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Curso on-line – AFRFB 2009 – Contabilidade Decifrada – Aula 01 
Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 2 
 
2 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO ...................................................................................... 3 
 
2.1 DEFINIÇÃO, OBJETO E FUNÇÃO DA CONTABILIDADE ........................................................... 3 
 
2.2 PATRIMÔNIO ........................................................................................................ 5 
 
2.3 PRINCÍPIOS E CONVENÇÕES CONTÁBEIS ........................................................................ 9 
 
3 GABARITO ........................................................................................................... 23 
 
4 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO (QUESTÕES DE CONCURSO – RESOLVIDAS E COMENTADAS) 
............................................................................................................ 24 
4.1 DEFINIÇÃO, OBJETO E FUNÇÃO DA CONTABILIDADE ......................................................... 24 
 
4.1.1 TTN (atual Analista da Receita Federaldo Brasil) 1992 ..................................... 24 
 
4.1.2 TTN (atual Analista da Receita Federaldo Brasil) 1994 ..................................... 25 
 
4.1.3 TFC (Técnico de Finanças e Controles) 1996 ................................................... 27 
 
4.1.4 Técnico da Receita Federal ........................................................................... 28 
 
4.1.5 Técnico da Receita Federal ........................................................................... 30 
 
4.1.6 TRT 21a REGIÃO - Analista Judiciário - Contabilidade - Set/2003....................... 32 
 
4.1.7 Agente fiscal de tributos Teresina – CESPE – 2008 .......................................... 34 
 
4.2 PATRIMÔNIO ...................................................................................................... 36 
 
4.2.1 AFTN (atual Auditor Fiscal da Receita Federaldo Brasil) 1998. ........................... 36 
 
4.2.2 AFTN 1998 ................................................................................................. 39 
4.2.3 AFRF 2002 – 1a prova (março) ...................................................................... 41 
 
4.2.4 Agente Fiscal de Tributos Municipais – Pref. Teresina – 2001 (ESAF).................. 43 
 
4.2.5 Auditor-Fiscal do Município de São Paulo – ISS – 2007 (FCC)............................ 46 
 
4.2.6 TRT 21a REGIÃO - Analista Judiciário - Contabilidade - Set/2003....................... 48 
 
4.2.7 AFC/CGU – 2008 – Equação fundamental do patrimônio (cabe recurso) ............. 49 
 
4.3 PRINCÍPIOS E CONVENÇÕES CONTÁBEIS ...................................................................... 53 
4.3.1 AFRF 2002 – 1a prova (março) ...................................................................... 53 
 
4.3.2 Prova Técnico da Receita Federal – 2003 ........................................................ 56 
 
4.3.3 Auditor Municipal do Recife – 2003 (ESAF) ..................................................... 60 
 
4.3.4 Auditor Municipal do Recife – 2003 (ESAF) ..................................................... 65 
 
4.3.5 CVM – Comissão de Valores Mobiliários – 2000 (ESAF)..................................... 70 
 
4.3.6 ICMS – Paraíba – 2006 (FCC)........................................................................ 72 
 
4.3.7 Analista do Banco Central do Brasil (Área 4) – jan/2006 – FCC ......................... 75 
 
4.3.8 Auditor-Fiscal do Município de São Paulo – ISS – 2007 (FCC)............................ 79 
 
4.3.9 ICMS – RS – 2006 (FAURGS) ........................................................................ 81 
 
4.3.10 ICMS – RS – 2006 (FAURGS) .................................................................... 81 
 
4.3.11 TRF 4a região - Analista Judiciário - Especialidade Contadoria - jan/2001 (FCC)81 
 
4.3.12 TRF 4a região - Analista Judiciário - Especialidade Contadoria - jan/2001 (FCC)81 
 
4.3.13 TRT 21a REGIÃO - Analista Judiciário - Contabilidade - Set/2003 (FCC) .......... 81 
 
4.3.14 TRT 21a REGIÃO - Analista Judiciário - Contabilidade - Set/2003 (FCC) .......... 81 
 
4.3.15 TRE Espírito Santo - Analista Judiciário –Contabilidade – 2005 (FCC) ............. 81 
 
 
 
 
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Curso on-line – AFRFB 2009 – Contabilidade Decifrada – Aula 01 
Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
4.3.16 TRF 4 REGIÃO - Analista Judiciário - Contadoria – 2004 (FCC)................... ... 81 
 
4.3.17 TRF 4 REGIÃO - Analista Judiciário - Contadoria – 2004 (FCC)........... ........... 81 
 
4.3.18 TRE RIO GRANDE DO NORTE-Analista Judiciário-Contabilidade – 2005 (FCC) .. 81 
 
4.3.19 TRE – RJ – 2001 (FCC) ............................................................................. 81 
 
4.3.20 AFC/CGU – 2008 – Princípios Fundamentais de Contabilidade........................ 81 
 
4.3.21 Agente fiscal de tributos Teresina – CESPE – 2008 ...................................... 81 
 
4.3.22 Analista Judiciário STF – 2008 – CESPE - Princípios Contábeis ....................... 81 
 
4.3.23 Analista Judiciário STF – 2008 (CESPE) ...................................................... 81 
 
4.3.24 BACEN UNB/CESPE – Princípio da Prudência................................................ 81 
 
4.3.25 INSS UNB/CESPE – Princípio da Competência .............................................. 81 
 
4.3.26 TCU – UNB/CESPE – Princípios Contábeis.................................................... 81 
 
4.3.27 Analista de Comércio Exterior / UNB-CESPE ................................................ 81 
 
4.3.28 CGE/PB - 2008 (CESPE)............................................................................ 81 
 
4.3.29 TCU – 2008 (CESPE) – Pronunciamento Conceitual Básico ............................ 81 
 
 
 
1 Introdução 
 
Caro estudante, nesta aula, serão propostas várias questões de 
concursos, tratando sobre os assuntos até aqui estudados do ponto de 
vista teórico. 
De início, será apresentado apenas o enunciado de cada questão 
(referenciando o respectivo concurso). Em seguida, consta o gabarito 
oficial de cada questão. Ao final, é apresentada a resolução comentada 
de cada questão. 
Quanto aos comentários à resolução das questões, acima referidos, há 
que se fazer um esclarecimento. Constam os comentários e a resolução 
de acordo com o gabarito oficial da questão (em linha com a legislação 
vigente à época do concurso) e, em seguida, é apresentada uma NOTA 
DE ATUALIZAÇÃO, referenciando a alteração normativa ocorrida após a 
data do concurso e a resolução à luz da legislação atualmente vigente, 
referindo – inclusive – se a alteração legislativa implicaria alteração da 
resposta oficial. 
Para sedimentar o conhecimento e preparar o candidato definitivamente 
para o concurso, é fortemente recomendado que o estudante somente 
inicie o estudo desse ponto (prático) após a leitura da respectiva teoria 
(antes apresentada) e que: 
 
(a) de início, realize a resolução de cada questão por si; 
 
(b) em seguida, verifique o gabarito das questões; e 
 
 
 
 
 
 
 
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Curso on-line – AFRFB 2009 – Contabilidade Decifrada – Aula 01 
Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
(c) finalmente, compare sua resolução com a os comentários à 
resolução aqui propostos, de modo a identificar seus eventuais erros e a 
necessidade de reforço no estudo de algum assunto teórico em especial. 
 
2 Exercícios de Fixação 
 
2.1 Definição, Objeto e Função da Contabilidade 
 
2.1.1 TTN (Técnico do Tesouro Nacional, antiga denominação do atual 
cargo de TRF –Técnico da Receita Federal) 1992 
 
Enunciado 
 
O Primeiro Congresso Brasileiro de Contabilidade, realizado na cidade do 
Rio de Janeiro, de 17 a 27 de agosto de 1924, formulou um conceito 
oficial de CONTABILIDADE. Assinale a opção que indica esse conceito 
oficial. 
a) Contabilidade é a ciência que estuda o patrimônio do 
ponto de vista econômico e financeiro, observando 
seus aspectos quantitativo e específico e as 
variações por ele sofridas. 
b) Contabilidade é a ciência que estuda e pratica as 
funções de orientação, de controle e de registro 
relativas a Administração Econômica. 
c) Contabilidade é a metodologia especial concebida 
para captar, registrar, reunir e interpretar os 
fenômenos que afetam as situações patrimoniais, 
financeiras e econômicas de qualquer ente. 
d) Contabilidade é a arte de registrar todas as 
transações de uma companhia, que possam ser 
expressas em termos monetários, e de informar os 
reflexos dessas transações na situação econômico- 
financeira dessa companhia. 
e) Contabilidade é a ciência que estuda e controla o 
patrimônio das entidades, mediante registro, 
demonstração expositiva, confirmação, análise e 
interpretação dos fatos nele ocorridos. 
 
2.1.2 TTN (Técnico do Tesouro Nacional) 1994 
 
Enunciado 
 
“... o patrimônio, que a Contabilidade estuda e controla, registrando 
todas as ocorrências nele verificadas.” 
 
 
 
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Curso on-line – AFRFB 2009 – Contabilidade Decifrada – Aula 01 
Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
“... estudar e controlar o patrimônio, para fornecer informações sobre 
sua composição e variações, bem como sobre o resultado econômico 
decorrente da gestão da riqueza patrimonial.” 
As proposições indicam, respectivamente: 
 
a) o objeto e a finalidade da Contabilidade; 
 
b) a finalidade e o conceito da Contabilidade; 
 
c) o campo de aplicação e o objeto da Contabilidade; 
 
d) o campo de aplicação e o conceito de Contabilidade; 
 
e) a finalidade e as técnicas contábeis de Contabilidade. 
 
2.1.3 TFC (Técnico de Finanças e Controles) 1996 
 
Enunciado 
 
Decomposição, comparação e interpretação dos demonstrativos do 
estado patrimonial e do resultado econômico de uma entidade é: 
a) função econômica da Contabilidade; 
 
b) objeto da Contabilidade; 
 
c) técnica contábil chamada Análise de Balanços; 
 
d) finalidade da Contabilidade; 
 
e) função administrativa da Contabilidade. 
 
2.1.4 Técnico da Receita Federal 
 
Enunciado 
 
A palavra Azienda é comumente usada em Contabilidade como sinônimo 
de fazenda, na acepção de: 
a) conjunto de bens e direitos; 
 
b) mercadorias 
 
c) finanças públicas; 
 
d) grande propriedade rural; 
 
e) patrimônio, considerado juntamente com a pessoa que tem 
sobre ele poderes de administração e disponibilidade. 
 
2.1.5 Técnico da Receita Federal 
 
Enunciado 
 
É função econômica da Contabilidade: 
 
a) apurar lucro ou prejuízo; 
 
 
 
 
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Curso on-line – AFRFB 2009 – Contabilidade Decifrada – Aula 01 
Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
b) controlar o patrimônio; 
 
c) evitar erros ou fraudes; 
 
d) efetuar o registro dos fatos contábeis; 
 
e) verificar a autenticidade das operações. 
 
2.1.6 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 21a REGIÃO - 
Concurso Público para Provimento de Cargos de Analista 
Judiciário Área Administrativa - Especialidade Contabilidade - 
Setembro/2003 
ENUNCIADO 
 
 
31. O objeto da Contabilidade é 
 
(A) a conta. 
 
(B) o lançamento (registro). 
 
(C) o balanço patrimonial. 
 
(D) a demonstração do resultado do exercício. 
 
(E) o patrimônio. 
 
2.1.7 Agente fiscal de tributos Teresina – CESPE – 2008 
 
Com relação à contabilidade e à legislação aplicável, julgue os itens de 
128 a 136. 
ENUNCIADO 
 
128. A despeito das mudanças substanciais nos tipos de usuários e nas 
modalidades de informação que estes têm procurado, a função 
fundamental da contabilidade continua atrelada à finalidade de prover 
esses usuários das demonstrações contábeis com informações que os 
ajudem a tomar decisões de natureza econômico-financeira. 
 
2.2 Patrimônio 
 
2.2.1 AFTN (Auditor Fiscal do Tesouro Nacional, antiga denominação 
do cargo de AFRF – Auditor Fiscal da Receita Federal) 19981. 
 
Enunciado 
 
03- A Cia. Eira & Eira foi constituída com capital de R$ 750.000,00, 
por três sócios, que integralizaram suas ações como segue: 
 
 
 
 
1 Questão tratada no livro “Contabilidade: Resoluções e comentários de Questões da 
ESAF”, do mesmo autor. 
 
 
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Curso on-line – AFRFB 2009 – Contabilidade Decifrada – Aula 01 
Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
- Adão Macieira R$ 300.000,00 
 
- Bené Pereira R$ 150.000,00 
 
- Carlos Parreira R$ 300.000,00 
 
Após determinado período, a empresa verificou que nas suas 
operações normais lograra obter lucros de R$ 600.000,00, dos quais 
R$ 150.000,00 foram distribuídos e pagos aos sócios. Os restantes 
R$ 450.000,00 foram reinvestidos na empresa na conta Reserva para 
Aumento de Capital, nada mais havendo em seu Patrimônio Líquido. 
Sabendo-se que esta empresa não tem resultados de exercícios 
futuros e que suas dívidas representam 20% dos recursos aplicados 
atualmente no patrimônio, podemos afirmar que o valor total de seus 
ativos é de 
a) R$ 1.200.000,00 
 
b) R$ 750.000,00 
 
c) R$ 600.000,00 
 
d) R$ 1.350.000,00 
 
e) R$ 1.500.000,00 
Resolução e Comentários 
 
2.2.2 AFTN 19982 
 
Enunciado 
 
04- No mês de julho, a firma Papoulas Ltda. foi registrada e captou 
recursos totais de R$ 7.540,00, sendo R$ 7.000,00 dos sócios, como 
capital registrado e R$ 540,00 de terceiros, sendo 2/3 como 
empréstimos obtidos e 1/3 como receitas ganhas. Os referidos 
recursos foram todos aplicados no mesmo mês, sendo R$ 540,00 em 
mercadorias; R$ 216,00 em poupança bancária; R$ 288,00 na 
concessão de empréstimos; e o restante em despesas normais. 
Após realizados esses atos de gestão, pode-se afirmar que a empresa 
ainda tem um patrimônio bruto e um patrimônio líquido, 
respectivamente, de 
a) R$ 1.044,00 e R$ 864,00 
b) R$ 1.044,00 e R$ 684,00 
c) R$ 1.044,00 e R$ 504,00 
d) R$ 1.584,00 e R$ 1.044,00 
 
 
2 Questão tratada no livro “Contabilidade: Resoluções e comentários de Questões da 
ESAF”, do mesmo autor. 
 
 
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Curso on-line – AFRFB 2009 – Contabilidade Decifrada – Aula 01 
Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
e) R$ 7.540,00 e R$ 7.000,00 
 
2.2.3 AFRF 2002 – 1a prova (março)3 
 
Enunciado 
 
03- Da leitura atenta dos balanços gerais da Cia. Emile, levantados em 
31.12.01 para publicação, e dos relatórios que os acompanham, 
podemos observar informações corretas que indicam a existência de: 
Capital de Giro no valor de R$ 2.000,00 
 
Capital Social no valor de R$ 5.000,00 
 
Capital Fixo no valor de R$ 6.000,00 
 
Capital Alheio no valor de R$ 5.000,00 
 
Capital Autorizado no valor de R$ 5.500,00 
 
Capital a Realizar no valor de R$ 1.500,00 
 
Capital Investido no valor de R$ 8.000,00 
 
Capital Integralizado no valor de R$ 3.500,00 
 
Lucros Acumulados no valor de R$ 500,00 
 
Prejuízo Líquido do Exercício no valor de R$ 1.000,00 
 
A partir das observações acima, podemos dizer que o valor do Capital 
Próprio da Cia. Emile é de 
a) R$ 5.500,00 
b) R$ 5.000,00 
c) R$ 4.000,00 
d) R$ 3.500,00 
e) R$ 3.000,00 
 
2.2.4 Agente Fiscal de Tributos Municipais– Pref. Teresina – 2001 
(ESAF) 
ENUNCIADO 
 
 
48- Assinale a opção que contém a afirmativa correta. 
 
a) Conceitua-se Contabilidade como a metodologia que permite às 
entidades econômicas o desenvolvimento de suas atividades e a 
consecução dos fins que lhes são propostos. 
 
 
 
 
3 Questão tratada no livro “Contabilidade: Resoluções e comentários de Questões da 
ESAF”, do mesmo autor. 
 
 
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Curso on-line – AFRFB 2009 – Contabilidade Decifrada – Aula 01 
Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
b) O ativo indica a aplicação dos capitais na atividade empresarial, por 
isso, aí se encontra o chamado capital próprio. 
c) Denomina-se empresa o organismo resultante de elementos materiais 
e humanos reunidos com o objetivo de obter, transformar, movimentar 
e consumir bens. 
 
d) Conceitua-se Contabilidade como a ciência que estuda e pratica as 
funções de escrituração, demonstração financeira, auditoria e análise de 
balanços. 
e) Um patrimônio bem determinado, uma pessoa que o possui e o 
administra, praticando sobre ele atos e fatos de natureza econômica, 
tudo isso pressupõe a existência de um ser distinto de seu dono, 
conhecido como entidade ou azienda. 
 
2.2.5 Auditor-Fiscal do Município de São Paulo – ISS – 2007 (FCC) 
ENUNCIADO 
 
 
2. A Cia. Beta possui bens e direitos no valor total de R$ 1.750.000,00, 
em 31.12.2005. Sabendo-se que, nessa mesma data, inexistem 
Resultados de Exercícios Futuros e que o Passivo Exigível da companhia 
representa 2/5 (dois quintos) do valor do Patrimônio Líquido, este 
último corresponde a, em R$: 
(A) 1.373.000,00 
 
(B) 1.250.000,00 
 
(C) 1.050.000,00 
 
(D) 750.000,00 
 
(E) 500.000,00 
 
2.2.6 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 21a REGIÃO - 
Concurso Público para Provimento de Cargos de Analista 
Judiciário Área Administrativa - Especialidade Contabilidade - 
Setembro/2003 
ENUNCIADO 
 
 
33. O patrimônio, em Contabilidade, é definido como um conjunto de 
 
(A) direitos. 
 
(B) bens, direitos e obrigações. 
 
(C) direitos e obrigações. 
 
(D) bens, direitos, obrigações e patrimônio líquido. 
 
(E) recursos. 
 
 
 
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Curso on-line – AFRFB 2009 – Contabilidade Decifrada – Aula 01 
Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
2.2.7 AFC/CGU – 2008 – Equação fundamental do patrimônio (cabe 
recurso) 
ENUNCIADO 
 
14- Em relação ao patrimônio de uma empresa e às diversas situações 
patrimoniais que pode assumir de acordo com a equação fundamental 
do patrimônio, indique a opção incorreta. 
a) A empresa tem passivo a descoberto quando o Ativo é igual ao 
Passivo menos a Situação Líquida. 
 
b) A Situação Líquida negativa acontece quando o total do Ativo é 
menor que o passivo exigível. 
c) Na constituição da empresa, o Ativo menos o Passivo Exigível é igual 
a zero. 
 
d) A situação em que o Passivo mais o Ativo menos a Situação Líquida é 
igual a zero é impossível de acontecer. 
e) A Situação Líquida é positiva quando o Ativo é maior que o Passivo 
Exigível. 
 
 
 
2.3 Princípios e Convenções Contábeis 
 
2.3.1 AFRF 2002 – 1a prova (março)4 
 
Enunciado 
 
01- Abaixo estão cinco assertivas relacionadas com os Princípios 
Fundamentais de Contabilidade. Assinale a opção que expressa uma 
afirmação verdadeira. 
a) A observância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade é 
obrigatória no exercício da profissão, mas não constitui condição de 
legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade. 
b) O Princípio da Entidade reconhece o Patrimônio como objeto da 
Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, exceto no caso de 
sociedade ou instituição, cujo patrimônio pode confundir-se com o dos 
sócios ou proprietários. 
c) Da observância do Princípio da Oportunidade resulta que o registro 
deve ensejar o reconhecimento universal das variações ocorridas no 
patrimônio da Entidade, em um período de tempo determinado. 
 
 
 
 
4 Questão tratada no livro “Contabilidade: Resoluções e comentários de Questões da 
ESAF”, do mesmo autor. 
 
 
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Curso on-line – AFRFB 2009 – Contabilidade Decifrada – Aula 01 
Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
d) A apropriação antecipada das prováveis perdas futuras, antes 
conhecida como Convenção do Conservadorismo, hoje é determinada 
pelo Princípio da Competência. 
e) A observância do Princípio da Continuidade não influencia a aplicação 
do Princípio da Competência, pois o valor econômico dos ativos e dos 
passivos já contabilizados não se altera em função do tempo. 
 
2.3.2 Prova Técnico da Receita Federal – 20035 
 
Enunciado 
 
01- Com relação aos Princípios Fundamentais de Contabilidade, assinale 
a opção incorreta. 
 
a) O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para 
os componentes do ATIVO e do maior, para os do PASSIVO, sempre que 
se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das 
mutações patrimoniais que alterem o Patrimônio Líquido. 
b) O Princípio da PRUDÊNCIA impõe a escolha da hipótese de que 
resulte menor Patrimônio Líquido, quando se apresentarem opções 
igualmente aceitáveis diante dos demais Princípios Fundamentais de 
Contabilidade. 
c) O Princípio da PRUDÊNCIA somente se aplica às mutações 
posteriores, constituindo-se ordenamento indispensável à correta 
aplicação do Princípio da COMPETÊNCIA. 
d) A aplicação do Princípio da PRUDÊNCIA ganha ênfase quando, para 
definição dos valores relativos às variações patrimoniais, devem ser 
feitas estimativas que envolvem incertezas de grau variável. 
e) O Princípio da PRUDÊNCIA refere-se, simultaneamente, à 
tempestividade e à integridade do registro do patrimônio e das suas 
mutações, determinando que este seja feito de imediato e com a 
extensão correta, independentemente das causas que originaram o 
registro. 
 
2.3.3 Auditor Municipal do Recife – 2003 (ESAF) 
ENUNCIADO 
 
 
26- Com relação aos Princípios Fundamentais de Contabilidade, assinale 
a opção incorreta. 
 
 
 
 
 
5 Questão tratada no livro “Contabilidade: Resoluções e comentários de Questões da 
ESAF”, do mesmo autor. 
 
 
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Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
a) Do Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL resulta que a 
avaliação dos componentes patrimoniais deve ser feita com base nos 
valores de entrada, considerando-se como tais os resultantes do 
consenso com os agentes externos ou da imposição destes. 
b) Do Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL resulta que, uma 
vez integrados no patrimônio, os bens, direitos ou obrigações não 
poderão ter alterados seus valores intrínsecos, admitindo-se, tão- 
somente, sua decomposição em elementos e/ou sua agregação, parcial 
ou integral, a outros elementos patrimoniais. 
c) Do Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL resulta que o valor 
original será mantido enquanto o componente permanecer como parte 
do patrimônio, inclusive quando da saída deste. 
d) Do Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL resulta que o uso 
da moeda do País na tradução do valor dos componentes patrimoniais 
constitui imperativo de homogeneização quantitativa dos mesmos. 
e) Do Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL resulta que é 
inadequada a utilização de qualquer tipo de CORREÇÃO ou 
ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA.2.3.4 Auditor Municipal do Recife – 2003 (ESAF) 
ENUNCIADO 
 
 
27- Com relação aos Princípios Fundamentais de Contabilidade, assinale 
a opção incorreta. 
 
a) O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da 
Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da 
diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios 
existentes. 
b) O Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL preconiza que os 
componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores 
originais das transações com o mundo exterior, expressos a valor 
presente na moeda do País, que serão mantidos na avaliação das 
variações patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem 
agregações ou decomposições no interior da ENTIDADE. 
c) O Princípio da CONTINUIDADE influencia o valor econômico dos ativos 
e, em muitos casos, o valor ou o vencimento dos passivos, 
especialmente quando a extinção da ENTIDADE tem prazo determinado, 
previsto ou previsível. 
d) O Princípio da OPORTUNIDADE refere-se, simultaneamente, à 
tempestividade e à integridade do registro do patrimônio e das suas 
 
 
 
 
 
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Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
mutações, determinando que este seja feito de imediato e com a 
extensão correta, independentemente das causas que as originaram. 
e) O Princípio da PRUDÊNCIA indica que as receitas e as despesas 
devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que 
ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, 
independentemente de recebimento ou pagamento. 
 
2.3.5 CVM – Comissão de Valores Mobiliários – 2000 (ESAF) 
ENUNCIADO 
 
 
01- O procedimento de segregar o patrimônio da empresa avaliada do 
patrimônio de seus sócios está fundamentado no conceito da 
a) entidade 
 
b) identidade 
c) prudência 
d) materialidade 
e) relatividade 
 
2.3.6 ICMS – Paraíba – 2006 (FCC) 
ENUNCIADO 
 
 
1. O princípio contábil que impõe a escolha de hipótese que resulte 
menor patrimônio líquido, quando se apresentarem opções igualmente 
aceitáveis diante dos demais Princípios Fundamentais da Contabilidade, 
é o Princípio da 
 
(A) Oportunidade. 
 
(B) Competência. 
 
(C) Entidade. 
 
(D) Continuidade. 
 
(E) Prudência. 
 
2.3.7 Analista do Banco Central do Brasil (Área 4) – jan/2006 – FCC 
 
ENUNCIADO 
 
9. A circular 3068 do BACEN permitiu que os títulos mantidos para 
negociação ou disponíveis para venda sejam ajustados a valor do 
mercado, computando-se tanto a valorização como a desvalorização. 
Sobre os princípios contábeis, é correto afirmar: 
 
 
 
 
 
 
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(A) Esse procedimento está de acordo com o conservadorismo, pois 
nesse caso a empresa estará sempre efetuando uma provisão para 
ajuste ao valor de mercado. 
(B) Esse procedimento fere o princípio de conservadorismo quando o 
valor do mercado é inferior ao custo e deve-se reduzir o valor do título 
para o valor de mercado, pois o ativo deve ser avaliado pelo maior valor 
de realização. 
(C) Esse procedimento está de acordo com o princípio do 
conservadorismo, pois sempre reduzirá o resultado da empresa no 
período da atualização. 
(D) Esse procedimento não tem relação com o princípio de 
conservadorismo, pois esse princípio se refere à avaliação dos passivos 
pelo maior valor de exigibilidade. 
(E) Esse procedimento fere o princípio de conservadorismo quando o 
valor do mercado supera o custo e deve-se aumentar o valor de um 
título para valor de mercado, pois o ativo deve ser avaliado pelo menor 
valor entre o custo e o valor de mercado. 
 
2.3.8 Auditor-Fiscal do Município de São Paulo – ISS – 2007 (FCC) 
ENUNCIADO 
 
 
1. Em relação ao princípio contábil da Competência, é correto afirmar 
que 
(A) o reconhecimento de despesas deve ser efetuado quando houver o 
efetivo desembolso financeiro por parte da pessoa jurídica que efetuou o 
gasto. 
(B) uma despesa é considerada incorrida quando há um surgimento de 
um ativo, sem o concomitante desaparecimento de um passivo. 
(C) as perdas involuntárias de ativos por razões fortuitas ou por força 
maior não devem ser computadas na apuração do resultado do 
exercício, porque não estão correlacionadas com a realização de 
receitas. 
(D) as receitas são consideradas realizadas, nas transações com 
terceiros, quando estes efetuarem o pagamento. 
(E) a extinção, mesmo que parcial, de um passivo, sem o 
desaparecimento concomitante de um ativo, de valor igual ou maior, é 
considerada realização de receita. 
 
2.3.9 ICMS – RS – 2006 (FAURGS) 
ENUNCIADO 
 
 
 
 
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Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
14. O Princípio Contábil que preceitua que a contabilidade é mantida 
para as empresas e que o patrimônio dos sócios não se confunde com o 
da empresa é o Princípio 
(A) do Custo como Base de Valor. 
 
(B) da Oportunidade. 
 
(C) da Prudência. 
 
(D) da Entidade. 
 
(E) do Custo. 
 
2.3.10 ICMS – RS – 2006 (FAURGS) 
ENUNCIADO 
 
 
15. “Os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos 
valores originais das transações com o mundo exterior, expressos a 
valor presente na moeda do País, que serão mantidos na avaliação das 
variações patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem 
agregações ou decomposições no interior da entidade.” Este é o 
enunciado do Princípio Contábil . 
(A) do Custo Contábil. 
 
(B) do Registro pelo Valor Original. 
 
(C) da Atualização Monetária. 
 
(D) do Registro pelo Valor Original Corrigido. 
 
(E) da Atualização Monetária e Contábil. 
 
2.3.11 TRF 4a região - Analista Judiciário - Especialidade 
Contadoria - jan/2001 (FCC) 
ENUNCIADO 
 
 
32. É registro que caracteriza regime de competência, o relativo ao 
 
(A) da compra de mercadorias à vista. 
 
(B) do pagamento de duplicata pela compra de veículo a prazo. 
 
(C) da venda de mercadoria à vista. 
 
(D) do pagamento de uma despesa. 
 
(E) de uma despesa a pagar. 
 
2.3.12 TRF 4a região - Analista Judiciário - Especialidade 
Contadoria - jan/2001 (FCC) 
 
ENUNCIADO 
 
 
 
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Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
37. O capital subscrito e realizado pelo titular, sócio ou acionista é 
considerado capital próprio em virtude do princípio ou convenção 
(A) do conservadorismo. 
 
(B) da continuidade. 
 
(C) da entidade. 
 
(D) da realização das receitas. 
 
(E) da objetividade. 
 
2.3.13 TRT 21a REGIÃO - Analista Judiciário Área Administrativa 
- Especialidade Contabilidade - Setembro/2003 (FCC) 
ENUNCIADO 
 
 
34. A integração das receitas ganhas com as despesas que com elas se 
correlacionam constitui o princípio fundamental da 
(A) entidade. 
 
(B) oportunidade. 
 
(C) competência. 
 
(D) prudência. 
 
(E) continuidade. 
 
2.3.14 TRT 21a REGIÃO - Analista Judiciário Área Administrativa 
- Especialidade Contabilidade - Setembro/2003 (FCC) 
ENUNCIADO 
 
 
35. O postulado, princípio ou convenção contábil, que tem por objetivo 
evitar a descapitalização de uma empresa, denomina-se 
(A))conservadorismo. 
 
(B) uniformidade ou consistência.(C) materialidade. 
 
(D) objetividade. 
 
(E) entidade. 
 
2.3.15 TRE Espírito Santo - Analista Judiciário – Área 
Administrativa – Especialidade Contabilidade – 2005 (FCC) 
ENUNCIADO 
 
 
37. Dentre os princípios fundamentais da contabilidade, contidos na 
Resolução 750 do Conselho Federal de Contabilidade, tem-se um do 
 
 
 
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qual consta: refere-se, simultaneamente, à tempestividade e à 
integridade do registro do patrimônio e das suas mutações, 
determinando que este seja feito de imediato e com extensão correta, 
independentemente das causas que as originaram. 
Assinale, dentre as alternativas abaixo, a que se refere ao acima 
descrito: 
a) continuidade. 
b) competência. 
c) oportunidade. 
d) prudência. 
 
2.3.16 TRF 4 REGIÃO - Analista Judiciário - Apoio Especializado 
– Contadoria – 2004 (FCC) 
ENUNCIADO 
 
 
61. Dentre os princípios fundamentais da contabilidade, o da 
competência diz que as receitas e despesas de uma empresa devem ser 
respectivamente incluídas na apuração do resultado do período em que 
ocorrerem, sempre simultaneamente, quando 
(A) recebidas e pagas. 
 
(B) ganhas e ocorridas. 
 
(C) se correlacionarem. 
 
(D) ocorridas. 
 
(E) obtidas e consumidas. 
 
2.3.17 TRF 4 REGIÃO - Analista Judiciário - Apoio Especializado 
– Contadoria – 2004 (FCC) 
ENUNCIADO 
 
 
70. O princípio fundamental da oportunidade, ao estabelecer que o 
registro do patrimônio e das mutações de uma entidade privada seja 
feito “de imediato”, diz respeito a sua efetivação quando 
(A) ocorrido o ato ou o fato. 
 
(B) devam ser evidenciados o patrimônio e os resultados. 
 
(C) ocorridos os recebimentos ou pagamentos. 
 
(D) ocorridos os ganhos e perdas de recursos. 
 
(E) ocorridas as mutações e variações. 
 
 
 
 
 
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2.3.18 TRE RIO GRANDE DO NORTE - Analista Judiciário - Área 
Administrativa - Especialidade Contabilidade – 2005 (FCC) 
ENUNCIADO 
 
 
38. A norma/princípio ou convenção contábil que trata distintamente o 
patrimônio dos sócios do da empresa é denominada 
(A) Entidade. 
 
(B) Conservadorismo. 
 
(C) Competência. 
 
(D) Objetividade. 
 
(E) Tempestividade. 
 
2.3.19 TRE – RJ – 2001 (FCC) 
ENUNCIADO 
 
 
11 - Uma empresa utilizou 3 (três) critérios de custos diferentes para 
efetuar a valoração de seus estoques nas últimas 3 (três) 
demonstrações financeiras, não apresentando notas explicativas que 
elucidassem o porquê das alterações de seus critérios contábeis. 
Portanto, a empresa não observou a seguinte convenção contábil: 
a) consistência; 
 
b) conservadorismo; 
 
c) custo como base de valor; 
 
d) materialidade; 
 
e) objetividade. 
 
2.3.20 AFC/CGU - 2008 – Princípios Fundamentais de 
Contabilidade 
ENUNCIADO 
 
8 - Sobre os enunciados dos Princípios Fundamentais de Contabilidade, 
estabelecidos na Resolução n. 750/1993, são apresentadas as seguintes 
assertivas: 
I. desde que tecnicamente estimável, o registro das variações 
patrimoniais deve ser feito, de imediato e com a extensão correta, 
independentemente das causas que as originaram, mesmo na hipótese 
de somente existir razoável certeza de sua ocorrência. 
II. após sua integração ao patrimônio, o bem, direito ou obrigação não 
poderão ter alterados seus valores intrínsecos, admitindo-se, tão- 
 
 
 
 
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somente, sua reavaliação e atualização monetária e a decomposição em 
elementos e/ou sua agregação, parcial ou integral, a outros elementos 
do patrimônio líquido. 
III. consideram-se realizadas as receitas sempre que houver a extinção, 
parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o motivo, sem o 
desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou maior. 
IV. quando da classificação e avaliação das mutações patrimoniais, 
quantitativas e qualitativas, devem ser consideradas a continuidade ou 
não da entidade, bem como sua vida definida ou provável, pois 
influencia o valor econômico dos ativos e, em muitos casos, o valor ou o 
vencimento dos passivos, especialmente quando a extinção da entidade 
tem prazo determinado, previsto ou previsível. 
V. quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis diante dos 
demais Princípios Fundamentais de Contabilidade, deve-se escolher a 
hipótese de que resulte menor patrimônio líquido. 
Considerando que a seqüência das assertivas apresentadas não guarda 
necessariamente correlação com a seqüência das opções apresentadas, 
das assertivas apresentadas, a única incorreta é aquela que se refere ao 
Princípio da (do): 
a) Continuidade. 
b) Prudência. 
c) Competência. 
 
d) Registro pelo Valor Original. 
e) Oportunidade. 
 
2.3.21 Agente fiscal de tributos Teresina – CESPE – 2008 
– Princípio da Competência x Provisões 
ENUNCIADO 
 
134. O princípio da competência está associado às variações 
patrimoniais e à sua natureza. Na aplicação desse princípio às despesas, 
há situações em que, mesmo sem ter havido pagamento ou sem ter 
sido constituída uma obrigação efetiva, devem ser efetuadas provisões, 
com base em estimativas, como no caso da prestação de garantias 
assumidas pela venda de mercadorias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2.3.22 Analista Judiciário STF – 2008 – CESPE - Princípios 
Contábeis 
 
Acerca dos princípios fundamentais de contabilidade e divulgação das 
demonstrações contábeis, julgue os seguintes itens. 
ENUNCIADO 
 
95. Ocorrendo o registro dos ajustes a valor de mercado dos ativos 
advindos de operações de longo prazo, o princípio do registro pelo valor 
original não será obedecido. 
 
2.3.23 Analista Judiciário STF – 2008 (CESPE) – Princípio 
da prudência x ajustes de avaliação patrimonial 
ENUNCIADO 
 
96. O princípio da prudência preconiza que o valor do ativo deve ser 
registrado pelo menor valor entre custo e valor de mercado. Com 
relação ao registro do passivo, o mesmo princípio determina que deve 
ocorrer o oposto. Desse modo, aumentos ou diminuições de valores nos 
saldos de contas de ativo ou passivo decorrentes de avaliações a preço 
de mercado serão registradas na conta de ajustes de avaliação 
patrimonial na demonstração do resultado do exercício. 
 
2.3.24 BACEN UNB/CESPE – Princípio da Prudência 
 
ENUNCIADO 
 
O princípio da prudência determina a adoção do menor valor para os 
componentes do ativo, e de maior para os do passivo, sempre que se 
apresentem opções igualmente válidas para a quantificação das 
mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. Com base 
nesta afirmação, julgue os itens abaixo: 
(1) A contabilidade deve manter um comportamento prudente e 
reconhecer as despesas mesmo antes que surja o fato gerador, sempre 
eu se puder prever um acréscimo do passivo. 
(2) O princípio da prudência impõe a escolha da hipótese da qual resulte 
em menor patrimônio líquido, quando se apresentarem opções 
igualmente aceitáveis diante dos demais princípios fundamentais de 
contabilidade.(3) O princípio da prudência somente se aplica às mutações posteriores, 
constituindo ordenamento indispensável à correta aplicação do princípio 
da competência. 
 
 
 
 
 
 
 
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Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
(4) A aplicação do princípio da prudência ganha ênfase quando, para a 
definição dos valores relativos às variações patrimoniais, devam ser 
feitas estimativas que envolvam incertezas de grau variável. 
(5) O princípio da prudência é perfeitamente coerente com o registro no 
ativo de depósitos judiciais relativos a processos cuja probabilidade de 
sucesso é remota, sem que haja lançamento de provisão para 
contingência correspondente no passivo. 
 
2.3.25 INSS UNB/CESPE – Princípio da Competência 
 
ENUNCIADO 
 
De acordo com o princípio da competência, as receitas e as despesas 
devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que 
ocorrem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, 
independentemente de recebimento e pagamento. Em conformidade 
com esse conceito, as receitas devem ser reconhecidas: 
(1) nas transações com terceiros, quando estes efetuarem o pagamento 
ou assumirem compromisso firme de efetivá-lo, que pela investidora da 
propriedade de bens anteriores pertencentes à entidade, quer pela 
fruição de serviços por esta prestados; 
(2) quando da extinção, parcial ou total, de um ativo, qualquer que seja 
o motivo, sem o desaparecimento concomitante de um passivo de valor 
igual ou menor; 
(3) pela geração natural de novos passivos, independentemente da 
intervenção de terceiros; 
(4) pelo recebimento efetivo de doações destinadas à cobertura de 
despesas administrativas; 
(5) pelo recebimento antecipado de clientes, por conta de entrega futura 
de bens e/ou serviços. 
 
2.3.26 TCU – UNB/CESPE – Princípios Contábeis 
 
ENUNCIADO 
 
Os princípios fundamentais de contabilidade representam a essência das 
doutrinas e das teorias relativas à ciência da contabilidade, consoante o 
entendimento predominante nos universos científico e profissional 
brasileiros. Concernem, pois, à contabilidade no seu sentido mais amplo 
de ciência social, cujo objetivo é o patrimônio das entidades. 
Relativamente a esse assunto, julgue os itens a seguir: 
(1) De acordo com o princípio da competência, considera-se realizada 
uma despesa, quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, 
 
 
 
 
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qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento concomitante de 
um ativo de valor igual ou maior. 
(2) A aplicação do princípio da prudência ganha ênfase quando, para 
definição dos valores relativos às variações patrimoniais, devam ser 
feitas estimativas que envolvam incertezas de grau variável. 
(3) Como resultado da observância do princípio da oportunidade, o 
registro deve ensejar o reconhecimento universal das variações 
ocorridas no patrimônio da entidade, em um período de tempo 
determinado, base necessária para gerar informações úteis ao processo 
decisório da gestão. 
(4) A receita de serviços deve sempre ser reconhecida de forma 
proporcional ao recebimento das parcelas contratuais. 
(5) A suspensão das atividades de uma entidade pode provocar efeitos 
na utilidade de determinados ativos, com a perda, até mesmo integral, 
de seu valor. 
 
2.3.27 Analista de Comércio Exterior / UNB-CESPE 
 
ENUNCIADO 
 
Julgue os itens abaixo, relativos a princípios fundamentais de 
contabilidade e normas brasileiras de contabilidade: 
(1) A aplicação do princípio da prudência ganha ênfase quando, para 
definição dos valores relativos às variações patrimoniais, devam ser 
feitas estimativas que envolvam incertezas de grau variável. 
(2) A avaliação dos componentes patrimoniais deve ser feita com base 
nos valores de entrada, considerando-se como tais os resultantes do 
consenso com os agentes externos ou da imposição destes. 
(3) As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do 
resultado não necessariamente simultaneamente quando se 
correlacionarem. 
(4) O registro das variações patrimoniais compreende os elementos 
quantitativos e qualitativos, contemplando os aspectos físicos e 
monetários. 
(5) A continuidade não influencia o valor econômico dos ativos e 
passivos. 
 
2.3.28 CGE/PB - 2008 (CESPE) 
Enunciado 
 
 
47. Os princípios fundamentais de contabilidade (PFC) representam a 
essência das doutrinas e teorias relativas à ciência contábil, consoante o 
 
 
 
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Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
entendimento predominante nos universos científico e profissional do 
Brasil. Com base nos PFC e na legislação vigente, assinale a opção 
correta. 
A) De acordo com o princípio da prudência, a receita antecipada deve 
ser registrada em conta patrimonial no momento de sua ocorrência; e 
somente ao se emitir o documento fiscal de venda, o saldo da receita 
antecipada, segundo o princípio da oportunidade, será transportado ao 
resultado do exercício. 
B) De acordo com o princípio do registro pelo valor original, a receita 
antecipada deve ser registrada em conta patrimonial no momento de 
sua ocorrência; e somente ao se emitir o documento fiscal de venda, o 
saldo da receita antecipada, segundo o princípio da continuidade, será 
transportado ao resultado do exercício. 
C) De acordo com o princípio da entidade, a receita antecipada deve ser 
registrada em conta patrimonial no momento de sua ocorrência; e 
somente ao emitir o documento fiscal de venda o saldo da receita 
antecipada, segundo o princípio da oportunidade, será transportado ao 
resultado do exercício. 
D) De acordo com o princípio da continuidade, a receita antecipada será 
registrada em conta patrimonial no momento de sua ocorrência. 
Somente ao emitir o documento fiscal de venda, o saldo da receita 
antecipada, segundo o princípio da prudência, será transportado ao 
resultado do exercício. 
E) De acordo com o princípio da oportunidade, a receita antecipada deve 
ser registrada em conta patrimonial no momento de sua ocorrência; e, 
somente ao se emitir o documento fiscal de venda, o saldo da receita 
antecipada, segundo o princípio da competência, será transportado ao 
resultado do exercício. 
 
2.3.29 TCU – 2008 (CESPE) – Pronunciamento Conceitual Básico 
Enunciado 
 
209 A estrutura conceitual para a elaboração e apresentação das 
demonstrações contábeis da CVM recomenda que as incertezas que 
envolvem certos eventos e circunstâncias sejam tratadas com 
prudência, não se superestimando ativos e receitas, e não se 
subestimando passivos e despesas. O limite da prudência deve ter em 
conta a neutralidade, a imparcialidade, de modo a evitar, por exemplo, 
a formação de reservas ocultas ou provisões excessivas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Assunto / Concurso-Questão Gab 
1 DEFINIÇÃO, OBJETO E FUNÇÃO DA CONTABILIDADE - 
1.1 TTN (Técnico do Tesouro Nacional, atual Analista da Receita Federal) 1992 B 
1.2 TTN (Técnico do Tesouro Nacional, atual – Analista da Receita Federal) 1994 A 
1.3 TFC (Técnico de Finanças e Controles) 1996 C 
1.4 Técnico da Receita Federal E 
1.5 Técnico da Receita FederalA 
1.6 TRT 21a R. - Analista Judiciário - Contabilidade - Set/2003 E 
1.7 Agente fiscal de tributos Teresina – CESPE – 2008 C 
2 PATRIMÔNIO - 
2.1 AFTN (Atual - Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil) 1998. E 
2.2 AFTN 1998 B 
2.3 AFRF 2002 – 1a prova (março) E 
2.4 Agente Fiscal de Tributos Municipais – Pref. Teresina – 2001 (ESAF) E 
2.5 Auditor-Fiscal do Município de São Paulo – ISS – 2007 (FCC) B 
2.6 TRT 21a R. -Analista Judiciário - Contabilidade - Set/2003 B 
2.7 AFC/CGU - 2008 C 
3 PRINCÍPIOS E CONVENÇÕES CONTÁBEIS - 
3.1 AFRF 2002 – 1a prova (março) C 
3.2 Prova Técnico da Receita Federal – 2003 E 
3.3 Auditor Municipal do Recife – 2003 (ESAF) E 
3.4 Auditor Municipal do Recife – 2003 (ESAF) E 
3.5 CVM – Comissão de Valores Mobiliários – 2000 (ESAF) A 
3.6 ICMS – Paraíba – 2006 (FCC) A 
3.7 Analista do Banco Central do Brasil (Área 4) – jan/2006 – FCC E 
3.8 Auditor-Fiscal do Município de São Paulo – ISS – 2007 (FCC) E 
3.9 ICMS – RS – 2006 (FAURGS) D 
3.10 ICMS – RS – 2006 (FAURGS) B 
3.11 TRF 4a região - Analista Judiciário - Especialidade Contadoria - jan/2001 (FCC) E 
3.12 TRF 4a região - Analista Judiciário - Especialidade Contadoria - jan/2001 (FCC) C 
3.13 TRT 21a R. - Analista Judiciário - Contabilidade - Set/2003 (FCC) C 
3.14 TRT 21a R. - Analista Judiciário - Contabilidade - Set/2003 (FCC) A 
3.15 TRE Espírito Santo - Analista Judiciário – Contabilidade – 2005 (FCC) C 
3.16 TRF 4 REGIÃO - Analista Judiciário - Apoio Especializado – Contadoria – 2004 (FCC) C 
3.17 TRF 4 REGIÃO - Analista Judiciário - Apoio Especializado – Contadoria – 2004 (FCC) B 
3.18 TRE RIO GRANDE DO NORTE - Analista Judiciário - Contabilidade – 2005 (FCC) A 
3.19 TRE – RJ – 2001 (FCC) A 
3.20 AFC/CGU - 2008 D 
3.21 Agente fiscal de tributos Teresina – CESPE – 2008 – Competência x Provisões C 
3.22 Analista Judiciário STF – 2008 – CESPE - Princípios Contábeis C 
3.23 Analista Judiciário STF – 2008 (CESPE) – prudência x ajustes avaliação patrimonial E 
3.24 BACEN UNB/CESPE – Princípio da Prudência ECCCE
3.25 INSS UNB/CESPE – Princípio da Competência CEECE
3.26 TCU – UNB/CESPE – Princípios Contábeis ECCEC
3.27 Analista de Comércio Exterior / UNB-CESPE CCECE
3.28 CGE/PB - 2008 (CESPE) E 
3.29 TCU – 2008 (CESPE) – Pronunciamento Conceitual Básico C 
* - questão posteriormente anulada 
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Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
3 Gabarito 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
* 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
 
 
 
 
4 Exercícios de Fixação (Questões de concurso – resolvidas e 
comentadas) 
 
4.1 Definição, Objeto e Função da Contabilidade 
 
4.1.1 TTN (Técnico do Tesouro Nacional, antiga denominação do atual 
cargo de TRF – Técnico da Receita Federal) 1992 
 
Enunciado 
 
O Primeiro Congresso Brasileiro de Contabilidade, realizado na cidade do 
Rio de Janeiro, de 17 a 27 de agosto de 1924, formulou um conceito 
oficial de CONTABILIDADE. Assinale a opção que indica esse conceito 
oficial. 
a) Contabilidade é a ciência que estuda o patrimônio do ponto de 
vista econômico e financeiro, observando seus aspectos 
quantitativo e específico e as variações por ele sofridas. 
b) Contabilidade é a ciência que estuda e pratica as funções de 
orientação, de controle e de registro relativas a Administração 
Econômica. 
c) Contabilidade é a metodologia especial concebida para captar, 
registrar, reunir e interpretar os fenômenos que afetam as 
situações patrimoniais, financeiras e econômicas de qualquer 
ente. 
d) Contabilidade é a arte de registrar todas as transações de uma 
companhia, que possam ser expressas em termos monetários, 
e de informar os reflexos dessas transações na situação 
econômico-financeira dessa companhia. 
e) Contabilidade é a ciência que estuda e controla o patrimônio 
das entidades, mediante registro, demonstração expositiva, 
confirmação, análise e interpretação dos fatos nele ocorridos. 
Resolução e comentários 
 
Trata-se de uma questão teórica, cuja resolução não demandou muito 
raciocínio do aluno – ao contrário, pela lógica, várias das alternativas se 
enquadrariam em um conceito razoável de Contabilidade. Entretanto, o 
que foi pedido foi o conceito oficialmente resultante do Primeiro 
Congresso Brasileiro de Contabilidade, realizado na cidade do Rio de 
Janeiro, de 17 a 27 de agosto de 1924. Assim, abaixo, transcrevemos o 
conceito já apresentado na aula teórica sobre o assunto: 
 
 
 
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Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
“A Contabilidade é a ciência que estuda e pratica as 
funções de orientação, de controle e de registro relativos à 
administração econômica”. 
Assim, percebe-se que a alternativa correta é a de letra B, que traz 
EXATAMENTE essas palavras. 
Comentários de atualização. 
Trata-se de uma questão histórica e, portanto, conclui-se que a 
alteração normativa ocorrida posteriormente à elaboração do concurso 
não logra afetar o gabarito da questão. 
 
 
Gabarito 
 
B 
 
4.1.2 TTN (Técnico do Tesouro Nacional, antiga denominação do atual 
cargo de TRF – Técnico da Receita Federal) 1994 
 
Enunciado 
 
“... o patrimônio, que a Contabilidade estuda e controla, registrando 
todas as ocorrências nele verificadas.” 
“... estudar e controlar o patrimônio, para fornecer informações sobre 
sua composição e variações, bem como sobre o resultado econômico 
decorrente da gestão da riqueza patrimonial.” 
As proposições indicam, respectivamente: 
 
a) o objeto e a finalidade da Contabilidade; 
 
b) a finalidade e o conceito da Contabilidade; 
 
c) o campo de aplicação e o objeto da Contabilidade; 
 
d) o campo de aplicação e o conceito de Contabilidade; 
 
e) a finalidade e as técnicas contábeis de Contabilidade. 
Resolução e comentários 
 
Vamos iniciar a resolução pela interpretação das duas proposições: 
 
I - “... o patrimônio, que a Contabilidade estuda e controla, registrando 
todas as ocorrências nele verificadas.”. Repare que a palavra chave da 
proposição é PATRIMÔNIO. Ora, o patrimônio é o objeto da 
Contabilidade, conforme visto na parte teórica deste tópico e definido 
pela Resolução n° 774, de 1994, do Conselho Federal de Contabilidade, 
a seguir transcrita em parte: 
 
1.2 – O Patrimônio objeto da Contabilidade 
 
O objeto delimita o campo de abrangência de uma ciência, 
tanto nas ciências formais quanto nas factuais, das quais 
 
 
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Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
fazem parte as ciências sociais. Na Contabilidade, o objeto 
é sempre o PATRIMÔNIO de uma Entidade, definido como 
um conjunto de bens, direitos e de obrigações para com 
terceiros, pertencente a uma pessoa física, a um conjunto 
de pessoas, como ocorre nas sociedades informais, ou a 
uma sociedade ou instituição de qualquer natureza, 
independentemente da sua finalidade, que pode, ou não, 
incluir o lucro. 
“... estudar e controlar o patrimônio, para fornecer informações sobre 
sua composição e variações, bem como sobre o resultado econômico 
decorrente da gestão da riqueza patrimonial.”. Repare que a expressão 
chave da proposição é a expressão PARA FORNECER INFORMAÇÕES 
SOBRE. Ora, fornecerinformações é a finalidade da Contabilidade, 
conforme visto na parte teórica deste tópico explicitamente referenciado 
no Pronunciamento do Ibracon (Instituto Brasileiro de Contadores), 
aprovado pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) através da 
Deliberação n° 29, de 1986, a seguir reproduzida, em parte: 
Anexo à Deliberação nº 29 de 05 de Fevereiro de 1986. 
ESTRUTURA CONCEITUAL BÁSICA DA CONTABILIDADE - 
OBJETIVOS DA CONTABILIDADE 
 
A Contabilidade é, objetivamente, um sistema de 
informação e avaliação destinado a prover seus usuários 
com demonstrações e análises de natureza econômica, 
financeira, física e de produtividade, com relação à 
entidade objeto de contabilização. 
Com essa análise, conclui-se que a resposta certa é a assertiva de letra 
A. Apenas para fins de esclarecimento, a seguir, analisaremos cada 
uma das assertivas da questão: 
a) o objeto e a finalidade da Contabilidade; 
 
Certo, o objeto da Contabilidade é o Patrimônio e sua finalidade é prover 
o usuário de informações. 
 
b) a finalidade e o conceito da Contabilidade; 
 
A finalidade da Contabilidade é prover o usuário de informações e o 
conceito da Contabilidade é a Ciência que estuda o Patrimônio. 
c) o campo de aplicação e o objeto da Contabilidade; 
 
O campo de aplicação da Contabilidade é a Azienda e o objeto da 
Contabilidade é o Patrimônio. 
 
d) o campo de aplicação e o conceito de Contabilidade; 
 
O campo de aplicação da Contabilidade é a Azienda e o conceito da 
Contabilidade é a Ciência que estuda o Patrimônio. 
 
e) a finalidade e as técnicas contábeis de Contabilidade. 
 
 
 
 
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Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
A finalidade da Contabilidade é prover o usuário de informações e as 
técnicas contábeis são o registro, a elaboração de demonstrações, a 
análise e a auditoria. 
Comentários de atualização. 
 
Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas 
contábeis brasileiras aos padrões internacionais, foi elaborado o 
“Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a 
Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”. Nesse 
pronunciamento – que está em consonância com a legislação até aqui 
comentada – não é claramente apresentado o campo nem o objeto da 
Contabilidade, entretanto, é expressamente apresentada a finalidade da 
contabilidade, qual seja, prover o usuário de informações, conforme a 
seguir: 
O objetivo das demonstrações contábeis é fornecer 
informações sobre a posição patrimonial e financeira, o 
desempenho e as mudanças na posição financeira da 
entidade, que sejam úteis a um grande número de 
usuários em suas avaliações e tomadas de decisão 
econômica. 
Assim, conclui-se que a alteração normativa ocorrida posteriormente à 
elaboração do concurso não logra afetar o gabarito da questão. 
 
 
Gabarito 
 
A 
 
4.1.3 TFC (Técnico de Finanças e Controles) 1996 
 
Enunciado 
 
Decomposição, comparação e interpretação dos demonstrativos do 
estado patrimonial e do resultado econômico de uma entidade é: 
a) função econômica da Contabilidade; 
 
b) objeto da Contabilidade; 
 
c) técnica contábil chamada Análise de Balanços; 
 
d) finalidade da Contabilidade; 
 
e) função administrativa da Contabilidade. 
 
Resolução e comentários 
 
Para resolver esta questão, é necessário conhecer o conceito de Análise 
de Demonstrações Financeiras, conforme apresentado na parte teórica 
desse tópico da matéria: 
 
 
 
 
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Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
Demonstrações Contábeis (Análise) – também conhecida 
como Análise de Balanços, a Análise das Demonstrações 
Financeiras tem por objetivo o estudo e avaliação do 
patrimônio, através da decomposição e interpretação dos 
demonstrativos, com vistas à comparação (tanto do 
patrimônio quanto do resultado) com os de outras 
entidades, e de outros períodos e, assim, permitindo uma 
tomada de decisões mais abalizada. 
Com esse conceito, conclui-se que a assertiva correta é a de letra C. 
Apenas com finalidades didáticas, passaremos a analisar cada uma das 
assertivas apresentadas no enunciado da questão. 
a) função econômica da Contabilidade; 
 
A função econômica da Contabilidade é apurar o resultado. 
 
b) objeto da Contabilidade; 
 
O objeto da Contabilidade é o patrimônio. 
 
c) técnica contábil chamada Análise de Balanços; 
 
A técnica contábil de Análise de Balanços consiste em decompor, 
interpretar e comparar o patrimônio e o resultado de entidades. 
d) finalidade da Contabilidade; 
 
A finalidade da Contabilidade é prover o usuário de informações. 
 
e) função administrativa da Contabilidade. 
 
A função administrativa da Contabilidade é controlar o patrimônio. 
 
Comentários de atualização. 
 
A presente questão trata de conceitos doutrinários, que não foram 
expressamente alterados pela legislação superveniente ao concurso. 
Assim, conclui-se que a alteração normativa ocorrida posteriormente à 
elaboração do concurso não logra afetar o gabarito da questão. 
 
 
Gabarito 
 
C 
 
4.1.4 Técnico da Receita Federal 
 
Enunciado 
 
A palavra Azienda é comumente usada em Contabilidade como sinônimo 
de fazenda, na acepção de: 
a) conjunto de bens e direitos; 
 
b) mercadorias 
 
c) finanças públicas; 
 
 
 
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Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
d) grande propriedade rural; 
 
e) patrimônio, considerado juntamente com a pessoa que tem 
sobre ele poderes de administração e disponibilidade. 
Resolução e comentários 
 
A azienda foi apresentada, na parte teórica deste tópico do curso, como 
o campo de interesse de estudo da Contabilidade, nos seguintes termos: 
 
A Contabilidade, portanto, tem como campo a azienda. 
Por azienda, entende-se toda entidade organizada passível 
de ter um patrimônio (bens, direitos e obrigações). O 
termo azienda tem do mesmo radical que “fazenda”, no 
sentido de tesouro e não no sentido de propriedade rural – 
veja que o Ministério da Fazenda é responsável pela 
administração do Tesouro Nacional (mas não possui bois 
nem vacas). Repare que a utilização do conceito de 
azienda permite que a Contabilidade se preocupe com 
organizações que não apenas as empresas formalmente 
constituídas (pessoas jurídicas com fins lucrativos), 
alcançando também as empresas informais, as entidades 
sem fins lucrativos, empresas públicas, pessoas físicas e 
etc6. 
Assim, já se pode concluir que a alternativa correta é a assertiva de 
letra E. Apenas para fins didáticos, analisaremos cada uma das 
alternativas do enunciado da questão, a seguir: 
a) conjunto de bens e direitos; 
 
O conjunto de bens e direitos consiste no Ativo. 
 
b) mercadorias 
 
Mercadorias são bens e, portanto, um dos elementos componentes do 
Ativo. 
 
c) finanças públicas; 
 
Finanças públicas são o objeto de interesse de outras disciplinas (Direito 
Financeiro e Contabilidade Pública) – cujo estudo está fora do escopo 
deste curso. 
d) grande propriedade rural; 
 
 
 
6 Por Pessoa Física, entende-se qualquer ser humano que, tendo personalidade jurídica 
(sendo sujeito de direitos e obrigações) pode ser titularde um patrimônio. Por Pessoa 
Jurídica, entende-se toda entidade resultante da organização humana de recursos 
(humanos e materiais) que, também pode ser titular de um patrimônio. Pessoas 
jurídicas podem ser classificadas em Pessoas Jurídicas de fato (que não estão 
regularmente constituídas – conforme o Direito) ou de Direito (que estão devidamente 
formalizadas pelo registro de seus atos constitutivos – Estatuto, no caso de uma 
Sociedade Anônima ou Contrato Social, no caso de uma Limitada – registrados no 
órgão próprio). 
 
 
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Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
Uma grande propriedade rural seria uma fazenda, porém não com o 
sentido dado à azienda pela Contabilidade. 
e) patrimônio, considerado juntamente com a pessoa que tem sobre ele 
poderes de administração e disponibilidade. 
Certo, este é o sentido de azienda dado pela Contabilidade. 
 
COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO. 
 
A presente questão trata de conceitos doutrinários, que não foram 
expressamente alterados pela legislação superveniente ao concurso. 
Assim, conclui-se que a alteração normativa ocorrida posteriormente à 
elaboração do concurso não logra afetar o gabarito da questão. 
Gabarito 
 
E 
 
4.1.5 Técnico da Receita Federal 
 
Enunciado 
 
É função econômica da Contabilidade: 
 
a) apurar lucro ou prejuízo; 
 
b) controlar o patrimônio; 
 
c) evitar erros ou fraudes; 
 
d) efetuar o registro dos fatos contábeis; 
 
e) verificar a autenticidade das operações. 
Resolução e comentários 
 
As funções administrativa e econômica da Contabilidade foram objeto de 
explanação na parte teórica deste tópico, conforme a seguir: 
Finalmente, cabe questionar o tipo de decisão a que a 
informação contábil se destina. São, basicamente, dois 
tipos de decisão: acerca da composição do patrimônio e 
acerca de sua modificação (crescimento ou decréscimo). 
Isso é importante e já foi questão de prova em concurso! 
Assim, as informações geradas pelo sistema contábil 
devem desempenhar duas funções: (1) a função 
administrativa, de controlar o patrimônio; e (2) a função 
econômica, de apurar o resultado (rédito). 
A partir deste conceito, verifica-se que a resposta certa corresponde à 
assertiva de letra A, pois apurar o resultado corresponde a apurar lucro 
ou prejuízo (conforme o caso). 
COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO. 
 
As funções, administrativa e econômica, da Contabilidade são 
apresentadas no “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura 
 
 
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Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações 
Contábeis”, nos itens em que trata – de forma segregada – a função das 
informações patrimoniais e de resultado, respectivamente, nos 
seguintes termos: 
A posição patrimonial e financeira da entidade é afetada 
pelos recursos econômicos que ela controla, sua estrutura 
financeira, sua liquidez e solvência, e sua capacidade de 
adaptação às mudanças no ambiente em que opera. As 
informações sobre os recursos econômicos controlados 
pela entidade e a sua capacidade, no passado, de 
modificar esses recursos são úteis para prever a 
capacidade que a entidade tem de gerar caixa e 
equivalentes de caixa no futuro. Informações sobre a 
estrutura financeira são úteis para prever as futuras 
necessidades de financiamento e como os lucros futuros e 
os fluxos de caixa serão distribuídos entre aqueles que têm 
participação na entidade; são também úteis para ajudar a 
avaliar a probabilidade de que a entidade seja bem- 
sucedida no levantamento de financiamentos adicionais. As 
informações sobre liquidez e solvência são úteis para 
prever a capacidade que a entidade tem de cumprir com 
seus compromissos financeiros nos respectivos 
vencimentos. Liquidez se refere à disponibilidade de caixa 
no futuro próximo, após considerar os compromissos 
financeiros do respectivo período. Solvência se refere à 
disponibilidade de caixa no longo prazo para cumprir os 
compromissos financeiros nos respectivos vencimentos. 
 
 
As informações referentes ao resultado da entidade, 
especialmente a sua rentabilidade, são requeridas com a 
finalidade de avaliar possíveis mudanças necessárias na 
composição dos recursos econômicos controlados pela 
entidade. As informações sobre as variações nos 
resultados são importantes nesse sentido. As informações 
sobre os resultados são úteis para prever a capacidade que 
a entidade tenha de gerar caixa e equivalentes de caixa a 
partir dos recursos atualmente controlados por ela. 
Também é útil para a avaliação da eficácia com que a 
entidade poderia usar recursos adicionais. 
Assim, conclui-se que a alteração normativa ocorrida posteriormente à 
elaboração do concurso não logra afetar o gabarito da questão. 
Gabarito 
 
A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
4.1.6 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 21a REGIÃO - 
Concurso Público para Provimento de Cargos de Analista 
Judiciário Área Administrativa - Especialidade Contabilidade - 
Setembro/2003 
ENUNCIADO 
 
 
31. O objeto da Contabilidade é 
 
(A) a conta. 
 
(B) o lançamento (registro). 
 
(C) o balanço patrimonial. 
 
(D) a demonstração do resultado do exercício. 
 
(E) o patrimônio. 
RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS 
 
 
A Resolução CFC nº 774, de 1991, em seu item 1.2 define o patrimônio 
como objeto da contabilidade, conforme a seguir: 
O Patrimônio objeto da Contabilidade 
 
O objeto delimita o campo de abrangência de uma ciência, 
tanto nas ciências formais quanto nas factuais, das quais 
fazem parte as ciências sociais. Na Contabilidade, o objeto 
é sempre o PATRIMÔNIO de uma Entidade, definido como 
um conjunto de bens, direitos e de obrigações para com 
terceiros, pertencente a uma pessoa física, a um conjunto 
de pessoas, como ocorre nas sociedades informais, ou a 
uma sociedade ou instituição de qualquer natureza, 
independentemente da sua finalidade, que pode, ou não, 
incluir o lucro. O essencial é que o patrimônio disponha de 
autonomia em relação aos demais patrimônios existentes, 
o que significa que a Entidade dele pode dispor livremente, 
claro que nos limite estabelecidos pela ordem jurídica e, 
sob certo aspecto, da racionalidade econômica e 
administrativa. 
O Patrimônio também é objeto de outras ciências sociais – 
por exemplo, da Economia, da Administração e do Direito 
– que, entretanto, o estudam sob ângulos diversos daquele 
da Contabilidade, que o estuda nos seus aspectos 
quantitativos e qualitativos. A Contabilidade busca, 
primordialmente, apreender, no sentido mais amplo 
possível, e entender as mutações sofridas pelo Patrimônio, 
tendo em mira, muitas vezes, uma visão prospectiva de 
possíveis variações. As mutações tanto podem decorrer da 
ação do homem, quanto, embora quase sempre 
secundariamente, dos efeitos da natureza sobre o 
patrimônio. 
 
 
 
 
 
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Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
Por aspectoqualitativo do patrimônio entende-se a 
natureza dos elementos que o compõem como dinheiro, 
valores a receber ou a pagar expressos em moeda, 
máquinas, estoques de materiais ou de mercadorias, etc. A 
delimitação qualitativa desce, em verdade, até o grau de 
particularização que permita a perfeita compreensão do 
componente patrimonial. Assim, quando falamos em 
“máquinas”, ainda estamos a empregar um substantivo 
coletivo, cuja expressão poderá ser de muita utilidade, em 
determinadas análises. Mas a Contabilidade, quando 
aplicada a um patrimônio particular, não se limitará às 
“máquinas” como categoria, mas, dependendo das 
necessidades de controle poderá descer a cada máquina 
em particular e, mais ainda, aos seus pormenores de 
forma que sua caracterização evite a confusão com 
quaisquer outras máquinas, mesmo de tipo idêntico. 
O atributo quantitativo refere-se à expressão dos 
componentes patrimoniais em valores, o que demanda que 
a Contabilidade assuma posição sobre o que seja “Valor”, 
porquanto os conceitos sobre a matéria são extremamente 
variados. 
Comentários de atualização. 
 
Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas 
contábeis brasileiras aos padrões internacionais, foi elaborado o 
“Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a 
Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”. Nesse 
pronunciamento, não há referência expressa ao patrimônio, como objeto 
da Contabilidade, entretanto, de forma indireta, esse conceito é 
colocado, quando da apresentação dos elementos das demonstrações 
contábeis, conforme a seguir: 
Os elementos diretamente relacionados à mensuração da 
posição patrimonial e financeira no balanço são os ativos, 
os passivos e o patrimônio líquido. Os elementos 
diretamente relacionados com a mensuração do 
desempenho na demonstração do resultado são as receitas 
e as despesas. 
 
Repare que os elementos da informação contábil retratam a posição 
patrimonial e financeira, bem como o resultado. Ora, isso é 
exatamente o comportamento do patrimônio no tempo (sua 
configuração em dado momento e sua evolução dentro de determinado 
período). Assim, conclui-se que a alteração normativa ocorrida 
posteriormente à elaboração do concurso não logra afetar o gabarito da 
questão. 
GABARITO 
 
 
E 
 
 
 
 
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Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
4.1.7 Agente fiscal de tributos Teresina – CESPE – 2008 
 
Com relação à contabilidade e à legislação aplicável, julgue os itens de 
128 a 136. 
ENUNCIADO 
 
128. A despeito das mudanças substanciais nos tipos de usuários e nas 
modalidades de informação que estes têm procurado, a função 
fundamental da contabilidade continua atrelada à finalidade de prover 
esses usuários das demonstrações contábeis com informações que os 
ajudem a tomar decisões de natureza econômico-financeira. 
RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS 
 
Em nosso curso, foi visto que a Contabilidade é considerada – do ponto 
de vista de sua finalidade – como um sistema de informação. Para 
entender essa assertiva, é necessário elucidar os conceitos de (1) 
sistema e de (2) informação. 
Vimos, ainda, que o usuário externo tem interesse na informação 
contábil por vários motivos: 
a) o investidor, que precisa ter uma visão clara do patrimônio de 
uma empresa para decidir se deve utilizar suas economias para 
adquirir direitos (ações ou cotas de capital) sobre o patrimônio 
e, conseqüentemente, sobre o lucro de uma empresa – ou, 
ainda, se, ao contrário, deve desfazer-se dessas ações/cotas; 
b) o credor que precisa verificar a capacidade de pagamento da 
empresa para, calculando o risco de inadimplência, poder 
estipular a taxa de juros;7 
 
c) os fornecedores que – da mesma forma que os credores em 
geral – precisam verificar a capacidade da empresa de pagar 
pelos bens adquiridos; 
d) os clientes que precisam verificar – a partir do patrimônio de 
uma empresa – sua capacidade de honrar a entrega dos bens 
adquiridos; 
e) o Estado que, a partir dos dados contábeis das empresas, 
consegue: 
a. avaliar a necessidade de fomento de uma ou outra 
atividade; 
 
 
 
 
7 Ao contrário do que pode se pensar, hoje ninguém vai para a cadeia por não pagar 
uma dívida. Assim, o que garante o pagamento da dívida é a existência de patrimônio 
(por parte do devedor) para saldar a obrigação. Ora, na inexistência de patrimônio, o 
credor fica prejudicado. 
 
 
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b. consegue identificar os aumentos patrimoniais, que 
ensejam fatos geradores de tributos. 
Finalmente, cabe referência ao pronunciamento técnico do Comitê de 
Pronunciamentos Contábeis que, em linha com os padrões 
internacionais de contabilidade (IASB), determina a estrutura básica 
para elaboração das demonstrações contábeis e confirma que o objetivo 
básico da Contabilidade é fornecer informações sobre a posição 
patrimonial e financeira, o desempenho e as mudanças na posição 
financeira da entidade aos usuários. O Pronunciamento Conceitual 
Básico define os usuários da Contabilidade e seu
 interesse na informação contábil, conforme a seguir: 
Investidores. Os provedores de capital de risco e seus 
analistas que se preocupam com o risco inerente ao 
investimento e o retorno que ele produz. Eles necessitam 
de informações para ajudá-los a decidir se devem 
comprar, manter ou vender investimentos. Os acionistas 
também estão interessados em informações que os 
habilitem a avaliar se a entidade tem capacidade de pagar 
dividendos. 
Empregados. Os empregados e seus representantes estão 
interessados em informações sobre a estabilidade e a 
lucratividade de seus empregadores. Também se 
interessam por informações que lhes permitam avaliar a 
capacidade que tem a entidade de prover sua 
remuneração, seus benefícios de aposentadoria e suas 
oportunidades de emprego. 
Credores por empréstimos. Estes estão interessados em 
informações que lhes permitam determinar se os seus 
empréstimos e os correspondentes juros serão pagos no 
vencimento. 
Fornecedores e outros credores comerciais. Os 
fornecedores e outros credores estão interessados em 
informações que lhes permitam avaliar se as importâncias 
que lhes são devidas serão pagas nos respectivos 
vencimentos. Os credores comerciais provavelmente 
estarão interessados em uma entidade por um período 
menor do que os credores por empréstimos, a não ser que 
dependam da continuidade da entidade como um cliente 
importante. 
Clientes. Os clientes têm interesse em informações sobre a 
continuidade operacional da entidade, especialmente 
quando têm um relacionamento a longo-prazo com ela, ou 
dela dependem como fornecedor importante. 
Governo e suas agências. Os governos e suas agências 
estão interessados na destinação de recursos e, portanto, 
nas atividades das entidades. Necessitam também de 
informações a fim de regulamentar as atividades das 
entidades, estabelecer políticas fiscais e servir de base 
 
 
 
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para determinar a renda nacional e estatísticas 
semelhantes; ePúblico. As entidades exercem influência sobre o público 
de diversas maneiras. Elas podem, por exemplo, fazer 
contribuição substancial à economia local de vários modos, 
inclusive empregando pessoas e utilizando fornecedores 
locais. As demonstrações contábeis podem ajudar o 
público fornecendo informações sobre a evolução do 
desempenho da entidade e os desenvolvimentos recentes. 
Pelos motivos acima referidos, verifica-se que a assertiva está correta. 
GABARITO 
 
128 C 
 
4.2 Patrimônio 
 
4.2.1 AFTN (Auditor Fiscal do Tesouro Nacional, antiga denominação 
do cargo de AFRF – Auditor Fiscal da Receita Federal) 19988. 
 
Enunciado 
 
03- A Cia. Eira & Eira foi constituída com capital de R$ 750.000,00, 
por três sócios, que integralizaram suas ações como segue: 
- Adão Macieira R$ 300.000,00 
 
- Bené Pereira R$ 150.000,00 
 
- Carlos Parreira R$ 300.000,00 
 
Após determinado período, a empresa verificou que nas suas 
operações normais lograra obter lucros de R$ 600.000,00, dos quais 
R$ 150.000,00 foram distribuídos e pagos aos sócios. Os restantes 
R$ 450.000,00 foram reinvestidos na empresa na conta Reserva para 
Aumento de Capital, nada mais havendo em seu Patrimônio Líquido. 
Sabendo-se que esta empresa não tem resultados de exercícios 
futuros e que suas dívidas representam 20% dos recursos aplicados 
atualmente no patrimônio, podemos afirmar que o valor total de seus 
ativos é de 
a) R$ 1.200.000,00 
 
b) R$ 750.000,00 
 
c) R$ 600.000,00 
 
d) R$ 1.350.000,00 
 
 
 
 
8 Questão tratada no livro “Contabilidade: Resoluções e comentários de Questões da 
ESAF”, do mesmo autor. 
 
 
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e) R$ 1.500.000,00 
Resolução e Comentários 
 
Essa é uma questão que demanda muito pouco conhecimento de 
conceitos contábeis, porém uma boa capacidade de interpretação e 
alguma capacidade de realização de cálculos. 
Os conceitos contábeis necessários à resolução da questão são quatro, a 
saber: 
- o patrimônio líquido é a diferença entre o ativo e o passivo; 
 
- o total de dívidas corresponde ao passivo 
 
- o total de recursos aplicados no patrimônio corresponde ao 
ativo; 
- o valor do capital inicialmente integralizado pelos sócios, 
somado aos lucros auferidos pela empresa, nos vários períodos 
de sua existência, e reduzido dos respectivos dividendos pagos, 
também corresponde ao valor do Patrimônio líquido. 
Vistos os conceitos, vamos aplicá-los à resolução da questão: 
 
1) valor do PL da empresa = capital inicial (+) lucros (-) dividendos 
 
750.000+600.000-150.000=1.200.000 
 
2) valor do passivo (=) 20% dos recursos aplicados no patrimônio 
 
P = 0,2 * A 
 
3) PL (=) ativo (-) passivo 
 
PL = A – 0,2 * A 
 
4) ocorre que o PL já foi calculado 1.200.000,00, logo, o ativo pode ser 
calculado por substituição desse valor na equação expressa no item 
anterior 
1.200.000 = A – 0,2 * A 
 
0,8 * A = 1.200.000 
A = 1.200.000/0,8 A = 1.500.000,00 
Repare que o valor acima apurado corresponde à alternativa de letra E. 
Observação: Conceitos de lucro, dividendos, dividendos a pagar e 
dividendos pagos. 
 
A questão versa sobre o conceito de dividendos, portanto, cabem 
algumas considerações sobre o tema – apenas com o fito de 
esclarecimento. 
Antes de falar de dividendos, vamos lembrar o conceito de lucro: o lucro 
é o aumento líquido do patrimônio - ao final de um determinado 
 
 
 
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intervalo de tempo. Portanto, o lucro corresponde a um aumento no 
valor de bens/direitos(-)obrigações, o que implica aumento do PL. Em 
outras palavras, o lucro corresponde a aumento de PL. 
Por dividendos, entende-se "o valor do lucro por ação". A própria 
palavra dividendos já indica o conceito, trata-se de uma divisão do valor 
do lucro pelo número de ações da companhia. 
Exemplificando, caso o lucro seja de 600.000,00 e haja 1.000 ações, 
temos: 
( ) 600.000,00 
 
(/) 1.000 
 
(=) 600,00 
 
Assim, R$ 600,00 é o valor dos dividendos por ação. 
 
Visto o conceito de dividendos, vamos avançar para o conceito de 
dividendos a pagar (e, consequentemente, para o conceito de 
dividendos pagos). Considerando que nem todo o lucro deve ser 
distribuído aos acionistas, temos a possibilidade da empresa destinar 
aos sócios apenas uma parte do lucro. Essa parte destinada aos sócios 
é denominada "dividendos a pagar". 
 
Exemplificando, caso o lucro seja de R$ 600.000,00 e apenas a quarta 
parte desse valor seja destinado aos sócios (remanescendo os outros 
3/4 no próprio patrimônio da empresa), temos que: 
 
( ) 600.000,00 
 
(*) 1/4 
 
(=) 150.000,00 
 
Assim, o valor de R$ 150.000,00 corresponderá aos dividendos a 
distribuir. 
Cabe dizer que os dividendos a distribuir correspondem ao surgimento 
de uma obrigação (de entregar aos acionistas um determinado valor) e 
que, em um momento seguinte, esse valor é pago, ou seja, a empresa 
abre mão de seu dinheiro (em caixa) e honra a obrigação de entregar o 
valor dos dividendos aos acionistas. 
No caso exemplificativo, tivemos: (a) lucro de R$ 600.000,00 e (b) 
distribuímos R$ 150.000,00. 
 
Repare que o lucro logrou aumentar o patrimônio (PL) em R$ 
600.000,00 e que a distribuição de dividendos logrou reduzir o 
patrimônio (PL) em R$ 150.000,00. 
Os conceitos acima serão aprofundados quando do estudo dos seguintes 
itens da matéria (a) PL e (b) DLPA, adiante neste curso. 
 
 
 
 
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COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO. 
 
Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas 
contábeis brasileiras aos padrões internacionais, foi elaborado o 
“Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a 
Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”. Nesse 
pronunciamento, são tratados os conceitos de ativo, passivo e 
patrimônio líquido (necessários à resolução da presente questão), nos 
seguintes termos: 
Os elementos diretamente relacionados com a mensuração 
da posição patrimonial financeira são ativos, passivos e 
patrimônio líquido. Estes são definidos como segue: 
a) Ativo é um recurso controlado pela entidade como 
resultado de eventos passados e do qual se espera que 
resultem futuros benefícios econômicos para a entidade. 
b) Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada 
de eventos passados, cuja liquidação se espera que resulte 
em saída de recursos capazes de gerar benefícios 
econômicos. 
c) Patrimônio Líquido é o valor residual dos ativos da 
entidade depois de deduzidos todos os seus passivos. 
Repare que não houve alteração substancial nos conceitos acima, 
portanto, conclui-se que a alteração normativa ocorrida posteriormente 
à elaboração do concurso não logra afetar o gabarito da questão. 
Gabarito 
 
E 
 
4.2.2 AFTN 19989 
 
Enunciado 
 
04- No mês de julho, a firma Papoulas Ltda. foi registrada e captou 
recursos totais de R$ 7.540,00, sendo R$ 7.000,00 dos sócios, como 
capital registrado e R$ 540,00 de terceiros, sendo 2/3 como 
empréstimos obtidos e 1/3 como receitas ganhas. Os referidos 
recursos foram todos aplicados no mesmo mês, sendo R$ 540,00 em 
mercadorias; R$ 216,00 em poupança bancária;R$ 288,00 na 
concessão de empréstimos; e o restante em despesas normais. 
Após realizados esses atos de gestão, pode-se afirmar que a empresa 
ainda tem um patrimônio bruto e um patrimônio líquido, 
respectivamente, de 
 
 
 
 
9 Questão tratada no livro “Contabilidade: Resoluções e comentários de Questões da 
ESAF”, do mesmo autor. 
 
 
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Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
a) R$ 1.044,00 e R$ 864,00 
 
b) R$ 1.044,00 e R$ 684,00 
 
c) R$ 1.044,00 e R$ 504,00 
 
d) R$ 1.584,00 e R$ 1.044,00 
 
e) R$ 7.540,00 e R$ 7.000,00 
Resolução e Comentários 
 
1) Para resolver essa questão, temos que conhecer três conceitos 
básicos da Contabilidade: 
- patrimônio bruto = ativo (bens e direitos) 
 
- patrimônio líquido = ativo – passivo 
 
- capital de terceiros = passivo (obrigações – no caso, 
empréstimos obtidos). 
2) De acordo com os dados da questão: 
 
Ativo ( bens e direitos ) = mercadorias + poupança bancária + 
empréstimos concedidos. 
 
Ativo = 540,00 + 216,00 + 288,00 = 1.044,00 
 
Passivo = empréstimos obtidos 
 
Passivo = 540,00 (*) 2/3 = 360,00 
 
Patrimônio Líquido = Ativo (-) Passivo 
 
Patrimônio Líquido = 1.044,00 – 360,00 = 684,00 
 
Observação: 
 
Essa questão ilustra um ponto crucial do processo de resolução de 
provas de contabilidade em concursos como os da ESAF, qual seja: a 
interpretação do enunciado. 
No caso, a questão fala em: (1) recursos dos sócios e (2) recursos de 
terceiros - 2.a empréstimos e 2.b receitas ganhas. 
Quando se fala em recursos de terceiros, podemos entender: 
 
- recursos pertencentes a terceiros - recebidos de credores, ou; 
 
- recursos recebidos de quaisquer pessoas estranhas à sociedade (a 
qualquer título). 
Neste contexto, os "terceiros" não podem ser encarados como os 
credores do passivo - apesar de, em outro contexto, essa interpretação 
ser válida. Com efeito, nesse caso terceiros são (1) credores e (2) 
clientes - terceiros em relação à sociedade que forma a empresa. 
 
 
 
 
 
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Ora, clientes, apesar de terceiros, nos entregam valores que formam 
RECEITAS. Caso tais valores fossem considerados passivos, eu teria de 
devolver o valor das vendas já realizadas - o que não faz sentido. 
Assim, a melhor INTERPRETAÇÃO para o texto, foi aquela utilizada pelo 
examinador e, entendo, que a questão não seja passível de recurso. 
COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO. 
 
Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas 
contábeis brasileiras aos padrões internacionais, foi elaborado o 
“Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a 
Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”. Nesse 
pronunciamento, são tratados os conceitos de ativo, passivo e 
patrimônio líquido (necessários à resolução da presente questão), nos 
seguintes termos: 
Os elementos diretamente relacionados com a mensuração 
da posição patrimonial financeira são ativos, passivos e 
patrimônio líquido. Estes são definidos como segue: 
a) Ativo é um recurso controlado pela entidade como 
resultado de eventos passados e do qual se espera que 
resultem futuros benefícios econômicos para a entidade. 
b) Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada 
de eventos passados, cuja liquidação se espera que resulte 
em saída de recursos capazes de gerar benefícios 
econômicos. 
c) Patrimônio Líquido é o valor residual dos ativos da 
entidade depois de deduzidos todos os seus passivos. 
Repare que, mesmo que na norma não tenha sido utilizada 
expressamente a nomenclatura adotada no enunciado, não houve 
alteração substancial nos conceitos acima, portanto, conclui-se que a 
alteração normativa ocorrida posteriormente à elaboração do concurso 
não logra afetar o gabarito da questão. 
Gabarito 
 
B 
 
4.2.3 AFRF 2002 – 1a prova (março)10 
 
Enunciado 
 
03- Da leitura atenta dos balanços gerais da Cia. Emile, levantados em 
31.12.01 para publicação, e dos relatórios que os acompanham, 
podemos observar informações corretas que indicam a existência de: 
 
 
 
10 Questão tratada no livro “Contabilidade: Resoluções e comentários de Questões da 
ESAF”, do mesmo autor. 
 
 
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Capital de Giro no valor de R$ 2.000,00 
 
Capital Social no valor de R$ 5.000,00 
 
Capital Fixo no valor de R$ 6.000,00 
 
Capital Alheio no valor de R$ 5.000,00 
 
Capital Autorizado no valor de R$ 5.500,00 
 
Capital a Realizar no valor de R$ 1.500,00 
 
Capital Investido no valor de R$ 8.000,00 
 
Capital Integralizado no valor de R$ 3.500,00 
 
Lucros Acumulados no valor de R$ 500,00 
 
Prejuízo Líquido do Exercício no valor de R$ 1.000,00 
 
A partir das observações acima, podemos dizer que o valor do Capital 
Próprio da Cia. Emile é de 
a) R$ 5.500,00 
b) R$ 5.000,00 
c) R$ 4.000,00 
d) R$ 3.500,00 
e) R$ 3.000,00 
Resolução e Comentários 
 
O que se pede para calcular, nessa questão, é o valor do capital próprio. 
Por capital próprio entende-se o patrimônio líquido (diferença entre 
ativo e passivo PL = A – P). O enunciado, por sua vez, apresenta 
valores de saldos de vários grupos patrimoniais, identificados por nomes 
diferentes daqueles usualmente utilizados. Assim, para a resolução da 
questão, faz-se necessário o auxílio de um pequeno glossário. 
Expressão significado
Capital de Giro ativo circulante
Capital Social capital social
Capital Fixo ativo permanente
Capital Alheio passivo exigível
 
Capital Autorizado 
valor máximo do capital social por decisão da diretoria (sem a necessidade de assembléia 
geral que autorize o aumento).
Capital a Realizar capital a realizar
Capital Investido ativo 
Capital Integralizado capital integralizado
Lucros Acumulados lucro acumulados
Prejuízo Líquido do Exercício lucro líquido (quando negativo)
 
 
 
 
 
 
 
 
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Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
Repare que, após a leitura do glossário acima, conclui-se que são 
desnecessários, para a resolução da questão, todos os dados 
apresentados, exceto os seguintes: 
- o Capital Investido (Investimento) Ativo = 8.000,00; e 
 
- o Capital Alheio (Capital de Terceiros) Passivo = 5.000,00. 
 
A partir dos dados acima, calcula-se o valor do Capital Próprio = 
Patrimônio Líquido Ativo – Passivo = 8.000,00 – 5.000,00 = 3.000,00 
(conforme alternativa E). 
COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO. 
Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas 
contábeis brasileiras aos padrões internacionais, foi elaborado o 
“Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a 
Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”. Nesse 
pronunciamento, são tratados os conceitos de ativo, passivo e 
patrimônio líquido (necessários à resolução da presente questão), nos 
seguintes termos: 
Os elementos diretamente relacionados com a mensuração 
da posição patrimonial financeira são ativos, passivos e 
patrimônio líquido. Estes são definidos como segue: 
a) Ativo é um recurso controlado pela entidade como 
resultado de eventos passados e do qual se espera que 
resultemfuturos benefícios econômicos para a entidade. 
b) Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada 
de eventos passados, cuja liquidação se espera que resulte 
em saída de recursos capazes de gerar benefícios 
econômicos. 
c) Patrimônio Líquido é o valor residual dos ativos da 
entidade depois de deduzidos todos os seus passivos. 
Repare que não houve alteração substancial nos conceitos acima, 
portanto, conclui-se que a alteração normativa ocorrida posteriormente 
à elaboração do concurso não logra afetar o gabarito da questão. 
Gabarito 
 
E 
 
4.2.4 Agente Fiscal de Tributos Municipais – Pref. Teresina – 2001 
(ESAF) 
ENUNCIADO 
 
 
48- Assinale a opção que contém a afirmativa correta. 
 
 
 
 
 
 
 
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Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
a) Conceitua-se Contabilidade como a metodologia que permite às 
entidades econômicas o desenvolvimento de suas atividades e a 
consecução dos fins que lhes são propostos. 
b) O ativo indica a aplicação dos capitais na atividade empresarial, por 
isso, aí se encontra o chamado capital próprio. 
c) Denomina-se empresa o organismo resultante de elementos materiais 
e humanos reunidos com o objetivo de obter, transformar, movimentar 
e consumir bens. 
 
d) Conceitua-se Contabilidade como a ciência que estuda e pratica as 
funções de escrituração, demonstração financeira, auditoria e análise de 
balanços. 
e) Um patrimônio bem determinado, uma pessoa que o possui e o 
administra, praticando sobre ele atos e fatos de natureza econômica, 
tudo isso pressupõe a existência de um ser distinto de seu dono, 
conhecido como entidade ou azienda. 
RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS 
 
 
Trata-se de uma questão teórica cuja resolução demanda o 
conhecimento de vários conceitos introdutórios da matéria. Portanto, a 
seguir, realizaremos sua resolução através da análise – em separado – 
de cada uma das assertivas do enunciado. 
a) Conceitua-se Contabilidade como a metodologia que permite às 
entidades econômicas o desenvolvimento de suas atividades e a 
consecução dos fins que lhes são propostos. 
Errado. A Contabilidade é definida como a ciência que estuda o patrimônio e 
 
que apresenta: (a) a azienda como seu campo, (b) o patrimônio como seu objeto e (c) as 
 
partidas dobradas como o método por ela eleito. 
 
Nesse sentido, a Resolução n° 774, de 1994, do Conselho Federal de 
 
Contabilidade dispõe, conforme a seguir: 
 
 
1 – A CONTABILIDADE COMO CONHECIMENTO 
 
1.2– A Contabilidade como ciência social 
 
A Contabilidade possui objeto próprio – o Patrimônio das 
Entidades – e consiste em conhecimentos obtidos por 
metodologia racional, com as condições de generalidade, 
certeza e busca das causas, em nível qualitativo 
semelhante às demais ciências sociais. A Resolução 
alicerça-se na premissa de que a Contabilidade é uma 
Ciência Social com plena fundamentação epistemológica. 
Por conseqüência, todas as demais classificações – 
método, conjunto de procedimentos, técnica, sistema, 
 
 
 
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Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
arte, para citarmos as mais correntes – referem-se a 
simples facetas ou aspectos da Contabilidade, usualmente 
concernentes à sua aplicação prática, na solução de 
questões concretas. 
No mesmo sentido, o Primeiro Congresso de Contabilistas – ocorrido no Rio de 
 
Janeiro, em 1924 – definiu que “a Contabilidade é a ciência que estuda e pratica as 
funções de orientação, de controle e de registro relativos à administração econômica”. 
 
b) O ativo indica a aplicação dos capitais na atividade empresarial, por 
isso, aí se encontra o chamado capital próprio. 
Errado. O capital próprio é o patrimônio líquido da empresa. Ao contrário, o 
 
valor das aplicações de capitais na atividade empresarial é conhecido como o ativo da 
empresa. 
 
c) Denomina-se empresa o organismo resultante de elementos materiais 
e humanos reunidos com o objetivo de obter, transformar, movimentar 
e consumir bens. 
Errado. Empresa não é um conjunto de elementos materiais e humanos 
reunidos. Empresa é a atividade (etimologicamente, a palavra empresa é definida como 
“aventura”). Adicionalmente, cabe colocar que a empresa não é destinada a consumir 
bens (isso é tarefa dos indivíduos e das famílias em nossa sociedade), o objetivo da 
empresa seria o de produzir e vender bens. 
 
d) Conceitua-se Contabilidade como a ciência que estuda e pratica as 
funções de escrituração, demonstração financeira, auditoria e análise de 
balanços. 
Errado. A contabilidade é a ciência que estuda o patrimônio. Escrituração, 
 
demonstração, auditoria e análise são técnicas desenvolvidas no âmbito dessa ciência. 
 
 
e) Um patrimônio bem determinado, uma pessoa que o possui e o 
administra, praticando sobre ele atos e fatos de natureza econômica, 
tudo isso pressupõe a existência de um ser distinto de seu dono, 
conhecido como entidade ou azienda. 
Certo. A Contabilidade, portanto, tem como campo a azienda. Por azienda, 
 
entende-se toda entidade organizada passível de ter um patrimônio (bens, direitos e 
obrigações). O termo azienda tem o mesmo radical que “fazenda”, no sentido de tesouro e 
não no sentido de propriedade rural – veja que o Ministério da Fazenda é responsável pela 
administração do Tesouro Nacional (mas não possui bois nem vacas). Repare que a 
 
 
 
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Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
utilização do conceito de azienda permite que a Contabilidade se preocupe com 
organizações que não apenas as empresas formalmente constituídas (pessoas jurídicas 
com fins lucrativos), alcançando também as empresas informais, as entidades sem fins 
lucrativos, empresas públicas, pessoas físicas e etc11. Dessa forma, enquadram-se, 
exemplificativamente, no conceito de azienda as indústrias, as empresas comerciais, as 
empresas prestadoras de serviços, os clubes, os templos religiosos, os partidos políticos, as 
pessoas físicas e etc. 
 
 
COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO. 
 
A presente questão trata de conceitos doutrinários, que não foram 
expressamente alterados pela legislação superveniente ao concurso. 
Assim, conclui-se que a alteração normativa ocorrida posteriormente à 
elaboração do concurso não logra afetar o gabarito da questão. 
GABARITO 
 
 
48 - E 
 
4.2.5 Auditor-Fiscal do Município de São Paulo – ISS – 2007 (FCC) 
ENUNCIADO 
 
 
2. A Cia. Beta possui bens e direitos no valor total de R$ 1.750.000,00, 
em 31.12.2005. Sabendo-se que, nessa mesma data, inexistem 
Resultados de Exercícios Futuros e que o Passivo Exigível da companhia 
representa 2/5 (dois quintos) do valor do Patrimônio Líquido, este 
último corresponde a, em R$: 
(A) 1.373.000,00 
 
(B) 1.250.000,00 
 
(C) 1.050.000,00 
 
(D) 750.000,00 
 
(E) 500.000,00 
 
 
 
11 Por Pessoa Física, entende-se qualquer ser humano que, tendo personalidade 
jurídica (sendo sujeito de direitos e obrigações) pode ser titular de um patrimônio. Por 
Pessoa Jurídica, entende-se toda entidade resultante da organização humana de 
recursos (humanos e materiais)que, também pode ser titular de um patrimônio. 
Pessoas jurídicas podem ser classificadas em Pessoas Jurídicas de fato (que não estão 
regularmente constituídas – conforme o Direito) ou de Direito (que estão devidamente 
formalizadas pelo registro de seus atos constitutivos – Estatuto, no caso de uma 
Sociedade Anônima ou Contrato Social, no caso de uma Limitada – registrados no 
órgão próprio). 
 
 
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Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS 
 
 
Trata-se de uma questão extremamente simples. Para sua resolução 
faz-se necessário – tão somente – o conhecimento da equação 
fundamental do patrimônio, segundo a qual: Ativo (-) Passivo (=) PL. É 
necessário identificar, também, que o ativo está referido na questão 
como o conjunto de bens e direitos da empresa (conceito tradicional de 
ativo – atualmente é utilizado o termo genérico “recursos”, para 
identificar o ativo). 
No enunciado da questão foi dado o valor do ativo (referido como o total 
de bens e direitos). Foi, ainda, dito que o passivo é composto apenas 
pelo passivo exigível (ou seja, inexistem resultados de exercícios 
futuros) e que o passivo exigível corresponde a 2/5 (dois quintos do 
valor do PL). 
A partir dessas informações, é possível apurar o valor do PL, conforme 
memória de cálculo a seguir: 
Ativo 1.750.000,00
(-) Passivo exigível 2/5 * X 
(-) Patrimônio Líquido X 
 
 
1.750.000,00 - [ 2/5 * X] = X 
1.750.000,00 = X + [2/5 * X] 
1.750.000,00 = 7/5 * X 
7/5 * X = 1.750.000,00 
X = 1.750.000,00 * 5/7 
X = 1.250.000,00
 
COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO. 
 
Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas 
contábeis brasileiras aos padrões internacionais, foi elaborado o 
“Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a 
Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”. Nesse 
pronunciamento, são tratados os conceitos de ativo, passivo e 
patrimônio líquido (necessários à resolução da presente questão), nos 
seguintes termos: 
Os elementos diretamente relacionados com a mensuração 
da posição patrimonial financeira são ativos, passivos e 
patrimônio líquido. Estes são definidos como segue: 
a) Ativo é um recurso controlado pela entidade como 
resultado de eventos passados e do qual se espera que 
resultem futuros benefícios econômicos para a entidade. 
b) Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada 
de eventos passados, cuja liquidação se espera que resulte 
 
 
 
 
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em saída de recursos capazes de gerar benefícios 
econômicos. 
c) Patrimônio Líquido é o valor residual dos ativos da 
entidade depois de deduzidos todos os seus passivos. 
Repare que não houve alteração substancial nos conceitos acima, 
portanto, conclui-se que a alteração normativa ocorrida posteriormente 
à elaboração do concurso não logra afetar o gabarito da questão. 
GABARITO 
 
 
002 - B 
 
4.2.6 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 21a REGIÃO - 
Concurso Público para Provimento de Cargos de Analista 
Judiciário Área Administrativa - Especialidade Contabilidade - 
Setembro/2003 
ENUNCIADO 
 
 
33. O patrimônio, em Contabilidade, é definido como um conjunto de 
 
(A) direitos. 
 
(B) bens, direitos e obrigações. 
 
(C) direitos e obrigações. 
 
(D) bens, direitos, obrigações e patrimônio líquido. 
 
(E) recursos. 
RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS 
 
 
Voltamos à Resolução CFC nº 771 de 1994, no mesmo item que fala do 
Objeto da Contabilidade também cita a composição do Patrimônio, como 
um conjunto de bens direitos e obrigações, conforme a seguir: 
O Patrimônio objeto da Contabilidade 
 
O objeto delimita o campo de abrangência de uma ciência, 
tanto nas ciências formais quanto nas factuais, das quais 
fazem parte as ciências sociais. Na Contabilidade, o objeto 
é sempre o PATRIMÔNIO de uma Entidade, definido como 
um conjunto de bens, direitos e de obrigações para com 
terceiros, pertencente a uma pessoa física, a um conjunto 
de pessoas, como ocorre nas sociedades informais, ou a 
uma sociedade ou instituição de qualquer natureza, 
independentemente da sua finalidade, que pode, ou não, 
incluir o lucro. O essencial é que o patrimônio disponha de 
autonomia em relação aos demais patrimônios existentes, 
o que significa que a Entidade dele pode dispor livremente, 
claro que nos limite estabelecidos pela ordem jurídica e, 
sob certo aspecto, da racionalidade econômica e 
administrativa. 
 
 
 
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COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO. 
 
Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas 
contábeis brasileiras aos padrões internacionais, foi elaborado o 
“Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a 
Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”. Nesse 
pronunciamento, não há referência expressa ao conceito de patrimônio. 
Entretanto, os termos do referido pronunciamento estão de acordo com 
o conceito de patrimônio definido na legislação anterior. Assim, conclui- 
se que a alteração normativa ocorrida posteriormente à elaboração do 
concurso não logra afetar o gabarito da questão. 
GABARITO 
 
 
B 
 
4.2.7 AFC/CGU – 2008 – Equação fundamental do patrimônio (cabe 
recurso) 
ENUNCIADO 
 
14- Em relação ao patrimônio de uma empresa e às diversas situações 
patrimoniais que pode assumir de acordo com a equação fundamental 
do patrimônio, indique a opção incorreta. 
a) A empresa tem passivo a descoberto quando o Ativo é igual ao 
Passivo menos a Situação Líquida. 
 
b) A Situação Líquida negativa acontece quando o total do Ativo é 
menor que o passivo exigível. 
c) Na constituição da empresa, o Ativo menos o Passivo Exigível é igual 
a zero. 
 
d) A situação em que o Passivo mais o Ativo menos a Situação Líquida é 
igual a zero é impossível de acontecer. 
e) A Situação Líquida é positiva quando o Ativo é maior que o Passivo 
Exigível. 
RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS 
 
Para resolução da questão, é necessário saber que, nos termos da 
equação fundamental do patrimônio, o PL é igual à diferença entre o 
Ativo e o Passivo: 
Ativo (-) Passivo (=) PL 
 
Adicionalmente, é importante saber que, quando o passivo for superior 
ao ativo, a diferença (situação líquida, também conhecida como 
“patrimônio líquido”) é negativa, denominada “passivo a descoberto”. 
 
 
 
 
 
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Com base nessas premissas, analisaremos cada uma das assertivas da 
questão. 
a) A empresa tem passivo a descoberto quando o Ativo é igual ao 
Passivo menos a Situação Líquida. 
Correto, desde que considerados ativo, passivo e PL em valores absolutos: 
 
(1) considerando valores absolutos para ativo, passivo e situação líquida; e 
 
(2) sendo o ativo igual ao Passivo menos a situação líquida; 
 
conclui-se que 
 
 
 
negativa. 
(3) o ativo é menor do que o passivo e, assim, a diferença entre os dois é 
 
Assim, como o PL (diferença entre ativo e passivo), quando negativo, é 
 
denominado passivo a descoberto,a alternativa pode ser considerada correta. 
 
 
 
afirmação: 
Para fins de esclarecimento, vamos colocar valores exemplificativos na 
 
ATIVO (=) PASSIVO (-) SL (deficitária) 
 
Considere os seguintes valores para ativo e passivo (sempre em valores 
absolutos): 
 
Ativo (=) 1 Valores absolutos
 
Passivo (=) 
 
2 
 
 Valores absolutos
 
Pela equação fundamental do patrimônio, a SL deve ser negativa = (-1), 
 
conforme abaixo: 
 
Ativo 1 Valores absolutos 
 
(-) Passivo -(2) Valores absolutos
 
(=) SL 
 
-1 
 
 Resultado (calculado)
 
Agora, vamos aplicar esses valores na expressão matemática proposta na 
 
assertiva: "ATIVO (=) PASSIVO (-) SL (deficitária)": 
Passivo 2 Valores absolutos 
 
 
 
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(-) SL (deficitária) -(1) Valores absolutos 
 
(=) Ativo 1 Resultado (calculado) 
 
 
 
correta. 
A expressão acima é verdadeira. Assim, verifica-se que a assertiva está 
 
 
b) A Situação Líquida negativa acontece quando o total do Ativo é 
menor que o passivo exigível. 
Correto. Se o ativo é menor do que o passivo, a situação líquida (que é definida 
como a diferença entre esses elementos) somente poderá ser negativa. 
 
c) Na constituição da empresa, o Ativo menos o Passivo Exigível é igual 
a zero. 
Errado. A constituição da empresa pode ser realizada com ou sem 
integralização imediata de capital. Ocorrendo integralização imediata de capital, o sócio 
entrega bens ou direitos para formar o patrimônio da empresa, isso implica que o ativo 
(constituído pelos bens e direitos da contribuição dos sócios para a formação do 
patrimônio da empresa) resta superior ao passivo, visto que a entidade ainda não iniciou 
suas atividades e, portanto, não teve oportunidade de contrair obrigações. Assim, não 
podemos afirmar que o PL (ativo – passivo exigível) seja zero nesse instante. 
 
Isso poderia ocorrer, mas apenas no caso de constituição da empresa sem 
integralização do capital subscrito, o que nem sempre ocorre. 
 
d) A situação em que o Passivo mais o Ativo menos a Situação Líquida é 
igual a zero é impossível de acontecer. 
Errado! 
 
Considerando que a situação líquida é igual a (A – P), podemos 
matematicamente representar a assertiva na forma da seguinte equação: 
 
P + A – (A – P) = 0 
 
Ora, essa equação é equivalente a: 
P + A – A + P = 0 
Simplificando, encontramos: 
 
2 P = 0 P = 0 
 
 
 
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Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
Ora, sempre que passivo for igual a zero, o Passivo mais o ativo, menos a 
situação líquida será igual a zero. 
 
 
 
10; 
 
Exemplificando, considerando Ativo = 10, passivo = 0 e, por conseguinte, PL = 
 
Temos que o ativo mais o passivo menos a situação líquida será: 
 
0 + 10 – 10 = 0 
 
O exemplo acima proposto prova que a situação em que o Passivo mais o Ativo 
Menos a Situação Líquida é igual a zero, pode ocorrer (ou seja, não é impossível). Assim, 
conclui-se que a assertiva está incorreta. 
 
e) A Situação Líquida é positiva quando o Ativo é maior que o Passivo 
Exigível. 
Correto, se o ativo é maior do que o passivo exigível, sua diferença é positiva. 
Considerando que a diferença entre ativo e passivo exigível é igual à situação líquida, 
concluímos que a situação líquida será positiva sempre que o ativo for maior que o passivo 
exigível. 
 
Pelo que foi acima exposto, verifica-se que há mais de uma assertiva 
incorreta (as assertivas “C” e “D”). Assim, salvo melhor juízo, 
entendíamos (à época da prova) que a questão devia ser anulada. 
Felizmente, a questão foi – posteriormente – anulada pela banca 
examinadora. 
Em que pese a questão ter sido anulada, optamos por mantê-la em 
nosso curso por motivos didáticos (é uma boa oportunidade de trabalhar 
os conceitos teóricos e de indicar o tipo de argumentação a ser colocado 
em um recurso, com o objetivo de anulação de questão com erro). 
COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO. 
 
O concurso em tela é posterior à alteração da legislação e, portanto, os 
comentários da resolução da questão já estão atualizados. 
 
 
GABARITO 
 
14 – c – questão anulada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
4.3 Princípios e Convenções Contábeis 
 
4.3.1 AFRF 2002 – 1a prova (março)12 
 
Enunciado 
 
01- Abaixo estão cinco assertivas relacionadas com os Princípios 
Fundamentais de Contabilidade. Assinale a opção que expressa uma 
afirmação verdadeira. 
a) A observância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade é 
obrigatória no exercício da profissão, mas não constitui condição de 
legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade. 
b) O Princípio da Entidade reconhece o Patrimônio como objeto da 
Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, exceto no caso de 
sociedade ou instituição, cujo patrimônio pode confundir-se com o dos 
sócios ou proprietários. 
c) Da observância do Princípio da Oportunidade resulta que o registro 
deve ensejar o reconhecimento universal das variações ocorridas no 
patrimônio da Entidade, em um período de tempo determinado. 
d) A apropriação antecipada das prováveis perdas futuras, antes 
conhecida como Convenção do Conservadorismo, hoje é determinada 
pelo Princípio da Competência. 
e) A observância do Princípio da Continuidade não influencia a aplicação 
do Princípio da Competência, pois o valor econômico dos ativos e dos 
passivos já contabilizados não se altera em função do tempo. 
Resolução e Comentários 
 
Analisando cada uma das alternativas apresentadas no enunciado, 
temos: 
a) A observância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade é 
obrigatória no exercício da profissão, mas não constitui condição de 
legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade. 
A observância dos princípios é condição de legitimidade das Normas 
Brasileiras de Contabilidade, visto que eles são de aplicação obrigatória, 
de acordo com o que dispõe a Resolução CFC n° 750, de 1993, que 
estabelece os princípios de Contabilidade: 
 
 
 
 
 
12 Questão tratada no livro “Contabilidade: Resoluções e comentários de Questões da 
ESAF”, do mesmo autor. 
 
 
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Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
“Art. 1º Constituem PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE 
CONTABILIDADE (P.F.C.) os enunciados por esta 
Resolução. 
§ 1º A observância dos Princípios Fundamentais de 
Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão e 
constitui condição de legitimidade das Normas 
Brasileiras de Contabilidade (NBC).” 
 
b) O Princípio da Entidade reconhece o Patrimônio como objeto da 
Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, exceto no caso de 
sociedade ou instituição, cujo patrimônio pode confundir-se com o dos 
sócios ou proprietários. 
Não existe exceção sociedade cujo patrimônio possa confundir-se com o 
dos sócios, conforme Resolução CFC n° 750, de 1993: 
“Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio 
como objetoda Contabilidade e afirma a autonomia 
patrimonial, a necessidade da diferenciação de um 
Patrimônio particular no universo dos patrimônios 
existentes, independentemente de pertencer a uma 
pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou 
instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem 
fins lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, o 
Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios 
ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição. 
Parágrafo único – O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, 
mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação 
contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova 
ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico- 
contábil.” 
c) Da observância do Princípio da Oportunidade resulta que o registro 
deve ensejar o reconhecimento universal das variações ocorridas no 
patrimônio da Entidade, em um período de tempo determinado. 
CORRETO. 
 
De uma forma simplista, poderia responder que está correto porque é 
LITERALMENTE o disposto no inciso III do art. 6o da Resolução CFC 750, 
de 1993 - que dispõe sobre princípios fundamentais de contabilidade: 
Art. 6º O Princípio da OPORTUNIDADE refere-se, 
simultaneamente, à tempestividade e à integridade do 
registro do patrimônio e das suas mutações, determinando 
que este seja feito de imediato e com a extensão correta, 
independentemente das causas que as originaram. 
Parágrafo único – Como resultado da observância do 
Princípio da OPORTUNIDADE: 
 
 
 
 
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... 
 
III – o registro deve ensejar o reconhecimento universal 
das variações ocorridas no patrimônio da ENTIDADE, em 
um período de tempo determinado, base necessária para 
gerar informações úteis ao processo decisório da gestão. 
Repito, isso já seria motivo suficiente para considerar correta a 
assertiva. Entretanto, do ponto de vista didático, é interessante 
entender o significado do texto. 
Pelo princípio da oportunidade, sabemos que devemos (a) registrar tudo 
 
o que acontece, no momento em que acontece - tempestividade e (b) 
registrar por inteiro aquilo que aconteceu - integridade. Repare que o 
registro UNIVERSAL DAS VARIAÇÕES OCORRIDAS NO PATRIMÔNIO DA 
ENTIDADE, em um determinado período de tempo diz respeito à 
integridade. É essa a razão pela qual entendo que a assertiva esteja 
correta. 
d) A apropriação antecipada das prováveis perdas futuras, antes 
conhecida como Convenção do Conservadorismo, hoje é determinada 
pelo Princípio da Competência. 
A razão pela qual a assertiva está equivocada reside no fato de que o 
princípio da competência não tem qualquer relação com a antiga 
convenção do conservadorismo. Na realidade, a antiga convenção do 
conservadorismo é - atualmente - conhecida como princípio da 
prudência, conforme Resolução CFC n° 750, de 1993: 
Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do 
menor valor para os componentes do ATIVO e do maior 
para os do PASSIVO, sempre que se apresentem 
alternativas igualmente válidas para a quantificação das 
mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. 
... 
 
§ 3º A aplicação do Princípio da PRUDÊNCIA ganha ênfase 
quando, para definição dos valores relativos às variações 
patrimoniais, devem ser feitas estimativas que envolvem 
incertezas de grau variável. 
e) A observância do Princípio da Continuidade não influencia a aplicação 
do Princípio da Competência, pois o valor econômico dos ativos e dos 
passivos já contabilizados não se altera em função do tempo. 
 
 
 
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Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
A observação do princípio da continuidade pode alterar valores de ativos 
 
e passivos em função do tempo, conforme Resolução CFC n° 750, de 
 
1993: 
 
Art. 5º A CONTINUIDADE ou não da ENTIDADE, bem como 
sua vida definida ou provável, devem ser consideradas 
quando da classificação e avaliação das mutações 
patrimoniais, quantitativas e qualitativas. 
§ 1º A CONTINUIDADE influencia o valor econômico dos 
ativos e, em muitos casos, o valor ou o vencimento dos 
passivos, especialmente quando a extinção da ENTIDADE 
tem prazo determinado, previsto ou previsível. 
Comentários de atualização. 
 
Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas 
contábeis brasileiras aos padrões internacionais, foi elaborado o 
“Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a 
Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”. Nesse 
pronunciamento – que está em consonância com a legislação até aqui 
comentada – são tratados conceitos antes apresentados (pela Resolução 
CFC n° 750, de 1993) com “Princípios Fundamentais de Contabilidade”. 
Saliente-se que esses conceitos não são
 alterados no referido pronunciamento, apenas 
contextualizados, nos padrões internacionais de contabilidade. Assim, 
conclui-se que a alteração normativa ocorrida posteriormente à 
elaboração do concurso não logra afetar o gabarito da questão. 
Gabarito 
 
C 
 
4.3.2 Prova Técnico da Receita Federal – 200313 
 
Enunciado 
 
01- Com relação aos Princípios Fundamentais de Contabilidade, assinale 
a opção incorreta. 
 
a) O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para 
os componentes do ATIVO e do maior, para os do PASSIVO, sempre que 
se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das 
mutações patrimoniais que alterem o Patrimônio Líquido. 
b) O Princípio da PRUDÊNCIA impõe a escolha da hipótese de que 
resulte menor Patrimônio Líquido, quando se apresentarem opções 
 
 
 
13 Questão tratada no livro “Contabilidade: Resoluções e comentários de Questões da 
ESAF”, do mesmo autor. 
 
 
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Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
igualmente aceitáveis diante dos demais Princípios Fundamentais de 
Contabilidade. 
 
c) O Princípio da PRUDÊNCIA somente se aplica às mutações 
posteriores, constituindo-se ordenamento indispensável à correta 
aplicação do Princípio da COMPETÊNCIA. 
d) A aplicação do Princípio da PRUDÊNCIA ganha ênfase quando, para 
definição dos valores relativos às variações patrimoniais, devem ser 
feitas estimativas que envolvem incertezas de grau variável. 
e) O Princípio da PRUDÊNCIA refere-se, simultaneamente, à 
tempestividade e à integridade do registro do patrimônio e das suas 
mutações, determinando que este seja feito de imediato e com a 
extensão correta, independentemente das causas que originaram o 
registro. 
Resolução e Comentários 
 
Os princípios de Contabilidade são: entidade, continuidade, 
oportunidade, registro pelo valor original, competência e prudência. 
Para a resolução da questão, somente é necessário conhecer os 
princípios da prudência e da oportunidade. 
Pelo princípio da oportunidade, os acontecimentos relevantes para o 
patrimônio devem ser registrados por completo e no momento em que 
ocorrem. 
O princípio da Oportunidade refere-se, simultaneamente, à integridade e 
à tempestividade dos registros das mutações patrimoniais: 
 
- a integridade diz respeito à necessidade das variações 
serem reconhecidas em sua totalidade, sem qualquer falta 
ou excesso; 
- a tempestividade obriga a que as variaçõessejam 
registradas no momento de sua ocorrência, mesmo na 
hipótese de alguma incerteza. 
Art. 6º O Princípio da OPORTUNIDADE refere-se, 
simultaneamente, à tempestividade e à integridade do 
registro do patrimônio e das suas mutações, determinando 
que este seja feito de imediato e com a extensão correta, 
independentemente das causas que as originaram. 
Parágrafo único – Como resultado da observância do 
Princípio da OPORTUNIDADE: 
 
I – desde que tecnicamente estimável, o registro das 
variações patrimoniais deve ser feito mesmo na hipótese 
de somente existir razoável certeza de sua ocorrência; 
 
 
 
 
 
 
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II – o registro compreende os elementos quantitativos e 
qualitativos, contemplando os aspectos físicos e 
monetários; 
III – o registro deve ensejar o reconhecimento universal 
das variações ocorridas no patrimônio da ENTIDADE, em 
um período de tempo determinado, base necessária para 
gerar informações úteis ao processo decisório da gestão. 
O princípio da prudência determina a adoção do menor valor para os 
componentes do Ativo e do maior para os componentes do Passivo, 
sempre que se apresentem duas alternativas igualmente válidas para a 
quantificação das mutações do patrimônio. 
Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do 
menor valor para os componentes do ATIVO e do maior 
para os do PASSIVO, sempre que se apresentem 
alternativas igualmente válidas para a quantificação das 
mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. 
A partir dos conceitos acima, analisaremos cada uma das assertivas 
constantes do enunciado: 
a) O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para 
os componentes do ATIVO e do maior, para os do PASSIVO, sempre que 
se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das 
mutações patrimoniais que alterem o Patrimônio Líquido. 
Correto. 
 
b) O Princípio da PRUDÊNCIA impõe a escolha da hipótese de que 
resulte menor Patrimônio Líquido, quando se apresentarem opções 
igualmente aceitáveis diante dos demais Princípios Fundamentais de 
Contabilidade. 
Correto. 
 
c) O Princípio da PRUDÊNCIA somente se aplica às mutações 
posteriores, constituindo-se ordenamento indispensável à correta 
aplicação do Princípio da COMPETÊNCIA. 
Correto, este é o conceito de provisão e, encontra-se de acordo com o 
parágrafo 2o da resolução CFC 750/93: 
 
§ 2º Observado o disposto no art. 7º, o Princípio da 
PRUDÊNCIA somente se aplica às mutações posteriores, 
constituindo-se ordenamento indispensável à correta 
aplicação do Princípio da COMPETÊNCIA. 
d) A aplicação do Princípio da PRUDÊNCIA ganha ênfase quando, para 
definição dos valores relativos às variações patrimoniais, devem ser 
feitas estimativas que envolvem incertezas de grau variável. 
 
 
 
 
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Correto. 
 
e) O Princípio da PRUDÊNCIA refere-se, simultaneamente, à 
tempestividade e à integridade do registro do patrimônio e das suas 
mutações, determinando que este seja feito de imediato e com a 
extensão correta, independentemente das causas que originaram o 
registro. 
Errada. Inequívoca a confusão, constante na letra E, acerca dos 
princípios da prudência e da oportunidade, conforme Resolução CFC 
750/93. 
 
Art. 6º O Princípio da OPORTUNIDADE refere-se, 
simultaneamente, à tempestividade e à integridade do 
registro do patrimônio e das suas mutações, determinando 
que este seja feito de imediato e com a extensão correta, 
independentemente das causas que as originaram. 
Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do 
menor valor para os componentes do ATIVO e do maior 
para os do PASSIVO, sempre que se apresentem 
alternativas igualmente válidas para a quantificação das 
mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. 
COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO. 
 
Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas 
contábeis brasileiras aos padrões internacionais, foi elaborado o 
“Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a 
Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”. 
 
O referido pronunciamento trata dos conceitos de prudência e de 
oportunidade (entendido como integridade e tempestividade), nos 
seguintes termos: 
(1) prudência – requisito da confiabilidade, característica qualitativa da 
informação contábil 
Os preparadores de demonstrações contábeis se deparam 
com incertezas que inevitavelmente envolvem certos 
eventos e circunstâncias, tais como a possibilidade de 
recebimento de contas a receber de liquidação duvidosa, a 
vida útil provável das máquinas e equipamentos e o 
número de reclamações cobertas por garantias que 
possam ocorrer. Tais incertezas são reconhecidas pela 
divulgação da sua natureza e extensão e pelo exercício de 
prudência na preparação das demonstrações contábeis. 
Prudência consiste no emprego de certa dose de cautela no 
exercício dos julgamentos necessários às estimativas em 
certas condições de incerteza, no sentido de que ativos ou 
receitas não sejam superestimados e que passivos ou 
despesas não sejam subestimados. Entretanto, o exercício 
 
 
 
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da prudência não permite, por exemplo, a criação de 
reservas ocultas ou provisões excessivas, a subavaliação 
deliberada de ativos ou receitas, a superavaliação 
deliberada de passivos ou despesas, pois as 
demonstrações contábeis deixariam de ser neutras e, 
portanto, não seriam confiáveis. 
(2) oportunidade – integridade e tempestividade 
 
(2.1) integridade - requisito da confiabilidade, característica qualitativa 
da informação contábil 
Para ser confiável, a informação constante das 
demonstrações contábeis deve ser completa, dentro dos 
limites de materialidade e custo. Uma omissão pode tornar 
a informação falsa ou distorcida e, portanto, não-confiável 
e deficiente em termos de sua relevância. 
 
(2.2) tempestividade – fator de limitação entre a Relevância e a 
Confiabilidade das Informações 
 
Quando há demora indevida na divulgação de uma 
informação, é possível que ela perca a relevância. A 
Administração da entidade necessita ponderar os méritos 
relativos entre a tempestividade da divulgação e a 
confiabilidade da informação fornecida. Para fornecer uma 
informação na época oportuna pode ser necessário 
divulgá-la antes que todos os aspectos de uma transação 
ou evento sejam conhecidos, prejudicando assim a sua 
confiabilidade. Por outro lado, se para divulgar a 
informação a entidade aguardar até que todos os aspectos 
se tornem conhecidos, a informação pode ser altamente 
confiável, porém de pouca utilidade para os usuários que 
tenham tido necessidade de tomar decisões nesse ínterim. 
Para atingir o adequado equilíbrio entre a relevância e a 
confiabilidade, o princípio básico consiste em identificar 
qual a melhor forma para satisfazer as necessidades do 
processo decisório econômico dos usuários. 
Repare que os conceitos acima são equivalentes, tanto nos termos da 
Resolução CFC n° 750,de 1993, quanto do Pronunciamento Conceitual 
Básico. 
Assim, conclui-se que a alteração normativa ocorrida posteriormente à 
elaboração do concurso não logra afetar o gabarito da questão. 
Gabarito 
 
E 
 
4.3.3 Auditor Municipal do Recife – 2003 (ESAF) 
ENUNCIADO 
 
 
 
 
 
 
 
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26- Com relação aos Princípios Fundamentais de Contabilidade, assinale 
a opção incorreta. 
 
a) Do Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL resulta que a 
avaliação dos componentes patrimoniais deve ser feita com base nos 
valores de entrada, considerando-se como tais os resultantes do 
consenso com os agentes externos ou da imposição destes. 
b) Do Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL resulta que, uma 
vez integrados no patrimônio, os bens, direitos ou obrigações não 
poderão ter alterados seus valores intrínsecos, admitindo-se, tão- 
somente, sua decomposição em elementos e/ou sua agregação, parcial 
ou integral, a outros elementos patrimoniais. 
c) Do Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL resulta que o valor 
original será mantido enquanto o componente permanecer como parte 
do patrimônio, inclusive quando da saída deste. 
d) Do Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL resulta que o uso 
da moeda do País na tradução do valor dos componentes patrimoniais 
constitui imperativo de homogeneização quantitativa dos mesmos. 
e) Do Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL resulta que é 
inadequada a utilização de qualquer tipo de CORREÇÃO ou 
ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA. 
RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS 
 
 
Trata-se de uma questão teórica acerca do princípio fundamental de 
Contabilidade do Registro pelo Valor Original. Para sua resolução, após 
algumas considerações sobre o princípio, serão analisadas – em 
separado – cada uma das assertivas da questão. 
O Princípio do Registro Pelo Valor Original determina que os 
componentes do patrimônio sejam registrados pelos valores originais 
das transações havidas com o mundo exterior à entidade, expressos a 
valor presente, na moeda do país, conforme expressamente disposto no 
art. 7o da Resolução CFC n° 750, de 1993, abaixo: 
 
Art. 7º Os componentes do patrimônio devem ser 
registrados pelos valores originais das transações com o 
mundo exterior, expressos a valor presente na moeda do 
País, que serão mantidos na avaliação das variações 
patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem 
agregações ou decomposições no interior da ENTIDADE. 
Parágrafo único – Do Princípio do REGISTRO PELO 
VALOR ORIGINAL resulta: 
I – a avaliação dos componentes patrimoniais deve ser 
feita com base nos valores de entrada, considerando-se 
como tais os resultantes do consenso com os agentes 
externos ou da imposição destes; 
 
 
 
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II – uma vez integrado no patrimônio, o bem, direito ou 
obrigação não poderão ter alterados seus valores 
intrínsecos, admitindo-se, tão-somente, sua decomposição 
em elementos e/ou sua agregação, parcial ou integral, a 
outros elementos patrimoniais; 
III – o valor original será mantido enquanto o componente 
permanecer como parte do patrimônio, inclusive quando 
da saída deste; 
IV – Os Princípios da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA e do 
REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL são compatíveis entre si 
e complementares, dado que o primeiro apenas atualiza e 
mantém atualizado o valor de entrada; 
V – o uso da moeda do País na tradução do valor dos 
componentes patrimoniais constitui imperativo de 
homogeneização quantitativa dos mesmos. 
Não se trata de mera convenção, mas isso tem uma razão de ser, qual 
seja, com a aplicação do princípio do Registro pelo Valor Original, a 
informação gerada pela Contabilidade permite determinar a relação do 
custo dos elementos adquiridos pela empresa e o lucro gerado na sua 
utilização. Conforme já visto, tudo aquilo que se adquire (e passa a 
fazer parte do patrimônio) vale o quanto foi pago; isso porque esse 
valor (que corresponde ao sacrifício patrimonial para o empreendimento da 
“aventura”) deve ser comparado com aquele auferido quando da venda 
de bens para terceiros (possibilitada, justamente, pela aquisição anterior 
de bens) e, com isso, possa ser apurado o eventual lucro ou 
prejuízo. 
 
Vistos os conceitos necessários, passaremos à análise de cada assertiva. 
 
a) Do Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL resulta que a 
avaliação dos componentes patrimoniais deve ser feita com base nos 
valores de entrada, considerando-se como tais os resultantes do 
consenso com os agentes externos ou da imposição destes. 
Correto, apenas alertando que o valor de consenso com os agentes externos é 
 
aquele acordado para a transação de aquisição do bem ou direito, ou – ainda – para 
contrair a obrigação; conforme textualmente determinado pelo inciso I do art. 7o da 
Resolução CFC n° 750, de 1993, abaixo. 
 
I – a avaliação dos componentes patrimoniais deve ser 
feita com base nos valores de entrada, considerando-se 
como tais os resultantes do consenso com os agentes 
externos ou da imposição destes; 
 
 
b) Do Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL resulta que, uma 
vez integrados no patrimônio, os bens, direitos ou obrigações não 
 
 
 
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poderão ter alterados seus valores intrínsecos, admitindo-se, tão- 
somente, sua decomposição em elementos e/ou sua agregação, parcial 
ou integral, a outros elementos patrimoniais. 
Correto, conforme textualmente determinado pelo inciso II do art. 7o da 
 
Resolução CFC n° 750, de 1993, abaixo: 
 
 
II – uma vez integrado no patrimônio, o bem, direito ou 
obrigação não poderão ter alterados seus valores 
intrínsecos, admitindo-se, tão-somente, sua decomposição 
em elementos e/ou sua agregação, parcial ou integral, a 
outros elementos patrimoniais; 
 
 
c) Do Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL resulta que o valor 
original será mantido enquanto o componente permanecer como parte 
do patrimônio, inclusive quando da saída deste. 
Correto, o valor original do elemento patrimonial permanece enquanto o 
 
elemento permanecer no patrimônio e, quando de sua saída, ele passará a figurar como 
custo do referido elemento; conforme textualmente determinado pelo inciso III do art. 7o 
da Resolução CFC n° 750, de 1993, abaixo. 
 
 
III – o valor original será mantido enquanto o componente 
permanecer como parte do patrimônio, inclusive quando 
da saída deste; 
 
 
d) Do Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL resulta que o uso 
da moeda do País na tradução do valor dos componentes patrimoniais 
constitui imperativo de homogeneização quantitativa dos mesmos. 
Correto, conforme textualmente determinado pelo inciso V do art. 7o da 
 
Resolução CFC n° 750, de 1993, abaixo: 
 
 
V – o uso da moeda do País na tradução do valor dos 
componentes patrimoniais constitui imperativo de 
homogeneização quantitativa dos mesmos. 
 
 
e) Do Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL resulta que é 
inadequada a utilização de qualquer tipo de CORREÇÃO ou 
ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA. 
Errado. Ao contrário, o incisoIV do art. 7o da Resolução CFC n° 750, de 
 
1993, dispõe que a atualização monetária é perfeitamente compatível com o princípio do 
 
 
 
 
 
 
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registro pelo valor original, pois tende apenas a preservá-lo dos efeitos da inflação, 
conforme abaixo: 
 
IV – Os Princípios da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA e do 
REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL são compatíveis entre si 
e complementares, dado que o primeiro apenas atualiza e 
mantém atualizado o valor de entrada; 
Nesse ponto, o aluno poderia ficar em dúvida – o que revela a importância do 
 
conhecimento do assunto correção monetária: “Se a correção monetária foi abolida, como 
pode estar ser compatível com o princípio do Registro Pelo Valor Original?”. 
 
É bem verdade que o art. 4o da Lei 9.249, de 1995 proibiu para fins societários 
 
e fiscais a correção monetária de balanço. Por outro lado, temos a Resolução CFC 900, 
 
de 2001 determina que aplicação de atualização monetária quando a inflação acumulaa 
 
no triênio ultrapassar 100%. Saliente-se que essa aplicação deverá se limitar a nota 
explicativa (sem efeitos societários ou fiscais). 
 
Assim, voltaremos ao texto da questão: 
 
"do princípio do registro pelo valor original resulta que é inadequada a 
utilização de qualquer tipo de correção ou atualização monetária". 
 
Daqui já podemos concluir. A proibição de correção monetária não decorre da 
aplicação do princípio do registro pelo valor original, mas sim de proibição específica da 
Lei 9.532, de 1995 (e, ainda assim, ela somente é proibida para fins societários e fiscais). 
 
PORTANTO, CONCLUI-SE QUE O PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO 
VALOR ORIGINAL NÃO É – TEORICAMENTE – INCOMPATÍVEL COM O 
PRINCÍPIO DA ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA. Ora, durante anos eles foram 
concomitantemente aplicados e, portanto, não podem ser incompatíveis. Saliente-se, a 
correção monetária foi abolida por norma legal específica, não por ser incompatível com o 
princípio do registro pelo valor original. 
 
Visto que fora requisitada a identificação da assertiva incorreta, temos 
que a resposta para a questão é letra (E). 
COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO. 
 
Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas 
contábeis brasileiras aos padrões internacionais, foi elaborado o 
 
 
 
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“Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a 
Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”. 
 
Nesse pronunciamento, é tratado o conceito de registro pelo valor 
original, referenciado pelo termo custo histórico, conforme a seguir: 
As demonstrações contábeis são mais comumente 
preparadas segundo modelo contábil baseado no custo 
histórico recuperável e no conceito da manutenção do 
capital financeiro nominal. 
No item “Mensuração dos Elementos das Demonstrações Contábeis”, 
são apresentados critérios aceitáveis de mensuração e, entre eles, o 
primeiro (e mais importante critério) que é o do custo histórico – 
correspondente ao conceito de valor original, conforme abaixo: 
Diversas bases de mensuração são empregadas em 
diferentes graus e em variadas combinações nas 
demonstrações contábeis. Essas bases incluem o seguinte: 
a) Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores 
pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor 
justo dos recursos que são entregues para adquiri-los na 
data da aquisição. Os passivos são registrados pelos 
valores dos recursos que foram recebidos em troca da 
obrigação ou, em algumas circunstâncias (por exemplo, 
imposto de renda), pelos valores em caixa ou equivalentes 
de caixa que serão necessários para liquidar o passivo no 
curso normal das operações. 
... 
 
Embora não seja feita qualquer referência direta à possibilidade de 
atualização monetária, não é feito qualquer comentário no sentido de 
sua proibição. Assim, conclui-se que a alteração normativa ocorrida 
posteriormente à elaboração do concurso não logra afetar o gabarito da 
questão. 
 
 
GABARITO 
 
 
26 - E 
 
4.3.4 Auditor Municipal do Recife – 2003 (ESAF) 
ENUNCIADO 
 
 
27- Com relação aos Princípios Fundamentais de Contabilidade, assinale 
a opção incorreta. 
 
a) O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da 
Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da 
 
 
 
 
 
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diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios 
existentes. 
b) O Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL preconiza que os 
componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores 
originais das transações com o mundo exterior, expressos a valor 
presente na moeda do País, que serão mantidos na avaliação das 
variações patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem 
agregações ou decomposições no interior da ENTIDADE. 
c) O Princípio da CONTINUIDADE influencia o valor econômico dos ativos 
e, em muitos casos, o valor ou o vencimento dos passivos, 
especialmente quando a extinção da ENTIDADE tem prazo determinado, 
previsto ou previsível. 
d) O Princípio da OPORTUNIDADE refere-se, simultaneamente, à 
tempestividade e à integridade do registro do patrimônio e das suas 
mutações, determinando que este seja feito de imediato e com a 
extensão correta, independentemente das causas que as originaram. 
e) O Princípio da PRUDÊNCIA indica que as receitas e as despesas 
devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que 
ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, 
independentemente de recebimento ou pagamento. 
RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS 
 
 
Trata-se de mais uma questão teórica, acerca dos princípios 
fundamentais de contabilidade. Para sua resolução, são necessários 
alguns comentários acerca dos referidos princípios e, em seguida, a 
análise de cada assertiva, em separado. 
 
Os princípios fundamentais de Contabilidade, apresentados como o 
entendimento predominante acerca da essência da teoria da 
Contabilidade, são enumerados conforme art. 3o da Resolução CFC n° 
750, de 1993, abaixo: 
 
CAPÍTULO II 
 
DA CONCEITUAÇÃO, DA AMPLITUDE E DA ENUMERAÇÃO 
 
 
Art. 2º Os Princípios Fundamentais de Contabilidade 
representam a essência das doutrinas e teorias relativas à 
Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento 
predominante nos universos científico e profissional de 
nosso País. Concernem, pois, à Contabilidade no seu 
sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o 
Patrimônio das Entidades. 
 
 
Art. 3º São Princípios Fundamentais de Contabilidade: 
 
 
 
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 o da ENTIDADE; 
 o da CONTINUIDADE; 
 
 o da OPORTUNIDADE; 
 
 o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL; 
 
 o da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA; 
 
 o da COMPETÊNCIA e 
 
 o da PRUDÊNCIA. 
 
Vistos os conceitos teóricos necessários, passaremos – a seguir– à 
análise das assertivas. 
a) O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da 
Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da 
diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios 
existentes. 
Correto, conforme art. 4o da Resolução CFC n° 750, de 1993: 
 
 
Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio 
como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia 
patrimonial, a necessidade da diferenciação de um 
Patrimônio particular no universo dos patrimônios 
existentes, independentemente de pertencer a uma 
pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou 
instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem 
fins lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, o 
Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios 
ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição. 
 
 
Parágrafo único – O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, 
mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação 
contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova 
ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico- 
contábil. 
 
 
b) O Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL preconiza que os 
componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores 
originais das transações com o mundo exterior, expressos a valor 
presente na moeda do País, que serão mantidos na avaliação das 
variações patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem 
agregações ou decomposições no interior da ENTIDADE. 
Correto, conforme caput do art. 7o da Resolução CFC n° 750, de 1993: 
 
 
Art. 7º Os componentes do patrimônio devem ser 
registrados pelos valores originais das transações com o 
mundo exterior, expressos a valor presente na moeda do 
País, que serão mantidos na avaliação das variações 
 
 
 
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patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem 
agregações ou decomposições no interior da ENTIDADE. 
 
 
c) O Princípio da CONTINUIDADE influencia o valor econômico dos ativos 
e, em muitos casos, o valor ou o vencimento dos passivos, 
especialmente quando a extinção da ENTIDADE tem prazo determinado, 
previsto ou previsível. 
Correto, conforme § 1o do art. 5o da Resolução CFC n° 750, de 1993: 
 
 
Art. 5º A CONTINUIDADE ou não da ENTIDADE, bem como 
sua vida definida ou provável, devem ser consideradas 
quando da classificação e avaliação das mutações 
patrimoniais, quantitativas e qualitativas. 
 
 
§ 1º A CONTINUIDADE influencia o valor econômico dos 
ativos e, em muitos casos, o valor ou o vencimento dos 
passivos, especialmente quando a extinção da ENTIDADE 
tem prazo determinado, previsto ou previsível. 
 
 
d) O Princípio da OPORTUNIDADE refere-se, simultaneamente, à 
tempestividade e à integridade do registro do patrimônio e das suas 
mutações, determinando que este seja feito de imediato e com a 
extensão correta, independentemente das causas que as originaram. 
Correto, conforme caput do art. 6o da Resolução CFC n° 750, de 1993: 
 
 
Art. 6º O Princípio da OPORTUNIDADE refere-se, 
simultaneamente, à tempestividade e à integridade do 
registro do patrimônio e das suas mutações, determinando 
que este seja feito de imediato e com a extensão correta, 
independentemente das causas que as originaram. 
 
 
e) O Princípio da PRUDÊNCIA indica que as receitas e as despesas 
devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que 
ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, 
independentemente de recebimento ou pagamento. 
Errado, esta é a característica básica do princípio da competência – 
 
apresentado no art. 9o da Resolução CFC n° 750, de 1993. Princípio da prudência 
determina que – em caso de dúvida – os bens e direitos devem ser avaliados pelo menor 
valor aceitável e as obrigações, pelo maior; conforme art. 10 da Resolução CFC n° 750, 
de 1993. A seguir, para fins de clareza, encontram-se transcritos (em parte) ambos os 
citados artigos. 
 
 
 
 
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O PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA 
 
Art. 9º As receitas e as despesas devem ser incluídas na 
apuração do resultado do período em que ocorrerem, 
sempre simultaneamente quando se correlacionarem, 
independentemente de recebimento ou pagamento. 
O princípio da prudência, tratado no art. 10 da mesma Resolução, não tem 
 
nada haver com o que foi proposto na assertiva, conforme depreende-se da leitura do 
referido artigo, a seguir reproduzido: 
 
O PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA 
 
Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do 
menor valor para os componentes do ATIVO e do maior 
para os do PASSIVO, sempre que se apresentem 
alternativas igualmente válidas para a quantificação das 
mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. 
 
 
Visto que fora requisitada a identificação da assertiva incorreta, temos 
que a resposta para a questão é letra (E). 
COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO. 
 
Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas 
contábeis brasileiras aos padrões internacionais, foi elaborado o 
“Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a 
Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”. 
 
No referido pronunciamento, é tratado o conceito de competência, nos 
seguintes termos: 
Regime de Competência 
 
A fim de atingir seus objetivos, demonstrações contábeis 
são preparadas conforme o regime contábil de 
competência. Segundo esse regime, os efeitos das 
transações e outros eventos são reconhecidos quando 
ocorrem (e não quando caixa ou outros recursos 
financeiros são recebidos ou pagos) e são lançados nos 
registros contábeis e reportados nas demonstrações 
contábeis dos períodos a que se referem. As 
demonstrações contábeis preparadas pelo regime de 
competência informam aos usuários não somente sobre 
transações passadas envolvendo o pagamento e 
recebimento de caixa ou outros recursos financeiros, mas 
também sobre obrigações de pagamento no futuro e sobre 
recursos que serão recebidos no futuro. Dessa forma, 
apresentam informações sobre transações passadas e 
outros eventos que são mais úteis aos usuários na tomada 
de decisões econômicas. 
Repare que o conceito de competência tratado no pronunciamento está 
de acordo com o conceito tratado na legislação vigente à época do 
 
 
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concurso. Assim, conclui-se que a alteração normativa ocorrida 
posteriormente à elaboração do concurso não logra afetar o gabarito da 
questão. 
 
 
GABARITO 
 
 
27 - E 
 
4.3.5 CVM – Comissão de Valores Mobiliários – 2000 (ESAF) 
ENUNCIADO 
 
 
01- O procedimento de segregar o patrimônio da empresa avaliada do 
patrimônio de seus sócios está fundamentado no conceito da 
a) entidade 
 
b) identidade 
c) prudência 
d) materialidade 
 
e) relatividade 
RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS 
 
 
O enunciado desta questão merece uma leve crítica: quando o 
examinador utiliza o termo “conceito”, está – na verdade – referindo-se 
a um “Princípio Fundamental de Contabilidade”. 
 
Digo que se trata de uma levecrítica porque a questão não estaria 
sujeita a anulação por conta desta impropriedade terminológica. Afinal 
de contas, “Princípios Fundamentais de Contabilidade” são, no fundo, 
conceitos – tipos especiais de conceitos. 
Superada a dificuldade inicial – de identificação da matéria cujo 
conhecimento é necessário à resolução da questão, passaremos à 
resolução propriamente dita. 
 
Os princípios fundamentais de Contabilidade, apresentados como o 
entendimento predominante acerca da essência da teoria da 
Contabilidade, são enumerados conforme art. 3o da Resolução CFC n° 
750, de 1993, abaixo: 
 
CAPÍTULO II 
 
DA CONCEITUAÇÃO, DA AMPLITUDE E DA ENUMERAÇÃO 
 
 
Art. 2º Os Princípios Fundamentais de Contabilidade 
representam a essência das doutrinas e teorias relativas à 
Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento 
 
 
 
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predominante nos universos científico e profissional de 
nosso País. Concernem, pois, à Contabilidade no seu 
sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o 
Patrimônio das Entidades. 
 
 
Art. 3º São Princípios Fundamentais de Contabilidade: 
 
 o da ENTIDADE; 
 
 o da CONTINUIDADE; 
 
 o da OPORTUNIDADE; 
 o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL; 
 
 o da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA; 
 
 o da COMPETÊNCIA e 
 
 o da PRUDÊNCIA. 
 
De acordo com o texto acima, podemos descartar algumas das opções: 
identidade, materialidade e relatividade não são sequer princípios. 
Restam, portanto, apenas duas opções, entidade ou prudência. 
Pelo princípio da entidade, o patrimônio dos sócios não se confunde com 
o patrimônio da empresa. O Princípio da Entidade é determinado pelo 
art. 4o da Resolução CFC n° 750, de 1993, abaixo: 
“Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio 
como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia 
patrimonial, a necessidade da diferenciação de um 
Patrimônio particular no universo dos patrimônios 
existentes, independentemente de pertencer a uma 
pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou 
instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem 
fins lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, o 
Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios 
ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição. 
Parágrafo único – O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, 
mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação 
contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova 
ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico- 
contábil.” 
Por outro lado, o princípio da prudência determina a adoção do menor 
valor para os componentes do Ativo e do maior para os componentes do 
Passivo, sempre que se apresentem duas alternativas igualmente 
válidas para a quantificação das mutações do patrimônio. O Princípio da 
Prudência está definido no art. 10 da Resolução CFC n° 750, de 1993, 
abaixo: 
Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do 
menor valor para os componentes do ATIVO e do maior 
para os do PASSIVO, sempre que se apresentem 
 
 
 
 
 
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alternativas igualmente válidas para a quantificação das 
mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. 
§ 1º O Princípio da PRUDÊNCIA impõe a escolha da 
hipótese de que resulte menor patrimônio líquido, quando 
se apresentarem opções igualmente aceitáveis diante dos 
demais Princípios Fundamentais de Contabilidade. 
§ 2º Observado o disposto no art. 7º, o Princípio da 
PRUDÊNCIA somente se aplica às mutações posteriores, 
constituindo-se ordenamento indispensável à correta 
aplicação do Princípio da COMPETÊNCIA. 
§ 3º A aplicação do Princípio da PRUDÊNCIA ganha ênfase 
quando, para definição dos valores relativos às variações 
patrimoniais, devem ser feitas estimativas que envolvem 
incertezas de grau variável. 
Pelos conceitos acima apresentados, depreende-se que o procedimento 
de segregar o patrimônio da empresa avaliada do patrimônio de seus 
sócios está fundamentado no conceito da entidade (tecnicamente no 
princípio da entidade), conforme alternativa (A). 
COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO. 
 
Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas 
contábeis brasileiras aos padrões internacionais, foi elaborado o 
“Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a 
Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”. 
 
No referido pronunciamento, não é tratado diretamente o conceito de 
entidade, continuando aplicável, portanto, o conceito até então 
considerado pela legislação vigente à época do concurso. Assim, 
conclui-se que a alteração normativa ocorrida posteriormente à 
elaboração do concurso não logra afetar o gabarito da questão. 
 
 
GABARITO 
 
 
01 - A 
 
4.3.6 ICMS – Paraíba – 2006 (FCC) 
ENUNCIADO 
 
 
1. O princípio contábil que impõe a escolha de hipótese que resulte 
menor patrimônio líquido, quando se apresentarem opções igualmente 
aceitáveis diante dos demais Princípios Fundamentais da Contabilidade, 
é o Princípio da 
 
(A) Oportunidade. 
 
(B) Competência. 
 
 
 
 
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(C) Entidade. 
 
(D) Continuidade. 
 
(E) Prudência. 
RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS 
 
 
Trata-se de uma questão teórica, cuja resolução demanda o 
conhecimento de quais são os princípios contábeis e suas respectivas 
definições. 
 
Os Princípios Fundamentais de Contabilidade, de observação obrigatória, 
estão previstos na Resolução CFC n° 753, de 1993, conforme art. 1o, 
abaixo: 
 
RESOLUÇÃO CFC N.º 750/93 
 
Dispõe sobre os Princípios Fundamentais de Contabilidade 
(P.F.C.) 
 
O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício 
de suas atribuições legais e regimentais, 
CONSIDERANDO que a evolução da última década na área 
da Ciência Contábil reclama a atualização substantiva e 
adjetiva dos Princípios Fundamentais de Contabilidade a 
que se refere a Resolução CFC 530/81. 
RESOLVE: 
CAPÍTULO I 
DOS PRINCÍPIOS E DE SUA OBSERVÂNCIA 
 
Art. 1º Constituem PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE 
CONTABILIDADE (P.F.C.) os enunciados por esta 
Resolução. 
§ 1º A observância dos Princípios Fundamentais de 
Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão e 
constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras 
de Contabilidade (NBC). (grifos na transcrição). 
 
Os princípios fundamentais de Contabilidade, portanto, apresentados 
como o entendimento predominante acerca da essência da teoria da 
Contabilidade, são enumerados conforme art. 3o da Resolução CFC n° 
750, de 1993, abaixo: 
 
Art. 3º São Princípios Fundamentais de Contabilidade: 
 
 o da ENTIDADE; 
 
 o da CONTINUIDADE; 
 
 o da OPORTUNIDADE; 
 o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL; 
 
 o da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA; 
 
 o da COMPETÊNCIA e 
 
 
 
 
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 o da PRUDÊNCIA. 
 
O enunciado da questão se refere ao princípio da prudência, tratado no 
art. 10 da referida Resolução. O art. 10 da Resolução CFC n° 750,de 
1993, que dispõe sobre os Princípios Fundamentais de Contabilidade, 
especificamente quanto ao princípio da prudência, determina que: 
Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do 
menor valor para os componentes do ATIVO e do maior 
para os do PASSIVO, sempre que se apresentem 
alternativas igualmente válidas para a quantificação das 
mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. 
... 
 
Dessa forma, já é possível reconhecer a alternativa (E) como correta. 
Apenas para fins de esclarecimento, analisaremos cada uma das 
assertivas e apresentaremos um breve comentário acerca delas. 
(A) Oportunidade. 
Os acontecimentos que influenciam o patrimônio devem ser registrados: (1) 
quando acontecem – nem antes nem depois e (2) por completo – não podendo ser 
registrado apenas em parte. 
 
(B) Competência. 
Receitas devem ser registradas quando AUFERIDAS, independentemente de 
recebimento e despesas devem ser registradas quando INCORRIDAS, independentemente 
de pagamento. 
 
 
(C) Entidade. 
O patrimônio dos sócios não se confunde com o patrimônio da empresa. 
 
 
(D) Continuidade. 
O patrimônio deve ser registrado com a presunção de que a empresa vá existir 
indefinidamente. Ao contrário, quando houver clara indicação de final da existência da 
empresa (quebra da continuidade), o valor e os prazos de realização dos bens e direitos, 
bem como os prazos das obrigações, devem ser ajustados. 
 
(E) Prudência. 
O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os 
componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem 
alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que 
alterem o patrimônio líquido. 
 
 
 
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Comentários de atualização. 
 
Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas 
contábeis brasileiras aos padrões internacionais, foi elaborado o 
“Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a 
Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”. 
 
O referido pronunciamento trata do conceito de prudência – 
característica qualitativa das demonstrações contábeis, nos seguintes 
termos: 
Os preparadores de demonstrações contábeis se deparam 
com incertezas que inevitavelmente envolvem certos 
eventos e circunstâncias, tais como a possibilidade de 
recebimento de contas a receber de liquidação duvidosa, a 
vida útil provável das máquinas e equipamentos e o 
número de reclamações cobertas por garantias que 
possam ocorrer. Tais incertezas são reconhecidas pela 
divulgação da sua natureza e extensão e pelo exercício de 
prudência na preparação das demonstrações contábeis. 
Prudência consiste no emprego de certa dose de cautela no 
exercício dos julgamentos necessários às estimativas em 
certas condições de incerteza, no sentido de que ativos ou 
receitas não sejam superestimados e que passivos ou 
despesas não sejam subestimados. Entretanto, o exercício 
da prudência não permite, por exemplo, a criação de 
reservas ocultas ou provisões excessivas, a subavaliação 
deliberada de ativos ou receitas, a superavaliação 
deliberada de passivos ou despesas, pois as 
demonstrações contábeis deixariam de ser neutras e, 
portanto, não seriam confiáveis. 
Repare que não houve alteração substancial no conceito. Assim, 
conclui-se que a alteração normativa ocorrida posteriormente à 
elaboração do concurso não logra afetar o gabarito da questão. 
 
 
GABARITO 
 
 
E 
 
4.3.7 Analista do Banco Central do Brasil (Área 4) – jan/2006 – FCC 
 
ENUNCIADO 
 
9. A circular 3.068 do BACEN permitiu que os títulos mantidos para 
negociação ou disponíveis para venda sejam ajustados a valor do 
mercado, computando-se tanto a valorização como a desvalorização. 
Sobre os princípios contábeis, é correto afirmar: 
 
 
 
 
 
 
 
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Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
(A) Esse procedimento está de acordo com o conservadorismo, pois 
nesse caso a empresa estará sempre efetuando uma provisão para 
ajuste ao valor de mercado. 
(B) Esse procedimento fere o princípio de conservadorismo quando o 
valor do mercado é inferior ao custo e deve-se reduzir o valor do título 
para o valor de mercado, pois o ativo deve ser avaliado pelo maior valor 
de realização. 
(C) Esse procedimento está de acordo com o princípio do 
conservadorismo, pois sempre reduzirá o resultado da empresa no 
período da atualização. 
(D) Esse procedimento não tem relação com o princípio de 
conservadorismo, pois esse princípio se refere à avaliação dos passivos 
pelo maior valor de exigibilidade. 
(E) Esse procedimento fere o princípio de conservadorismo quando o 
valor do mercado supera o custo e deve-se aumentar o valor de um 
título para valor de mercado, pois o ativo deve ser avaliado pelo menor 
valor entre o custo e o valor de mercado. 
RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS 
 
Trata-se de uma questão teórica, de análise de texto normativo infra- 
legal (Circular Bacen 3068/2001), que trata de avaliação específica de 
títulos mantidos em carteira por instituições financeiras, frente a outro 
texto normativo (Resolução CFC 750, de 1993) que dispõe sobre o 
princípios fundamentais de contabilidade. A seguir, para fins de 
esclarecimento, encontram-se – parcialmente – reproduzidos ambos os 
textos citados: 
Resolução CFC 750, de 1993 – art. 10 
 
Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do 
menor valor para os componentes do ATIVO e do maior 
para os do PASSIVO, sempre que se apresentem 
alternativas igualmente válidas para a quantificação das 
mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. 
Circular Bacen 3068, de 2001 
 
Art. 1º Estabelecer que os títulos e valores mobiliários 
adquiridos por instituições financeiras e demais 
entidades autorizadas a funcionar pelo Banco Central 
do Brasil, exceto cooperativas de crédito, agências de 
fomento e sociedades de crédito ao microempreendedor, 
devem ser registrados pelo valor efetivamente pago, 
inclusive corretagens e emolumentos, e classificados 
as seguintes categorias: 
I - títulos para negociação; 
 
II - títulos disponíveis para venda; 
 
 
 
 
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III - títulos mantidos até o vencimento. 
 
... 
 
 
Art. 2º Os títulos e valores mobiliários classificados 
nas categorias referidas no artigo anterior, incisos I e II, 
devem ser ajustados pelo valor de mercado, no mínimo 
por ocasião dos balancetes e balanços, computando-se a 
valorização ou a desvalorização em contrapartida: 
I - à adequada conta de receita ou despesa, no 
resultado do período, quando relativa a títulos e 
valores mobiliários classificados na categoria títulos para 
negociação; 
 
 
Repare que, pelos princípios fundamentais de contabilidade, a didática 
regra de avaliação de ativos em geral é: “custo ou mercado, dos dois o 
menor”. Cumpre referir que essa regra já foi objeto de várias questões 
de concurso e que comporta exceções específicas (como a antiga 
reavaliação espontânea de bens, os atuais “ajustes de avaliação 
patrimonial” e a equivalênciapatrimonial). Ocorre que a circular em 
questão inovou, criando uma nova exceção, para títulos mantidos por 
instituições financeiras em sua carteira – determinando sua avaliação 
pelo valor de mercado (sendo ele maior ou menor do que o valor do 
custo). 
Assim, no caso de um título de custo R$ 1.000,00 e valor de mercado 
R$ 1.200,00: 
 
- para empresas comerciais, a avaliação do título seria R$ 
1.000,00; 
 
- para instituições financeiras, a avaliação do título seria R$ 
1.200,00. 
 
Conforme visto acima, o procedimento efetuado pelas instituições 
financeiras (determinado pela Circular Bacen 3068, de 2001) fere o 
princípio da PRUDÊNCIA quando o valor de mercado supera o custo, 
pois: (a) a circular permite a majoração do valor do título, com o 
respectivo registro de receitas e (b) o princípio determina que o título 
fosse avaliado pelo menor valor entre o custo e o valor de mercado. 
Uma única crítica à questão, o termo utilizado “princípio do 
conservadorismo” não está previsto normativamente – sendo correto o 
uso do termo “princípio da prudência”. Com efeito, antes do advento da 
Resolução CFC 750, de 1993, havia um conceito similar ao “princípio da 
prudência” denominado “convenção do conservadorismo”. Entretanto, 
pela interpretação do texto do enunciado, pode-se perceber que o 
examinador quis referir-se ao princípio da prudência, quando utilizou a 
expressão (sinônima) “princípio do consercadorismo”. 
 
 
 
 
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Assim, resta correta a alternativa (E). 
COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO. 
Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas 
contábeis brasileiras aos padrões internacionais, foi elaborado o 
“Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a 
Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”. 
 
No referido pronunciamento são tratadas as diferentes bases possíveis 
de avaliação de recursos e obrigações, entre elas a avaliação a mercado 
(denominada valor realizável), conforme a seguir: 
 
Diversas bases de mensuração são empregadas em 
diferentes graus e em variadas combinações nas 
demonstrações contábeis. Essas bases incluem o seguinte: 
a) Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores 
pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor 
justo dos recursos que são entregues para adquiri-los na 
data da aquisição. Os passivos são registrados pelos 
valores dos recursos que foram recebidos em troca da 
obrigação ou, em algumas circunstâncias (por exemplo, 
imposto de renda), pelos valores em caixa ou equivalentes 
de caixa que serão necessários para liquidar o passivo no 
curso normal das operações. 
... 
 
c) Valor realizável (valor de realização ou de liquidação). 
Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ou 
equivalentes de caixa que poderiam ser obtidos pela venda 
do ativo em condições normais. Os passivos são mantidos 
pelos seus valores de liquidação, isto é, pelos valores em 
caixa e equivalentes de caixa, não descontados, que se 
espera sejam pagos para liquidar as correspondentes 
obrigações no curso normal das operações da entidade. 
 
 
Trata-se de uma possível exceção à regra geral, que é a avaliação pelo 
custo histórico (valor original). 
Cumpre referir que, posteriormente ao concurso, essa regra (de 
avaliação de títulos e aplicações financeiras a mercado, foi estendida a 
todas as companhias, nos termos da nova redação dada ao art. 183, I 
da Lei das S/A, pela Lei nº 11.638, de 2007, a seguir apresentado (na 
redação anterior riscada, seguida da redação modificada): 
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão 
avaliados segundo os seguintes critérios: 
I - os direitos e títulos de crédito, e quaisquer valores 
mobiliários não classificados como investimentos, pelo 
custo de aquisição ou pelo valor do mercado, se este for 
menor; serão excluídos os já prescritos e feitas as 
provisões adequadas para ajustá-lo ao valor provável de 
 
 
 
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realização, e será admitido o aumento do custo de 
aquisição, até o limite do valor do mercado, para registro 
de correção monetária, variação cambial ou juros 
acrescidos; 
I - as aplicações em instrumentos financeiros, 
inclusive derivativos, e em direitos e títulos de créditos, 
classificados no ativo circulante ou no realizável a longo 
prazo: (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) 
a) pelo seu valor de mercado ou valor equivalente, 
quando se tratar de aplicações destinadas à negociação ou 
disponíveis para venda; e (Incluída pela Lei nº 11.638,de 
2007) 
 
b) pelo valor de custo de aquisição ou valor de 
emissão, atualizado conforme disposições legais ou 
contratuais, ajustado ao valor provável de realização, 
quando este for inferior, no caso das demais aplicações e 
os direitos e títulos de crédito; (Incluída pela Lei nº 
11.638,de 2007) 
 
Saliente-se, ainda, que a Medida Provisória nº 449, de 2008, operou 
mais uma (desta vez, sutil) alteração no texto da Lei das S/A: no inciso 
I, a, a expressão “valor de mercado ou valor equivalente” foi substituída 
pelo termo “valor justo” (o que não logra alterar o significado do 
dispositivo). Assim, a redação do dispositivo passou a ser a seguinte: 
a) pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações 
destinadas à negociação ou disponíveis para venda; e 
Assim, conclui-se que a alteração normativa ocorrida posteriormente à 
elaboração do concurso não logra afetar o gabarito da questão. 
GABARITO 
 
E 
 
4.3.8 Auditor-Fiscal do Município de São Paulo – ISS – 2007 (FCC) 
ENUNCIADO 
 
 
1. Em relação ao princípio contábil da Competência, é correto afirmar 
que 
(A) o reconhecimento de despesas deve ser efetuado quando houver o 
efetivo desembolso financeiro por parte da pessoa jurídica que efetuou o 
gasto. 
(B) uma despesa é considerada incorrida quando há um surgimento de 
um ativo, sem o concomitante desaparecimento de um passivo. 
(C) as perdas involuntárias de ativos por razões fortuitas ou por força 
maior não devem ser computadas na apuração do resultado do 
 
 
 
 
 
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exercício, porque não estão correlacionadas com a realização de 
receitas. 
(D) as receitas são consideradas realizadas, nas transações com 
terceiros, quando estes efetuarem o pagamento. 
(E) a extinção, mesmo que parcial, de um passivo, sem o 
desaparecimento concomitante de um ativo, de valor igual ou maior, é 
considerada realização de receita. 
RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS 
 
 
Trata-se de uma questão teórica, cuja resolução demanda – tão 
somente – o conhecimento do princípio fundamental de contabilidade da 
competência. 
O Princípio da Competência é de máxima importância. Esse princípio 
determina que as receitas e despesas devam ser incluídas na apuração 
do resultado do período em que ocorrerem, sempre simultaneamente 
quando se correlacionarem, independentemente do recebimento ou do 
pagamento. 
É de fundamental importância compreender a diferença entre o regime 
de competência e o regime de caixa.No regime de caixa, as receitas e despesas são reconhecidas no 
momento de seu recebimento ou pagamento. Este regime é intuitivo 
freqüentemente utilizado por nós no controle pessoal dos gastos. 
No regime de competência, as receitas e despesas devem ser 
reconhecidas na apuração do resultado do período a que pertencerem e, 
de forma simultânea, quando se correlacionam. As despesas devem ser 
reconhecidas independentemente de seu pagamento e as receitas 
somente quando de sua realização. Em outras palavras, no regime de 
competência: 
- uma despesa com o salário de um empregado é 
considerada a partir do momento que este empregado 
efetua o serviço (ou, em outras palavras, quando ele 
coloca à disposição do patrão sua força de trabalho por um 
mês inteiro – que é a prestação que ele prometeu 
cumprir), independentemente do pagamento desta 
despesa somente ocorrer no mês seguinte; 
- uma receita de venda de mercadorias é considerada a 
partir do momento em que ocorre a venda 
independentemente do pagamento acontecer em várias 
prestações. 
O Princípio da Competência está determinado pelo art. 9o da Resolução 
CFC n° 750, de 1993, abaixo: 
 
 
 
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Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
Art. 9º As receitas e as despesas devem ser incluídas na 
apuração do resultado do período em que ocorrerem, 
sempre simultaneamente quando se correlacionarem, 
independentemente de recebimento ou pagamento. 
§ 1º O Princípio da COMPETÊNCIA determina quando as 
alterações no ativo ou no passivo resultam em aumento ou 
diminuição no patrimônio líquido, estabelecendo diretrizes 
para classificação das mutações patrimoniais, resultantes 
da observância do Princípio da OPORTUNIDADE. 
§ 2º O reconhecimento simultâneo das receitas e 
despesas, quando correlatas, é conseqüência natural do 
respeito ao período em que ocorrer sua geração. 
§ 3º As receitas consideram-se realizadas: 
 
I – nas transações com terceiros, quando estes efetuarem 
o pagamento ou assumirem compromisso firme de efetivá- 
lo, quer pela investidura na propriedade de bens 
anteriormente pertencentes à ENTIDADE, quer pela fruição 
de serviços por esta prestados; 
II – quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, 
qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento 
concomitante de um ativo de valor igual ou maior; 
III – pela geração natural de novos ativos 
independentemente da intervenção de terceiros; 
IV – no recebimento efetivo de doações e subvenções. 
 
§ 4º Consideram-se incorridas as despesas: 
 
I – quando deixar de existir o correspondente valor ativo, 
por transferência de sua propriedade para terceiro; 
II – pela diminuição ou extinção do valor econômico de um 
ativo; 
III – pelo surgimento de um passivo, sem o 
correspondente ativo. 
 
 
Visto o princípio em questão, passaremos à análise de cada assertiva do 
enunciado. 
(A) o reconhecimento de despesas deve ser efetuado quando houver o 
efetivo desembolso financeiro por parte da pessoa jurídica que efetuou o 
gasto. 
Errado. As receitas devem ser incluídas na apuração do resultado do período 
 
em que ocorrerem, independentemente de recebimento. 
 
 
(B) uma despesa é considerada incorrida quando há um surgimento de 
um ativo, sem o concomitante desaparecimento de um passivo. 
Errado. Ao contrário, a despesa é considerada incorrida quando há o 
 
surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo. 
 
 
 
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Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
(C) as perdas involuntárias de ativos por razões fortuitas ou por força 
maior não devem ser computadas na apuração do resultado do 
exercício, porque não estão correlacionadas com a realização de 
receitas. 
Errado. Consideram-se incorridas as despesas pela diminuição ou extinção do 
 
valor econômico de um ativo, independentemente de sua razão (perda voluntária ou 
involuntária). 
 
(D) as receitas são consideradas realizadas, nas transações com 
terceiros, quando estes efetuarem o pagamento. 
Errado. As receitas já podem ser consideradas realizadas, nas transações com 
 
terceiros, quando estes assumirem compromisso firme de efetivar o pagamento, quer pela 
investidura na propriedade de bens anteriormente pertencentes à ENTIDADE, quer pela 
fruição de serviços por esta prestados. 
 
(E) a extinção, mesmo que parcial, de um passivo, sem o 
desaparecimento concomitante de um ativo, de valor igual ou maior, é 
considerada realização de receita. 
Correto, conforme art. 9o da Resolução, § 3o, II, da CFC n° 750, de 1993, 
 
abaixo: 
 
 
§ 3º As receitas consideram-se realizadas: 
 
... 
 
II – quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, 
qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento 
concomitante de um ativo de valor igual ou maior; 
COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO. 
 
Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas 
contábeis brasileiras aos padrões internacionais, foi elaborado o 
“Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a 
Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”. 
 
No referido pronunciamento, é tratado o conceito de competência, 
conforme a seguir: 
A fim de atingir seus objetivos, demonstrações contábeis 
são preparadas conforme o regime contábil de 
competência. Segundo esse regime, os efeitos das 
transações e outros eventos são reconhecidos quando 
ocorrem (e não quando caixa ou outros recursos 
financeiros são recebidos ou pagos) e são lançados nos 
registros contábeis e reportados nas demonstrações 
contábeis dos períodos a que se referem. As 
 
 
 
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Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
demonstrações contábeis preparadas pelo regime de 
competência informam aos usuários não somente sobre 
transações passadas envolvendo o pagamento e 
recebimento de caixa ou outros recursos financeiros, mas 
também sobre obrigações de pagamento no futuro e sobre 
recursos que serão recebidos no futuro. Dessa forma, 
apresentam informações sobre transações passadas e 
outros eventos que são mais úteis aos usuários na tomada 
de decisões econômicas. 
Repare que o conceito de competência não foi alterado – em sua 
essência – pela legislação superveniente ao concurso. Assim, conclui-se 
que a alteração normativa ocorrida posteriormente à elaboração do 
concurso não logra afetar o gabarito da questão. 
 
 
GABARITO 
 
 
001 - E 
 
4.3.9 ICMS – RS – 2006 (FAURGS) 
ENUNCIADO 
 
 
14. O Princípio Contábil que preceitua que a contabilidade é mantida 
para as empresas e que o patrimônio dos sócios não se confunde com o 
da empresa é o Princípio 
(A) do Custo como Base de Valor. 
 
(B) da Oportunidade. 
 
(C) da Prudência. 
 
(D) da Entidade. 
 
(E) do Custo. 
RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS 
 
 
Trata-se de uma questão teórica cuja resolução demanda tão somente o 
conhecimento da definição do princípio fundamental de contabilidade da 
entidade. 
 
Os princípios fundamentais de Contabilidade, apresentados como o 
entendimento predominante acerca da essência da teoria da 
Contabilidade, são enumerados conforme art. 3o da Resolução CFC n° 
750, de 1993, abaixo: 
 
CAPÍTULO II 
 
DA CONCEITUAÇÃO, DA AMPLITUDE E DA ENUMERAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
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Art. 2º Os Princípios Fundamentais de Contabilidade 
representam a essência das doutrinas e teorias relativas à 
Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento 
predominante nos universos científico e profissional de 
nosso País. Concernem, pois, à Contabilidade no seu 
sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o 
Patrimônio das Entidades. 
 
 
Art. 3º São Princípios Fundamentais de Contabilidade: 
 
 o da ENTIDADE; 
 
 o da CONTINUIDADE; 
 
 o da OPORTUNIDADE; 
 
 o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL; 
 
 o da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA; 
 
 o da COMPETÊNCIA e 
 
 o da PRUDÊNCIA. 
Conforme art. 4o da Resolução CFC n° 750, de 1993, o princípio da 
entidade: 
Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio 
como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia 
patrimonial, a necessidade da diferenciação de um 
Patrimônio particular no universo dos patrimônios 
existentes, independentemente de pertencer a uma 
pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou 
instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem 
fins lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, o 
Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios 
ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição. 
 
 
Parágrafo único – O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, 
mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação 
contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova 
ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico- 
contábil. 
 
 
Pelo que foi acima exposto, verifica-se que o Princípio Contábil que 
preceitua que a contabilidade é mantida para as empresas e que o 
patrimônio dos sócios não se confunde com o da empresa é o Princípio 
da Entidade – conforme alternativa (D). 
Comentários de atualização. 
 
Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas 
contábeis brasileiras aos padrões internacionais, foi elaborado o 
“Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a 
Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”. 
 
 
 
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Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
No referido pronunciamento, não é tratado diretamente o conceito de 
entidade, continuando aplicável, portanto, o conceito até então 
considerado pela legislação vigente à época do concurso. Assim, 
conclui-se que a alteração normativa ocorrida posteriormente à 
elaboração do concurso não logra afetar o gabarito da questão. 
GABARITO 
 
 
14. D 
 
4.3.10 ICMS – RS – 2006 (FAURGS) 
ENUNCIADO 
 
 
15. “Os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos 
valores originais das transações com o mundo exterior, expressos a 
valor presente na moeda do País, que serão mantidos na avaliação das 
variações patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem 
agregações ou decomposições no interior da entidade.” Este é o 
enunciado do Princípio Contábil . 
(A) do Custo Contábil. 
 
(B) do Registro pelo Valor Original. 
 
(C) da Atualização Monetária. 
 
(D) do Registro pelo Valor Original Corrigido. 
 
(E) da Atualização Monetária e Contábil. 
RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS 
 
 
Trata-se de uma questão teórica cuja resolução demanda tão somente o 
conhecimento da definição do princípio fundamental de contabilidade do 
registro pelo valor original. 
 
Os princípios fundamentais de Contabilidade, apresentados como o 
entendimento predominante acerca da essência da teoria da 
Contabilidade, são enumerados conforme art. 3o da Resolução CFC n° 
750, de 1993, abaixo: 
 
CAPÍTULO II 
 
DA CONCEITUAÇÃO, DA AMPLITUDE E DA ENUMERAÇÃO 
 
 
Art. 2º Os Princípios Fundamentais de Contabilidade 
representam a essência das doutrinas e teorias relativas à 
Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento 
predominante nos universos científico e profissional de 
nosso País. Concernem, pois, à Contabilidade no seu 
sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o 
Patrimônio das Entidades. 
 
 
 
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Art. 3º São Princípios Fundamentais de Contabilidade: 
 
 o da ENTIDADE; 
 
 o da CONTINUIDADE; 
 
 o da OPORTUNIDADE; 
 
 o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL; 
 
 o da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA; 
 
 o da COMPETÊNCIA e 
 
 o da PRUDÊNCIA. 
Conforme caput do art. 7o da Resolução CFC n° 750, de 1993: 
 
Art. 7º Os componentes do patrimônio devem ser 
registrados pelos valores originais das transações com o 
mundo exterior, expressos a valor presente na moeda do 
País, que serão mantidos na avaliação das variações 
patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem 
agregações ou decomposições no interior da ENTIDADE. 
 
 
Pelo que foi acima exposto, verifica-se que o Princípio Contábil que “Os 
componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores 
originais das transações com o mundo exterior, expressos a valor 
presente na moeda do País, que serão mantidos na avaliação das 
variações patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem 
agregações ou decomposições no interior da entidade.” é o Princípio do 
Registro pelo Valor Original – conforme alternativa (B). 
Comentários de atualização. 
 
Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas 
contábeis brasileiras aos padrões internacionais, foi elaborado o 
“Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a 
Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”. 
 
Nesse pronunciamento, é tratado o conceito de registro pelo valor 
original, referenciado pelo termo custo histórico, nos seguintes termos: 
As demonstrações contábeis são mais comumente 
preparadas segundo modelo contábil baseado no custo 
histórico recuperável e no conceito da manutenção do 
capital financeiro nominal. 
No item “Mensuração dos Elementos das Demonstrações Contábeis”, 
são apresentados critérios aceitáveis de mensuração e, entre eles, o 
primeiro (e mais importante critério) que é o do custo histórico – 
correspondente ao conceito de valor original, conforme abaixo: 
Diversas bases de mensuração são empregadas em 
diferentes graus e em variadas combinações nas 
demonstrações contábeis. Essas bases incluem o seguinte: 
 
 
 
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Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
a) Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores 
pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor 
justo dos recursos que são entregues para adquiri-los na 
data da aquisição. Os passivos são registrados pelos 
valores dos recursos que foram recebidos em troca da 
obrigação ou, em algumas circunstâncias (por exemplo, 
imposto de renda), pelos valores em caixa ou equivalentes 
de caixa que serão necessários para liquidar o passivo no 
curso normal das operações. 
... 
 
Assim, conclui-se que a alteração normativa ocorrida posteriormente à 
elaboração do concurso não logra afetar o gabarito da questão. 
GABARITO 
 
 
15. B 
 
4.3.11 TRF 4a região - Analista Judiciário - Especialidade 
Contadoria - jan/2001 (FCC)ENUNCIADO 
 
 
32. É registro que caracteriza regime de competência, o relativo ao 
 
(A) da compra de mercadorias à vista. 
 
(B) do pagamento de duplicata pela compra de veículo a prazo. 
 
(C) da venda de mercadoria à vista. 
 
(D) do pagamento de uma despesa. 
 
(E) de uma despesa a pagar. 
RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS 
 
 
A questão trata da escrituração contábil com observância ao 
Princípio de Competência. 
 
O Princípio da Competência determina que as despesas devem ser 
consideradas quando incorridas, independente de pagamento, e as 
receitas devem ser consideradas quando auferidas, independente de 
recebimento, conforme está determinado pelo art. 9o da Resolução CFC 
n° 750, de 1993, abaixo: 
 
Art. 9º As receitas e as despesas devem ser incluídas na 
apuração do resultado do período em que ocorrerem, 
sempre simultaneamente quando se correlacionarem, 
independentemente de recebimento ou pagamento. 
§ 1º O Princípio da COMPETÊNCIA determina quando as 
alterações no ativo ou no passivo resultam em aumento ou 
diminuição no patrimônio líquido, estabelecendo diretrizes 
 
 
 
 
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Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
para classificação das mutações patrimoniais, resultantes 
da observância do Princípio da OPORTUNIDADE. 
§ 2º O reconhecimento simultâneo das receitas e 
despesas, quando correlatas, é conseqüência natural do 
respeito ao período em que ocorrer sua geração. 
§ 3º As receitas consideram-se realizadas: 
 
I – nas transações com terceiros, quando estes efetuarem 
o pagamento ou assumirem compromisso firme de efetivá- 
lo, quer pela investidura na propriedade de bens 
anteriormente pertencentes à ENTIDADE, quer pela fruição 
de serviços por esta prestados; 
II – quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, 
qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento 
concomitante de um ativo de valor igual ou maior; 
III – pela geração natural de novos ativos 
independentemente da intervenção de terceiros; 
IV – no recebimento efetivo de doações e subvenções. 
 
§ 4º Consideram-se incorridas as despesas: 
 
I – quando deixar de existir o correspondente valor ativo, 
por transferência de sua propriedade para terceiro; 
II – pela diminuição ou extinção do valor econômico de um 
ativo; 
III – pelo surgimento de um passivo, sem o 
correspondente ativo. 
No presente caso, as alternativas de (A) a (D) tratam de operações em 
que há efetiva entrada ou saída de dinheiro (pagamento ou 
recebimento), portanto, a única alternativa que pode ser visualizada ao 
estudarmos o Princípio da Competência é a alternativa E, por tratar do 
registro de uma despesa a pagar. As demais transações – repita-se – 
refletem a saída de numerário para o pagamento de despesas incorridas 
ou a aquisição de insumos ou mercadorias e, portanto, não se prestam à 
visualização do princípio da competência. 
Cumpre referir que as questões de princípios contábeis trazem um 
problema intrínseco: como todos os princípios contábeis são 
obrigatórios, todos eles são aplicáveis ao mesmo tempo a todas as 
situações (de alguma forma, sob um determinado prisma). Ocorre que 
esta premissa impediria que se aprofundasse a discussão acerca do 
tema. 
Assim, o examinador tenta buscar aquilo que há de ESSENCIAL no 
princípio e coloca em uma das assertivas. 
No caso, o princípio é o da competência. Pelo princípio da competência 
a receita é registrada independentemente de recebimento e a despesa, 
independentemente de pagamento. 
 
 
 
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Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
Partindo-se desse ponto, verificamos que em todas as alternativas 
temos pagamentos ou recebimentos e assim, ainda que fosse pelo 
regime de caixa, teríamos respectivamente despesa ou receita. 
Somente na alternativa E temos uma despesa (por competência) que 
não corresponde a desembolso (e que, portanto, no regime de caixa, 
não seria uma despesa). 
Para fins de esclarecimento, analisaremos – a seguir – todas as 
alternativas da questão. 
(a) da compra de uma mercadoria à vista 
Compra não enseja nem receita nem despesa, portanto, apenas com este 
fato, não sabemos o regime a ser considerado 
 
(b) do pagamento de duplicata pela compra de veículo a prazo 
O pagamento de compra a prazo não enseja nem receita nem despesa, portanto, 
apenas com este fato, não sabemos o regime a ser considerado 
 
(c) da venda de mercadoria à vista. 
Na venda, há receita, porém - como a venda foi à vista - há receita tanto pelo 
regime de competência quanto pelo regime de caixa. Assim, esse fato não é suficiente para 
elucidar se o regime é de competência ou de caixa. 
 
(d) do pagamento de uma despesa. 
A palavra despesa indica que houve despesa naquele momento, porém como 
está sendo feito um pagamento no mesmo momento, haveria despesa tanto no regime de 
caixa quanto no regime de competência. Assim, não podemos saber se o regime foi de 
caixa ou de competência. 
 
(e) de uma despesa a pagar. 
A palavra despesa indica que naquele momento ocorreu uma despesa. 
Adicionalmente, como a despesa é "a pagar", verifica-se que não houve pagamento. Ora, 
quando há despesa, mas não há pagamento, o regime somente pode ser o de competência. 
Dessa forma, verifica-se a alternativa (E) como correta. 
Comentários de atualização. 
 
Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas 
contábeis brasileiras aos padrões internacionais, foi elaborado o 
 
 
 
 
 
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“Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a 
Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”. 
 
No referido pronunciamento, é tratado o conceito de competência, nos 
seguintes termos: 
Regime de Competência 
 
A fim de atingir seus objetivos, demonstrações contábeis 
são preparadas conforme o regime contábil de 
competência. Segundo esse regime, os efeitos das 
transações e outros eventos são reconhecidos quando 
ocorrem (e não quando caixa ou outros recursos 
financeiros são recebidos ou pagos) e são lançados nos 
registros contábeis e reportados nas demonstrações 
contábeis dos períodos a que se referem. As 
demonstrações contábeis preparadas pelo regime de 
competência informam aos usuários não somente sobre 
transações passadas envolvendo o pagamento e 
recebimento de caixa ou outros recursos financeiros, mas 
também sobre obrigações de pagamento no futuro e sobre 
recursos que serão recebidos no futuro. Dessa forma, 
apresentam informações sobre transações passadas e 
outros eventos que são mais úteis aos usuários na tomada 
de decisões econômicas. 
Repare que o conceito de competência tratado no pronunciamento está 
de acordo com o conceito tratado na legislação vigente à época do 
concurso. Assim, conclui-se que a alteração normativa ocorrida 
posteriormente à elaboração do concurso não logra afetar o gabarito da 
questão. 
 
 
GABARITO 
 
 
E 
 
4.3.12 TRF 4a região - Analista Judiciário - Especialidade 
Contadoria - jan/2001 (FCC) 
 
ENUNCIADO 
 
37. O capital subscrito e realizado pelo titular, sócio ou acionista é 
considerado capital próprio em virtude do princípio ou convenção 
(A) doconservadorismo. 
 
(B) da continuidade. 
 
(C) da entidade. 
 
(D) da realização das receitas. 
 
(E) da objetividade. 
RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS 
 
 
 
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Para a solução desta questão precisamos: (1) entender os conceitos de 
capital subscrito e de capital integralizado (ou realizado) e (2) analisar o 
conteúdo do Princípio da Entidade. Após esses passos, será possível 
estabelecer a resposta correta. 
Partindo da idéia de que o capital corresponde à contribuição dos sócios 
para formação do patrimônio da empresa, temos que: 
- o capital subscrito corresponde ao valor que os sócios se 
comprometem a entregar à empresa; e 
- o capital integralizado (também conhecido como capital realizado) 
corresponde ao valor que é – efetivamente – entregue à empresa. 
 
Portanto, o capital subscrito e integralizado corresponde ao valor que os 
sócios se comprometeram a entregar e que efetivamente entregaram à 
empresa, para formação de seu patrimônio. 
O patrimônio, definido como o conjunto de recursos (bens e direitos) e 
obrigações, encontra-se apresentado na Resolução CFC n° 774, de 
1994, a seguir: 
 
1.2 - … 
 
Do Patrimônio deriva o conceito de Patrimônio Líquido, 
mediante a equação considerada como básica na 
Contabilidade: 
(Bens + Direitos) – (Obrigações) = Patrimônio Líquido 
 
Quando o resultado da equação é negativo, convenciona- 
se denominá-lo de “Passivo a Descoberto”. 
O Patrimônio Líquido não é uma dívida da Entidade para com seus 
sócios ou acionistas, pois estes não emprestam recursos para que ela 
possa ter vida própria, mas, sim, os entregam, para que com eles forme 
o Patrimônio da Entidade, assim como disposto no item 2.1 da cita 
Resolução, no qual transcreve as disposições sobre o Princípio da 
Entidade: 
 
“Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio 
como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia 
patrimonial, a necessidade da diferenciação de um 
Patrimônio particular no universo dos patrimônios 
existentes, independentemente de pertencer a uma 
pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou 
instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem 
fins lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, o 
patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios 
ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição. 
Parágrafo único – O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, 
mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação 
contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova 
ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico- 
contábil”. 
 
 
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Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
Por esses motivos, conclui-se que o princípio em comento é o princípio 
da entidade, conforme alternativa (C). 
COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO. 
 
Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas 
contábeis brasileiras aos padrões internacionais, foi elaborado o 
“Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a 
Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”. 
 
No referido pronunciamento, não é tratado diretamente o conceito de 
entidade, continuando aplicável, portanto, o conceito até então 
considerado pela legislação vigente à época do concurso. Assim, 
conclui-se que a alteração normativa ocorrida posteriormente à 
elaboração do concurso não logra afetar o gabarito da questão. 
 
 
GABARITO 
 
 
C 
 
4.3.13 TRT 21a REGIÃO - Analista Judiciário Área Administrativa 
- Especialidade Contabilidade - Setembro/2003 (FCC) 
ENUNCIADO 
 
 
34. A integração das receitas ganhas com as despesas que com elas se 
correlacionam constitui o princípio fundamental da 
(A) entidade. 
 
(B) oportunidade. 
 
(C) competência. 
 
(D) prudência. 
 
(E) continuidade. 
RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS 
 
 
Para a solução desta questão torna-se necessário o conhecimento do 
conteúdo da Resolução CFC nº 750 de 1993, a qual dispõe em seu art 
9o o conceito de competência, condicionando-o à relação simultânea 
entre as receitas e despesas que se relacionarem, conforme a seguir: 
Art. 9º As receitas e as despesas devem ser incluídas na 
apuração do resultado do período em que ocorrerem, 
sempre simultaneamente quando se correlacionarem, 
independentemente de recebimento ou pagamento. 
§ 1º O Princípio da COMPETÊNCIA determina quando as 
alterações no ativo ou no passivo resultam em aumento ou 
diminuição no patrimônio líquido, estabelecendo diretrizes 
 
 
 
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para classificação das mutações patrimoniais, resultantes 
da observância do Princípio da OPORTUNIDADE. 
§ 2º O reconhecimento simultâneo das receitas e 
despesas, quando correlatas, é conseqüência natural do 
respeito ao período em que ocorrer sua geração. 
§ 3º As receitas consideram-se realizadas: 
 
I – nas transações com terceiros, quando estes efetuarem 
o pagamento ou assumirem compromisso firme de efetivá- 
lo, quer pela investidura na propriedade de bens 
anteriormente pertencentes à ENTIDADE, quer pela fruição 
de serviços por esta prestados; 
II – quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, 
qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento 
concomitante de um ativo de valor igual ou maior; 
III – pela geração natural de novos ativos 
independentemente da intervenção de terceiros; 
IV – no recebimento efetivo de doações e subvenções. 
 
§ 4º Consideram-se incorridas as despesas: 
 
I – quando deixar de existir o correspondente valor ativo, 
por transferência de sua propriedade para terceiro; 
II – pela diminuição ou extinção do valor econômico de um 
ativo; 
III – pelo surgimento de um passivo, sem o 
correspondente ativo. 
Verifica-se, portanto, que a questão se refere ao princípio da 
competência, conforme alternativa (C). 
COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO. 
 
Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas 
contábeis brasileiras aos padrões internacionais, foi elaborado o 
“Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a 
Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”. 
 
No referido pronunciamento, é tratado o conceito de competência, nos 
seguintes termos: 
Regime de Competência 
 
A fim de atingir seus objetivos, demonstrações contábeis 
são preparadas conforme o regime contábil de 
competência. Segundo esse regime, os efeitos das 
transações e outros eventos são reconhecidos quando 
ocorrem (e não quando caixa ou outros recursos 
financeiros são recebidos ou pagos) e são lançados nos 
registros contábeis e reportados nas demonstrações 
contábeis dos períodos a que se referem. As 
demonstrações contábeis preparadas pelo regime de 
competência informam aos usuários não somente sobre 
transações passadas envolvendo o pagamento e 
 
 
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recebimento de caixa ou outros recursos financeiros, mas 
também sobre obrigações de pagamento no futuro e sobre 
recursos que serão recebidos no futuro. Dessa forma, 
apresentam informações sobretransações passadas e 
outros eventos que são mais úteis aos usuários na tomada 
de decisões econômicas. 
Repare que o conceito de competência tratado no pronunciamento está 
de acordo com o conceito tratado na legislação vigente à época do 
concurso. Assim, conclui-se que a alteração normativa ocorrida 
posteriormente à elaboração do concurso não logra afetar o gabarito da 
questão. 
 
 
GABARITO 
 
 
C 
 
4.3.14 TRT 21a REGIÃO - Analista Judiciário Área Administrativa 
- Especialidade Contabilidade - Setembro/2003 (FCC) 
ENUNCIADO 
 
 
35. O postulado, princípio ou convenção contábil, que tem por objetivo 
evitar a descapitalização de uma empresa, denomina-se 
(A) conservadorismo. 
 
(B) uniformidade ou consistência. 
 
(C) materialidade. 
 
(D) objetividade. 
 
(E) entidade. 
RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS 
 
 
Esta questão apresenta, como alternativas válidas de resposta, incluindo 
aquela considerada como correta (de acordo com o Gabarito) as 
Convenções, assim como foram introduzidas em 1986, quando a 
Deliberação CVM nº 29, de 05/fevereiro/1986, aprovou o 
Pronunciamento do IBRACON (atual Instituto dos Auditores 
Independentes do Brasil), que por sua vez já o havia referendado, por 
ter sido elaborado originalmente pelo IPECAFI (Instituto Brasileiro de 
Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras), da qual o IBRACON é 
associado. Posteriormente, em 1993, foram editados os Princípios 
Fundamentais de Contabilidade (Resolução CFC nº. 750 de 1993), que 
foram aprovados por ato específico da CVM e do Banco Central, 
tornando desatualizado o texto de 1986 – situação conhecida pelo termo 
“derrogação” (revogação parcial de uma norma, em virtude de outra – 
 
 
 
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posterior – tratar o mesmo assunto de forma diferente, ou mediante 
utilização de nova nomenclatura). De acordo com o disposto na 
Resolução CFC nº 750, de 1993, a resposta correta seria o “Princípio da 
Prudência” (que, frise-se, não se encontra entre as cinco alternativas da 
questão). Entretanto naquelas disposições aprovadas pela CVM em 
1986, utilizava-se a expressão “Convenção do Conservadorismo” para 
referir o mesmo conceito posteriormente tratado pelo termo “Princípio 
da Prudência”. Demonstramos a seguir, ambas as orientações. 
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADE 
Aprovados pela Resol. CFC nº 750, de 1.993 
Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do 
menor valor para os componentes do ATIVO e do maior 
para os do PASSIVO, sempre que se apresentem 
alternativas igualmente válidas para a quantificação das 
mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. 
§ 1º O Princípio da PRUDÊNCIA impõe a escolha da 
hipótese de que resulte menor patrimônio líquido, quando 
se apresentarem opções igualmente aceitáveis diante dos 
demais Princípios Fundamentais de Contabilidade. 
§ 2º Observado o disposto no art. 7º, o Princípio da 
PRUDÊNCIA somente se aplica às mutações posteriores, 
constituindo-se ordenamento indispensável à correta 
aplicação do Princípio da COMPETÊNCIA. 
§ 3º A aplicação do Princípio da PRUDÊNCIA ganha ênfase 
quando, para definição dos valores relativos às variações 
patrimoniais, devem ser feitas estimativas que envolvem 
incertezas de grau variável. 
CONVENÇÃO DO CONSERVADORISMO 
Aprovada pela Delib. CVM nº 29 de 1986 
Enunciado: “Entre conjuntos alternativos de avaliação para 
o patrimônio, igualmente válidos, segundo os Princípios 
Fundamentais, a Contabilidade escolherá o que apresentar 
o menor valor atual para o ativo e o maior para as 
obrigações...” 
O conservadorismo,* em Contabilidade, pode ser 
entendido sob dois aspectos principais: o primeiro, 
vocacional e histórico da profissão, pelo qual, entre as 
várias disciplinas que avaliam, pelo menos em parte, o 
valor da entidade, a Contabilidade é a que tenderia, em 
igualdade de condições, a apresentar o menor valor para a 
entidade como um todo. 
O segundo, mais operacional, de que, conforme o 
enunciado, a Contabilidade tende, dentro dos amplos graus 
de julgamento que a utilização dos Princípios nos permite 
empregar, a escolher a menor das avaliações igualmente 
relevantes para o ativo e a maior para as obrigações. 
 
 
 
 
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Esse entendimento não deve ser confundido nem 
desvirtuado com os efeitos da manipulação de resultados 
contábeis, mas encarado à luz da vocação de resguardo, 
cuidado e neutralidade que a Contabilidade precisa ter, 
mormente perante os excessos de entusiasmo e de 
valorizações por parte da administração e dos proprietários 
da entidade. Não nos esqueçamos de que, principalmente 
no caso das companhias abertas, sua principal obrigação é 
perante o mercado e os investidores. 
Entendemos que, pelo fato da questão estar baseada em dispositivo 
normativo já derrogado, ela deveria ter sido anulada, o que – entretanto 
– não ocorreu. 
 
Feita a crítica, e superada a questão inicial, cabe adentrar ao mérito da 
questão. Assim, resta uma dúvida a ser esclarecida: “Por que a 
convenção do conservadorismo (ou princípio da prudência) evitam a 
descapitalização de uma empresa?” 
Essa é uma dúvida interessante, afinal, um princípio contábil é apenas 
um critério de como registrar o patrimônio de uma empresa (e suas 
mutações). Por outro lado, o fato da empresa ficar "capitalizada" ou 
"descapitalizada" é um fato econômico, que deveria independer do 
critério de avaliação e registro de seu patrimônio. 
Assim, para entender o enunciado dessa questão, em consonância com 
o gabarito oficial, é necessário perquirir o significado do termo 
"descapitalização da empresa", na questão utilizado. 
 
Para isso, quando - no enunciado - é dito "evitar a descapitalização de 
uma empresa" nós devemos entender que o examinador está se 
referindo a uma "descapitalização oculta da empresa". 
Exemplificando, se o princípio da prudência não for utilizado, um bem ou 
direito que apresente valor efetivo de apenas 10,00, pode estar sendo 
apresentado na contabilidade por um valor maior, de R$ 30,00. Nesse 
caso, sem que o usuário externo perceba, a empresa fica 
"descapitalizada" (no sentido de "com patrimônio efetivo menor"). 
 
Exemplificando, ainda, de uma outra forma, o significado dado à palavra 
"descapitalização", que é fundamental para a resolução da questão, 
salientando-se que ela está utilizada em seu sentido mais corriqueiro e 
coloquial, qual seja: a perda de patrimônio, e que – nesse sentido - o 
princípio da prudência (anteriormente denominado de "convenção do 
conservadorismo") evitaria a descapitalização (no sentido de "perda do 
patrimônio") por um único e simples motivo: essa perda ficaria MUITO 
VISÍVEL IMEDIATAMENTE, vamos analisar o seguinte caso: 
Seja uma empresa que tenha um estoque de mercadorias no valor 
(original) de R$ 1.000,00 e dinheiro em caixa no valor de R$ 1.000,00 
também. Considere que essa empresa não tenha obrigações e que seus 
 
 
 
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recursos tenham sido adquiridos com a contribuição dos sócios. Nessa 
situação, a representação patrimonial seria a seguinte:(1) Ativo 
 
- caixa 1.000,00 
 
- estoque 1.000,00 
 
(2) Passivo 
 
- 0,00 
 
(3) PL 
 
- capital 2.000,00 
 
Agora, imagine que esse estoque tenha sofrido uma perda (por 
obsolescência, ou por avaria, ou - simplesmente - porque o mercado 
não mais o quer). Considere que essa perda seja de 200,00. Nesse 
caso, aplicando-se o princípio da prudência a essa mutação posterior 
ocorrida, o patrimônio deve ficar representado conforme a seguir: 
(1) Ativo 
 
- caixa 1.000,00 
 
- estoque 1.000,00 
 
(-) perda (200,00) 
 
(=) estoque líquido 800,00 
 
(2) Passivo 
 
- 0,00 
 
(3) PL 
 
- capital 2.000,00 
 
(-) perdas acumuladas (200) ==> PL líquido (=) 1.800,00 
 
Repare que, apresentando essa situação patrimonial (em detrimento da 
primeira - onde a perda não estava reconhecida), a administração da 
empresa vai ser muito mais cuidadosa em gastar os 1.000,00 que estão 
em caixa. Assim, indiretamente, o princípio da prudência (antiga 
convenção do conservadorismo) evita a descapitalização, porque 
dificulta que a administração da empresa seja perdulária. 
Entendo que essa deva ter sido a interpretação dada pelo examinador 
ao enunciado: o princípio da prudência (antiga convenção do 
conservadorismo) evita que uma empresa fique "descapitalizada" (com 
patrimônio reduzido) sem que isso seja claramente demonstrado. 
COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO. 
 
Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas 
contábeis brasileiras aos padrões internacionais, foi elaborado o 
 
 
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“Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a 
Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”. 
 
O referido pronunciamento trata do conceito de prudência – 
característica qualitativa das demonstrações contábeis, nos seguintes 
termos: 
Os preparadores de demonstrações contábeis se deparam 
com incertezas que inevitavelmente envolvem certos 
eventos e circunstâncias, tais como a possibilidade de 
recebimento de contas a receber de liquidação duvidosa, a 
vida útil provável das máquinas e equipamentos e o 
número de reclamações cobertas por garantias que 
possam ocorrer. Tais incertezas são reconhecidas pela 
divulgação da sua natureza e extensão e pelo exercício de 
prudência na preparação das demonstrações contábeis. 
Prudência consiste no emprego de certa dose de cautela no 
exercício dos julgamentos necessários às estimativas em 
certas condições de incerteza, no sentido de que ativos ou 
receitas não sejam superestimados e que passivos ou 
despesas não sejam subestimados. Entretanto, o exercício 
da prudência não permite, por exemplo, a criação de 
reservas ocultas ou provisões excessivas, a subavaliação 
deliberada de ativos ou receitas, a superavaliação 
deliberada de passivos ou despesas, pois as 
demonstrações contábeis deixariam de ser neutras e, 
portanto, não seriam confiáveis. 
Repare que não houve alteração substancial no conceito. Assim, 
conclui-se que a alteração normativa ocorrida posteriormente à 
elaboração do concurso não logra afetar o gabarito da questão. 
 
 
GABARITO 
 
 
A 
 
4.3.15 TRE Espírito Santo - Analista Judiciário – Área 
Administrativa – Especialidade Contabilidade – 2005 (FCC) 
ENUNCIADO 
 
 
37. Dentre os princípios fundamentais da contabilidade, contidos na 
Resolução 750 do Conselho Federal de Contabilidade, tem-se um do 
qual consta: refere-se, simultaneamente, à tempestividade e à 
integridade do registro do patrimônio e das suas mutações, 
determinando que este seja feito de imediato e com extensão correta, 
independentemente das causas que as originaram. 
Assinale, dentre as alternativas abaixo, a que se refere ao acima 
descrito: 
 
 
 
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a) continuidade. 
b) competência. 
c) oportunidade. 
d) prudência. 
RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS 
 
 
Para resolvermos esta questão precisamos conhecer os Princípios 
Fundamentais de Contabilidade a fim de estabelecer os objetivos de 
cada Princípio e, desta forma, assinalar a resposta correta. 
O Princípio Fundamental de Contabilidade relativo à Continuidade 
(alternativa A), tem por objetivo estabelecer que a continuidade ou não 
de uma entidade deve ser avaliada para fins de classificação e avaliação 
das mutações patrimoniais, tanto as quantitativas, quanto as 
qualitativas. 
O Princípio Fundamental de Contabilidade relativo à competência 
(alternativa B), ordena que as receitas e despesas deve sem incluídas 
na apuração do resultado do exercício em que ocorrerem, sempre 
simultaneamente, quando se correlacionarem, independentemente de 
recebimento ou pagamento. 
O Princípio Fundamental de Contabilidade relativo à Oportunidade 
(alternativa C), refere-se, simultaneamente, à tempestividade e à 
integridade do registro do patrimônio e das suas mutações, 
determinando que este seja feito de imediato e com a extensão correta, 
independentemente das causas que as originaram. O enunciado do 
Princípio está no enunciado da questão, mostrando ser esta a alternativa 
correta. 
Já o Princípio Fundamental de Contabilidade da Prudência (alternativa 
D) determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e 
do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas 
igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que 
alterem o patrimônio líquido. 
COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO. 
 
Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas 
contábeis brasileiras aos padrões internacionais, foi elaborado o 
“Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a 
Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”. 
 
O referido pronunciamento trata do conceito de oportunidade (entendido 
como integridade e tempestividade), nos seguintes termos: 
(1) integridade – Requisito da confiabilidade - característica qualitativa 
da informação contábil 
 
 
 
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Para ser confiável, a informação constante das 
demonstrações contábeis deve ser completa, dentro dos 
limites de materialidade e custo. Uma omissão pode tornar 
a informação falsa ou distorcida e, portanto, não-confiável 
e deficiente em termos de sua relevância. 
 
(2) tempestividade – fator de Limitação entre a Relevância e a 
Confiabilidade das Informações 
 
Quando há demora indevida na divulgação de uma 
informação, é possível que ela perca a relevância. A 
Administração da entidade necessita ponderar os méritos 
relativos entre a tempestividade da divulgação e a 
confiabilidade da informação fornecida. Para fornecer uma 
informação na época oportuna pode ser necessário 
divulgá-la antes que todos os aspectos de uma transação 
ou evento sejam conhecidos, prejudicando assim a sua 
confiabilidade. Por outro lado, se para divulgar a 
informação a entidade aguardar até que todos os aspectos 
se tornem conhecidos, a informação pode ser altamente 
confiável, porém de pouca utilidade para os usuários que 
tenham tido necessidade de tomar decisões nesse ínterim. 
Para atingir o adequado equilíbrio entre a relevância e a 
confiabilidade, o princípio básico consiste em identificar 
qual a melhorforma para satisfazer as necessidades do 
processo decisório econômico dos usuários. 
Repare que os conceitos acima são equivalentes, tanto nos termos da 
Resolução CFC n° 750, de 1993, quanto do Pronunciamento Conceitual 
Básico. Assim, conclui-se que a alteração normativa ocorrida 
posteriormente à elaboração do concurso não logra afetar o gabarito da 
questão. 
 
 
GABARITO 
 
 
C 
 
4.3.16 TRF 4 REGIÃO - Analista Judiciário - Apoio Especializado 
– Contadoria – 2004 (FCC) 
ENUNCIADO 
 
 
61. Dentre os princípios fundamentais da contabilidade, o da 
competência diz que as receitas e despesas de uma empresa devem ser 
respectivamente incluídas na apuração do resultado do período em que 
ocorrerem, sempre simultaneamente, quando 
(A) recebidas e pagas. 
 
(B) ganhas e ocorridas. 
 
(C) se correlacionarem. 
 
 
 
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(D) ocorridas. 
 
(E) obtidas e consumidas. 
RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS 
 
 
Entre as alternativas dispostas aquela que completa o ditame do 
Princípio da Competência, aprovado pela Resolução CFC nº 750 de 
1993, é a alternativa C, pela redação da norma, como transcrevemos a 
seguir, o art. 9º da citada Resolução. 
Art. 9º As receitas e as despesas devem ser incluídas na 
apuração do resultado do período em que ocorrerem, 
sempre simultaneamente quando se correlacionarem, 
independentemente de recebimento ou pagamento. 
Comentários de atualização. 
 
Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas 
contábeis brasileiras aos padrões internacionais, foi elaborado o 
“Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a 
Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”. 
 
No referido pronunciamento, é tratado o conceito de competência, 
conforme a seguir: 
A fim de atingir seus objetivos, demonstrações contábeis 
são preparadas conforme o regime contábil de 
competência. Segundo esse regime, os efeitos das 
transações e outros eventos são reconhecidos quando 
ocorrem (e não quando caixa ou outros recursos 
financeiros são recebidos ou pagos) e são lançados nos 
registros contábeis e reportados nas demonstrações 
contábeis dos períodos a que se referem. As 
demonstrações contábeis preparadas pelo regime de 
competência informam aos usuários não somente sobre 
transações passadas envolvendo o pagamento e 
recebimento de caixa ou outros recursos financeiros, mas 
também sobre obrigações de pagamento no futuro e sobre 
recursos que serão recebidos no futuro. Dessa forma, 
apresentam informações sobre transações passadas e 
outros eventos que são mais úteis aos usuários na tomada 
de decisões econômicas. 
Repare que o conceito de competência não foi alterado – em sua 
essência – pela legislação superveniente ao concurso. Assim, conclui-se 
que a alteração normativa ocorrida posteriormente à elaboração do 
concurso não logra afetar o gabarito da questão. 
 
 
GABARITO 
 
 
C 
 
 
 
 
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4.3.17 TRF 4 REGIÃO - Analista Judiciário - Apoio Especializado 
– Contadoria – 2004 (FCC) 
ENUNCIADO 
 
 
70. O princípio fundamental da oportunidade, ao estabelecer que o 
registro do patrimônio e das mutações de uma entidade privada seja 
feito “de imediato”, diz respeito a sua efetivação quando 
(A) ocorrido o ato ou o fato. 
 
(B) devam ser evidenciados o patrimônio e os resultados. 
 
(C) ocorridos os recebimentos ou pagamentos. 
 
(D) ocorridos os ganhos e perdas de recursos. 
 
(E) ocorridas as mutações e variações. 
RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS 
 
 
Para a solução desta questão devemos procurar o enunciado do Princípio 
Fundamental de Contabilidade relativo à Oportunidade, o qual está 
contido no art. 6º, da Resolução CFC nº 750, de 1993, como a seguir: 
Art. 6º O Princípio da OPORTUNIDADE refere-se, 
simultaneamente, à tempestividade e à integridade do 
registro do patrimônio e das suas mutações, determinando 
que este seja feito de imediato e com a extensão correta, 
independentemente das causas que as originaram. 
Parágrafo único – Como resultado da observância do 
Princípio da OPORTUNIDADE: 
 
I – desde que tecnicamente estimável, o registro das 
variações patrimoniais deve ser feito mesmo na hipótese 
de somente existir razoável certeza de sua ocorrência; 
II – o registro compreende os elementos quantitativos e 
qualitativos, contemplando os aspectos físicos e 
monetários; 
III – o registro deve ensejar o reconhecimento universal 
das variações ocorridas no patrimônio da ENTIDADE, em 
um período de tempo determinado, base necessária para 
gerar informações úteis ao processo decisório da gestão. 
 
Importante notar que a alternativa (A) está incorreta por referir-se a 
atos (que não demandam sequer registro, muito menos registro 
imediato14). Da mesma forma, a alternativa (C) está incorreta por 
incompleta (referindo-se somente a pagamentos e recebimentos, 
 
 
 
 
14 Atos são eventos ocorridos, mas que não afetam o patrimônio, ao contrário de fatos, 
que são eventos ocorridos que afetam o patrimônio (e – portanto – demandam 
registro), conforme será visto em detalhes adiante em nosso curso. 
 
 
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Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
quando sabemos que há outros fatos contábeis que também demandam 
registro tempestivo. A alternativa (D) também está incompleta, há 
fatos que demandam registro mas que não consistem em ganhos nem 
perdas. 
Finalmente, a alternativa (E), em comparação com a alternativa (B) – 
gabarito – pode ensejar dúvidas, vejamos. 
 
- Pela alternativa (B), “... oportunidade ... registro ... efetivação quando 
devam ser evidenciados o patrimônio e os resultados”; 
 
- Pela alternativa (E) “... oportunidade ... registro ... efetivação quando 
ocorridas as mutações e variações” 
 
Dependendo da interpretação dada aos referidos enunciados poder-se-ia 
considerar ambas as respostas corretas. Em nossa opinião, essa 
questão poderia ter sido anulada – o que, entretanto, não ocorreu. 
Comentários de atualização. 
 
Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas 
contábeis brasileiras aos padrões internacionais, foi elaborado o 
“Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a 
Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”. 
 
A crítica feita à questão permanece com o advento da legislação 
superveniente. Com efeito, o conceito de tempestividade é definido 
como “Fator de Limitação na Relevância e na Confiabilidade das 
Informações”, nos seguintes termos: 
Quando há demora indevida na divulgação de uma 
informação, é possível que ela perca a relevância. A 
Administração da entidade necessita ponderar os méritos 
relativos entre a tempestividade da divulgação e a 
confiabilidade da informação fornecida. Para fornecer uma 
informação na época oportuna pode ser necessário 
divulgá-la antes que todos os aspectos de uma transação 
ou evento sejam conhecidos, prejudicando assim a sua 
confiabilidade. Por outro lado, se para divulgar a 
informação a entidade aguardar até que todos os aspectos 
se tornem conhecidos, a informação pode ser altamente 
confiável,porém de pouca utilidade para os usuários que 
tenham tido necessidade de tomar decisões nesse ínterim. 
Para atingir o adequado equilíbrio entre a relevância e a 
confiabilidade, o princípio básico consiste em identificar 
qual a melhor forma para satisfazer as necessidades do 
processo decisório econômico dos usuários. 
Ora, a definição dada pelo referido pronunciamento está – também – 
compatível com as alternativas (E) e (B). Assim, conclui-se que a 
alteração normativa ocorrida posteriormente à elaboração do concurso 
não logra afetar o gabarito da questão nem invalidar as críticas antes 
apresentadas. 
 
 
 
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GABARITO 
 
 
B 
 
4.3.18 TRE RIO GRANDE DO NORTE - Analista Judiciário - Área 
Administrativa - Especialidade Contabilidade – 2005 (FCC) 
ENUNCIADO 
 
 
38. A norma/princípio ou convenção contábil que trata distintamente o 
patrimônio dos sócios do da empresa é denominada 
(A) Entidade. 
 
(B) Conservadorismo. 
 
(C) Competência. 
 
(D) Objetividade. 
 
(E) Tempestividade. 
RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS 
 
 
Para a solução desta questão precisamos compreender as disposições da 
Resolução CFC nº 750 de 1993, a qual dispõe que, de acordo com o 
princípio da entidade, o patrimônio da empresa não se confunde com o 
patrimônio dos sócios, nos termos de seu art. 4º, a seguir: 
O 
PRINCÍPIO DA ENTIDADE 
 
Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio 
como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia 
patrimonial, a necessidade da diferenciação de um 
Patrimônio particular no universo dos patrimônios 
existentes, independentemente de pertencer a uma 
pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou 
instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem 
fins lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, o 
Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios 
ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição. 
Parágrafo único – O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, 
mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação 
contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova 
ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico- 
contábil. 
Pela leitura da norma acima apresentada, verifica-se “A norma/princípio 
ou convenção contábil que trata distintamente o patrimônio dos sócios 
do da empresa é denominada” Entidade – conforme alternativa (A). 
Comentários de atualização. 
 
 
 
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Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas 
contábeis brasileiras aos padrões internacionais, foi elaborado o 
“Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a 
Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”. 
 
No referido pronunciamento, não é tratado diretamente o conceito de 
entidade, continuando aplicável, portanto, o conceito até então 
considerado pela legislação vigente à época do concurso. Assim, 
conclui-se que a alteração normativa ocorrida posteriormente à 
elaboração do concurso não logra afetar o gabarito da questão. 
 
 
GABARITO 
 
 
A 
 
4.3.19 TRE – RJ – 2001 (FCC) 
ENUNCIADO 
 
 
11 - Uma empresa utilizou 3 (três) critérios de custos diferentes para 
efetuar a valoração de seus estoques nas últimas 3 (três) 
demonstrações financeiras, não apresentando notas explicativas que 
elucidassem o porquê das alterações de seus critérios contábeis. 
Portanto, a empresa não observou a seguinte convenção contábil: 
a) consistência; 
 
b) conservadorismo; 
 
c) custo como base de valor; 
 
d) materialidade; 
 
e) objetividade. 
RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS 
 
 
Esta questão trata de situação relativa às Convenções, assim como 
foram introduzidas em 1986, quando a Deliberação CVM nº 29, de 
05/fevereiro/1986, aprovou o Pronunciamento do IBRACON (atual 
Instituto dos Auditores Independentes do Brasil), que por sua vez já o 
havia referendado, por ter sido elaborado originalmente pelo IPECAFI 
(Instituto Brasileiro de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras), da 
qual o IBRACON é associado. Cumpre referir que, posteriormente, em 
1993, foram editados os Princípios Fundamentais de Contabilidade 
(Resolução CFC nº. 750 de 1993), que foram aprovados por ato 
específico da CVM e do Banco Central. Citamos, a seguir a Convenção 
da Consistência: 
4. A Convenção da Consistência 
 
 
 
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Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
Enunciado: "A Contabilidade de uma entidade deverá ser 
mantida de forma tal que os usuários das demonstrações 
contábeis tenham possibilidade de delinear a tendência da 
mesma com o menor grau de dificuldade possível..." 
Esta convenção*, de grande importância na Contabilidade, 
deve também ser entendida à luz das restrições de 
entendimento por parte dos usuários da informação 
contábil. 
Por um lado, deve ser entendido que os contadores 
deverão refletir bastante, antes de adotar determinado 
procedimento de avaliação, a fim de haver a maior 
seqüência possível de exercícios com a utilização dos 
mesmos procedimentos de avaliação. Isso não significa, 
contudo, que, mesmo ocorrendo mudanças nos cenários 
ou uma reflexão sobre a melhor utilização de outro 
critério, a Contabilidade deva, apenas para não alterar a 
seqüência, deixar de introduzir essa melhoria. Qualquer 
mudança de procedimento que seja material deverá ser 
claramente evidenciada em notas explicativas e os efeitos 
dela decorrentes, tanto sobre o balanço quanto sobre o 
resultado, devem ser mensurados e bem enunciados. 
Como complemento à possibilidade de avaliação de 
tendência, é fundamental que haja consistência, também, 
nos períodos abrangidos pelas demonstrações. 
Por parte do usuário, deve ser entendido que a 
Contabilidade é uma linguagem especial e que nem todos 
podem, livremente, falar e escrever sem o auxílio de um 
intérprete (um técnico). Por mais que se procure preservar 
a clareza e a consistência de procedimentos. de um 
exercício para outro, para maior facilidade de 
acompanhamento por parte do usuário, não deve isto 
servir de pretexto para a estagnação na melhoria dos 
procedimentos, à luz das circunstâncias. 
Nessa situação, verifica-se que a convenção em tela é a convenção da 
consistência. 
Comentários de atualização. 
 
Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas 
contábeis brasileiras aos padrões internacionais, foi elaborado o 
“Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a 
Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”. 
 
Com efeito, a Deliberação CVM nº 29 de 1986 (que apresenta trata o 
conceito) foi revogada a partir de 01 de janeiro de 2009. Ocorre que os 
conceitos nela contidos não foram expurgados da técnica contábil, 
apenas foram absorvidos pelos outros textos normativos – nesta aula 
estudados. Assim, cabe analisar esse assunto mediante um cotejo entre 
os conceitos anteriormente introduzidos pela revogada Deliberação CVM 
 
 
 
 
 
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Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
nº 29, de 1986, e os textos normativos em vigor, onde eles se 
encontram. 
O conceito de uniformidade (ou consistência) não foi diretamente 
tratado na Resolução CFC nº 750, de 1993, que introduziu os Princípios 
Fundamentais de Contabilidade, porém, esse conceito é claramente 
tratado no “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual 
para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”. No 
referido pronunciamento não há referência expressa à convenção da 
uniformidade (ou consistência), entretanto o conceito à ela relativo é 
tratado na forma de uma “característica qualitativa da informação”, qual 
seja, a COMPARABILIDADE. Ora, a consistência (ou uniformidade) de 
critérios na apresentação da informação patrimonial é o que empresta a 
essa informação a característica qualitativa de se prestar para 
COMPARAR a informação de um período com outro. 
A seguir, apresentamos o texto do pronunciamento que trata do tema: 
 
Os usuários devem poder comparar as demonstrações 
contábeis de uma entidade ao longo do tempo, a fim de 
identificar tendências na sua posição patrimonial e 
financeira e no seu desempenho. Os usuários devem 
também ser capazes de comparar as demonstrações 
contábeis de diferentes entidades a fim de avaliar, em 
termos relativos, a sua posição patrimonial e financeira, o 
desempenho e as mutações na posição financeira. 
Conseqüentemente, a mensuração e apresentação dos 
efeitos financeiros de transações semelhantes e outros 
eventos devem ser feitas de modo consistente pela 
entidade, ao longo dos diversos períodos, e de modo 
consistente por entidades diferentes. 
Pelo que foi acima apresentado, verifica-se que não há qualquer 
colocação com incompatível com a anteriormente referida Convenção da 
Consistência, sendo possível a interpretação de que o conceito da 
legislação anteriormente vigente continua sendo aplicável. Assim, 
conclui-se que a alteração normativa ocorrida posteriormente à 
elaboração do concurso não logra afetar o gabarito da questão. 
 
 
GABARITO 
 
 
A 
 
4.3.20 AFC/CGU – 2008 – Princípios Fundamentais de 
Contabilidade 
ENUNCIADO 
 
 
 
 
 
 
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Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
8 - Sobre os enunciados dos Princípios Fundamentais de Contabilidade, 
estabelecidos na Resolução n. 750/1993, são apresentadas as seguintes 
assertivas: 
I. desde que tecnicamente estimável, o registro das variações 
patrimoniais deve ser feito, de imediato e com a extensão correta, 
independentemente das causas que as originaram, mesmo na hipótese 
de somente existir razoável certeza de sua ocorrência. 
II. após sua integração ao patrimônio, o bem, direito ou obrigação não 
poderão ter alterados seus valores intrínsecos, admitindo-se, tão- 
somente, sua reavaliação e atualização monetária e a decomposição em 
elementos e/ou sua agregação, parcial ou integral, a outros elementos 
do patrimônio líquido. 
III. consideram-se realizadas as receitas sempre que houver a extinção, 
parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o motivo, sem o 
desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou maior. 
IV. quando da classificação e avaliação das mutações patrimoniais, 
quantitativas e qualitativas, devem ser consideradas a continuidade ou 
não da entidade, bem como sua vida definida ou provável, pois 
influencia o valor econômico dos ativos e, em muitos casos, o valor ou o 
vencimento dos passivos, especialmente quando a extinção da entidade 
tem prazo determinado, previsto ou previsível. 
V. quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis diante dos 
demais Princípios Fundamentais de Contabilidade, deve-se escolher a 
hipótese de que resulte menor patrimônio líquido. 
Considerando que a seqüência das assertivas apresentadas não guarda 
necessariamente correlação com a seqüência das opções apresentadas, 
das assertivas apresentadas, a única incorreta é aquela que se refere ao 
Princípio da (do): 
a) Continuidade. 
b) Prudência. 
c) Competência. 
d) Registro pelo Valor Original. 
e) Oportunidade. 
RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS 
 
Trata-se de uma questão teórica, cuja resolução demanda – tão 
somente – o conhecimento do conteúdo da Resolução CFC n° 750, de 
1993, que dispõe sobre os Princípios Fundamentais de Contabilidade. 
Aqui, por razões didáticas, analisaremos cada assertiva em separado, 
 
 
 
 
 
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Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
identificando a que princípio ela se refere e verificando se a afirmação 
está de acordo com o referido princípio, ou não. 
I. desde que tecnicamente estimável, o registro das variações 
patrimoniais deve ser feito, de imediato e com a extensão correta, 
independentemente das causas que as originaram, mesmo na hipótese 
de somente existir razoável certeza de sua ocorrência. 
A afirmação acima se refere ao Princípio da Oportunidade. Segundo 
esse princípio, os acontecimentos relevantes para o patrimônio devem 
ser registrados por completo e no momento em que ocorrem, conforme 
previsto no art. 6o da Resolução CFC n° 750, de 1993, a seguir 
reproduzido: 
 
Art. 6º O Princípio da OPORTUNIDADE refere-se, 
simultaneamente, à tempestividade e à integridade do 
registro do patrimônio e das suas mutações, determinando 
que este seja feito de imediato e com a extensão correta, 
independentemente das causas que as originaram. 
Parágrafo único – Como resultado da observância do 
Princípio da OPORTUNIDADE: 
 
I – desde que tecnicamente estimável, o registro das 
variações patrimoniais deve ser feito mesmo na hipótese 
de somente existir razoável certeza de sua ocorrência; 
II – o registro compreende os elementos quantitativos e 
qualitativos, contemplando os aspectos físicos e 
monetários; 
III – o registro deve ensejar o reconhecimento universal 
das variações ocorridas no patrimônio da ENTIDADE, em 
um período de tempo determinado, base necessária para 
gerar informações úteis ao processo decisório da gestão. 
Ora, a afirmação em tela é praticamente idêntica ao inciso I do art. 
acima referido. Assim, conclui-se que essa afirmação se refere ao 
princípio da Oportunidade e está correta. 
II. após sua integração ao patrimônio, o bem, direito ou obrigação não 
poderão ter alterados seus valores intrínsecos, admitindo-se, tão- 
somente, sua reavaliação e atualização monetária e a decomposição em 
elementos e/ou sua agregação, parcial ou integral, a outros elementos 
do patrimônio líquido. 
A afirmação acima se refere ao Princípio do Registro pelo Valor Original. 
Segundo esse princípio, os acontecimentos relevantes para o patrimônio 
 
 
 
 
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Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
devem ser registrados por completo e no momento em que ocorrem. 
Esse princípio está previsto no art. 7o da Resolução CFC n° 750, de 
1993, abaixo: 
 
Art. 7º Os componentes do patrimônio devem ser 
registrados pelos valores originais das transações com o 
mundo exterior, expressos a valor presente na moeda do 
País, que serão mantidos na avaliação dasvariações 
patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem 
agregações ou decomposições no interior da ENTIDADE. 
Parágrafo único – Do Princípio do REGISTRO PELO 
VALOR ORIGINAL resulta: 
I – a avaliação dos componentes patrimoniais deve ser 
feita com base nos valores de entrada, considerando-se 
como tais os resultantes do consenso com os agentes 
externos ou da imposição destes; 
II – uma vez integrado no patrimônio, o bem, direito ou 
obrigação não poderão ter alterados seus valores 
intrínsecos, admitindo-se, tão-somente, sua decomposição 
em elementos e/ou sua agregação, parcial ou integral, a 
outros elementos patrimoniais; 
III – o valor original será mantido enquanto o componente 
permanecer como parte do patrimônio, inclusive quando 
da saída deste; 
IV – Os Princípios da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA e do 
REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL são compatíveis entre si 
e complementares, dado que o primeiro apenas atualiza e 
mantém atualizado o valor de entrada; 
V – o uso da moeda do País na tradução do valor dos 
componentes patrimoniais constitui imperativo de 
homogeneização quantitativa dos mesmos. 
Repare que a afirmação em questão é similar àquela do inciso II do 
artigo acima. Porém, no artigo não se faz referência à Reavaliação. 
Saliente-se que a Reavaliação espontânea (bem como as Reservas de 
Reavaliação) deixaram de estar previstas na Lei das S/A – com o 
advento da Lei n° 11.638, de 2007. Assim, conclui-se que essa 
afirmação se refere ao princípio do Registro pelo Valor Original e está 
incorreta. 
III. consideram-se realizadas as receitas sempre que houver a extinção, 
parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o motivo, sem o 
desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou maior. 
 
 
 
 
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A afirmação acima se refere ao Princípio da Competência. O princípio da 
Competência define o momento em que se deve considerar auferida 
uma receita (entendida como um fato que, sem consistir na contribuição 
dos sócios, logra aumentar o patrimônio da entidade) e em que se deve 
considerar incorrida uma despesa (entendida como um fato que, sem 
consistir na distribuição de patrimônio aos sócios, logra reduzir o 
patrimônio da entidade). Esse princípio está previsto no art. 9o da 
Resolução CFC n° 750, de 1993, a seguir: 
 
Art. 9º As receitas e as despesas devem ser incluídas na 
apuração do resultado do período em que ocorrerem, 
sempre simultaneamente quando se correlacionarem, 
independentemente de recebimento ou pagamento. 
§ 1º O Princípio da COMPETÊNCIA determina quando as 
alterações no ativo ou no passivo resultam em aumento ou 
diminuição no patrimônio líquido, estabelecendo diretrizes 
para classificação das mutações patrimoniais, resultantes 
da observância do Princípio da OPORTUNIDADE. 
§ 2º O reconhecimento simultâneo das receitas e 
despesas, quando correlatas, é conseqüência natural do 
respeito ao período em que ocorrer sua geração. 
§ 3º As receitas consideram-se realizadas: 
 
I – nas transações com terceiros, quando estes efetuarem 
o pagamento ou assumirem compromisso firme de efetivá- 
lo, quer pela investidura na propriedade de bens 
anteriormente pertencentes à ENTIDADE, quer pela fruição 
de serviços por esta prestados; 
II – quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, 
qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento 
concomitante de um ativo de valor igual ou maior; 
III – pela geração natural de novos ativos 
independentemente da intervenção de terceiros; 
IV – no recebimento efetivo de doações e subvenções. 
 
§ 4º Consideram-se incorridas as despesas: 
 
I – quando deixar de existir o correspondente valor ativo, 
por transferência de sua propriedade para terceiro; 
II – pela diminuição ou extinção do valor econômico de um 
ativo; 
III – pelo surgimento de um passivo, sem o 
correspondente ativo. 
 
 
 
 
 
 
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A afirmação em tela é praticamente idêntica àquela do inciso II do § 3o 
 
do artigo acima. Assim, conclui-se que essa afirmação se refere ao 
princípio da Competência e está correta. 
IV. quando da classificação e avaliação das mutações patrimoniais, 
quantitativas e qualitativas, devem ser consideradas a continuidade ou 
não da entidade, bem como sua vida definida ou provável, pois 
influencia o valor econômico dos ativos e, em muitos casos, o valor ou o 
vencimento dos passivos, especialmente quando a extinção da entidade 
tem prazo determinado, previsto ou previsível. 
A afirmação acima se refere ao princípio da continuidade. Segundo esse 
princípio, na Contabilidade, deve ser considerada a continuidade ou não 
da entidade, bem como sua vida definida ou provável quando da 
classificação e avaliação das mutações patrimoniais, quantitativas e 
qualitativas. Uma vez iniciada a vida da empresa, espera-se que ela 
continue indefinidamente, todavia, a continuidade influencia o valor 
econômico dos bens e direitos e, em muitos casos, o valor ou o 
vencimento das obrigações, especialmente quando a extinção da 
Entidade tem prazo determinado, previsto ou previsível. O princípio da 
Continuidade está previsto no art. 5o da Resolução CFC n° 750, de 
1993, a seguir: 
 
“Art. 5º A CONTINUIDADE ou não da ENTIDADE, bem 
como sua vida definida ou provável, devem ser 
consideradas quando da classificação e avaliação das 
mutações patrimoniais, quantitativas e qualitativas. 
§ 1º A CONTINUIDADE influencia o valor econômico dos 
ativos e, em muitos casos, o valor ou o vencimento dos 
passivos, especialmente quando a extinção da ENTIDADE 
tem prazo determinado, previsto ou previsível. 
§ 2º A observância do Princípio da CONTINUIDADE é 
indispensável à correta aplicação do Princípio da 
COMPETÊNCIA, por efeito de se relacionar diretamente à 
quantificação dos componentes patrimoniais e à formação 
do resultado, e de constituir dado importante para aferir a 
capacidade futura de geração de resultado.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A afirmação acima é compatível com o CAPUT do referido artigo, 
combinado com seu § 1o. Assim, conclui-se que essa afirmação se 
refere ao princípio da Continuidade e está correta. 
 
V. quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis diante dos 
demais Princípios Fundamentais de Contabilidade, deve-se escolher a 
hipótese de que resulte menor patrimônio líquido. 
A afirmação acima se refere ao princípio da Prudência. Segundo o 
Princípio da Prudência, deve ser adotado o menor valor para os 
componentes do Ativo e o maior para os componentes do Passivo, 
sempre que se apresentem duas alternativas igualmente válidas para a 
quantificação das mutações do patrimônio. O referido princípio está 
previsto no art. 10 da Resolução CFC n° 750, de 1993, a seguir: 
Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do 
menor valor para os componentes do ATIVO e do maior 
para os do PASSIVO, sempre que se apresentem 
alternativasigualmente válidas para a quantificação das 
mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. 
§ 1º O Princípio da PRUDÊNCIA impõe a escolha da 
hipótese de que resulte menor patrimônio líquido, quando 
se apresentarem opções igualmente aceitáveis diante dos 
demais Princípios Fundamentais de Contabilidade. 
§ 2º Observado o disposto no art. 7º, o Princípio da 
PRUDÊNCIA somente se aplica às mutações posteriores, 
constituindo-se ordenamento indispensável à correta 
aplicação do Princípio da COMPETÊNCIA. 
§ 3º A aplicação do Princípio da PRUDÊNCIA ganha ênfase 
quando, para definição dos valores relativos às variações 
patrimoniais, devem ser feitas estimativas que envolvem 
incertezas de grau variável. 
Ora, a afirmação em questão é compatível com o § 1o acima 
reproduzido. Portanto, conclui-se que essa afirmação se refere ao 
princípio da Prudência e está correta. 
 
Pelo que foi acima colocado, verifica-se que a única assertiva que não 
está de acordo com o respectivo princípio contábil é a assertiva que 
comenta o princípio do Registro pelo Valor Original – conforme 
alternativa (D). 
Comentários de atualização. 
 
 
 
 
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Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
O concurso em tela é posterior à alteração da lei das S/A pela Lei nº 
11.638, de 2007, saliente-se – adicionalmente – que a Medida Provisória 
nº 449, de 2008, não tratou do assunto em específico e, portanto, 
verifica-se que os comentários da resolução da questão já estão 
atualizados. 
 
 
GABARITO 
 
8 - d 
 
4.3.21 Agente fiscal de tributos Teresina – CESPE – 2008 
– Princípio da Competência x Provisões 
ENUNCIADO 
 
134. O princípio da competência está associado às variações 
patrimoniais e à sua natureza. Na aplicação desse princípio às despesas, 
há situações em que, mesmo sem ter havido pagamento ou sem ter 
sido constituída uma obrigação efetiva, devem ser efetuadas provisões, 
com base em estimativas, como no caso da prestação de garantias 
assumidas pela venda de mercadorias. 
RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS 
 
A resolução dessa questão demanda o conhecimento do conceito de 
provisão, que será didaticamente tratado em nosso curso como uma 
“perda na penumbra”. A questão se torna de fácil resolução porque, no 
pronunciamento técnico do Comitê de Pronunciamentos Contábeis que, 
em linha com os padrões internacionais de contabilidade (IASB), 
determina a estrutura básica para elaboração das demonstrações 
contábeis, está textualmente prevista a provisão de acordo com o que é 
referido no enunciado, conforme a seguir: 
Alguns passivos somente podem ser mensurados com o 
emprego de um elevado grau de estimativa. No Brasil 
esses passivos são descritos como provisões. A definição 
de passivo, constante do parágrafo 49, tem um enfoque 
amplo e assim, se a provisão envolve uma obrigação 
presente e satisfaz os demais critérios da definição, ela é 
um passivo, ainda que seu valor tenha que ser estimado. 
Exemplos incluem obrigações por pagamentos a serem 
feitos para satisfazer acordos com garantias em vigor e 
provisões para fazer face a obrigações de aposentadoria. 
Portanto, conclui-se que a assertiva está correta. 
NOTA DE ATUALIZAÇÃO 
A questão é posterior à alteração da Lei das S/A pela Lei nº 11.638, de 
2007, e à introdução do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura 
 
 
 
 
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Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações 
Contábeis”. Em que pese a Medida Provisória nº 449, de 2008, ser 
posterior ao concurso, ela não tratou do assunto objeto da questão. 
Assim, conclui-se que o gabarito, bem como os comentários, continuam 
válidos. 
GABARITO 
 
134 C 
 
4.3.22 Analista Judiciário STF – 2008 – CESPE - Princípios 
Contábeis 
 
Acerca dos princípios fundamentais de contabilidade e divulgação das 
demonstrações contábeis, julgue os seguintes itens. 
ENUNCIADO 
 
95. Ocorrendo o registro dos ajustes a valor de mercado dos ativos 
advindos de operações de longo prazo, o princípio do registro pelo valor 
original não será obedecido. 
RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS 
 
A questão merece crítica: não se trata de ajuste a valor de mercado, 
mas sim de AJUSTE A VALOR PRESENTE. Ocorre que, pelo gabarito da 
questão, o examinador confundiu os conceitos. Assim, vamos resolver a 
questão considerando que a expressão “valor de mercado”, constante do 
enunciado, tenha o significado “valor presente”. 
Vimos, em nosso curso que os princípios fundamentais de contabilidade 
devem ser obedecidos nos casos em geral, a menos que haja exceção 
explícita e específica na legislação determinando procedimento diverso. 
Ora, esse é justamente o caso, pois – conforme será visto adiante em 
nosso curso com detalhes – os arts. 183 e 184 determinam exceção de 
AJUSTE A VALOR PRESENTE para ativos advindos de operação de longo 
prazo. 
Trata-se de uma inovação na Lei das S/A, introduzida pela Lei n° 
11.638, de 2007: o ajuste a valor presente de ativos decorrentes de 
operações de longo prazo. Saliente-se que, com a nova redação do art. 
183, tais ajustes são obrigatórios para ativos decorrentes de operações 
de longo prazo, mas que são – também – permitidos ajustes a valor 
presente de outros ativos (que não os decorrentes de operações de 
longo prazo), quando esse ajuste for relevante para o patrimônio. Para 
fins didáticos, repetimos a redação do referido inciso: 
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão 
avaliados segundo os seguintes critérios: 
... 
 
 
 
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Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
VIII – os elementos do ativo decorrentes de 
operações de longo prazo serão ajustados a valor 
presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito 
relevante. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007) 
Cumpre referir, ainda, que houve uma modificação nos conceitos de 
avaliação do passivo, tratados no art. 184 da Lei das S/A. Tal alteração 
foi semelhante àquela dada à avaliação do Ativo: as obrigações, 
encargos e riscos classificados no passivo exigível a longo prazo 
passaram a ser necessariamente ajustados ao seu valor presente, sendo 
os demais passivos ajustados quando isso implicar efeito relevante no 
patrimônio. A seguir, para fins didáticos, apresentamos as redações 
(antiga e atual) do dispositivo em questão: 
 
Art. 184. No balanço, os elementos do passivo serão 
avaliados de acordo com os seguintes critérios: 
I - as obrigações, encargos e riscos, conhecidos ou 
calculáveis, inclusive Imposto sobre a Renda a pagar com 
base no resultado do exercício, serão computados pelo 
valor atualizado até a data do balanço; 
II - as obrigações em moeda estrangeira, com 
cláusula de paridade cambial, serão convertidas em moeda 
nacional à taxa de câmbio em vigor na data do balanço; 
 III - as obrigações sujeitas à correção monetária 
serão atualizadas até a data do balanço. 
III – as obrigações, encargos e riscos classificados no 
passivo exigível a longo prazo serão ajustados ao seu valor 
presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito 
relevante. (Redação dada pela Lei nº 11.638,de2007) 
 
Assim, considerando que os ativos e passivos de longo prazo deverão 
ser ajustados a valor presente e que esse ajuste é uma exceção ao 
registro pelo valor original, podemos concluir que a assertiva esteja 
correta. 
NOTA DE ATUALIZAÇÃO 
 
A questão é posterior à alteração da Lei das S/A pela Lei nº 11.638, de 
2007, e à introdução do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura 
Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações 
Contábeis”. Em que pese a Medida Provisória nº 449, de 2008, ser 
posterior ao concurso, ela não tratou do assunto objeto da questão. 
Assim, conclui-se que o gabarito, bem como os comentários, continuam 
válidos. 
GABARITO 
 
95 C 
 
 
 
 
 
 
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4.3.23 Analista Judiciário STF – 2008 (CESPE) – Princípio 
da prudência x ajustes de avaliação patrimonial 
ENUNCIADO 
 
96. O princípio da prudência preconiza que o valor do ativo deve ser 
registrado pelo menor valor entre custo e valor de mercado. Com 
relação ao registro do passivo, o mesmo princípio determina que deve 
ocorrer o oposto. Desse modo, aumentos ou diminuições de valores nos 
saldos de contas de ativo ou passivo decorrentes de avaliações a preço 
de mercado serão registradas na conta de ajustes de avaliação 
patrimonial na demonstração do resultado do exercício. 
RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS 
 
Errado, os ajustes de avaliação patrimonial não são decorrência da 
aplicação do princípio da prudência, mas sim uma exceção explícita ao 
princípio do registro pelo valor original. Adicionalmente, cabe referir 
que os ajustes de avaliação patrimonial nem sempre serão registrados 
em conta de resultado, mas – na maioria dos casos – em conta 
específica de Patrimônio Líquido, denominada “ajustes de avaliação 
patrimonial”. 
Para analisar a questão em profundidade, faremos breves colocações 
sobre o princípio da prudência e, em seguida, falaremos sobre os 
ajustes de avaliação patrimonial. 
I – Princípio da prudência 
 
Em que pese as afirmações do enunciado sobre o princípio da prudência 
não terem relação com o conceito de “ajustes de avaliação patrimonial”, 
nele tratado, essas afirmações estão corretas, conforme abaixo 
colocado. 
O princípio da prudência determina a adoção do menor valor para os 
componentes do Ativo e do maior para os componentes do Passivo, 
sempre que se apresentem duas alternativas igualmente válidas para a 
quantificação das mutações do patrimônio. 
Em outras palavras, pelo princípio da prudência, o patrimônio não pode 
ser apresentado mais bonito do que ele é, para não causar uma 
surpresa desagradável para terceiros. De forma bem humorada, 
podemos dizer que a informação contábil deve ser exatamente o 
contrário do que se diz pela INTERNET. Na INTERNET, as pessoas 
podem se descrever mais bonitas do que são. Ao contrário, pelo 
princípio da prudência, na dúvida, a Contabilidade deve descrever o 
patrimônio da forma mais feia possível. 
O Princípio da Prudência está definido no art. 10 da Resolução CFC n° 
750, de 1993, abaixo: 
 
 
 
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Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do 
menor valor para os componentes do ATIVO e do maior 
para os do PASSIVO, sempre que se apresentem 
alternativas igualmente válidas para a quantificação das 
mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. 
§ 1º O Princípio da PRUDÊNCIA impõe a escolha da 
hipótese de que resulte menor patrimônio líquido, quando 
se apresentarem opções igualmente aceitáveis diante dos 
demais Princípios Fundamentais de Contabilidade. 
§ 2º Observado o disposto no art. 7º, o Princípio da 
PRUDÊNCIA somente se aplica às mutações posteriores, 
constituindo-se ordenamento indispensável à correta 
aplicação do Princípio da COMPETÊNCIA. 
§ 3º A aplicação do Princípio da PRUDÊNCIA ganha ênfase 
quando, para definição dos valores relativos às variações 
patrimoniais, devem ser feitas estimativas que envolvem 
incertezas de grau variável. 
II – Ajustes de avaliação patrimonial 
 
Uma importante alteração da Lei das S/A – decorrente da edição da Lei 
n° 11.638, de 2007, foi a supressão do grupo Reservas de Reavaliação, 
anteriormente previsto no art. 182, § 3º, com a conseqüente introdução 
(através da nova redação dada ao referido parágrafo) do grupo “Ajustes 
de Avaliação Patrimonial”. Cumpre referir que não se tratou apenas de 
uma alteração de nome, mas sim de uma profunda alteração da filosofia 
da avaliação do patrimônio, conforme será em seguida analisado. 
Conforme dito, o § 3o do art. 182, na redação anterior da Lei das S/A, 
tratava das reservas de reavaliação. Esse parágrafo teve sua redação 
alterada e a reavaliação espontânea, que se aplicava a bens tangíveis do 
permanente – nos termos da Deliberação CVM 183, de 1995 – e que 
podia, ou não, ser realizada, conforme a vontade dos acionistas, e que 
implicava apenas aumentos no valor desses bens, deixou de ser 
permitida. 
 
Com a Lei 11.638, de 2007, foram introduzidos, entretanto, os Ajustes 
de Avaliação Patrimonial, que compreendem contrapartidas de 
aumentos ou diminuições de valor atribuído estritamente a: (1) 
elementos do ativo referidos (a) no § 5o do art. 177, (b) no inciso I do 
caput do art. 183 e (c) § 3o do art. 226 e (2) elementos do passivo, em 
decorrência da sua avaliação a preço de mercado. 
 
Os ajustes de avaliação patrimonial – portanto – substituíram 
(totalmente) a antiga reavaliação espontânea, com a novidade de que 
podem ocorrer tanto para aumentar o valor original do elemento 
patrimonial quanto para reduzi-lo. 
A seguir, encontra-se reproduzido, mais uma vez, para fins de clareza o 
dispositivo introduzido: 
 
 
 
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§ 3o Serão classificadas como ajustes de avaliação 
patrimonial, enquanto não computadas no resultado do 
exercício em obediência ao regime de competência, as 
contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor 
atribuído a elementos do ativo (§ 5o do art. 177, inciso I 
do caput do art. 183 e § 3o do art. 226 desta Lei) e do 
passivo, em decorrência da sua avaliação a preço de 
mercado. 
 
Para entender o mecanismo de constituição de Ajustes de Avaliação 
Patrimonial a elementos do ativo, é necessário referir de uma maneira 
simples e didática, que o conceito dos Ajustes de avaliação patrimonial 
corresponde a “atualizações provisórias do valor original de elementos 
do patrimônio”. 
III – Conclusão 
 
Pelo que foi acima exposto, os ajustes de avaliação patrimonial podem 
ser registrados diretamente no PL e, assim, conclui-se que a assertiva 
está errada. 
NOTA DE ATUALIZAÇÃO 
 
A questão é posterior à alteração da Lei das S/A pela Lei nº 11.638, de 
2007, e à introdução do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura 
Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações 
Contábeis”. A Medida Provisória nº 449, de 2008, é posterior ao 
concurso e tratou do assunto objeto da questão, alterando referido art. 
182 da Lei das S/A, nos seguintes termos: 
§ 3o Serão classificadas como ajustes de avaliaçãopatrimonial, enquanto não computadas no resultado do 
exercício em obediência ao regime de competência, as 
contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor 
atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em 
decorrência da sua avaliação a valor justo, nos casos 
previstos nesta Lei ou, em normas expedidas pela 
Comissão de Valores Mobiliários, com base na competência 
conferida pelo § 3o do art. 177. 
Repare, entretanto, que não foi alterada a idéia de manutenção de 
ajustes de avaliação patrimonial diretamente no PL (sem trânsito pelo 
resultado). Assim, conclui-se que o gabarito, bem como os 
comentários, continuam válidos. 
 
 
GABARITO 
 
96 E 
 
4.3.24 BACEN UNB/CESPE – Princípio da Prudência 
 
ENUNCIADO 
 
 
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O princípio da prudência determina a adoção do menor valor para os 
componentes do ativo, e de maior para os do passivo, sempre que se 
apresentem opções igualmente válidas para a quantificação das 
mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. Com base 
nesta afirmação, julgue os itens abaixo: 
(1) A contabilidade deve manter um comportamento prudente e 
reconhecer as despesas mesmo antes que surja o fato gerador, sempre 
eu se puder prever um acréscimo do passivo. 
(2) O princípio da prudência impõe a escolha da hipótese da qual resulte 
em menor patrimônio líquido, quando se apresentarem opções 
igualmente aceitáveis diante dos demais princípios fundamentais de 
contabilidade. 
(3) O princípio da prudência somente se aplica às mutações posteriores, 
constituindo ordenamento indispensável à correta aplicação do princípio 
da competência. 
(4) A aplicação do princípio da prudência ganha ênfase quando, para a 
definição dos valores relativos às variações patrimoniais, devam ser 
feitas estimativas que envolvam incertezas de grau variável. 
(5) O princípio da prudência é perfeitamente coerente com o registro no 
ativo de depósitos judiciais relativos a processos cuja probabilidade de 
sucesso é remota, sem que haja lançamento de provisão para 
contingência correspondente no passivo. 
 
Resolução e Comentários 
 
Trata-se de uma questão teórica sobre o princípio da prudência (referido 
na Resolução CFC n. 750, de 1993) e confirmado no pronunciamento 
CPC referente à Estrutura Básica das Demonstrações Contábeis. 
Antes de analisar cada uma das assertivas, cabe referir os dispositivos 
dos textos normativos acima referidos, cujo conhecimento é necessário 
para resolução da questão: 
O Princípio da Prudência está definido no art. 10 da Resolução CFC n° 
750, de 1993, abaixo: 
 
Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do 
menor valor para os componentes do ATIVO e do maior 
para os do PASSIVO, sempre que se apresentem 
alternativas igualmente válidas para a quantificação das 
mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. 
§ 1º O Princípio da PRUDÊNCIA impõe a escolha da 
hipótese de que resulte menor patrimônio líquido, quando 
se apresentarem opções igualmente aceitáveis diante dos 
demais Princípios Fundamentais de Contabilidade. 
§ 2º Observado o disposto no art. 7º, o Princípio da 
PRUDÊNCIA somente se aplica às mutações posteriores, 
 
 
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constituindo-se ordenamento indispensável à correta 
aplicação do Princípio da COMPETÊNCIA. 
§ 3º A aplicação do Princípio da PRUDÊNCIA ganha ênfase 
quando, para definição dos valores relativos às variações 
patrimoniais, devem ser feitas estimativas que envolvem 
incertezas de grau variável. 
A aplicação do Princípio da PRUDÊNCIA – de forma a obter-se o menor 
Patrimônio Líquido, dentre aqueles possíveis diante de procedimentos 
alternativos de avaliação – está restrita às variações patrimoniais 
posteriores às transações originais com o mundo exterior, uma vez que 
estas deverão decorrer de consenso com os agentes econômicos 
externos ou da imposição destes. Esta é a razão pela qual a aplicação do 
Princípio da Prudência ocorrerá concomitantemente com a do Princípio 
da COMPETÊNCIA, conforme assinalado no parágrafo 2º, quando 
resultará, sempre, variação patrimonial quantitativa negativa, isto é, 
redutora do Patrimônio Líquido. 
O pronunciamento CPC sobre a Estrutura Conceitual Básica das 
Demonstrações financeiras dispõe no mesmo sentido. Considerando a 
primazia da essência sobre a forma, a informação contábil deve ser 
apresentada de acordo com a sua essência ou substância e a sua 
realidade econômica, e não meramente sua forma legal. 
Para preservar a neutralidade, a informação contábil deve ser 
apresentada de forma imparcial – sem que um objetivo esteja 
previamente determinado. Por prudência, no caso de 
incertezas que inevitavelmente envolvem certos eventos e 
circunstâncias15, a informação deve ser elaborada de forma que 
ativos ou receitas não sejam superestimados e que passivos ou
 despesas não sejam subestimados. Saliente-se, entretanto, 
que uma prudência exagerada pode gerar falta de confiabilidade da 
informação. 
 
Vista a teoria necessária, passaremos a analisar cada assertiva do 
enunciado. 
(1) A contabilidade deve manter um comportamento prudente e 
reconhecer as despesas mesmo antes que surja o fato gerador, sempre 
eu se puder prever um acréscimo do passivo. 
Errado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 Ex.: a possibilidade de recebimento de contas a receber de liquidação duvidosa, a 
vida útil provável das máquinas e equipamentos e o número de reclamações cobertas 
por garantias que possam ocorrer. 
 
 
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A perda somente deve ser registrada após a ocorrência do fato gerador. Ela 
sempre é decorrente de evento passado, mesmo que seu efeito seja apenas futuro. Nesse 
sentido, cabe referência ao Pronunciamento CPC, conforme a seguir: 
 
Passivos resultam de transações ou outros eventos 
passados. Assim, por exemplo, a aquisição de mercadorias 
e o uso de serviços resultam em contas a pagar (a não ser 
que pagos adiantadamente ou na entrega) e o 
recebimento de um empréstimo resulta na obrigação de 
liquidá-lo. Uma entidade pode também reconhecer como 
passivo futuros abatimentos baseados no volume das 
compras anuais dos clientes; nesse caso, a venda das 
mercadorias no passado é a transação da qual deriva o 
passivo. 
Alguns passivos somente podem ser mensurados com o 
emprego de um elevado grau de estimativa. No Brasil 
esses passivos são descritos como provisões. A definição 
de passivo, constante do parágrafo 49, tem um enfoque 
amplo e assim, se a provisão envolve uma obrigação 
presente e satisfaz os demais critérios da definição, ela é 
um passivo, ainda que seu valor tenha que ser estimado. 
Exemplos incluem obrigações por pagamentos a serem 
feitos para satisfazer acordos com garantias em vigor e 
provisões para fazer face a obrigações de aposentadoria. 
(2) O princípio da prudência impõe a escolha da hipótese da qual resulte 
em menor patrimônio líquido, quando se apresentarem opções 
igualmente aceitáveis diante dos demais princípios fundamentais de 
contabilidade. 
Certo. Nos termos da ResoluçãoCFC n° 750, de 1993, a seguir: 
 
 
§ 1º O Princípio da PRUDÊNCIA impõe a escolha da 
hipótese de que resulte menor patrimônio líquido, quando 
se apresentarem opções igualmente aceitáveis diante dos 
demais Princípios Fundamentais de Contabilidade. 
(3) O princípio da prudência somente se aplica às mutações posteriores, 
constituindo ordenamento indispensável à correta aplicação do princípio 
da competência. 
Certo. Nos termos da Resolução CFC n° 750, de 1993, a seguir: 
 
 
§ 2º Observado o disposto no art. 7º, o Princípio da 
PRUDÊNCIA somente se aplica às mutações posteriores, 
constituindo-se ordenamento indispensável à correta 
aplicação do Princípio da COMPETÊNCIA. 
(4) A aplicação do princípio da prudência ganha ênfase quando, para a 
definição dos valores relativos às variações patrimoniais, devam ser 
feitas estimativas que envolvam incertezas de grau variável. 
 
 
 
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Certo. Nos termos da Resolução CFC n° 750, de 1993, a seguir: 
 
 
§ 3º A aplicação do Princípio da PRUDÊNCIA ganha ênfase 
quando, para definição dos valores relativos às variações 
patrimoniais, devem ser feitas estimativas que envolvem 
incertezas de grau variável. 
(5) O princípio da prudência é perfeitamente coerente com o registro no 
ativo de depósitos judiciais relativos a processos cuja probabilidade de 
sucesso é remota, sem que haja lançamento de provisão para 
contingência correspondente no passivo. 
Errado. 
 
O depósito judicial é uma possibilidade no âmbito de uma ação judicial. O 
sujeito passivo dessa ação (aquele que está sendo cobrado de alguma coisa) pode, antes do 
julgamento da lide, deixar o dinheiro com o juiz. Caso a ação judicial seja julgada em 
favor do sujeito passivo, ele pode "levantar o depósito", ou seja, pegar de volta seu 
dinheiro. Caso a ação seja julgada contra o sujeito passivo, o depósito é convertido em 
renda, ou seja, o valor deixado com o juiz é entregue à outra parte. 
 
Vamos analisar a situação do ponto de vista patrimonial: 
 
(a) se há uma ação contra nossa empresa, deve-se constituir um passivo 
 
(provisão para riscos judiciais); 
 
(b) se há depósito judicial, deve-se reconhecer um ativo (saiu dinheiro do caixa 
 
e surgiu o ativo "depósitos judiciais"). 
 
Ora, a assertiva afirma que pode ser reconhecido o ativo, sem que haja 
reconhecimento da obrigação (provisão para riscos judiciais). Isso é contrário ao 
princípio da prudência: reconhecer um ativo destinado a pagamento de um passivo e não 
registrar o passivo. 
 
Frente a uma situação em que um ganho pode ou não ocorrer, não é prudente 
reconhecer – de pronto – esse ganho. 
 
Nota de atualização. 
 
Em que pese, posteriormente ao concurso, no processo de convergência 
das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ter 
ocorrido, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei 
n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória nº 449, de 2008) e (2) a 
 
 
 
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elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual 
para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, 
ressalvados os comentários já realizados na análise de cada uma das 
assertivas da questão, as conclusões apresentadas nos comentários 
acima continuam válidas. 
 
Gabarito 
 
ECCCE 
 
4.3.25 INSS UNB/CESPE – Princípio da Competência 
 
ENUNCIADO 
 
De acordo com o princípio da competência, as receitas e as despesas 
devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que 
ocorrem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, 
independentemente de recebimento e pagamento. Em conformidade 
com esse conceito, as receitas devem ser reconhecidas: 
(1) nas transações com terceiros, quando estes efetuarem o pagamento 
ou assumirem compromisso firme de efetivá-lo, que pela investidora da 
propriedade de bens anteriores pertencentes à entidade, quer pela 
fruição de serviços por esta prestados; 
(2) quando da extinção, parcial ou total, de um ativo, qualquer que seja 
o motivo, sem o desaparecimento concomitante de um passivo de valor 
igual ou menor; 
(3) pela geração natural de novos passivos, independentemente da 
intervenção de terceiros; 
(4) pelo recebimento efetivo de doações destinadas à cobertura de 
despesas administrativas; 
(5) pelo recebimento antecipado de clientes, por conta de entrega futura 
de bens e/ou serviços. 
 
Resolução e Comentários 
 
Mais uma vez enfrentamos o importante princípio da competência, desta 
vez, no que diz respeito ao critério de reconhecimento de receitas. 
Esse critério está colocado na Resolução CFC n° 750, de 1993. 
O Princípio da Competência está determinado pelo art. 9o da Resolução 
CFC n° 750, de 1993, abaixo: 
 
Art. 9º As receitas e as despesas devem ser incluídas na 
apuração do resultado do período em que ocorrerem, 
sempre simultaneamente quando se correlacionarem, 
independentemente de recebimento ou pagamento. 
§ 1º O Princípio da COMPETÊNCIA determina quando as 
alterações no ativo ou no passivo resultam em aumento ou 
 
 
 
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diminuição no patrimônio líquido, estabelecendo diretrizes 
para classificação das mutações patrimoniais, resultantes 
da observância do Princípio da OPORTUNIDADE. 
§ 2º O reconhecimento simultâneo das receitas e 
despesas, quando correlatas, é conseqüência natural do 
respeito ao período em que ocorrer sua geração. 
§ 3º As receitas consideram-se realizadas: 
 
I – nas transações com terceiros, quando estes efetuarem 
o pagamento ou assumirem compromisso firme de efetivá- 
lo, quer pela investidura na propriedade de bens 
anteriormente pertencentes à ENTIDADE, quer pela fruição 
de serviços por esta prestados; 
II – quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, 
qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento 
concomitante de um ativo de valor igual ou maior; 
III – pela geração natural de novos ativos 
independentemente da intervenção de terceiros; 
IV – no recebimento efetivo de doações e subvenções. 
 
§ 4º Consideram-se incorridas as despesas: 
 
I – quando deixar de existir o correspondente valor ativo, 
por transferência de sua propriedade para terceiro; 
II – pela diminuição ou extinção do valor econômico de um 
ativo; 
III – pelo surgimento de um passivo, sem o 
correspondente ativo. 
 
Com base nos conceitos acima, podemos analisar cada uma das 
assertivas da questão. 
(1) nas transações com terceiros, quando estes efetuarem o pagamento 
ou assumirem compromisso firme de efetivá-lo, que pela investidora da 
propriedade de bens anteriores pertencentes à entidade, quer pela 
fruição de serviços por esta prestados; 
Certo. 
 
 
§ 3º As receitas consideram-se realizadas: 
 
I – nas transações com terceiros, quando estes efetuarem 
o pagamento ou assumirem compromisso firme de efetivá- 
lo, quer pela investidura na propriedade de bens 
anteriormente pertencentes à ENTIDADE, quer pela fruição 
de serviços por esta prestados; 
Isso quer dizer que a receita somente ocorre quando nós cumprimos a 
 
prestação de entregar (mercadoria) ou de fazer (prestarserviço). 
 
 
 
 
 
 
 
 
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(2) quando da extinção, parcial ou total, de um ativo, qualquer que seja 
o motivo, sem o desaparecimento concomitante de um passivo de valor 
igual ou menor; 
Errado. Ao contrário, teríamos receita na extinção de PASSIVO sem 
 
desaparecimento concomitante de ATIVO. 
 
 
§ 3º As receitas consideram-se realizadas: 
 
... 
 
II – quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, 
qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento 
concomitante de um ativo de valor igual ou maior; 
 
 
 
(3) pela geração natural de novos passivos, independentemente da 
intervenção de terceiros; 
Errado. Ao contrário, teríamos receita pela geração natural de novos ATIVOS. 
 
 
§ 3º As receitas consideram-se realizadas: 
 
... 
 
III – pela geração natural de novos ativos 
independentemente da intervenção de terceiros; 
 
 
 
(4) pelo recebimento efetivo de doações destinadas à cobertura de 
despesas administrativas; 
Certo. 
 
 
§ 3º As receitas consideram-se realizadas: 
 
... 
 
IV – no recebimento efetivo de doações e subvenções. 
Cabe referir que a redação anterior da Lei das S/A tratava como RESERVA DE 
CAPITAL (e não como receita) o recebimento de doações e subvenções PARA 
INVESTIMENTO, conforme art. 182, § 1º: 
 
§ 1º Serão classificadas como reservas de capital as 
contas que registrarem: 
a) a contribuição do subscritor de ações que 
ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão 
das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância 
destinada à formação do capital social, inclusive nos casos 
de conversão em ações de debêntures ou partes 
beneficiárias; 
 
 
 
 
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b) o produto da alienação de partes beneficiárias e 
bônus de subscrição; 
c) o prêmio recebido na emissão de debêntures; 
d) as doações e as subvenções para 
investimento. 
 
Nota de atualização. 
A Lei n° 11.638, de 2007, revogou o dispositivo acima (alínes “d” do § 1º do 
art. 182 da Lei das S/A). Assim, a doação/subvenção passou a ser considerada receita, 
independentemente de ser destinada a investimento ou a custeio. 
 
(5) pelo recebimento antecipado de clientes, por conta de entrega 
futura de bens e/ou serviços. 
Errado. Enquanto não for entregue a mercadoria, não há falar em receita, mas 
 
apenas em obrigação de entrega. Em outras palavras, receitas recebidas antecipadamente 
devem ser creditadas ao passivo. 
 
Nota de atualização. 
 
Em que pese, posteriormente ao concurso, no processo de convergência 
das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ter 
ocorrido, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei 
n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória nº 449, de 2008) e (2) a 
elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual 
para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, 
ressalvados os comentários já realizados, as conclusões apresentadas 
nos comentários acima continuam válidas. 
 
Gabarito 
 
CEECE 
 
4.3.26 TCU – UNB/CESPE – Princípios Contábeis 
 
ENUNCIADO 
 
Os princípios fundamentais de contabilidade representam a essência das 
doutrinas e das teorias relativas à ciência da contabilidade, consoante o 
entendimento predominante nos universos científico e profissional 
brasileiros. Concernem, pois, à contabilidade no seu sentido mais amplo 
de ciência social, cujo objetivo é o patrimônio das entidades. 
Relativamente a esse assunto, julgue os itens a seguir: 
(1) De acordo com o princípio da competência, considera-se realizada 
uma despesa, quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, 
 
 
 
 
 
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qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento concomitante de 
um ativo de valor igual ou maior. 
(2) A aplicação do princípio da prudência ganha ênfase quando, para 
definição dos valores relativos às variações patrimoniais, devam ser 
feitas estimativas que envolvam incertezas de grau variável. 
(3) Como resultado da observância do princípio da oportunidade, o 
registro deve ensejar o reconhecimento universal das variações 
ocorridas no patrimônio da entidade, em um período de tempo 
determinado, base necessária para gerar informações úteis ao processo 
decisório da gestão. 
(4) A receita de serviços deve sempre ser reconhecida de forma 
proporcional ao recebimento das parcelas contratuais. 
(5) A suspensão das atividades de uma entidade pode provocar efeitos 
na utilidade de determinados ativos, com a perda, até mesmo integral, 
de seu valor. 
 
Resolução e Comentários 
 
Trata-se de mais uma questão sobre os princípios fundamentais de 
contabilidade, tratados na Resolução CFC n° 750, de 1993. Para 
resolução, analisaremos – em separado – cada uma das assertivas do 
enunciado. 
(1) De acordo com o princípio da competência, considera-se realizada 
uma despesa, quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, 
qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento concomitante de 
um ativo de valor igual ou maior. 
Errado. A extinção de um passivo sem desaparecimento concomitante de ativo 
 
enseja RECEITA, e não despesa, nos termos a seguir: 
 
 
§ 3º As receitas consideram-se realizadas: 
 
... 
 
II – quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, 
qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento 
concomitante de um ativo de valor igual ou maior; 
(2) A aplicação do princípio da prudência ganha ênfase quando, para 
definição dos valores relativos às variações patrimoniais, devam ser 
feitas estimativas que envolvam incertezas de grau variável. 
Certo. Isso está expressamente previsto no texto da Resolução, conforme a 
 
seguir: 
 
 
Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do 
menor valor para os componentes do ATIVO e do maior 
para os do PASSIVO, sempre que se apresentem 
 
 
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alternativas igualmente válidas para a quantificação das 
mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. 
... 
 
§ 3º A aplicação do Princípio da PRUDÊNCIA ganha ênfase 
quando, para definição dos valores relativos às variações 
patrimoniais, devem ser feitas estimativas que envolvem 
incertezas de grau variável. 
 
 
 
(3) Como resultado da observância do princípio da oportunidade, o 
registro deve ensejar o reconhecimento universal das variações 
ocorridas no patrimônio da entidade, em um período de tempo 
determinado, base necessária para gerar informações úteis ao processo 
decisório da gestão. 
Certo, conforme texto da Resolução CFC n° 750, de 1993, a seguir: 
 
 
Art. 6º O Princípio da OPORTUNIDADE refere-se, 
simultaneamente, à tempestividade e à integridade do 
registro do patrimônio e das suas mutações, determinando 
que este seja feito de imediato e com a extensão correta, 
independentemente das causas que as originaram. 
Parágrafo único – Como resultadoda observância do 
Princípio da OPORTUNIDADE: 
 
... 
 
III – o registro deve ensejar o reconhecimento universal 
das variações ocorridas no patrimônio da ENTIDADE, em 
um período de tempo determinado, base necessária para 
gerar informações úteis ao processo decisório da gestão. 
(4) A receita de serviços deve sempre ser reconhecida de forma 
proporcional ao recebimento das parcelas contratuais. 
Errado. A receita de serviços deve ser reconhecida PROPORCIONALMENTE 
 
À PRESTAÇÃO DO SERVIÇO REALIZADA, nos termos a seguir: 
 
 
Art. 9º As receitas e as despesas devem ser incluídas na 
apuração do resultado do período em que ocorrerem, 
sempre simultaneamente quando se correlacionarem, 
independentemente de recebimento ou pagamento. 
... 
 
§ 3º As receitas consideram-se realizadas: 
 
I – nas transações com terceiros, quando estes efetuarem 
o pagamento ou assumirem compromisso firme de efetivá- 
lo, quer pela investidura na propriedade de bens 
anteriormente pertencentes à ENTIDADE, quer pela fruição 
de serviços por esta prestados; 
 
 
 
 
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(5) A suspensão das atividades de uma entidade pode provocar efeitos 
na utilidade de determinados ativos, com a perda, até mesmo integral, 
de seu valor. 
Certo. Trata-se da quebra de continuidade. Nesse sentido, está prevista a 
 
alteração de valores de ativos, conforme a seguir: 
 
 
“Art. 5º A CONTINUIDADE ou não da ENTIDADE, bem 
como sua vida definida ou provável, devem ser 
consideradas quando da classificação e avaliação das 
mutações patrimoniais, quantitativas e qualitativas. 
§ 1º A CONTINUIDADE influencia o valor econômico dos 
ativos e, em muitos casos, o valor ou o vencimento dos 
passivos, especialmente quando a extinção da ENTIDADE 
tem prazo determinado, previsto ou previsível. 
 
Nota de atualização. 
 
Em que pese, posteriormente ao concurso, no processo de convergência 
das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ter 
ocorrido, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei 
n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória nº 449, de 2008) e (2) a 
elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual 
para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, as 
conclusões apresentadas nos comentários acima continuam válidas. 
 
Gabarito 
 
ECCEC 
 
4.3.27 Analista de Comércio Exterior / UNB-CESPE 
 
ENUNCIADO 
 
Julgue os itens abaixo, relativos a princípios fundamentais de 
contabilidade e normas brasileiras de contabilidade: 
(1) A aplicação do princípio da prudência ganha ênfase quando, para 
definição dos valores relativos às variações patrimoniais, devam ser 
feitas estimativas que envolvam incertezas de grau variável. 
(2) A avaliação dos componentes patrimoniais deve ser feita com base 
nos valores de entrada, considerando-se como tais os resultantes do 
consenso com os agentes externos ou da imposição destes. 
(3) As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do 
resultado não necessariamente simultaneamente quando se 
correlacionarem. 
 
 
 
 
 
 
 
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(4) O registro das variações patrimoniais compreende os elementos 
quantitativos e qualitativos, contemplando os aspectos físicos e 
monetários. 
(5) A continuidade não influencia o valor econômico dos ativos e 
passivos. 
 
Resolução e Comentários 
 
Trata-se de questão cuja resolução demanda conhecimento dos 
princípios fundamentais de contabilidade. A seguir, analisaremos cada 
uma das assertivas do enunciado. 
(1) A aplicação do princípio da prudência ganha ênfase quando, para 
definição dos valores relativos às variações patrimoniais, devam ser 
feitas estimativas que envolvam incertezas de grau variável. 
Certo, conforme resolução CFC 750, de 1993: 
 
 
Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do 
menor valor para os componentes do ATIVO e do maior 
para os do PASSIVO, sempre que se apresentem 
alternativas igualmente válidas para a quantificação das 
mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. 
§ 1º O Princípio da PRUDÊNCIA impõe a escolha da 
hipótese de que resulte menor patrimônio líquido, quando 
se apresentarem opções igualmente aceitáveis diante dos 
demais Princípios Fundamentais de Contabilidade. 
§ 2º Observado o disposto no art. 7º, o Princípio da 
PRUDÊNCIA somente se aplica às mutações posteriores, 
constituindo-se ordenamento indispensável à correta 
aplicação do Princípio da COMPETÊNCIA. 
§ 3º A aplicação do Princípio da PRUDÊNCIA ganha ênfase 
quando, para definição dos valores relativos às variações 
patrimoniais, devem ser feitas estimativas que envolvem 
incertezas de grau variável. 
(2) A avaliação dos componentes patrimoniais deve ser feita com base 
nos valores de entrada, considerando-se como tais os resultantes do 
consenso com os agentes externos ou da imposição destes. 
Certo, conforme resolução CFC 750, de 1993: 
 
 
Art. 7º Os componentes do patrimônio devem ser 
registrados pelos valores originais das transações com o 
mundo exterior, expressos a valor presente na moeda do 
País, que serão mantidos na avaliação das variações 
patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem 
agregações ou decomposições no interior da ENTIDADE. 
Parágrafo único – Do Princípio do REGISTRO PELO 
VALOR ORIGINAL resulta: 
 
 
 
 
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I – a avaliação dos componentes patrimoniais deve ser 
feita com base nos valores de entrada, considerando-se 
como tais os resultantes do consenso com os agentes 
externos ou da imposição destes; 
II – uma vez integrado no patrimônio, o bem, direito ou 
obrigação não poderão ter alterados seus valores 
intrínsecos, admitindo-se, tão-somente, sua decomposição 
em elementos e/ou sua agregação, parcial ou integral, a 
outros elementos patrimoniais; 
III – o valor original será mantido enquanto o componente 
permanecer como parte do patrimônio, inclusive quando 
da saída deste; 
IV – Os Princípios da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA e do 
REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL são compatíveis entre si 
e complementares, dado que o primeiro apenas atualiza e 
mantém atualizado o valor de entrada; 
V – o uso da moeda do País na tradução do valor dos 
componentes patrimoniais constitui imperativo de 
homogeneização quantitativa dos mesmos. 
(3) As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do 
resultado não necessariamente simultaneamente quando se 
correlacionarem. 
Errado, conforme princípio da competência, de acordo com a resolução CFC 
 
750, de 1993: 
 
 
Art. 9º As receitas e as despesas devem ser incluídas na 
apuração do resultado do período em que ocorrerem, 
sempre simultaneamente quando se correlacionarem, 
independentemente de recebimento ou pagamento. 
§ 1º O Princípio da COMPETÊNCIA determina quando as 
alterações no ativo ou no passivo resultam em aumento ou 
diminuição no patrimônio líquido, estabelecendo diretrizes 
para classificação das mutações patrimoniais, resultantes 
da observância do Princípio da OPORTUNIDADE.§ 2º O reconhecimento simultâneo das receitas e 
despesas, quando correlatas, é conseqüência natural do 
respeito ao período em que ocorrer sua geração. 
§ 3º As receitas consideram-se realizadas: 
 
I – nas transações com terceiros, quando estes efetuarem 
o pagamento ou assumirem compromisso firme de efetivá- 
lo, quer pela investidura na propriedade de bens 
anteriormente pertencentes à ENTIDADE, quer pela fruição 
de serviços por esta prestados; 
II – quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, 
qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento 
concomitante de um ativo de valor igual ou maior; 
 
 
 
 
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III – pela geração natural de novos ativos 
independentemente da intervenção de terceiros; 
IV – no recebimento efetivo de doações e subvenções. 
 
§ 4º Consideram-se incorridas as despesas: 
 
I – quando deixar de existir o correspondente valor ativo, 
por transferência de sua propriedade para terceiro; 
II – pela diminuição ou extinção do valor econômico de um 
ativo; 
III – pelo surgimento de um passivo, sem o 
correspondente ativo. 
 
(4) O registro das variações patrimoniais compreende os elementos 
quantitativos e qualitativos, contemplando os aspectos físicos e 
monetários. 
Certo, conforme princípio da oportunidade, de acordo com a resolução CFC 
 
750, de 1993: 
 
 
Art. 6º O Princípio da OPORTUNIDADE refere-se, 
simultaneamente, à tempestividade e à integridade do 
registro do patrimônio e das suas mutações, determinando 
que este seja feito de imediato e com a extensão correta, 
independentemente das causas que as originaram. 
Parágrafo único – Como resultado da observância do 
Princípio da OPORTUNIDADE: 
 
I – desde que tecnicamente estimável, o registro das 
variações patrimoniais deve ser feito mesmo na hipótese 
de somente existir razoável certeza de sua ocorrência; 
II – o registro compreende os elementos quantitativos e 
qualitativos, contemplando os aspectos físicos e 
monetários; 
III – o registro deve ensejar o reconhecimento universal 
das variações ocorridas no patrimônio da ENTIDADE, em 
um período de tempo determinado, base necessária para 
gerar informações úteis ao processo decisório da gestão. 
(5) A continuidade não influencia o valor econômico dos ativos e 
passivos. 
Errado, conforme princípio da continuidade, de acordo com a resolução CFC 
 
750, de 1993: 
 
 
“Art. 5º A CONTINUIDADE ou não da ENTIDADE, bem 
como sua vida definida ou provável, devem ser 
consideradas quando da classificação e avaliação das 
mutações patrimoniais, quantitativas e qualitativas. 
§ 1º A CONTINUIDADE influencia o valor econômico dos 
ativos e, em muitos casos, o valor ou o vencimento dos 
 
 
 
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passivos, especialmente quando a extinção da ENTIDADE 
tem prazo determinado, previsto ou previsível. 
 
§ 2º A observância do Princípio da CONTINUIDADE é 
indispensável à correta aplicação do Princípio da 
COMPETÊNCIA, por efeito de se relacionar diretamente à 
quantificação dos componentes patrimoniais e à formação 
do resultado, e de constituir dado importante para aferir a 
capacidade futura de geração de resultado.” 
 
Nota de atualização. 
 
Em que pese, posteriormente ao concurso, no processo de convergência 
das práticas contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ter 
ocorrido, entre outros eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei 
n° 11.638, de 2007, e pela Medida Provisória nº 449, de 2008) e (2) a 
elaboração do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual 
para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, os 
conceitos teóricos necessários à resolução da presente questão não 
foram alterados. Depreende-se, assim, que as conclusões apresentadas 
nos comentários acima continuam válidas. 
 
Gabarito 
 
CCECE 
 
4.3.28 CGE/PB - 2008 (CESPE) 
Enunciado 
 
 
47. Os princípios fundamentais de contabilidade (PFC) representam a 
essência das doutrinas e teorias relativas à ciência contábil, consoante o 
entendimento predominante nos universos científico e profissional do 
Brasil. Com base nos PFC e na legislação vigente, assinale a opção 
correta. 
A) De acordo com o princípio da prudência, a receita antecipada deve 
ser registrada em conta patrimonial no momento de sua ocorrência; e 
somente ao se emitir o documento fiscal de venda, o saldo da receita 
antecipada, segundo o princípio da oportunidade, será transportado ao 
resultado do exercício. 
B) De acordo com o princípio do registro pelo valor original, a receita 
antecipada deve ser registrada em conta patrimonial no momento de 
sua ocorrência; e somente ao se emitir o documento fiscal de venda, o 
saldo da receita antecipada, segundo o princípio da continuidade, será 
transportado ao resultado do exercício. 
C) De acordo com o princípio da entidade, a receita antecipada deve ser 
registrada em conta patrimonial no momento de sua ocorrência; e 
somente ao emitir o documento fiscal de venda o saldo da receita 
 
 
 
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antecipada, segundo o princípio da oportunidade, será transportado ao 
resultado do exercício. 
D) De acordo com o princípio da continuidade, a receita antecipada será 
registrada em conta patrimonial no momento de sua ocorrência. 
Somente ao emitir o documento fiscal de venda, o saldo da receita 
antecipada, segundo o princípio da prudência, será transportado ao 
resultado do exercício. 
E) De acordo com o princípio da oportunidade, a receita antecipada deve 
ser registrada em conta patrimonial no momento de sua ocorrência; e, 
somente ao se emitir o documento fiscal de venda, o saldo da receita 
antecipada, segundo o princípio da competência, será transportado ao 
resultado do exercício. 
Resolução e comentários 
 
 
Trata-se de questão teórica acerca dos princípios contábeis. Para sua 
resolução, analisaremos – em separado – cada assertiva. 
A) De acordo com o princípio da prudência, a receita antecipada deve 
ser registrada em conta patrimonial no momento de sua ocorrência; e 
somente ao se emitir o documento fiscal de venda, o saldo da receita 
antecipada, segundo o princípio da oportunidade, será transportado ao 
resultado do exercício. 
Errado. Isso está de acordo com os princípios da oportunidade e da 
 
competência. O princípio da prudência diz respeito à avaliação de ativos e passivos, na 
existência de duas possibilidades – dispondo que deve ser utilizada a possibilidade que 
resulte no menor patrimônio. 
 
B) De acordo com o princípio do registro pelo valor original, a receita 
antecipada deve ser registrada em conta patrimonial no momento de 
sua ocorrência; e somente ao se emitir o documento fiscal de venda, o 
saldo da receita antecipada, segundo o princípio da continuidade, será 
transportado ao resultado do exercício. 
Errado. Isso está de acordo com os princípios da oportunidade e da 
 
competência. O princípio do Registro pelo Valor Original diz respeito ao valor pelo qual 
 
os bens, direitos e obrigações devem ingressar no patrimônio – pelo valor transacionado 
comterceiros. 
 
C) De acordo com o princípio da entidade, a receita antecipada deve ser 
registrada em conta patrimonial no momento de sua ocorrência; e 
somente ao emitir o documento fiscal de venda o saldo da receita 
 
 
 
 
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antecipada, segundo o princípio da oportunidade, será transportado ao 
resultado do exercício. 
Errado. Isso está de acordo com os princípios da oportunidade e da 
 
competência. O princípio da entidade determina a separação dos patrimônios da empresa 
 
e do sócio. 
 
 
D) De acordo com o princípio da continuidade, a receita antecipada será 
registrada em conta patrimonial no momento de sua ocorrência. 
Somente ao emitir o documento fiscal de venda, o saldo da receita 
antecipada, segundo o princípio da prudência, será transportado ao 
resultado do exercício. 
Errado. Isso está de acordo com os princípios da oportunidade e da 
 
competência. O princípio da continuidade dispõe sobre a possibilidade de alteração na 
avaliação do patrimônio quando há conhecimento da extinção da empresa em futuro 
próximo. 
 
E) De acordo com o princípio da oportunidade, a receita antecipada deve 
ser registrada em conta patrimonial no momento de sua ocorrência; e, 
somente ao se emitir o documento fiscal de venda, o saldo da receita 
antecipada, segundo o princípio da competência, será transportado ao 
resultado do exercício. 
Correto. O recebimento antecipado de receita implica: (a) entrada de dinheiro 
 
em caixa e (b) obrigação de entregar mercadoria ou devolver o dinheiro. Repare que se 
trata de fato PERMUTATIVO, que, pelo princípio da oportunidade deve ser registrado na 
contabilidade NO MOMENTO DO RECEBIMENTO DO DINHEIRO, porém sem que seja 
reconhecida qualquer receita. 
 
Adicionalmente, cabe colocar que – de acordo com o princípio da competência 
 
– é que devemos registrar receitas. Ora, a receita ocorre quando a empresa entrega bem 
 
de sua propriedade ou presta serviço (art. 9º da Resolução CFC 750, de 1993). Saliente-se 
que a empresa é obrigada a emitir a nota fiscal EXATAMENTE no momento da entrega do 
bem (mercadoria) ou da prestação do serviço. Assim, conclui-se que o momento da 
emissão da NF é o mesmo momento em que a receita deve ser reconhecida no resultado – 
pelo regime de competência. 
 
NOTA DE ATUALIZAÇÃO 
 
 
 
 
 
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A questão é posterior à alteração da Lei das S/A pela Lei nº 11.638, de 
2007, e à introdução do “Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura 
Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações 
Contábeis”. A Medida Provisória nº 449, de 2008, é posterior ao 
concurso, mas não tratou do assunto objeto da questão. Assim, conclui- 
se que o gabarito, bem como os comentários, continuam válidos. 
 
 
Gabarito 
 
 
47-E 
 
4.3.29 TCU – 2008 (CESPE) – Pronunciamento Conceitual Básico 
Enunciado 
 
209 A estrutura conceitual para a elaboração e apresentação das 
demonstrações contábeis da CVM recomenda que as incertezas que 
envolvem certos eventos e circunstâncias sejam tratadas com 
prudência, não se superestimando ativos e receitas, e não se 
subestimando passivos e despesas. O limite da prudência deve ter em 
conta a neutralidade, a imparcialidade, de modo a evitar, por exemplo, 
a formação de reservas ocultas ou provisões excessivas. 
Resolução e Comentários 
 
Em nosso curso, foi colocado que, de acordo com a estrutura conceitual 
para a elaboração e apresentação das demonstrações contábeis, a 
confiabilidade da informação depende da prudência, da neutralidade e 
da imparcialidade, conforme a seguir: 
O problema da confiabilidade – aqui tratado – não se 
resume e erros ou má-fé na apresentação da informação 
contábil; diz, principalmente, respeito à incerteza acerca 
dos efeitos patrimoniais futuros de fatos ocorridos. Em 
face dessa situação, para que se garanta a confiabilidade, 
busca-se: (1) representação com propriedade, (2) 
primazia da essência sobre a forma, (3) neutralidade, (4) 
prudência e (5) integridade. 
Especificamente quanto à prudência, foi colocado que ela não pode ser 
exagerada, nos termos a seguir: 
Por prudência, no caso de incertezas que inevitavelmente 
envolvem certos eventos e circunstâncias16, a informação 
deve ser elaborada de forma que ativos ou receitas não 
sejam superestimados e que passivos ou despesas não 
 
 
 
16 Ex.: a possibilidade de recebimento de contas a receber de liquidação duvidosa, a 
vida útil provável das máquinas e equipamentos e o número de reclamações cobertas 
por garantias que possam ocorrer. 
 
 
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Curso on-line – AFRFB 2009 – Contabilidade Decifrada – Aula 01 
Exercícios sobre – Conceito de Contabilidade – Histórico – Patrimônio - Princípios 
 
sejam subestimados. Saliente-se, entretanto, que uma 
prudência exagerada pode gerar falta de confiabilidade da 
informação. 
As colocações feitas até aqui já são suficientes para considerar a 
assertiva correta. Apenas para fins de ilustração, cabe reproduzir o 
texto da estrutura conceitual para a elaboração e apresentação das 
demonstrações contábeis, que dispõe no mesmo sentido: 
Prudência consiste no emprego de um certo grau de 
precaução no exercício dos julgamentos necessários às 
estimativas em certas condições de incerteza, no sentido 
de que ativos ou receitas não sejam superestimados e que 
passivos ou despesas não sejam subestimados. Entretanto, 
o exercício da prudência não permite, por exemplo, a 
criação de reservas ocultas ou provisões excessivas, a 
subavaliação deliberada de ativos ou receitas, a 
superavaliação deliberada de passivos ou despesas, pois as 
demonstrações contábeis deixariam de ser neutras e, 
portanto, não seriam confiáveis. 
Pelo que foi acima colocado, conclui-se que a assertiva está correta. 
NOTA DE ATUALIZAÇÃO 
A questão é posterior à alteração da Lei das S/A pela Lei nº 11.638, de 
2007, e pela Medida Provisória nº 449, de 2008, e à introdução do 
“Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a 
Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”. A Medida 
Provisória nº 449, de 2008, é posterior ao concurso, mas não tratou do 
assunto objeto da questão. Assim, conclui-se que o gabarito, bem como 
os comentários, continuam válidos. 
Gabarito 
 
209 C 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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