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[PROVA] 1 ANGLO 2023 - 1 FASE PRIMEIRO ANGLO 2023

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TIPO A-25PROVA GERAL - P • 1 - ALFA - 25 
NÚMERONOME
ANGLO VESTIBULARES
INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DA PROVA
LEIA COM MUITA ATENÇÃO
1. Esta prova contém 105 questões, cada uma com 5 alternativas, das quais so-
mente uma é correta.
 ATENÇÃO:
 As questões 1 a 6 são relativas à Literatura – Obras Fuvest e Literatura – Alfa. Você 
deverá responder somente a um dos tipos e assinalar no cartão de respostas a 
opção escolhida.
 As questões 91 a 105 são relativas às Disciplinas Complementares. Essas ques-
tões somente deverão ser respondidas caso o material tenha sido trabalhado em 
sala de aula.
2. O cartão de respostas será entregue com o caderno de questões. Ele deve ser 
preenchido e devolvido ao examinador ao término da prova.
3. Será anulada a questão em que for assinalada mais de uma alternativa ou que 
estiver em branco.
4. Assinale a resposta preenchendo totalmente, com caneta preta, o respectivo 
alvéolo, com o cuidado de não ultrapassar o limite dele. 
5. Não assina le as respostas com “X”, pois essa sinalização não será considerada.
EXEMPLO DE PREENCHIMENTO
6. Preencha os campos “nome” e “número” cuidadosamente para não ultrapassá-los.
7. Não rasure, não dobre nem amasse a folha de respostas. 
8. Não escreva nada no cartão de respostas fora dos campos reservados.
9. É terminantemente proibido retirar-se do local da prova antes de decorridos 
90 minutos (1 h e 30 min) após o início, qualquer que seja o motivo.
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– 3 –
LITERATURA – OBRAS FUVEST
1. Lira XXVIII
Cupido, tirando
Dos ombros a aljava,
Num campo de flores
Contente brincava.
E o corpo tenrinho
Depois, enfadado,
Incauto reclina
Na relva do prado.
Marília formosa,
Que ao Deus conhecia,
Oculta espreitava
Quanto ele fazia.
Mal julga que dorme
Se chega contente,
As armas lhe furta,
E o Deus a não sente.
Os Faunos, mal viram
As armas roubadas,
Saíram das grutas
Soltando risadas.
Acorda Cupido,
E a causa sabendo,
A quantos o insultam
Responde, dizendo:
Temíeis as setas
Nas minhas mãos cruas!
Vereis o que podem
Agora nas suas.
GONZAGA, Tomás Antônio. Marília de Dirceu. 
In: Poesia dos inconfidentes. Rio de Janeiro: 
Nova Aguilar, 1996. p. 617-618.
A construção da figura de Marília no poema
A) celebra, pela reação festiva dos Faunos, o fim das de-
silusões amorosas.
B) sugere, pela apropriação das armas de Cupido, cruel-
dade e poder de sedução.
C) destaca, por meio do roubo de armas, o caráter guer-
reiro da mulher setecentista.
D) indica, associada à fala de Cupido, a transformação da 
mulher em uma divindade olímpica.
E) inverte, por meio da atribuição de traços negativos, 
formas clássicas de idealização feminina.
2. — Bolha não tem opinião. Aparentemente, há nada 
mais contristador que uma dessas terríveis pestes que 
devastam um ponto do globo? E, todavia, esse suposto 
mal é um benefício, não só porque elimina os organis-
mos fracos, incapazes de resistência, como porque dá 
lugar à observação, à descoberta da droga curativa. A 
higiene é filha de podridões seculares; devemo-la a mi-
lhões de corrompidos e infectos. Nada se perde, tudo é 
ganho. Repito, as bolhas ficam na água. Vês este livro? É 
D. Quixote. Se eu destruir o meu exemplar, não elimino a 
obra que continua eterna nos exemplares subsistentes e 
nas edições posteriores. Eterna e bela, belamente eterna, 
como este mundo divino e supradivino.
ASSIS, Machado de. Quincas Borba. 
São Paulo: Moderna, 2016. p. 37-38.
A fala de Quincas Borba, entendida no contexto da obra, 
mostra que Machado de Assis
A) ironiza correntes de pensamento insensíveis à dor e à 
miséria humanas.
B) exalta o processocivilizatório capaz de superar a insa-
lubridade de antigos hábitos.
C) expressa um conflito interior que sublima a solidarie-
dade e a compreensão entre as pessoas.
D) estabelece um contraponto otimista em relação às te-
orias cientificistas em voga no século XIX.
E) exalta o processo evolutivo da humanidade, que se 
realiza por meio de avanços e recuos no bem-estar 
social.
3. Eu não podia temer a opinião pública. E talvez te-
messe. Com certeza temia tudo isso. Era um medo anti-
go, medo que estava no sangue e me esfriava os dedos 
trêmulos e suados. A corda áspera ia-se amaciando por 
causa do suor das minhas mãos. E as mãos tremiam. O 
chicote do feitor num avô negro, há duzentos anos, a 
emboscada dos brancos a outro avô, caboclo, em tempo 
mais remoto... Estudava-me ao espelho, via, por entre as 
linhas dos anúncios, os beiços franzidos, os dentes aca-
valados, os olhos sem brilho, a testa enrugada. Procura-
va os vestígios das duas raças infelizes. Foram elas que 
me tornaram a vida amarga e me fizeram rolar por este 
mundo, faminto, esmolambado e cheio de sonhos. Não 
preciso de automóveis nem de rádios, viveria bem numa 
casa de palha, dormiria bem numa cama de varas, num 
couro de boi ou numa rede de cordas, como Quitéria, 
como o velho Trajano e Camilo Pereira da Silva. Para que 
me habituei a ler papel impresso, a ouvir o rumor de lino-
tipos 1? Desejaria calçar alpercatas, descansar numa rede 
armada no copiar, não ler nada ou ler inocentemente a 
história dos doze pares de França.
RAMOS, Graciliano. Angústia. 
São Paulo: Record, 2000. p. 157-158.
Glossário:
1. linotipo: antiga máquina gráfica usada nas redações dos jor-
nais.
No trecho, o ponto de vista do narrador esboça uma
A) autoconfiança capaz de superar a frustração com seus 
ascendentes.
B) intenção de se vingar do preconceito de raça sofrido 
pelos seus ancestrais.
C) consciência de classe e angústia advindas do contato 
com a cultura letrada.
D) convicção de se desligar dos bens materiais para vi-
ver uma existência modesta.
E) vocação para reproduzir arbitrariedades de caráter es-
cravista em suas relações sociais.
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ANGLO VESTIBULARES ✶
– 4 –
4. Poema que aconteceu
Nenhum desejo neste domingo
nenhum problema nesta vida
o mundo parou de repente
os homens ficaram calados
domingo sem fim nem começo.
A mão que escreve este poema
não sabe que está escrevendo
mas é possível que se soubesse
nem ligasse.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia. 
Rio de Janeiro: Record, 1999. p. 37.
Alguma poesia, livro de estreia de Carlos Drummond, 
amplia as concepções estéticas defendidas pelo Moder-
nismo de 1922. “Poema que aconteceu” é representativo 
desse aspecto na medida em que
A) ironiza o caráter superficial e alienado da produção 
poética nacional.
B) defende o ócio criativo e descompromissado, em ver-
sos livres e sem rima.
C) explora o prosaísmo do cotidiano, por meio de refle-
xões metalinguísticas.
D) enriquece a dimensão religiosa do domingo, desta-
cando a devoção das pessoas.
E) demonstra a incomunicabilidade do indivíduo nas re-
lações sociais contemporâneas.
5. VIII
Fernão de Magalhães
No vale clareia uma fogueira.
Uma dança sacode a terra inteira.
E sombras disformes e descompostas
Em clarões negros do vale vão
Subitamente pelas encostas,
Indo perder-se na escuridão.
De quem é a dança que a noite aterra?
São os Titãs, os filhos da Terra,
Que dançam da morte do marinheiro
Que quis cingir o materno vulto —
Cingi-lo, dos homens, o primeiro —,
Na praia ao longe por fim sepulto.
Dançam, nem sabem que a alma ousada
Do morto ainda comanda a armada,
Pulso sem corpo ao leme a guiar
As naus no resto do fim do espaço:
Que até ausente soube cercar
A terra inteira com seu abraço.
Violou a Terra. Mas eles não
O sabem, e dançam na solidão;
E sombras disformes e descompostas,
Indo perder-se nos horizontes,
Galgam do vale pelas encostas
Dos mudos montes.
PESSOA, Fernando. Mensagem. 
Cotia: Ateliê Editorial, 2015. p. 143-144.
O poema de Fernando Pessoa homenageia o navegador 
Fernão de Magalhães (1480-1521), que concebeu e reali-
zou a primeira viagem de circum-navegação do planeta. 
O texto mostra que
A) depois de conquistar toda a Terra, Fernão de Maga-
lhães considerou que a vida perdera o sentido, ascen-
dendo aos céus.
B) os Titãs celebram as conquistas portuguesas, e reavi-
vam rituais pagãos como forma de elevar a lembran-
ça do navegador a dimensões divinas.
C) a Terra, violada pelas ações do navegador, está pron-
ta para germinar um novo Império, anunciado pela luz 
das fogueiras e pelas danças dos Titãs.
D) a fogueira e as danças rituais, embora não previstas 
na ortodoxia cristã, evocam o rei de Portugal, cuja 
lembrança é erguida à altura dos “mudos montes”.
E) os Titãs se opunham àquela viagem, e celebram a 
morte do navegador, ignorando a coragem e a deter-
minação que ele semeara entre seus comandados.
6. Escuta, Miguilim, você alembra um dia a gente ju-
rou ser amigos, de lei, leal, amigos de verdade? Eu tenho 
uma confiança em você...” — e Tio Terêz pegou o queixo 
de Miguilim, endireitando a cara dele para se olharem. — 
“Você vai, Miguilim, você leva, entrega isto aqui à Mãe, 
bem escondido, você agarante?! Diz que ela pode dar 
a resposta a você, que mais amanhã estou aqui, te es-
pero...” Miguilim nem paz, nem pôde, perguntou nada, 
nem teve tempo, Tio Terêz foi falando e exaparecendo 
nas árvores. Miguilim sumiu o bilhete na algibeira, saiu 
quase corre-corre, o quanto podia, não queria afrouxar 
ideia naquilo, só chegar em casa, descansar, beber água, 
estar já faz-tempo longe dali, de lá do mato.
ROSA, João Guimarães. Campo Geral. 
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984. p. 70-71.
O conjunto de ações de Campo Geral é apresentado a 
partir da perspectiva infantil. O trecho mostra que o en-
redo da obra
A) destaca a amizade entre os adultos e as crianças.
B) mostra a paulatina percepção dos erros dos adultos.
C) critica a precoce inserção das crianças no universo 
adulto.
D) denuncia a exploração do trabalho infantil no interior 
do país.
E) evidencia a dificuldade de interlocução entre adultos 
e crianças.
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LITERATURA – ALFA
1. 
Campo de trigo com ciprestes de Vincent Van Gogh, 1889
Catedral de Salisbury de John Constable, 1820
As duas imagens são formas de expressão visual. A obra 
de Van Gogh se distingue do quadro de John Constable 
ao
A) romper com a simetria na representação da paisa-
gem.
B) representar as formas concretas de maneira caótica.
C) apresentar elementos de forma sintética e intensa.
D) reproduzir a realidade de maneira fotográfica.
E) obedecer a modelos clássicos do paisagismo.
2. Nos domingos, tinha o seu gosto de tomar descan-
so: batendo mato, o dia inteiro, sem sossego, sem espin-
garda nenhuma e nem nenhuma arma para caçar; e, de 
tardinha, fazendo parte com as velhas corocas que reza-
vam o terço ou os meses dos santos. Mas fugia às léguas 
de viola ou sanfona, ou de qualquer outra qualidade de 
música que escuma tristezas no coração.
Quase sempre estava conversando sozinho, e isso 
também era de maluco, diziam; porque eles ignoravam 
que o que fazia era apenas repetir, sempre que achava 
preciso, a fala final do padre:
— “Cada um tem a sua hora e a sua vez: você há-de 
ter a sua”. — E era só.
E assim se passaram pelo menos seis ou seis anos 
e meio, direitinho deste jeito, sem tirar e nem por, sem 
mentira nenhuma, porque esta aqui é uma estória inven-
tada, e não é um caso acontecido, não senhor.
ROSA, João Guimarães. Sagarana. 
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984. p. 359.
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No fragmento do conto “A hora evez de Augusto Ma-
traga”, de João Guimarães Rosa, o narrador apresenta
A) o comportamento religioso de Nhô Augusto e comen-
tários de caráter metalinguístico.
B) as intenções beatas de Nhô Augusto e comentários 
críticos em relação às atitudes do personagem.
C) a trajetória de Nhô Augusto e ironias em relação ao 
caráter excessivamente devoto do personagem.
D) fatos relativos à vida de Nhô Augusto e considerações 
a respeito das dificuldades impostas pelo trabalho ru-
ral.
E) frases de duplo sentido, carregadas de ironia, e a ex-
pressão de uma religiosidade voltada sinceramente a 
Deus.
3. O meu fim evidente era atar as duas pontas da vi-
da, e restaurar na velhice a adolescência. Pois, senhor, 
não consegui recompor o que foi nem o que fui. Em tu-
do, se o rosto é igual, a fisionomia é diferente. Se só me 
faltassem os outros, vá; um homem consola-se mais ou 
menos das pessoas que perde; mais falto eu mesmo, e 
esta lacuna é tudo. O que aqui está é, mal comparando, 
semelhante à pintura que se põe na barba e nos cabe-
los, e que apenas conserva o hábito externo, como se diz 
nas autópsias; o interno não aguenta tinta. Uma certidão 
que me desse vinte anos de idade poderia enganar os 
estranhos, como todos os documentos falsos, mas não 
a mim. Os amigos que me restam são de data recente; 
todos os antigos foram estudar a geologia dos campos-
-santos. Quanto às amigas, algumas datam de quinze 
anos, outras de menos, e quase todas creem na mocida-
de. Duas ou três fariam crer nela aos outros, mas a língua 
que falam obriga muita vez a consultar os dicionários, e 
tal frequência é cansativa.
ASSIS, Machado de. Dom Casmurro. 
Cotia: Ateliê Editorial, 2009. p. 94-95
As considerações de Bento Santiago, narrador de Dom 
Casmurro, permitem entendê-lo como
A) um personagem que não aceita os rótulos sociais que 
lhe são impostos.
B) um personagem satírico, que ironiza o comportamen-
to social das elites brasileiras do século XIX.
C) um personagem de comportamentos previsíveis e 
adequados à constituição de um arquétipo social.
D) um personagem que apresenta complexidade psico-
lógica ao opor, sobre si mesmo, a aparência e a es-
sência.
E) um personagem idealizado, que prefere apegar-se 
aos costumes tradicionais a desenvolver-se moral-
mente.
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4. Achar porém ocupação para quem nunca cuidou ne-
la até certa idade, e assim de pé para mão, não era das 
coisas mais fáceis.
Entretanto o zelo da comadre pôs-se em atividade, 
e poucos dias depois entrou ela muito contente, e veio 
participar ao Leonardo que lhe tinha achado um excelen-
te arranjo que o habilitava, segundo pensava, a um gran-
de futuro, e o punha perfeitamente a coberto das iras do 
Vidigal; era o arranjo de servidor na ucharia 1 real. Dei-
xando de parte o substantivo ucharia, e atendendo só ao 
adjetivo real, todos os interessados e o próprio Leonardo 
regalaram os olhos com o achado da comadre. Emprega-
do da casa real?! oh! isso não era coisa que se recusasse; 
e então empregado na ucharia! essa mina inesgotável, 
tão farta e tão rica!... A proposta da comadre foi aceita 
sem uma só reflexão contra, da parte de quem quer que 
fosse.
Como a comadre pudera arranjar semelhante coisa 
para o afilhado, é isso que pouco nos deve importar.
[...]
Durante os primeiros tempos de serviço tudo correu 
às mil maravilhas; só algum mal-intencionado poderia 
notar em casa de Vidinha uma certa fartura desusada na 
despensa; mas isso não era coisa em que alguém fizesse 
conta.
ALMEIDA, Manuel Antônio de. Memórias de um sargento 
de milícias. São Paulo: Panda books, p. 205.
Glossário
1. depósito de mantimentos: despensa.
No trecho, revelam-se aspectos da sociedade brasilei-
ra do século XIX, notadamente no Rio de Janeiro, para 
onde a Corte portuguesa se transferira em 1808. A cena 
sugere a
A) naturalização da corrupção, mesmo entre pessoas 
simples.
B) lisura do funcionalismo público, sobretudo no paço 
real.
C) função social da mulher como arrimo de família.
D) regularização oficial do mercado de trabalho.
E) identidade do povo com o trabalho honesto.
5. Encarnação
Carnais, sejam carnais tantos desejos,
Carnais, sejam carnais tantos anseios,
Palpitações e frêmitos e enleios,
Das harpas da emoção tantos arpejos...
Sonhos, que vão, por trêmulos adejos,
A noite, ao luar, intumescer os seios
Lácteos, de finos e azulados veios
De virgindade, de pudor, de pejos...
Sejam carnais todos os sonhos brumos
De estranhos, vagos, estrelados rumos
Onde as Visões do amor dormem geladas...
Sonhos, palpitações, desejos e ânsias
Formem, com claridades e fragrâncias,
A encarnação das lívidas Amadas!
CRUZ e Sousa. Broquéis. Disponível em: 
www.dominiopublico.org.br.
O soneto de Cruz e Sousa consolida uma expressão tipi-
camente simbolista ao representar a tensão entre
A) calor e frio.
B) vida e morte.
C) prazer e pecado.
D) presente e futuro.
E) materialidade e imaterialidade.
6. Tostão de chuva
Quem é Antônio Jerônimo? É o sitiante
Que mora no Fundão
Numa biboca pobre. É pobre. Dantes
Inda a coisa ia indo e ele possuía
Um cavalo cardão.
Mas a seca batera no roçado…
Vai, Antônio Jerônimo um belo dia
Só por debique de desabusado
Falou assim: “Pois que nosso padim
Pade Ciço que é milagreiro, contam,
Me mande um tostão de chuva pra mim!”
Pois então nosso “padim” padre Cicero
Coçou a barba, matutando e disse:
“Pros outros mando muita chuva não,
Só dois vinténs. Mas pra Antônio Jerônimo
Vou mandar um tostão”.
No outro dia veio uma chuva boa
Que foi uma festa pros nossos homens
E o milho agradeceu bem. Porém
No Fundão veio uma trovoada enorme
Que num átimo virou tudo em lagoa
E matou o cavalo de Antônio Jerônimo.
Matou o cavalo.
ANDRADE, Mário de. Clã do Jabuti. In: Poesias completas. 
São Paulo: Círculo do livro, s/d. p. 169-170.
O poema de Mário de Andrade pode ser entendido como 
exemplo do patrimônio cultural brasileiro na medida em 
que explora uma história de
A) denúncia contra a opressão social dos mais podero-
sos sobre os mais fracos, em linguagem modernista.
B) castigo divino contra a falta de humildade de uma 
pessoa simples, em linguagem popular.
C) injustiça divina contra os mais necessitados, em lin-
guagem coloquial.
D) desilusão religiosa, em linguagem irônica e de efeitos 
humorísticos.
E) recompensa divina a atitudes devotas, em linguagem 
simples.
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DISCIPLINAS DE NÚCLEO COMUM
7. Leia o início de um artigo de divulgação científica escrito 
por Júlio Bernardes:
Combinação inovadora de célula-tronco e impressão 3D 
produz minifígados para transplante
Uma técnica inovadora, que combina células-tronco 
e impressão em 3D e que produz tecidos hepáticos hu-
manos em 90 dias para serem usados em transplantes, 
foi desenvolvida em pesquisa do Instituto de Biociências 
(IB) da USP. O método emprega células do sangue, re-
programadas para se transformarem em células-tronco, 
que vão se diferenciar em agrupamentos de células he-
páticas, usadas nas matrizes de impressão dos tecidos 
hepáticos. A técnica permite produzir tecidos a partir do 
sangue do próprio paciente, eliminando os riscos de re-
jeição.
BERNARDES, Júlio. Jornal da Usp, 03 out. 2019. Disponível em: 
https://jornal.usp.br/?p=276206. Acesso em: 07 nov. 2022.
Pronomes relativos auxiliam a progressão textual, uma 
vez que exercem um duplo papel coesivo: além de co-
nectar orações, atuam como anafóricos. Com base nisso, 
indique a qual palavra ou expressão faz referência o pro-
nome relativo presente em: “que produz tecidos hepáti-
cos humanos em 90 dias”.
A) uma técnica inovadora
B) células-tronco
C) impressão em 3D
D) tecidos hepáticos humanos
E) transplantes
8. Na Macedônia do Norte, uma menina de 11 anos foi 
surpreendida com uma visita do presidente do país, pa-
ra que ela voltasse à escola depois de sofrer bullying de 
colegasde sala. Embla tem síndrome de Down e vinha 
estudando separada dos demais alunos, após um boico-
te preconceituoso de pais que não queriam seus filhos na 
mesma classe que ela.
O encontro ocorreu na última segunda-feira (7) e foi 
divulgado pelo político em um vídeo nas redes sociais. 
“Somos todos iguais nessa sociedade. Vim aqui para dar 
meu apoio e conscientizar que a inclusão é um princípio 
básico”, disse o presidente Stevo Pendarovski.
Nas imagens ele entrega presentes à garota e a leva 
para a escola, na companhia dos pais dela. O presidente 
"conversou com o pai e a mãe de Embla sobre os desa-
fios que ela e sua família enfrentam diariamente" e discu-
tiu soluções, informou seu gabinete. [...]
Após a visita, Pendarovski criticou a atitude do gru-
po de pais e defendeu que "os preconceitos nesse con-
texto são o principal obstáculo para a construção de uma 
sociedade igualitária e justa para todos", segundo o co-
municado enviado à imprensa.
"Crianças com deficiência devem não apenas gozar 
dos direitos que merecem, mas também se sentir iguais 
e bem-vindas nas carteiras e no pátio da escola. É nossa 
obrigação, como Estado, mas também como indivíduos, 
e o elemento-chave dessa missão comum é a empatia", 
acrescentou.
Disponível em: www1.folha.uol.com.br/mundo/2022/02/ 
presidente-leva-menina-com-down-afastada-das-aulas-de- 
volta-para-a-escola-na-macedonia.shtml?origin=folha#. 
Acesso em: 31 out. 2022.
Releia o trecho do quinto parágrafo:
“Crianças com deficiência devem não apenas gozar 
dos direitos que merecem, mas também se sentir iguais 
e bem-vindas nas carteiras e no pátio da escola.”
Se o termo “crianças” estivesse flexionado no singular, 
quantas outras alterações ocorreriam na frase, em decor-
rência da concordância?
A) 5
B) 4
C) 3
D) 2
E) 1
9. O século passado foi uma época imunológica. Trata-
-se de uma época na qual se estabeleceu uma divisão ní-
tida entre dentro e fora, amigo e inimigo ou entre próprio 
e estranho. Mesmo a Guerra Fria seguia esse esquema 
imunológico. O próprio paradigma imunológico do sécu-
lo passado foi integralmente dominado pelo vocabulário 
dessa guerra, por um dispositivo francamente militar. A 
ação imunológica é definida como ataque e defesa.
Han, Byung-Chul. Sociedade do cansaço. 
Petrópolis: Editora Vozes, 2019.
A caracterização do século passado feita no trecho tem 
base em uma relação de
A) contiguidade.
B) sonoridade.
C) repetição.
D) semelhança.
E) tensividade.
10. Dias sim, dias não
Eu vou sobrevivendo sem um arranhão
Da caridade de quem me detesta
A tua piscina tá cheia de ratos (1)
Tuas ideias não correspondem aos fatos
O tempo não para
Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades (2)
O tempo não para
Não para, não, não para
Eu não tenho data pra comemorar
Às vezes os meus dias são de par em par (3)
Procurando agulha num palheiro (4)
Nas noites de frio é melhor nem nascer
Nas de calor, se escolhe: É matar ou morrer (5)
E assim nos tornamos brasileiros
CAZUZA. O tempo não para. Disponível em: 
www.letras.mus.br/cazuza/45005/.
No trecho da letra de Cazuza, há um sentido paradoxal 
em
A) “tua piscina tá cheia de ratos” (ref. 1)
B) “museu de grandes novidades” (ref. 2)
C) “de par em par” (ref. 3)
D) “agulha num palheiro” (ref. 4)
E) “matar ou morrer” (ref. 5)
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 Texto para as questões 11 e 12
Em 6 de julho, a Agência Nacional de Vigilância Sa-
nitária (Anvisa) manteve a proibição da importação e 
venda no Brasil dos chamados dispositivos eletrônicos 
para fumar (DEF), mais conhecidos como cigarros eletrô-
nicos ou vapes. A interdição existe desde 2009, mas inú-
meros sites na internet vendem esses aparelhos no país 
por preços a partir de R$ 50, além de camelôs e até lojas 
físicas. O consumo de cigarros eletrônicos é mais fre-
quente entre os jovens brasileiros, ainda que em níveis 
mais baixos do que ocorre nos países que legalizaram a 
venda do produto para adultos, como Estados Unidos e 
Reino Unido.
É o que constata estudo dos epidemiologistas Neila-
ne Bertoni e André Szklo, do Instituto Nacional do Câncer 
(Inca), do Rio de Janeiro, publicado em julho de 2021 no 
periódico científico Cadernos de Saúde Pública. O traba-
lho analisou a prevalência de uso dos DEF nas 26 capitais 
brasileiras e no Distrito Federal e verificou que cerca de 
80% das pessoas que já consumiram cigarros eletrônicos 
têm entre 18 e 34 anos. “Observamos que um em cada 
cinco jovens de 18 a 24 anos já fez uso desses dispositi-
vos na vida. O público-alvo dos fabricantes não é o adul-
to. Aditivos com sabores adocicados são colocados no 
produto para atrair os jovens”, comenta Bertoni. “Entre 
os indivíduos de 35 anos ou mais, menos de três em cada 
100 usam cigarros eletrônicos.” Nos Estados Unidos, os 
legisladores têm apertado o cerco contra os fabricantes 
com o intuito de proibir ou restringir a oferta de cigarro 
eletrônico com gosto de doces e frutas.
TUNES, Suzel. Quase 1 milhão de brasileiros fumam 
regularmente cigarros eletrônicos. FAPESP. ed. 319, set./2022. 
Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/quase-1-milhao- 
de-brasileiros-fumam-regularmente-cigarros-eletronicos/. 
Acesso em: 07 nov. 2022.
11. O estilo adotado nos artigos de divulgação científica 
deve fazer com que o conhecimento especializado seja 
acessível a um público leigo. No excerto, essa preocupa-
ção pode ser exemplificada
A) pelo emprego do termo “vapes” (1o parágrafo).
B) pela menção a um estudo de epidemiologia (2o pará-
grafo).
C) pela referência ao periódico Cadernos de Saúde Públi-
ca (2o parágrafo).
D) pela citação de números aproximados, em “80% das 
pessoas” (2o parágrafo).
E) pela indicação da faixa etária pesquisada, em “entre 
18 e 34 anos” (2o parágrafo).
12. É o que constata estudo dos epidemiologistas Neila-
ne Bertoni e André Szklo, do Instituto Nacional do Câncer 
(Inca) [...] (2o parágrafo).
O termo destacado no excerto está desempenhando a 
mesma função sintática do que foi sublinhado em:
A) “A interdição existe desde 2009 [...].”
B) “O consumo de cigarros eletrônicos é mais frequente 
entre os jovens brasileiros [...].”
C) “O trabalho analisou a prevalência de uso dos DEF 
[...].”
D) “Aditivos com sabores adocicados são colocados no 
produto para atrair os jovens [...]”.
E) “Nos Estados Unidos, os legisladores têm apertado o 
cerco contra os fabricantes [...].”
 O fragmento a seguir foi extraído do final do discurso do 
poeta chileno Pablo Neruda (1904-1973), que em 1971 foi 
premiado com o Nobel de Literatura. Leia-o para respon-
der às próximas quatro questões.
[...] Nossas estrelas primordiais são a luta e a espe-
rança. Mas não há luta nem esperança solitárias. Em to-
do ser humano se juntam as épocas remotas, a inércia, 
os erros, as paixões, as urgências do nosso tempo, a ve-
locidade da história. Porém o que seria de mim se eu, por 
exemplo, tivesse contribuído de qualquer forma com o 
passado feudal do grande continente americano? Como 
eu poderia levantar a fronte, iluminada pela honra que a 
Suécia me outorgou, se eu não me sentisse orgulhoso de 
ter participado minimamente da transformação atual do 
meu país? É preciso olhar o mapa da América, enfrentar 
sua grandiosa diversidade, a generosidade cósmica do 
espaço que nos rodeia, para entender que muitos escri-
tores se negam a compartilhar o passado de opróbrio e 
de roubo que obscuros deuses destinaram aos povos 
americanos.
Eu escolhi o difícil caminho de uma responsabili-
dade compartilhada e, antes de reiterar a adoração ao 
indivíduo, como sol central do sistema, preferi entregar 
com humildade meu serviço a um considerável exército 
que por vezes pode equivocar-se, mas que caminha sem 
descanso e avança cada dia enfrentando tanto os ana-
crônicos recalcitrantes quanto os vaidosos impacientes. 
Porque creio que meus deveres de poeta me indicavam 
a fraternidade não só com a rosa e a simetria, com o 
exaltadoamor e a nostalgia infinita, mas também com as 
ásperas tarefas humanas que incorporei à minha poesia.
[...] Eu venho de uma obscura província, de um país 
separado de todos os outros por uma cortante geografia. 
Fui o mais abandonado dos poetas e minha poesia foi 
regional, dolorosa e chuvosa. 
Mas sempre tive confiança no ser humano. Não per-
di jamais a esperança. Por isso talvez tenha chegado até 
aqui com minha poesia e também com minha bandeira. 
[...]
NERUDA, Pablo. Discursos y recuerdos del Premio Nobel de 
Literatura. Tradução de Eduardo Calbucci. 
Santiago: Fundación Pablo Neruda, 2013. p. 25-26. 
13. Em “enfrentar sua grandiosa diversidade”, o pronome 
em destaque se refere à(ao)
A) Suécia.
B) país.
C) América.
D) passado.
E) roubo.
14. Ao definir a própria poesia, no penúltimo parágrafo do 
texto, o narrador se vale de
A) adjetivos em sequência, que vão se tornando mais 
subjetivos.
B) substantivos abstratos para exemplificar a sensação 
de abandono.
C) locuções adjetivas que concretizam a ideia de uma 
“cortante geografia”.
D) expressões nominais valorativas, que tornam a poe-
sia algo objetivo.
E) pronomes que combinam com a própria linguagem 
poética.
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15. Pelo contexto, “o passado feudal do grande continente 
americano”
A) associa-se à “generosidade cósmica” dos povos nati-
vos das Américas.
B) não foi superado, apesar de todas “as urgências do 
nosso tempo”.
C) foi uma época marcada por enorme degradação e ex-
ploração.
D) confirma a diversidade que caracteriza a população 
americana.
E) celebra “a inércia” e nega “a velocidade da história”.
16. Acionando dados de repertório, pode-se inferir que, no 
fragmento, o Chile é apresentado como um país
A) caracterizado por uma profunda diversidade étnica.
B) isolado espacialmente por desertos, geleiras e monta-
nhas.
C) em que as pessoas são ora vaidosas, ora teimosas.
D) onde todos os escritores lutam para superar o passado.
E) próximo cultural e diplomaticamente da Suécia.
17. No século XIX, o químico inglês Alexander Williamson 
(1824-1924) desenvolveu a conhecida síntese de Willia-
mson, que envolve a reação de um íon alcóxido com um 
haleto de alquila, sendo sua rota reacional representada 
por:
Indique a alternativa que contém a fórmula do éter pro-
duzido a partir dos reagentes álcool benzílico e 2-cloro-2-
-metilpropano.
A) 
O
B) O
C) 
O
D) O
E) 
O
1a Etapa:
2a Etapa:
R
R
OH
Na
R O2
O2 Na1
Na1 H21
NaX1
1
2
R
O
R’
R’ X1
18. A progesterona é um hormônio encontrado no ová-
rio, na placenta e nas adrenais.
É secretada durante a segunda metade do ciclo 
menstrual, aproximadamente do 12 o ao 28 o dia, e é a 
substância responsável pela produção de muco no ová-
rio, necessário para a fixação dos ovócitos secundários 
liberados durante a ovulação, que ocorre aproximada-
mente entre o 12 o e o 15 o dia do ciclo menstrual. Tem 
grande importância no desenvolvimento do ovócito no 
ovário e, após a fertilização, sua secreção contínua é ne-
cessária para impedir nova ovulação no período de gra-
videz.
Se a progesterona for ingerida do 5 o ao 25 o dia do 
ciclo menstrual, impede a ovulação. Por esse motivo, ela 
e outros hormônios (esteroides) sintéticos semelhantes 
são usados como método contraceptivo: as pílulas anti-
concepcionais.
Os anticoncepcionais orais “enganam” o organis-
mo, que se comporta como se estivesse secretando pro-
gesterona, o que impede a ovulação e, consequentemen-
te, a fertilização.
As pílulas anticoncepcionais são quase 100% efeti-
vas como contraceptivos, porém seu uso deve ser indica-
do e controlado por um médico, pois podem apresentar 
efeitos colaterais, como hipertensão, hemorragias anor-
mais, acne e aumento no risco de formação de coágulos 
no sangue.
Para mulheres acima de 40 anos de idade e mulhe-
res que fumam, recomenda-se o uso de outros métodos 
para evitar a gravidez, pois o risco do uso da pílula anti-
concepcional, nesses casos, é ainda maior: pode levar ao 
câncer de endométrio, dentre outros riscos.
A progesterona é excretada como pregnanodiol, de-
tectável na urina.
Disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br. 
Acesso em: 07 out. 2022.
Na transformação da progesterona em pregnanodiol, 
ocorre a transformação da(s) função(ões):
A) cetona em álcool.
B) cetona em álcool e fenol.
C) cetona e éter em álcool.
D) éter em fenol.
E) éster em álcool e fenol.
O
Progesterona
CH3
CH3
C O
CH3
HO
CH3
CH3
CHOH
CH3
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– 10 –
19. O dióxido de carbono (CO2) é o principal gás responsável 
pela intensificação do efeito estufa, e é produzido direta-
mente na queima de biomassa e combustíveis. A equa-
ção a seguir representa a combustão completa do etanol:
 I. C2H5OH(l) + 3 O2(g) → 2 CO2(g) + 3 H2O(l)
 ΔH = –1 367 kJ/mol
Na atmosfera, o dióxido de carbono reage com a água 
gerando o ácido carbônico (H2CO3), um ácido fraco que 
contribui para a ocorrência do fenômeno de chuva ácida, 
conforme representado a seguir:
 II. CO2(g) + H2O(l) → H2CO3(aq)
 ΔH = –614 kJ/mol
Dados:
• ΔH H2O(l) = –286 kJ/mol
• ΔH H2CO3(g) = –1 293 kJ/mol
A entalpia de formação do etanol, em kJ/mol, é igual a:
A) –277
B) –688
C) –826
D) –1 295
E) –1 421
20. Um laboratório de Química dispõe de dois frascos, A e 
B. Sabe-se que um dos frascos contém um padrão pa-
ra análise com pureza igual a 100%; o outro contém um 
medicamento que será analisado para determinação de 
impurezas. Enquanto organizava o laboratório, o técnico 
responsável confundiu-se ao etiquetar os frascos, de mo-
do que não era possível saber o conteúdo de cada um. 
Para resolver o problema, ele decidiu realizar um teste, 
determinando as curvas de aquecimento de cada uma. 
Os resultados obtidos foram representados no gráfico a 
seguir.
Com base nos resultados, o técnico concluiu que o frasco
A) B continha o padrão, que é uma substância pura.
B) A continha o padrão, que é uma substância simples.
C) A continha o padrão, que é uma mistura homogênea.
D) A continha o medicamento, que é uma substância 
pura.
E) B continha o medicamento, que é uma substância 
composta.
t1 t2 t3 t4 Tempo
B
A
Temperatura (ºC)
Rascunho
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21. O acetato de benzila é um éster utilizado na indústria para conferir aroma artificial de cereja a bebidas e alimentos. Um dos 
métodos mais comuns em processos industriais para obtenção de ésteres é a reação reversível entre um ácido carboxílico e 
um álcool, como representado a seguir:
Qual a massa de ácido acético necessária para a produção de 1,00 kg de aromatizante, sabendo que o processo apresenta 80% 
de rendimento?
Dados:
• Massa molar (g/mol): H = 1, C = 12, O = 16.
A) 320 g
B) 400 g
C) 500 g
D) 1 000 g
E) 250 g
22. A precipitação química é uma técnica utilizada para a redução dos níveis de contaminantes metálicos em efluentes aquosos 
industriais. O processo ocorre em tanques, com a adição de um agente precipitante, como cal, soda ou sulfetos, e posterior 
remoção dos resíduos sólidos.
O procedimento de remoção de ferro utilizando como agente precipitante o hidróxido de sódio é representado pela equação 
a seguir:
Fe3+(aq) + 3 NaOH(aq) → Fe(OH)3(s) + 3 Na+(aq)
Um método de separação que pode ser utilizado na etapa final do tratamento desse efluente é a
A) catação.
B) destilação.
C) ventilação.
D) decantação.
E) dissolução fracionada.
23. Antiácidos são medicamentos que tem a função de neutralizar o excesso de ácido clorídrico presente no estômago. A depen-
der do fabricante do medicamento, o princípio ativo pode variar de acordo com a tabela a seguir:
Fabricante Princípio ativo Massa molar do princípio ativo
X NaHCO3 84 g/mol
Y Mg(OH)2 58 g/mol
Z Al(OH)3 78 g/mol
Considerando que os três produtos acimaconsigam neutralizar uma mesma quantidade de ácido no estômago, pode-se pre-
ver que as proporções entre as massas dos princípios ativos empregadas pelos fabricantes X, Y e Z em seus antiácidos sejam, 
respectivamente,
A) 1x84 g : 
1
2
x58 g : 
1
3
x78g
B) 1x84 g : 1x58 g : 1x78g
C) 1x84 g : 2x58 g : 3x78g
D) 3x84 g : 2x58 g : 1x78g
E) 1 g : 2 g : 3 g
24. A investigação da composição das rochas é de grande importância na química mineral, pois, dependendo dos elementos e 
substâncias presentes, elas podem ser utilizadas na correção de acidez dos solos na agricultura ou, ainda, como matéria-prima 
na indústria. Em uma análise química para se determinar o teor de carbonato de cálcio de uma rocha, 10 gramas de uma amos-
tra do material sólido foi colocado para reagir com ácido sulfúrico de concentração 2,0 mol/L. Nessa titulação, foram gastos 
exatamente 20 mL do ácido para o completo desaparecimento de efervescência da amostra.
Considerando que nenhum outro composto desse mineral reaja com o ácido, a porcentagem em massa de carbonato de cálcio 
na rocha analisada foi de:
Dado:
• Massa molar CaCO3 = 100 g.
A) 10%
B) 20%
C) 40%
D) 60%
E) 80%
O
Ácido acético
OH
OH
Álcool benzílico Acetato de benzila
1
O
O
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– 12 –
25. O gráfico representado mostra a pressão de vapor de 4 sistemas líquidos em função da temperatura.
Levando-se em conta os conceitos de volatilidade e efeitos coligativos das soluções, um grupo de alunos, ao analisar esse 
gráfico, fez as seguintes afirmações:
 I. A ordem de volatilidade desses líquidos pode ser dada por: I > II > III > IV.
 II. Se o liquido IV for a água pura, então o líquido III pode ser uma solução aquosa de NaCl.
 III. Se o líquido I for o etanol, então o líquido II pode ser o propan-1-ol.
As afirmações corretas feitas pelos estudantes são:
A) Apenas I
B) Apenas II
C) Apenas III
D) Apenas I e II
E) Apenas I e III
26. Em um estudo cinético realizado em laboratório, foi obtido o seguinte gráfico, que mostra a influência da concentração dos 
reagentes A e B na rapidez da reação química da qual participam.
A curva I registra a variação da velocidade da reação em função da alteração da concentração do reagente A, mantendo-se a 
concentração do reagente B inalterada. A curva II mostra a variação da velocidade em função da alteração da concentração do 
reagente B, mantendo-se a concentração de A constante.
Considerando que a equação da reação química entre esses compostos é dada por:
1 A + 2 B → 2 C
É possível concluir que a lei de velocidade dessa reação é dada por:
A) V = k[A] · [B]2
B) V = k[A] · [B]
C) V = k[A]2 · [B]2
D) V = k[A]2 · [B]
E) V = k[A]3 · [B]1
780
I II III IV
P
re
ss
ão
 (
m
m
H
g
)
Temperatura (ºC)
760
740
720
700
60 70 80 90 100 110
0
0,5
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
1,0 1,5
II
Concentração (mol/L)
V
el
o
ci
d
ad
e 
d
a 
re
aç
ão
 (
m
o
l/
L 
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s)
I
2,0
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27. Os combustíveis derivados do petróleo, tais como a ga-
solina, o querosene e o óleo diesel, contêm impureza de 
enxofre. Quando esses combustíveis são queimados, o 
mesmo acontece com o enxofre, originam o dióxido e 
o trióxido de enxofre. Esses dois gases reagem com a 
água da atmosfera, formando os ácidos sulfuroso e sul-
fúrico, presentes nas chuvas ácidas em ambientes polu-
ídos. Uma das maneiras de medir essa poluição é medir 
a concentração de enxofre em liquens.
O mapa a seguir mostra regiões (de A a F) onde foram 
medidas as concentrações de enxofre em liquens. Os va-
lores encontrados estão na tabela abaixo do mapa.
Região
Concentração de enxofre 
em partes por milhão
A 0,02
B 3,30
C 2,10
D 1,50
E 0,01
F 0,02
Analise as afirmações a seguir:
 I. A reação de produção de ácido sulfúrico a partir do 
enxofre pode ser representada pelas equações:
 S + O2 → SO2
 SO2 + 
1
2
 O2 → SO3
 SO3 + H2O → H2SO4
 II. No polo industrial em C, a concentração de enxofre 
expressa em porcentagem é igual a 3,3 ? 1024%.
 III. A razão entre as concentrações máxima e mínima de 
enxofre é igual a 220.
 IV. Os liquens são uma associação de fungos e algas.
 V. Se o sentido predominante dos ventos fosse oposto, 
as concentrações de enxofre nas regiões A e E seriam 
aumentadas.
Assinale a alternativa que mostra as afirmações corretas:
A) somente I, IV e V. 
B) II, III, IV e V. 
C) somente I, II e III.
D) somente II , III e IV 
E) somente I, II , III e IV.
sen
tido
 pre
dom
inan
te
do v
ento
Polo
indu
stria
l
D
C
B
A
E F
Rio
28. Dado que x, y e z são variáveis reais, tais que 
1
4
2
4
3
2x · 4y · 8z = 256
3x · 3y
9z
 = 3
,
pode-se concluir que 2x + 3y + z é necessariamente igual a:
A) 8
B) 9
C) 11
D) 12
E) 13
29. Em uma das áreas de uma fábrica há quatro máquinas, 
sendo que a massa da maior delas é 40% maior que a 
soma das massas das outras três. Sabe-se que a média 
das massas das quatro máquinas é 60 kg.
Qual é a massa, em kg, da máquina maior?
A) 100
B) 110
C) 120
D) 130
E) 140
30. Perto da casa do Pedro há um ponto em que passa um 
ônibus a cada 20 minutos, sendo que o primeiro ônibus 
passa às 5 horas da manhã e o último passa às 10h40min 
da noite. Os ônibus passam com essa regularidade de 
segunda-feira a sexta-feira.
Quantos ônibus passam por esse ponto na quarta-feira?
A) 48
B) 51
C) 54
D) 57
E) 60
31. A figura representa um quadrado de lado unitário, o P0 
é o ponto médio do lado AD e, sobre o segmento P0C há 
uma infinidade de pontos Pn, tais que
Pn + 1Pn + 2 = 
1
2
 PnPn + 1.
Quanto é a soma das áreas dos infinitos quadrados ha-
churados?
A) 
1
3
B) 
4
15
C) 
5
16
D) 
7
18
E) 
7
20
D
P0
P1
P2
P3
C
A B
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– 14 –
32. Qual é o raio da circunferência inscrita no losango de dia-
gonais de medida 10 e 24?
A) 
5
13
B) 
58
13
C) 
60
13
D) 
144
13
E) 
65
5
33. Uma circunferência está circunscrita a um triângulo 
cujos lados têm medida 20, 21 e 29. Dessa forma, a cir-
cunferência foi dividida em três regiões não triangulares: 
T, G e A. Seja T a maior dessas regiões.
Assinale a alternativa correta.
A) T = G + A
B) T = G + A + 210
C) T2 = G2 + A2
D) 29T = 21G + 20A
E) 
1
T2
 = 
1
G2
 + 
1
A2
34. Um plano cartesiano foi desenhado em uma folha de 
papel. Nele foram identificados os pontos A = (0; 2), 
B = (4; 0), C = (7; 3) e D = (m; n).
Além disso, fora traçada uma reta e essa folha foi dobra-
da uma única vez, de modo que o vinco da dobra coinci-
da com essa reta. Ao fazer isso, o ponto A coincidiu com 
o ponto B e o ponto C coincidiu com o ponto D. Sabendo 
disso, obtenha o valor de m + n.
A) 6,7
B) 6,8
C) 6,9
D) 7,0
E) 8,0
35. Constrói-se um triângulo retângulo HAT de hipotenusa 
HT  de medida 5 e cateto HA de medida 3. Ao traçar a 
bissetriz relativa ao ângulo TĤA , ela intercepta o lado 
TA no ponto H’. Um segundo triângulo retângulo LES é 
construído de maneira que a hipotenusa LE é congruente 
a H’T e o cateto ES é congruente a AH’.
Sabendo que a bissetriz de LÊS intercepta o lado SL no 
ponto E’, qual a medida de EE’?
A) 
3√2
2
B) 
3√3
4
C) 
15√2
2
D) 
15√3
4
E) 
3√5
4
36. Rodrigo vende trufas e notou que, cobrando R$ 8,00 por 
trufa consegue vender 120 unidades em um dia. Aumen-
tando o preço para R$ 9,00 por trufa, as vendas caem 
para 115 unidades diárias.
Admitindo que cada aumento de R$ 1,00 no preço da 
trufa cause a mesma diminuição no número de unida-
des vendidas diariamente, pode-se concluir que a maior 
receita possível de Rodrigo obter com a venda de trufas, 
em um dia, é de
A) R$ 1 120,00
B) R$ 1 280,00
C) R$ 1 360,00
D) R$ 1 460,00
E) R$ 1 520,00
37. Um apartamento valorizou 200% em um período de 
10  anos. Suponha que a valorização tenha sido de p% 
a cada 5 anos e considere, se necessário,que √2 ≈ 1,4 e 
√3 ≈ 1,7.
Dentre as alternativas a seguir, a que mais se aproxima 
do valor de p é
A) 100
B) 90
C) 80
D) 70
E) 60
38. Sabe-se que
sen π
8
 = √2 – √2
2
.
Porém, existe outro arco trigonométrico x, com 0 < x < 2π, 
tal que
sen x = √2 – √2
2
.
Esse arco trigonométrico é:
A) x = 7π
8
B) x = 9π
8
C) x = 15π
8
D) x = 3π
8
E) x = 11π
8
39. Observe a imagem a seguir:
Neste tipo de imagem, palavras são substituídas por sím-
bolos e/ou expressões matemáticas cuja escrita ou so-
noridade sejam semelhantes. Das alternativas a seguir, 
aquela em que há coerência entre o argumento utilizado 
e esse tipo de semelhança aparece em:
A) O símbolo √–1 (a unidade imaginária) indica que algo 
é delicioso somente na nossa imaginação.
B) O uso do símbolo ∑ (a letra grega ‘sigma’) indica que 
algo está muito (‘infinitamente’) delicioso.
C) Na língua inglesa, o símbolo π também é utilizado 
como um sinônimo da palavra “food”.
D) O símbolo 23 representa, em inglês, um verbo conju-
gado no passado perfeito (past perfect). 
E) O uso do símbolo ∑ se deu por seu significado mate-
mático e não por sua letra representada.
R
E
P
R
O
D
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Ç
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H
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40. O gráfico a seguir apresenta o número de indivíduos adultos de focas da harpa (Pagophilus groenlandicus), nativas do Canadá, 
entre 1950 e 2020.
Disponível em: www.dfo-mpo.gc.ca/science/mammals-mammiferes/atlantic-seal-phoque-atlantique/ 
appendix5-annex5/index-eng.html. (Adaptado.) . Acesso em: 25 nov. 2022.
Considerando as informações fornecidas, está correto afirmar que entre
A) 1950 e 1970 a taxa de mortalidade foi maior do que a de natalidade.
B) 1950 e 1972 a resistência ambiental foi menor do que nos anos seguintes.
C) 1970 e 1995 a taxa de natalidade foi maior do que a de mortalidade.
D) 1985 e 1995 a população cresceu de acordo com seu potencial biótico.
E) 1996 e 2010 a população pode ter gerado grande número de filhotes.
41. Leia o diálogo a seguir entre o macaco bugio e a ave tucano:
A fala do bugio se refere 1 e a preocupação do tucano está relacionada à 2 . A alternativa que preenche 
adequadamente os espaços 1 e 2, respectivamente, é:
A) a espécie exótica; redução de habitat
B) à origem da espécie; criação em cativeiro
C) a espécie nativa; redução de habitat
D) à imigração; caça ilegal
E) a espécie invasora; redução de habitat
1950
8 000 000
7 000 000
6 000 000
5 000 000
4 000 000
N
ú
m
er
o
 d
e 
in
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iv
íd
u
o
s
Ano
3 000 000
2 000 000
1 000 000
0
1955 1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010
©
 H
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– 16 –
42. O desenvolvimento de novas variantes do vírus SARS-CoV-2 é um dos principais problemas enfrentados pelos cientistas na 
tentativa de conter o avanço da COVID-19. Quanto mais o vírus se multiplica, maior a chance de novas mutações, aumentando 
a possibilidade do surgimento de variantes mais contagiosas ou, até mesmo, resistentes às vacinas atuais.
Sobre a estrutura dos vírus, métodos de prevenção e tratamento de suas doenças, assinale a alternativa correta.
A) A falta de vacinação da população aumenta o risco do surgimento de novas variantes.
B) As vacinas podem induzir o surgimento de novas mutações, que podem ser resistentes.
C) O envelope viral produzido pelo vírus dificulta a ação de vacinas e facilita a ocorrência de mutações.
D) As vacinas destroem o DNA do vírus, impedindo sua replicação.
E) Os antibióticos utilizados no tratamento da COVID-19 também podem induzir mutações e resistência.
43. A jararaca-do-jabre, Bothrops jabrensis, só é encontrada em uma área muito pequena no interior da Paraíba. Esse tipo 
de jararaca possivelmente surgiu quando o clima se tornou menos úmido e a vegetação florestal, que antes cobria boa parte 
do que hoje é o interior do Nordeste, retraiu-se para a faixa litorânea, abrindo espaço para a Caatinga. Uma consequência da 
retração das florestas teria sido a permanência de algumas porções isoladas de floresta (enclaves) em áreas altas e úmidas, 
como o pico do Jabre.
Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/biologos-descrevem-duas-novas-especies-de-jararaca/. Acesso em: 06 out. 2022.
A partir das informações contidas no texto, é correto afirmar:
A) É o caso de uma especiação simpátrica, com o isolamento de uma porção da população de jararacas que existiam na região 
do pico do Jabre.
B) Quando o clima voltar a se tornar úmido e a vegetação florestal voltar a se expandir, espera-se que ocorra fluxo gênico 
entre essa espécie e as demais jararacas.
C) O fenômeno descrito é o de deriva gênica, por migração de uma parte da população para a região do pico do Jabre, que 
passou a intercambiar genes com a população local.
D) A retração da vegetação causou um isolamento de parte da população e diferenças gênicas foram acumuladas durante o 
tempo, levando a um isolamento reprodutivo.
E) Como resposta às modificações do ambiente, a população de jararacas-do-jabre teve que se modificar para sobreviver, 
levando à formação de uma nova espécie.
44. No ciclo celular das células somáticas, em uma das fases da interfase, ocorre um processo muito importante que possibilitará 
a posterior realização da mitose, formando 2 células filhas com a mesma quantidade de material genético da célula-mãe. 
Esse processo importante que ocorre na interfase
A) realiza a transcrição do material genético com a ação da DNA polimerase.
B) é responsável pela tradução da informação genética formando proteínas.
C) divide a célula emparelhando os cromossomos homólogos duplicados.
D) duplica o conteúdo de DNA, permitindo sua divisão entre as células-filhas.
E) sintetiza novas fibras proteicas do fuso para separar os cromossomos.
45. A B C
As imagens mostram os filamentos proteicos de actina (A), tubulina (B) e queratina (C), componentes do citoesqueleto encon-
trado no citoplasma das células eucarióticas.
O citoesqueleto é um componente celular importante que realiza várias funções, entre as quais
A) a movimentação do citoplasma na ciclose.
B) a formação de vesículas de secreção.
C) o transporte de nutrientes nos lisossomos.
D) a organização da parede celular vegetal.
E) a inativação e liberação de toxinas celulares.
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– 17 –
46. “Essas árvores já dominaram a paisagem dos Apa-
laches, com bilhões de castanheiras americanas se er-
guendo em florestas frondosas que iam do Maine ao 
Mississippi. Por volta do início do século 20, um fungo 
exótico quase extinguiu a espécie. Hoje elas ainda bro-
tam na natureza, mas raramente atingem a maturidade, 
estão “funcionalmente extintas”. [...]
Kyra e outros pesquisadores da SUNY ESF estão cul-
tivando nos campos de Syracuse castanheiras america-
nas que conseguem resistir a essa infecção: metade das 
castanhas produzidas com o pólen geneticamente mo-
dificado carregará DNA destinado a combater a praga.
O fungo que infecta as castanheiras prospera secre-
tando uma substância química chamada ácido oxálico, 
que mata as células e permite que o patógeno se alimen-
te do tecido morto. Mas muitas outras plantas, como ba-
nanas, morangos e trigo, evitam esse destino produzindo 
uma enzima chamada oxalato oxidase, que decompõe a 
toxina. Em 2014, Powell e Maynard já haviam adicionado 
com sucesso o gene do trigo às castanheiras e estavam 
cultivando árvores resistentes a infecções.
Disponível em: https://agencia.fapesp.br/artigo-mapeia- 
tendencias-no-desenvolvimento-de-plantas-transgenicas-ou- 
geneticamente-editadas/37068/. Acesso em: 01 nov. 2022.
Pode-se afirmar que a eficácia das linhagens transgêni-
cas de castanheiras americanas no combate à praga se 
deve à(ao)
A) mudança da expressãode genes dos fungos que pa-
rasitam as castanheiras.
B) produção de antibióticos que atacam as células dos 
fungos.
C) alteração do código genético das castanheiras ameri-
canas.
D síntese de proteínas que levam à redução de matéria 
orgânica disponível para o fungo.
E) favorecimento da ocorrência de mutações nos parasi-
tas de castanheiras.
47. A Taenia solium é um verme platelminto que pode pro-
vocar duas doenças diferentes, a teníase e a cisticercose. 
Os hospedeiros desse parasita são os seres humanos e 
os porcos. Sobre essas doenças, é correto afirmar que o
A) ser humano participa do ciclo como hospedeiro defi-
nitivo quando ingere ovos do verme e desenvolve a 
tênia adulta no intestino.
B) ser humano pode desenvolver teníase se ingerir car-
ne de porco malpassada contendo os cisticercos, fase 
larval do verme.
C) porco é considerado hospedeiro intermediário do ci-
clo da tênia quando ingere cisticercos presentes na 
água contaminada.
D) porco é considerado hospedeiro definitivo quando in-
gere ovos da tênia e passa a apresentar a tênia adulta 
em seu intestino.
E) ser humano e o porco podem adquirir teníase se con-
sumirem água ou alimentos contaminados com ovos 
do parasita.
48. Os amniotas conquistaram o ambiente terrestre por 
apresentarem uma série de adaptações, como ovos com 
casca e anexos embrionários, pele queratinizada com 
anexos epidérmicos e respiração exclusivamente pulmo-
nar. Analisando o embrião de um réptil no interior do 
ovo é possível reconhecer os anexos embrionários, co-
mo mostra a imagem.
Quanto aos amniotas e seus anexos embrionários, é cor-
reto afirmar que
A) o nome do grupo é dado pela presença do âmnio, es-
trutura responsável pela nutrição do embrião e repre-
sentada pelo número 2 na imagem.
B) nas aves e nos répteis a estrutura número 5 corres-
ponde ao âmnio, que protege o embrião contra desi-
dratação e está ausente nos mamíferos.
C) os mamíferos não pertencem a este grupo, pois se de-
senvolvem dentro do corpo da mãe e não possuem o 
âmnio, representado pelo número 4.
D) a estrutura número 4 é o alantoide, responsável pelo 
armazenamento de excretas e pelas trocas gasosas, o 
qual se encontra atrofiado nos mamíferos.
E) o cório está representado pelo número 5 e nos mamí-
feros substitui a função do saco vitelínico e do alantoi-
de, pois forma a placenta.
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B
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49. A hemoglobina pode se associar ao gás oxigênio (O2), 
formando a oxiemoglobina. Aproximadamente 97% do 
oxigênio é transportado em associação com moléculas 
de hemoglobina; os 3% restantes são transportados dis-
solvidos no plasma sanguíneo. Ao chegar aos tecidos, o 
O2 se dissocia da hemoglobina e é então difundido para 
as células dos tecidos, onde participará da respiração ce-
lular.
A figura mostra a saturação por O2 de hemoglobina em 
função da PO2.
Com base na figura é correto afirmar que:
A) Em uma PO2 de cerca de 100 mmHg, típica dos pul-
mões, a hemoglobina está saturada com cerca de 80% 
de oxigênio.
B) Quando o O2 se liga a uma das seis cadeias do polis-
sacarídeo hemoglobina, as outras cinco alteram leve-
mente sua forma, o que aumenta sua afinidade pelo 
O2.
C) Tecidos em repouso apresentam uma PO2 de 
40 mmHg, o que corresponde a uma saturação de O2 
de 90% na hemoglobina.
D) Quando o O2 é liberado pelos tecidos, ele se dissocia 
pelo sangue através da hemoglobina, fato este que 
aumenta a PO2.
E) Durante uma atividade física intensa, a PO2 é baixa e, 
com isso, a saturação da hemoglobina também, o que 
permite a liberação de O2 adicional para os tecidos 
com elevada atividade metabólica.
50. Leia o texto a seguir:
Amapá está na mira da exploração de petróleo 
em região de corais recém-achados
[...]
Moroni Pascale, 60, professor e coordenador do Mo-
vimento dos Atingidos por Barragens do Amapá relata 
que a reprodução de peixes foi afetada, roças foram ala-
gadas e famílias que viviam da agricultura e da produção 
de farinha perderam suas atividades.
Moroni e o padre Sisto [Magro, [que faz parte da 
coordenação colegiada da Pastoral da Terra do Amapá] 
destacam que a alteração no fenômeno natural chama-
do pororoca – impacto causado pelo encontro de águas 
fluviais e oceânicas – se intensificou após a construção 
das hidrelétricas. O rio Araguari, que antes desaguava no 
Atlântico, passou a ter a sua foz no rio Amazonas. O caso 
é considerado um dos maiores acidentes ambientais do 
Amapá.
100
80
O2 liberado para
os tecidos em
repouso O2 liberado 
para os
tecidos
durante o
exercício
60
40
20
0
0 20
Tecidos durante
o exercício
40 60 80 100
Tecidos em
repouso
Pulmões
PO2 (mmHg)
Saturação por O2
de hemoglobina (%)
No caminho do novo curso do rio, moradores de 
comunidades do arquipélago do Bailique sofrem com 
riscos de desmoronamento. 
[...]
Com o recuo do Araguari, que mudou de curso, 
o oceano tem avançado mais para a costa do Amapá, 
criando outro tipo de problema no rio Amazonas. Cerca 
de 14 mil moradores do arquipélago do Bailique, enfren-
tam ainda a salinização das águas, que causa falta de 
água potável e deixa o açaí com gosto salgado.
Os chamados corais da Amazônia, outro ponto de 
preocupação ambiental no estado, foram descobertos 
em 2016 após uma expedição do Greenpeace. Com es-
pécies que ainda nem tiveram a oportunidade de serem 
estudadas, a formação está na mira da exploração de 
petróleo.
[...] Em 2018, tramitou uma proposta para tornar o 
recife uma área de preservação permanente, mas a Câ-
mara dos Deputados barrou.
No mesmo ano, falhas nas propostas para a explora-
ção segura do potencial de petróleo na região fizeram o 
Ibama negar licença para a empresa francesa Total.
[...]
Outro risco ambiental no Amapá tem origem no ga-
rimpo: a contaminação de mercúrio nos peixes consumi-
dos. Em 2020, um estudo apontou níveis superiores ao 
limite recomendado pela OMS (Organização Mundial da 
Saúde) em 28,7% dos pescados analisados. [...]
Quatro das sete espécies com as maiores concentra-
ções de mercúrio estavam entre as mais consumidas na 
região – e o pescado é a única fonte de proteína de co-
munidades no interior do estado, incluindo as indígenas.
“O Amapá não sofre muito com desmatamento ile-
gal. A questão do garimpo é a principal ameaça. Não é só 
o mercúrio, o garimpo traz prostituição, tráfico de armas. 
É um problema silencioso”, diz Decio Yokota, coordena-
dor de gestão da informação no Iepé (Instituto de Pesqui-
sa e Formação Indígena) [...].
Simone Vidal, indígena do povo karipuna, integran-
te da APOIANP (Articulação dos Povos e Organizações 
Indígenas do Amapá e Norte do Pará), Vidal afirma que a 
vigilância se concentra apenas nas áreas da BR-210, a Pe-
rimetral Norte, e no rio Oiapoque, que faz fronteira com 
a Guiana Francesa.
“São três terras indígenas cortadas por uma BR e 
um rio que faz a divisa do Brasil com a Guiana Francesa. 
Os territórios sofrem impactos. Ficam à margem dessa 
BR, e isso limita a liberdade. O rio é a entrada para garim-
pos ilegais na Guiana Francesa”, conta.”
CARVALHO, Rosiene. Amapá está na mira da exploração de 
petróleo em região de corais recém-achados. Yahoo Notícias, 
27 set.2022. Disponível em: https://br.noticias.yahoo.com/ 
amap%C3%A1-est%C3%A1-na-mira-da-205200114.
html?guccounter=1. Acesso em: 29 set. 2022.
Sobre essa notícia, que traz informações sobre vários im-
pactos ambientais no Amapá, pode-se afirmar que:
A) O elemento mercúrio (Hg), à temperatura ambiente, 
é líquido; logo, seu ponto de fusão é maior que o de 
outros metais, como o ferro (Fe). Trata-se de um ele-
mento usado nos garimpos, como ocorre em várias 
áreas no Amapá, e que quando evapora gera uma 
fumaça tóxica que contamina tanto o ar quanto os 
garimpeiros.
B) Entre os estados que compõem o bioma da Amazô-
nia, o Amapá é o menor deles e está no 3o fuso horá-
rio do sistema de fusos brasileiros, juntamente com 
osdemais estados da região Norte. Esse estado pos-
sui vários ecossistemas, como uma parte de cerrado, 
manguezais, mata dos cocais e um sistema recifal (co-
rais da Amazônia).
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C) O garimpo segue sendo uma das principais ameaças 
ambientais e sociais no Amapá, pois está associado à 
prostituição, ao tráfico de armas, à invasão de terras 
indígenas e às consequências da biomagnificação do 
metilmercúrio por populações ribeirinhas e indígenas 
que consomem frequentemente os peixes contami-
nados.
D) O Ibama negou uma licença à empresa francesa To-
tal, na área de corais da Amazônia, para que esta pu-
desse explorar petróleo, uma mistura complexa de 
compostos orgânicos que não é miscível com a água, 
pois seus constituintes são formados principalmente 
por átomos de carbono e hidrogênio em moléculas 
polares.
E) O processo de salinização que vem ocorrendo nas 
águas do rio Araguari, devido ao fenômeno da poro-
roca, agora está inviabilizando o uso das águas desse 
rio pelos moradores locais, além disso os ribeirinhos 
também sofrerem com ameaças de desmoronamen-
to das margens do rio, colocando em risco suas habi-
tações.
51. Uma barra homogênea cujo peso aplicado é 100 N está 
fixada em uma articulação localizada em uma de suas 
extremidades. Na outra extremidade, há dois fios ideais, 
1 e 2, que estão presos a ela.
Um bloco de massa 8 kg é preso ao fio 2. Admitindo-
-se que a intensidade do campo gravitacional é 10 N/kg, 
qual das alternativas representa a força que a articulação 
aplica na barra?
A) 
B) 
A
�o 2
�o 1
barra
C) 
D) 
E) 
52. Um sistema de dois blocos idênticos, fio s, dinamômetro 
e polia pode assim ser representado.
(Situação 1)
Em um dado momento, o bloco A é retirado e uma força 
de tração de 100 N é aplicada ao fio.
(Situação 2)
Admitindo-se que os fios, dinamômetro e polia sejam 
ideais, qual a razão entre as acelerações (a1a2) que o corpo B desenvolve nas duas situações?
A) 
1
2
B) 
1
4
C) 1
D) 2
E) 4
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A
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T 5 100N
B
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53. Um automóvel de 1 ton desenvolve velocidade de 30 m/s 
para a direita, sobre uma pista plana e horizontal, quan-
do o motorista retira o pé do acelerador e pisa no freio. 
Devido a essa ação, o carro para após um intervalo de 
tempo 5 s.
Qual das alternativas representa as forças aplicadas no 
carro na direção horizontal?
A) A 5 4 000N F 5 10 000N
B) F 5 6 000N
C) A 5 10 000N F 5 4 000N
D) A 5 6 000N
E) A 5 10 000N
54. Estímulos nervosos se propagam pelos nervos de uma 
pessoa com velocidades superiores a 180 km/h. Uma 
pessoa com 1,80 m de altura bate seu pé em um obstá-
culo, provocando a propagação de um estímulo elétrico.
Quanto tempo, aproximadamente, esse estímulo levaria 
para chegar ao córtex cerebral dessa pessoa? Considere, 
para facilitar os cálculos, que a velocidade de propaga-
ção do estímulo seja constante e igual a 180 km/h.
A) 18 ms
B) 24 ms
C) 36 ms
D) 42 ms
E) 48 ms
55. O elevador mais rápido do mundo está localizado no 
prédio Shanghai Tower, na China, edifício com 632 m de 
altura e 128 andares, além de três subsolos. O elevador 
atinge a incrível velocidade de 20,5 m/s ou, aproximada-
mente, 74 km/h.
O arranha-céu Shanghai Tower iluminado durante a noite.
Sabendo-se que a massa do elevador mais a de seus 
ocupantes é igual a 500 kg, e considerando que os cabos 
que sustentam esse conjunto sejam ideais, calcule a po-
tência do motor que move esse elevador para cima em 
sua velocidade máxima e constante.
LU
C
A
 R
E
I/S
H
U
T
T
E
R
S
T
O
C
K
Note e adote:
• g = 10 m/s2
A) 102 500 W
B) 10 250 W
C) 205 000 W
D) 20 500 W
E) 307 500 W
56. Em uma aula de laboratório de Física, o professor apre-
senta aos alunos um equipamento elétrico de valores 
nominais 20 V – 40 W, um gerador ideal de força ele-
tromotriz igual a 30 V, além de uma caixa de resistores 
de diversas resistências elétricas diferentes, que devem 
ser associadas em série ao equipamento para não dani-
ficá-lo.
Nessas condições, qual o valor da resistência elétrica do 
resistor que deve utilizado?
A) 1 Ω
B) 5 Ω
C) 10 Ω
D) 20 Ω
E) 30 Ω
57. João Paulo (JP) e Pedro Henrique (PH) seguram duas 
cordas distintas que apresentam uma de suas extremida-
des presas a uma parede. Inicialmente, as cordas se en-
contram em repouso e dispostas horizontalmente. Eles 
desejam saber quem é capaz de produzir ondas que se 
propagam com a maior velocidade nessas cordas. Simul-
taneamente, PH e JP começam a produzir ondas trans-
versais e, após um mesmo intervalo de tempo, as duas 
cordas assumem as configurações mostradas a seguir.
A razão entre a velocidade das ondas de PH e a velocida-
de das ondas de JP (vPHvJP ) e a razão entre a frequência de 
oscilação de PH e a frequência de oscilação de JP ( fPHfJP ) valem respectivamente: 
A) 1 e 1.
B) 1,6 e 1,6.
C) 1 e 1,6.
D) 1,6 e 1.
E) 4,0 e 2,5.
L
JP
L
PH
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58. Um cubo de gelo, inicialmente a 0 ºC e de massa 1,0 kg, 
está completamente submerso em 3,0 kg de água, inicial-
mente a 16 ºC, e preso por meio de um fio ideal, de ca-
pacidade térmica desprezível, ao fundo de um recipiente 
adiabático, conforme representado na figura.
Considere que ocorra troca de calor exclusivamente en-
tre a água e o gelo e que, à medida que o gelo derrete, 
o fio continue prendendo o cubo de gelo ao fundo do 
recipiente.
Dados:
• Calor específico da água: 1 cal/g · ºC
• Calor específico do gelo: 0,5 cal/g · ºC 
• Calor latente de fusão do gelo: 80 cal/g
Nessas condições, à medida que ocorrem as trocas de 
calor entre o gelo e a água, o comportamento da força de 
tração aplicada pelo fio é tal que sua intensidade
A) se mantém constante desde o início até o equilíbrio 
térmico.
B) se mantém constante até que, no equilíbrio térmico, 
se torna nula.
C) vai diminuindo até que, no equilíbrio térmico, se torna 
nula.
D) vai diminuindo até atingir um valor mínimo, não nulo, 
no equilíbrio térmico.
E) vai aumentando até atingir um valor máximo, no 
equilíbrio térmico. 
59. Uma pequena lâmpada acesa L se encontra presa a uma 
parede P. Diante da parede e paralelamente a ela, existe 
um espelho plano E, retangular, cuja superfície refletora 
apresenta uma área A. Esse espelho, por reflexão, gera 
uma região iluminada na própria parede P.
A superfície iluminada por reflexão na parede P apresen-
ta uma área igual a
A) 
A
2
.
B) A.
C) 2A.
D) 4A.
E) 8A.
P
L
E
Rascunho
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60. O termômetro digital óptico passou a ser um instrumen-
to de aferição de temperatura comum no cotidiano das 
pessoas. Uma de suas vantagens é que ele não necessita 
estar em contato com a pele da pessoa examinada, uma 
vez que a temperatura é obtida a partir da análise da fre-
quência da radiação térmica do corpo da pessoa.
A radiação térmica emitida pelos seres humanos se en-
contra na faixa do espectro das ondas eletromagnéticas 
conhecida como
A) infravermelho.
B) luz visível.
C) ultravioleta.
D) micro-ondas.
E) radiação gama.
61. Quando radiações eletromagnéticas com certas frequên-
cias atingem uma superfície metálica, a interação entre 
os fótons e a estrutura do metal acaba ejetando elétrons, 
com certa energia cinética (Ec). Esse fenômeno, conheci-
do como efeito fotoelétrico, foi objeto de estudo de mui-
tos cientistas, culminando com o trabalho de Einstein, 
laureado com o prêmio Nobel, no início do século XX.
A energia cinética dos elétrons ejetados (fotoelétrons) é 
dada pela equação de Einstein para o efeito fotoelétrico:
Ec = h · f – ϕ0
em que h é a constante de Planck, f é a frequência da 
radiação incidente e ϕ0 é conhecida como “funçãotra-
balho”.
O gráfico que relaciona a energia cinética dos fotoelé-
trons de um metal em função da frequência da radiação 
incidente sobre ele é:
B
A
T
E
C
H
E
N
K
O
FF
F/
S
H
U
T
T
E
R
S
T
O
C
K
radiação
eletromagnética elétrons
ejetados
placa
metálica
2
2
2 2
2
2
2
2 2
Ec
fx
y
0
Com relação a esse gráfico, são feitas as seguintes afir-
mações:
 I. A inclinação da semirreta é a mesma para todos os 
metais.
 II. O valor de x corresponde à menor frequência que 
a radiação eletromagnética deve ter para ejetar elé-
trons do metal.
 III. O valor do módulo de y corresponde à energia mí-
nima que o fóton deve ter para ejetar um elétron da 
placa metálica.
É(São) correta(s) a(s) afirmação(ões):
A) I, II e III.
B) II e III, apenas.
C) I e II, apenas.
D) III, apenas.
E) II, apenas.
62. No sinuoso e conflitivo caminho que se abriu a partir 
das adesões, no Brasil, ao constitucionalismo português 
em 1821 [...], outros grupos sociais também foram mo-
bilizados, mas sem a capacidade de ação e decisão dos 
mais ricos e poderosos que foram, se não os únicos, sem 
dúvida os principais protagonistas da Independência. No 
plano político e ideológico, o constitucionalismo portu-
guês, inspirado no espanhol, se constituíra em uma po-
derosa fonte para a gradual conversão dessa comunhão 
de interesses em um projeto de um novo Estado e de 
uma nova nação. Com a fundação do Império do Brasil, 
o ano de 1823 se abria com a necessidade de se levar 
adiante essa tarefa.
PIMENTA, João Paulo. Independência do Brasil. 
São Paulo: Editora Contexto, 2022, p. 113.
Em meio a uma grande abertura de possibilidades de fu-
turo que estavam sendo criadas às elites brasileiras no 
processo de independência,
A) a defesa de um regime monárquico autônomo, com 
suas benesses nobiliárquicas, correspondia aos inte-
resses das Cortes de Lisboa em relação ao Brasil.
B) as divergências entre os abolicionistas e os escravis-
tas na Assembleia Constituinte do Brasil fortaleceram 
D. Pedro I e seus ideais federalistas.
C) o constitucionalismo português contou com depu-
tados brasileiros contrários a D. Pedro I defendendo 
interesses de Portugal e de D. João VI.
D) grandes comerciantes, fazendeiros e altos funcioná-
rios reais temiam que a ascensão de D. Pedro I ao tro-
no rebaixaria a condição do Brasil perante Portugal.
E) a Assembleia Constituinte do Brasil, convocada por D. 
Pedro I em junho de 1822, fundamentava-se em uma 
economia agrária, exportadora e escravista.
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63. O DEOPS/SP na Era Vargas foi um laboratório im-
portante para a aplicação das modernas práticas de or-
ganização burocrática, as quais estavam na agenda dos 
novos “técnicos” da administração pública. As diretivas 
da burocracia racional legal e de seu sistema eficiente de 
operações seriam disseminadas para os demais órgãos 
do Estado, sobretudo após a formação do DASP (Depar-
tamento Administrativo do Serviço Público) durante a 
ditadura do Estado Novo. A preocupação com a moder-
nização da polícia demonstrava a importância do depar-
tamento para a consolidação do regime. 
FLORINDO, Marcos Tarcisio. “O DEOPS/SP na Era Vargas: 
Crescimento institucional, administração burocrática e práticas 
tradicionais de atuação policial”. In: Aurora, Revista Programa 
de Pós-graduação em Ciências Sociais da Unesp de Marília, 
vol. 4, n. 1, 2010, p. 124-139.
Durante o Estado Novo, as atividades de investigação e 
de repressão desencadeadas pelo DEOPS/SP tornaram-
-se notórias pelo autoritarismo. Nesse contexto, a(s)
A) burocracia racional legal emprestava ao policiamento 
mais eficácia nas operações e na organização das in-
formações.
B) possibilidades do controle pelo temor diminuíram o 
próprio poder discricionário do policial nos cenários 
de conflito.
C) atuação dos comunistas no Estado Novo se valeu do 
fato de que os departamentos de segurança do Esta-
do receberam poucos investimentos.
D) sociedade brasileira era tomada como um campo de 
suspeição permanente, no qual mesmos os agentes 
do DASP foram encarcerados.
E) violência dos investigadores para controlar os confli-
tos sociais desrespeitava a harmonia social propagan-
deada por Vargas.
64. Analisando a economia e a população escravizada nas 
Minas Gerais durante a mineração, o historiador Carlos 
Magno Guimarães afirmou:
Após uma nítida queda a partir de 1738, a população 
escrava volta a crescer atingindo sua maior dimensão 
no século XIX, e não no século XVIII como seria de se 
esperar. 
GUIMARÃES, Carlos Magno. “Mineração, quilombos e Palmares 
– Minas Gerais no século XVIII”. In: GOMES, Flávio; REIS, João 
José (orgs.). Liberdade por um fio: história dos quilombos no 
Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 1996, p.139-163.
Levando em consideração o excerto e a relação entre o 
número de escravizados e o aquecimento da atividade 
econômica, pode-se afirmar que
A) o tráfico interno de escravizados foi mais que suficien-
te para suprir as demandas da atividade mineradora, 
que atingiu seu apogeu em Minas Gerais no século 
XIX.
B) relacionar número de escravizados  com intensidade 
de atividade econômica não é válido nas Minas Gerais 
do século XVIII, onde predominava o trabalho livre na 
mineração.
C) a crise da mineração na segunda metade do século 
XVIII não se transformou em uma crise geral da eco-
nomia mineira, pois outras atividades substituíram a 
extração do minério.
D) a variação na população escravizada seguiu o ritmo 
da extração do ouro na região, que atingiu seus pon-
tos altos no início e no fim do século XVIII e estagnou 
nas décadas intermediárias daquele século.
E) a crise da mineração gerou a estagnação econômica 
das Minas Gerais, com a multiplicação das alforrias 
de escravizados e a inversão de sentido do tráfico in-
terno de cativos.
65. 
A Constituição de 1891 definiu as bases institucio-
nais do novo regime – presidencialismo, federalismo e 
sistema bicameral – implementou uma série de mudan-
ças, para bem marcar a ruptura. A Igreja separou-se do 
Estado, e introduziu-se o registro de nascimento civil, ca-
samentos e mortes. A proposta federalista, por sua vez, 
organizava o novo regime em bases descentralizadas, 
dando às antigas províncias, agora transformadas em 
estados, maior autonomia e controle fiscal, e jogava por 
terra a crença do centralismo monárquico como agente 
de coesão nacional.
SCHWARCZ, Lilia M.; STARLING, Heloisa M. Brasil: uma 
biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015, p. 319-320.
A partir da leitura da imagem e do texto, pode-se afirmar 
que
A) apresentam contradição estrutural, pois enquanto o 
texto ressalta o federalismo, a imagem revela a cen-
tralização de poderes em Minas Gerais e São Paulo.
B) demonstram que as estruturas centralistas do Impé-
rio foram substituídas por uma República autoritária e 
centralista.
C) enquanto o texto revela uma República ingovernável, 
dado o seu caráter federalista, a imagem ressalta as 
disputas democráticas pela presidência.
D) enquanto o texto descreve as estruturas institucionais 
da Primeira República, a charge revela as tensões po-
líticas naquele contexto.
E) a política do café-com-leite reduziu a República a uma 
mera alternância entre as oligarquias mineira e pau-
lista, representando a consolidação de um regime po-
lítico centralizado.
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ANGLO VESTIBULARES ✶
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66. Cobertura florestal no território 
referente ao estado de São Paulo 
Data Área coberta por mata nativa
1800 81,8%
1850 70,5%
1907 58,0%
1920 45%
MARQUES, Luiz. Brasil, 200 anos de devastação. O que restará 
do país após 2022?. Estudos Avançados [on-line]. 2022, v. 36, 
n. 105, p. 169-184. Disponível em: https://doi.org/10.1590/ 
s20103-4014.2022.36105.011.

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