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LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS PROVA DE CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS SIMULADO ENEM 1 Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões numeradas de 1 a 90, dispostas da seguinte maneira: a. as questões de número 1 a 45 são relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias; b. as questões de número 46 a 90 são relativas à área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias. 2 Verifi que, no CARTÃO-RESPOSTA, se os dados estão registrados corretamente. Caso haja alguma divergência, comunique-a imediatamente ao aplicador da sala. 3 Após a conferência, escreva e assine seu nome nos espaços próprios do CARTÃO-RESPOSTA com caneta esferográfi ca de tinta preta. 4 Não dobre, não amasse nem rasure o CARTÃO-RESPOSTA. Ele não poderá ser substituído. 5 Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções, identifi cadas com as letras A , B , C , D e E . Apenas uma responde corretamente à questão. 6 No CARTÃO-RESPOSTA, marque, para cada questão, a letra correspondente à opção escolhida para a resposta, preenchendo todo o espaço compreendido no círculo, com caneta esferográfi ca de tinta preta. Você deve, portanto, assinalar apenas uma opção em cada questão. A marcação em mais de uma opção anula a questão, mesmo que uma das respostas esteja correta. 7 O tempo disponível para estas provas é de quatro horas e trinta minutos. 8 Reserve os 30 minutos fi nais para marcar no seu CARTÃO- -RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação. 9 Quando terminar as provas, entregue ao aplicador o CARTÃO- -RESPOSTA. 10 Você somente poderá deixar o local de prova após decorridas duas horas do início da sua aplicação. 11 Você será excluído do exame caso: a. utilize, durante a realização da prova, máquinas e/ou relógios de calcular, bem como rádios, gravadores, fones de ouvido, telefones celulares ou fontes de consulta de qualquer espécie; b. se ausente da sala de provas levando consigo o CADERNO DE QUESTÕES e/ou o CARTÃO- -RESPOSTA antes do prazo estabelecido; c. aja com incorreção ou descortesia para com qualquer participante do processo de aplicação das provas; d. se comunique com outro participante, verbalmente, por escrito ou por qualquer outra forma; e. apresente dado(s) falso(s) na sua identifi cação pessoal. 2015 1o DIA Instituição de ensino: Aluno: 19 99 44 86 CHT - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 2 CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS Questões de 1 a 45 QUESTÃO 1 Sobre o percurso entre o porto de Santos e o planalto paulista, o imigrante suíço Thomas Davatz escreveu: “As estradas do Brasil, salvo em alguns trechos, são péssimas. Em quase toda parte, falta qualquer espécie de calçamento ou mesmo de saibro. Constam apenas de terra simples, sem nenhum benefício. É fácil prever que nessas estradas não se encontram estalagens e hospedarias como as da Europa. Nas cidades maio- res, o viajante pode naturalmente encontrar aposento sofrível; nunca, porém, qualquer coisa de comparável à comodidade que proporciona na Europa qualquer estalagem rural. Tais cidades são, porém, muito poucas na distância que vai de Santos a Ibicaba e que se percorre em cinquenta horas no mínimo”. “Em 1867 foi inaugurada a ferrovia ligando Santos a Jundiaí, o que abreviou o tempo de viagem entre o litoral e o planalto para menos de um dia. Nos anos seguintes, foram construídos outros ramais ferroviários que articularam o interior cafeeiro ao porto de exportação, Santos.” DAVATZ, T. Memórias de um colono no Brasil. São Paulo: Livraria Martins, 1991. p. 132. A relação entre a rede ferroviária e os projetos de colonização com mão de obra imigrante na segunda metade do século XIX foi importante porque A o escoamento da produção de café foi incrementado pelos aportes de capital, principalmente de colonos italianos, que desejavam melhorar sua situação econômica. B os fazendeiros puderam prescindir da mão de obra europeia e contrataram trabalhadores brasileiros provenientes de outras regiões. C as notícias de terras acessíveis atraíram para São Paulo grande quantidade de imigrantes, que adquiriram vastas propriedades produtivas. D antes das ferrovias, o percurso dos imigrantes até o interior era feito a pé ou em muares; no entanto, o tempo de viagem era aceitável, uma vez que o café era plantado nas proximidades da capital paulista. E a expansão da malha ferroviária pelo interior de São Paulo permitiu que a mão de obra estrangeira fosse contratada para trabalhar em cafezais de regiões cada vez mais distantes do porto de Santos. QUESTÃO 2 Eu sei separar bem esse negócio. Por exemplo, se a gente tá conversando nós aqui, eu sou o que eu sou e pronto. Agora, se eu tô conversando em um outro lugar, no trabalho, por exemplo, eu mudo a minha linguagem, eu já coloco uma coisa mais séria, porque se eu chego falando gíria, eles vão perder o tranco. En- tão eu sei me manter no meu lugar para conseguir as coisas… Depoimento de Cristian, do grupo Processo Hip Hop. In: DAYRELL, Juarez. A música entra em cena: o rap e o funk na socialização da juventude em Belo Horizonte. Disponível em: <http://observatoriodajuventude.ufmg.br/publication/a-musica-entra-em- cena-o-rap-e-o-funk-na-socializacao-da-juventude-em-belo-horizonte/wppa_open/>. Acesso em: 15 ago. 2015. A ideia expressa no depoimento anterior e a definição: “meio pelo qual indivíduos se integram a sistemas e grupos sociais” correspondem ao conceito de A socialização, que propicia o aprendizado de valores, costumes e hábitos. B relação social, que é a lista dos indivíduos com os quais uma pessoa se relaciona socialmente. C estrutura social, que são os padrões encontrados nas relações interpessoais. D papel social, que corresponde aos documentos legais que identificam um cidadão. E grupos sociais, que são objeto de estudo da macrossociologia. QUESTÃO 3 A capacidade de receber representações, graças à maneira como somos afetados pelos objetos, denomina-se sensibilida- de. Por intermédio da sensibilidade são-nos dados objetos e só ela nos fornece intuições; mas é o entendimento que pensa esses objetos e é dele que provêm os conceitos. Contudo, o pensamento tem sempre que referir-se a intuições. KANT, Immanuel. Crítica da razão pura. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2008. p. 61. [Adaptado]. Segundo Kant, o processo que permite ao ser humano conhecer A decorre da atividade lógico-racional. B é guiado pelos ensinamentos divinos. C inicia-se com a experiência empírica. D resulta de pressentimentos do futuro. E subordina-se à criatividade do sujeito. QUESTÃO 4 […] não somos índios nem europeus, mas uma espécie intermediária entre os legítimos proprietários do continente e os usurpadores espanhóis: em suma, sendo americanos por nascimento e nossos direitos os da Europa, temos de disputar estes aos do país e mantermo-nos nele contra a invasão dos invasores – encontramo-nos, assim, na situação mais extraor- dinária e complicada. BOLÍVAR, Simón. Carta da Jamaica. In: _______. Escritos políticos. Campinas: Editora da Unicamp, 1992. p. 61. (Coleção Repertórios). No texto, o autor refere-se à situação ambígua dos A chapetones, espanhóis que lideraram o processo de inde- pendência da América espanhola. B portugueses, que ocuparam regiões da América espanhola no processo de interiorização da colonização do Brasil durante o ciclo do ouro, entre os séculos XVIII e XIX. C criollos, formados na tradição europeia, mas identificados com o novo continente. D negros escravos, que perderam seus laços culturais com a África. E nativos libertos nascidos na América, divididos entre diferentes tradições culturais. CHT - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 3 QUESTÃO 5 Permanecendo em grau inferior da humanidade, moralmen- te, ainda na infância, a civilização não o altera, nenhum exemplo o excitae nada o impulsiona para um nobre desenvolvimento progressivo […]. Esse estranho e inexplicável estado do indí- gena americano, até o presente, tem feito fracassarem todas as tentativas para conciliá-lo inteiramente com a Europa vencedora e torná-lo um cidadão satisfeito e feliz. MARTIUS, Carl von. O estado do direito entre os autóctones do Brasil. Belo Horizonte/ São Paulo: Itatiaia/ Edusp, 1982. p. 138. Com base na leitura do texto, podemos concluir que o natu- ralista alemão Carl von Martius, em viagem ao Brasil no início do século XIX, A justificava o genocídio das populações nativas americanas pelo conceito de “guerra justa”. B defendia uma posição libertária para os nativos, preservando a cultura dos ameríndios. C tentava impedir o processo de aculturação, ao descrever cien- tificamente a cultura das populações originárias da América. D desprezava os patrimônios étnicos e culturais das sociedades nativas americanas, reforçando a importância da sociedade “civilizadora europeia”, o que alimentou ações imperialistas no século XIX. E defendia o processo de independência na América, acreditando que os índios, diferentemente do que fazia a missão europeia, respeitavam a flora e a fauna do país. QUESTÃO 6 […] cabanas ou pequenas moradias espalhadas em grande número, nas quais residem os trabalhadores empregados, cujas mulheres e filhos estão sempre ocupados, cardando, fiando etc., de forma que, não havendo desempregados, todos podem ganhar seu pão, desde o mais novo ao mais velho. DEFOE, Daniel. Viagem por toda a ilha da Grã-Bretanha, 1724. In: HUBERMAN, Léo. História da riqueza do homem. Rio de Janeiro: Zahar, 1962. p. 131. O trecho acima descreve o sistema de trabalho A domiciliar, anterior à Revolução Industrial, quando todos os membros da família trabalhavam no ambiente doméstico e por tarefa. B nas oficinas de manufatura durante a Idade Moderna, quando já existia uma divisão do trabalho em etapas. C nas corporações de ofício, típicas da Baixa Idade Média, quan- do os trabalhadores tinham o controle dos meios de produção. D de cogestão, característico do Socialismo soviético nos pri- meiros anos da Revolução Russa, quando a produção era controlada pelos próprios operários. E “fordista”, no contexto da segunda fase da Revolução Indus- trial, quando a produção fabril era realizada com base na linha de montagem. QUESTÃO 7 Coroação de Carlos Magno como imperador do Sacro Império Romano-Germânico, em dezembro de 800 d.C., pelo papa Leão III. Nascida nos quadros do Império Romano, a Igreja ia aos poucos preenchendo os vazios deixados por ele até, em fins do século IV, identificar-se com o Estado, quando o cristianismo foi reconhecido como religião oficial. […] Estreitavam-se, portanto, as relações Estado-Igreja. […] No Império Carolíngio, a aliança entre os reis e a Igreja foi fundamental para a consolidação de ambos os poderes e, por vezes, a Igreja assumia funções que hoje consideramos ser do Estado e este por sua vez interferia nos assuntos religiosos. FRANCO JÚNIOR, Hilário. A Idade Média: nascimento do Ocidente. São Paulo: Brasiliense, 2001. p. 67. A leitura da imagem e do texto acima permite afirmar que A a relação entre Igreja e Estado foi sempre harmoniosa, visto que a Igreja assumia apenas funções religiosas. B a relação entre Igreja e Estado foi por vezes litigiosa, uma vez que ambos assumiam e disputavam funções políticas e religiosas. C não existia interferência da Igreja em questões políticas, tam- pouco interferência do Estado em questões religiosas. D a Igreja permaneceu divorciada do Estado, contrastando-se com o relacionamento que ambos mantinham na Antiguidade Clássica. E o Estado sempre foi soberano em relação à Igreja, chegan- do a criar verdadeiras igrejas nacionais, como a Anglicana, na Inglaterra. QUESTÃO 8 O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) diz ter encontra- do 130 trabalhadores no norte do Piauí em situações degradan- tes e parecidas com escravidão. Eles dormiam em redes junto a porcos em alojamentos de fazendas que produzem carnaúba em dez cidades do Piauí. B rid ge m an ar t/K ey st on e CHT - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 4 A carnaúba é uma árvore cuja cera é usada na confec- ção de produtos industrializados, como cosméticos, alimentos e remédios. GAMA, Aliny. Vítimas de trabalho escravo no Piauí dormiam com porcos, diz Ministério. UOL Economia. Disponível em: <http://economia.uol.com.br/empregos-e-carreiras/noticias/ redacao/2015/07/28/vitimas-de-trabalho-escravo-no-piaui-dormiam-com-porcos-diz-mpt. htm#fotoNav=10>. Acesso em: 10 ago. 2015. A notícia apresenta uma ocorrência de trabalho análoga ao trabalho escravo. Infelizmente, essa não é uma notícia incomum nesse tipo de atividade, que está relacionada com A a produção agrícola piauiense. B a falta de trabalhadores qualificados. C a mão de obra industrial do Piauí. D a agropecuária local. E o extrativismo vegetal. QUESTÃO 9 O casal Kristen Stewart e Robert Pattinson chamou bastante atenção no tapete vermelho. Eles são concorrentes na corrida pela Palma de Ouro (Kristen está no elenco de Na Estrada, enquanto Pattinson é o protagonista de Cosmópolis), mas isso não fez com que deixassem de protagonizar cenas de beijos em um bar. A atriz, que normalmente se veste de maneira mais discreta, também atraiu os flashes quando passou pelo tapete vermelho de Cosmópolis com um decotado vestido vermelho. Cannes fecha 65a edição com forte presença de brasileiros. Terra, São Paulo, 27 maio 2012. Disponível em: <http://diversao.terra.com.br/cannes-fecha-65-edicao-com-forte-presenca- de-brasileiros,abcce95967d4b310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html>. Acesso em: 28 jul. 2015. [Adaptado]. De acordo com a teoria dos juízos de Kant, a proposição “O vestido de Kristen Stewart é vermelho” é um juízo A analítico a priori, já que o conceito de vestido contém o de vermelho. B relativo, em função do fato de que a cor varia segundo a interpretação. C sintético a posteriori, visto que é obtido após se observar o vestido. D sintético a priori, pois o vermelho é uma categoria do entendimento. E verdadeiro, porque a cor é a mesma em todos os mundos possíveis. QUESTÃO 10 As autoridades dos Estados Unidos formalizaram o pedido de extradição do ex-presidente da CBF José Maria Marin e dos outros seis cartolas presos na Suíça desde o dia 27 de maio. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (2) pelo gover- no suíço. A embaixada americana em Berna enviou o pedido nesta quarta (1o), dois dias antes do prazo final para que ofi- cializasse a solicitação de transferência dos presos. COLON, Leandro. EUA pedem extradição de Marin e outros seis cartolas presos na Suíça. Folha de S.Paulo, São Paulo, 2 jul. 2015. Disponível em: <www1.folha.uol.com.br/ esporte/2015/07/1650603-eua-pedem-extradicao-de-marin-e-outros-seis-cartolas-presos-na- suica.shtml>. Acesso em: 14 ago. 2015. O fato apontado na notícia relaciona-se à (a) A escolha da sede da Copa do Mundo de futebol de 2014. B investigação sobre a manipulação de resultados de partidas de futebol. C lavagem de dinheiro praticada por patrocinadores da Fifa. D ações de dirigentes que prejudicaram os Estados Unidos na Copa de 2014. E investigação sobre esquemas de corrupção na entidade que comanda o futebol mundial. QUESTÃO 11 Todas as metáforas usadas até então para explicar o lento avanço da negociação nuclear entre o Irã e o Grupo 5+1 (Es- tados Unidos, China, Reino Unido, França, Rússia, mais Ale- manha) se transformaram neste domingo (5) em uma única e clara mensagem: é agora ou nunca. KUHS, Jordi; SOLÍS, Antonio Sánchez. Irã e Grupo 5+1 chegam ao “agora ou nunca” em negociação sobre acordo nuclear. UOL Notícias, Viena, 5 jul. 2015. Disponível em: <http:// noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2015/07/05/ira-e-grupo-51-chegam-ao-agora-ou- nunca-em-negociacao-sobre-acordo-nuclear.htm>.Acesso em: 14 ago. 2015. As negociações entre o Irã e o grupo de países apontado na notícia tem como um de seus objetivos A encerrar os ataques nucleares dos Estados Unidos ao país árabe. B deter o desenvolvimento de milícias iranianas que utilizam tecnologia nuclear. C buscar um consenso quanto ao programa nuclear do governo iraniano. D negociar os preços cobrados pelo Irã para o fornecimento de urânio aos demais países. E tornar o Irã um dos países que receberá os resíduos nucleares da Europa. QUESTÃO 12 O dramaturgo inglês David Hare é autor, entre outras, da peça The Absence of War [Ausência de guerra], que se tornou um clássico sobre as relações de poder no mundo contemporâ- neo. Leia sua declaração sobre o papel dos partidos no jogo político atual. A política ficou cada vez mais artificial. […] Não é surpresa que o eleitorado esteja cada vez mais afastado, porque sabe que não estão falando a verdade sobre coisa nenhuma. […] Não acredito que haja desprezo pela democracia aqui [no Brasil], mas há uma sensação de que os políticos não re- presentam mais a democracia. SÁ, Nelson de. “Políticos não representam mais democracia”, diz autor David Hare. Folha de S.Paulo, São Paulo, 5 maio 2015. Disponível em: <www1.folha.uol.com.br/ ilustrada/2015/05/1624622-politicos-nao-representam-mais-democracia-diz-autor-david- hare.shtml>. Acesso em: 15 ago. 2015. Os problemas que David Hare detecta na política contempo- rânea A originam-se da ausência de separação entre os poderes Legis- lativo, Executivo e Judiciário, como idealizou Montesquieu. B são causados pelo baixo número de eleições, realizadas em intervalos maiores do que exige a boa democracia. CHT - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 5 C devem-se à crise de representatividade dos partidos políticos, que, ao lado das eleições, são os esteios da democracia moderna. D têm sua raiz na indefinição dos teóricos políticos sobre os limites entre a direita e a esquerda, após a queda do Muro de Berlim. E devem-se ao tipo de democracia vigente na maioria dos países do Ocidente, que é direta e deveria ser representativa. QUESTÃO 13 A análise exposta pelo autor da charge se relaciona à (ao) A discussão no Congresso sobre a redução da maioridade penal. B aumento da participação de crianças em roubos. C idade para entrada de novos agentes na Polícia Federal. D grande violência sofrida pelos jovens brasileiros. E ineficiência das políticas de proteção aos jovens no Brasil. QUESTÃO 14 Jason Schatz e Christopher Kucharik do Instituto Nelson buscavam um conjunto de dados que refletisse com precisão como as temperaturas variavam em Madison a nível de bairros. Para isso, eles instalaram 151 sensores de temperatura em postes telefônicos em áreas com densidades variáveis de edi- fícios. Cada sensor fez medições de 15 em 15 minutos durante um ano e meio, entre março de 2012 e outubro de 2013. HEIKKINEN, Niina; CLIMATEWIRE. O fenômeno da ilha de calor urbana. Scientific American Brasil. Disponível em: <www2.uol.com.br/sciam/noticias/o_fenomeno_da_ilha_ de_calor_urbana.html>. Acesso em: 13 ago. 2015. Para comprovar a existência de ilhas de calor no local mencio- nado na notícia, os termômetros devem apontar A altas temperaturas em toda a área monitorada. B elevadas precipitações em áreas rurais. C resfriamento das áreas mais urbanizadas. D mesma temperatura em bairros urbanos e rurais. E temperaturas mais altas em locais com maior densidade de edifícios. QUESTÃO 15 Esse processo, chamado de gentrificação, ultrapassa a prá- tica positiva da revitalização. Disfarçado de desenvolvimento e muitas vezes confundido com progresso, funciona como uma espécie de filtragem social por meio das leis de mercado. Pode afetar todo mundo: você, o vizinho, o dono do mercadinho e até o empresário bem-sucedido, mas, se há um alvo certeiro, são as classes de renda mais baixa. É o que faz com que os reparos realizados naquele bairro não sejam destinados aos que ali habitam e sim àqueles que ainda virão. Apontar um culpado para esse processo não é tão sim- ples. Pode ser a revitalização de uma praça, um novo comércio ou espaço artístico, um prédio recém-construído, um serviço público disponibilizado. A discussão persiste há décadas no mundo inteiro, mas ganhou novo fôlego por aqui depois que o país passou a sediar grandes festivais de música, uma Copa do Mundo e se prepara para as Olimpíadas de 2016 […]. TRAMONTINA, Mariana. Não é para você. TAB UOL. Disponível em: <http://tab.uol.com.br/gentrificacao>. Acesso em: 13 ago. 2015. Melhorias em determinadas áreas urbanas e o recebimento de grandes eventos são apontados pelo texto como indutores de A desenvolvimento de áreas que não integravam a mancha urbana. B migração de populações rurais para grandes cidades. C processos de zoneamento para as áreas urbanas. D elevação da renda dos moradores dessas áreas. E exclusão de pessoas com rendas mais baixas. QUESTÃO 16 Brasil: produção de soja e milho (1970-2008) Ano Soja Milho 1970 1 893 199 13 123 657 1975 8 737 840 14 596 107 1980 13 769 119 15 932 790 1985 16 730 076 17 774 394 1990 19 897 804 21 347 774 1995 21 563 770 25 510 506 2000 32 820 826 32 321 000 2005 51 182 074 35 113 312 2008 59 242 480 50 745 996 MATOS, Patrícia Francisca; PESSÔA, Vera Lúcia Salazar. A modernização da agricultura no Brasil e novos usos do território. Geo UERJ, Ano 13, n. 22, v. 2. Disponível em: <www.e- publicacoes.uerj.br/index.php/geouerj/article/download/2456/1730>. Acesso em: 25 ago. 2015. Os dados apresentados na tabela podem ser relacionados com A o fim da fome no Brasil. B o incentivo à policultura. C o crescimento da pequena produção. D a modernização agrícola nacional. E a atuação de órgãos supranacionais. Je an G al vã o CHT - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 6 QUESTÃO 17 As alterações nas formas de exploração feudal sobrevindas no final da época medieval estavam, naturalmente, longe de serem insignificantes. Na verdade, foram precisamente essas mudanças que modificaram as formas do Estado. Essencial- mente, o absolutismo era apenas isto: um aparelho de domi- nação feudal recolocado e reforçado, destinado a sujeitar as massas camponesas à sua posição social tradicional […]. Em outras palavras, o Estado absolutista nunca foi um árbitro entre a aristocracia e a burguesia, e menos ainda um instrumento da burguesia nascente contra a aristocracia: ele era a nova carapaça política de uma nobreza atemorizada. ANDERSON, Perry. Linhagens do Estado absolutista. São Paulo: Brasiliense, 2004. p. 18. Para Perry Anderson, o Estado absolutista A conciliou a preservação da propriedade feudal com os inte- resses dos camponeses, eliminando resquícios servis, como a corveia e a talha. Ao mesmo tempo, cedeu espaço político para a burguesia mercantil, por meio de distribuição de cargos públicos e participação no Exército. B era politicamente frágil, mas oferecia segurança para a bur- guesia, com a padronização de moedas e leis, ao mesmo tem- po em que submetia a nobreza com a cobrança de pesados impostos. C aliou-se à burguesia que o favorecia, pagando pesados im- postos, e deu proteção aos camponeses, ainda submetidos a obrigações tipicamente feudais, como corveia, talha e ba- nalidades. D protegeu a nobreza, garantindo o seu domínio político e econômico diante dos camponeses, e aproximou-se da bur- guesia mercantil e manufatureira, favorecendo-a economica- mente, apesar de mantê-la afastada do poder político. E desprezou tanto a aristocracia como os camponeses, que, diante dessa realidade, aliaram-se à burguesia, que se pro- jetava economicamente por meio do comércio monetário e de práticas bancárias de agiotagem, visando obter poder político. QUESTÃO 18 Depois da colonização grega do século VIII a.C., a riqueza fundiária não mais representou a única riqueza possível. Nin- guém mais podia subestimar a riquezamobiliária. Ora, com maior frequência, esta não chegou às mãos dos nobres, afas- tados pelos velhos preconceitos das atividades comerciais e industriais. A classe dirigente teve de contar com as reivindica- ções dos novos-ricos encorajados pelos seus êxitos materiais e que também desejavam participar dos negócios da cidade. AYMARD, André; AUBOYER, Jeannine. O Oriente e a Grécia antiga. In: CROUZET, Maurice (Org.). História geral das civilizações. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2008. v. 2. p. 241. O texto faz referência a um dos fatores responsáveis pela A queda da Monarquia e implantação da República. B criação do tribunato da plebe. C guerra contra os persas. D decadência ateniense no período arcaico. E crise do regime aristocrático nas cidades gregas. QUESTÃO 19 Nos territórios ocupados, o regime era de total repressão aos palestinos, a quem eram negados todos os direitos de expressão e organização política. Proibiu-se o funcionamento de organizações de ajuda mútua, conselhos de estudantes, sindicatos e mesmo as cortes religiosas muçulmanas (charia) perderam sua legitimidade e direito de operação. Os israelen- ses controlavam a distribuição de água aos palestinos, que eram obrigados a racionar, enquanto a maior parte da água era canalizada para os assentamentos que começavam a ser construídos ilegalmente nos territórios ocupados, e para abas- tecer Israel propriamente (atualmente, cerca de um terço da água consumida em Israel é proveniente da Cisjordânia, o que deixa os palestinos dessa região praticamente sem acesso à água potável). As violações de direitos humanos logo chegaram aos deba- tes da ONU. Em agosto de 1967, a Assembleia Geral endossou a Resolução 237 do Conselho de Segurança, exigindo que Israel permitisse o retorno dos refugiados e que observasse as convenções internacionais que regulam tratamento de civis em tempo de guerra. Em 1968 a Assembleia Geral reafirmou o direito de retorno dos refugiados a suas casas, e estabele- ceu o Comitê Especial para Investigar as Práticas israelenses Afetando os Direitos Humanos da População dos Territórios Ocupados – cujos membros, apesar de serem impedidos por Israel de entrar nas áreas ocupadas, relataram, com base em diversas fontes de evidência, as frequentes violações de direi- tos humanos por parte de Israel. Desde então, a Assembleia Geral vem repetidamente aprovando resoluções criticando as ações israelenses nos territórios ocupados – como por exemplo a Resolução 3291-C, de dezembro de 1977, que enumera os crimes comprovados de Israel nos territórios ocupados, prá- ticas que repetem o padrão estabelecido na ocupação e que se mantém até hoje. GATTAZ, André. A Guerra da Palestina: da criação do Estado de Israel à nova intifada. São Paulo: Usina do Livro, 2002. p. 150-2. A análise do texto acima permite afirmar que A a política do Estado de Israel nos territórios ocupados tem sido pautada por medidas democráticas, garantindo os direitos humanos mais elementares para o povo palestino. B Israel tem seguidamente desrespeitado as resoluções da ONU, dificultando a autodeterminação do povo palestino em um Es- tado nacional livre e soberano. C a distribuição de água pelo Estado de Israel tem sido equânime entre a população árabe dos territórios ocupados e os assen- tamentos de colonos judeus na Cisjordânia. CHT - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 7 D Israel tem respeitado as resoluções da ONU, o que vai ao encontro da luta do povo palestino por sua autodeterminação em um Estado nacional livre e soberano. E as resoluções da ONU não têm assumido uma posição clara no sentido de condenar a violação dos direitos humanos do povo palestino pelo Estado de Israel. QUESTÃO 20 Diz-se geralmente que a negra corrompeu a vida sexual da sociedade brasileira […]. É um absurdo responsabilizar-se o negro pelo que não foi obra sua […], mas do sistema social e econômico em que funcionaram passiva e mecanicamente. Não há escravidão sem depravação sexual. É a essência mesma do regime. […] Não era o negro […] o libertino: mas o escravo a serviço do poder econômico e da ociosidade voluptuosa dos senhores. Não era a “raça inferior” a fonte da corrupção, mas o abuso de uma raça por outra. FREYRE, Gilberto. Casa-grande & senzala. Rio de Janeiro: Record, 2001. p. 375. Com base na leitura do texto, pode-se afirmar que a decadência moral da sociedade açucareira do Brasil colonial refletia A a própria complexidade étnica da sociedade colonial, que miscigenou povos de culturas muito distintas. B o comportamento imoral inerente ao ser humano, independen- temente de sua origem étnica ou religiosa. C as relações sociais e econômicas típicas do engenho açuca- reiro, representadas pelo latifúndio monocultor escravista. D a conivência da Igreja Católica com a escravidão do africano. E a superioridade cultural do colonizador, não afeito aos valores morais de nativos e africanos. QUESTÃO 21 As crianças que visitaram o cemitério Primaveras, em Guarulhos (Grande SP), puderam participar de uma oficina de desenhos e cartas no Dia de Finados. A atividade seguiu um exemplo do filme Marley e eu, se- gundo a psicóloga Lélia Faleiros, especialista em luto infantil. A oficina foi pensada para garantir às crianças uma forma de abordar a morte, segundo a psicóloga. “Emoção que não tem expressão vira depressão”, afirma. As crianças assistiram a trechos do filme antes de desenhar e escrever. A ideia era que elas pudessem oferecer o material produzido da mesma forma que os adultos depositam flores em jazigos. SOLANO, Pablo. Atividades em cemitério ajudam as crianças a lidar com a perda de parentes. Folha de S.Paulo, São Paulo, 3 nov. 2009. Disponível em: <www1.folha.uol.com. br/fsp/cotidian/ff0311200908.htm>. Acesso em: 15 ago. 2015. Os pressupostos que embasam as atividades propostas às crianças, que coincidem com a abordagem da Sociologia sobre a morte, consideram esse fenômeno A um tabu, sobre o qual não adianta debater, pois ele é inevitável para todos os mortais. B um fato cuja discussão vem cada vez mais perdendo o inte- resse, por causa da longevidade e dos avanços da Medicina. C algo que deve ser vivenciado apenas formalmente, de acordo com os costumes da sociedade em que se vive. D um assunto que não diz respeito aos estudos sociológicos, que se ocupam apenas dos fenômenos da vida. E parte dos interesses antropológicos e sociológicos, pois é uma etapa da vida que ajuda a entender a sociedade. QUESTÃO 22 Observe exemplos de dois tipos de escala. 1000 m Escala II Escala I 1:25000 1000 2000 m500 0 Ao se construir um mapa digital, que pode ser ampliado ou reduzido pelo leitor, a escala mais indicada é a A I, porque o denominador apresenta um número maior do que os da escala II. B II, porque poderá acompanhar a redução ou ampliação do mapa, sem apresentar dados incorretos. C I, porque é um tipo de escala que pode ser utilizado em mapas de qualquer projeção. D II, porque não alterará nenhuma de suas medidas, mesmo com a ampliação ou diminuição do mapa. E I, porque somente escalas numéricas podem ser utilizadas em mapas digitais com pequenas distorções. CHT - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 8 QUESTÃO 23 Se há conceitos puros a priori, certamente que não podem conter nada de empírico; mas têm que ser condições puras a priori de uma experiência possível, base sobre a qual repousa a realidade objetiva. […] Um conceito que exprima, universal e suficientemente, a condição formal e objetiva da experiência, designar-se-ia por um conceito puro do entendimento. KANT, Immanuel. Crítica da razão pura. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2008. p. 130. [Adaptado]. De acordo com Kant, os conceitos puros a priori são A categorias dispostas de modo a estruturar o saber. B esquemas construídos segundo regras matemáticas. C ideias originadas do convívio com o mundo exterior. D opiniões oferecidas medianteargumentação racional. E noções obtidas por intermédio de termos científicos. QUESTÃO 24 DUKE. Telefonia móvel. Disponível em: <www.idadecerta.com.br/blog/?p=46518>. Acesso em: 25 ago. 2015. A charge aborda, de maneira satírica A os ruídos na comunicação entre um casal. B a pouca comunicação interpessoal atual. C a má qualidade da infraestrutura de telefonia móvel. D o alto valor cobrado pelos serviços de telefonia. E a pequena importância da telefonia para a comunicação. QUESTÃO 25 Passou do ponto. Disponível em: <www.relacoesdotrabalho.com.br/profiles/blogs/blog-rt-lanca-campanha-contra>. Acesso em: 25 ago. 2015. D uk e G al vã o CHT - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 9 Em um entendimento mais amplo, a charge contém A uma crítica às formas de controle nas relações de trabalho. B uma representação da baixa produtividade nacional. C uma indicação de trabalhadores ociosos em seus empregos. D uma desaprovação ao grande número de gestores em relação aos operários. E a necessidade dos trabalhadores fazerem horas extras. QUESTÃO 26 No litoral, o preço dos indígenas era bem menor que o dos escravos negros – o que interessava aos colonos menos abo- nados. O sistema de apresamento consistia em manter boas relações com uma tribo indígena e aproveitar seu estado de guerra quase permanente com seus adversários, para con- vencê-la a Ihes ceder os vencidos, os quais costumeiramente eram devorados em rituais antropofágicos. MESGRAVIS, Laima. De bandeirante a fazendeiro. In: PORTA, Paula (Org.). História da cidade de São Paulo: a cidade colonial, 1554-1822. São Paulo: Paz e Terra, 2004. v. 1. p. 117. A análise do texto permite afirmar que A o preço inferior de um escravo indígena em relação ao africano não foi um diferencial relevante para os colonizadores menos abastados investirem no apresamento de índios. B no processo de apresamento indígena, não se toleravam boas relações entre colonos e nativos. C para adquirir índios escravizados que haviam sido derrotados em conflitos entre tribos, os colonos mantinham boas relações com alguns grupos indígenas. D a antropofagia, exercida por algumas tribos indígenas, estava voltada apenas contra colonizadores que as ameaçavam. E a captura de índios pelos colonos visava abastecer a mão de obra na mineração. QUESTÃO 27 Zeus, temendo a destruição total de nossa espécie, enviou Hermes para dar aos homens as qualidades do respeito ao próximo, da vida pública e do senso de justiça, de modo a trazer a ordem a nossas cidades e criar laços de amizade e união. Hermes perguntou a Zeus de que forma devia distribuir estes dons entre os homens: – Devo distribuir estes dons de modo desigual, como nas artes? Devo distribuir a justiça e o respeito para alguns, ou para todos? – A todos – disse Zeus. – Deixe que todos tenham sua parte. Não poderá haver cidades se apenas uns poucos partilharem estas virtudes, como nas artes. PLATÃO. Protágoras. Lisboa: Relógio D’Água Editores, 1999. p. 322. Assinale a alternativa que melhor expressa a ideia de Platão a respeito da democracia ateniense descrita no texto. A Platão demonstra todo seu otimismo ao caráter universal da democracia ateniense na Grécia antiga. B Platão apresenta alguns dos princípios fundamentais para a vida política na Grécia antiga e critica o caráter limitado da democracia ateniense. C Platão demonstra todo o seu pessimismo diante do governo aristocrático que predominou em Atenas desde o século V a.C. D Só é possível compreender a crítica de Platão por meio da inevitável analogia entre o governo democrático de Atenas e o governo oligárquico de Esparta. E Na analogia entre o acesso à arte e à justiça no cotidiano citadino da Grécia antiga, Platão evoca o caráter ilimitado da democracia ateniense. QUESTÃO 28 A ameaça que degrada os solos e avança pelas terras se- cas do semiárido é a salinização. O resultado é devastador. A primeira impressão que a gente tem é que todo esse terreno foi coberto por uma fina camada de areia, mas olhando de perto, a gente observa que a mancha branca no chão é formada por uma concentração de sais. Esse processo de salinização acaba com a fertilidade do solo. Salinização de áreas irrigadas degrada terras do Nordeste. Jornal Nacional, 6 jul. 2013. Disponível em: <http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2013/07/salinizacao-de-areas- irrigadas-degrada-terras-do-nordeste.html>. Acesso em: 13 ago. 2015. Em um contexto de um campo destinado a atividades rurais, cuja precipitação é escassa e eventual, podemos atribuir o processo de salinização a A adoção de sal mineral na dieta bovina. B intensificação da precipitação. C irrigação de plantações com água salobra. D queda de temperatura repentina à noite. E plantação de gramíneas no solo. QUESTÃO 29 Metade das crianças e dos adolescentes de São Paulo gos- taria de deixar a capital para viver em outra cidade. Esse é o resultado de uma pesquisa relacionada à qualidade de vida de paulistanos entre 10 e 17 anos de idade, realizada pela Rede Nossa São Paulo e pelo Ibope Inteligência […]. Estadão Conteúdo, São Paulo, 23 jul. 2015. Disponível em: <http://noticias.uol.com.br/ ultimas-noticias/agencia-estado/2015/07/23/metade-dos-jovens-de-sao-paulo-gostaria-de- viver-em-outra-cidade.htm>. Acesso em: 13 ago. 2015. O anseio dos jovens moradores de São Paulo exposto no texto pode se relacionar com A a ampliação das áreas industriais nas metrópoles. B a tendência à desconcentração metropolitana. C o êxodo das áreas urbanas para as rurais. D a reprimarização da economia brasileira. E a criação de novos municípios no país. CHT - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 10 QUESTÃO 30 Desde as duas últimas décadas do século passado vimos assistindo a um conjunto de transformações na economia mun- dial, que vêm modificando não só as formas de produção e de trabalho, mas também as condições de sobrevivência da maior parte da população, as relações entre Estado e sociedade, as formas de sociabilidade. Por um lado, a crise do regime fordista de acumulação (ini- ciada a partir dos anos 70 pelo acirramento da competição capitalista) foi acompanhada por um conjunto significativo de transformações: a introdução de tecnologias flexíveis, volta- das a uma produção mais diferenciada; a expansão de novas formas de organização do trabalho mais afeitas à flexibilidade da produção; e a adoção de novas formas de organização industrial, baseadas em processos de enxugamento e terceiri- zação das empresas, voltadas seja para a produção mais ágil e diversificada, seja para a economia de capital imobilizado. Esse conjunto de transformações da estrutura produtiva deu origem a um novo modo de acumulação que vem sendo por muitos denominado de acumulação flexível. […] LEITE, Márcia de Paula e outros. A crise do trabalho e as experiências de geração de emprego e renda: as distintas faces do trabalho associado e a questão de gênero. Disponível em: <www.ifch.unicamp.br/gptrabalho/node/4/>. Acesso em: 27 ago. 2015. A “acumulação flexível” a que se referem os autores do artigo citado corresponde, no atual processo produtivo, à A capacidade de adaptação a tarefas repetitivas que o sistema de produção pós-toyotista requer do trabalhador. B exigência que o trabalhador desenvolva habilidades múlti- plas, que unam trabalho manual e intelectual, individual e em equipe. C disposição que se exige do trabalhador, após a crise do regime fordista, de possuir vínculo com mais de um empregador. D exigência da atual configuração do mercado do trabalho, que requer que os funcionários trabalhem e estudem simultanea- mente. E migração do mercado de mão de obra para o setor secundário, após o esgotamento da evolução tecnológica dos meios de produção. QUESTÃO 31 Para uma grande classe de casos – embora não para to- dos – do emprego da palavra “sentido” pode dar-se a seguinte explicação: o sentidode uma palavra é o seu uso na linguagem. WITTGENSTEIN, Ludwig. Investigações filosóficas. In: Tratado lógico-filosófico: Investigações filosóficas. 5. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2011. p. 207. Segundo a definição do filósofo austríaco, o significado da pa- lavra “companhia” em uma frase do tipo “Ele estava em minha companhia” pode ser compreendido A a partir de uma consulta ao dicionário. B conforme o contexto de enunciação. C de acordo com a entonação do falante. D dependendo da erudição do ouvinte. E segundo regras sintático-gramaticais. QUESTÃO 32 Se a rejeição da Metafísica por parte do Positivismo equiva- ler à negação da realidade transcendente, parece ser a conclu- são mais natural do mundo que ele só reconhece realidade ao ser não transcendente. Assim, o princípio básico do Positivismo parece rezar: “somente o dado é real”. SCHLICK, Moritz; CARNAP, Rudolf; POPPER, Karl. Positivismo e realismo. In: Coletânea de textos. São Paulo: Abril Cultural, 1975. v. 44, p. 47. (Os Pensadores). De acordo com o texto, a diferença fundamental entre Kant e os filósofos do Círculo de Viena é que, para os últimos, A a experiência é importante para o conhecimento. B a lógica é de utilidade às pesquisas científicas. C as proposições da Matemática são verdadeiras. D o juízo sintético a priori constitui o saber subjetivo. E os seres humanos são dotados de entendimento. QUESTÃO 33 IGUAL-DESIGUAL […] Todas as criações da natureza são iguais. Todas as ações, cruéis, piedosas ou indiferentes, são iguais. Contudo, o homem não é igual a nenhum outro homem, bicho ou coisa. Não é igual a nada. Todo ser humano é um estranho ímpar. ANDRADE, Carlos Drummond de. Igual-desigual. Disponível em: <http://drummond. memoriaviva.com.br/alguma-poesia/igual-desigual/>. Acesso em: 27 jul. 2015. Desde a Antiguidade, para filósofos como Platão, a desigual- dade resulta da natureza humana, que se refletirá na ordem social. Já o poeta Drummond vê os seres humanos como es- sencialmente desiguais. Para a Sociologia, o fenômeno da de- sigualdade social A decorre, segundo Karl Marx, do modo como se organizam as relações econômicas na sociedade, que, nas sociedades capitalistas, baseiam-se na divisão de classes. B é consequência de características próprias do ser humano, por isso a desigualdade existiu historicamente em todas as sociedades. C deriva da luta de classes, que, para Max Weber, é determinada por causas exclusivamente econômicas. D deriva da luta de classes, que, para Karl Marx, explica-se pelo status, prestígio e poder que um grupo tem nas relações sociais. E define-se pelo poder de consumo e, para eliminá-la, basta que todos tenham acesso aos mesmos bens de consumo. QUESTÃO 34 […] Essa ruptura começou em 1965, na Inglaterra, e ao lon- go dos anos foi virando lei. Em 2012, a União Europeia proibiu o uso de gaiolas convencionais para as galinhas que botam ovos. No ano seguinte, foi a vez de proibir o confinamento contínuo de porcas em gaiolas. Alguns estados dos EUA e países como Nova Zelândia, Austrália e Canadá possuem leis semelhantes. FERREIRA, Lillian. Revolução dos bichos. TAB UOL. Disponível em: <http://tab.uol.com.br/animal-comida>. Acesso em: 10 ago. 2015. CHT - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 11 As leis em relação ao tratamento de animais destinados à alimentação humana apresentadas na notícia A ocasionaram a falta desses produtos. B provocaram aumento no número de famintos. C resultaram no aumento de vegetarianos na Europa. D valorizaram a pequena produção. E afetaram a forma de produção desses alimentos em larga escala. QUESTÃO 35 O aumento dos custos tornou a atividade de fiação na China mais cara que nos EUA, diz Brian Hamilton, que fez doutorado na Faculdade de Têxteis da Universidade do Estado da Carolina do Norte e escreveu uma dissertação sobre a indústria têxtil mundial. Ele diz que, em 2003, produzir um quilo de fios têxteis nos EUA custava US$ 2,86, comparado com US$ 2,76 na China. Em 2010, no entanto, produzir um quilo de fios têxteis nos EUA custava US$ 3,45, comparado com um salto para US$ 4,13 na China. Os custos de produção dos EUA eram menores que os da Turquia, Coreia do Sul e Brasil. MCWHIRTER, Cameron; MCMAHON, Dinny. Aumento dos custos leva indústrias têxteis da Ásia a migrar para os EUA. The Wall Street Journal. Disponível em: <http://br.wsj.com/articles/SB10001424052702303290904579274832488044764>. Acesso em: 13 ago. 2015. As mudanças ocorridas na indústria têxtil e apontadas pelo texto podem apresentar como consequências A o maior desenvolvimento tecnológico de indústrias chinesas. B a transformação de países emergentes em desenvolvidos. C a mudança de localização de unidades de produção. D o aumento do poder de compra dos operários chineses. E a dependência de empresas norte-americanas da economia chinesa. QUESTÃO 36 Ao todo, serão investidos R$ 30,6 milhões, oriundos do Fundo da Amazônia – geridos pelo BNDES –, para garantir a perma- nência de 200 homens da Força Nacional em pontos estratégicos da Floresta Amazônica. RICHARD, Ivan. Agência Brasil. Disponível em: <www.agenciabrasil.ebc.com.br>. Acesso em: 14 ago. 2015. O investimento em questão pode possibilitar A o aumento do comércio regional. B o crescimento da industrialização na região. C a valorização da pequena produção agrícola regional. D a regulamentação da posse de terra na região. E a diminuição do desmatamento na região. QUESTÃO 37 A imagem abaixo retrata a evolução da mancha urbana na Região Metropolitana de São Paulo. EVOLUÇÃO DA MANCHA URBANA (1881-1995) 46º34’O 23º40’S 46º34’O 23º40’S 46º34’O 23º40’S 46º34’O 23º40’S 46º34’O 23º40’S 46º34’O 23º40’S 46º34’O 23º40’S 46º34’O 23º40’S 46º34’O 23º40’S 46º34’O 23º40’S 1881 1905 1914 1930 1952 1962 1972 1983 1995 N LO S 0 20 km N LO S 0 20 km N LO S 0 20 km N LO S 0 20 km N LO S 0 20 km N LO S 0 20 km N LO S 0 20 km N LO S 0 20 km N LO S 0 20 km Mancha urbana Hidrografia 46º34’O 23º40’S 46º34’O 23º40’S 46º34’O 23º40’S 46º34’O 23º40’S 46º34’O 23º40’S 46º34’O 23º40’S 46º34’O 23º40’S 46º34’O 23º40’S 46º34’O 23º40’S 46º34’O 23º40’S 1881 1905 1914 1930 1952 1962 1972 1983 1995 N LO S 0 20 km N LO S 0 20 km N LO S 0 20 km N LO S 0 20 km N LO S 0 20 km N LO S 0 20 km N LO S 0 20 km N LO S 0 20 km N LO S 0 20 km Mancha urbana Hidrografia 46º34’O 23º40’S 46º34’O 23º40’S 46º34’O 23º40’S 46º34’O 23º40’S 46º34’O 23º40’S 46º34’O 23º40’S 46º34’O 23º40’S 46º34’O 23º40’S 46º34’O 23º40’S 46º34’O 23º40’S 1881 1905 1914 1930 1952 1962 1972 1983 1995 N LO S 0 20 km N LO S 0 20 km N LO S 0 20 km N LO S 0 20 km N LO S 0 20 km N LO S 0 20 km N LO S 0 20 km N LO S 0 20 km N LO S 0 20 km Mancha urbana Hidrografia Fonte: Universidade de São Paulo (USP) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU). Disponível em: <www.fau.usp.br/docentes/depprojeto/c_deak/CD/5bd/1rmsp/m02-evol/index.html>. Acesso em: 13 ago. 2015. A evolução da mancha urbana mostrada acima teve como uma de suas consequências A a ocorrência de movimentos pendulares mais longos. B a valorização das propriedades rurais. C o aumento do número de filhos por mulher. D a redução da densidade demográfica. E a melhoria das condições de vida nas áreas periféricas. CHT - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 12 QUESTÃO 38 A palavra revolução tem sido empregada de modo a provo- car confusões. Por exemplo, quando se fala de “revolução insti- tucional”, com referência ao golpe de Estado de 1964. É patente que aí se pretendia acobertar o que ocorreu de fato, o uso da violência militar para impedir a continuidade da revolução de- mocrática (a palavra correta seria contrarrevolução: mas quais são os contrarrevolucionários que gostam de ver-se na própria pele?). Além disso, a palavra “revolução” encontra empregoscorrentes para designar alteração e contínuas ou súbitas que ocorrem na natureza ou na cultura (coisas que devemos deixar de lado e que os dicionários registram satisfatoriamente). No essencial, porém, há pouca confusão quanto ao seu significado central: mesmo na linguagem de senso comum sabe-se que a palavra se aplica para designar mudanças drásticas e violentas da estrutura da sociedade. Daí o contraste frequente de “mu- dança gradual” e “mudança revolucionária”, que sublinha o teor da revolução como uma mudança que “mexe nas estruturas”, que subverte a ordem social imperante na sociedade. FERNANDES, Florestan. O que é revolução. São Paulo: Brasiliense, 1987. p. 8. Segundo o texto, A o termo revolução pode ser aplicado ao golpe de Estado ocor- rido no Brasil em 1964. B o termo revolução é mais apropriado às mudanças graduais, responsáveis por subverterem a ordem social e política. C “mudança gradual” tem o mesmo significado de “mudança revolucionária”, pois ambas subvertem a estrutura social e política. D o golpe de Estado em 1964 no Brasil pode ser considerado uma contrarrevolução, uma vez que rompeu o prosseguimento de uma revolução democrática. E o termo revolução pode ser utilizado apenas para designar mudanças abruptas que ocorrem na esfera política. QUESTÃO 39 A palavra “servo” vem de servus (latim), que significa “es- cravo”. No período medieval, esse termo adquiriu um novo sentido, passando a designar a categoria social dos homens não livres, ou seja, dependentes de um senhor. […] A condição servil era marcada por um conjunto de direitos senhoriais ou, do ponto de vista dos servos, de obrigações servis. KOSHIBA, Luiz. História: origens, estruturas e processos. São Paulo: Atual, 1999. p. 82. Entre as principais obrigações servis, não se destaca(m) A a talha: parte da produção do manso servil que o servo fornecia para o senhor feudal. B as banalidades: pagamento em mercadoria pelo uso de insta- lações como moinho, forno, poço etc. C o plebiscito: obrigação dos servos se submeterem aos tribunais controlados pela nobreza e pelo clero. D a corveia: trabalho do servo no manso senhorial, entre três a quatro dias por semana. E o dízimo ou “tostão de Pedro”: pagamento de 10% da produção do servo à Igreja da região. QUESTÃO 40 O texto abaixo é parte do discurso de Getúlio Vargas feito em 10 de novembro de 1937, justificando o golpe de Estado que inaugurava a ditadura do Estado Novo no Brasil. Colocada entre as ameaças caudilhescas e o perigo das formações partidárias sistematicamente agressivas, a Nação, embora tenha por si o patriotismo da maioria absoluta dos bra- sileiros e o amparo decisivo e vigilante das forças armadas não dispõe de meios defensivos eficazes dentro dos quadros legais, vendo-se obrigada a lançar mão das medidas excepcionais que caracterizam o estado de risco iminente da soberania nacional e da agressão externa. […] O Estado Novo – Discurso-manifesto de Getúlio Vargas à Nação. Rio de Janeiro, 1937. Disponível em: <www.franklinmartins.com.br/estacao_historia_artigo.php?titulo=o-estado- novo-discurso-manifesto-de-getulio-vargas-a-nacao-rio-1937>. Acesso em: 27 ago. 2015. A análise do texto permite concluir que Vargas A submete o Estado Novo ao Exército, conferindo-lhe o poder de adotar medidas anticonstitucionais para manutenção da ordem social. B governa com medidas de exceção, diante da ausência de uma base partidária sólida e mais atuante na defesa do Estado. C desmerece a ação das Forças Armadas no combate às oposições partidárias mais agressivas e suas lideranças. D discursa como porta-voz da própria nação, considerando-se o responsável pelas suas necessidades. E prioriza as forças armadas como principais representantes da defesa e do patriotismo. QUESTÃO 41 Até cidades de tamanho médio no interior do Brasil convi- vem com engarrafamentos, sem qualquer esperança de que um dia o trânsito melhore. Nada melhora quando a prioridade urbana é ofertada ao automóvel como meio de transporte, ele tem de voltar a ser o que aparece nos papéis oficiais: veículo de passeio, para o lazer como regra e transporte como exce- ção. Não podemos fazer as cidades escravas de obras dedi- cadas ao rodoviarismo urbano, nenhuma resolve, apenas cria necessidade de outra, é pura ilusão malandramente aproveitada por demagogos. O que diminui engarrafamentos é transporte coletivo eficiente, combinado com restrições ao uso do auto- móvel nos centros urbanos; é assim que funciona em cidades mais civilizadas do que as nossas. NEVES. O custo social da precarização do transporte urbano. Jornal GGN. Disponível em: <http://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/o-custo-social-da- precarizacao-do-transporte-urbano>. Acesso em: 13 ago. 2015. O panorama do transporte público no Brasil, apresentado bre- vemente pela notícia, se deve, entre outros fatores, A à impossibilidade de se construir mais linhas urbanas de trens. B ao grande aumento das taxas de crescimento da população nacional. C ao crescimento de viagens automobilísticas de férias realizadas por brasileiros. D à forte presença de indústrias automobilísticas estrangeiras no país. E à grande oferta de petróleo mundial para utilização no transporte. CHT - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 13 QUESTÃO 42 MAPA DE VENTOS DO BRASIL OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO Trópico de Capricórnio Equador0º 45º > 8,5 m/s 7,0-8,5 m/s 6,0-7,0 m/s 5,0-6,0 m/s < 5,0 m/s Velocidade do vento N LO S 0 385 km 8004-GEO-S3-EM-MISTO-M002Fonte: Universidade Estadual Paulista (Unesp). Disponível em: <wwwp.fc.unesp.br/ ~lavarda/procie/dez14/marcos>. Acesso em: 13 ago. 2015. O mapa mostra as velocidades que o vento atinge no Brasil. Ao relacionar os dados apresentados no mapa com as condições naturais do território brasileiro, percebe-se A o grande potencial de exploração de fontes de energia reno- vável no litoral do Sudeste. B a possibilidade de exploração das energias eólica e solar em áreas de clima semiárido. C que as áreas de clima mais ameno possuem o maior potencial de geração de energia limpa. D o potencial do Pantanal em desenvolver uma grande partici- pação na geração de energias hidrelétrica e eólica. E o grande aproveitamento da energia eólica em áreas que so- frem processo de arenização. QUESTÃO 43 Se no século XV a cidade de Florença foi o centro difusor do Renascimento Cultural; no século XX a cidade de São Paulo foi o berço do Modernismo brasileiro com a Semana de Arte Moderna no Theatro Municipal, em 1922. Sobre esses dois movimentos culturais, pode-se afirmar que A o Renascimento rompeu com os valores medievais, represen- tados pelo Teocentrismo e pelo Dogmatismo, enquanto o Mo- dernismo representou a permanência de uma arte embasada nos padrões estéticos europeus. B o Renascimento resgatou da Antiguidade Clássica os valores racionais e antropocêntricos, enquanto a Semana de Arte Moderna difundiu aspectos da realidade social do Brasil, representando uma ruptura com certos padrões europeus difundidos pela oligarquia rural. C nem Renascimento nem Modernismo representaram rupturas. O primeiro foi uma manifestação eminentemente aristocrática em um período de decadência da nobreza, enquanto o segun- do difundia padrões artísticos que não apresentavam nada de novo, diante dos valores culturais que predominavam nos centros urbanos. D além de desprezar o empirismo, o Renascimento fundamen- tou-se na visão geocêntrica de mundo, negando o Heliocentris- mo que predominou durante a Idade Média. Já o Modernismo apresentava características inovadoras nas artes plásticas, sobretudo na pintura, mas na literatura era ainda muito con- servador. E ambos os movimentos foram extremamente revolucionários em seus devidos contextos e estiveram em consonância com a realidade social das camadas menos abastadas, represen- tadas pelos servos e pelo operariado, respectivamente. QUESTÃO 44 NoEurotúnel, o trânsito irregular de migrantes pelos trilhos tem se tornado uma ocorrência praticamente diária, muitas ve- zes com consequências fatais. Nos últimos meses, oito pessoas morreram enquanto ten- tavam cruzar o Canal de Mancha. Uma delas foi encontrada sem vida no topo de um trem ao chegar no sul da Inglaterra. […] Segundo a agência France Presse, dados oficiais de julho contabilizaram 3 000 migrantes – a maioria deles da Etiópia, Eritreia, Sudão e Afeganistão – acampados em Calais com in- tenção de cruzar o Canal da Mancha. BBC Brasil/UOL Notícias. Disponível em: <http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/ bbc/2015/07/28/imagens-mostram-migrantes-invadindo-trilhos-para-tentar-cruzar- canal-da-mancha.htm>. Acesso em: 14 ago. 2015. A notícia apresenta um aspecto do problema atual da migração, destacando migrantes provenientes de países que A não integram a ONU e acabam sendo marginalizados em relação aos demais. B se caracterizam por serem receptores de imigrantes asiáticos e latino-americanos. C se tornaram independentes recentemente, no contexto do pós-Guerra Fria. D apresentam instabilidade política ou possuem governos acu- sados de serem autoritários. E apresentavam bons índices de desenvolvimento de suas popu- lações. QUESTÃO 45 Antes da crise, o sistema Cantareira, que abastece hoje 5,3 milhões de pessoas na zona norte e partes das zonas les- te, oeste, central e sul da capital paulista, fornecia água para 9 milhões de pessoas. A diferença passou a ser atendida por outros sistemas. Sabesp vai poder usar mais água do sistema Cantareira em agosto. Folha de S.Paulo. Disponível em: <www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/07/1661640-sabesp-vai-poder-usar- mais-agua-do-sistema-cantareira-em-agosto.shtml>. Acesso em: 14 ago. 2015. O sistema Cantareira passou a abastecer menor número de pessoas na cidade de São Paulo porque A foi um dos conjuntos de reservatórios que mais foi afetado pela crise hídrica paulista. B apresentou problemas infraestruturais nos seus mecanismos de distribuição de água. C outros sistemas de armazenamento e distribuição de água foram construídos. D houve grande deslocamento de pessoas para áreas que não são atendidas por esse sistema. E foram realizadas obras para que esse sistema transferisse água para outros reservatórios. CNT - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 14 CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Questões de 46 a 90 QUESTÃO 46 Até bem pouco tempo considerava-se que uma das estruturas mais resistentes conhecidas era a teia de aranha. Recente- mente, pesquisadores descobriram que os dentes da lapa, uma espécie de molusco marinho aparentado das lesmas e dos caracóis, apresentam maior resistência, decorrente de sua composição e formato estrutural. Cientistas tentam reproduzir a estrutura dos dentes desse molusco a fim de fabricar materiais resistentes à abrasão para serem utilizados, por exemplo, em atividades de mineração e escavação. Esses dentes são, na verdade, uma estrutura característica da boca da maioria dos moluscos, denominada rádula, que significa “pequeno ralador”. A rádula é constituída de pequenos dentes usados para raspar algas e outros alimentos fixados às rochas. Basicamente, a rádula também é formada por uma macromolécula igualmente encontrada em outros grupos de seres vivos. Assinale a alternativa que apresenta o grupo de seres vivos em que essa macromolécula é encontrada, bem como a descrição correta da estrutura que ela compõe. A Fungos, constituindo a parede celulósica quitinosa, responsável pela estrutura corporal desses seres. B Artrópodes, formando o exosqueleto de queratina, estrutura que confere ao grupo proteção e evita a desidratação, mas que precisa ser trocada de tempos em tempos para possibilitar o crescimento do animal. C Mamíferos, nos quais é um componente da epiderme, forman- do uma camada quitinosa impermeabilizante e protetora. D Aves, nas quais faz parte das penas, permitindo o voo e a manutenção da temperatura corporal. E Répteis, nos quais compõe as escamas córneas, possibilitando ao grupo viver em regiões com grande intensidade luminosa. Texto comum para as questões 47 e 48. Não há uma explicação que comprove totalmente as dez pragas relatadas na Bíblia com base em evidências históricas. Mas a sequência trágica formada por sangue no Nilo, sapos, piolhos, moscas, morte do gado, chagas, pedras, gafanhotos, céu escuro e a morte dos primogênitos é objeto de estudo – e de polêmica – entre os cientistas. Há duas correntes teóricas principais. Uma delas […] credita as pragas a fenômenos natu- rais […]. A outra coloca a erupção do vulcão na ilha de Santorini como ponto de partida […]. CABRAL, Danilo C. As pragas do Egito realmente existiram? Mundo Estranho. Disponível em: <http://mundoestranho.abril.com.br/materia/as-pragas-do-egito-realmente-existiram>. Acesso em: 31 jul. 2015. QUESTÃO 47 A corrente teórica denominada “natural” para a primeira praga do Egito (sangue no Nilo) afirma que o tom vermelho da água originou-se da proliferação de algas ou de chuvas que levaram rochas com essa coloração para o rio. O fenômeno conhecido como maré vermelha pode ser obser- vado em várias regiões, inclusive ocasionalmente no litoral da região Sul do Brasil, e é explicado pela(o) A proliferação de algas fitoplanctônicas pertencentes ao filo dos dinoflagelados, por causa do aumento de nutrientes na água. B floração de rodofíceas, algas vermelhas, em seu processo de reprodução, tipicamente observado nas estações mais quentes do ano. C liberação de pigmentos tóxicos na água em decorrência da morte de feofíceas, algas sensíveis às altas concentrações de nutrientes. D acúmulo de crisofíceas na superfície da água, fenômeno natural decorrente da ressurgência de nutrientes em épocas quentes do ano. E alta concentração de algas do fitoplâncton marinho, indicando que as condições ambientais daquela região estão favoráveis, caso contrário esses seres não se reproduziriam tão rapida- mente. QUESTÃO 48 A explicação da teoria “natural” para a última praga (“morte do primogênito”) sugere que, por terem sido armazenados em celeiros ou enterrados, os grãos poderiam desenvolver um tipo de fungo extremamente tóxico. Como os primogênitos eram os primeiros a serem alimentados, recebiam esse alimento com grandes quantidades de toxinas, que eventualmente poderiam ser fatais. Embora possam causar doenças ou provocar alucina- ções, os fungos têm grande importância ecológica e humana. Entre os benefícios dos fungos para os humanos, estão A a produção do antibiótico penicilina, cuja ação sobre doenças bacterianas e virais permitiu a sobrevivência de várias pessoas afetadas por essas parasitoses. B a produção de iogurtes, coalhadas e queijos, alimentos muito apreciados e consumidos pela população em geral, além de serem excelente fonte de cálcio. C a produção de pães, pois durante o preparo da massa quan- tidades de gás carbônico liberadas pelo metabolismo das leveduras são retidas, fazendo o pão crescer e ficar macio. D seu consumo como alimento, pois todos apresentam alto valor nutritivo e podem ser ingeridos sem qualquer restrição. E a ação vasoconstritiva da ergotamina, substância que pode ser consumida para o tratamento de cefaleia, sem contraindicações. QUESTÃO 49 Uma pessoa que quer emagrecer utiliza um método pouco convencional: imersão em uma banheira com 200 L de água (200 kg de água) a 10 °C. Essa pessoa fica imersa na ba- nheira até que os 200 L de água atinjam uma temperatura praticamente estável a 25 °C. Supondo que 40% da energia térmica fornecida à água venha do corpo da pessoa, qual é o gasto calórico dessa pessoa para que a água atinja a tempe- ratura estável de 25 °C? A 100 kcal B 350 kcal C 645 kcal D 900 kcal E 1 200 kcal CNT - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 15 QUESTÃO 50 Um garoto possui na parede de seu quarto uma bandeira com- posta de duas faixas:uma branca e uma vermelha. Para mudar a decoração do ambiente, o garoto instala duas lâmpadas, uma que emite luz de cor verde e outra que emite luz de cor azul. Se ele utilizar apenas as lâmpadas coloridas, sem interferência de nenhuma outra fonte de luz, a bandeira será visível na(s) cor(es) A preta e azul, se ele acender apenas a lâmpada verde. B vermelha e azul, se ele acender apenas a lâmpada azul. C completamente preta, se ele acender ambas as lâmpadas. D preta e verde, se ele acender apenas a lâmpada verde. E completamente vermelha, se ele acender ambas as lâmpadas. QUESTÃO 51 O íon magnésio (Mg2+), metal muito utilizado em ligas metálicas, embora abundante na crosta terrestre, é comumente retirado da água do mar, por ser o segundo cátion em maior quantidade nesse meio. O processo de extração do cátion magnésio consiste nas se- guintes etapas: • 1a etapa: obtenção de cal viva a partir do carbonato: CaCO3(s) → CaO(s) + CO2(g) • 2a etapa: adição de cal viva na água do mar para formação de substância alcalina: CaO(s) + H2O(l) → Ca 2+(aq) + 2 OH–(aq) • 3a etapa: precipitação de hidróxido de magnésio (pouco so- lúvel em água do mar): Mg2+(aq) + 2 OH–(aq) → Mg(OH)2(s) • 4a etapa: neutralização com ácido clorídrico e formação de cloreto de magnésio: Mg(OH)2(s) + 2 HCl(aq) → MgCl2(aq) + 2 H2O(l) • 5a etapa: evaporação da água do mar para obtenção de cloreto de magnésio sólido: MgCl2(aq) → MgCl2(s) • 6a etapa: eletrólise ígnea do cloreto de magnésio sólido: MgCl2(s) → Mg(l) + Cl2(g) O(s) sal(is) citado(s) no processo de obtenção de magnésio metálico são A CaCO3 somente. B CaCO3 e CaO. C MgCl2 somente. D MgCl2 e Mg(OH)2. E CaCO3 e MgCl2. QUESTÃO 52 LÂMPADA INCANDESCENTE DE 60 WATTS DEIXA DE SER VENDIDA EM 1o DE JULHO O consumidor não encontrará mais as lâmpadas com fi- lamento incandescente de 60 watts para comprar a partir de 1o de julho. […] De acordo com a Abilux, as fluorescentes […] economizam cerca de 70 a 80% de energia para produzir o mesmo volume de luz e têm uma vida de 6 a 10 vezes maior. Disponível em: <http://g1.globo.com/economia/seu-dinheiro/noticia/2015/06/lampada- incandescente-de-60-watts-deixa-de-ser-vendida-em-1-de-julho.html>. Acesso em: 28 jul. 2015. Em uma residência, quatro lâmpadas incandescentes são utili- zadas diariamente por cinco horas cada uma. Essas lâmpadas serão substituídas por quatro lâmpadas fluorescentes que pro- duzem a mesma luminosidade. Considerando os dados apre- sentados no texto, a economia de energia em 30 dias será entre A 5,3 kWh e 6,4 kWh. B 15,3 kWh e 17,5 kWh. C 25,2 kWh e 28,8 kWh. D 38,4 kWh e 42,2 kWh. E 59,3 kWh e 62,9 kWh. QUESTÃO 53 Leia o texto para responder à questão: Sabe, dotô, espinhela caída num tive ainda não. Mas de tudo quanto é doença meu corpo ousô de tê. Pode falá quarqué uma que lhe digo as dô e os trimilique que eu tive. Queimei de escarlatina e quase morri de leucemia; o coração tem angina e meu cão me passou hidrofobia. A cabeça doeu de uma tifoide e os pulmão, de pneumonia. Não bastasse ela, quase não respiro por cauda da adenoide, e o zói embraquiçô de anemia. Tossi atravessado mil noite, tamanha era a coqueluche. A rataiada lá da roça num tem essa tar de bubônica, mas acabaro com a colheita uma vez. Quase que o tétano pega meu pé por causa que pisei num prego veio. Peguei brucelo- se, inchou a caxumba, adoeci de tuberculose.... E essa tar de hipocondria num tenho não; minha saúde não é tão mar assim. Otávio Venturoli. Malsão. No texto acima, a personagem lista uma série de doenças; entre elas, muitas provocadas por diferentes parasitas, como vírus, protozoários e vermes. Pode-se afirmar que as doenças de origem parasitária mais citadas no trecho são A as viroses, como a raiva, a rubéola, a sífilis e a catapora. B as bacterioses, como a peste bubônica, a coqueluche, o tétano e a febre tifoide. C as protozooses, como a escarlatina, a toxoplasmose, a bruce- lose e a úlcera. D as verminoses, como a trombose, a cisticercose, a pediculose e a afasia. E as viroses e as bacterioses, pois as viroses sempre utilizam vetores e as bacterioses são veiculadas pela água ou são aerotransmissíveis. CNT - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 16 QUESTÃO 54 O combate contra a malária ganhará um capítulo inédito em 2015. A Organização Mundial da Saúde (OMS) vai analisar o uso da primeira vacina contra a doença, que promete mudar de forma radical a estratégia internacional para lidar com a infecção parasitária, que, apenas em 2013, matou quase 600 mil pessoas no mundo. O imunizante, porém, não será eficiente contra o parasita que atua na América Latina e, se aprovado, terá sua implementação reservada para a África e Ásia, onde estão 90% dos casos. […] A GSK [Farmacêutica GlaxoSmithKline] se concentrou em produzir uma vacina que atue contra o Plasmodium falciparium, o parasita mais frequentemente encontrado na África […]. CHADE, Jamil. OMS deve aprovar primeira vacina contra malária em 2015. Estadão, Genebra, 8 dez. 2014. Disponível em: <http://saude.estadao.com.br/noticias/geral,oms- deve-aprovar-primeira-vacina-contra-malaria-em-2015,1603999>. Acesso em: 31 jul. 2015. As pessoas que forem vacinadas estarão imunizadas A contra o Plasmodium falciparium somente, pois receberam anticorpos que atuam especificamente contra essa espécie, promovendo uma imunização duradoura contra a doença. B contra os principais tipos de plasmódio, pois todos são muito semelhantes estruturalmente e realizam o mesmo ciclo para- sitário no ser humano, exceto nos intervalos das manifestações febris. C exclusivamente contra o Plasmodium falciparium e produzirão anticorpos específicos contra essa espécie, estando imuniza- das caso entrem em contato com esse protozoário posterior- mente. D temporariamente, pois os anticorpos específicos não induzem a memória imunológica permanente, sendo assim, deverão receber as doses de reforço recomendadas para algumas parasitoses. E permanentemente, pois a introdução dos anticorpos mortos ou atenuados estimula a resposta imunológica duradoura, ou seja, caso sejam infectadas pelo plasmódio, reagirão rapidamente contra o invasor. QUESTÃO 55 José empurra com uma força F uma caixa de peso P e esta não se move, conforme representado na figura a seguir. F → Stu di o C ap ar ro z Mesmo empurrando com uma força cada vez maior até atingir uma força máxima (Fmáx.), José não consegue mover a caixa, cujo coeficiente de atrito estático com o chão é µ. Isso ocorre porque A enquanto José empurra a caixa em um sentido com força de módulo F, a força de atrito age na caixa em sentido contrário, com módulo µP, maior que F. B o módulo da força de atrito que age na caixa é maior do que a força máxima (Fmáx.) com que José consegue empurrá-la. C o módulo da força de atrito que age na caixa é igual à força que José aplica na caixa, e Fmáx. ainda é menor que µP. D a força de reação à força F é aplicada na caixa no mesmo sentido da força de atrito, e a soma delas é maior que F. E a força resultante que age na caixa tem módulo igual a F, e a caixa somente se moverá se F for maior que µP. QUESTÃO 56 A estação espacial internacional, cuja sigla em inglês é ISS, move-se ao redor da Terra em uma órbita praticamente circular a uma altura de sua superfície de, aproximadamente, 8% do raio da Terra. Comumente são divulgados vídeos dos astronautas e de alguns objetos flutuando no interior da nave. Isso encanta algumas pessoas que gostariam de vivenciar essa experiên- cia. Diversas notícias dizem que a flutuação ocorre “devido à ausência de gravidade” ou “gravidade zero na ISS”. As causas veiculadas pelas notícias para o fato de astronautas e objetos flutuarem na ISS estão A corretas, pois, conforme a ISS orbita a Terra, a força que esta emprega na ISS tem sentido contrário à força que o Sol em- prega na Terra. B corretas, pois, na órbita que a ISSpercorre, a força gravita- cional da Terra sobre ela é bastante pequena, podendo ser desprezada. C incorretas, pois o real motivo para os astronautas flutuarem é que eles apresentam a mesma aceleração que a ISS. D incorretas, pois o real motivo para os astronautas flutuarem é que a velocidade escalar orbital da ISS é bastante elevada. E incorretas, pois o real motivo para os astronautas flutuarem é que a força de reação à força gravitacional é a força centrífuga. N A SA /S PL /L at in st oc k CNT - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 17 QUESTÃO 57 O uso de óleos vegetais ou animais (triglicerídeos) diretamente no motor a diesel fica limitado devido a algumas propriedades físicas destes, que implicam em alguns problemas no motor, principalmente a combustão incompleta. Como os triglicerídeos costumam ter mais de 50 átomos de carbono em suas moléculas, tais óleos apresentam alta viscosidade e baixa volatilidade. Visando reduzir a viscosidade dos óleos vegetais, pode-se realizar a reação de transesterificação (ou alcoólise) com um mo- noálcool de cadeia curta (metanol ou etanol) num processo relativamente simples, promovendo a obtenção de um combustível denominado biodiesel, com propriedades semelhantes às do óleo diesel. OCOR + 3 H3C — OH OCOR OCOR OH + 3 RCOO — CH3 OH OH CANGEMI, José Marcelo e outros. A Revolução Verde da mamona. Química Nova na Escola. São Paulo, vol. 32, n. 1, fev. 2010. Disponível em: <http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc32_1/02-QS-1209.pdf>. Acesso em: 12 ago. 2015. O biodiesel apresenta melhor qualidade como substituinte do óleo diesel em relação aos óleos vegetais, pois, segundo o texto A trata-se de uma mistura de diversos ésteres de ácido graxo. B pode ser utilizado misturado à glicerina. C é formado por moléculas com número menor de carbonos. D é formado por moléculas insaturadas. E pode ser utilizado misturado ao metanol ou etanol. QUESTÃO 58 O dióxido de carbono ou gás carbônico (CO2) produzido pelos processos metabólicos do corpo humano é difundido para dentro do eritrócito (glóbulo vermelho), onde é rapidamente convertido em H2CO3 pela enzima anidrase carbônica, segundo a reação: � �CO (aq) H O( ) H CO (aq)2 2 2 3+ (equilíbrio 1) Na ionização do ácido carbônico (equilíbrio 2), o íon bicarbonato produzido é difundido para fora do eritrócito e transportado pelo plasma para os pulmões, em mecanismo importante para a remoção do dióxido de carbono: H CO (aq) H (aq) HCO (aq)2 3 3 –++ (equilíbrio 2) Outra função importante da ionização do ácido carbônico é que os íons H+ produzidos favorecem a formação da molécula de oxi-hemoglobina não ionizada (HHbO2 – equilíbrio 3): H (aq) Hb (aq) HHbO (aq)2 2+ + − (equilíbrio 3) uma vez que o HHbO2 libera oxigênio mais facilmente que o −HbO2, segundo a reação: HHbO (aq) HHb(aq) O (aq)2 2+ (equilíbrio 4) Analisando todo o mecanismo de atuação do CO2 no sangue, pode-se verificar que o aumento da concentração de CO2(aq) na corrente sanguínea acarreta A acidose, que é o aumento da acidez do sangue, deslocando os equilíbrios 1 e 2 para a direita. B acidose, que é a diminuição da acidez do sangue, deslocando os equilíbrios 1 e 2 para a direita. C acidose, que é o aumento da acidez do sangue, deslocando os equilíbrios 1 e 2 para a esquerda. D alcalose, que é a diminuição da acidez do sangue, deslocando os equilíbrios 1 e 2 para a esquerda. E alcalose, que é a diminuição da acidez do sangue, deslocando os equilíbrios 1 e 2 para a direita. CNT - 3a Série | 1o dia - Azul - Página 18 QUESTÃO 59 Em uma aula de Biologia cujo tema era “água”, a professora notou o interesse dos alunos e sugeriu que, em grupos, listas- sem fatores que, combinados, resultaram na dramática situação de escassez do recurso enfrentada atualmente. Ao final da aula, a professora registrou na lousa os fatores que os alunos consideraram mais relevantes: I. Mudanças climáticas. II. Distribuição geográfica incompatível com a densidade populacional. III. Ausência de investimento em tecnologias para o uso sustentável. IV. Desmatamento. V. Desperdício (vazamentos, desvios e irregularidades). A partir da análise dos fatores registrados, pode-se concluir que A todos os fatores são relevantes, e a população pode cooper- ar com a situação revendo alguns hábitos diários e evitando o desperdício. B todos os fatores estão corretos, exceto o fator II, pois a grande densidade populacional brasileira está concentra- da nas regiões onde os recursos hídricos naturais são mais abundantes. C o fator IV não está relacionado diretamente com a crise hídrica, pois o desmatamento causa empobrecimento do solo, preju- dicando somente a atividade agrícola. D o fator I não pode ser considerado, pois as mudanças climáti- cas são mundiais e o problema está restrito somente à região Sudeste do Brasil. E todos os fatores são determinantes para a atual situação, porém a população não pode colaborar diretamente, pois to- das as ações envolvem as esferas governamentais. QUESTÃO 60 […] No Brasil, existem duas espécies [de aves de rapina] pescadoras: a águia-pescadora (Pandion haliaetus) e o ga- vião-belo (Busarellus nigricollis). A águia-pescadora costuma circular sobre o rio até localizar o peixe na superfície ou logo abaixo dela, então desce rapidamente e apanha a presa com as garras dos dois pés […]. MENQ, Willian. Aves de rapina e suas técnicas de caça. Aves de rapina Brasil, 6 mar. 2013. Disponível em: <www.avesderapinabrasil.com/materias/estrategias_caca.htm>. Acesso em: 18 ago. 2015. A águia consegue enxergar o peixe A a uma profundidade maior do que ele realmente está da su- perfície, se ela não estiver logo acima dele. B a uma profundidade menor do que ele realmente está da su- perfície, se ela estiver logo acima dele. C mesmo a grandes distâncias, e ele não enxergará a águia nessas distâncias por causa da reflexão total. D na profundidade real em que ele está da superfície, se ela estiver logo acima dele. E a uma profundidade que poderá ser maior, menor ou igual à distância em que ele realmente está da superfície, dependen- do da distância real entre eles. QUESTÃO 61 Os ácidos graxos trans sempre fizeram parte da alimen- tação humana mediante o consumo de carnes, leite e seus derivados. No entanto, com a produção de substitutos para a manteiga e as gorduras animais por meio da hidrogenação parcial de óleos vegetais, houve uma significativa elevação da presença dos ácidos graxos trans na dieta. MERÇON, Fábio. O que é uma gordura trans? Química Nova na Escola. São Paulo, vol. 32, n. 2, maio 2010. Disponível em: <http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc32_2/04-CCD-9509.pdf>. Acesso em: 13 ago. 2015. Considere as representações dos isômeros cis e trans. H isômero cis isômero trans R1 R2 H H R1 R2 H A gordura trans obtida pelo processo citado no texto apresen- tará cadeia A saturada, com ligantes R1 e R2 iguais entre si. B saturada, com ligantes R1 e R2 diferentes entre si. C insaturada, com ligantes R1 e R2 diferentes entre si. D insaturada, com ligantes R1 e R2 iguais entre si. E insaturada, independente de os ligantes R1 e R2 serem iguais ou não. QUESTÃO 62 […] O volume morto é a água que fica no fundo das represas, abaixo do nível de captação das comportas e que acumula su- jeira, sedimentos e até metais pesados. A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) informa que o tratamento será o mesmo usado atualmente, “dentro dos rígidos padrões de qualidade seguidos pela Sabesp”. MARANHÃO, Fabiana; RAMALHOSO, Wellington. Tratamento inadequado do volume morto traz riscos; entenda. UOL, São Paulo, 25 abr. 2014. Disponível em: <http://noticias.uol.com. br/cotidiano/ultimas-noticias/2014/04/25/tratamento-inadequado-do-volume-morto-traz- riscos-entenda.htm>. Acesso em: 18 ago. 2015. A problemática sobre o assunto aponta que I. os metais pesados presentes na água podem afetar
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