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SIMULADO RETA FINAL

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INSTRUÇÕES SOBRE A SIMULAÇÃO 
 
1. O objetivo dessa SIMULAÇÃO não é reproduzir a prova do EXAME OAB. O objetivo aqui é 
realizar um diagnóstico na RETA FINAL do desempenho nas 10 disciplinas com maior número de 
questões no Exame. 
2. Responda TODAS AS QUESTÕES e respeite o tempo de 05 horas para a Simulação. 
3. Mantenha seu celular distante e fora de alcance. 
4. Às 20h o GABARITO será liberado no GRUPO DE ESTUDOS. 
5. O professor irá orientar sobre os desempenhos e organização dos estudos a partir do 
resultado da Simulação. 
 
Bons estudos! 
 
 
ÉTICA PROFISSIONAL 
 
1) Os advogados Diego, Willian e Pablo, todos em situação regular perante a OAB, desejam 
candidatar-se ao cargo de conselheiro de um Conselho Seccional da OAB. Diego é advogado há 
dois anos e um dia, sendo sócio de uma sociedade simples de prestação de serviços de advocacia 
e nunca foi condenado por infração disciplinar. Willian, por sua vez, exerce a advocacia há exatos 
quatro anos e constituiu sociedade unipessoal de advocacia, por meio da qual advoga 
atualmente. Willian já foi condenado pela prática de infração disciplinar, tendo obtido 
reabilitação um ano e três meses após o cumprimento da sanção imposta. Já Pablo é advogado 
há cinco anos e um dia e nunca respondeu por prática de qualquer infração disciplinar. 
Atualmente, Pablo exerce certo cargo em comissão, exonerável ad nutum, cumprindo 
atividades exclusivas da advocacia. 
Considerando as informações acima e o disposto na Lei no 8.906/94, assinale a afirmativa 
correta. 
A) Apenas Diego e Willian cumprem os requisitos para serem eleitos para o cargo pretendido. 
B) Apenas Willian cumpre os requisitos para ser eleito para o cargo pretendido. 
C) Apenas Diego e Pablo cumprem os requisitos para serem eleitos para o cargo pretendido. 
D) Apenas Pablo cumpre os requisitos para ser eleito para o cargo pretendido. 
 
2) A sociedade Antônio, Breno, Caio & Diego Advogados Associados é integrada, 
exclusivamente, pelos sócios Antônio, Breno, Caio e Diego, todos advogados regularmente 
inscritos na OAB. 
Em um determinado momento, Antônio vem a falecer. Breno passa a exercer mandato de 
vereador, sem figurar entre os integrantes da Mesa Diretora da Câmara Municipal ou seus 
substitutos legais. Caio passa a exercer, em caráter temporário, função de direção em empresa 
concessionária de serviço público. 
Considerando esses acontecimentos, assinale a afirmativa correta. 
A) O nome de Antônio poderá permanecer na razão social da sociedade após o seu falecimento, 
ainda que tal possibilidade não esteja prevista em seu ato constitutivo. 
B) Breno deverá licenciar-se durante o período em que exercer o mandato de vereador, devendo 
essa informação ser averbada no registro da sociedade. 
C) Caio deverá deixar a sociedade, por ter passado a exercer atividade incompatível com a 
advocacia. 
D) Com o falecimento de Antônio, se Breno e Caio deixarem a sociedade e nenhum outro sócio 
ingressar nela, Diego poderá continuar suas atividades, caso em que passará a ser titular de 
sociedade unipessoal de advocacia. 
 
3) João Pedro, advogado conhecido no Município Alfa, foi eleito para mandato na Câmara 
Municipal, na legislatura de 2012 a 2015. Após a posse e o exercício do cargo de vereador em 
2012 e 2013, João Pedro licenciou-se do mandato em 2014 e 2015 a convite do Prefeito, para 
exercer o cargo de Procurador-Geral do Município Alfa. Diante desses fatos, João Pedro, 
A) em 2012 e 2013, poderia exercer a advocacia a favor de entidades paraestatais. 
B) em 2012 e 2013, não poderia exercer a advocacia contra empresa concessionária de serviço 
público estadual. 
C) em 2014 e 2015, poderia exercer a advocacia privada, desde que não atuasse contra o 
Município Alfa ou entidade que lhe seja vinculada. 
D) em 2014 e 2015, não poderia exercer a advocacia a favor de autarquia vinculada ao Município 
Alfa. 
 
4) O advogado Geraldo foi regularmente constituído por certo cliente para defendê-lo em um 
processo judicial no qual esse cliente é réu. Geraldo ofereceu contestação, e o processo segue 
atualmente seu trâmite regular, não tendo sido, por ora, designada audiência de instrução e 
julgamento. Todavia, por razões insuperáveis que o impedem de continuar exercendo o 
mandato, Geraldo resolve renunciar. Em 12/02/2019, Geraldo fez a notificação válida da 
renúncia. Três dias depois da notificação, o mandante constituiu novo advogado, substituindo-
o. Todo o ocorrido foi informado nos autos. 
Considerando o caso narrado, de acordo com o Estatuto da Advocacia e da OAB, assinale a 
afirmativa correta. 
A) Geraldo continuará a representar o mandante durante os dez dias seguintes à notificação da 
renúncia. 
B) O dever de Geraldo de representar o mandante cessa diante da substituição do advogado, 
independentemente do decurso de prazo. 
C) Geraldo continuará a representar o mandante até que seja proferida e publicada sentença 
nos autos, ainda que recorrível. 
D) Geraldo continuará a representar o mandante até o término da audiência de instrução e 
julgamento. 
 
5) A entidade de classe X, atuando em substituição processual, obteve, no âmbito de certo 
processo coletivo, decisão favorável aos membros da categoria. A advogada Cleide patrocinou 
a demanda, tendo convencionado com a entidade, previamente, certo valor em honorários. Ao 
final do feito, foram fixados honorários sucumbenciais pelo juiz. Sobre o caso apresentado, 
assinale a afirmativa correta. 
A) Cleide deverá optar entre os honorários convencionais e os sucumbenciais. 
B) Cleide terá direito aos honorários sucumbenciais, sem prejuízo dos honorários 
convencionais. 
C) Cleide só terá direito aos honorários convencionais e não aos sucumbenciais, que competirão 
à entidade de classe. 
D) Cleide terá apenas direito aos honorários convencionais e não aos sucumbenciais, que 
reverterão ao Fundo de Amparo ao Trabalhador. 
 
6) O advogado Filipe, em razão de sua notoriedade na atuação em defesa das minorias, foi 
procurado por representantes de certa pessoa jurídica X, que solicitaram sua atuação pro 
bono em favor da referida pessoa jurídica, em determinados processos judiciais. 
De acordo com o Código de Ética e Disciplina da OAB, assinale a opção que apresenta a resposta 
que deve ser dada por Filipe a tal consulta. 
A) É vedada a atuação pro bono em favor de pessoas jurídicas, embora seja possível a defesa 
das pessoas físicas que sejam destinatárias das suas atividades, desde que estas não disponham 
de recursos para contratação de profissional. 
B) É autorizada a atuação pro bono em favor de pessoas jurídicas, mesmo que destinadas a fins 
econômicos, desde que a atividade advocatícia atenda a motivos considerados socialmente 
relevantes, independentemente da existência de recursos para contratação de profissional. 
C) É autorizada a atuação pro bono em favor de pessoas jurídicas, desde que consideradas 
instituições sociais e que não se destinem a fins econômicos, e aos seus assistidos, sempre que 
os beneficiários não dispuserem de recursos para a contratação de profissional. 
D) É autorizada a atuação pro bono em favor de pessoas jurídicas, mesmo que destinadas a fins 
econômicos, desde que a atividade advocatícia se dirija a motivos considerados socialmente 
relevantes e as pessoas físicas beneficiárias das suas atividades não disponham de recursos para 
contratação de profissional. 
 
7) A advogada Carolina e a estagiária de Direito Beatriz, que com ela atua, com o intuito de 
promover sua atuação profissional, valeram-se, ambas, de meios de publicidade vedados no 
Código de Ética e Disciplina da OAB. Após a verificação da irregularidade, indagaram sobre a 
possibilidade de celebração de termo de ajustamento de conduta tendo, como objeto, a 
adequação da publicidade. Considerando o caso narrado, assinale a afirmativa correta. 
A) É admitida a celebração do termo de ajustamento de conduta apenas no âmbito do Conselho 
Federal da OAB, para fazer cessar a publicidade praticada pela advogada Carolina e pela 
estagiária Beatriz.B) É admitida a celebração do termo de ajustamento de conduta, no âmbito do Conselho Federal 
da OAB ou dos Conselhos Seccionais, para fazer cessar a publicidade praticada pela advogada 
Carolina, mas é vedado que o termo de ajustamento de conduta abranja a estagiária Beatriz. 
C) É vedada pelo Código de Ética e Disciplina da OAB a possibilidade de celebração de termo de 
ajustamento de conduta no caso narrado, uma vez que se trata de infração ética. 
D) É admitida a celebração do termo de ajustamento de conduta no âmbito do Conselho Federal 
da OAB ou dos Conselhos Seccionais, para fazer cessar a publicidade praticada pela advogada 
Carolina e também pela estagiária Beatriz. 
 
 
8) Gilda, empregada terceirizada contratada pela sociedade empresária XX Ltda. para prestar 
serviços ao Município ABCD, procura o auxílio de Judite, advogada, para o ajuizamento de 
reclamação trabalhista em face do empregador e do tomador de serviços. 
Considerando a existência de decisão transitada em julgado que condenou os réus, 
solidariamente, ao pagamento de verbas de natureza trabalhista, assinale a afirmativa correta. 
A) Em execução contra o Município ABCD, Judite terá direito autônomo a executar a sentença 
quanto aos honorários incluídos na condenação por arbitramento ou por sucumbência, 
podendo requerer que o precatório seja expedido em seu favor. 
B) Em caso de falência da sociedade empresária XX Ltda., os honorários arbitrados em favor de 
Judite serão considerados crédito privilegiado, sendo obrigatória sua habilitação perante o juízo 
falimentar. 
C) Em execução contra o Município ABCD, o juiz deve determinar que os honorários contratuais 
sejam pagos diretamente a Judite, desde que o contrato de honorários seja anexado aos autos 
após a expedição do precatório, exceto se Gilda provar que já os pagou. 
D) Judite poderá cobrar judicialmente os honorários contratuais devidos por Gilda, devendo 
renunciar ao mandato se, em sede de sentença, a demanda for julgada procedente. 
 
9) O advogado Mário dos Santos, presidente do Conselho Seccional Y da OAB, foi gravemente 
ofendido em razão do seu cargo, gerando violação a prerrogativas profissionais. O fato obteve 
grande repercussão no país. 
Considerando o caso narrado, de acordo com o Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e 
da OAB, assinale a afirmativa correta. 
A) Compete ao Conselho Seccional Y da OAB promover o desagravo público, ocorrendo a sessão 
na sede do Conselho Seccional Y. 
B) Compete ao Conselho Federal da OAB promover o desagravo público, ocorrendo a sessão na 
sede do Conselho Federal. 
C) Compete ao Conselho Seccional Y da OAB promover o desagravo público, ocorrendo a sessão 
na sede da subseção do território em que ocorreu a violação a prerrogativas profissionais. 
D) Compete ao Conselho Federal da OAB promover o desagravo público, ocorrendo a sessão na 
sede do Conselho Seccional Y. 
 
10) O advogado Gennaro exerce suas atividades em sociedade de prestação de serviços de 
advocacia, sediada na capital paulista. Todas as demandas patrocinadas por Gennaro tramitam 
perante juízos com competência em São Paulo. Todavia, recentemente, a esposa de Gennaro 
obteve trabalho no Rio de Janeiro. Após buscarem a melhor solução, o casal resolveu que fixaria 
sua residência, com ânimo definitivo, na capital fluminense, cabendo a Gennaro continuar 
exercendo as mesmas funções no escritório de São Paulo. Nos dias em que não tem atividades 
profissionais, o advogado, valendo-se da ponte área, retorna ao domicílio do casal no Rio de 
Janeiro. 
Considerando o caso narrado, assinale a afirmativa correta. 
A) O Estatuto da Advocacia e da OAB impõe que Gennaro requeira a transferência de sua 
inscrição principal como advogado para o Conselho Seccional do Rio de Janeiro. 
B) O Estatuto da Advocacia e da OAB impõe que Gennaro requeira a inscrição suplementar como 
advogado junto ao Conselho Seccional do Rio de Janeiro. 
C) O Estatuto da Advocacia e da OAB impõe que Gennaro requeira a inscrição suplementar como 
advogado junto ao Conselho Federal da OAB. 
D) O Estatuto da Advocacia e da OAB não impõe que Gennaro requeira a transferência de sua 
inscrição principal ou requeira inscrição suplementar. 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
11) Maria, no exercício do direito de petição, compareceu à Secretaria Municipal de Obras para 
solicitar que fossem adotadas as providências necessárias ao recapeamento asfáltico das ruas 
do seu bairro. Afinal, a falta de manutenção contribuiu para o aumento dos buracos e os 
acidentes se multiplicaram. O servidor responsável pelo protocolo solicitou de Maria o 
comprovante de recolhimento da “taxa de expediente”, o que seria necessário para que o seu 
pleito fosse apreciado. 
À luz da sistemática constitucional, a taxa mencionada pelo servidor: 
A) não pode ser exigida; 
B) pode ser exigida, desde que prevista na lei orgânica; 
C) pode ser exigida, desde que prevista em lei ordinária; 
D) pode ser exigida, desde que fixada em patamares módicos; 
 
12) Leonardo, prefeito do Município Ômega, formaliza contrato de fornecimento de 
computadores com a sociedade empresária XYZ, em fevereiro de 2021, iniciando-se 
imediatamente a execução do ajuste, que se encerra em março de 2021. O Tribunal de Contas 
competente encontra irregularidades na execução do contrato e aplica multa a Leonardo em 
virtude dessas supostas irregularidades. Além disso, a Corte de Contas emite, em relação àquele 
mesmo exercício financeiro, parecer prévio contrário às contas de Leonardo como prefeito, 
parecer esse submetido à Câmara de Vereadores. Cinco dos nove vereadores de Ômega votam 
pela rejeição do parecer prévio. 
Nesse cenário, é correto afirmar que Leonardo: 
A) está obrigado a pagar a multa e tornou-se inelegível; 
B) está obrigado a pagar a multa, mas não se tornou inelegível; 
C) não está obrigado a pagar a multa, no entanto, tornou-se inelegível; 
D) não está obrigado a pagar a multa, tampouco se tornou inelegível. 
 
13) Constatou-se que uma grande quantidade de pessoas vinha se estabelecendo no Município 
Alfa para exercer a atividade profissional de encadernador, o que atraía consumidores de 
diversas partes do país em razão da excelência do serviço prestado, especialmente em relação 
à restauração de livros raros. Por outro lado, também se observou que diversos oportunistas, 
sem qualquer conhecimento do ofício, passaram a atuar no Município, colocando em risco a 
credibilidade da totalidade dos encadernadores. Por tal razão, foi editada a Lei municipal nº XX, 
estabelecendo os requisitos mínimos para o exercício da atividade profissional de encadernador 
no território municipal, os quais se cingiam à comprovação de experiência na área. 
À luz da divisão constitucional de competências, é correto afirmar que a Lei municipal nº XX é: 
A) constitucional, pois compete aos Municípios legislar sobre matérias de interesse local; 
B) constitucional, considerando a concepção de preeminência do interesse, própria do 
federalismo cooperativo; 
C) inconstitucional, pois compete privativamente à União legislar sobre condicionantes para o 
exercício profissional; 
D) inconstitucional, pois compete concorrentemente à União, aos Estados e ao Distrito Federal 
legislar sobre o exercício de atividade econômica; 
 
14) No curso da legislatura, os Vereadores João e Maria, que têm a pretensão de disputar as 
próximas eleições para Prefeito do seu Município, situado no interior do Estado, tornaram-se 
severos críticos da atual gestão. Enquanto João atuava no próprio Município, criticando as falhas 
nas políticas públicas promovidas pelo atual Prefeito, afirmando que tal decorria do fato de ser 
burro, não conseguindo identificar as prioridades, Maria adotava discurso idêntico na capital, 
isso com o objetivo de obter maior apoio da imprensa. 
À luz da sistemática constitucional, mais especificamente em relação à imunidade material dos 
vereadores, é correto afirmar que: 
A) João e Maria podem ser responsabilizados pelas ofensas ao Prefeito; 
B) somenteJoão pode ser responsabilizado pelas ofensas ao Prefeito; 
C) João e Maria não podem ser responsabilizados pelas ofensas ao Prefeito; 
D) somente Maria pode ser responsabilizada pelas ofensas ao Prefeito; 
 
15) O presidente da República editou a Medida Provisória n° X, com base nos referenciais de 
relevância e urgência, estabelecendo os requisitos para a criação de Territórios Federais. Após 
a tramitação constitucional, com a realização de calorosos debates no âmbito do Poder 
Legislativo, o texto da lei de conversão foi aprovado com modificações substanciais em relação 
à proposta apresentada, vindo a ser ato contínuo, promulgado pelo presidente do Congresso 
Nacional, daí advindo a Lei federal n° Y. 
Nesse caso, à luz da sistemática constitucional, é correto afirmar que a narrativa acima: 
A) não apresenta qualquer irregularidade; 
B) somente apresenta irregularidade em relação à matéria objeto da medida provisória; 
C) somente apresenta irregularidade em relação à aprovação de modificações à medida 
provisória; 
D) somente apresenta irregularidade em ralação à matéria objeto da medida provisória e ao não 
encaminhamento da proposição à sanção presidencial; 
 
16) Em razão de notícias de irregularidades detectadas na implementação de certas políticas 
públicas pela Administração Pública direta do Estado Alfa, uma comissão permanente da 
Assembleia Legislativa deliberou, com base na Constituição Estadual, pela convocação de 
determinados agentes públicos, que teriam conhecimento dos fatos, para que prestassem 
depoimento. Esses agentes eram os seguintes: (1) o governador do Estado Alfa; (2) o secretário 
de Estado de Assistência Social; (3) o procurador-geral de justiça; e (4) o presidente da autarquia 
Beta. 
À luz da sistemática estabelecida na Constituição da República de 1988, é correto afirmar que a 
convocação é: 
A) constitucional em relação a todos os agentes, já que compete à Constituição Estadual 
disciplinar a matéria; 
B) inconstitucional apenas em relação ao governador do Estado, que não pode ser convocado 
pelo Poder Legislativo; 
C) inconstitucional apenas em relação ao governador do Estado e ao procurador-geral de justiça, 
que não estão sujeitos a convocação por comissão permanente; 
D) inconstitucional apenas em relação ao governador do Estado, ao procurador-geral de justiça 
e ao presidente da autarquia Beta, que não estão sujeitos a convocação por comissão 
permanente. 
 
17) A Fundação de direito privado Alfa, cujo objetivo estatutário é a pesquisa e a manipulação 
de material genético, foi notificada de que, em determinado dia, fiscais vinculados ao ente 
competente compareceriam em sua sede, para fiscalizar não suas instalações ou seus 
documentos contábeis, mas, especificamente, a forma como suas atividades finalísticas eram 
desenvolvidas. 
À luz da sistemática constitucional, é correto afirmar que essa fiscalização é 
A) ilícita, pois afronta a liberdade de pesquisa científica e o sigilo assegurado nas descobertas 
que sejam realizadas. 
B) ilícita, pois a livre iniciativa não compactua com o exercício do poder de polícia sem a notícia 
da prática de ilícito. 
C) lícita, pois a fiscalização de atividades dessa natureza é uma imposição constitucional. 
D) ilícita, pois a cultura e suas distintas formas de projeção devem ser fomentadas e protegidas, 
não tolhidas com uma fiscalização dessa natureza. 
 
18) O Município Alfa criou, após a promulgação da Constituição da República de 1988, uma 
universidade pública. Com o objetivo de preservar o equilíbrio das contas públicas, editou lei 
prevendo que, nos seus cinco primeiros anos de funcionamento, seria cobrada uma taxa de 
matrícula nos cursos superiores regulares, passível de ser dispensada em relação àqueles que 
declarassem a sua hipossuficiência. Além disso, também fixou mensalidade a ser cobrada, pelo 
mesmo período, nos cursos de especialização. 
Considerando os balizamentos estabelecidos pela ordem constitucional a respeito dessa 
temática, a narrativa acima: 
A) não apresenta qualquer irregularidade; 
B) apresenta uma única irregularidade, consistente na cobrança da taxa de matrícula; 
C) apresenta uma única irregularidade, consistente na cobrança de mensalidade nos cursos de 
especialização; 
D) apresenta uma irregularidade de cunho central, já que o Município Alfa não poderia ter criado 
uma universidade. 
 
19) Marina, insatisfeita com os últimos decretos do Prefeito do Município Alfa, resolve convocar 
nas redes sociais uma manifestação pacífica nas ruas do centro da cidade. No dia marcado, várias 
pessoas comparecem ao logradouro público e começam a se manifestar com palavras de ordem 
sob a sua liderança. 
Considerando estes fatos, e de acordo com a Constituição da República, a manifestação 
A) pode acontecer desde que os manifestantes tenham obtido autorização prévia com a 
Prefeitura. 
B) não pode acontecer porque a Constituição da República não garante o direito de se reunir 
pacificamente. 
C) pode acontecer, de acordo com a Constituição da República, independente de aviso prévio à 
autoridade competente. 
D) pode acontecer independentemente de autorização, desde que não frustre outra reunião 
anteriormente convocada para o mesmo local, e que seja pacífica, sem armas, em local aberto 
ao público e seja comunicada previamente à autoridade competente. 
 
20) Ana, praticante fervorosa da religião XX, se inscreveu no concurso público de provas e títulos 
para o provimento do cargo YY. Após ter sido aprovada em duas fases do certamente, constatou, 
pela publicação no diário oficial, que a prova correspondente à terceira fase do certame foi 
marcada justamente para uma data em que a sua religião professava a necessidade de uma 
profunda reflexão espiritual, com a realização de jejum e a proibição de contato com outras 
pessoas. Por tal razão, Ana pretendia realizar a prova em outra data. 
Considerando os balizamentos a serem observados para a proteção da liberdade religiosa e as 
características do Estado brasileiro, é correto afirmar que 
A) Ana tem o direito público subjetivo de realizar a prova em outra data. 
B) a alteração da data da prova de Ana deve ser decidida de forma motivada pela Administração 
Pública, considerando a razoabilidade, a igualdade entre os candidatos e a ausência de ônus 
desproporcional para esta última. 
C) o caráter laico do Estado brasileiro impede que qualquer aspecto de ordem religiosa seja 
suscitado nas relações que venha a manter com Ana. 
D) a Administração Pública tem o dever de adiar as provas de todos os candidatos, de modo a 
não afrontar a isonomia, considerando a situação de Ana. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
21) João, servidor público municipal, foi formalmente cientificado, pelo Ministério Público, de 
que estava sendo investigado pela prática de improbidade administrativa, em razão da possível 
ocorrência de enriquecimento ilícito. 
Ao consultar um advogado a respeito das características dessa espécie de ilícito e das 
consequências decorrentes de eventual condenação, foi-lhe corretamente informado, à luz da 
Lei nº 8.429/1992, que: 
A) a sua tipologia é exemplificativa; 
B) o ato pode ter sido praticado com dolo ou culpa; 
C) eventual condenação pressupõe a prévia condenação penal; 
D) exige a demonstração do empobrecimento do poder público; 
 
22) O governador do Estado X, buscando o cumprimento de suas promessas de campanha, 
decidiu instituir uma Parceria Público Privada (PPP) para a construção e operação de uma nova 
linha de metrô no estado. No entanto, antes da celebração do contrato com a empresa 
vencedora da licitação, a assessoria jurídica do governo mostrou a necessidade de criar uma 
Sociedade de Propósito Específico (SPE) para gerir o objeto da PPP. 
A SPE deve ter como característica, 
A) a obrigação de ser estabelecida como companhia aberta, sob a forma de sociedade anônima. 
B) o estabelecimento de um prazo temporário de existência, limitado a, no máximo, 5 anos. 
C) a inexigência de obedecer a padrões de governança corporativa,devido ao seu caráter 
público. 
D) a vedação de ter a Administração Pública como titular da maioria de seu capital votante. 
 
23) João, prefeito do Município Delta, no exercício de suas atribuições, dolosamente, praticou, 
no âmbito da Administração Pública e com recursos do erário, a conduta de realizar publicidade 
sem caráter educativo, informativo ou educacional, com o intuito de efetuar a sua promoção 
pessoal, enaltecendo inequivocamente o mencionado agente político, mediante a 
personalização de atos, programas e obras por ele realizados na sua gestão. Apesar da finalidade 
de obter proveito para si e da lesividade ao bem jurídico tutelado, João tinha a convicção de que 
sua conduta não importaria em vantagem patrimonial indevida, tampouco ocasionaria prejuízo 
ao erário, pois acreditava que a população tinha o direito de ter conhecimento das melhorias 
por ele pessoalmente realizadas na localidade. 
Considerando os fatos narrados, à luz do disposto na Lei nº 8.429/1992, com a redação conferida 
pela Lei nº 14.230/2021, é correto afirmar que João: 
A) não praticou ato de improbidade que atenta contra os princípios da Administração Pública, 
na medida em que a conduta por ele realizada deve ser enquadrada no rol taxativo dos atos de 
improbidade que importam em enriquecimento ilícito; 
B) não praticou ato de improbidade que atenta contra os princípios da Administração Pública, 
pois a conduta descrita não se enquadra dentre aquelas elencadas no rol taxativo do dispositivo 
que delimita a sua caracterização; 
C) praticou ato de improbidade que atenta contra os princípios da Administração Pública, pois a 
conduta descrita se enquadra no dispositivo que delimita a sua caracterização, cujo rol é 
taxativo; 
D) praticou ato de improbidade que atenta contra os princípios da Administração Pública, apesar 
de a conduta não estar especificada no dispositivo que delimita a sua caracterização, 
considerando que o rol do dispositivo é exemplificativo; 
 
24) O Município Alfa pretende realizar a alienação de determinado bem imóvel, pois verificou, 
no bojo de processo administrativo, a existência de interesse público devidamente justificado, 
pois a propriedade não é usada há muito tempo para qualquer finalidade pública. 
No caso em tela, a venda do imóvel será precedida de 
A) consulta pública, exigirá autorização legislativa e, em regra, dependerá de licitação na 
modalidade concorrência. 
B) avaliação, exigirá autorização legislativa e, em regra, dependerá de licitação na modalidade 
leilão. 
C) consulta pública, exigirá autorização do Tribunal de Contas e, em regra, não dependerá de 
licitação. 
D) avaliação, exigirá autorização do Prefeito e, em regra, não dependerá de licitação. 
 
25) João, lotado na Secretaria de Educação do Estado Beta, a partir de provocação de um 
administrado, praticou ato administrativo considerado discricionário. Ao tomar conhecimento 
do teor desse ato, o secretário de Estado de Educação, superior hierárquico de João, ficou muito 
irritado, pois, apesar de o ato estar em plena harmonia com a ordem jurídica, se mostrava 
inoportuno, considerando as diretrizes de atuação estabelecidas pelo titular da pasta. 
Considerando os princípios administrativos afetos a essa seara, para que o ato de João seja 
extinto, o secretário deve: 
A) anulá-lo; 
B) revogá-lo; 
C) invalidá-lo; 
D) nulificá-lo; 
 
26) Após regular processo licitatório, a União celebrou, mediante parceria público-privada (PPP), 
com a sociedade empresária Alfa contrato administrativo de concessão de serviço público, na 
modalidade patrocinada, precedida de obra pública. O contrato tem por objeto a manutenção 
de determinada rodovia federal, havendo, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários, uma 
contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado. 
De acordo com a legislação de regência, entre as cláusulas do mencionado contrato, deve 
constar: 
A) a repartição de riscos entre as partes, inclusive os referentes a caso fortuito, força maior, fato 
do príncipe e álea econômica extraordinária; 
B) a sustentabilidade financeira e vantagens socioeconômicas dos projetos de parceria, vedada 
a repartição objetiva de riscos entre as partes; 
C) o prazo de vigência do contrato, compatível com a amortização dos investimentos realizados, 
não inferior a cinco, nem superior a quinze anos, incluindo eventual prorrogação; 
D) a realização de vistoria dos bens reversíveis, não podendo o parceiro público reter os 
pagamentos ao parceiro privado, no valor necessário para reparar as irregularidades 
eventualmente detectadas, pela mitigação das cláusulas exorbitantes neste tipo de concessão; 
 
27) A Lei nº XX/2021, do Município Beta, autorizou a criação da sociedade de economia mista 
Alfa, com capital majoritário do Município, que tem por objeto exclusivo a atividade de 
policiamento de trânsito e autuação de infrações, o que se dá em regime não concorrencial. Por 
entender que a Lei nº XX/2021 era contrária ao interesse público, o Partido Político Gama 
solicitou que sua assessoria jurídica se manifestasse sobre a constitucionalidade desse diploma 
normativo, considerando a interpretação prevalecente dos comandos constitucionais aplicáveis 
à temática. A assessoria respondeu, corretamente, que a Lei nº XX/2021 é: 
A) constitucional quanto à delegação do poder de polícia e inconstitucional na parte em que 
outorga à sociedade de economia mista a atividade descrita; 
B) constitucional na parte em que outorga à sociedade de economia mista a atividade descrita 
e inconstitucional quanto à delegação do poder de polícia; 
C) constitucional tanto na parte em que outorga à sociedade de economia mista a atividade 
descrita, como em relação à delegação do poder de polícia; 
D) inconstitucional tanto na parte em que outorga à sociedade de economia mista a atividade 
descrita, como em relação à delegação do poder de polícia; 
 
28) A Administração Pública municipal, após regular procedimento licitatório na modalidade 
concorrência, celebrou contrato administrativo com determinada sociedade empresária, que 
demonstrou capacidade para o desempenho da atividade, transferindo-lhe, por sua conta e 
risco, a prestação do serviço público de transporte coletivo de passageiros intramunicipal, por 
prazo determinado, mediante remuneração por meio da cobrança de tarifa dos usuários. 
O instrumento jurídico por meio do qual se firmou o negócio jurídico em tela é o contrato de: 
A) autorização de serviço público, aplicando-se o princípio do equilíbrio econômico e financeiro 
do contrato; 
B) permissão de serviço público, aplicando-se o princípio da disponibilidade do serviço; 
C) consórcio de serviço público, aplicando-se o princípio da modicidade da tarifa; 
D) concessão de serviço público, aplicando-se o princípio da continuidade do serviço público; 
 
29) O Estado Sigma e os Municípios Zeta, Teta e Ômega, localizados no território do referido 
Estado, celebraram consórcio público para a gestão dos resíduos sólidos, constituindo-o como 
pessoa jurídica de direito privado. 
Nesse caso, 
A) o consórcio público, em razão de ser constituído como pessoa jurídica de direito privado, não 
está obrigado à realização de licitação ou de concurso público para admissão de pessoal. 
B) por possuir personalidade jurídica de direito privado, o consórcio não poderá firmar 
convênios, contratos ou outros acordos com a Administração Pública. 
C) a área de atuação do consórcio corresponde ao território do Estado Sigma, em razão de sua 
participação voluntária no consórcio. 
D) o Estado Sigma e os Municípios Zeta, Teta e Ômega somente entregarão recursos ao 
consórcio público mediante formalização de contrato de rateio. 
 
30) O Estado Alfa editou lei específica autorizando a criação da Fundação Estadual de Saúde, 
que terá por finalidade executar ações e serviços complementares de Atenção Primária à Saúde 
- APS, de atenção especializada e de vigilância em saúde, no âmbito da promoção, prevenção, 
cura e reabilitação coletiva eindividual, de formação profissional e de educação permanente na 
área de saúde pública, devendo manter a Escola de Saúde Pública do Estado Alfa. 
Sobre o caso em tela, de acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, assinale a 
afirmativa correta. 
A) A criação de fundação pública de direito privado para a prestação de serviço público de saúde 
é constitucional. 
B) A criação de fundação pública para a prestação de serviço público de saúde é constitucional, 
apenas se ostentar personalidade jurídica de direito público. 
C) A criação de fundação pública, seja de direito público seja de direito privado, para a prestação 
de serviço público de saúde é inconstitucional, por se tratar de serviço público essencial. 
D) A criação de fundação pública, seja de direito público seja de direito privado, para a prestação 
de serviço público de saúde é inconstitucional, por se tratar de serviço público inerente. 
DIREITO CIVIL 
 
31) Benedito vendeu para Rodrigo sua casa em Aquidabã pelo valor de cinco milhões de reais 
por instrumento particular. Pago o preço, Benedito recusou-se a cumprir o contrato. Rodrigo 
judicializou a disputa e o juiz, embora tenha reconhecido a falta da escritura pública para 
celebração do negócio, recebeu-o como promessa de compra e venda, espécie de negócio 
jurídico que não exige forma especial. 
Nesse caso, é correto afirmar que o juiz: 
A) equivocou-se, porque, em se tratando de nulidade absoluta por defeito de forma, o negócio 
jurídico nulo não é suscetível de confirmação nem convalesce pelo decurso do tempo; 
B) acertou, porque havia causa de mera anulabilidade, a qual admite confirmação pelas partes; 
C) acertou ao realizar a conversão, mesmo diante de causa de nulidade; 
D) acertou ao realizar a convalidação, mesmo diante de causa de anulabilidade; 
 
32) Ana realizou promessa de compra e venda por instrumento particular com Construções S/A, 
para aquisição de um apartamento, no valor de R$ 250.000,00. Pagou R$ 50.000,00 de entrada, 
mais 24 parcelas de R$ 2.083,33, sendo certo que o saldo remanescente, no valor de R$ 
150.000,00, seria financiado por instituição financeira, com assinatura de alienação fiduciária, 
quando a obra ficasse pronta e as chaves do imóvel fossem entregues. Passados dois anos do 
prazo para entrega da obra, Ana, sem ter recebido as chaves do imóvel, decidiu rescindir o 
contrato. Nesse caso, é correto afirmar que: 
A) observando-se o princípio do pacta sunt servanda, Ana deve se sujeitar à multa contratual 
que prevê perda da metade do valor pago, pois decidiu rescindir de forma unilateral; 
B) a construtora deve devolver a Ana o valor que recebeu, em sua integralidade, pois deu causa 
à rescisão; 
C) Ana poderá receber o valor que pagou, todavia, a construtora poderá reter parte da quantia, 
como ressarcimento pelas despesas administrativas, a ser fixada judicialmente; 
D) a construtora poderá se recusar a devolver, à vista, o valor que lhe foi pago, para que a 
obrigação se realize de forma parcelada, visando à preservação do empreendimento imobiliário; 
 
33) Luciana, renomada artista plástica, tem divulgada na mídia impressa notícia inverídica com 
alto tom de agressividade, revelando fatos de sua vida privada, sem qualquer interesse público. 
A pessoa jurídica divulgadora da notícia agiu de forma totalmente leviana e irresponsável, e logo 
no dia seguinte divulgou nota se desculpando pelo ocorrido. Passado mais de um ano da 
reprovável divulgação, Luciana falece de causas naturais. A respeito de eventual ação 
compensatória por dano moral, sua única filha, Laura, deve compreender como correta a 
seguinte informação prestada pelo defensor público: 
A) a ação não poderá ser proposta por se tratar de direito personalíssimo de Luciana, que teve 
tempo hábil para ajuizá-la e deixou de fazê-lo; 
B) caso Luciana tivesse proposto a ação compensatória em vida, Laura não poderia dar 
continuidade; 
C) a ação poderá ser proposta, bem como ter continuidade por Laura, sua única herdeira, 
respeitado o prazo prescricional para tanto; 
D) caso Luciana tivesse proposto a ação compensatória em vida, Laura poderia dar continuidade 
com a anuência da ré; 
 
34) A sociedade SSS contratou os serviços de armazenagem da sociedade JJJ. Entregou, então, 
dez caixas de material químico, a serem conservadas e mantidas pelo período de um ano. 
Chegado o termo final, a sociedade SSS notifica a sociedade JJJ para que lhe devolva as caixas. 
Considerando essa dinâmica obrigacional, vê-se que há duas principais prestações a cargo da 
sociedade JJJ. Sobre os regimes da mora relativos a essas prestações, é correto afirmar que são: 
A) idênticos, notadamente porque, em caso de injusta recusa da sociedade SSS (mora 
accipiendi), permitem que o devedor se exonere pela consignação em pagamento; 
B) idênticos, notadamente porque admitem que, em caso de inadimplemento relativo da 
sociedade JJJ (mora solvendi), permitem, à luz da disciplina do Código Civil, que o trabalho seja 
executado por terceiros às custas da devedora; 
C) diversos, na medida em que só a obrigação de devolver as caixas admite, à luz da disciplina 
do Código Civil, o cumprimento por terceiros às custas da devedora em caso de inadimplemento 
relativo da sociedade JJJ (mora solvendi); 
D) diversos, na medida em que só a obrigação de devolver as caixas admite, à luz da disciplina 
do Código Civil, a consignação em pagamento em caso de injusta recusa da sociedade SSS (mora 
accipiendi); 
 
35) Afonso Cunha, com 16 anos e não emancipado, pretende iniciar empresa e realizar sua 
inscrição como empresário individual. Analisando-se a pretensão de Afonso Cunha à luz das 
disposições do Código Civil, assinale a afirmativa correta. 
A) Com autorização judicial prévia, de caráter revogável, é possível que Afonso Cunha inicie 
empresa, ainda que não emancipado. 
B) Não é possível que Afonso Cunha inicie empresa, salvo se autorizado por seus pais, como 
exercentes do poder familiar, ou na ausência destes, pelo juiz. 
C) Afonso Cunha não poderá iniciar empresa, pois não se encontra em pleno gozo de sua 
capacidade civil em razão de sua idade e por não estar emancipado. 
D) Com autorização judicial prévia, de caráter irrevogável e efeito emancipatório, é possível que 
Afonso Cunha inicie empresa. 
 
36) Imagine que determinada Prefeitura, ao interpretar norma de conteúdo indeterminado, cria 
um dever jurídico novo aos munícipes, em contrariedade a seu consolidado entendimento em 
casos idênticos. 
À luz exclusivamente da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, é correto afirmar que: 
A) não é possível a alteração de entendimento consolidado pela Administração Pública; 
B) pode ser proposto regime de transição para que o dever imposto, em contrariedade à 
orientação anterior, seja cumprido de modo proporcional, equânime e eficiente e sem prejuízo 
aos interesses gerais. 
C) somente poderia ser criado regime de transição se a norma que deu base à nova orientação 
fosse de conteúdo determinado; 
D) não é possível impor regime de transição à Fazenda Pública, sobretudo quando em jogo o 
interesse público, ainda que nova interpretação contrarie entendimento consolidado anterior; 
 
37) Leonardo ofende Denise, famosa cantora, em suas redes sociais. Ela ajuíza, então, demanda 
no Juizado Especial Cível. Na sessão conciliatória, propõe a Leonardo a desistência do processo, 
desde que ele dirija suas ofensas a Adilson, principal rival de Denise. Sem que ele se dispusesse 
a isso, não seria possível o negócio jurídico. 
Nesse caso, a cláusula imposta é considerada: 
A) condição suspensiva nula; 
B) condição resolutiva nula; 
C) condição suspensiva anulável; 
D) encargo invalidante do negócio jurídico. 
 
38) Célia contratou Clenoá para uma empreitada em sua casa. Como não tinha dinheiro para 
integralizar o preço cobrado, tomou empréstimo de Ana, sua amiga, que se dispôs a ajudar. 
Além disso, prometeu a Clenoá o pagamento em dez prestações. Nesse caso, não havendo 
disposição contratual expressa, épossível presumir: 
A) que a restituição do empréstimo deve ocorrer em trinta dias, pelo menos, após notificação 
específica do mutuário, se prazo maior não for concedido; 
B) serem devidos juros a Ana, na restituição do empréstimo; 
C) que as parcelas anteriores estão quitadas se a última se encontrar integralizada; 
D) a quitação do principal quando já solvidos, sem reservas, eventuais juros do mútuo; 
 
39) Zuleide vendeu para sua irmã Zuleica um pequeno apartamento de quarto e sala que 
recebera por herança do seu falecido marido. Como Zuleica passava por dificuldades financeiras, 
Zuleide comprometeu-se a transferir o imóvel imediatamente para a irmã, mas estabeleceu no 
contrato que esta última só começaria a pagar o preço do apartamento após dois anos da data 
de celebração. Imensamente agradecida pela generosidade da irmã, Zuleica sugeriu acrescentar 
ao contrato uma cláusula por meio da qual ela renunciava desde logo a qualquer prazo 
prescricional que pudesse prejudicar Zuleide. A luz do direito civil brasileiro, essa cláusula é: 
A) válida, desde que não prejudique terceiros; 
B) inválida, mas não vicia o negócio jurídico como um todo; 
C) anulável, mas pode ser confirmada tacitamente; 
D) ineficaz, pois a pretensão de Zuleide não se sujeita à prescrição; 
 
40) Fernando é dono de uma pequena floricultura. Certa vez, ele comentou com seu irmão 
Francisco que estava preocupado, pois uma dívida vultosa contraída com um fornecedor de 
flores venceria no mês seguinte e ele não sabia se disporia de recursos suficientes para adimplir 
o débito. Fernando ainda disse ao irmão que já tinha consultado um advogado e que não 
dispunha de qualquer argumento jurídico para eximir-se do pagamento da dívida. Naquele 
mesmo dia, apiedando-se da situação do irmão, Francisco decidiu surpreendê-lo e, sem nada 
dizer a ele, pagou, em nome próprio, a dívida integral junto ao fornecedor de flores, que 
prontamente aceitou o pagamento. Em casos como esse, o direito civil brasileiro estabelece que 
Francisco: 
A) sub-rogou-se automaticamente no direito que o fornecedor de flores titularizava contra 
Fernando; 
B) nada pode cobrar de Fernando, pois realizou o pagamento sem o conhecimento deste; 
C) nada pode cobrar de Fernando, pois realizou o pagamento em nome próprio; 
D) pode cobrar de Fernando o reembolso do valor pago, mas apenas a partir da data de 
vencimento da dívida original; 
 
PROCESSO CIVIL 
 
41) O autor, após homologada a sentença que extinguiu o processo, acolhendo seu 
requerimento de desistência da ação, com o que havia concordado o réu, interpôs apelação no 
13º dia útil depois de sua intimação da sentença, requerendo a sua reforma e o prosseguimento 
do processo. Para tanto, alegou o autor que o motivo que o levou a pedir a desistência da ação 
não mais existia, e que tal medida atendia ao princípio da economia processual, já que poderia 
propor novamente a mesma lide. 
Nesse cenário, é correto afirmar que a apelação: 
A) não deve ser conhecida, uma vez que há um fato impeditivo do direito de recorrer; 
B) não deve ser conhecida, uma vez que há preclusão temporal no processo; 
C) não deve ser conhecida, uma vez que a apelação não é o recurso cabível; 
D) deve ser conhecida, uma vez que atende ao princípio da economia processual; 
 
42) Três consumidores adquiriram um medicamento cuja ingestão lhes provocou tonteiras e 
desmaios, obrigando, inclusive, um deles a se internar em hospital por alguns dias. 
Posteriormente, eles intentaram ação indenizatória em face do fabricante do fármaco, 
pleiteando a sua condenação a lhes pagar verbas indenizatórias dos danos materiais e morais 
que alegadamente experimentaram. 
No tocante ao litisconsórcio ativo que se formou, é correto afirmar ser ele: 
A) necessário e simples; 
B) necessário e unitário; 
C) facultativo e simples; 
D) facultativo e unitário; 
 
43) Maria ajuizou demanda em face da autarquia previdenciária municipal, pleiteando a 
condenação desta a lhe conceder a pensão por morte de servidor com quem, alegadamente, 
havia convivido por mais de trinta anos. Também foi formulado na petição Inicial pedido de 
condenação da autarquia ao pagamento de verba reparatória de danos morais, alegando a 
autora, para tanto, que o indeferimento administrativo de seu pleito de pensão por morte, além 
de ilegal, gerou-lhe angústia e sofrimento. Ofertada a contestação e produzidas as provas 
requeridas pelas partes, o juiz da causa considerou comprovados os fatos constitutivos do 
direito de Maria ao pensionamento vindicado, acolhendo o seu primeiro pedido. Contudo, o 
magistrado não reputou configurados os danos morais, razão por que rejeitou a pretensão 
indenizatória deduzida na exordial. 
Nesse cenário, é correto afirmar que se está diante de uma cumulação: 
A) simples de pedidos, não padecendo a sentença de defeito; 
B) subsidiária de pedidos, sendo a sentença citra petita; 
C) subsidiária de pedidos, não padecendo a sentença de defeito; 
D) sucessiva de pedidos, não padecendo a sentença de defeito. 
 
44) Márcio e Renata são casados em comunhão parcial de bens. A empresa de Márcio enfrentou 
grave crise financeira no período da pandemia e passou a figurar como ré em algumas ações 
judiciais. Em uma das demandas, foi instaurado o incidente de Desconsideração da 
Personalidade Jurídica, tendo sido acolhido o pedido para incluir Márcio no polo passivo da ação, 
em fase de cumprimento de sentença. Após o ingresso de Márcio, considerando a ausência de 
pagamento espontâneo da condenação, houve a penhora de um dos imóveis registrados em 
nome de Márcio na constância do casamento com Renata, que não se tratava de bem de família 
do casal. Considerando essa situação hipotética, é correto afirmar que: 
A) por não se tratar de bem de família, basta a intimação de Márcio, na pessoa de seu advogado 
ou da sociedade de advogados a que o causídico pertença, sem necessidade da intimação de 
Renata; 
B) a penhora não pode alcançar bens adquiridos por Márcio na constância do casamento com 
Renata, por ser a dívida anterior ao matrimônio; 
C) por se tratar de penhora de bem imóvel, Márcio deve ser intimado pessoalmente sobre a 
penhora de seu bem, ainda que possua advogado constituído nos autos, sob pena de nulidade; 
D) por se tratar de penhora de imóvel, Renata deve ser intimada, pois é casada em regime de 
comunhão parcial de bens com Márcio. 
 
45) Maria e João são casados e têm uma filha de 7 anos. Pretendiam viajar para Fernando de 
Noronha no Réveillon. No entanto, no dia 27/12/2022, João foi preso em cumprimento de 
sentença condenatória definitiva. Maria, ao receber a notícia, tem um ataque cardíaco 
fulminante e falece. Em razão disso, João pede ao advogado que tente cancelar as três passagens 
aéreas, sem o pagamento de multa. A ré, que já se encontrava em dificuldade financeira, negou 
o pedido e, logo após, veio a falir. 
Em eventual demanda a ser ajuizada no Juizado Especial Cível, à luz da Lei nº 9.099/1995: 
A) nenhum dos envolvidos poderia ser parte; 
B) apenas o preso e o espólio podem ser partes; 
C) apenas o preso, o espólio e a menor de idade (incapaz) podem ser partes; 
D) apenas o preso e a massa falida da companhia aérea podem ser partes; 
 
46) Maria ajuizou ação de indenização de danos materiais em face de Joaquim, de quem era 
divorciada, e de Cláudio, tendo imputado a ambos a responsabilidade civil por terem danificado 
o seu veículo. 
Validamente citado, Cláudio apresentou a sua peça contestatória. Quanto a Joaquim, o oficial 
de justiça incumbido de sua citação obteve a informação de que havia ele falecido, fato que 
restou comprovado com a ulterior juntada de sua certidão de óbito. Ainda de acordo com a 
documentação anexada aos autos, Joaquim não deixou bens a inventariar e deixou um filho, 
André, com 10 anos de idade e também filho de Maria. 
Nesse contexto, o juiz deverá: 
A) extinguir o feito, em razão da falta de pressuposto processual de existência, qual seja, uma 
das partes; 
B) extinguir o feito, em razão daperda superveniente do interesse de agir; 
C) suspender o feito, no aguardo das providências que viabilizem a substituição processual em 
relação a André; 
D) após a habilitação de André no polo passivo, nomear curador especial para exercer a sua 
defesa. 
 
47) Paulo propôs uma ação de interdição de seu pai João, sob a alegação de que este estaria 
com sua capacidade mental comprometida e que a medida era necessária para sua proteção. 
João constituiu advogado e contestou a pretensão do autor. Após a instrução do feito, foi 
julgado procedente o pedido e decretada a interdição de João, nomeando-se o autor como seu 
curador. O advogado constituído por João interpôs apelação, que restou inadmitida pelo 
tribunal, por falta de capacidade processual do interditando para recorrer, uma vez que a 
sentença que decretou a interdição produziu efeitos imediatamente. Nesse cenário, essa 
decisão de inadmissibilidade recursal é: 
A) correta, uma vez que a sentença produz seus efeitos imediatamente, retirando a capacidade 
processual do interditando; 
B) correta, uma vez que a sentença que decretou a interdição é irrecorrível; 
C) equivocada, pois deveria encaminhar o recurso ao curador do interditando para que o 
ratificasse; 
D) equivocada, pois a eficácia imediata da sentença de interdição não retira a capacidade 
processual do interditando. 
 
48) André intentou ação em face de Bruno, pleiteando a declaração de nulidade do contrato por 
ambos celebrado. Regularmente citado, Bruno ofereceu peça contestatória, na qual expôs os 
seus argumentos defensivos. Além disso, dedicou um dos tópicos de sua peça de bloqueio a 
deduzir pretensão reconvencional em face de André e do fiador deste, Carlos, pedindo a 
condenação de ambos a lhe pagar uma obrigação pecuniária derivada do mesmo contrato. Na 
sequência, André manifestou a desistência de sua ação, com o que Bruno, intimado a se 
pronunciar a respeito, concordou. É correto afirmar, nesse cenário, que: 
A) caso Bruno tivesse se limitado a propor reconvenção, sem oferecer peça contestatória, aquela 
seria admissível. 
B) a reconvenção não pode ser admitida, por ter sido formulada num tópico da peça 
contestatória, e não numa petição autônoma; 
C) a reconvenção não pode ser admitida, por importar, indevidamente, numa ampliação 
subjetiva antes inexistente no processo; 
D) a desistência manifestada por André configura óbice ao prosseguimento do processo, no 
tocante à reconvenção; 
 
49) João, incapaz, devidamente representado por seu pai, sem interesses colidentes entre estes, 
após ser regularmente citado de forma pessoal, deixou transcorrer o prazo de resposta sem 
apresentar qualquer manifestação processual, bem como não constituiu procurador nos autos. 
O juiz decretou a revelia do réu e nomeou um curador especial. Nesse cenário, o juiz agiu de 
forma: 
A) equivocada, uma vez que não havia necessidade de nomeação de um curador especial; 
B) correta, uma vez que os interesses das partes autora e ré são colidentes; 
C) correta, uma vez que o réu é revel e foi citado de forma pessoal; 
D) equivocada, pois a revelia só poderia ser decretada após a manifestação do curador especial; 
 
50) João ajuizou ação pleiteando a condenação de uma pessoa jurídica ao pagamento de verbas 
pecuniárias, tendo também requerido, em sua petição inicial, a desconsideração da 
personalidade jurídica da empresa demandada, a fim de que os bens particulares de seus sócios 
fossem diretamente submetidos a uma futura constrição. Sem suspender o processo, o juiz da 
causa determinou a citação da pessoa jurídica e dos sócios. Após concluída a fase instrutória, foi 
proferida sentença em que se acolheu a pretensão autoral em face da pessoa jurídica, 
indeferindo-se, todavia, a desconsideração da personalidade jurídica pretendida. Nesse cenário, 
é correto afirmar que: 
A) o autor poderá interpor agravo de instrumento tendo por alvo o pronunciamento que 
resolveu o incidente de desconsideração da personalidade jurídica; 
B) o autor poderá interpor apelação para se insurgir contra o pronunciamento que indeferiu a 
desconsideração da personalidade jurídica; 
C) o autor poderá interpor apelação, arguindo error in procedendo, uma vez que não foi 
adequadamente instaurado o incidente de desconsideração da personalidade jurídica; 
D) a empresa demandada poderá interpor apelação, arguindo error in procedendo, uma vez que 
não houve a suspensão do processo após a instauração do incidente; 
 
DIREITO PENAL 
 
51) Jonas, primário e portador de bons antecedentes, subtraiu, sem violência ou grave ameaça, 
dez pacotes de biscoito avaliados, no todo, em noventa reais, pertencentes ao supermercado 
XYZ. Nesse cenário, é correto afirmar que Jonas: 
A) não responderá por qualquer crime, em razão do princípio da insignificância, que afasta a 
culpabilidade do agente; 
B) não responderá por qualquer crime, em razão do princípio da insignificância, que afasta a 
tipicidade da conduta; 
C) não responderá por qualquer crime, em razão do princípio da insignificância, que afasta a 
ilicitude da conduta; 
D) responderá pelo crime de furto simples privilegiado; 
 
52) João, em maio de 2023, subtraiu, mediante grave ameaça, o telefone celular e a carteira de 
Ingrid, vindo, em seguida, a ser capturado em flagrante. Após tomar ciência dos fatos, o 
Ministério Público ofereceu denúncia em face de João, em razão da prática do crime de roubo 
simples, cujo preceito secundário prevê as penas de 4 a 10 anos de reclusão e multa. No curso 
do processo, em julho de 2023, é editada nova legislação, dando azo ao aumento das sanções 
do roubo simples: o preceito secundário passou a prever as penas de 6 a 12 anos de reclusão e 
multa. 
De acordo com as disposições do Código Penal, é correto afirmar que a nova lei: 
A) não incidirá no processo vinculado ao crime perpetrado por João, em razão do princípio da 
anterioridade; 
B) incidirá no processo vinculado ao crime perpetrado por João, em razão do princípio da 
anterioridade; 
C) não incidirá no processo vinculado ao crime perpetrado por João, em razão do princípio da 
especialidade; 
D) não incidirá no processo vinculado ao crime perpetrado por João, em razão do princípio da 
legalidade; 
 
53) Durante uma manifestação na cidade, a Guarda Municipal é chamada para auxiliar no 
patrulhamento e na proteção das pessoas e do patrimônio público. Glauco, manifestante 
exaltado, se dirige a Bruno, guarda municipal em serviço, fazendo um movimento de iminente 
agressão contra o agente público. Bruno, por sua vez, usando moderadamente os meios 
necessários, repele a injusta agressão, causando uma pequena lesão à integridade física de 
Glauco. Nesse caso, e com base no Código Penal, a conduta de Bruno foi 
A) lícita, uma vez que amparado pela excludente de ilicitude da legítima defesa. 
B) lícita, uma vez que amparado pela excludente de ilicitude do estado de necessidade. 
C) lícita, uma vez que amparado pela excludente de ilicitude do estrito cumprimento do dever 
legal. 
D) ilícita, uma vez que é vedado ao agente público agredir, em qualquer hipótese, um cidadão, 
ainda que para proteger direito seu ou de outrem de uma agressão atual ou iminente. 
 
54) Marcelo decide sair para beber com os seus amigos. Depois de algumas horas ingerindo 
bebidas alcóolicas voluntariamente, deixa o bar e, no caminho de casa, resolve matar uma 
pessoa em situação de rua com a qual tinha desentendimento anterior. Durante o processo, a 
Defesa de Marcelo alega que ele não tinha condição de responder pelos seus atos (ausência de 
culpabilidade), pois estava completamente embriagado. 
Tendo como base o caso concreto, a tese da Defesa de Marcelo 
A) não está correta, pois a embriaguez proveniente de caso fortuito ou força maior não isenta 
de pena, ainda que ele fosse, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de 
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
não está correta, pois a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitosanálogos não exclui a imputabilidade penal. 
B) não está correta, pois a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de 
efeitos análogos não exclui a imputabilidade penal. 
C) está correta, pois a embriaguez pelo álcool ou substância de efeitos análogos, mesmo 
voluntária, exclui a imputabilidade penal. 
D) não está correta, pois apenas a embriaguez voluntária decorrente do uso de entorpecentes 
(drogas) exclui a imputabilidade penal. 
 
55) Ao proferir uma sentença condenatória em uma ação penal, o juiz vislumbra que o réu 
confessou em juízo a autoria do delito e que constam em sua folha de antecedentes criminais 
duas anotações, assinalando condenações anteriores definitivas à prática do crime objeto do 
processo, cujas penas foram cumpridas um e quatro anos antes, respectivamente, do 
cometimento do crime em julgamento. 
Diante da situação narrada, deverá o magistrado. 
A) atenuar a pena-base, na segunda fase da dosimetria da pena, fazendo prevalecer a atenuante 
da confissão espontânea sobre a agravante da reincidência; 
B) manter a pena-base, na segunda fase da dosimetria da pena, compensando integralmente a 
agravante da reincidência com a atenuante da confissão espontânea; 
C) agravar a pena-base, na segunda fase da dosimetria da pena. fazendo prevalecer a agravante 
da reincidência sobre a atenuante da confissão espontânea; 
D) agravar a pena-base, na segunda fase da dosimetria da pena. fazendo prevalecer a agravante 
da reincidência e compensando a atenuante da confissão espontânea com uma das anotações 
criminais geradora de reincidência; 
 
56) Gumercindo, num domingo de sol, em uma praia repleta de pessoas, passa a usar seu 
aparelho telefônico celular para fotografar, discreta e clandestinamente, algumas mulheres 
presentes no local, notadamente aquelas que vestiam os menores biquínis, procurando, 
sobretudo, captar imagens de suas nádegas. 
Diante do caso narrado, é correto afirmar que Gumercindo: 
A) não praticou crime; 
B) cometeu o crime de assédio sexual; 
C) cometeu o crime de importunação sexual; 
D) cometeu o crime de perseguição; 
 
57) Caio caminha pelas ruas de um Estado estrangeiro quando é surpreendido por Tício, 
brasileiro, que lhe desfere diversas ofensas, incluindo uma “cusparada” no rosto. O delito de 
injúria real é fato típico e ilícito em ambos os países. 
A respeito do caso relatado, é correto afirmar que 
A) se Caio também for brasileiro, caberá a aplicação da lei brasileira aos fatos ocorridos no 
exterior. A ação penal será pública incondicionada, por se tratar de injúria real. 
B) a lei brasileira é aplicável ao caso, desde que Tício retorne ao Brasil, independentemente de 
ter havido, ou não, persecução penal na origem. 
C) ainda que Tício retorne ao Brasil, a lei brasileira não é aplicável ao caso, por se tratar de 
extraterritorialidade condicionada da lei penal brasileira. 
D) se o fato tivesse ocorrido no Brasil, envolvendo estrangeiros, o Brasil não poderia reconhecer 
a aplicação da lei penal estrangeira ao fato ocorrido em território nacional. 
 
58) João e Guilherme estavam a bordo de uma lancha, a caminho de uma praia paradisíaca, 
ocasião em que o marinheiro Jonatan acabou por colidir em uma pedra. Com a lancha 
afundando, João e Guilherme se jogaram ao mar, momento em que visualizaram um único 
colete salva-vidas. Após uma breve luta corporal, João conseguiu permanecer com o bem, 
enquanto Guilherme, desamparado, veio a óbito. 
Nesse cenário, considerando as disposições do Código Penal, João atuou sob o manto do(a): 
A) exercício regular de um direito, causa de exclusão da culpabilidade; 
B) inexigibilidade de conduta diversa, causa de exclusão da culpabilidade; 
C) legítima defesa, causa de exclusão da culpabilidade; 
D) estado de necessidade, causa de justificação; 
 
59) Paula teve fotos suas de cunho íntimo divulgadas para colegas de seu curso na universidade 
por um ex-namorado que, inconformado com o término do relacionamento, invadiu o 
computador de Paula e subtraiu as fotos. O aumento de casos dessa natureza motivou a 
promulgação da Lei nº 12.737/2012, cuja redação prevê os crimes que decorrem do uso indevido 
de informações e materiais pessoais que dizem respeito à: 
A) tipificação criminal de delitos cibernéticos; 
B) interrupção ou perturbação do serviço informático; 
C) privacidade de uma pessoa na internet; 
D) mecanismos remotos de comunicação; 
 
60) João, extremamente irritado em razão da derrota do seu time de coração, ao encontrar um 
torcedor do clube rival, acaba por efetuar cinco disparos de arma de fogo na direção do último. 
Não dispondo de outras munições, João, arrependido, leva a vítima ao hospital mais próximo. 
Contudo, o ofendido veio a óbito logo após chegar ao nosocômio, visto que foi atingido no peito 
e no rosto. Nesse cenário, considerando as disposições do Código Penal João responderá pelo 
crime de: 
A) homicídio tentado, em razão do arrependimento posterior; 
B) homicídio tentado, em razão do arrependimento eficaz; 
C) homicídio tentado, em razão da desistência voluntária; 
D) homicídio consumado. 
 
PROCESSO PENAL 
 
61) João, preso preventivamente, responde, em juízo, pela suposta prática dos crimes de tráfico 
de drogas e de associação para o tráfico, em concurso material. Finda a instrução processual e 
após a apresentação de alegações finais pelo Ministério Público e pela defesa técnica, o juiz 
prolata sentença condenatória, nos exatos termos da denúncia. 
Nesse cenário, considerando as disposições do Código de Processo Penal, a intimação da 
sentença será feita: 
A) ao réu, pessoalmente, ou ao defensor por ele constituído; 
B) ao defensor constituído pelo réu; 
C) ao réu, pessoalmente; 
D) ao réu, por hora certa; 
 
62) Ivan foi condenado à pena de doze anos de reclusão em razão da prática do crime de 
extorsão mediante sequestro. O Ministério Público, no prazo legal, recorreu de todo o conteúdo 
impugnável da sentença, inclusive visando ao agravamento da pena. 
Quanto a Fábio, vitima do crime e no habilitado como assistente, este: 
A) não poderá interpor recurso de apelação, em razão de o Ministério Público ter recorrido de 
todo o conteúdo impugnável da sentença; 
B) poderá interpor recurso de apelação, no prazo de cinco dias após o recurso do Ministério 
Público, caso se habilite como assistente; 
C) não poderá interpor recurso de apelação, mas poderá interpor recurso em sentido estrito, 
após a recurso do Ministério Público; 
D) poderá Interpor recurso de apelação, no prazo de quinze dias, após o recurso do Ministério 
Público, visando, ao agravamento da pena imposta a Ivan; 
 
63) Francisco foi condenado a uma pena de quinze anos de reclusão por crime de homicídio, 
com sentença transitada em julgado, já tendo cumprido integralmente a pena, declarada 
extinta. Contudo, seis anos após a declaração de extinção da pena, Francisco ajuizou ação de 
revisão criminal visando à desconstituição da condenação e requereu uma justa indenização 
pelos prejuízos sofridos. Alega ter novas provas de sua inocência e que a injustiça da condenação 
decorreu de ele ter ocultado provas em seu poder quando do julgamento. 
Diante desse cenário, é correto afirmar que a condenação de Francisco: 
A) poderá ser revista e ele terá direito à indenização; 
B) não poderá ser revista, pois a pena já foi declarada extinta; 
C) poderá ser revista, mas não terá ele direito à indenização; 
D) não poderá ser revista, pois foi ele quem deu causa á injustiça da condenação; 
 
64) Fábio, delegado de polícia, determinou, de ofício, a instauração de inquérito policial para 
apurar a suspeita de roubo à residência de uma celebridade conhecida nas redes sociais. Ocorre 
que o dono da residência, que é pai da celebridade, ficou tenso ao ver nas redes sociais a notícia 
sobre o fato e resolveu requerer o arquivamento do inquérito para abafar o caso, evitando 
escândalos. Nesse caso, é correto afirmar que 
A) o inquérito policial não pode ser instaurado de ofício pelo delegado de polícia. 
B) o inquéritopolicial deve sempre ser instaurado pelo delegado de polícia. 
C) o delegado de polícia, tomando conhecimento da prática de uma infração penal de ação penal 
pública condicionada à representação não deve instaurar o inquérito policial, ainda que tenha a 
vítima representado. 
D) o delegado de polícia, tomando conhecimento da prática de uma infração penal de ação penal 
pública incondicionada deve instaurar, de ofício, o inquérito policial. 
 
65) No curso de inquérito policial, a autoridade policial indiciou Napoleão pela prática do crime 
de homicídio qualificado, em que pese os elementos de informação colhidos demonstrassem 
de maneira clara que o investigado agiu em legítima defesa. Visando combater tal decisão e 
buscar o “trancamento” do inquérito policial, o advogado de Napoleão poderá: 
A) interpor recurso para o chefe de polícia; 
B) impetrar habeas corpus, sendo competente para julgamento um juiz de 1º grau; 
C) impetrar habeas corpus, sendo competente para julgamento o Tribunal de Justiça respectivo; 
D) interpor recurso em sentido estrito, sendo competente para julgamento um juiz de 1º grau. 
 
66) João foi processado criminalmente pela suposta prática do crime de roubo. Ao fim do 
processo, após a apresentação de alegações finais pelo Ministério Público e pela defesa técnica, 
o juiz chega à conclusão de que não há prova suficiente para condenação, motivo pelo qual 
absolve o acusado. 
Nesse cenário, o juiz decidiu ancorado no princípio da: 
A) presunção de não culpabilidade; 
B) não autoincriminação; 
C) busca da verdade; 
D) ampla defesa; 
 
67) João é investigado pela suposta prática de infração penal de menor potencial ofensivo. 
Ao tomar ciência dos fatos e, em se tratando de crime persequível mediante ação penal pública 
incondicionada, o Ministério Público ofereceu denúncia, sem propor, previamente, a transação 
penal em benefício de João. Nesse cenário, considerando as disposições da Lei nº 9.099/1995 e 
a jurisprudência dominante dos Tribunais Superiores, é correto afirmar que: 
A) o Ministério Público agiu corretamente ao não oferecer a transação penal, porquanto o 
referido instituto despenalizador é aplicável, apenas, na ação penal pública condicionada à 
representação do ofendido e na ação penal de iniciativa privada; 
B) o oferecimento de transação penal ao suposto autor do fato é faculdade do Ministério 
Público, motivo pelo qual não há qualquer nulidade no caso concreto; 
C) o oferecimento de transação penal pelo Ministério Público é direito subjetivo do suposto 
autor do fato, motivo pelo qual há nulidade no caso concreto; 
D) a transação penal poderá ser proposta até o final da instrução processual. 
 
68) João foi pronunciado pelo crime de homicídio duplamente qualificado. A sessão plenária do 
Tribunal do Júri transcorreu de forma adequada, com a observância de todos os regramentos 
constitucionais e legais. Na quesitação, os jurados reconheceram a materialidade delitiva e a 
autoria. Em seguida, o Conselho de Sentença, por maioria, desclassificou o delito, com fulcro na 
tese defensiva de que teria ocorrido o crime de resistência: 
Nesse cenário, considerando as disposições do Código de Processo Penal, é correto afirmar que 
o juiz: 
A) dará prosseguimento à quesitação, considerando que a desclassificação, operada na 2ª fase 
do procedimento bifásico inerente ao Tribunal do Júri, não tem o condão de deslocar a 
competência para o processo e julgamento do feito; 
B) encerrará a quesitação e, se for competente, proferirá sentença, não podendo o acusado se 
beneficiar da suspensão condicional do processo, considerando a incidência do fenômeno 
processual da preclusão; 
C) dará prosseguimento à quesitação, considerando que o Conselho de Sentença reconheceu a 
sua própria competência, com a votação positiva aos quesitos da materialidade e da autoria; 
D) encerrará a quesitação e, se for competente, proferirá sentença, salvo se preenchidos, no 
caso concreto, os requisitos previstos em lei para a incidência da suspensão condicional do 
processo; 
 
69) João foi preso em flagrante, pela suposta prática do crime de furto qualificado pelo concurso 
de pessoas. Em sede de audiência de custódia, o custodiado fez jus à liberdade provisória, com 
a aplicação de medidas cautelares de natureza diversa da prisão. No curso do processo, João foi 
intimado a comparecer à Audiência de Instrução e Julgamento, mas deixou de fazê-lo. Ao 
consultar os autos, o juiz verifica que o mandado de intimação retornou negativo, muito embora 
a diligência tenha sido cumprida no endereço fornecido por João, por ocasião da Audiência de 
Custódia. Constatou-se, ainda, que João mudou de domicílio, residindo, atualmente, na rua XYZ, 
bairro ABC, Município Alfa. Considerando o não comparecimento ao ato processual, o 
juiz decretou a revelia de João. 
Nesse cenário, à luz das disposições do Código de Processo Penal e da jurisprudência dominante 
dos Tribunais Superiores, a decisão judicial mostra-se: 
A) adequada, sendo certo que o processo prosseguirá sem a presença do acusado e, em razão 
do efeito material da revelia, incidirá a presunção relativa de veracidade dos fatos alegados pelo 
Ministério Público; 
B) inadequada, considerando que, existindo informações sobre um novo endereço de João, a 
intimação deve ser renovada no último, antes da decretação da revelia; 
C) adequada, sendo certo que o processo será suspenso, até que o acusado seja localizado; 
D) adequada, sendo certo que o processo prosseguirá sem a presença do acusado; 
 
70) Guilherme, delegado de polícia, deflagrou inquérito policial para apurar um suposto delito 
de roubo, persequível mediante ação penal pública incondicionada. Contudo, dois meses após 
o início das investigações, não se logrou obter qualquer informação sobre a autoria delitiva. 
Inexistindo elementos mínimos quanto à autoria, o inquérito policial foi arquivado, na forma 
prevista na legislação processual. Seis meses após o arquivamento, surgem novos elementos 
quanto à autoria do delito. 
Nesse cenário, considerando as disposições do Código de Processo Penal e a jurisprudência 
dominante dos Tribunais Superiores, é correto afirmar que o inquérito policial: 
A) poderá ser desarquivado, mesmo que inexista notícia de outras provas ou prova nova, 
enquanto não operada a prescrição; 
B) poderá ser desarquivado, desde que exista notícia de outras provas; 
C) não poderá ser desarquivado, salvo se existir requisição do Ministério Público; 
D) não poderá ser desarquivado, salvo se existir determinação judicial; 
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
71) Silvana tem 22 anos de idade e Rodrigo, 17 anos de idade. Ambos foram contratados como 
empregados, com registros nas carteiras profissionais, para serem auxiliares de garçom em uma 
famosa churrascaria. A jornada de trabalho de ambos é de segunda-feira ao sábado, das 19 às 
03 horas, com intervalo de 1 hora para refeição. 
Acerca da situação apresentada, de acordo com os ditames da CLT, assinale a afirmativa correta. 
A) Ambos os contratos são proibidos porque as mulheres e os menores não podem se ativar em 
horário noturno. 
B) Somente o contrato de Silvana é ilícito. 
C) Os contratos de Silvana e Rodrigo são plenamente válidos. 
D) Somente o contrato de Rodrigo é proibido. 
 
72) Em 05/12/2007, a empresa Empresta Valores Ltda, contratou o empregado Josias para o 
cargo de gerente da filial Norte da companhia. Recebia gratificação de função 50% superior à 
dos demais empregados. 
No exercício da função, entre outras atribuições, podia admitir, aplicar penalidades e despedir 
empregados; planejar objetivos, distribuir serviços e cobrar resultados. 
Contudo, em 05/04/2016, o desempenho de Josias deixou de ser habitual. Além de sucessivas 
reclamações direcionadas à direção pelos clientes, o faturamento da filial caiu 
consideravelmente. 
Diante do fato e de ter sido indagado a respeito da queda de desempenho, Josias assegurou à 
empresa que estaria muito bem de saúde, com exames em dia e sem quaisquer problemas 
familiares.Contudo, como os problemas constatados persistiram por mais nove meses, em 05/01/2017, a 
empresa realocou Josias no cargo de supervisor de estoque, com gratificação de função 10s 
inferior ao que lhe pagava anteriormente e contratou outro trabalhador para o cargo que 
ocupava e que, em pouquíssimo tempo, demonstrou ótimo rendimento, batendo todas as 
metas esperadas de desempenho. Ao novo trabalhador, direcionou o valor que pagava a Josias. 
Com fundamento no que dispõe a Consolidação das Leis do Trabalho e na jurisprudência 
sumulada pelo Tribunal Superior do Trabalho na época dos fatos, a alteração da função, como 
feita, é: 
A) lícita, especificamente em razão da acentuada queda de rendimento do trabalhador, mas não 
a redução da gratificação de função, diante do princípio da estabilidade salarial; 
B) ilícita, por configurar rebaixamento, assim também a redução da gratificação de função, por 
ofender, nas circunstâncias, o princípio da estabilidade salarial; 
C) lícita, posto não existir estabilidade em cargo de confiança podendo o empregador nesta 
hipótese suprimir ou reduzir a gratificação, independentemente do tempo de exercício no cargo; 
D) ilícita, por configurar rebaixamento, assim também a redução da gratificação de função, por 
ofender o princípio da irredutibilidade salarial. 
 
73) José sofreu acidente de trabalho e foi aposentado por invalidez. Para o seu lugar, a empresa 
Trabalhos Raros Ltda. contratou outro trabalhador, Floriano, alertando-o, contudo, da condição 
de interino em relação a José. Quatro anos após, em reavaliação obrigatória periódica realizada 
pelo órgão previdenciário oficial, José foi considerado apto para retorno ao trabalho, pelo que 
compareceu à empresa portando a guia de alta expedida pelo órgão previdenciário para retorno 
imediato ao serviço, sem restrições, tendo sido confirmada pelo médico da empresa a referida 
aptidão. 
Diante do quadro descrito e considerando o que especificamente dispõe a Consolidação das Leis 
do Trabalho a respeito: 
A) a empresa Trabalhos Raros Ltda. poderá manter Floriano e indenizar José, que, no caso, não 
faz jus a estabilidade; 
B) a empresa Trabalhos Raros Ltda. poderá realocar José na função que exercia e romper o 
contrato com Florindo, sem precisar indenizá-lo. 
C) empresa Trabalhos Raros Ltda. poderá realocar José na função que exercia, mas, neste caso, 
estará obrigada a indenizar Floriano, caso o despeça; 
D) a empresa Trabalhos Raros Ltda. deverá manter Floriano, posto que o contrato com José teve 
rompimento automático na data da aposentadoria por invalidez; 
 
74) Clesio é advogado, atuando em seu próprio escritório como profissional liberal. Além disso, 
ele é professor numa faculdade particular, com CTPS assinada, na qual leciona a cadeira de 
Direito Constitucional, ministrando aulas duas vezes por semana. Clesio foi eleito, há 2 meses, 
Presidente do sindicato dos advogados da sua região. Ocorre que a instituição de ensino 
pretende dispensar Clesio sem justa causa, pois renovará todo o seu quadro de professores. 
Considerando os fatos descritos e o entendimento consolidado do TST, marque a afirmativa 
correta. 
A) Clesio não poderá ser dispensado sem justa causa porque terá garantia no emprego durante 
todo o mandato e até 1 ano após 
B) Clésio não terá garantia no emprego porque não exerce na empresa atividade da categoria 
profissional do sindicato para o qual foi eleito dirigente. 
C) O empregado possui garantia no emprego, somente podendo ser dispensado se houver 
instauração prévia de inquérito no qual se comprove alguma falta grave. 
D) Não haverá garantia no emprego em favor de Clesio, pois isso somente ocorreria se ele fosse 
eleito Presidente da OAB local. 
 
75) Em determinada base territorial, o sindicato dos gráficos, o sindicato dos distribuidores de 
medicamentos, o sindicato dos professores e o sindicato dos empregados que fazem a captação 
de lixo resolveram, em assembleias regulares próprias, deflagrar movimento de greve para 
reivindicar reajuste salarial. De acordo com a norma de regência, assinale a opção que 
contempla o(s) sindicato(s) que poderá(ão) comunicar a greve aos sindicatos patronais ou aos 
empregadores, com 48 horas de antecedência. 
A) O sindicato dos distribuidores de medicamentos e o sindicato dos empregados que fazem a 
captação de lixo. 
B) O sindicato dos gráficos e o sindicato dos professores. 
C) O sindicato dos empregados que fazem a captação de lixo e o sindicato dos professores. 
D) O sindicato dos gráficos, o sindicato dos distribuidores de medicamentos, o sindicato dos 
professores e o sindicato dos empregados que fazem a captação de lixo. 
 
76) Após sofrer fiscalização de auditores-fiscais do trabalho, que detectaram que 3 
trabalhadores de um grande comércio localizado em Juiz de Fora/MG estavam trabalhando 
oficiosamente sem a CTPS assinada, a sociedade empresária foi multada em R$ 9.000,00. 
Recebido o auto de infração, a sociedade empresária dele recorreu administrativamente no 
prazo legal. Ocorre que, no decorrer do processo administrativo, a sociedade empresária 
renunciou ao recurso, pois reconheceu que de fato estava errada, tanto assim que assinou a 
carteira profissional dos trabalhadores que estavam em situação irregular. 
Diante dos fatos narrados e da disposição da CLT, assinale a afirmativa correta. 
A) Ao reconhecer que estava errada por meio da renúncia ao recurso, a sociedade empresária 
fica isenta da multa administrativa. 
B) Uma vez que o ilícito aconteceu, a sociedade empresária terá de pagar integralmente a multa, 
mas poderá parcelá-la em até 180 meses. 
C) A sociedade empresária terá redução de 50% no valor da multa administrativa se fizer o 
recolhimento em 10 dias do recebimento da notificação ou da publicação do edital. 
D) Não haverá qualquer alteração na situação de fato, porque, uma vez que recorreu da multa 
no âmbito administrativo, não cabe renúncia, que é exclusivo da esfera judicial. 
 
77) Ronaldo trabalha em uma sociedade empresária localizada em Belo Horizonte/MG, mas 
submeteu-se a um processo seletivo para outra empresa, localizada em Uberlândia. Ele foi 
aprovado e teve a promessa de iniciar no novo emprego em 45 dias. 
Em razão disso, Ronaldo pediu demissão do seu emprego atual, afirmando que cumpriria o aviso 
prévio com trabalho, requerendo o cumprimento da jornada integral e ausência nos últimos 7 
dias. A empresa não concordou com isso. 
Diante dos fatos narrados e da previsão contida na CLT, assinale a afirmativa correta. 
A) Ronaldo teria que cumprir o aviso prévio com redução de 2 horas diárias, não sendo viável a 
redução do número de dias. 
B) Ronaldo não poderia trabalhar durante o aviso prévio e seu valor deve ser descontado dos 
haveres resilitórios. 
C) Errado o empregado, porque não haverá qualquer redução na sua jornada de trabalho 
durante o aviso prévio. 
D) Plenamente viável a pretensão de Ronaldo de cumprir a jornada integral e faltar 7 dias 
corridos, sendo direito potestativo dele. 
 
78) Larissa iniciou seu trabalho num banco como assistente administrativa em junho de 2018, 
recebendo salário e vantagens como ticket-refeição e plano de saúde. Após 2 anos, Larissa foi 
promovida ao cargo de gerente, passando a receber gratificação de função em seu 
contracheque. Em 2022, o empregador reverteu Larissa para o cargo de origem, retirando a 
gratificação de função e o plano de saúde que até então era disponibilizado. 
Considerando esses fatos e o que dispõe a CLT, assinale a afirmativa correta. 
A) Impossível reverter a empregada para o cargo anterior, suprimir a gratificação de função e 
retirar o plano de saúde. 
B) É possível a reversão o cargo de origem, mas não a retirada da gratificação de função porque 
recebida há mais de 1 ano. 
C) É possível a supressão do plano de saúde, mas reverter para o cargo anterior é rebaixamento, 
sendo alteração ilícita. 
D) A reversão para o cargo de origem com a retirada da gratificação de função é válida, mas a 
supressão do plano de saúde, não.

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