
torácica. O ápice corresponde à região ventricular; enquanto a base, que � ca posicionada de 
forma mais centralizada, corresponde à região atrial.
O coração é formado pelo (1) pericárdio, que � ca externamente e dá origem ao saco 
pericárdio, que protege e facilita a contração do coração dentro do tórax; (2) miocárdio, que 
� ca na parte média do coração e, por ser a parte muscular, é o responsável pela contratilidade 
cardíaca; e (3) endocárdio, que � ca na parte interna, delimitando o sangue dentro das câmaras.
A importância do conhecimento da topografi a do coração vai além do estudo fi -
siológico e morfológico. Nos bovinos, por não possuírem grande seletividade na 
escolha dos alimentos no pasto, é comum a ingestão de corpos estranho, como 
pregos, arames e outros materiais pontiagudos. Com isso, é possível a perfuração 
do estômago por esses materiais. 
Mas qual a correlação do coração com esse trauma no estômago? A resposta é 
baseada na posição anatômica desses órgãos. Caudalmente, o coração apoia-se 
no diafragma, enquanto o retículo (uma das câmaras do estômago dos ruminan-
tes) limita-se cranialmente com o mesmo diafragma. Sendo assim, a perfuração 
do retículo por esses materiais estranhos pontiagudos pode levar à perfuração do 
diafragma e, consequentemente, traumatizar o coração (Figura 4). Esta afecção é 
denominada reticulo pericardite traumática.
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Figur a 4 - Imagem Esquemática de uma Reticulo pericardite traumática ocasionada por um Corpo estranho (para-
fuso). Fonte: Picdove (2019).
O ventrículo esquerdo do coração, por ser responsável em bombear o sangue para todo 
o corpo, possui uma parede muito mais musculosa (espessa) que o ventrículo direito. Fato que 
pode ser facilmente percebido ao se observar um coração seccionado (Figura 5).
Figura 5 - Imagem fotográ� ca de coração em corte transversal. Note a diferença da espessura da parede do ventrí-
culo esquerdo (seta vermelha) e do ventrículo direito (seta verde). Fonte: Konig e Liebicht (2016).
Para mais informações sobre a reticulo pericardite traumática bovina, acesse: 
GARCIA, P. V. et al. Retículo pericardite traumática: relato de caso. Revista cien-
tífi ca eletrônica de medicina veterinária. v. 6, n. 10, 2008. Disponível em: <http://
www.faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/fsqZ6MIlDDL8q-
JM_2013-5-28-11-39-23.pdf>. Acesso em: 02 jul. 2019.
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Embora o coração possua quatro câmaras cheias de sangue em seu interior, a sua nutrição 
não é obtida por esse sangue. O sangue que nutre o coração é oriundo das artérias coronárias, 
direita e esquerda, que são as primeiras rami� cações da artéria aorta (Figura 6).
Figura 6 - Imagem Esquemática de coração em corte transversal em sua base. Note a origem das artérias coronárias 
(setas) junto a artéria aorta. Fonte: Konig e Liebicht (2016).
1.4 Rit mo Cardíaco
Os impulsos que chegam ao coração são mediados pelo sistema nervoso autônomo, ou 
seja, não há controle voluntário pelo animal. No coração, o impulso elétrico chega à região do 
nodo sinoatrial que � ca no átrio direito. O impulso, então, é conduzido para todo o átrio direito 
e esquerdo e para o nodo atrioventricular, que � ca no centro do coração, no limite entre os átrios 
e os ventrículos. Neste momento ocorre a despolarização atrial e os átrios, então, contraem-
se (sístole atrial e diástole ventricular) propiciando a passagem do sangue dos átrios para os 
ventrículos pelas valvas bicúspide e tricúspide.
O Impulso do nodo atrioventricular é conduzido pelo feixe atrioventricular (dentro do 
septo interventricular) até o ápice do coração e depois para o plexo subendocárdico de ambos 
os ventrículos.Nesse momento, ocorre a despolarização e consequente contração ventricular 
(sístole ventricular e diástole atrial); o sangue, então, é ejetado do coração pelas grandes artérias, 
passando pelas valvas semilunares aórtica e pulmonar (Figura 7).
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Figura 7 - Imagem esquemática de coração em corte sagital. Note os nodos que conduzem os impulsos elétricos no 
coração, origem das artérias coronárias (setas) junto à artéria aorta. Fonte: Konig e Liebicht (2016).
Vale ressaltar que em nenhum momento o coração � ca sem sangue em seu interior. O 
lado direito e o lado esquerdo trabalham simultaneamente. Sendo assim, quando o sangue está 
no átrio direito, também há sangue no átrio esquerdo. Nos ventrículos ocorre da mesma forma. 
Em resumo, em alguns momentos do ritmo o sangue está nos átrios direito e esquerdo (diástole 
atrial) e em alguns momentos está nos ventrículos direito e esquerdo (diástole ventricular). O 
sangue não se localiza simultaneamente em átrios e ventrículos, quando isso acontece, deve-se 
considerar alguma doença cardíaca em curso.
1.5 Vaso s Sanguíneos
Os vasos sanguíneos são formados pelas artérias, veias e capilares.
As artérias são responsáveis por levar o sangue do coração para os tecidos, rami� cando-se 
em todas as direções corporais. Com exceção da artéria pulmonar, que carrega um sangue pobre 
em oxigênio, em todas as outras artérias o sangue contido em seu interior é rico em oxigênio. Por 
possuírem maior pressão interna, uma vez que o seu � uxo sanguíneo ocorre pelas contrações dos 
ventrículos (“batidas do coração”), a parede das artérias é mais espessa que das veias, possuindo 
uma grande camada de tecido muscular liso (Figura 8).
Impulsos elétricos do coração. Diástole e sístole. 2009. Disponível em: <https://
www.youtube.com/watch?v=gcvqnBbAqco>. Acesso em: 02 jul. 2019.
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As veias, por sua vez, con� uem-se, trazendo o sangue de todos os tecidos de volta aos 
átrios do coração. As veias, em quase sua totalidade, carreiam um sangue pobre em oxigênio, a 
exceção se dá na veia pulmonar. Como possuem baixa pressão em seu interior, a parede das veias 
são mais delgadas e possuem válvulas em seu interior para que não ocorra o re� uxo sanguíneo 
(Figura 8).
Figura 8 - Imagem esquemática de artéria e veia. Note a diferença da espessura da camada muscular (túnica média) 
da artéria e a presença de válvulas no interior das veias. Fonte: Brasil Escola (2019).
 
Os capilares fazem a comunicação das artérias com as veias, são neles que ocorre a 
hematose (troca gasosa do sangue). Nos pulmões ocorre a troca de dióxido de carbono por 
oxigênio; já nos tecidos é o oposto, ocorre a substituição de oxigênio por dióxido de carbono.
Embora uma das características das artérias seja sua capacidade de ramifi cação, 
afi m de distribuir o sangue para todos os tecidos, existe um sistema denominado 
“porta”, na qual a veia assume o papel de artéria e também apresenta ramifi ca-
ções. O sistema porta mais conhecido e descrito nos animais domésticos é o sis-
tema porta-hepático. Neste sistema, todo o sangue do baço, intestinos, estômago 
e pâncreas não retornam diretamente para a circulação sistêmica; inicialmente, o 
sangue desemboca-se na veia porta. A veia porta adentra no fígado e neste mo-
mento assume o papel de artéria, ramifi cando-se e distribuindo este sangue para 
todo o parênquima hepático com intuito de se realizar o metabolismo hepático. 
Posteriormente e naturalmente, os vasos se confl uem até as veias hepáticas e só 
aí o sangue adentra a circulação sistêmica (veia cava caudal) e chega ao coração 
(átrio direito) (DYCE et al., 2010; KONIG; LIEBITCH, 2016).
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1.6 Vasos Linfáticos
Uma boa quantidade dos líquidos que � cam retidos nos tecidos corporais não consegue 
retornar pelas veias ao coração. Deste modo, existem vasos adjuvantes que ajudam na coleta 
desse líquido intersticial, são os vasos linfáticos.
Os vasos linfáticos não formam um ciclo como os vasos sanguíneos; eles possuem um 
fundo cego, com pequenos poros que recolhem linfa (Figura 9). A linfa é semelhante ao soro 
sanguíneo, todavia, por não ter hemácias, é transparente. Toda a linfa se con� ui em grandes 
ductos na região dorsal do tronco do animal, até desembocar novamente em tributárias ou na 
própria veia cava cranial, se misturando com o sangue.
Figura 9 - Imagem esquemática da formação dos vasos linfáticos em fundo de saco cego (verde) junto aos capilares, 
os quais fazem as trocas gasosas entre a artéria (vermelho) e a veia (azul). Fonte: Assignment point (2019).
Além dos vasos, em todo o organismo encontram-se os linfonodos que são aglomerados 
linfoides responsáveis por � ltrar a linfa; controlando infecções, neoplasias e restringindo a 
disseminação de qualquer partícula estranha para o corpo.
Além dos linfonodos, existem outros tecidos, órgãos e estruturas linfoides pelo corpo, 
que atuam diretamente ou indiretamente na produção de linfócitos, como: timo, baço e tonsilas.
 2. SISTEMA RESPIRATÓRIO
2.1 Introdução e Fisiologia
O sistema respiratório é formado por uma porção superior e outra inferior. Na primeira, 
um conjunto de órgãos e estruturas conduzem o ar ambiental até os pulmões. Neste caminho, 
o ar é aquecido, umedecido e � ltrado. Quando o ar, agora já preparado, chega aos pulmões 
(porção inferior do sistema respiratório) ocorre a interação com o sistema circulatório (descrito 
anteriormente) para que ocorra a troca gasosa (hematose). 
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Durante a inspiração, os pulmões se in� am e aproveita-se o oxigênio do ar ambiental; na 
expiração, os pulmões se esvaziam, eliminando o dióxido de carbono.
Os pulmões, por si só, não possuem a capacidade de se expandir. A respiração, então, 
só é possível graças a estruturas anexas (costelas, músculos intercostais e diafragma) que fazem 
o movimento de expansão e contração da caixa torácica e devido à pressão negativa existente 
dentro da caixa torácica, os pulmões acompanham o movimento da caixa torácica.
 2.2 Nariz ou Focinho
O nariz ou focinho dos animais domésticos possui uma anatomia particular de acordo 
com a espécie, adaptada a sua � siologia. De forma geral, é formado internamente por cartilagens 
que lhe permite a manutenção da abertura do nariz; que é denominada de narina. Externamente, 
com exceção dos equinos, a região é desprovida de pelos. Nos equinos, por sua vez, há pelos 
semelhantes à pele. O nariz externo dos equinos e dos ruminantes, por possuir uma extensão 
com o lábio superior, classi� ca-se como plano nasolabial (Figura 10). Nos cães e nos pequenos 
ruminantes o focinho é bem delimitado e separado do lábio, com isso, é caracterizado como 
plano nasal (Figura 10). Por � m, os suínos, que apresentam um focinho circular e projetado 
rostralmente, recebem a denominação de plano rostral (Figura 10).
 Figura 10 - Imagem esquemática das diferentes narinas dos animais domésticos. Fonte: Slideshare (2019).
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2.3 Cavidade Nasal
A cavidade nasal é responsável por � ltrar, umidi� car e aquecer o ar inspirado. Dentro 
da cavidade nasal existem ossos turbinados (espiralados) que são revestidos por mucosa a � m 
de aumentar a superfície de contato deste ar inalado. Essas estruturas são chamadas de conchas 
(Figura 11).
 
Figura 11 - Imagem fotográ� ca de cavidade nasal em corte transversal. Note os ossos turbinados das conchas (seta). 
Fonte: Konig e Liebich (2016).
 2.4 Seios Paranasais
Os seios paranasais localizam-se na cabeça dos animais domésticos. Consistem em 
aerações, especialmente dentrodo osso frontal e maxila e possuem comunicação com a cavidade 
nasal (Figura 12). A função dos seios paranasais não é completamente entendida, mas referem-se 
à diminuição do peso da cabeça, a maior área de contato para os músculos da cabeça e auxílio na 
fonação dos animais.
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 Figura 12 - Imagem esquemática de crânio bovino em corte sagital mediano (A) e vista frontal (B). Note o seio 
paranasal frontal com grande aeração em seu interior (seta). Fonte: Popesko (1999).
 2.5 Faringe
A faringe é um órgão � bromuscular, comum aos sistemas respiratório e digestório, pois 
ela comunica a cavidade nasal com a cavidade oral. A faringe pode ser dividida em orofaringe, 
nasofaringe e laringofaringe. Na faringe o ar é direcionado para a laringe e, consequentemente, 
traqueia e pulmões; e o alimento e a água são dirigidos para o esôfago e, posteriormente, estômago 
(Figura 13).
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Figura 13 - Imagem esquemática da faringe de um felino. 1- cavidade nasal, 2- cavidade oral, 3- faringe, 4- traqueia 
e 5- esôfago. Fonte: Pawpeds (2006).
 2.6 Laringe
A laringe é um órgão formado basicamente por cartilagens que sustentam a traqueia 
e impedem a inundação das vias aéreas inferiores. As cartilagens encontradas na laringe são: 
tireoide, cricoide, aritenoides e epiglote (Figura 14).
 Figura 14 - Imagem esquemática da laringe de um bovino. Fonte: Slideshare (2017).
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 2.7 Traqueia
A traqueia é o tubo que leva o ar da laringe aos brônquios principais dos pulmões. A 
traqueia é formada por um músculo em sua região dorsal, anéis de cartilagem e ligamentos 
anelares que fazem a conexão desses anéis. Há diferenças anatômicas entre as espécies domésticas.
Os anéis traqueais dos carnívoros e equinos possuem uma forma de “C”. Todavia, nos equinos, 
o músculo � ca externamente aos anéis cartilaginosos, enquanto nos carnívoros o músculo � ca 
internamente aos anéis. Os suínos possuem a sobreposição das extremidades dos anéis de carti-
lagem e nos ruminantes os anéis formam uma crista (Figura 15). 
Figura 15 - Imagem esquemática de corte transversal da traqueia dos mamíferos domésticos. Fonte: Konig e Liebich 
(2016).
 2.8 Pulmões
A traqueia, ao adentrar o tórax, se rami� ca em grandes brônquios, que vão se distribuindo 
em brônquios cada vez menores, denominados de bronquíolos, que conduzem o ar até os alvéolos 
– pequenas saculações responsáveis pela troca gasosa. O conjunto de brônquios, bronquíolos e 
alvéolos formam os pulmões.
Os pulmões, em número de dois, direito e esquerdo, como dito anteriormente, são 
responsáveis pela hematose, nutrindo o sangue com oxigênio e eliminando o gás carbônico da 
corrente sanguínea.
O pulmão é um órgão que possui distinção numérica quanto ao número de lobos entre as 
espécies domésticas (Figura 16). De modo geral, o pulmão direito é dividido nos lobos: cranial, 
médio, caudal e acessório. O pulmão esquerdo, por sua vez, é dividido em lobo cranial e caudal, 
apenas. As particularidades de cada espécie doméstica estão descritas no Quadro 1.
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Espécie Pulmão Esquerdo Pulmão Direito
Carnívoros Cranial
 Parte Cranial
 Parte Caudal
Caudal
Cranial
Médio
Causal
Acessório
Suínos Cranial
 Parte Cranial
 Parte Caudal
Caudal
Cranial – brônquio traqueal
Médio
Caudal
Acessório
Ruminantes Cranial
 Parte Cranial
 Parte Caudal
Caudal
Cranial – brônquio traqueal
 Parte Cranial
 Parte Caudal
Médio
Caudal
Acessório
Equinos Cranial
Caudal
Cranial
Caudal
Acessório
 Quadro 1 - Lobos Pulmonares nas Diferentes Espécies Domésticas. Fonte: o autor.
 Figura 16 - Imagem esquemática de pulmão suíno. Fonte: Konig e Liebich (2016).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O aparelho cardiorrespiratório é fundamental para a vida. Qualquer comprometimento 
nestes sistemas (respiratório e circulatório) pode levar à rápida morte do animal. Sendo assim, o 
conhecimento desses é impreterível.
Nesta unidade vimos os principais componentes do sistema circulatório, que são os 
vasos sanguíneos e o coração. O coração, órgão principal, que atua como uma bomba capaz de 
promover a distribuição do sangue para os pulmões (pequena circulação) e para o corpo todo 
(grande circulação) de forma cíclica. Estudou-se a direção deste ciclo, desde a ejeção do sangue 
pelas grandes artérias da base do coração (artéria pulmonar e artéria aorta) até seu retorno 
pelas grandes veias, pulmonares e cavas. Detalhou-se também a � siologia cardíaca por meio dos 
mecanismos que levam a sua contratilidade e a função e anatomia das quatro valvas cardíacas. 
Artérias e veias foram diferenciadas entre si. Comentou-se sobre os componentes linfáticos: 
tecidos linfoides e vasos linfáticos.
Quanto ao sistema respiratório, estudamos todo o caminho do ar, desde as narinas até 
os pulmões. O ar é preparado nesse trajeto e, no pulmão, ocorre a hematose, ou seja, o oxigênio 
do ar é aproveitado e vai para a corrente sanguínea, enquanto o gás carbônico sai da corrente 
sanguínea e entra nos alvéolos pulmonares.
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UNIDADE
03
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................ 43
1. SISTEMA DIGESTÓRIO ......................................................................................................................................... 44
1.1 BOCA ..................................................................................................................................................................... 44
1.2 FARINGE ............................................................................................................................................................. 46
1.3 ESÔFAGO ............................................................................................................................................................. 46
1.4 ESTÔMAGO ......................................................................................................................................................... 46
1.5 INTESTINOS ........................................................................................................................................................ 48
1.6 ANEXOS ............................................................................................................................................................... 51
2. APARELHO UROGENITAL .................................................................................................................................... 52
2.1 SISTEMA URINÁRIO ........................................................................................................................................... 52
2.1.1 RINS E URETERES ........................................................................................................................................... 53
2.1.2 BEXIGA ............................................................................................................................................................. 54
SISTEMA DIGESTÓRIO E APARELHO UROGENITAL
PROF. DR. LEONARDO MARTINS LEAL
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
ANATOMIA E FISIOLOGIA ANIMAL
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2.1.3 URETRA ............................................................................................................................................................ 55
2.2 SISTEMA GENITAL MASCULINO ......................................................................................................................56
2.2.1 TESTÍCULOS E EPIDÍDIMO ............................................................................................................................. 56
2.2.2 DUCTO DEFERENTE ........................................................................................................................................58
2.2.3 GLÂNDULAS ACESSÓRIAS ............................................................................................................................. 59
2.2.4 PÊNIS E PREPÚCIO ........................................................................................................................................ 59
2.3 SISTEMA REPRODUTOR FEMININO ................................................................................................................ 61
2.3.1 OVÁRIOS ........................................................................................................................................................... 61
2.3.2 TUBAS UTERINAS ........................................................................................................................................... 62
2.3.3 ÚTERO .............................................................................................................................................................. 62
2.3.4 VAGINA, VESTÍBULO E VULVA ....................................................................................................................... 64
CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................................................ 65
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INTRODUÇÃO
O sistema digestório compreende os órgãos responsáveis pela preensão, redução mecânica, 
digestão química e absorção de líquidos e alimentos e eliminação de resíduos não absorvidos. É 
formado pelo trato alimentar que se inicia na boca e termina no ânus, passando pela faringe, 
esôfago, estômago e intestinos. Ademais, o sistema digestório possui estruturas anexas (glândulas 
salivares, fígado e pâncreas) que auxiliam nesse processo de digestão.
O sistema digestório dos animais domésticos é adaptado as diferentes espécies de acordo 
com seus hábitos alimentares. Sendo assim há diferenças signi� cativas entre os animais que 
justi� cam seu estudo especí� co.
O Aparelho urogenital é formado pelo sistema urinário e sistemas genitais masculino 
e feminino. São comumente abordados em conjunto pois a porção � nal do sistema urinário, 
especialmente a uretra, correlaciona-se diretamente com os órgãos genitais de ambos os sexos.
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 1. SISTEMA DIGESTÓRIO
1.1 Boca
A boca é formada pelos lábios, que � cam externamente, e pela cavidade oral, internamente, 
na qual encontram-se a língua e os dentes. A boca é responsável pela ingestão de líquidos, 
preensão, trituração mecânica, umidi� cação e início da digestão química de alguns alimentos.
Os lábios são adaptados às espécies. Nos equinos, que possuem uma grande seletividade 
pelo alimento, são móveis e sensíveis; enquanto nos bovinos, os lábios são grossos e insensíveis, 
uma vez que não possuem grande seletividade (Figuras 1 e 2).
 Figura 1 - Imagem fotográ� ca do lábio equino. Fonte: Revista mundo equino (2014). 
 Figura 2 - Imagem fotográ� ca do lábio bovino. Fonte: Sanathana Dharma hinduísmo (2009).
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A língua localiza-se no assoalho da cavidade oral, tem grande importância na preensão 
de alimentos e manipulação destes dentro da cavidade oral. A língua possui diversas papilas 
que atuam de forma mecânica, protegendo a língua de alimentos abrasivos, e gustativas, na 
percepção da palatabilidade dos alimentos. As papilas mecânicas, comumente vistas nas espécies 
domesticas, são as � liformes e as cônicas, enquanto as papilas gustativas são representadas pelas 
fungiformes, foliáceas e valadas (Figura 3)
 Figura 3 - Imagem fotográ� ca da língua de cão. Note as papilas mecânicas e gustativas distribuídas em toda a língua. 
Fonte: Passei direto (2019).
 
 O número de dentes e o formato destes também é adaptado aos hábitos alimentares 
das espécies. O Quadro 1 ilustra a dentição decídua e permanente nas diferentes espécies. A 
fórmula utilizada para expressar o número dos dentes é dada pela expressão:
I C P M 
I C P M
Em que I é o número de dentes incisivos; C é número de dentes caninos; P é número 
de dentes pré-molares; M é número de dentes molares. As letras acima da barra expressam os 
dentes da hemiarcada superior; enquanto as letras abaixo da barra, representam os dentes da 
hemiarcada inferior. Sendo assim, para saber o número total de dentes de uma espécie, deve-se 
somar todos os números da fórmula e multiplicá-los por dois.
 Quadro 1 - Quadro ilustrativo com a formulação dentária dos animais domésticos. Fonte: o autor.
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1.2 Faringe
A faringe é um órgão comum tanto ao sistema digestório quanto ao sistema respiratório, 
sendo assim, releia a Unidade II para mais informações sobra a faringe.
1.3 Esôfago
O esôfago é um tubo muscular, responsável por levar o alimento da faringe até o estômago 
(Figura 4). Possui uma região cervical, uma região torácica e uma pequena região abdominal.
 Figura 4 – Imagem esquemática do trato alimentar do bovino. Note o esôfago da boca ao estômago (seta). Fonte: 
Defray� re (2018).
 1.4 Estômago
O estômago dos animais domésticos merece bastante atenção, pois nele há grandes 
particularidades entre as espécies. De forma geral, pode-se dividir os estômagos das espécies 
domésticas em monocavitários e pluricavitários. Os animais que possuem estômagos com 
monocavitários, ou seja, que possuem apenas uma câmara, são chamados de monogástricos 
(carnívoros, equinos e suínos); enquanto os animais que possuem diversas câmaras (pluricavitários) 
são denominados de ruminantes (bovinos, caprinos e ovinos).
O estômago dos monogástricos é simples e possui um � uxo direto. O alimento chega do 
esôfago, sofre digestão dentro do estômago e é conduzido aos intestinos (Figura 5).
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 Figura 5 - Imagem esquemática do estômago do cavalo. A seta amarela mostra a entrada do estômago (cárdia) e a 
seta vermelha identi� ca a saída do conteúdo estomacal (piloro). Fonte: Medicina veterinária para tradutores (2016).
Nos ruminantes, a digestão e o � uxo do alimento são mais complexos. O estômago possui 
quatro câmaras: rúmen, retículo, omaso e abomaso (Figura 6).
Figura 6 - Imagem esquemática do estômago dos ruminantes. Note as câmaras: rúmen, retículo, omaso e abomaso. 
Fonte: Infoescola (2019).
O alimento é ingerido e segue para o rúmen e o retículo, após seguidas contrações 
e mistura desse alimento, há o refl uxo do alimento parcialmente digerido para a 
boca, onde ocorre nova trituração pelos dentes (ruminação), insalivação e nova 
ingestão. Agora, o alimento está mais preparado e, desta forma, não retorna ao rú-
men, dirige-se ao retículo, omaso e abomaso para a sua digestão química (Figura 
7). Nos animais não desmamados, o leite ingerido passa diretamente do esôfago 
para o omaso por uma região chamada sulco reticular (goteira esofágica) (DYCE 
et al., 2010; KONIG; LIEBICH, 2016).
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 Figura 7 - Imagem esquemática do � uxo estomacal dos ruminantes. Fonte: Mundo educação (2019).
 1.5 Intestinos
Os intestinos são divididos em delgado e grosso. O intestino delgado é responsável por 
parte da digestão e absorção de nutrientes, sendo formado pelo duodeno, jujeno e íleo. O intestinogrosso é formado pelo ceco, cólon e reto. Ele é responsável pela absorção de nutrientes e líquidos. 
O ceco dos equinos é bastante desenvolvido, uma vez que nesta câmara ocorre a digestão da 
matéria vegetal.
 O cólon é a região intestinal que possui maior particularidade entre os mamíferos 
domésticos. Nos equinos possui um aspecto complexo em forma de “U” duplo (ventral e 
dorsal); nos bovinos possui uma forma espiralada; nos suínos uma forma helicoidal (cone) e nos 
carnívoros apresenta uma forma tubular simples (Figura 8).
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 Figura 8 - Imagens esquemáticas dos intestinos dos animais domésticos. A = equino; B = bovino, C = suíno e D = 
cão. Fonte: König e Liebich (2016).
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1.6 Anexos
Além do tubo alimentar, o sistema digestório possui estruturas anexas que auxiliam o 
processo de digestão, são elas: glândulas salivares, fígado e pâncreas.
As glândulas salivares localizam-se na cabeça e produzem a saliva, que umidi� ca o 
alimento e inicia o processo de digestão enzimática de alguns alimentos (Figura 9). 
 Figura 9 - Imagens esquemáticas das glândulas salivares de bovino e equino. Fonte: König e Liebich (2016).
O fígado está localizado na região cranial do abdome, é dividido em lobos de acordo com 
cada espécie e possui diversas funções, especialmente produzindo a bile, que auxilia no processo 
de digestão (Figura 10). Vale destacar que o equino não possui vesícula biliar como as demais 
espécies. 
 
Figura 10 - Imagem esquemática do fígado suíno. Note a vesícula biliar, em verde. Fonte: König e Liebich (2016).
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O pâncreas é um órgão que possui função endócrina (relacionada à produção de 
hormônios) e exócrina (relacionada à produção de enzimas que atuam na digestão). O pâncreas 
� ca situado adjacente ao duodeno (Figura 11).
Figura 11 - Imagem esquemática do pâncreas (seta) canino e sua correlação com o duodeno e estômago. Fonte: Meu 
cão velhinho (2019).
 2. APARELHO UROGENITAL
2.1 Sistema Urinário
O sistema urinário é formado pelos rins, ureteres, bexiga e uretra. A principal função 
do sistema urinário é eliminar catabólitos e compostos nitrogenados por meio da � ltração do 
sangue, produzindo a urina. 
 
Nós crescemos ouvindo que as fezes são os dejetos do corpo, ou seja, tudo aqui-
lo que não aproveitamos é eliminado pelas fezes, incluindo todos os catabólitos, 
compostos tóxicos e nitrogenados que são deletérios para o corpo; mas será que 
isso é de fato uma verdade? Sem dúvida as fezes são os restos dos alimentos 
que não são absorvidos para a corrente sanguínea e, dessa forma, são eliminados 
pelo sistema digestório. Todavia, os “dejetos” celulares, aqueles que são forma-
dos a partir do metabolismo das células é eliminado pelos rins. Ou seja, os rins 
eliminam todos os catabólitos, compostos tóxicos e nitrogenados que estão pre-
sentes na corrente sanguínea por meio da produção urinária (KLEIN, 2014).
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2.1.1 Rins e ureteres
Os rins são responsáveis em produzir a urina a partir do sangue. Em número de dois, a 
posição dos rins varia nas diferentes espécies. Todavia, de modo geral, posicionam-se dorsalmente 
na cavidade abdominal. Os rins dos carnívoros possuem a forma clássica de feijão; nos suínos 
possui uma forma mais achatada, nos equinos, um aspecto de coração e nos bovinos possuem 
lóbulos (Figuras 12 e 13).
Figura 12 - Imagem fotográ� ca dos rins caninos. Fonte: Cachorro verde (2019).
Figura 13 - Imagem fotográ� ca dos rins bovinos. Fonte: Apcesiccarnes7 (2008).
A unidade básica do rim é o néfron. O néfron é responsável pela � ltração do sangue, 
reabsorção de nutrientes e eliminação de compostos nitrogenados e catabólitos. O produto � nal 
dessa � ltração é a urina.
Fisiologia renal. Sistema Excretor urinário - Funcionamento - 3D. 2016. Disponí-
vel em: <https://www.youtube.com/watch?v=nnv0LJcnyeM>. Acesso em: 03 jul. 
2019.
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Os ureteres são os pequenos canalículos que drenam a urina dos rins até a bexiga (Figura 
14).
Figura 14 - Imagem esquemática do sistema urinário. Note os ureteres (seta). Fonte: Mundo educação (2019).
 2.1.2 Bexiga
A bexiga é um compartimento que armazena a urina até que esta seja eliminada. Os 
ureteres adentram a bexiga e permitem a entrada da urina. Quando repleta, há estímulos 
neurológicos autônomos e voluntários que permitem o esvaziamento da bexiga pela uretra. A 
região na qual chegam os ureteres e sai a uretra � ca na região dorsocaudal da bexiga e é conhecida 
como trígono vesical (Figura 15).
 Figura 15 - Imagem esquemática da bexiga e trígono vesical. Fonte: Wikipédia (2019).
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 2.1.3 Uretra
 A uretra é um ducto que carrega a urina da bexiga até o meio externo. No macho, a uretra 
é longa e � na, o que favorece obstruções por cálculos (Figura 16). Nas fêmeas, a uretra desemboca 
na vagina, sendo curta e larga, o que favorece infecções de bexiga de forma ascendente (Figura 
17).
 
Figura 16 - Imagem esquemática do aparelho urogenital do cão. Note a uretra longa e � na (seta). Fonte: Fossum 
(2013).
 
Figura 17 - Imagem esquemática do aparelho urogenital da cadela. Note a uretra curta e larga (seta). Fonte: Konig 
e Liebich (2016).
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 2.2 Sistema Genital Masculino
O sistema genital masculino é formado pelos testículos, epidídimos, ductos deferentes, 
glândulas acessórias, pênis e prepúcio. A função do sistema genital masculino é produzir os 
espermatozoides (gametogênese), fazer sua maturação e preparação para consequente fecundação.
 2.2.1 Testículos e epidídimo
Os testículos produzem os gametas e os hormônios masculinos. Os testículos localizam-se 
na bolsa escrotal na região perineal (felinos e suínos) ou ventral (caninos, ruminantes e equinos) 
(Figuras 18 e 19).
 
Figura 18 - Imagens fotográ� cas de suíno. Note a posição dos testículos nas diferentes espécies (seta). Fonte: all.biz 
(2019).
Figura 19 - Imagens fotográ� cas de bovino. Note a posição dos testículos nas diferentes espécies (seta). Fonte: Rural 
pecuária (2019).
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A temperatura ideal para espermatogênese (produção dos gametas) exige alguns 
graus (1 ou 2) a menos que a temperatura corporal. Além da posição externa do testículo, a 
sua vascularização com a artéria testicular e um sistema venoso enovelado, denominado plexo 
pampiniforme, permite o controle da temperatura testicular (Figura 20).
 
Figura 20 - Imagem fotográ� ca do plexo pampiniforme injetado com látex. Em vermelho o sistema arterial e em 
azul o sistema venoso. Fonte: Konig e Liebich (2016).
A função endócrina (produção hormonal) não depende dessa queda da temperatura, por 
isso animais criptorquidas, que possuem o testículo ectópico (fora da bolsa escrotal), mantêm 
as características de macho, mesmo que não produzam os espermatozoides de forma adequada.
Para mais informações sobre a morfofi siologia testicular, acessar: FIGUEIRÓ, G. 
M. Análise morfofuncional da espermatogênese do cavalo da raça crioula. Tese 
de doutorado (80f). UFSM. 2010. Disponível em: <https://repositorio.ufsm.br/
bitstream/handle/1/4045/FIGUEIRO%2c%20GIULIANO%20MORAES.pdf?sequen-
ce=1&isAllowed=y>. Acesso em: 03 jul. 2019.
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O epidídimo é responsável pela maturação dos espermatozoides, possui uma forma de 
“C” e é dividido em cabeça, corpo e cauda. A cabeça e a cauda são � xas no testículo e o corpo é 
livre. O epidídimo afunila gradualmente em direção a cauda até emergir como ducto deferente 
(Figura 21).
 
Figura 21 - Imagem fotográ� ca do epidídimo (seta amarela) e do testículo (seta azul). Fonte: Konig e Liebich (2016).
 2.2.2 Ducto deferente
O ducto deferente carrega o espermatozoide já maturado do epidídimo até a ampola e, 
posteriormente, uretra (Figura 22).
 
Figura 22 - Imagem esquemática do aparelho urogenital do cão. Note o ducto deferente (seta) saindo do testículo e 
chegando na ampola. Fonte: Fossum (2013).
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 2.2.3 Glândulas acessórias
As glândulas acessórias preparam os espermatozoides para sua fecundação, produzindo 
o líquido seminal que faz a limpeza, regula o pH, lubri� ca e aumenta o volume do ejaculado. As 
glândulas presentes nos mamíferos domésticos são: glândulas ampulares, glândulas vesiculares, 
próstata e glândulas bulbouretrais.
 As glândulas ampulares (pares) e a próstata (ímpar) estão presentes em todas as espécies. 
As vesiculares não estão presentes nos carnívoros e as bulbouretrais não estão presentes no cão 
(Figura 23).
 
Figura 23 - Imagem esquemática das glândulas acessórias do equino. Em marrom: ampola; em amarelo: vesicular; 
em cinza: próstata e em azul: bulbouretral. Fonte: Konig e Liebich (2016).
 2.2.4 Pênis e prepúcio
O prepúcio é o revestimento externo do pênis. O pênis é o órgão copulador. Ele � ca 
suspenso abaixo do tronco, parcialmente contido entre as coxas. Dentro do pênis encontra-se o 
corpo cavernoso e o corpo esponjoso que se enchem de sangue e propiciam a ereção (Figura 24).
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 Figura 24 - Imagem esquemática do aparelho urogenital do cão. Note o corpo cavernoso e esponjoso do pênis. 
Fonte: Fossum (2013).
Nos ruminantes e suínos o pênis é � broelástico, possui pouco espaço para o preenchimento 
de sangue no corpo cavernoso. Nestas espécies a ereção é rápida e não há alteração signi� cativa 
de seu tamanho. Deste modo, essas espécies possuem uma � exura sigmoide na base do pênis que 
auxilia a cópula (Figura 24). 
Figura 25 - Imagem esquemática do pênis bovino. Note a � exura sigmoide (seta) Fonte: Konig e Liebich (2016).
No equino e no cão o pênis é musculo cavernoso, apresentando-se bem vascularizado, o 
que faz com que aumente signi� cativamente em comprimento e circunferência (Figura 25).
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 Figura 26 - Imagem esquemática do pênis equino. Note a grande espessura do corpo cavernoso (seta). Fonte: Konig 
e Liebich (2016).
2.3 Sistema Reprodutor Feminino
O sistema reprodutor da fêmea é formado pelos ovários, tubas uterinas, útero vagina 
e vulva, sendo responsável pela produção de hormônios e gametas. Ademais, é no sistema 
reprodutor da fêmea que ocorre a fecundação e a gestação.
2.3.1 Ovários
Os ovários, em número de dois, são análogos aos testículos do macho, possuem tanto 
uma função endócrina na produção hormonal, quanto na produção dos gametas (oócito/óvulo).
Os ovários localizam-se caudalmente ao rim, na região dorsal da cavidade abdominal. 
Nos bovinos os ovários podem se situar mais caudalmente, na entrada da pelve, por in� uência 
hormonal.
Os ovários são maciços e possuem uma forma elíptica, porém irregular, devido ao 
desenvolvimento dos óvulos (Figura 26). Na égua, os ovários possuem uma forma peculiar, em 
forma de rim.
 
Figura 27 - Imagem fotográ� ca de ovário (seta). Note o aspecto elíptico, porém, irregular. Fonte: Konig e Liebich 
(2016).
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 2.3.2 Tubas uterinas
As tubas uterinas conduzem os óvulos ao útero. É também na tuba uterina que ocorre 
a fertilização do óvulo com o espermatozoide. A tuba possui quatro regiões: infundíbulo, óstio, 
ampola e istmo (Figura 27).
 Figura 28 - Imagem fotográ� ca de tuba uterina. Fonte: Konig e Liebich (2016).
 
 2.3.3 Útero
O útero é o órgão que mantém a gestação, formando parte da placenta. Nas espécies 
domésticas o útero possui dois córnos, um corpo e uma cérvix.
O corpo do útero localiza-se na parte mediana caudal da cavidade abdominal, sendo 
proporcionalmente pequeno em relação aos cornos uterinos. Os cornos, direito e esquerdo, 
emergem do corpo do útero na região ventral da cavidade abdominal e se direcionam dorsalmente 
e cranialmente até sua comunicação com as tubas uterinas. Caudalmente ao corpo, encontra-se a 
cérvix que limita o útero com a vagina (Figura 28).
 
Figura 29 - Imagem esquemática do aparelho urogenital da cadela. Note o sistema reprodutor em amarelo. Fonte: 
Konig e Liebich (2016).
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Na égua, o corpo do útero é proporcionalmente maior que as demais espécies. Quanto 
aos cornos uterinos, os ruminantes possuem um aspecto “enrolado”; os equinos e carnívoros 
possuem uma forma retilínea e divergente; por � m, os suínos possuem uma morfologia tortuosa, 
semelhante às alças intestinais (Figura 29).
 
Figura 30 - Imagens esquemáticas da morfologia uterina das diferentes espécies domésticas. Fonte: Konig e Liebich 
(2016).
A placenta é um órgão feto-materno, formado após a fertilização, com intuito de manter 
a gestação. A placenta nutri o feto, faz trocas metabólicas e, ainda, apresenta funções hormonais.
A placenta pode ser classi� cada de diferentes formas. Comumente, a placenta é nomeada 
de acordo com a interação fetomaterna em: zonaria (carnívoros), cotiledonaria (ruminantes) e 
difusa (equinos e suínos) Diferindo dos humanos e primatas, que possuem uma placenta do tipo 
discoidal (Figura 30).
 Figura 31 - Imagens esquemáticas das placentas dos mamíferos. Fonte: Slideshare (2013).
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 2.3.4 Vagina, vestíbulo e vulva
A vagina e o vestíbulo formam o órgão copulador e o canal do parto. Localizada na 
cavidade pélvica, a vagina inicia-se na cérvix e termina no óstio uretral. O vestíbulo é a continuação 
da vagina em sentido caudal; combina funções urinárias e reprodutivas, é delimitada entre o 
óstio da uretra e a vulva. A vulva, por sua vez, é formada pelos lábios e clitóris, que mantêm a 
comunicação do aparelho urogenital com o meio externo na fêmea. 
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O aparelho urogenital reúne os sistemas urinários e reprodutores do macho e da fêmea. 
Usualmente, são descritos em conjunto devido à interrelação anatômica e � siológica de ambos 
os sistemas.
Pudemos observar nesta unidade a importância do sistema urinário na produção e 
armazenamento da urina, bem como a importância dos sistemas reprodutivos do macho e da 
fêmea para que ocorra a fecundação e manutenção da gestação.
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UNIDADE
04
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................ 68
1. SISTEMA NERVOSO ............................................................................................................................................. 69
1.1 FISIOLOGIA .......................................................................................................................................................... 69
1.2 ENCÉFALO ...........................................................................................................................................................

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