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Relatorio Anatomia

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
RELATÓRIO AULA PRÁTICA
NUTRIÇÃO
DISCIPLINA: ANATOMIA
NOME DO ALUNO: CARLOS EDUARDO ALVES SAMPAIO
RA: 2303394
POLO DE MATRÍCULA: LAPA
POLO DE PRÁTICA: UNIP VERGUEIRO/PARAÍSO
DATAS AULAS PRÁTICAS:
27/10/2023 28/10/2023
17/11/2023 18/11/2023
SÃO PAULO
2023
ATIVIDADES OBRIGATÓRIAS
INTRODUÇÃO 
Os conhecimentos anatômicos são indispensáveis para o profissional da área de saúde, que lida durante toda sua carreira com o corpo humano. A anatomia humana é o alicerce para a compreensão de outras disciplinas essenciais, como, por exemplo, a fisiologia, a patologia e a clínica. (VILICEV, 2020, p. 9).
O aprendizado da anatomia envolve, na maioria das vezes, trabalho árduo, pois os alunos devem se habituar à terminologia anatômica, bem como às peças anatômicas, que diversas vezes não se assemelham aos impressos nos atlas de anatomia. (VILICEV, 2020, p. 10).
Durante séculos, o interesse inato das pessoas em seus próprios corpos e capacidades físicas encontrou várias formas de expressão. […] Michelângelo foi um artista genial que captou o esplendor da forma humana em esculturas como David, e em pinturas como as da Capela Sistina. (GRAAFF, 2003, Cap. 1, p. 3).
Como descrito por (GRAAFF, 2003), no passado, a anatomia humana era principalmente descritiva, focada em identificar estruturas do corpo. Hoje, seu valor reside na abordagem funcional e aplicações clínicas, proporcionando insights cruciais para o desempenho físico e saúde do corpo, destacando a importância da evolução histórica da disciplina.
Assim sendo, vemos que anatomia humana é a ciência que estuda a estrutura e organização do corpo humano. Uma disciplina fundamental para profissionais da saúde, proporcionando uma compreensão detalhada dos sistemas e órgãos que compõem o organismo humano. Este relatório tem como objetivo analisar e discutir os principais conceitos anatômicos abordados durante o período das aulas práticas, destacando a importância do conhecimento anatômico para diversas áreas da saúde. Ao longo deste relatório, serão explorados temas como os sistemas dos músculos esqueléticos, circulatório, nervoso, entre outros. A compreensão profunda da anatomia é essencial para o diagnóstico, tratamento e prevenção de doenças, bem como para o avanço contínuo da medicina moderna.
OBJETIVO ROTEIRO 1:
(RECONHECER AS ESTRUTURAS DO ESQUELETO AXIAL).
O sistema esquelético adulto consiste em aproximadamente 206 ossos. O número exato de ossos difere de uma pessoa para outra dependendo da idade e de fatores genéticos. Por ocasião do nascimento, o esqueleto apresenta em torno de 270 ossos. Como o desenvolvimento (ossificação) dos ossos ocorre mais durante a infância, o número aumenta. Durante a adolescência, porém, o número de ossos diminui, à medida que ossos separados gradualmente vão se fundindo. Cada osso é de fato um órgão que desempenha uma parte no funcionamento global do sistema esquelético. A ciência que se relaciona com o estudo dos ossos chama-se osteologia. (GRAAFF, 2003 p. 132).
Alguns adultos têm ossos extranumerários no interior das suturas (articulações) do crânio chamados ossos suturais (wor-osso wormiano: de Ole Worm, médico dinamarquês). Ossos extranumerários podem se desenvolver em ten-dões em resposta a tensões quando os tendões se movem repeti-damente ao longo de uma articulação. Os ossos assim formados são chamados ossos sesamóides. Ossos sesamóides, como os ossos suturais, variam em número. As patelas são dois ossos sesamóides que todas as pessoas possuem. (GRAAFF, 2003, p. 132).
Para conveniência do estudo, o esqueleto é dividido em par-tes axial e apendicular, resumido na tabela a seguir, o esqueleto axial consiste nos ossos que formam o eixo do corpo, sustentam e protegem os órgãos da cabeça, pescoço e tronco. Os componentes do esqueleto axial são os seguintes: 
1. Crânio. O crânio consiste em dois conjuntos de ossos: os ossos do crânio que formam o crânio, ou caixa encefálica, e os ossos da face que dão suporte aos olhos, ao nariz e formam o arcabouço ósseo da cavidade oral. (GRAAFF, 2003, p. 132).
2. Ossículos da audição. Três ossículos da audição (“ossos da orelha”) estão presentes na cavidade da orelha média em cada orelha e servem para transmitir impulsos sonoros. (GRAAFF, 2003, p. 132).
3. Osso hióide. O osso hióide está localizado acima da laringe (“caixa da voz”) e debaixo da mandíbula. Sustenta a língua e auxilia na deglutição. (GRAAFF, 2003, p. 132).
4. Coluna vertebral. A coluna vertebral consiste em 26 ossos isolados separados por discos intervertebrais cartilaginosos. Na região pélvica, várias vértebras estão fundidas para formar o sacro que é a porção de fixação do cíngulo do membro inferior. Algumas poucas vértebras finais estão fundidas para formar o cóccix (“osso da cauda”). (GRAAFF, 2003, p. 132).
5. Caixa torácica. A caixa torácica forma o arcabouço ósseo e cartilaginoso do tórax. Articula-se posteriormente com as vértebras torácicas e incluem os 12 pares de costelas, o osso plano esterno e as cartilagens costais que ligam as costelas ao esterno. (GRAAFF, 2003, p. 132).
Fonte: Anatomia humana – 6ª Ed. VAN DE GRAFF, 2003.
Figura 1: Esqueleto humano. (a) Vista anterior e (b) vista posterior. A porção axial está colorida em azul claro.
Fonte: Anatomia humana – 6ª Ed. VAN DE GRAAFF, 2003.
Figura 2. Tabela ossos do esqueleto adulto. Fonte: Anatomia humana – 6ª Ed. VAN DE GRAAFF, 2003.
Figura 3: Osso em hematopoiese. Fonte: Anatomia humana – 6ª Ed. VAN DE GRAAFF, 2003.
OSSO:
O osso é uma estrutura vital no corpo humano, composta por componentes inorgânicos incrivelmente duráveis que resistem à decomposição mesmo após a morte. Além de seu papel estrutural, os ossos têm diversas funções essenciais no corpo: (GRAAF, 2003).
1. Sustentação: O esqueleto forma um arcabouço rígido que suporta tecidos moles e órgãos. Surpreendentemente, os 206 ossos do esqueleto suportam uma massa de músculos e órgãos até cinco vezes maior que a deles próprios.
2. Proteção: O crânio e a coluna vertebral protegem o encéfalo e a medula espinal, enquanto a caixa torácica protege órgãos vitais como coração, pulmões, vasos sanguíneos, fígado e baço. Certos ossos também abrigam a produção de células sanguíneas vermelhas, protegendo esse processo vital.
3. Movimentos do corpo: Os ossos servem como pontos de fixação para os músculos esqueléticos, permitindo movimentos quando os músculos se contraem. Eles funcionam como alavancas, com articulações atuando como pivôs para movimentar o corpo.
4. Hematopoiese: Esse é o processo de formação das células sanguíneas, ocorrendo na medula óssea vermelha interna de alguns ossos. A medula óssea vermelha é responsável por produzir aproximadamente 2,5 milhões de células sanguíneas vermelhas a cada segundo, substituindo as células antigas destruídas pelo fígado.
5. Armazenamento de gorduras: Certos ossos possuem cavidades medulares que armazenam lipídios no tecido adiposo, conhecido como medula óssea amarela.
6. Armazenamento de minerais: Os ossos armazenam minerais essenciais, principalmente cálcio e fósforo, que compõem dois terços de seu peso, conferindo-lhes dureza e força. Cerca de 95% do cálcio e 90% do fósforo do corpo estão nos ossos e dentes. Esses minerais são vitais para funções como contração muscular, coagulação sanguínea e atividades celulares. A falta desses minerais na dieta pode levar à extração dos ossos para compensar. Além disso, o tecido ósseo também armazena quantidades menores de magnésio, sódio, flúor e estrôncio. A vitamina D facilita a absorção de cálcio e fósforo pelo intestino.
(GRAAFF, 2003).
 Figura 4: Tipos de ossos classificados de acordo com a forma. 
Fonte: Anatomia humana – 6ª Ed. VAN DE GRAAFF, 2003.
Assim, os ossos não são apenas estruturas estáticas; são dinâmicos e adaptáveis, desempenhando papéis cruciais na sustentação, proteção, movimento, produção de células sanguíneas e armazenamento de gordura no corpo humano. (GRAAFF, 2003).
FORMA DOSOSSOS:
Os ossos do esqueleto são classificados de acordo com sua forma em quatro categorias principais: ossos longos, ossos curtos, ossos planos e ossos irregulares. (GRAAF, 2003, p. 135).
1. Ossos longos. Os ossos longos são aqueles em que o comprimento predomina sobre a largura e funcionam como alavancas. A maioria dos ossos dos membros superior e inferior pertencem a esse tipo (p. ex., úmero, rádio, ulna, ossos metacarpais, fêmur, tíbia, fíbula, ossos metatarsais e falanges). (GRAAFF, 2003, p. 136).
2. Ossos curtos. Os ossos curtos são aqueles cuja forma aproxima-se a de um cubo e são encontrados no punho e no tornozelo onde eles transferem forças de movimentos. (GRAAFF, 2003, p. 136).
3. Ossos planos. Os ossos planos são aqueles que apresentam uma superfície larga para a inserção de músculos ou proteção de órgãos subjacentes (p.ex., os ossos do crânio, costelas e ossos do cíngulo do membro superior). (GRAAFF, 2003, p. 136).
4. Ossos irregulares. Os ossos irregulares são aqueles que variam de forma e apresentam várias superfícies para inserções musculares ou para articulações (p.ex., as vértebras e certos ossos do crânio). (GRAAFF, 2003, p. 136).
Figura 4: Tipos de ossos classificados de acordo com a forma. 
Fonte: Anatomia humana – 6ª Ed. VAN DE GRAAFF, 2003.
ESTRUTURA DE UM OSSO LONGO TÍPICO:
De acordo com (GRAAFF, 2003), os ossos longos do esqueleto possuem uma estrutura específica, com a diáfise (corpo do osso) envolvendo uma cavidade medular contendo medula óssea amarela em adultos. As extremidades do osso são chamadas epífises, compostas por osso esponjoso envolvido por osso compacto. A medula óssea vermelha, responsável pela produção de células sanguíneas, é encontrada nas cavidades porosas do osso esponjoso. O crescimento ósseo ocorre na lâmina epifisial cartilagínea entre a diáfise e a epífise. O periósteo, uma camada vascularizada, cobre o osso, exceto sobre a cartilagem articular, e permite o crescimento em largura.
Figuras 5 e 6: A esquerda osso longo (úmero) exposto em um corte longitudinal parcial. À direita corte do crânio expondo o díploe, uma camada de osso esponjoso interposta entre as duas lâminas de osso compacto, extremamente forte apesar do peso leve.
Fonte: Anatomia humana – 6ª Ed. VAN DE GRAAFF, 2003.
CRÂNIO:
OSSO FRONTAL:
O osso frontal forma a parte anterior do teto do crânio, a fronte, o teto da cavidade nasal, e os arcos superiores das órbitas que contêm os bulbos dos olhos. O osso frontal se desenvolve em duas metades que crescem conjuntamente e, de modo geral, estão completamente fundidas em torno dos 5 ou 6 anos de idade. Uma sutura, às vezes, persiste entre essas duas partes além da idade de 6 anos e chama-se sutura metópica. A margem supra-orbital é uma crista óssea proeminente sobre a órbita. (GRAAFF, 2003, p. 145).
Figura 7. Vista anterior e lateral do crânio. Fonte: Anatomia humana – 6ª Ed. VAN DE GRAAFF, 2003.
OSSO NASAL:
Os pequenos retangulares ossos nasais unem-se na linha mediana para formar o dorso do nariz. Tais ossos nasais suportam as flexíveis lâminas cartilagíneas, que participam do arcabouço do nariz. (GRAAFF, 2003, p. 155).
Figura 8: Osso nasal. Fonte: Anatomia humana – 6ª Ed. VAN DE GRAAFF, 2003.
OSSO ZIGOMÁTICO:
Os dois ossos zigomáticos (“maçãs do rosto”) formam os contornos laterais da face. Um prolongamento posterior deste osso, o processo temporal, une-se com o processo zigomático do osso temporal para formar o arco zigomático. O osso zigomático também forma a margem lateral da órbita. Um pequeno forame zigomaticofacial, localizado na face ântero-lateral desse osso, permite a passagem dos vasos e nervos zigomáticos. (GRAAFF, 2003, p. 155).
Figura 9: Osso zigomático. Fonte: SOBOTTA: Sobotta J. Atlas de Anatomia Humana. 21 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.
VÔMER:
O vômer é um osso fino, plano que forma a maior parte do septo nasal ósseo. Juntamente com a lâmina perpendicular do osso etmóide, sustenta a camada da cartilagem do septo nasal que forma a maior parte da porção anterior do septo nasal. (GRAAFF, 2003, p. 157).
Figura 10: Vômer. Fonte Fonte: SOBOTTA: Sobotta J. Atlas de Anatomia Humana. 21 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.
CONCHA INFERIOR NASAL:
As duas conchas nasais inferiores são frágeis ossos em espiral que se projetam horizontalmente e medialmente das paredes laterais da cavidade nasal, e se estendem em direção à cavidade nasal imediatamente abaixo das conchas nasais superior e média que são partes do osso etmóide. As conchas nasais inferiores são as maiores dos três pares de conchas e, como as outras duas, também são recobertas com uma túnica mucosa para aquecer, umedecer e limpar o ar inalado. (GRAAFF, 2003, p. 155).
Figura 11: Corte da concha inferior nasal. Fonte: Anatomia humana – 6ª Ed. VAN DE GRAAFF, 2003.
OSSO LACRIMAL:
Os delicados ossos lacrimais formam a parte anterior da parede medial de cada órbita, e são os menores ossos da face. Cada um tem um sulco lacrimal – um sulco que ajuda a formar o canal lacrimonasal. Esta abertura permite que as lágrimas do olho escoem para a cavidade nasal.
Figura 12: Corte vista anterior do crânio, osso lacrimal em evidência. Fonte: Anatomia humana – 6ª Ed. VAN DE GRAAFF, 2003.
OSSO PARIETAL:
Os dois ossos parietais formam as partes laterais superiores e o teto do crânio. A sutura coronal separa o osso frontal dos ossos parietais e a sutura sagital, ao longo da linha mediana superior, separa o parietal direito do parietal esquerdo. A superfície côncava interna de cada osso parietal, como também as superfícies côncavas internas dos outros ossos do crânio, estão marcadas por impressões rasas das circunvoluções do cérebro e dos vasos que se destinam ao encéfalo. (GRAAFF, 2003, p. 146).
Figura 13: Vista lateral do crânio. Fonte: Anatomia humana – 6ª Ed. VAN DE GRAAFF, 2003.
Imagem 14: Vista sagital do crânio. Fonte: Anatomia humana – 6ª Ed. VAN DE GRAAFF, 2003.
OSSO TEMPORAL:
Os dois ossos temporais formam as partes laterais inferiores do crânio. Cada osso temporal está unido ao osso parietal adjacente pela sutura escamosa. Estruturalmente, cada osso temporal tem quatro partes. (GRAAFF, p. 146)
1. Parte escamosa. A parte escamosa é uma lâmina achatada de osso nas laterais do crânio. Projetando-se para diante encontra-se o processo zigomático que forma a parte posterior do arco zigomático. Na superfície inferior da parte escamosa está a fossa mandibular semelhante a uma taça que forma uma articulação com o processo condilar da mandíbula, a articulação temporomandibular. (GRAAFF, 2003, p. 146).
2. Parte timpânica. A parte timpânica do osso temporal contém o meato acústico externo, ou canal da orelha, que é posterior à fossa mandibular. Um fino e pontiagudo processo estilóide projetase inferiormente a partir da parte timpânica. (GRAAFF, 2003, p. 151).
3. Parte mastóidea. O processo mastóide, uma projeção arredondada posterior ao meato acústico externo, corresponde à massa da parte mastóidea. O forame mastóideo está diretamente atrás do processo mastóide. O forame estilomastóideo, localizado entre os processos mastóide e estilóide, propicia a passagem para parte do nervo facial. (GRAAFF, 2003, p. 151).
4. Parte petrosa. A parte petrosa pode ser vista no soalho do crânio. As estruturas da orelha média e da orelha interna estão alojadas nesta densa parte do osso temporal. O canal carótico e o forame jugular margeiam o lado medial da parte petrosa na junção dos ossos temporal e occipital. Pelo canal carótico passa a artéria carótida interna levando sangue para o encéfalo, e pelo forame jugular drena-se o sangue do encéfalo através da veia jugular in- terna. Três nervos cranianos também passam pelo forame jugular. (GRAAFF, 2003, p. 151).
Figura 15: Vista ínfero-lateral do crânio. Fonte: Anatomia humana – 6ª Ed. VAN DE GRAAFF, 2003.
Figura 16: Osso temporal vista lateral. Fonte: Fonte: Anatomia humana – 6ª Ed. VAN DE GRAAFF, 2003.
O esqueleto da cabeça ou esqueleto cefálicoabrange os ossos do crânio e os ossos da face ou viscerocrânio. Consiste, portanto, em uma sequência de ossos que em sua maioria estão unidos entre si por articulações imóveis, com exceção realizada apenas para a mandíbula, que se articula com o osso temporal pela articulação sinovial, a articulação temporomandibular. Ele é composto por 22 ossos divididos em duas partes: o neurocrânio e os ossos da face. (VILICEV, 2020, p. 94).
O neurocrânio envolve os ossos relacionados à proteção dos órgãos do sistema nervoso central. Ele é formado pelos seguintes ossos: frontal, temporal, etmoide, esfenoide, parietal e occipital. (VILICEV, 2020, p. 94).
Os ossos da face estão relacionados aos órgãos dos sentidos: o paladar, a visão e o olfato. Além disso, ancoram os músculos da expressão facial. Eles são formados pelos seguintes ossos: maxilas, mandíbula, palatinos, vômer, nasais, zigomáticos, lacrimais e conchas nasais inferiores. Exceto a mandíbula, os demais ossos da face se articulam com as maxilas, que servem de implantação dos dentes superiores. (VILICEV, 2020, p. 94).
Figura 17: Crânio. Fonte: SOBOTTA: Sobotta J. Atlas de Anatomia Humana. 21 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.
Figura 6: Vista sagital do crânio. Fonte: Anatomia humana – 6ª Ed. VAN DE GRAAFF, 2003.
O crânio consiste em ossos do crânio e ossos da face. Os oito ossos do crânio articulam-se firmemente uns com os outros para envolver e proteger o encéfalo e os órgãos dos sentidos. Os 14 ossos da face formam o arcabouço da região facial e sustentam os dentes. Variações em tamanho, forma e densidade dos ossos da face são as principais contribuições para a individualidade de cada face humana. Os ossos da face, com exceção da mandíbula, estão também firmemente interligados uns aos outros e com os ossos do crânio. A cabeça apresenta várias cavidades. A cavidade do crânio é a maior, com capacidade aproximada de 1.300 a 1.350 cc. A cavidade nasal é formada por ossos do crânio e da face e está dividida em duas câmaras pelo septo nasal formado por ossos e cartilagens. Quatro conjuntos de seios paranasais, localizados no interior dos ossos que contornam a região nasal, comunicam-se através de ductos com a cavidade nasal. As cavidades das orelhas média e interna estão posicionadas sob a cavidade do crânio e alojam os órgãos da audição e do equilíbrio. As duas órbitas para os bulbos dos olhos estão formadas por ossos do crânio e da face. A cavidade oral (boca), que é apenas parcialmente formada por ossos, está inteiramente dentro da região facial.
Durante o desenvolvimento fetal e na infância, os ossos do crânio estão separados por tecido fibroso. Também há seis áreas grandes de tecido conjuntivo membranáceo que cobrem os espaços entre os ossos em desenvolvimento. Essas folhas membranáceas são chamadas fontículos, o que significa “pequenas fontes”. O nome deriva do fato que a pulsação de um bebê pode ser percebida nestas “regiões moles” no crânio. Os fontículos permitem ao crânio sofrer mudanças na forma, chamada moldagem, durante a parturição (parto), e eles acomodam o rápido crescimento do cérebro durante a infância. A ossificação dos fontículos geralmente se completa entre 20 e 24 meses de idade. Os fontículos estão ilustrados na figura a seguir e descritos logo em seguida. (GRAAF, 2003, p. 144).
Segundo observamos em (Anatomia humana, 6ª edição, 2009, MARTINI; MICHAEL; TIMMONS), as margens (limites) dos ossos do crânio estão unidas por meio de articulações fixas, denominadas suturas. Nas suturas, os ossos unem-se firmemente por meio de tecido conectivo fibroso denso. A cada uma das suturas do crânio é atribuído um nome, as cinco suturas principais são: a lambdóidea, a sagital, a coronal, a escamosa e a frontonasal.
1. Sutura lambdóidea. A sutura lambdóidea perfaz trajeto em arco na superfície posterior do crânio, separando o osso occipital dos ossos parietais. Um ou mais ossos suturais (ossos wormianos) podem ser encontrados ao longo desta sutura; eles variam em tamanho, entre um grão de areia e uma moeda.
Figura 18: vista posterior (norma occipital). Fonte: Amatomia humana 6ª Ed. MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
2. Sutura sagital. A sutura sagital inicia-se no ponto mediano da sutura lambdóidea e estende-se anteriormente entre os ossos parietais até a sutura coronal.
Figura 19: Vista superior (norma vertical). Fonte: Amatomia humana 6ª Ed. MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
 
3. Sutura coronal. Anteriormente, a sutura sagital termina na intersecção com a sutura coronal. A sutura coronal cruza a superfície superior do crânio, separando o osso frontal (anterior) dos ossos parietais (posteriores). Os ossos occipitais, parietais e frontal formam a calvária, também é denominada “calota craniana”.
 Fonte: Amatomia humana 6ª Ed. MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
Figura 20: vista superior (norma vertical) Fonte: Amatomia humana 6ª Ed. MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
4. Sutura escamosa. Uma sutura escamosa em cada superfície lateral do crânio marca os limites entre o osso temporal e o osso parietal.
Figura 21: vista lateral, (norma lateral). Fonte: Amatomia humana 6ª Ed. MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
5. Sutura frontonasal. A sutura frontonasal é o limite superior dos ossos nasais com o osso frontal.
Figura 22: vista anterior, (norma frontal). Fonte: Amatomia humana 6ª Ed. MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
Figura 23: Crânio fetal mostrando os seis fontículos e as suturas. (a) Vista lateral direita e (b) vista superior.
Fonte: Anatomia humana – 6ª Ed. VAN DE GRAAFF, 2003.
1. Fontículo anterior (frontal). O fontículo anterior tem a forma de um losango e é o mais proeminente. Está localizado na porção ântero-mediana do crânio. (GRAAFF, 2003, p. 145).
2. Fontículo posterior (occipital). O fontículo posterior está posicionado na parte de trás do crânio na linha mediana. Também tem a forma de um losango, mas é menor que o fontículo anterior. (GRAAFF, 2003, p. 145).
3. Fontículo ântero-lateral (esfenoidal). O par de fontículos ântero-laterais, encontrado em ambos os lados do crânio, lateralmente ao fontículo anterior, é relativamente pequeno e de forma irregular. (GRAAFF, 2003, p. 145).
4. Fontículo póstero-lateral (mastóideo). O par de fontículos póstero-laterais, também de forma irregular, está localizado nos lados póstero-laterais do crânio. (GRAAFF, 2003, p. 145).
Figura 24: Visão posterior de um corte frontal do crânio, ossos da órbita. 
Fonte: Anatomia humana – 6ª Ed. VAN DE GRAAFF, 2003.
Segundo (GRAAFF, 2003) a força dos ossos vem de seus componentes inorgânicos duráveis, essenciais para entender animais pré-históricos. Apesar de associarmos ossos a estruturas secas, eles são dinâmicos e desempenham várias funções no corpo, como sustentação, proteção, produção de células sanguíneas e armazenamento de minerais e gordura.
OSSO OCCIPITAL:
O osso occipital forma a parte posterior e a maior parte da base do crânio, e articula-se com os ossos parietais pela sutura lambdóide. O forame magno é o grande buraco do osso occipital através do qual passa a medula espinal para se ligar ao tronco encefálico. Em cada lado do forame magno estão os côndilos do occipital, que se articulam com a primeira vértebra (o atlas) da coluna vertebral. Na margem ântero-lateral do côndilo occipital está o canal do nervo hipoglosso, através do qual passa o nervo hipoglosso. Um canal condilar encontra-se posterior ao côndilo do occipital. A protuberância occipital externa é uma proeminente projeção posterior no osso occipital que pode ser percebida como uma saliência logo debaixo da pele. A linha nucal superior é uma crista óssea que se estende lateralmente à protuberância occipital para a porção mastóidea do osso temporal. Ossos suturais são pequenos agrupamentos ósseos de forma irregular que freqüentemente aparecem ao longo da sutura lambdóide. (GRAAFF, p. 152).
Figura 25: Vista inferior do crânio. Fonte: Anatomia humana – 6ª Ed. VAN DE GRAAFF, 2003.
OSSÍCULOS DA AUDIÇÃO:
Três pequenos paresde ossos, chamados ossículos da audição, estão localizados no interior da cavidade da orelha média na parte petrosa do osso temporal. De fora para dentro, estes ossos são: martelo, bigorna e estribo. Seus movimentos transmitem impulsos sonoros através da cavidade da orelha média. (GRAAFF, 2003).
Figura 26: Ossículos. Fonte: Autoria própria.
OSSO HIOIDE.
Figura 27 e 28, osso Hioide visa látero-superior à esquerda, vista lateral oblíqua à direita. Fonte: SOBOTTA: Sobotta J. Atlas de Anatomia Humana. 21 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.
O osso hióide é singular, pois é a única parte do esqueleto que não se liga diretamente a nenhum outro osso. Está localizado na região do pescoço, debaixo da mandíbula, ligado ao processo estilóide do osso temporal pelos músculos estilo-hióideos e por ligamentos. O osso hióide tem um corpo, dois cornos menores que se estendem anteriormente, e dois cornos maiores que se projetam posteriormente com os ligamentos estilo-hióideos. (GRAAFF, 2003).
O osso hióide sustenta a língua e proporciona inserção para alguns de seus músculos. Pode ser palpado colocando o dedo polegar e um outro dedo em ambos os lados da parte superior do pescoço debaixo das porções laterais da mandíbula e apertando com firmeza medialmente. Este osso é examinado cuidadosamente em uma autópsia quando se suspeita de estrangulamento, uma vez que freqüentemente é fraturado quando isso ocorre. (GRAAFF, 2003).
OSSO ESFENÓIDE:
Podemos ver em (Anatomia humana – 6ª Ed. VAN DE GRAFF, 2003) que o osso etmóide ocupa uma posição crucial na parte anterior do crânio, situado entre as órbitas e formando o teto da cavidade nasal. Uma projeção inferior conhecida como lâmina perpendicular desce, formando a parte superior do septo nasal ósseo, dividindo a cavidade nasal em duas câmaras distintas chamadas cavidades nasais. Nas laterais da lâmina perpendicular, existe uma estrutura delicada, mas significativa, que cobre as células aéreas etmoidais, formando o seio etmoidal. Além disso, a espinha da lâmina perpendicular, chamada crista etmoidal, estende-se superiormente na cavidade craniana, servindo como ponto de fixação para as meninges que cobrem o cérebro. Nas paredes laterais da cavidade nasal, encontram-se duas lâminas espiraladas do osso etmóide, conhecidas como conchas nasais superior e média, ou turbinados. Essas estruturas desempenham um papel crucial na regulação do fluxo de ar e umidade durante a respiração. Em um ângulo reto com a lâmina perpendicular, no soalho do crânio, encontra-se a lâmina cribriforme, que possui numerosos forames cribriformes. Esses forames servem como passagens para as raízes do nervo olfatório da cavidade nasal, permitindo a percepção do olfato. A complexidade anatômica do osso etmóide desempenha diversas funções essenciais no sistema respiratório e no suporte estrutural do crânio. (GRAAFF, 2003).
Figura 29: Osso esfenoide (a) vista superior, (b) vista posterior. Fonte: Anatomia humana – 6ª Ed. VAN DE GRAAFF, 2003.
OSSO ETMÓIDE:
(GRAAFF, 2003) mostra que, o osso etmoide está localizado na parte anterior do soalho do crânio, entre as órbitas, formando o teto da cavidade nasal. Uma projeção inferior do osso etmoide, chamada lâmina perpendicular, forma a parte superior do septo nasal ósseo, dividindo a cavidade nasal em duas câmaras chamadas cavidades nasais. Em cada lado da lâmina perpendicular encontra-se uma delicada massa óssea que recobre as células aéreas etmoidais, formando o seio etmoide. A espinha da lâmina perpendicular, conhecida como crista etmoidal, projeta-se superiormente na cavidade do crânio e serve como ponto de fixação para as meninges que recobrem o encéfalo. Nas paredes laterais da cavidade nasal, encontram-se duas lâminas espiraladas do osso etmoide, as conchas nasais superior e média, também chamadas turbinados. Em ângulo reto com a lâmina perpendicular, no soalho do crânio, está a lâmina cribriforme, que possui numerosos forames cribriformes para a passagem das raízes do nervo olfatório da cavidade nasal.
Figura 30 e 31: (Esquerda) parede lateral da cavidade nasal, (direita) vista anterior do osso etimóide.
Fonte: Anatomia humana – 6ª Ed. VAN DE GRAAFF, 2003.
MAXILA:
As duas maxilas se unem na linha mediana para formar o arco dental maxilar, que contêm os dentes superiores. Incisivos, caninos, pré-molares e molares estão ancorados nos alvéolos dentais, no interior dos processos alveolares da maxila. O processo palatino, uma lâmina horizontal da maxila, forma a maior parte do palato duro, ou teto da boca. O forame incisivo está localizado na região anterior do palato duro, atrás dos incisivos. Um forame infra-orbital localiza-se embaixo de cada órbita e serve como passagem para o nervo e a artéria infraorbitais em direção ao nariz. A aber- tura final na maxila é a fissura orbital inferior, que se localiza entre a maxila e a asa maior do esfenóide e é a abertura externa para o nervo maxilar, ramo do nervo trigêmeo e vasos infra-orbitais. O grande seio maxilar localizado no interior da ma- xila é um dos quatro seios paranasais. (GRAAFF, 2003, p. 155).
Figura 32: A maxila (a) vista lateral, (b) vista medial. Fonte: Anatomia humana – 6ª Ed. VAN DE GRAAFF, 2003.
MANDÍBULA:
A mandíbula é o maior e mais forte osso da face, está ligado ao crânio pela articulação temporomandibular, e é o único osso móvel do crânio. A parte anterior da mandíbula em forma de ferradura e suas partes laterais horizontais constituem o corpo. Estendendo-se verticalmente na parte posterior do corpo estão os dois ramos. Na margem superior de cada ramo encontra-se o processo condilar assemelhando-se a um botão que se articula com a fossa mandibular do osso temporal, e um processo coronóide em ponta para a inserção do músculo temporal. A área escavada entre estes dois processos é chamada de incisura da mandíbula. O ângulo da mandíbula é o local onde o corpo hori- zontal e o ramo vertical se encontram no canto da mandíbula. (GRAAFF, 2003).
Dois conjuntos de forames estão associados à mandíbula: o forame mentual, na face ântero-lateral do corpo da mandíbula de- baixo do primeiro molar, e o forame da mandíbula, na face medial do ramo. O nervo e os vasos mentuais passam através do forame mentual, e o nervo e os vasos alveolares inferiores passam através do forame da mandíbula. Vários músculos que fecham a mandíbula se estendem do crânio para a mandíbula. A mandíbula de um adulto sustenta 16 dentes dentro dos al- véolos dentais que completam a oclusão com 16 dentes da maxila. (GRAAFF, 2003).
Figura 33: Mandíbula. Fonte: Anatomia humana – 6ª Ed. VAN DE GRAAFF, 2003.
OSSO PALATINO:
O osso palatino em forma de L constitui o terço posterior do palato duro, uma parte da órbita e uma parte da cavidade nasal. As lâminas horizontais dos palatinos contribuem para a formação do palato duro. No ângulo posterior do palato duro encontra-se o forame palatino maior que permite a pas- sagem do nervo palatino maior e vasos palatinos descendentes. Dois ou mais pequenos forames palatinos menores estão posicionados posteriormente ao forame palatino maior. Ramos do nervo palatino menor passam através dessas aberturas. (GRAAFF, 2003, p. 155).
Figura 34: Mandíbula. Fonte: Anatomia humana – 6ª Ed. VAN DE GRAAFF, 2003.
TÓRAX: 
Podemos analisar em (Anatomia humana – 6ª Ed. VAN DE GRAAFF, 2003), que a caixa torácica, flexível, de forma cônica consiste em vértebras torácicas, com 12 pares de costelas, cartilagens costais e o esterno. Recobre e protege as vísceras torácicas e está diretamente envolvida na mecânica respiratória.
 Figura 35: Coluna vertebral de um adulto. Fonte: Anatomia humana – 6ª Ed. VAN DE GRAAFF, 2003.
ESTERNO:
O esterno é um osso alongado e achatado que consiste em três ossos separados: o manúbrio do esterno, superior, o corpo do esterno central, e o processo xifóide, mais inferior, e freqüentemente cartilagíneo. (GRAAFF, 2003 p. 164).
Figura 36: Osdo esterno. Fonte: autoria própria.
Nos lados laterais do esterno estão as incisuras costais onde as cartilagens costaisse ligam. Forma-se uma incisura jugular na extremidade superior do manúbrio do esterno, e uma incisura clavicular para articulação com a clavícula está presente em ambos os lados da incisura jugular. O manúbrio do esterno articula-se com as cartilagens costais da primeira e segunda costelas. O corpo do esterno liga-se às cartilagens costais da segunda até a décima costela. O processo xifóide não se prende às costelas, mas é um ponto de inserção para os músculos abdominais. As cartilagens costais da oitava, nona e décima costelas fundem-se para formar o arco costal da caixa torácica. Um ângulo infra-esternal se forma onde os dois arcos costais se encontram junto ao processo xifóide. O ângulo do esterno (ângulo de Louis) pode ser palpado como uma elevação entre o manúbrio do esterno e o corpo do esterno ao nível da segunda costela. O ângulo infra-esternal, os arcos costais e o ângulo do esterno são pontos de reparo de superfície importantes do tórax e do abdômen. (GRAAFF, 2003 p. 164).
COLUNA:
A coluna vertebral de um adulto tem quatro curvaturas denominadas de acordo com a região onde se verificam. Os corpos das vértebras são separados por discos intervertebrais, que permitem a flexibilidade. (GRAAFF, 2003, p. 158). A coluna vertebral e a medula espinal do sistema nervoso constituem a coluna espinal que possue as seguintes funções: Sentação da cabeça e dos membros superiores. Capacitar o bipedalismo. Fornece a fixação de vários músculos, costelas e órgãos viscerais. Proteger a medula espinal e dar passagem aos nervos espinais.
Figura 37: Coluna vertebral de um adulto. Fonte: Anatomia humana – 6ª Ed. VAN DE GRAAFF, 2003.
A medula espinal, sustenta o crânio, permite seus movimentos, articulam com a caixa torácica e fornece a fixação para os músculos do tronco. Os discos intervertebrais dão flexibilidade à coluna vertebral e absorvem os impactos verticais. (GRAAFF, 2003, p. 158).
A coluna vertebral é normalmente composta por 33 vértebras individuais, algumas das quais encontram-se fundidas. Há 7 vértebras cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 3 a 5 sacrais fundidas, e 4 ou 5 coccígeas fundidas; assim, a coluna vertebral do adulto é constituída por um total de 26 vértebras móveis. As vértebras estão separadas por discos fibrocartilagíneos intervertebrais e seguras entre si por processos articulares e ligamentos, disposição estrutural que permite somente movimentos limitados da coluna vertebral como um todo. (GRAAFF, 2003, 159).
É possível observar que as sete vértebras cervicais são as menores e móveis do corpo, com a primeira, segunda e sétima consideradas atípicas. O corpo de uma vértebra cervical é pequeno em comparação com o forame vertebral triangular. Neste nível, a medula espinal contém a maioria das fibras nervosas que a conectam ao encéfalo e aos membros superiores. Descendo, o diâmetro da medula e do canal vertebral diminuem. As vértebras cervicais sustentam apenas o peso da cabeça, sendo leves. Em vértebras típicas (C III-C VI), o corpo é côncavo lateralmente, o processo espinhoso é curto e bífido, e há tubérculos anterior e posterior. Os forames transversários protegem as artérias e veias vertebrais que suprem o encéfalo. (GRAAFF, 2003).
Figura 38: a esquerda: vértebras cervicais. À direita: vértebra cervical típica, visão lateral.
Fonte: Anatomia humana 6º Ed. MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
De acordo com (Anatomia humana 6ª Ed. MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009), o arco vertebral forma os limites do forame vertebral, envolvendo a medula espinal. Com um "soalho" (superfície posterior do corpo), "paredes" (pedículos) e um "teto" (lâminas), os pedículos originam-se das regiões póstero-laterais do corpo vertebral. As lâminas estendem-se dorsomedialmente, formando o "teto", e fusionam-se para criar um processo espinhoso visível e palpável no dorso. Processos transversos projetam-se lateralmente, sendo locais de inserção muscular e possível articulação com as costelas.
Figura 39: Vértebra, vista superior
Fonte: Anatomia humana 6ª Ed. MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009.
O corpo vertebral desempenha a função de transmitir o peso ao longo do eixo da coluna vertebral. Cada vértebra se articula com as vizinhas, sendo os corpos vertebrais unidos por ligamentos e separados por discos de fibrocartilagem, conhecidos como discos intervertebrais. (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
Figura 40: Vista posterior e lateral de três vértebras. Fonte: Anatomia humana 6ª Ed. MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009.
ÁXIS:
Durante o desenvolvimento, o corpo do atlas se funde ao corpo da segunda vértebra cervical, conhecida como áxis (C II), originando o dente do áxis ou "processo odontóide". Essa fusão resulta na ausência de um disco intervertebral entre o atlas e o áxis. O ligamento transverso do atlas conecta o dente do áxis à fóvea do dente no atlas, formando uma articulação trocóidea que atua como um pivô para a rotação do crânio em relação à coluna vertebral. Essa estrutura permite movimentos como a rotação da cabeça, como ao sinalizar "não". Músculos cruciais para controlar a posição da cabeça e do pescoço têm inserção no processo espinhoso do áxis, conferindo-lhe resistência particular. (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
Figura 41: Áxis e Atlas, visa superior e inferior. Fonte: Anatomia humana 6ª Ed. MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009.
ATLAS:
O atlas (C I) suporta a cabeça, conectando-se aos côndilos occipitais do crânio por meio da face articular superior. Recebendo o nome do mitológico Atlas, que sustentava o mundo, essa vértebra permite movimentos de flexão e extensão, mas limita a rotação. Distingue-se por sua ausência de corpo, presença de arcos vertebrais semicirculares com tubérculos anterior e posterior, faces articulares ovais e circulares, além do maior forame vertebral. Essas características proporcionam espaço adicional para a medula espinal, prevenindo danos durante os diversos movimentos possíveis. O atlas se articula com o áxis, a segunda vértebra cervical, permitindo a rotação da cabeça. (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
Figura 42: Atas vista inferior e superior. Fonte: Anatomia humana 6ª Ed. MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009.
Figura 42: Atlas e Áxis articulado, em (e) vista súpero-posterior, Atlas (c1) e (c2) mostra do ligamento transverso do atlas que prende o dente do áxis em posição na fóvea do dente, no atlas.
Fonte: Anatomia humana 6ª Ed. MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
VÉRTEBRAS TORÁCICAS:
Existem 12 vértebras torácicas no total. Cada vértebra torácica típica possui um corpo em forma de coração, maior em comparação com as vértebras cervicais. Os forames vertebrais são relativamente menores, e os processos espinhosos longos e delgados se estendem póstero-inferiormente. À medida que nos aproximamos da transição entre as regiões torácica e lombar, os processos espinhosos de T X, T XI e T XII começam a se assemelhar aos da região lombar. Devido ao peso suportado pelas curvaturas torácica e lombar, a estabilização na transição entre essas curvaturas é desafiadora, levando a fraturas ou deslocamentos por compressão, especialmente nas últimas vértebras torácicas e nas duas primeiras vértebras lombares após quedas. (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
Cada vértebra torácica se articula com costelas ao longo da região póstero-lateral do seu corpo, com variações na localização e estrutura da articulação entre as vértebras. As vértebras de T I a T VIII apresentam fóveas costais inferiores e superiores, conectando-se aos dois pares de costelas. Já as vértebras de T IX a T XII têm apenas uma fóvea costal em cada lado. (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
As vértebras de T I a T X possuem fóveas costais nas regiões ântero-laterais dos processos transversos para a articulação com os tubérculos das costelas. Isso significa que as costelas de I a X estão em contato com as vértebras em dois pontos: em uma fóvea costal superior ou inferior e uma fóvea costal do processo transverso. Essa dupla articulação com as costelas limita a mobilidade das vértebrastorácicas. (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
 Figura 43: Vértebra torácica em lateral, superior, posterior. Fonte: Anatomia humana 6ª Ed. MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009.
VÉRTEBRAS LOMBARES:
 As vértebras lombares são as maiores entre as vértebras. O corpo típico de uma vértebra lombar é mais espesso do que o de uma vértebra torácica, apresentando superfícies superior e inferior mais ovais, em contraste com a forma de coração. Não há fóveas ou faces articulares nos lados do corpo vertebral ou no processo transverso, sendo o forame vertebral de formato triangular. Os processos costiformes são delgados, projetando-se póstero-lateralmente, enquanto os processos espinhosos são curtos, espessos e projetam-se posteriormente. (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
Figura 44: Vértebras lombares vista lateral, e superior. Fonte: Anatomia humana 6ª Ed. MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009.
Essas vértebras suportam a maior parte do peso corporal, tornando-as mais propensas a lesões de compressão nos discos intervertebrais. A ocorrência mais comum é a laceração ou ruptura dos tecidos conectivos do disco, conhecida como hérnia de disco. Os robustos processos espinhosos das vértebras lombares servem como ponto de inserção para os músculos lombares, fortalecendo ou ajustando a curvatura lombar. (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
CÓCXIS E SACRO:
O sacro, é uma estrutura composta formada por cinco vértebras fusionadas, protege os órgãos genitais, digestivos e urinários. Suas linhas transversas demarcam as vértebras na face pélvica, enquanto a parte inferior é chamada ápice e a superior, base. O promontório do sacro é vital em exames pélvicos femininos. O canal sacral abriga nervos espinais e meninges. As cristas sacrais mediana e laterais oferecem pontos de inserção muscular. A curvatura sacral é mais proeminente lateralmente, articulando-se com o cíngulo do membro inferior na articulação sacroilíaca, com estabilização proporcionada pela tuberosidade sacral. (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
Figura 45: Sacro e Cócxis, vista superio (a), visual lateral (b), vista anterior (c). 
Fonte: Anatomia humana 6ª Ed. MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009.
O cóccix é composto por três a cinco vértebras coccígeas, geralmente fundindo-se por volta dos 26 anos. Ele fornece pontos de fixação para ligamentos, tem inserção para um músculo relacionado ao canal anal e suas vértebras não completam a fusão até a idade adulta. Em homens, o cóccix se projeta anteriormente, enquanto em mulheres, é inferiormente. Em idosos, pode ocorrer a fusão do cóccix com o sacro. (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
OBJETIVO ROTEIRO 2: 
(RECONHECER AS ESTRUTURAS DO ESQUELETO APENDICULAR).
O esqueleto apendicular inclui os ossos dos membros superiores e inferiores e os elementos de apoio, denominados cíngulos, que os conectam ao tronco. Este capítulo descreve os ossos do esqueleto apendicular. As descrições enfatizam as características superficiais que têm importância funcional e salientam as interações entre o sistema esquelético e outros sistemas. (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
Figura 46: Esqueleto apendicular. Fonte: Anatomia humana 6ª Ed. MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009.
Fluxograma que mostra a relação dos componentes do esqueleto apendicular: cíngulos do membro superior e do membro inferior e membros superiores e inferiores. Vista anterior do esqueleto, salientando os componentes apendiculares. Os números nos quadrados indicam o número total de ossos de um tipo ou categoria no esqueleto adulto. Vista posterior do esqueleto. (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
CÍNGULO DO MEMBRO SUPERIOR E MEMBRO SUPERIOR
O braço se conecta ao tronco por meio do cíngulo do membro superior, composto por uma clavícula em forma de S e uma escápula larga e plana. A clavícula se articula com o manúbrio do esterno, sendo a única ligação direta com o esqueleto axial. Os músculos esqueléticos sustentam e posicionam a escápula, que não possui conexões ósseas diretas ou ligamentares com a caixa torácica. O membro superior inclui braço, antebraço e mão, compreendendo o úmero, ulna e rádio, além dos ossos carpais, metacarpais e falanges. (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
Figura 47: Cíngulo do membro superior e membro superior. Anatomia humana 6ª Ed. MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009.
CLAVÍCULA:
A clavícula conecta o cíngulo do membro superior e o es- queleto axial. A clavícula reforça o ombro e transfere parte do peso do membro superior para o esqueleto axial. Cada clavícula tem origem na margem súpero-lateral do manúbrio do esterno, lateralmente à incisura jugular. A partir da extremidade aproximadamente piramidal do esterno, a clavícula curva-se em forma de S para lateral e posterior, até se articular com o acrômio da escápula. A extremidade acromial é mais larga e mais achatada do que a extremidade esternal. (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
 Figura 48: Clavícula. Fonte: Anatomia humana 6ª Ed. MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009.
A superfície superior lisa da clavícula situa-se logo abaixo da pele; a superfície inferior áspera da extremidade acromial é marcada por linhas e tubérculos proeminentes, que indicam os locais de inserção de músculos e ligamentos. O tubérculo conóide está sobre a superfície inferior da extremidade acromial, e a impressão do ligamento costoclavicular situa-se na extremidade esternal. Esses são locais de inserção para os ligamentos do ombro.
Como as clavículas estão subjacentes à pele, pode-se rastreá-las lateralmente até que se articulem com a escápula. Os movimentos do om- bro são limitados pela posição da clavícula na articulação esternoclavicular. As fraturas da porção medial da clavícula são comuns porque uma queda sobre a palma da mão com o braço estendido produz forças compressivas que são levadas para a clavícula e sua articulação com o manúbrio do esterno. Felizmente, essas fraturas, via de regra, consolidam-se com rapidez e sem engessamento. (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
ESCAPULA:
O corpo da escápula toma uma configuração triangular ampla, apresentando diversas marcas em suas faces costal e posterior, indicativas de inserções de músculos, tendões e ligamentos. A escápula possui três margens distintas nesse triângulo: a superior, a medial (ou vertebral) e a lateral (ou axilar), ao redor da axila. Músculos que posicionam a escápula têm inserções ao longo dessas margens. Os ângulos da escápula são denominados superior, inferior e lateral. (MARTINI; TIMMONS; TALLITSC, 2009).
Figura 49: Escapula. Fonte: Anatomia humana 6ª Ed. MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009.
O ângulo lateral, conhecido como cabeça da escápula, forma um processo largo que suporta a cavidade glenoidal, em forma de taça, onde ocorre a articulação com a epífise proximal do úmero, o osso do braço, constituindo a articulação glenoumeral, ou articulação do ombro. Este ângulo lateral é separado do corpo da escápula por um colo arredondado. A face costal da escápula é predominantemente formada pela fossa do corpo subescapular, que é relativamente lisa e côncava. (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
Dois grandes processos escapulares, o coracóide e o acrômio, se estendem sobre a margem superior da cavidade glenoidal, anteriormente à cabeça do úmero. O processo coracóide serve como ponto de inserção para a cabeça curta do músculo bíceps braquial, enquanto o acrômio, maior e posterior, é o local de inserção para parte do músculo trapézio no dorso. Ambos são também pontos de inserção de ligamentos e tendões associados à articulação do ombro. Diversas saliências na superfície da escápula representam locais de inserção de músculos, como o tubérculo supraglenoidal para a cabeça longa do bíceps braquial e o tubérculo infraglenoidal para a cabeça longa do tríceps braquial. A espinha da escápula, que termina na margem medial, divide a face posterior em duas regiões: a fossa supra-espinal acima e a fossa infra-espinal abaixo. Essa estrutura também serve como inserção para os músculos deltóidee trapézio. (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
ÚMERO:
A cabeça do úmero, parte superior e medial da epífise proximal, articula-se com a cavidade glenoidal da escápula. O tubérculo maior do úmero, projetando-se lateralmente, é dividido em três impressões para a inserção dos músculos supra-espinal, infra-espinal e redondo menor. O tubérculo menor, na face anterior e medial, serve de inserção para o músculo subescapular. O colo anatômico, abaixo da cabeça, delimita a cápsula articular do ombro, enquanto o estreito colo cirúrgico, distal aos tubérculos, é propenso a fraturas. (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
Figura 50: Úmero. Fonte: Anatomia humana 6ª Ed. MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009.
A diáfise proximal do úmero é circular e apresenta a tuberosidade para o músculo deltóide, acompanhada pelo sulco intertubercular. O côndilo distal do úmero é dominado pela tróclea, que se articula com a ulna, e pelo capítulo, que se conecta à cabeça do rádio. O sulco do nervo radial percorre a margem posterior da tuberosidade para o músculo deltóide. Na epífise distal, formam-se os epicôndilos medial e lateral, proporcionando área de inserção muscular adicional na articulação do cotovelo. O nervo ulnar, vulnerável na região medial da articulação do cotovelo, pode causar formigamento e paralisia temporária em impactos nessa área. (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH 2009).
ULNA:
A ulna e o rádio, ossos paralelos do antebraço, têm disposição anatômica com a ulna medial ao rádio. O olécrano da ulna, parte superior e posterior da epífise proximal, forma a ponta do cotovelo e articula-se com a tróclea do úmero. A ulna possui uma incisura radial que acomoda a cabeça do rádio na articulação radioulnar proximal. Seu corpo triangular conecta-se ao rádio por meio da membrana interóssea, fornecendo área para inserção muscular. A cabeça da ulna, em forma de disco, termina em um processo estilóide. (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH 2009).
Figura 51: Ulna e rádio direitos. Fonte: Anatomia humana – 6ª Ed. VAN DE GRAAFF, 2003.
A articulação do cotovelo é estável, atuando como uma dobradiça. A articulação umeroulnar entre a tróclea do úmero e a incisura troclear da ulna contribui significativamente para essa estabilidade. A articulação umerorradial, formada pelo capítulo do úmero e pela fóvea articular da cabeça do rádio, completa a estrutura da articulação do cotovelo. (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH 2009).
RÁDIO:
O rádio, osso lateral do antebraço, articula-se com o úmero, possui colo estreito até a tuberosidade do rádio, onde se insere o músculo bíceps braquial. O corpo do rádio curva-se, sendo a epífise distal maior que a da ulna. A articulação radiocarpal envolve a epífise distal do rádio, enquanto a face medial articula-se com a ulna formando a articulação radiulnar distal. A articulação radiulnar proximal permite rotação medial (pronação) ou lateral (supinação) da cabeça do rádio. (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
Figura 52: Rádio e Ulna. Fonte Anatomia humana 6ª Ed. MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009.
OSSOS CARPAIS:
O carpo consiste em oito ossos carpais, organizados em duas fileiras: quatro proximais (escafóide, semilunar, piramidal e pisiforme) e quatro distais (trapézio, trapezóide, capitato e hamato). Esses ossos são conectados por articulações que possibilitam movimentos de deslizamento e torção limitados, sendo estabilizados por ligamentos interligando os ossos carpais. (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
Figura 52: Ossos da mão. Fonte: Anatomia humana 6ª Ed. MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009.
OSSOS METACARPAIS E FALANGES:
Cinco ossos metacarpais conectam-se aos ossos carpais, sustentando a palma da mão. Numerados de I a V, esses ossos têm semelhanças com ossos longos, exibindo uma base proximal larga e côncava, um corpo pequeno e uma cabeça distal. Na extremidade distal, articulam-se com as falanges dos dedos; a mão possui 14 falanges, sendo o polegar composto por duas (proximal e distal) e os outros dedos por três cada (proximal, média e distal). (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
 
Figura 53: Ossos da mão, vista anterior palmar. Fonte: Anatomia humana 6ª Ed. MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009.
 
CÍNGULO INFERIOR:
Os ossos do cíngulo do membro inferior proporcionam suporte e proteção às vísceras pélvicas, incluindo órgãos genitais internos e o feto em desenvolvimento nas mulheres. Os ossos do quadril são mais robustos do que os do cíngulo do membro superior, devido às demandas associadas ao suporte de peso e à locomoção. Os membros inferiores apresentam uma estrutura mais robusta em comparação aos membros superiores, pelos mesmos motivos. O cíngulo do membro inferior é composto por dois ossos do quadril, também conhecidos como ossos coxais ou inominados. 
Figura 54: Cíngulo do membro inferior. Fonte: Anatomia humana 6ª Ed. MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009.
A pelve é formada pelos ossos do quadril do esqueleto apendicular, juntamente com o sacro e o cóccix do esqueleto axial. Cada membro inferior inclui o fêmur (coxa), a patela (joelho), a tíbia e a fíbula (perna), além dos ossos do pé (ossos tarsais, ossos metatarsais e falanges). Anatomicamente, o termo "perna" se refere exclusivamente à porção distal do membro, não abrangendo todo o membro inferior. Utilizamos "coxa" para a porção superior e "perna" para a inferior. (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
OSSOS DO QUADRIL:
O ílio, ísquio e púbis compõem a fossa do acetábulo, sendo o ílio a fatia superior que abrange cerca de dois quintos. O ílio proporciona extensa área para a inserção de músculos glúteos. O ísquio, mais forte dos ossos do quadril, contribui com os dois quintos posteriores da fossa do acetábulo e suporta o peso do corpo nos túberes isquiáticos na posição sentada. O púbis, cujo ramo inferior se une ao ramo do ísquio, forma, junto com o ísquio, o forame obturado, fechado por uma membrana obturadora. O ramo superior do púbis origina-se na margem anterior do acetábulo, interagindo com ílio e ísquio. (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
Figura 55: Cíngulo do membro inferior. Fonte: Anatomia humana 6ª Ed. MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009.
· A fossa ilíaca, concavidade na face sacropélvica, sustenta órgãos abdominais e permite inserção muscular, com a linha arqueada delimitando sua margem inferior. (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
· A face sinfisial do corpo do púbis é uma área áspera onde ocorre a articulação com o púbis oposto, formando a sínfise púbica, uma ligação entre os dois ossos através de um disco interpúbico de cartilagem fibrosa. (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
· A linha pectínea inicia próxima à sínfise púbica, estendendo-se diagonalmente pelo ramo superior do púbis até se fundir com a linha arqueada, que se estende em direção à face auricular do ílio. A articulação sacroilíaca é formada pela união das faces auriculares do ílio e do sacro, sendo estabilizada por ligamentos provenientes da tuberosidade ilíaca. (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
· Na face medial do ramo superior do púbis, encontra-se o sulco obturatório. À dissecação, os vasos sangüíneos e nervos obturatórios devem ser encontrados no interior desse sulco. (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
PELVE:
A pelve é composta por quatro ossos: os dois ossos do quadril, o sacro e o cóccix, formando um anel ósseo. Os ossos do quadril constituem as paredes anterior e lateral, enquanto o sacro e o cóccix compõem a parede posterior. Ligamentos extensos conectam as margens laterais do sacro à crista ilíaca, ao túber isquiático, à espinha isquiática e à linha arqueada. Além disso, há ligamentos que conectam os ílios às vértebras lombares, contribuindo para aumentar a estabilidade da pelve. (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
Figura 56: Pelve, vista anterior. Anatomia humana 6ª Ed. MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009.
A pelve pode ser dividida em pelve maior (falsa) e pelve menor (verdadeira). A pelve maior inclui as asas superiores do ílio expandidas acima da linha arqueada e abriga os órgãos da parte inferior da cavidade abdominal.A pelve menor, abaixo da linha arqueada, delimita a cavidade pélvica e consiste nas porções inferiores de cada ílio, ossos púbicos, ísquios, sacro e cóccix. O limite superior da pelve menor, em vista medial, é uma linha que se estende dos lados da base do sacro, ao longo das linhas arqueada e pectínea (linha terminal), até a margem superior da sínfise púbica, sendo a borda óssea chamada margem pélvica. (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
Figura 57: Pelve, vista posterior. Fonte: Anatomia humana 6ª Ed. MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009.
Na figura a seguir podemos ver a pelve em vista anterior. A forma da pelve feminina é ligeiramente diferente da masculina. Algumas dessas diferenças são o resultado das variações do tamanho do corpo e da massa muscular. Como as mulheres têm, classicamente, menos massa muscular do que os homens, a pelve da mulher adulta é, via de regra, mais uniforme e mais leve e tem protuberâncias menores para inserção de músculos ou ligamentos. ((MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009). 
Outras diferenças são adaptações para a procriação, inclusive o seguinte:
Figura 58: Divisões da pelve. Fonte: Anatomia humana 6ª Ed. MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009.
· Abertura inferior da pelve maior, devido, em parte, à maior distância entre as espinhas isquiáticas. 
· Menor curvatura no sacro e cóccix, que, no homem, se arqueiam para a abertura inferior da pelve.
· Abertura superior da pelve mais larga e mais circular.
· Parte inferior da pelve relativamente larga.
· Asas do ílio com maior projeção lateral e menor projeção superior em relação à base do sacro.
· Ângulo subpúblico maior, sendo o ângulo entre os ossos públicos superior a 100°.
Figura 59: Pelve feminina e masculina.
Fonte: Anatomia humana 6ª Ed. MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009.
FÊMUR:
O fêmur, o osso mais longo e robusto do membro inferior, desempenha um papel crucial na sustentação do peso corporal e na locomoção. Composto por uma diáfise cilíndrica e duas extremidades articulares, o fêmur apresenta características distintas. A extremidade proximal, ou cabeça femoral, conecta-se à cavidade acetabular do quadril, formando a articulação coxofemoral. O colo do fêmur liga a cabeça à diáfise, sendo uma região propensa a fraturas. (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
Figura 60: Fêmur, face anterior. Fonte: Anatomia humana 6ª Ed. MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH 2009.
A diáfise, parte longa e cilíndrica do fêmur, abriga a linha áspera, uma crista que fornece pontos de fixação para os músculos da coxa. Abaixo dela, o côndilo medial e lateral se articulam com a tíbia, formando a articulação do joelho. O epicôndilo lateral e medial, localizados acima dos côndilos, são pontos importantes de ancoragem para ligamentos e tendões. (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
O fêmur exibe uma curvatura natural chamada curva femoral, que contribui para a distribuição eficaz do peso e a estabilidade durante o movimento. Dessa forma, a estrutura do fêmur reflete sua função vital na biomecânica do membro inferior. (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
PATELA:
A patela, ou rótula, é um osso triangular localizado na frente do joelho, inserido no tendão do quadríceps. Sua forma única e posição estratégica conferem-lhe um papel crucial na biomecânica do joelho. Durante a flexão e extensão do joelho, a patela desliza na tróclea do fêmur, aumentando a alavanca do quadríceps e melhorando a eficiência mecânica. (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
A cartilagem na face posterior da patela facilita o deslizamento suave sobre o fêmur, reduzindo o atrito. No entanto, diversos fatores, como desalinhamento ou fraqueza muscular, podem levar a condições como a síndrome da dor patelofemoral, resultando em desconforto ao redor da patela. (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
Figura 61: Patela, (a) vista anterior, (b) vista posterior. Fonte: Anatomia humana 6ª Ed. MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009.
Lesões na patela podem variar desde pequenos traumas a condições mais complexas, como a luxação. Tratamentos incluem fisioterapia para fortalecimento muscular, uso de órteses e, em casos graves, intervenções cirúrgicas. (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009). Portanto, a patela não é apenas um osso aparentemente simples, mas desempenha um papel vital na funcionalidade e estabilidade do joelho, exigindo atenção especial em casos de lesões ou disfunções. (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
TÍBIA E FÍBULA:
A tíbia e a fíbula são os dois ossos longos da perna que desempenham funções distintas, mas complementares, no suporte estrutural e na movimentação do corpo humano. (GRAAFF, 2003).
A tíbia, também conhecida como osso da canela, é o osso mais robusto e volumoso entre os dois. Este osso está localizado na parte interna da perna e é fundamental para a transmissão do peso corporal. A extremidade superior da tíbia articula-se com o fêmur, formando a articulação do joelho. Descendo pela perna, ela se alarga para formar a tíbia proximal, que oferece suporte ao peso corporal durante a marcha e outras atividades físicas. Na extremidade inferior, a tíbia forma a parte interna do tornozelo, articulando-se com o tálus, um dos ossos do pé. (GRAAFF, 2003).
Figura 62: Tíbia e fíbula. Fonte: Fonte: Anatomia humana – 6ª Ed. VAN DE GRAAFF, 2003.
Por outro lado, a fíbula é mais fina e longa, situada ao lado externo da tíbia. Sua função principal é fornecer apoio lateral e contribuir para a estabilidade do tornozelo. A fíbula não suporta tanto peso quanto a tíbia, mas desempenha um papel crucial na distribuição equilibrada da carga durante a locomoção. (GRAAFF, 2003).
Ambos os ossos são conectados por meio de membranas interósseas e ligamentos, formando uma unidade funcional. Essa estrutura complexa permite a flexibilidade necessária para a variedade de movimentos realizados pelas pernas, enquanto ainda mantém a estabilidade essencial para o suporte do corpo. (GRAAFF, 2003).
OSSOS TORSAIS:
O tarso é composto por sete ossos principais, que formam a base do pé e desempenham um papel crucial na sustentação de peso e na flexibilidade do pé. Esses ossos são o talus, calcâneo, navicular, cuboide e três cuneiformes (medial, intermédio e lateral). (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
Figura 63: Ossos do torso, (a) vista superior, (b) vista inferior. Anatomia humana 6ª Ed. MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009.
O talus é um osso importante que se articula com a tíbia e a fíbula, formando a articulação do tornozelo. O calcâneo, por sua vez, é o maior osso do tarso e constitui o calcanhar. Juntos, esses ossos fornecem suporte estrutural e ajudam na transmissão eficiente do peso do corpo durante o movimento. (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
Os ossos navicular, cuboide e os três cuneiformes contribuem para a formação das articulações do médio e antepé, proporcionando flexibilidade e adaptabilidade ao terreno irregular. Essa estrutura complexa do tarso é essencial para a absorção de choque, equilíbrio e estabilidade durante a locomoção. (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
OSSOS METATARSAIS:
Os ossos do pé consistem em três partes principais: tarso, metatarso e falanges. Os metatarsais são os ossos longos que compõem a região do metatarso, localizada entre o tarso (ossos do tornozelo) e as falanges (ossos dos dedos). São numerados de um a cinco, do primeiro ao quinto dedo. Esses ossos desempenham um papel vital na absorção de impactos durante a marcha e na distribuição do peso corporal. ((MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
Figura 64: Ossos metatarsais do pé. Fonte: Anatomia humana 6ª Ed. MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009.
As falanges, por sua vez, são os ossos dos dedos dos pés. Cada dedo possui três falanges, exceto o dedão, que possui apenas duas. Essas falanges são denominadas proximal, média e distal. A articulação entre essas falanges permite a flexão e extensão dos dedos, contribuindo para a mobilidade e equilíbrio ao caminhar. (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
Os metatarsais formam uma curvatura natural conhecida como arco metatarsal,essencial para a biomecânica adequada do pé. Lesões como fraturas, deslocamentos ou condições como a fascite plantar podem afetar negativamente essa estrutura, comprometendo a função do pé e causando dor. (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
OBJETIVO ROTEIRO 3:
(RECONHECER ESTRUTURAS DA CINTURA)
A cintura é uma região anatômica que envolve a transição entre o tronco e os membros inferiores. As estruturas principais incluem: Ossos Ilíacos: São dois ossos largos e planos que compõem a parte superior da bacia. Sacro: Um osso triangular localizado na base da coluna vertebral, entre os ossos ilíacos. Cóccix: Um conjunto de pequenos ossos localizados na extremidade inferior da coluna vertebral. Articulações Sacroilíacas: Conectam o sacro aos ossos ilíacos, permitindo movimentos limitados. Articulação Lombar: Localizada entre as vértebras lombares, contribui para a flexibilidade da cintura. (GRAAFF, 2003).
Figura 65 e 66: Cíngulo inferior, e face lateral e medial do osso do quadril. Fonte: Anatomia humana – 6ª Ed. VAN DE GRAAFF, 2003.
A cintura pelve, como vista anteriormente, vem a ser composta pelos ossos ilíacos, sacro e cóccix, que desempenha um papel crucial na estabilidade do corpo. Além disso, durante a gravidez, os hormônios podem afetar as articulações da pelve, tornando-as mais flexíveis para facilitar o parto. Esse ajuste na estrutura é conhecido como relaxamento pélvico. (GRAAFF, 2003).
OBJETIVO ROTEIRO 4:
(RECONHECER AS ESTRUTURAS DAS ARTICULAÇÕES).
ESTRUTURAS FIBROSAS DO CRÂNIO
Figura 66 e 67: Imagem do crânio onde se vê as estruturas fibrosas do crânio. Fonte: Anatomia humana 6ª Ed. MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009.
As articulações fibrosas do crânio são chamadas de suturas. Elas conectam os ossos cranianos e são compostas por tecido fibroso, permitindo pouca ou nenhuma mobilidade para proteger o cérebro. (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH 2009). As suturas são articulações imóveis que conectam os ossos do crânio. Existem diferentes tipos de suturas no crânio humano: Sutura Sagital: Localizada na parte superior do crânio, entre os ossos parietais. É uma articulação em linha reta. Sutura Coronal: Encontrada entre os ossos parietal e frontal, na região anterior do crânio. Sutura Lambdoide: Localizada na parte posterior do crânio, entre os ossos parietal e occipital. Tem uma forma triangular e lembra a letra grega lambda. Sutura Escamosa: Situada entre os ossos parietal e temporal, apresenta uma forma escamosa. Sutura Frontal: Junção entre os ossos frontal e parietal, na parte frontal do crânio. (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
Essas suturas são compostas por tecido conjuntivo fibroso chamado de tecido conectivo denso, o qual une os ossos de maneira firme. Durante a infância, as suturas são mais flexíveis, permitindo o crescimento adequado do crânio. Com o tempo, elas tendem a se fundir, resultando em articulações mais rígidas na idade adulta. (GRAAFF, 2003).
Figura 68: Crânio fetal. Fonte: Anatomia humana – 6ª Ed. VAN DE GRAAFF, 2003.
SINDESMOSES:
Sindesmoses são articulações fibrosas onde os ossos são unidos por ligamentos fibrosos, permitindo algum grau limitado de movimento. Um exemplo comum de sindesmose é a articulação tibiofibular, que conecta a tíbia e a articulação lado a lado com a ulna e o rádio, que forma uma articulação do tipo sindesmoses. Essa união fibrosa oferece estabilidade à articulação, embora a amplitude de movimento seja restrita em comparação com articulações mais flexíveis. (GRAAFF, 2003).
Figura 69: Ligamento rádio carpal palmar cortado. Fonte: Anatomia humana – 6ª Ed. VAN DE GRAAFF, 2003.
GONFOSES:
As gonfoses são articulações fibrosas específicas que unem um dente ao alvéolo dentário (cavidade óssea no maxilar ou mandíbula). Essa união é proporcionada pelo ligamento periodontal, uma estrutura fibrosa que conecta o cemento, a superfície externa do dente, ao osso alveolar. As gonfoses oferecem suporte e permitem um leve amortecimento durante a mastigação, mas, em geral, são articulações imóveis. (GRAAFF, 2003).
Figura 70: Gonfose, articulação fibrosa. Fonte: Anatomia humana – 6ª Ed. VAN DE GRAAFF, 2003.
SÍNFISES:
As superfícies dos ossos que se articulam em uma sínfise são cobertas com cartilagem hialina que é infiltrada com fibras colágenas para formar um bloco interposto de fibrocartilagem. Este bloco amortece a articulação e permite movimento limitado. A sínfise púbica e as articulações intervertebrais formadas pelos discos intervertebrais são exemplos de sínfises. Embora apenas movimentos limitados sejam possíveis em cada articulação intervertebral, o movimento combinado de todas as articulações da coluna vertebral resulta em extensa ação no conjunto. (GRAAFF, 2003).
Figura 71:Exemplos de somfises, púbica e articulação intervetrebrais. Fonte: Anatomia humana – 6ª Ed. VAN DE GRAAFF, 2003.
SINCONDROSES: 
Sincondroses são articulações cartilagíneas que têm cartilagem hialina entre os ossos que se articulam, algumas das quais são temporárias e formam a lâmina epifisial (lâmina de crescimento) entre a diáfise e as epífises nos ossos longos de crianças. Quando o crescimento se completa, estas articulações sincondroses se ossificam. Uma sincondrose totalmente ossificada também pode ser chamada de sinostose. (GRAAFF, 2003.
Figura 72: Radiografia úmero mostrando uma articulação do tipo sincondrose.
Fonte: Anatomia humana – 6ª Ed. VAN DE GRAAFF, 2003.
ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR:
A articulação temporomandibular é uma articulação multiaxial pequena, porém complexa, entre a fossa mandibular do temporal e o processo condilar da mandíbula. Os ossos articulados são separados por um disco articular espesso de fibrocartilagem. Essa cartilagem, que se estende horizontalmente, divide a cavidade articular em duas câmaras distintas. Como resultado, a articulação temporomandibular trata-se, na verdade, de duas articulações sinoviais, uma entre a fossa mandibular do temporal e o disco articular, e a segunda entre o disco articular e o processo condilar da mandíbula. (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
Figura 73: Articulação temporomandibular. Fonte: Anatomia humana 6ª Ed. MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009.
A cápsula articular que circunda essa articulação complexa não é bem definida. A porção da cápsula superior ao colo da mandíbula é relativamente frouxa, ao passo que a porção da cápsula inferior ao disco articular é bastante firme. A estrutura da cápsula permite extensa amplitude de movimento. No entanto, como a articulação tem pouca estabilidade, um movimento lateral ou anterior forçado da mandíbula pode resultar em luxação parcial ou completa. (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
A porção lateral da cápsula articular, que é relativamente espessa, é chamada de ligamento lateral (temporomandibular). Há, ainda, dois ligamentos extracapsulares:
1. O ligamento estilomandibular que se estende do processo estilóide até a margem posterior do ângulo da mandíbula.
2. O ligamento esfenomandibular que se estende da espinha do esfenóide até a língula da mandíbula na face medial do ramo da mandíbula, com sua inserção cobrindo a parte posterior da linha milo-hióidea.
A articulação temporomandibular é principalmente um gínglimo, mas a cápsula articular frouxa e as faces articulares relativamente planas também permitem pequenos movimentos de deslizamento e rotação. Esses movimentos secundários são importantes para o posicionamento do alimento nas faces de trituração dos dentes. (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
ARTICULAÇÕES SINOVAIS:
O tipo mais evidente de articulação no corpo são as articulações sinoviais dotadas de liberdade de movimentos. A função das articulações sinoviais consiste em proporcionar uma larga amplitude de movimentos precisos, uniformes e ao mesmo tempo manter a estabilidade, a potência e, em certos aspectos, a firmeza do corpo. (GRAAFF, 2003).
Figura 74: Articulação do joelho, representa uma articulação sinovial. Fonte: Anatomia humana – 6ª Ed. VAN DE GRAAFF, 2003.
Articulações sinoviais são envolvidaspor uma cápsula articular composta por tecido conjuntivo denso regular. Cada cápsula articular contém um líquido sinovial lubrificante contido no interior da cavidade articular. O termo sinovial é derivado de uma palavra grega que significa “clara do ovo”, com a qual este líquido se assemelha. É secretado por uma membrana sinovial fina que reveste a cápsula articular por dentro. O líquido sinovial, se melhante ao líquido intersticial (líquido entre as células), é rico em ácido hialurônico e albumina, e também contém células fagocíticas que limpam os resíduos de tecidos que resultam do desgaste das cartilagens articulares. Os ossos que se articulam em uma articulação sinovial são revestidos com uma camada lisa de cartilagem hialina chamada cartilagem articular, que tem apenas aproximadamente 2 mm de espessura. Como na cartilagem articular faltam vasos sangüíneos, ela precisa ser nutrida pelo movimento do líquido sinovial durante a atividade articular. (GRAAFF, 2003).
As articulações sinoviais são classificadas em seis categorias principais tendo por base suas estruturas e os movimentos que permitem. As seis categorias são: plana, gínglimo, trocóidea, condilar ou elipsóidea, selar e esferóidea. (GRAAFF, 2003).
PLANA:
Articulações planas permitem apenas movimentos de deslizamentos entre lados e de um lado para outro com ligeira rotação. Este é o tipo mais simples de articulação com movimento. As superfícies articulares são praticamente planas, ou uma delas pode ser ligeiramente côncava e a outra ligeiramente convexa. As articulações intercarpais e intertarsais, a articulação es- ternoclavicular e as articulações entre processos articulares de vértebras adjacentes são alguns exemplos. (GRAAFF, 2003 p. 202).
Figura 75: Articulações intercarpais do punho, exemplo de articulações sinovais planas. Fonte: Anatomia humana – 6ª Ed. VAN DE GRAAFF, 2003.
GÍNGLIMO:
Articulações gínglimos são monoaxiais – como a dobradiça de uma porta – e permitem movimentos em um único plano. Neste tipo de articulação, a superfície de um osso é sempre côncava, e a outra convexa. Articulações gínglimos são os tipos mais comuns de articulações sinoviais. Exemplos incluem as articulações do joelho, a umeroulnar no cotovelo e as articulações entre as falanges. (GRAAFF, 2003, p. 202).
Figura 76: Articulação sinovial gínglimo. Fonte: Anatomia humana – 6ª Ed. VAN DE GRAAFF, 2003.
TROCÓIDEA:
O movimento em uma articulação trocóidea é limitado à rotação em torno de um eixo central. Neste tipo de articulação, a superfície articular de um osso é cônica ou arredondada e se ajusta em uma depressão do outro osso. Exemplos são a articulação proximal entre o rádio e a ulna para rotação do antebraço, como girar a maçaneta da porta, e a articulação entre o atlas e o áxis que permite o movimento de rotação da cabeça. (GRAAFF, 2003, p. 202).
Figura 77: Articulação do atlas com o áxis que forma uma articulação tricódea. Fonte: Anatomia humana – 6ª Ed. VAN DE GRAAFF, 2003.
CONDILAR (ELIPSÓIDEA):
A articulação condilar (elipsóidea) é estruturada de forma que uma superfície convexa oval de um osso se ajuste em uma depressão côncava do outro osso que permite movimentos angulares em duas direções, movimentos de cima para baixo e de lado a lado. As articulações condilares (elipsóideas) são, portanto, articulações biaxiais. A articulação radiocarpal do punho e as articulações metacarpofalângicas são os exemplos. (GRAAFF, 2003, p. 202).
Figura 78: Articulações metacarpofalângicas da mão são exemplos de articulações condilares (elipsóideas).
Fonte: Anatomia humana – 6ª Ed. VAN DE GRAAFF, 2003.
SELAR:
Cada superfície articular de uma articulação selar tem uma superfície côncava em uma direção e uma superfície convexa em outra. Esta articulação é uma articulação condilar (elipsóidea) modificada que permite uma amplitude maior de movimentos. Há dois lugares no corpo onde ocorre articulação selar. Um é na articulação do trapézio do carpo com o primeiro osso metacarpal. O outro é a articulação entre o martelo e a bigorna, dois ossículos da audição da orelha média. (GRAAFF, 2003, p. 202).
Figura 79: Exemplo de articulação selar, o trapézio se articula com a base do primeiro osso metacarpal.
Fonte: Anatomia humana – 6ª Ed. VAN DE GRAAFF, 2003.
ESFERÓIDEA:
As articulações esferóideas são formadas pela articulação de uma superfície convexa arredondada com uma cavidade em forma de xícara. Este tipo multiaxial de articulação proporciona a maior amplitude de movimentos entre todas as articulações sinoviais. (GRAAFF, 2003, p. 203).
Figura 80: Exemplo articulação esferóidea, articulação do quadril. Fonte: Anatomia humana – 6ª Ed. VAN DE GRAAFF, 2003.
Intimamente associadas com algumas articulações sinoviais encontramos formações achatadas semelhantes a sacos chamadas bolsas que estão cheias de líquido sinovial. Estes sacos fechados localizam-se comumente entre músculos, ou em áreas onde tendões passam sobre um osso, e funcionam amortecendo certos músculos e ajudando o movimento dos tendões ou dos músculos sobre as superfícies ósseas e ligamentares. Uma bainha de tendão é uma bolsa modificada que envolve e lubrifica os tendões de certos músculos, particularmente aqueles que cruzam as articulações do punho e do tornozelo. (GRAAFF, p. 202, 2003).
Figura 81: Bolsas, bainhas e tendões. Fonte: Anatomia humana – 6ª Ed. VAN DE GRAAFF, 2003.
A cartilagem articular que recobre a superfície articular de cada osso e o líquido sinovial que circula pela articulação durante os movimentos são fatores que protegem as articulações sinoviais e atuam diminuindo o atrito e amortecendo os ossos que se articulam. Caso um trauma ou uma doença torne qualquer um deles não funcionante, os dois ossos que se articulam entrarão em contato. Formam-se em seguida depósitos ósseos, e um tipo de artrite se desenvolverá no interior da articulação. (GRAAFF, 2003, p. 203).
ARTICULAÇÃO DO JOELHO:
A articulação do joelho, situada entre o fêmur e a tíbia, é a maior, mais complexa e, provavelmente, a mais vulnerável do corpo. É uma articulação sinovial gínglimo complexa que perimite limitada rotação e movimentos de deslizamento além de flexão e extensão. No lado anterior, a articulação do joelho e estabilizada e protegida pela patela e pelo “ligamento da patela”, formando uma “articulação plana patelofemoral”. GRAAFF, 2003, p. 220).
Figura 82: Joelho (tibofemoral). Fonte: Anatomia humana – 6ª Ed. VAN DE GRAAFF, 2003.
Por causa da complexidade da articulação do joelho, apenas as posições relativas dos ligamentos, meniscos e bolsas devem ser expostas aqui. (GRAAFF, 2003, p. 221).
Na face anterior, além da patela e do ligamento da patela, a inserção tendínea do músculo quadríceps femoral forma duas faixas de suporte chamadas retináculos da patela lateral e me- dial. Quatro bolsas estão associadas com a face anterior do joelho: a bolsa subcutânea pré-patelar, a bolsa suprapatelar, a bolsa subfascial pré-patelar e a bolsa infrapatelar profunda. (GRAAFF, 2003, p. 221).
A face posterior do joelho é chamada de fossa poplítea. O largo ligamento poplíteo oblíquo e o ligamento poplíteo arqueado são superficiais em posição, enquanto os ligamentos cruzados anterior e posterior são intracapsulares. A bolsa poplítea e a bolsa do músculo semimembranáceo são as duas bolsas associa- das com a face posterior do joelho. (GRAAFF, 2003, p. 221).
ARTICULAÇÃO TALOCRURAL (TORNOZELO):
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