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Projeto_de_curso_CST_Processos_Metalurgicos_20

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Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial 
Departamento Regional de São Paulo 
 
 
Faculdade de Tecnologia 
SENAI Nadir Dias de Figueiredo 
 
 
 
Projeto Pedagógico do Curso Superior 
 
 
 
Eixo Tecnológico 
Controle e Processos Industriais 
 
 
Graduação 
Tecnólogo em Processos Metalúrgicos 
 
 
 
São Paulo 
 
 
 
SENAI-SP, 2021 
Diretoria Regional 
 
CONSELHO REGIONAL1 
Presidente 
Paulo Skaf 
Representantes das Atividades Industriais 
Titulares 
Antonio Carlos Fiola Silva 
Antonio Carlos Teixeira Álvares 
Pedro Guimarães Fernandes 
Saulo Pucci Bueno 
Suplentes 
Heitor Alves Filho 
José Romeu Ferraz Neto 
Paulo Vieira 
Ronald Moris Masijah 
Representantes das Categorias Econômicas dos Transportes, das Comunicações e da 
Pesca 
Titular 
Aluizio Bretas Byrro 
Suplente 
Irineu Govêa 
Diretor Regional 
Ricardo Figueiredo Terra 
Representantes do Ministério do Trabalho 
Titular 
Marco Antonio Melchior 
Suplente 
Alice Grant Marzano 
Representantes do Ministério da Educação 
Titular 
Garabed Kenchian 
Suplente 
Alexandre Pereira Chahad 
Representantes dos Trabalhadores da Indústria 
Titular 
Antonio de Sousa Ramalho Junior 
 
 
1 Disponível em < https://www.sp.senai.br/institucional/125/0/conselho>. Acesso em 07 de jan. 2021. 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 IDENTIFICAÇÃO .................................................................................................. 5 
1.1 Identificação do curso ................................................................................ 5 
1.2 Identificação da mantenedora .................................................................... 6 
1.3 Identificação da mantida ............................................................................ 6 
2 INFORMAÇÕES INSTITUCIONAIS ..................................................................... 7 
2.1 Mantenedora .............................................................................................. 7 
2.2 Mantida .................................................................................................... 14 
2.3 Políticas institucionais no âmbito do curso............................................... 15 
3 JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS ........................................................................ 19 
3.1 Justificativa .............................................................................................. 19 
3.2 Objetivo .................................................................................................... 27 
4 REQUISITOS E FORMAS DE ACESSO ............................................................ 28 
5 PERFIIL PROFISSIONAL DE CONCLUSÃO .................................................... 29 
5.1 Comitês Técnicos .................................................................................... 29 
5.2 Competências profissionais ..................................................................... 32 
5.3 Competências profissionais socioemocionais .......................................... 42 
5.4 Contexto de trabalho ................................................................................ 43 
6 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR ........................................................................ 51 
6.1 Itinerário formativo ................................................................................... 51 
6.2 Quadro de organização curricular ............................................................ 52 
6.3 Desenvolvimento metodológico e práticas pedagógicas ......................... 53 
6.4 Procedimentos de avaliação .................................................................... 70 
6.5 Libras ....................................................................................................... 71 
6.6 Educação ambiental ................................................................................ 72 
6.7 Educação em direitos humanos ............................................................... 72 
6.8 Educação das relações étnico-raciais ...................................................... 72 
6.9 Ensino de história e cultura afro-brasileira, africana e indígena ............... 73 
6.10 Atividades de extensão ............................................................................ 73 
6.11 Educação a distância ............................................................................... 74 
6.12 Tecnologias de informação e comunicação ............................................. 77 
6.13 Organização das turmas e número de vagas .......................................... 79 
6.14 Estágio supervisionado ............................................................................ 79 
 
 
6.15 Trabalho de conclusão de curso ............................................................. 80 
6.16 Apoio ao estudante.................................................................................. 80 
6.17 Gestão do curso e os processos de avaliação interna e externa ............ 81 
6.18 Ementa de conteúdos formativos ............................................................ 83 
7 CRITÉRIOS DE APROVEITAMENTO DE CONHECIMENTOS E EXPERIÊNCIAS 
ANTERIORES .................................................................................................. 221 
8 CRITÉRIOS E PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM .. 222 
9 INFRAESTRUTURA FÍSICA E TECNOLÓGICA ............................................. 222 
9.1 Laboratórios didáticos de formação básica e específica ....................... 222 
9.2 Oficinas ................................................................................................. 227 
9.3 Biblioteca ............................................................................................... 229 
9.4 Infraestrutura física do CSTE ................................................................ 230 
10 PESSOAL DOCENTE E TÉCNICO ................................................................. 231 
10.1 Coordenação do curso .......................................................................... 231 
10.2 Núcleo docente estruturante ................................................................. 232 
10.3 Docentes ............................................................................................... 233 
10.4 Equipe multidisciplinar ........................................................................... 239 
10.5 Recursos humanos do CSTE ................................................................ 241 
11 CERTIFICADOS E DIPLOMAS ....................................................................... 242 
12 PRAZO MÁXIMO PARA A INTEGRALIZAÇÃO ............................................. 242 
13 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 243 
13.1 Institucionais .......................................................................................... 243 
13.2 Legais .................................................................................................... 243 
14 ANEXOS .......................................................................................................... 246 
14.1 Controle de revisões .............................................................................. 246 
 
 
 
 
5 
 
1 IDENTIFICAÇÃO 
1.1 Identificação do curso 
 Denominação: Curso Superior de Tecnologia de Processos 
Metalúrgicos. 
 Graduação: Tecnólogo em Processos Metalúrgicos. 
 Eixo tecnológico: Controle e Processos Industriais. 
 Modalidade: Presencial. 
 Tempo mínimo de integralização: 6 semestres. 
 Tempo máximo de integralização: 12 semestres. 
 Regime acadêmico: Semestral. 
 Número de vagas oferecidas: 40. 
 Turno: Noturno. 
 Formas de ingresso possíveis: Vestibular, ENEN, transferência, de 
acordo com o edital. 
 Carga horária total do curso: 2400 horas. 
 Carga horária mínima estabelecida pelo MEC: 2400 horas. 
 Ano de início do semestrede funcionamento do Curso:2009. 
 Autorização: Portaria MEC/SETEC nº 469 de 07/10/2008. 
 Reconhecimento: Portaria nº 201002096. 
 Conceito Preliminar de Curso (CPC) e Conceito de Curso (CC): 04. 
 
 
6 
1.2 Identificação da mantenedora 
 
Informações – Mantenedora 
Razão Social SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL 
CNPJ 03.774.819/0001-02 
Endereço Avenida Paulista Nº 1313 
Bairro Bela Vista Cidade São Paulo 
UF São Paulo CEP 01311-923 
E-mail terra@sp.senai.br 
 
Dirigente Principal – Mantenedora 
Nome Ricardo Figueiredo Terra 
Cargo Diretor Regional 
Endereço Avenida Paulista Nº 1313 
Bairro Bela Vista Cidade São Paulo 
UF São Paulo CEP 01311-923 
E-mail terra@sp.senai.br 
 
1.3 Identificação da mantida 
Informações - Mantida 
Nome Faculdade de Tecnologia SENAI "Nadir Dias de Figueiredo” 
Sigla SENAI-SP 
Endereço Rua Ari Barroso nº 305 
Bairro Presidente Altino Cidade Osasco 
UF São Paulo CEP 06216-901 
 
Dirigente Principal - Mantida 
Nome Edilson Rafael Milaré 
Cargo Diretor 
Endereço Rua Ari Barroso Nº 305 
Bairro Presidente Altino Cidade Osasco 
UF São Paulo CEP 06216-901 
E-mail emilare@sp.senai.br 
 
 
 
 
 
 
7 
2 INFORMAÇÕES INSTITUCIONAIS 
2.1 Mantenedora 
O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI foi criado em 
1942, pelo Decreto Lei 4.048/42, com o propósito de formar, aperfeiçoar e 
especializar mão-de-obra para a indústria. 
A criação do SENAI se deu num momento histórico marcante, no qual a 
indústria brasileira enfrentava as consequências da Segunda Guerra Mundial, 
que agravava a carência por mão-de-obra qualificada. O SENAI surge com a Lei 
Orgânica do Ensino Industrial, de larga repercussão na vida educacional 
brasileira, como resultado de um longo fluxo de ações e esforços de implantação 
do ensino industrial no Brasil. 
O SENAI – Departamento Regional de São Paulo (SENAI-SP), iniciou 
suas atividades em 28 de agosto de 1942, sob a direção do engenheiro Roberto 
Mange, professor da Escola Politécnica de São Paulo, que, desde a década de 
20, vinha aperfeiçoando métodos de formação profissional de trabalhadores. 
Sua experiência mais significativa nesse campo deu-se no Centro Ferroviário de 
Ensino e Seleção Profissional, fundado em 1934, que chegou a congregar a 
maior parte das ferrovias paulistas. 
Com a experiência adquirida, foram estruturados os cursos do SENAI de 
São Paulo, com ênfase no preparo técnico do trabalhador, sem, contudo, 
descuidar-se da sua formação social e cidadã. 
Atualmente2, o SENAI-SP desenvolve serviços educacionais e 
tecnológicos em atendimento à diversas áreas industriais: 
 Alimentação; 
 Vestuário; 
 Construção e mobiliário; 
 
2 SENAI/SP. Relatório de Gestão – Exercício 2019. São Paulo: Departamento Regional de São Paulo, 2020. 
 
8 
 Urbanas (saneamento, coleta e tratamento de resíduos, energia, gás, 
água e esgoto); 
 Extrativas; 
 Fiação e tecelagem; 
 Artefatos de couro; 
 Artefatos de borracha; 
 Joalheiras, lapidação de pedras preciosas; 
 Químicas e farmacêuticas; 
 Papel, papelão, cortiça; 
 Gráficas; 
 Vidros, cristais, espelhos, cerâmicas, louças, porcelanas; 
 Instrumentos musicais, brinquedos; 
 Cinematográficas; 
 Beneficiamentos; 
 Artesanatos (pessoa jurídica); 
 Metalúrgicas, mecânicas, materiais elétricos. 
2.1.1 Serviços educacionais 
Em relação a educação profissional e tecnológica3, o SENAI-SP4 realiza 
os seguintes serviços educacionais: 
a) Educação para o trabalho: compreende programas de iniciação 
profissional voltados ao seguintes temas e atividades: 
 Informação e orientação profissional; 
 Preparação vocacional para o trabalho; 
 Preparação para ingresso em curso ou programa de qualificação 
profissional; 
 
3 SENAI/DN. Diretrizes da Educação Profissional e Tecnológica do SENAI. Brasília: Departamento Nacional, Unidade de 
Educação Profissional e Tecnológica, 2010. 
4 SENAI/SP. Proposta Educacional do SENAI-SP. São Paulo: Departamento Regional de São Paulo, Diretoria Técnica, 
2011. 
 
9 
 Programas especiais de educação para o trabalho demandados 
pelo governo, instituições e empresas. 
b) Formação inicial: compreende programas voltados a qualificar jovens 
e adultos, independentes de escolaridade prévia e regulamentação 
curricular, em função de demandas industriais e da sociedade: 
 Aprendizagem industrial básica; 
 Qualificação profissional básica. 
c) Educação profissional técnica de nível médio: compreende programas 
destinados a jovens e adultos matriculados ou egressos do ensino 
médio, a fim de possibilitar habilitação ou qualificação profissional 
técnica de nível médio, de acordo com um perfil profissional 
estabelecido: 
 Aprendizagem industrial técnica; 
 Qualificação profissional técnica; 
 Habilitação técnica; 
 Especialização técnica. 
d) Formação continuada: compreende programas com ênfase no 
processo educativo que ser realiza ao longo da vida, quer em nível de 
formação inicial ou de educação profissional técnica de nível médio, 
com a finalidade de desenvolver competências complementares para 
o desempenho profissional: 
 Aperfeiçoamento profissional; 
 Especialização profissional. 
e) Educação superior: compreende programas posterior à educação 
básica, destinados a jovens e adultos para formar quadros 
profissionais de nível superior, de pesquisa, de extensão e de domínio 
e cultivo do saber humano nas diferentes áreas do conhecimento: 
 Qualificação profissional tecnológica; 
 Graduação tecnológica; 
 
10 
 Graduação – bacharelado; 
 Extensão; 
 Pós-graduação lato sensu – especialização. 
2.1.2 Serviços técnicos e tecnológicos 
Em relação aos serviços técnicos e tecnológicos5, o SENAI-SP6, atua na 
prestação dos seguintes atendimentos: 
a) Desenvolvimento Tecnológico: envolve as atividades em que os usos 
dos conhecimentos técnico-científicos são utilizados na produção de 
novos materiais, equipamentos, produtos e sistemas, ou para efetuar 
melhorias nos já existentes. Possui duas categorias: 
 Pesquisa Aplicada; 
 Desenvolvimento Experimental. 
b) Serviços Técnicos Especializados: são atividades cujas rotinas de 
execução já estão padronizadas, normalmente fundamentadas em 
normas técnicas ou procedimentos sistematizados, envolvendo 
manutenção, testes, calibrações ou ensaios de diversas naturezas. 
Possui três categorias: 
 Serviços Laboratoriais; 
 Serviços de Inspeção; 
 Serviços Operacionais. 
c) Assessoria Técnica e Tecnológica: são atividades de natureza 
tecnológica tanto voltada para a orientação (como ocorrem nas 
assessorias) quanto para a implementação (como ocorrem em 
consultorias) de solução de problemas em empresas e instituições, 
visando à melhoria de sua qualidade e produtividade. Possui cinco 
categorias: 
 Gestão Empresarial; 
 
5 SENAI/SP. Plano de desenvolvimento institucional (2019-2023). São Paulo: Departamento Regional de São Paulo, 
Faculdade de Tecnologia SENAI Nadir Dias de Figueiredo, 2019. 
6 SENAI/SP. Relatório de Gestão – Exercício 2019. São Paulo: Departamento Regional de São Paulo, 2020. 
 
11 
 Processo Produtivo; 
 Saúde e Segurança no Trabalho; 
 Meio Ambiente; 
 Educação. 
d) Informação Tecnológica: atividades que englobam a captação, 
tratamento e disseminação de todo tipo de informação ou 
conhecimento, de caráter tecnológico ou não, relacionado com o modo 
de fazer ou melhorar um processo, produto ou serviço, agregando 
conhecimentos necessários à tomada de decisão. Essa Linha de 
Serviço contém três categorias: 
 Elaboração e Disseminação de Informações; 
 Estudos de Mercado; 
 Eventos Técnicos. 
Contemplam as seguintes subcategorias: 
 Diagnóstico Industrial/Empresarial; 
 Propriedade Industrial; 
 Editoração e Registro de Direitos Autorais; 
 DossiêTécnico; 
 Resposta Técnica; 
 Pesquisa Bibliográfica; 
 Elaboração e Disseminação Seletiva da Informação; 
 Fornecimento de Publicações Técnicas e Documentos Técnicos; 
 Prospecção Tecnológica; 
 Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica – EVTE. 
Para atender os serviços educacionais, técnicos e tecnológicos, o SENAI-
SP conta com 92 escolas fixas, incluindo 17 Faculdades e 78 escolas móveis. 
Em relação a educação superior, as faculdades atendem à diversas áreas 
tecnológicas: 
 
12 
a) Faculdade de Tecnologia SENAI Horácio Augusto da Silveira: 
 Área industrial: alimentos; 
 Local: São Paulo. 
b) Faculdade de Tecnologia SENAI Mariano Ferraz: 
 Área industrial: Automação industrial; 
 Local: São Paulo. 
c) Faculdade de Tecnologia SENAI Anchieta: 
 Área industrial: Eletrônica industrial; 
 Local: São Paulo. 
d) Faculdade de Tecnologia SENAI Roberto Simonsen: 
 Área industrial: Metalmecânica; 
 Local: São Paulo. 
e) Faculdade de Tecnologia SENAI Suíço-Brasileira Paulo E. Tolle: 
 Área industrial: Metalmecânica; 
 Local: São Paulo. 
f) Faculdade de Tecnologia SENAI Antoine Skaf: 
 Área industrial: Têxtil e Vestuário; 
 Local: São Paulo. 
g) Faculdade SENAI de Tecnologia Theobaldo de Nigris: 
 Área industrial: Artes gráficas; 
 Local: São Paulo. 
h) Faculdade de Tecnologia SENAI Conde José V. de Azevedo: 
 Área industrial: Automotiva; 
 Local: São Paulo. 
i) Faculdade SENAI de Tecnologia de Santos: 
 Área industrial: Automação industrial e instrumentação; 
 
13 
 Local: Santos. 
j) Faculdade SENAI de Tecnologia Mecatrônica: 
 Área industrial: Mecatrônica; 
 Local: São Caetano do Sul. 
k) Faculdade de Tecnologia SENAI Antonio Adolpho Lobbe: 
 Área industrial: Metalmecânica e Mecatrônica; 
 Local: São Carlos. 
l) Faculdade de Tecnologia SENIA Roberto Mange: 
 Área industrial: Metalmecânica e Mecatrônica; 
 Local: Campinas. 
m) Faculdade de Tecnologia SENAI Mario Amato: 
 Área industrial: Polímeros, química e meio ambiente; 
 Local: São Bernardo do Campo. 
n) Faculdade de Tecnologia SENAI Nadir Dias de Figueiredo: 
 Área industrial: Metalurgia; 
 Local: Osasco. 
o) Faculdade de Tecnologia SENAI Félix Guisard: 
 Área industrial: Metalmecânica e Mecatrônica; 
 Local: Taubaté. 
p) Faculdade de Tecnologia SENAI Gaspar Ricardo Junior: 
 Área industrial: Metalmecânica e Mecatrônica; 
 Local: Sorocaba. 
q) Faculdade SENAI de Tecnologia de Cruzeiro: 
 Área industrial: Metalmecânica; 
 Local: Cruzeiro. 
 
 
14 
2.2 Mantida 
A Faculdade de Tecnologia SENAI “Nadir Dias de Figueiredo” está 
sediada na Escola SENAI “Nadir Dias de Figueiredo” situada à Rua Ari Barroso, 
305 – Presidente Altino, Osasco-SP, que atua com metalurgia desde 1959, para 
contribuir com o esforço de modernização das indústrias nacionais e fazer frente 
à crescente competitividade gerada pela globalização da economia, sendo 
considerada em nível nacional e internacional uma referência como um Centro 
de Tecnologia em Metalurgia. 
A atual Escola e Faculdade SENAI “Nadir Dia de Figueiredo” vêm em 
crescente evolução desde 1959, atendendo o setor metalúrgico em suas 
diversas ações e serviços educacionais e serviços técnicos e tecnológicos. 
Para compor a sua capacidade instalada, recentemente recebeu 
investimentos de máquinas e equipamentos nas áreas de: 
a) Soldagem: novos processos, software de simulação e robô de 
soldagem; 
b) Fundição: máquina automatizada de moldagem em areia, fornos, 
sopradora de machos, software de simulação em fundição, máquina 
de prototipagem rápida, scanner 3D, Microfusão; 
c) Mecânica: Máquinas a CNC e equipamentos para hidráulica e 
pneumática; 
d) Elétrica: CLP, conjunto de motores para testes em bancada, painel 
didático para sistema automação residencial e de segurança 
monitorada. 
Em termos de evolução da escola, outro marco importante para fomentar 
o mercado de trabalho atual, foi à implantação em 2009 do Curso Superior de 
Tecnologia em Processos Metalúrgicos. 
Este curso foi autorizado pelo MEC (Ministério da Educação) - 
Credenciamento: Portaria MEC nº 1228, de 06/10/2008 - Publicação no Diário 
Oficial da União: 07/10/2008. 
Neste mesmo compromisso de desenvolvimento profissional e social a 
Faculdade implantou, desde a sua autorização diversos Cursos de Pós-
 
15 
Graduação, entre eles o de Inspeção e Automação em Soldagem 
(descontinuado), Engenharia de Fundição e Engenharia de Soldagem. 
2.3 Políticas institucionais no âmbito do curso 
Alinhados à Proposta Educacional7 do SENAI-SP e ao Plano de 
Desenvolvimento Institucional8 (PDI), a organização curricular assenta-se em 
uma proposta metodológica de formação profissional com base em 
competências, na educação para o trabalho e no exercício da cidadania, no 
desenvolvimento das pessoas e no fortalecimento da Indústria, em harmonia 
com a visão, missão e valores da mantenedora: 
a) Missão: promover a educação profissional e tecnológica, a inovação e 
a transferência de tecnologias industriais, contribuindo para elevar a 
competitividade da indústria brasileira. 
b) Visão: ser referência nacional em educação profissional e tecnológica 
e reconhecido como indutor da inovação e da transferência de 
tecnologias para a indústria brasileira, apoiando o desenvolvimento 
econômico sustentado. 
c) Valores: 
 comprometimento e responsabilidade com a missão institucional; 
 confiança pautada nos preceitos de integridade, lealdade e 
dignidade; 
 valorização do ser humano e da harmonia nas relações sociais; 
 respeito ao meio ambiente; 
 busca permanente da eficiência e da inovação em serviços, 
produtos e processos; 
 transparência na relação entre colaboradores, clientes e 
fornecedores. 
 
7 SENAI/SP. Proposta Educacional do SENAI-SP. São Paulo: Departamento Regional de São Paulo, Diretoria Técnica, 
2011. 
8 SENAI/SP. Plano de desenvolvimento institucional (2019-2023). São Paulo: Departamento Regional de São Paulo, 
Faculdade de Tecnologia SENAI Nadir Dias de Figueiredo, 2019. 
 
 
16 
2.3.1 Ensino - formação com base em competências 
A formação com base em competências, base desta proposta curricular, 
consiste: 
a) na prospecção do perfil profissional do egresso por meio de comitê 
técnico setorial, caracterizado por um fórum técnico-consultivo, 
formado por diversos atores, entre eles representantes da Indústria, 
associações de referência técnica, academia e sindicatos, com o 
objetivo de descrever as competências profissionais do trabalhador, 
segundo a ótica da análise funcional; 
b) na construção do currículo que expresse a tradução das competências 
profissionais em desempenhos educacionais, por meio de 
capacidades básicas, capacidades técnicas e capacidade 
socioemocionais, organizadas em unidades curriculares, e que 
representem o saber (conhecimentos), o saber fazer (habilidades) e o 
saber ser (atitudes e valores) que conduzem a um saber agir na 
profissão e, de forma mais ampla, na própria vida; 
c) no desenvolvimento de uma prática pedagógica, que transforme a 
prescrição curricular em um currículo vivo, de tal forma que: 
 privilegie metodologias ativas centradas no sujeito que aprende, a 
partir de ações desencadeadas por desafios, por meio de 
situação-problema, estudo de caso, pesquisa e projeto; 
 desloque o foco do trabalho educacional do ensinar para o 
aprender, do que vai ser ensinado para o que é preciso aprender 
no mundo contemporâneo e no futuro, segundo uma visão 
prospectiva, coerente com as mudanças tecnológicas e 
organizacionais; 
 valorize o docente no papel de facilitador e mediador do processo 
de aprendizagem; 
 vise formar estudantes com autonomia, iniciativa, proatividade, 
capazes de solucionar problemas, alcançar a metacognição, 
 
17 
realizar a autoavaliação e, por consequência, conduzir sua 
autoformação e aperfeiçoamento. 
Para tanto: 
> desenvolvamo gosto pelo trabalho bem feito, com qualidade, e 
o respeito à segurança e à preservação do meio ambiente; 
> valorizem os espaços de estudo, de trabalho e de lazer, a 
escola, a empresa e os recursos da comunidade, como bens 
comuns; 
> busquem soluções inovadoras no cotidiano da vida escolar e 
profissional; 
> enfrentem e respondam a desafios socioprofissionais 
esperados e inesperados, rotineiros ou não, com criatividade, 
trabalho em equipe, solidariedade e ética, qualificando-se para 
o exercício profissional competente; 
> respeitem a heterogeneidade do ser humano, sem 
discriminação de raça, cor, gênero, orientação sexual, religião, 
idioma e origem nacional, étnica ou social; 
> tenham consciência de sua importância como pessoa e como 
cidadão partícipe da comunidade brasileira; 
> desenvolvam as capacidades de autonomia, autoavaliação e 
senso crítico, voltados à formulação de juízos de valores 
próprios; 
> elaborem projeto de vida, profissional e pessoal, considerando 
a temporalidade do ser humano; 
> busquem o desenvolvimento de novas competências, como 
principal responsável pelo próprio aperfeiçoamento, na 
perspectiva da educação permanente, que se dá ao longo da 
vida. 
 
 
 
18 
2.3.2 Pesquisa 
O currículo estabelecido incentivará a pesquisa, tendo como premissa a 
sua relevância para a formação do estudante e a construção do conhecimento, 
por meio de ações como a iniciação científica, no desenvolvimento de projetos 
integradores envolvendo docentes e a coordenação, alinhados ao perfil 
profissional de formação, bem como na participação em eventos científicos e 
tecnológicos, como congressos e conferências. 
2.3.3 Extensão 
A extensão, indissociável do ensino e da pesquisa, está presente no 
currículo, traduzidas por meio de atividades que envolvam a formação do 
estudante e a geração de conhecimento e o envolvimento da sociedade, em 
consonância com as políticas de educação ambiental, educação étnico-racial, 
direitos humanos e educação indígena. 
A Faculdade manterá, por meio desta proposta curricular, atividades de 
extensão que expressem o seu compromisso social envolvendo a área 
tecnológica e de produção da metalurgia, sem renunciar outras áreas 
transversais ao curso, mas igualmente importantes, como as de comunicação, 
cultura, direitos humanos e justiça, educação, meio ambiente, saúde e trabalho. 
A curricularização da extensão, sob a coordenação de docentes 
especialmente designados, está vinculada ao desenvolvimento de projetos, 
cursos, oficinas, eventos, como a Semana Tecnológica da Metalurgia, e a 
prestação de assessoria técnica. 
Cabe reiterar, que as atividades de extensão, devidamente planejadas, 
estão concebidas para serem desenvolvidas presencialmente durante a fase 
escolar, como parte integrante do processo formativo, de caráter interdisciplinar, 
por meio da produção e da aplicação do conhecimento, em articulação 
permanente com o ensino e a pesquisa, interagindo com os diversos setores da 
sociedade. 
 
 
 
19 
3 JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS 
3.1 Justificativa 
Tecnólogo em Processos Metalúrgicos, objeto deste Projeto de Curso, 
é uma ocupação que encontra correspondência na Classificação Brasileira de 
Ocupações (CBO) sob título homônimo (mediante código 2146-15), inserido 
dentro da família ocupacional Engenheiros metalurgistas, de materiais e afins. 
Ainda segundo a CBO, estes profissionais projetam estruturas, 
propriedades e processos de materiais e, para tanto, entre outras atividades, 
selecionam materiais e processos, planejam e supervisionam testes e 
experimentos e caracterizam produtos, processos e aplicações. Assessoram na 
transformação de matérias-primas em produtos, desenvolvem produtos, 
processos e aplicações, gerenciam qualidade de matérias-primas, produtos e 
serviços e elaboram documentação técnica. Podem prestar assessoria técnica a 
clientes. 
A partir de consulta realizada contando com os dados da RAIS de 2019, 
identificou-se 1.382 vínculos trabalhistas registrados sob essa ocupação no 
mercado de trabalho formal paulista. 
Dentre os setores econômicos existentes, nota-se que 22,07% desses 
trabalhadores atuam em empresas cuja atividade principal refere-se à 
Fabricação de Veículo Automotores, Reboques e Carrocerias, seguido de 
estabelecimentos voltados à Metalurgia (18,02% dos vínculos) e a Fabricação 
de Máquinas e Equipamentos (13,17%). 
Demais recortes setoriais e as respectivas participações no total de 
ocupados na família ocupacional 2146 são apresentados no Gráfico 1. 
 
20 
 
Gráfico 1. Distribuição setorial de trabalhadores registrados na família ocupacional 2146 no 
mercado de trabalho formal do Estado de São Paulo em 2019. 
Fonte: RAIS (2019). 
 
No entanto, julga-se pertinente apurar mais detalhadamente a distribuição 
dos vínculos considerando a oferta local desde curso superior em tecnologia. 
Isto posto, o Gráfico 2 revela a distribuição dos vínculos de trabalho desta 
profissão nos municípios paulistas. 
Considerando apenas as cidades pertencentes à área de atuação 
geográfica das Escolas SENAI de Osasco (9 municípios), foram apurados 280 
vínculos da família ocupacional, o que corresponde a 20,26% do mercado de 
trabalho desses profissionais no estado de São Paulo. 
Todavia, é importante destacar que, em um estudo realizado a partir de 
microdados da RAIS entre 2009 e 2018, atualizados pelas movimentações 
registradas via CAGED (considerando o acumulado até junho de 2019), foi 
possível constatar que a família ocupacional em questão não apresenta um 
número expressivo de vínculos trabalhistas na indústria de transformação, tanto 
em âmbito estadual, quanto na área de abrangência da Faculdade de Tecnologia 
SENAI em Osasco. 
22,07%
18,02%
13,17%4,49%
3,62%
2,82%
2,82%
2,82%
30,17%
Fabricação De Veículos Automotores,
Reboques E Carrocerias
Metalurgia
Fabricação De Máquinas E Equipamentos
Fabricação De Produtos De Metal, Exceto
Máquinas E Equipamentos
Fabricação De Máquinas, Aparelhos E
Materiais Elétricos
Fabricação De Produtos De Minerais Não-
Metálicos
Extração De Petróleo E Gás Natural
Fabricação De Coque, De Produtos Derivados
Do Petróleo E De Biocombustíveis
Outros
 
21 
al resultado se deve ao fato de que os egressos do curso superior de 
tecnologia em processos metalúrgicos, em sua maioria, atuam em outras 
ocupações que não a CBO 2146-15 (“Tecnólogo em Metalurgia”). 
Desse modo, um maior nível de agregação torna-se necessário para 
investigar a dinâmica do mercado de trabalho desses profissionais. 
Especificamente, para os fins desta justificativa, considerou-se um recorte 
contemplado por número de admissões de profissionais com ensino superior 
atuantes nos setores: 
 Metalurgia (Divisão 24 da CNAE 2.0); 
 Fabricação de Produtos de Metal; 
 Exceto Máquinas e Equipamentos (Divisão 25 da CNAE 2.0); 
 Fabricação de Máquinas e Equipamentos (Divisão 28 da CNAE 2.0). 
Tal indicador pode ser interpretado como uma demanda histórica de 
empresas por profissionais com graduação completa ou em curso (incompleta) 
(Gráfico 3). 
 
 
22 
 
Gráfico 2. Distribuição regional de trabalhadores registrados na família ocupacional 2146 no mercado de trabalho formal do Estado de São Paulo em 2019. 
Fonte: RAIS (2019). 
 
 
 
23 
 
Gráfico 3. Série Histórica de Admitidos com ensino superior na região de abrangência da Escola SENAI 
de Osasco. 
Fonte: RAIS (2007 até 2018). 
 
Como resultado, obteve-se que os dados regionais indicam que a deterioração 
verificada no mercado de trabalho formal dos segmentos de metalurgia, fabricação de 
produtos de metal, máquinas e equipamentos desde 2013 arrefeceu e, a partir de 
2017, nota-se uma leve retomada do volume de contratações de trabalhadores com 
ensino superior nos segmentos destacados, considerando a região de abrangência 
da Faculdade de Tecnologia SENAI em Osasco. 
Contudo, é importante ressaltar que dadosobtidos a partir da RAIS 
estabelecimentos (2007 e 2017) revelaram que, para o ramo da Metalurgia, foram 
desativadas 51 plantas em todo o estado, sendo que desse total, 11 empresas se 
localizavam em Osasco. Ademais, verifica-se que a realidade observada no município 
segue o cenário estadual. 
 
24 
 
Gráfico 4 Número de Empresas classificadas na divisão 24 da CNAE 2.0 no estado de São Paulo e 
em Osasco. 
Fonte: PIA-IBGE e RAIS (2007 até 2017). 
 
Para o ramo da Fabricação de Produtos de Metal, exceto Máquinas e 
Equipamentos a queda no número de estabelecimentos registrada no estado de São 
Paulo foi de 11,40% (857 empresas), ao passo que em Osasco, a queda observada 
foi de 8,08% (8 empresas). 
 
 
Gráfico 5. Número de Empresas classificadas na divisão 25 da CNAE 2.0 no estado de São Paulo e 
em Osasco. 
Fonte: PIA-IBGE e RAIS (2007 até 2017). 
 
Por fim, tem-se a dinâmica observada na Fabricação De Máquinas e 
Equipamentos (Divisão 28), que apresentou uma maior volatilidade quando 
comparada às divisões anteriormente apresentadas, com períodos bem segmentados 
de redução (2008- 2010 e 2013-2017) e expansão (2010-2013). 
 
25 
Considerando o intervalo mais recente (2013-2017), verificou-se uma 
diminuição de 27,20% (1.370 empresas) em todo o território estadual. Em Osasco, a 
redução percentual foi similar, sendo de 26,42% (14 empresas). 
 
 
Gráfico 6. Número de Empresas classificadas na divisão 28 da CNAE 2.0 no estado de São Paulo e 
em Osasco. 
Fonte: PIA-IBGE e RAIS (2007 até 2017). 
 
Nesse sentido, em um contexto de diminuição no número de empresas atuando 
nos segmentos analisados em Osasco, aliado a uma lenta retomada do mercado de 
trabalho da metalurgia no município, torna-se providencial uma estratégia de 
prospecção de potenciais alunos em cidades vizinhas para dinamizar a procura pelo 
curso, sobretudo naquelas que compõem a área de abrangência da Faculdade de 
Tecnologia SENAI em Osasco. 
Além dos dados apresentados anteriormente, tem-se que o estudo realizado 
pelo Departamento Nacional do SENAI (“Mapa do Trabalho Industrial: 2019-2023”) 
reforça a demanda futura por mão de obra no segmento da metalmecânica, seja em 
nível técnico ou superior. 
Em linhas gerais, argumenta-se que, no médio prazo, a necessidade de novos 
investimentos no parque industrial brasileiro impulsionará a demanda do setor e, 
consequentemente, o mercado de trabalho. 
Não obstante, a pesquisa salienta a necessidade de manter os cursos ofertados 
pela instituição em linhas com o desenvolvimento tecnológico observado no mercado, 
 
26 
uma vez que a demanda futura por novos profissionais incluirá competências 
tecnológicas relacionadas à Indústria 4.0. 
Finalmente, ao avaliar a realidade enfrentada pelos concorrentes na oferta 
dessa titulação, nota-se que, segundo o acompanhamento realizado pelo Guia do 
Estudante, que existem 5 instituições de ensino superior que ofertam o Curso Superior 
de Tecnologia de Processos Metalúrgicos, sendo três delas localizadas no estado de 
São Paulo: 
 FATEC de Pindamonhangaba; 
 FATEC de Sorocaba; 
 Faculdade de Tecnologia SENAI Nadir Dias de Figueiredo em Osasco. 
 
 
Gráfico 7. Relação candidato/vaga do curso superior de tecnologia em processos metalúrgicos em 
Pindamonhangaba, Sorocaba e Osasco. 
Fonte: Sites institucionais da FATEC e dados internos da Faculdade de Tecnologia SENAI em Osasco. 
 
Dentre as ofertas localizadas em São Paulo, nota-se tendência generalizada 
de queda na relação candidato/vaga nos processos seletivos conduzidos entre 2012 
e 2016, de modo a refletir os aspectos econômicos conjunturais enfrentados pelo setor 
industrial paulista e a economia brasileira como um todo. 
Todavia, o indicador apresentado pela FATEC - Pindamonhangaba tem 
demonstrado uma tendência de recuperação desde 2017. 
 
27 
Desse modo, o Benchmarking realizado demonstra que, mesmo em uma 
expectativa de retomada lenta da atividade industrial dos segmentos analisados e, 
consequentemente, do mercado de trabalho de interesse, a redução no número de 
empresas no município de Osasco indica que a melhora esperada dificilmente levará 
a um dinamismo observado no pré-crise. 
Nesse sentido, as iniciativas de expansão da abrangência geográfica 
(prospectar alunos em municípios próximos) e setorial (alocar egressos nos 
segmentos de fabricação de produtos de metal e máquinas e equipamentos e outras 
atividades relacionadas ao conteúdo formativo estabelecido neste Projeto Pedagógico 
de Curso) tornam-se fundamentais para alcançar uma maior relação de 
candidato/vaga. 
Concluindo, considerando-se as análises conduzidas ao longo deste estudo, 
justifica-se a reformulação do Curso Superior de Tecnologia em Processos 
Metalúrgicos ofertado pela Faculdade de Tecnologia SENAI Nadir Dias de Figueiredo, 
contudo alertam para a necessidade de expansão da abrangência geográfica do 
curso, bem como do recorte ocupacional e setorial. 
 
3.2 Objetivo 
O Curso Superior de Tecnologia de Processos Metalúrgicos tem por 
objetivo formar profissionais para gerenciar processos produtivos metalúrgicos e 
desenvolver soluções inovadoras integradas aos processos metalúrgicos, 
considerando materiais, mão de obra, equipamentos, tecnologia, qualidade, 
segurança e saúde ocupacional e meio ambiente, segundo a legislação e normas 
vigentes. 
 
 
28 
4 REQUISITOS E FORMAS DE ACESSO 
A inscrição e a matrícula no Curso Superior de Tecnologia de Processos 
Metalúrgicos estão abertas a candidatos que comprovem a conclusão do ensino 
médio ou equivalente e aprovação em processo seletivo. 
 
 
 
 
29 
5 PERFIIL PROFISSIONAL DE CONCLUSÃO 
Eixo Tecnológico: Controle e Processos Industriais 
Segmento Tecnológico: Metalurgia 
Graduação: Tecnólogo em Processos Metalúrgicos 
Nível de Educação Profissional: Educação Profissional Tecnológica de 
Graduação 
CBO: 2143-15 
 
O perfil profissional foi definido com base em metodologia desenvolvida pelo 
SENAI9 para o estabelecimento de perfis profissionais baseados em competências, 
tendo como parâmetro a análise funcional, centrando-se, assim, nos resultados que o 
Tecnólogo em Processos Metalúrgicos deve apresentar no desempenho de suas 
funções. 
Compõe o perfil profissional: 
a) competências profissionais; 
b) competências socioemocionais; 
c) contexto de trabalho. 
A estratégia utilizada para a definição do perfil profissional, marco referencial 
para o desenvolvimento do currículo, foi a de estabelecê-lo por meio de Comitês 
Técnicos. 
5.1 Comitês Técnicos 
5.1.1 Comitê Técnico de Especialistas 
O Comitê Técnico de Especialistas, composto por representantes da Faculdade 
de Tecnologia SENAI Nadir Dias de Figueiredo, foi constituído para: 
a) analisar as informações do mercado de trabalho, referenciando-se nos 
estudos realizados pela Gerência de Relações com o Mercado do SENAI-
SP; 
 
9 SENAI/DN. Metodologia SENAI de Educação Profissional: Brasília: Unidade de Educação Profissional e Tecnológica, 2019. 
 
30 
b) avaliar as demandas pelo profissional em âmbito local e regional, 
referenciando-se nas tecnologias emergentes e prováveis mudanças 
organizacionais no setor de metalurgia; 
c) elaborar minuta do perfil profissional com a descrição das competências 
profissionais e do contexto de trabalho para ser validado por Comitê 
Técnico Setorial. 
Participaram do Comitê Técnico de Especialistas docentes do curso e 
representantes do NDE: 
 Antenor Ferreira Filho - Professor de Educação Profissional Tecnológica; 
 Eduardo Francisco da Silva - Coordenador de Atividades Pedagógicas; 
 Emerson Silva Bussoloti - Instrutor de Práticas Profissionais 
 Leila Garcia Reis - Instrutor de Práticas Profissionais 
 Marcelo Lopes da Silva - Instrutor de Práticas Profissionais; 
 Milton Nunes Pedroso - Professor de Educação Profissional Tecnológica; 
 Odilon de MoraesJunior - Instrutor de Práticas Profissionais 
 Paulo Eduardo Alves Fernandes - Coordenador de Atividades Técnicas; 
 Rafael de Jesus Fernandes - Instrutor de Práticas Profissionais; 
 Reginaldo Rodrigues de Sousa - Instrutor de Práticas Profissionais 
 Reinaldo Ferreira - Instrutor de Práticas Profissionais. 
5.1.2 Comitê Técnico Setorial 
O Comitê Técnico Setorial foi estabelecido como um fórum técnico-consultivo, 
com o objetivo de validar a proposta do perfil profissional estabelecido pelo Comitê de 
Especialistas do SENAI às necessidades e expectativas do mercado. Para tanto, 
contou com a participação de atores externos, envolvendo representantes da indústria 
ligadas à área da metalurgia, associações de referência técnica e da academia. 
Em 01/10/2020, por meio de webconferência, as competências profissionais do 
Tecnólogo em Processos Metalúrgicos foram validadas pelo Comitê Técnico Setorial. 
Participaram do referido Comitê: 
 
31 
a) Representantes de empresas e associações de referência técnica: 
 Antonio Augusto Couto – Prof. Doutor Adjunto - Universidade 
Mackenzie; 
 Daniel Almeida - Diretor executivo ABS e Presidente na Instituto Mauá 
de Tecnologia – ABS; 
 David Bellentani Rocha - Técnico de Inspeção de Equipamentos – 
Petrobras; 
 Edson Urtado - Gerente de Negócios - Hyperterm Brasil; 
 Eduardo Tavares Galvani - Supervisor de Pesquisa & Desenvolvimento 
– Höganäs; 
 Eliseu Faustino – Diretor - TECNOTRAT Tratamento Térmico de Metais 
Ltda; 
 Fabio Sanches Sant'Ana – Diretor - Farcco Tecnologia; 
 Heber Pires Otomar - Coordenador do Comitê de Tecnologia e Inovação 
– ABAL; 
 Ivan Daniel Manieri - Especialista de Aplicações e Materiais - Voestalpine 
Böhler Welding; 
 Jeremias Antonio da Silva - Gerente de Produto - Belgo Bekaert Arames; 
 José Carlos D' Amaro - Diretor de Processos Químicos - Alpha Galvano 
Química Brasileira Ltda; 
 Reinaldo José de Oliveira - Gerente de Contas - MAGMA ENGENHARIA 
DO BRASIL; 
 Ricardo Fuoco - Consultor - Especialista em Fundição, Gestão 
Estratégica, P&D&I - Fuoco Consultoria; 
 Sergio Aparecido dos Santos - Diretor Presidente - Fundimazza - 
Fundição de Precisão. 
b) Representantes da Faculdade SENAI Nadir Dias de Figueiredo: 
 Odilon de Moraes Junior - Técnico de Ensino; 
 Paulo Eduardo Alves Fernandes - Coordenador de Atividades Técnicas; 
c) Observadores da Faculdade SENAI Nadir Dias de Figueiredo: 
 Antenor Ferreira Filho - Professor de Educação Profissional Tecnológica; 
 Eduardo Francisco da Silva - Coordenador de Atividades Pedagógicas; 
 
32 
 Emerson Silva Bussoloti - Instrutor de Práticas Profissionais; 
 Leila Garcia Reis - Instrutor de Práticas Profissionais; 
 Marcelo Lopes da Silva - Instrutor de Práticas Profissionais; 
 Milton Nunes Pedroso - Professor de Educação Profissional 
Tecnológica; 
 Rafael de Jesus Fernandes - Instrutor de Práticas Profissionais; 
 Reginaldo Rodrigues de Sousa - Instrutor de Práticas Profissionais; 
 Reinaldo Ferreira - Instrutor de Práticas Profissionais. 
d) Representantes da Gerência de Educação: 
 Anderson Luis da Silva Sarmento - Especialista em Educação 
Profissional; 
 Eduardo Antônio Crepaldi - Especialista em Educação Profissional; 
 Márcio José do Nascimento - Especialista em Educação Profissional. 
5.2 Competências profissionais 
As competências profissionais tecnológicas e específicas caracterizam ações 
típicas que o profissional realiza, segundo padrões de qualidade e produtividade 
requeridos pela natureza do trabalho. Estão estruturadas em: 
a) Competência geral: expressa de forma global o que o profissional deve ser 
capaz de realizar para o adequado exercício de suas atividades 
profissionais; 
b) Funções: expressam cada uma das ações descritas na competência geral; 
c) Subfunções: expressam cada uma das etapas ou processos de trabalho 
que constituem uma função. Indicam os resultados necessários que o 
profissional deve apresentar para o alcance da função principal. 
d) Padrões de desempenho: expressam critérios qualitativos que permitem 
verificar o alcance do desempenho em cada uma das subfunções 
estabelecidas. 
 
 
 
 
33 
5.2.1 Competência geral e funções principais 
a) Competência geral: 
 Gerenciar processos produtivos metalúrgicos e desenvolver soluções 
inovadoras integradas aos processos metalúrgicos, considerando 
materiais, mão de obra, equipamentos, tecnologia, qualidade, 
segurança e saúde ocupacional e meio ambiente, segundo a legislação 
e normas vigentes. 
b) Funções: 
 Função 1: 
> Gerenciar processos produtivos metalúrgicos, considerando 
materiais, mão de obra, equipamentos, tecnologia, qualidade, 
segurança e saúde ocupacional e meio ambiente, segundo a 
legislação e normas vigentes; 
 Função 2: 
> Desenvolver soluções inovadoras integradas aos processos 
metalúrgicos, considerando materiais, equipamentos, tecnologia, 
qualidade, segurança e saúde ocupacional e meio ambiente, 
segundo a legislação e normas vigentes. 
5.2.2 Subfunções e padrões de desempenho relacionados a função 1 
a) Planejar os processos produtivos metalúrgicos: 
 elaborando ficha de produção; 
 definindo o processo a ser executado; 
 identificando as necessidades de insumos; 
 definindo os custos e benefícios em relação aos processos e insumos; 
 definindo os recursos humanos; 
 definindo as etapas de execução do processo produtivo; 
 definindo as etapas de controle de acordo com os requisitos do cliente; 
 avaliando os prazos determinados pelo cliente; 
 
34 
 estimando o custo do produto ou serviço; 
 elaborando orçamento do produto ou serviço; 
 estabelecendo a logística interna e externa, bem como os riscos de 
fornecimento de matéria-prima; 
 definindo o tempo de passagem; 
 utilizando ferramentas de planejamento em simulações numéricas (MRP 
I e II) 
 definindo o leiaute do processo de fabricação. 
b) Participar do processo de beneficiamento de matérias primas e obtenção 
de metais: 
 estabelecendo a sequência de extração e beneficiamento dos minérios, 
tendo em vista a obtenção dos metais; 
 classificando os minérios quanto a sua composição química e física; 
 especificando meios de produção, materiais, tecnologias e 
equipamentos; 
 controlando parâmetros de processos para obtenção de metais; 
 assessorando processos de obtenção de metais. 
c) Implementar processos produtivos de fundição: 
 calculando a carga de forno; 
 definindo os canais e massalotes; 
 definindo os processos de moldagem em areia; 
 definindo os processos de moldagem em moldes metálicos (gravidade e 
sob pressão); 
 definindo os processos de moldagem por cera perdida (revestimentos 
cerâmicos); 
 definindo as temperaturas de fusão e de vazamento; 
 definindo os processos de desmoldagem; 
 definindo os processos de acabamento; 
 
35 
 controlando a composição química da carga, da temperatura do metal 
líquido e do vazamento; 
 controlando as propriedades dos machos e moldes de areia para 
fundição; 
 controlando os parâmetros de injeção na fundição de moldes metálicos; 
 controlando os ferramentais de injeção em relação ao desgaste; 
 analisando os resultados de simulação numérica aplicadas aos 
processos de preenchimento e solidificação por meio de software. 
d) Implementar processos produtivos de tratamento termofísico e 
termoquímico: 
 definindo os ciclos de tratamentos térmicos, de acordo com as 
propriedades requeridas para o metal/produto, considerando, o histórico 
de processamento e necessidades de aplicações e processamentos 
futuros; 
 utilizando gráficos referenciais de reações/transformações esperadas 
para o metal; 
 especificando os equipamentos e instalações, em função do tipo de 
tratamento térmico a ser realizado e do metal a ser tratado; 
 controlando os parâmetros de temperatura, tempo, atmosfera de forno e 
meios de resfriamento, de acordo com os ciclos estabelecidos; analisando alterações dimensionais decorrentes de transformações 
metalúrgicas e disposição do produto durante a execução de ciclos 
térmicos; 
 aplicando normas, procedimentos, técnicas e requisitos específicos de 
segurança, manuseio e operação de equipamentos para tratamento 
térmico; 
 utilizando novas tecnologias disponíveis e em desenvolvimento no 
mercado a nível nacional e mundial. 
e) Implementar processos produtivos de conformação mecânica: 
 
36 
 calculando as cargas de deformação dos materiais, tendo em vista a 
seleção do equipamento; 
 especificando os equipamentos e instalações, em função do processo 
de conformação a ser realizado; 
 analisando a influência do processo de conformação em função das 
propriedades físicas, químicas e mecânicas do material, para atender 
aos requisitos de qualidade do produto; 
 especificando o modelo/material em função de sua aplicação, para a 
confecção de ferramentas, matrizes e dispositivos; 
 estabelecendo pontos de controle para os processos de conformação 
mecânica; 
 analisando a influência da temperatura e dos sistemas de resfriamento 
nos materiais e ferramentas utilizados nos processos de conformação à 
quente; 
 aplicando normas e procedimentos técnicos específicos à conformação 
mecânica; 
 analisando a aplicação de lubrificantes, polímeros e outros recursos na 
otimização de ferramentas. 
f) Implementar processos produtivos de corte e soldagem: 
 estabelecendo as etapas do processo de corte e de soldagem, de acordo 
com o produto a ser executado; 
 elaborando instrução de execução e inspeção da soldagem (IEIS); 
 controlando os parâmetros de corte e de soldagem, de acordo com as 
especificações de procedimentos de soldagens (EPS); 
 monitorando a qualificação e certificação técnica da mão-de-obra, de 
acordo com a soldagem a ser realizada, referenciando-se no registro de 
qualificação dos soldadores (RQS) e na relação de soldadores 
qualificados (RSQ); 
 monitorando as métricas de produtividade de soldagem e corte; 
 
37 
 aplicando normas e procedimentos técnicos específicos à soldagem e 
corte. 
g) Implementar processos produtivos de usinagem: 
 definindo processos de usinagem com auxílio de softwares de simulação 
CAD/CAM; 
 realizando o controle dimensional de acabamento superficial do produto 
durante o processo de fabricação; 
 estabelecendo os custos de usinagem; 
 adequando as ferramentas de usinagem de acordo com o material a ser 
usinado; 
 verificando a viabilidade do uso de dispositivos de usinagem; 
 alocando os recursos necessários para a usinagem; 
 analisando se o material especificado atende aos requisitos de 
usinagem; 
 estimando o tempo de usinagem em função do material e do processo 
estabelecido; 
 propondo ações de melhoria por meio de mudanças em projetos e 
processos metalúrgicos relacionados aos processos de usinagem, com 
base nos resultados da produção. 
h) Implementar processos de tratamento de superfície metálica: 
 preparando soluções para os processos químicos em função do tipo de 
revestimento; 
 classificando os tipos de corrosão em função da matéria prima e do meio 
ambiente; 
 realizando ensaios para caracterização do tipo de corrosão, de acordo 
com normas e procedimentos; 
 propondo revestimentos a serem aplicados de acordo com o tipo de 
corrosão diagnosticada; 
 
38 
 definindo os processos químicos e físicos a serem utilizados, em função 
do material a ser tratado; 
 definindo as máquinas e os equipamentos para tratamento de superfície, 
de acordo com o processo; 
 realizando análises químicas quantitativas nos banhos para controle de 
qualidade do revestimento; 
 realizando ensaios físico-químicos para controle da espessura e da 
qualidade da camada do revestimento; 
 propondo ações de melhoria no processo de tratamento de superfície 
para redução de consumo de energia e água, tendo em vista aumento 
da produtividade e redução de custos. 
i) Implementar tratamento de efluentes dos processos metalúrgicos: 
 caracterizando os efluentes de acordo com sua composição química e 
estado físico, de acordo com as normas técnicas; 
 definindo a forma de segregação dos efluentes em função de sua 
composição química e seu estado físico; 
 definindo a destinação final dos efluentes de acordo com a sua 
caracterização; 
 propondo o reaproveitamento dos efluentes com vistas à economia 
circular; 
 definindo o tipo de tratamento em função da segregação; 
 definindo máquinas e equipamentos em função do tipo de tratamento; 
 realizando análises químicas para a verificação da qualidade do 
tratamento; 
 propondo correções nos tratamentos de efluentes, de acordo com 
resultados dos ensaios realizados, atendendo as normas técnicas 
vigentes; 
 aplicando normas e procedimentos de segurança para o manuseio de 
produtos e reagentes químicos no tratamento de efluentes. 
 
39 
j) Controlar a qualidade dos produtos metalúrgicos: 
 definindo ensaios de acordo com as especificações do produto; 
 definindo ensaios para caracterização de não conformidades e falhas do 
produto e do processo produtivo, por meio de tecnologia avançada; 
 estabelecendo procedimento de ensaio a ser executado, de acordo com 
o material e produto que será ensaiado; 
 aplicando normas, procedimentos técnicos e documentos da qualidade, 
de acordo com as especificações do desenho do produto, bem como 
normas de saúde, segurança do trabalho e sistemas de gestão da 
qualidade; 
 definindo as técnicas de execução de ensaios previstas nos documentos 
técnicos; 
 avaliando o desempenho, a confiabilidade e a rastreabilidade de 
instrumentos e equipamentos utilizados para realização de ensaios e 
análises, por meio de calibrações diretas, indiretas e estudos dos meios 
de medição (MSA), conforme normas aplicáveis; 
 definindo ações preventivas e corretivas para os instrumentos e 
equipamentos utilizados nos ensaios e análises, com base na avaliação 
de desempenho e confiabilidade dos mesmos; 
 analisando os resultados obtidos nos ensaios de acordo com as 
especificações estabelecidas; 
 relacionando os resultados dos ensaios e análises com o processo e 
desempenho do material ou produto; 
 elaborando laudo técnico da qualidade em função dos resultados e 
análise dos ensaios; 
 propondo ações de melhorias nos produtos com base nos resultados dos 
ensaios e análises. 
k) Controlar a execução dos processos produtivos metalúrgicos: 
 analisando as etapas do processo, tendo em vista o desempenho e 
resultados da qualidade; 
 
40 
 aplicando as ferramentas de gerenciamento da produção; 
 definindo as ações preventivas e corretivas para minimização de não 
conformidades nos processos; 
 avaliando o desempenho e resultados da qualidade, com base nos 
objetivos e metas estabelecidos; 
 propondo ações de melhorias nos processos com base na avaliação de 
desempenho e resultados da produção e da qualidade; 
 aplicando tecnologias como internet das coisas. 
l) Prever atividades de manutenção preditiva, preventiva, corretiva e detectiva 
das máquinas e equipamentos dos processos produtivos metalúrgicos: 
 verificando o estoque de peças de reposição, com base na especificação 
e manual do equipamento do fabricante 
 analisando os indicadores, o uso de sensores dos dados gerados das 
máquinas e equipamentos, incluindo monitoramento tribológico 
 elaborando cronograma de inspeção das máquinas e equipamentos 
 definindo as paradas de máquinas para as operações de manutenção 
preventiva 
 aplicando tecnologias como internet das coisas 
m) Coordenar equipes de trabalho envolvidas nos processos metalúrgicos: 
 desenvolvendo trabalhos em equipe; 
 exercendo liderança; 
 avaliando as necessidades de treinamento; 
 orientando as equipes de trabalho; 
 administrando conflitos; 
 promovendo ações motivadoras; 
 elaborando métricas de desempenhoda equipe; 
 aplicando metodologias e ferramentas para a solução de problemas. 
 
 
41 
5.2.3 Subfunções e padrões de desempenho relacionados a função 2 
a) Propor a integração dos processos metalúrgicos considerando as 
tecnologias digitais: 
 participando do desenvolvimento da automatização dos processos 
metalúrgicos (sensoreamento); 
 estabelecendo sistemas integrados de engenharia e manufatura com o 
uso de softwares CAD/CAE/CAM/PLM/Digital Twin e de simulação; 
 otimizando a fabricação dos produtos metalúrgicos, por meio de linhas 
flexíveis de manufatura; 
 estabelecendo processos metalúrgicos de produção em células, com 
aplicações da robótica, linguagem M2M (máquina-máquina) e 
inteligência artificial (IA); 
 definindo os parâmetros de controle dos processos metalúrgicos, por 
meio de monitoramento remoto; 
 controlando os processos metalúrgicos em tempo real, com o uso de 
tecnologias digitais. 
b) Buscar a aplicação de novos processos e materiais metálicos na 
manufatura de produtos industriais: 
 aplicando ferramentas de manufatura enxuta para inovação dos 
processos metalúrgicos; 
 selecionando as tecnologias de manufatura aditiva, de acordo com as 
características e aplicações do produto; 
 realizando a prototipagem rápida por meio de manufatura aditiva; 
 analisando o comportamento, propriedades e o controle dos materiais 
metálicos em escala nanométrica (nanotecnologias); 
 analisando os impactos ambientais, de segurança e de custo, 
relacionados aos materiais e aos processos produtivos; 
 controlando a qualidade dos processos e dos produtos nanotecnológicos 
de acordo com as suas especificações; 
 
42 
 cumprindo procedimentos e normas técnicas, em função dos materiais e 
processos industriais definidos; 
 selecionando tecnologias de caracterização de materiais por 
processamento eletrônico de imagens em função do desempenho 
esperado; 
 analisando os resultados obtidos dos ensaios por meio de 
processamento eletrônico de imagens; 
 selecionando materiais para o desenvolvimento de novos processos de 
manufatura. 
5.3 Competências profissionais socioemocionais 
As competências socioemocionais indicam os comportamentos desejáveis do 
profissional no âmbito de trabalho: 
a) administrar tempo e atividades; 
b) aplicar os aspectos de inovação em novos processos e produtos e em suas 
atividades profissionais; 
c) apresentar postura proativa e responsável, comprometida com as 
atividades profissionais; 
d) atuar em equipes de trabalho, comunicando-se profissionalmente, 
interagindo, orientando e cooperando com os integrantes (habilidade de 
apresentação); 
e) atuar profissionalmente, respeitando os princípios e procedimentos 
técnicos; 
f) planejar e organizar o próprio trabalho; 
g) ter senso de atualização contínua; 
h) ter visão sistêmica, considerando conjuntamente os aspectos técnicos, 
sociais, econômicos, tecnológicos e de qualidade aplicáveis às atividades 
sob a sua responsabilidade; 
i) tomar decisões no planejamento e na resolução de problemas complexos 
relacionados às atividades sob sua responsabilidade; 
 
43 
j) participar da execução de programas de treinamentos de sua equipe de 
trabalho; 
k) atuar com alto grau de responsabilidade e autonomia, inclusive liderando 
outras pessoas; 
l) atender clientes e fornecedores corporativos assim como aqueles diretos 
da cadeia produtiva; 
m) participar das ações de controle da qualidade de produtos e sistemas; 
n) participar das ações de desenvolvimento dos processos de controle da 
produção; 
o) participar da elaboração de procedimentos técnico-operacionais e 
administrativos; 
p) conviver com rápidas e constantes mudanças tecnológicas; 
q) manter relação forte com a chefia e os executores do setor produtivo; 
r) desenvolver visão holística da cadeia produtiva; 
s) desenvolver atividades de racionalização do trabalho; 
t) tomar decisões frente a situações inéditas; 
u) gerenciar e motivar equipes reduzindo problemas de interface; 
v) atuar no cumprimento de normas e procedimentos relativos à qualidade, 
segurança e meio ambiente; 
5.4 Contexto de trabalho 
O contexto de trabalho descreve informações de natureza técnica, 
organizacional e socioprofissional, que caracteriza, situa e indica as circunstâncias em 
que as competências profissionais são realizadas. 
O contexto de trabalho foi estabelecido pelo Comitê de Especialistas, com base 
na análise dos resultados dos estudos do mercado de trabalho e tendências da área 
tecnológica. 
 
 
 
44 
5.4.1 Meios de produção 
Os meios de produção indicam os principais equipamentos, máquinas, 
ferramentas, instrumentos, hardwares, softwares, materiais entre outros, mais 
representativos no âmbito de atuação do profissional: 
a) Equipamentos, máquinas, ferramentas e instrumentos: 
 analisador químico portátil por fluorescência de Raios X; 
 analisador de carbono e enxofre; 
 autoclave; 
 câmara de nevoa salina; 
 células de carga; 
 chuveiro de areia; 
 coquilhadeira basculante; 
 cortadoras metalográficas; 
 durômetros; 
 endoscópio; 
 equipamento de difração de Raios X; 
 equipamento de corte pelo processo Oxigás e Plasma; 
 equipamento de soldagem nos processos Eletrodo Revestido, 
MIG/MAG, TIG, Arco Submerso e Arame Tubular; 
 equipamento para análise de flexão em casca cerâmica; 
 equipamento para ensaio de temperabilidade Jominy; 
 equipamento para ensaio por ultrassom; 
 equipamentos para medição das propriedades da areia de fundição 
(umidade, moldabilidade, compactabilidade, permeabilidade, 
compressão e cisalhamento); 
 equipamentos de usinagem; 
 estereoscópio; 
 
45 
 estufas para tratamento térmico; 
 expectômetro de emissão óptica; 
 extensômetros; 
 forno de calcinação; 
 fornos para a fusão de metais; 
 fornos para tratamento térmico; 
 furadeiras de coluna e manual; 
 gasadora de machos CO2; 
 impressoras 3D; 
 injetora de alumínio e de zamac; 
 injetora de cera; 
 instrumentos de medição metrológica; 
 jar test; 
 lixadeira metalográfica; 
 lixadeira para esmerilhamento; 
 lixadeira de disco para madeira; 
 máquina de moldagem; 
 máquina de moldar cascas pelo processo shell molding; 
 máquina estacionária para ensaio por partículas magnéticas; 
 máquina para ensaio de estampabilidade; 
 máquina para ensaio de fadiga; 
 máquina para ensaio de fluência; 
 máquina para ensaio de impacto; 
 máquina para ensaio em molas; 
 máquina para jateamento; 
 máquinas para ensaios estáticos uniaxiais (máquina universal); 
 
46 
 medidor de espessura de camada galvânica; 
 microdurômetros; 
 microscópio eletrônico de transmissão; 
 microscópio eletrônico de varredura; 
 microscópio de força atômica; 
 microscópios ópticos metalúrgicos; 
 misturador de areia e agitador mecânico; 
 mufla; 
 negatoscópio; 
 penetrômetro; 
 pirômetros; 
 politrizes; 
 potenciostato; 
 prensa para embutimento metalográfico a quente; 
 retificadores de corrente; 
 robôs e simuladores de soldagem; 
 scanner; 
 sistema analisador de imagem; 
 sistema de captura de imagem; 
 tanques de preparação e manutenção de lama cerâmica; 
 tanques de preparação de banhos galvânicos; 
 tanques para resfriamento de peças; 
 transdutores (cabeçotes) para ensaio por ultrassom; 
 viscosímetro; 
 Yoke para ensaio por partículas magnéticas; 
 
 
47 
b) Softwares e plataformas: 
 simulação de solidificação de metais e preenchimento de moldes; 
 modelamento 3D; 
 aplicativos para editor de textos, planilhas e apresentação; 
 elementos finitos. 
5.4.2 Condições de trabalho 
As condições de trabalham retratam informações relacionadas aos ambientes 
e riscos de trabalho típicos, bem como áreas de atuação e formas de inserção e 
atuação do profissional no mercado de trabalho: 
a) Ambientes de trabalho: 
 ambientes fechados e cobertos de acordocom as características da 
empresa; 
 trabalhos em turnos de acordo com a legislação, geralmente no período 
diurno com ações esporádicas à noite. 
b) Riscos profissionais: 
 riscos físicos: ruídos, calor; 
 risco químico: partículas em suspensão, vapores, gases, fumos 
metálicos, produtos químicos; 
 riscos ergonômicos: movimentos repetitivos, posição ergonômica em 
relação a atividade a ser executada; 
 riscos de acidentes: cortes, quedas, contusões, escoriações, 
queimaduras e choques; 
 riscos de estresse em função da natureza do trabalho. 
c) Áreas de atuação: 
 atividades relacionadas a metalurgia, compreendendo: 
> conversão de minérios ferrosos e não ferrosos em produtos 
metalúrgicos por meios térmicos, eletrometalúrgicos ou não e outras 
técnicas metalúrgicas de processamento para obtenção de produtos 
 
48 
intermediários do processamento de minérios metálicos, tais como 
gusa, aço líquido, alumina calcinada ou não, mates metalúrgicos de 
cobre e níquel, entre outros; 
> produção de metais em formas primárias ou semiacabados, tais como 
lingotes, placas, tarugos, biletes, palanquilhas, entre outros; 
> produção de laminados, relaminados, trefilados, extrudados, 
retrefilados, tais como chapas, bobinas, barras, perfis, trilhos, 
vergalhões, fio-máquina, entre outros; 
> produção de tubos; 
> produção de peças fundidas de metais ferrosos e não ferrosos; 
> produção de barras forjadas de aço (laminados longos). 
 atividades relacionadas a fabricação de produtos de metal, 
compreendendo: 
> fabricação de produtos de metal como estruturas metálicas e obras 
de caldeiraria pesada para diversas aplicações, caldeiras, tanques e 
reservatórios metálicos utilizados como instalação para 
armazenamento e uso industrial; 
> fabricação de produtos de serralheria, forjaria, estamparia, funilaria, 
metalurgia de pó, artigos de cutelaria, embalagens metálicas e 
ferramentas; 
> execução de tratamentos térmico, de superfície e de efluentes. 
 atividades relacionadas a fabricação de máquinas e equipamentos, 
compreendendo: 
> componentes mecânicos, partes e peças, para as atividades 
industriais, agrícolas, extração mineral e construção, transporte e 
elevação de cargas e pessoas, para ventilação, refrigeração, 
instalações térmicas entre outras. 
d) Tipo de empresa em que se situa a ocupação: 
 indústrias de fundição de metais ferrosos e não ferrosos; 
 usinas siderúrgicas integradas e semintegradas; 
 
49 
 empresas de mineração e processamento de metais na área de 
metalurgia extrativa; 
 empresas de bens de capital; 
 empresas automotivas e de autopeças; 
 empresas fabricantes de eletrodomésticos - linha branca; 
 empresas de construção de máquinas, equipamentos e componentes 
mecânicos; 
 empresas de serviços de consultoria em sistemas da qualidade; 
 empresas de serviços de inspeção de máquinas e equipamentos; 
 empresas de serviços de tratamentos térmicos e de superfície; 
 institutos e centros de pesquisa; 
 instituições de ensino; 
 empresas que prestam serviços na qualificação de expediente de 
soldagem. 
e) Possíveis formas de inserção e atuação no mercado de trabalho: 
 programador e controle da produção júnior, pleno e sênior; 
 analista de sistema e controle da qualidade; 
 técnico de laboratório metalúrgico, ensaios e de materiais; 
 desenvolvedor de processos metalúrgicos; 
 consultor de processos metalúrgicos; 
 tecnólogo de métodos e sistemas de produção; 
 inspetor de máquinas e equipamentos mecânicos. 
5.4.3 Evolução da ocupação 
A evolução da ocupação descreve as tendências tecnológicas, organizacionais 
e seus impactos nas atividades do tecnólogo, bem como as mudanças nas atividades 
profissionais: 
a) Tendências de mudança nos fatores tecnológicos, organizacionais e 
econômicos: 
 
50 
 apoio na integração de TI na Indústria 4.0 dos processos metalúrgicos; 
 utilização de soft skills nas atividades profissionais; 
 adequação a legislação de proteção de dados; 
 utilização de novas tecnologias para análise e armazenamento de dados 
(Big Data, Analytics); 
 emprego de tecnologias habilitadoras ou digitais; 
 utilização de conceitos de inteligência das coisas para soluções 
específicas. 
b) Mudanças nas atividades profissionais: 
 atuação em processos metalúrgicos ligados a IoT; 
 integrador de processos de manufatura celulares; 
 atuação em consultoria e auditoria de sistemas; 
 analista de dados de processos armazenados em nuvem; 
 analista de tomada de decisões remotas em processos automatizados. 
5.4.4 Formação profissional relacionada à ocupação 
Indica as principais ofertas formativas relacionadas as competências 
profissionais e que permitem ao trabalhador desenvolver-se profissionalmente. 
Foram indicados os seguintes programas de formação que mantém relação ao 
desenvolvimento das competências profissionais: 
a) Tecnólogo em Processos Químicos; 
b) Bacharelado em Engenharia Metalúrgica; 
c) Bacharelado em Engenharia de Materiais com Ênfase em Metalurgia; 
d) Bacharelado em Engenharia Mecânica; 
e) Cursos de segurança, saúde ocupacional; 
f) Tecnologia Mecânica e Soldagem; 
g) Inspeção de Máquinas e Equipamentos; 
h) Pós-graduação em Engenharia de Fundição; 
i) Pós-graduação em Engenharia de Soldagem. 
 
51 
6 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR 
6.1 Itinerário formativo 
 
 
 
 
Matemática 
Aplicada 
Análise 
de Falhas 
Física 
Geral 
Técnicas de 
 Análises de Materiais 
Metálicos 
Desenho 
Técnico 
Fenômenos 
de Transporte 
Metodologia do 
Trabalho Científico 
Beneficiamento de 
Matérias-Primas e 
Obtenção de Metais 
Metalurgia 
Física 
Fundição I 
Resistência 
dos Materiais 
Planejamento e 
Controle dos Proc. 
Prod. Metalúrgicos 
Tratamento 
Térmico 
Usinagem 
de Metais 
Ensaios 
Metalúrgicos 
Físico-Química 
Metalúrgica 
Gestão de Pessoas 
e Cultura 
Organizacional 
Conformação 
Mecânica 
Soldagem 
e Corte 
Tratamento de 
Superfície Metálica 
Tratamento 
de Efluentes 
Gestão 
da Manutenção 
Integração Digital 
de Processos 
Metalúrgicos 
Inovação 
em Processos 
Metalúrgicos 
1º ano 
(1º e 2º semestres) 
2º ano 
(3º e 4º semestres) 
3º ano 
(5º e 6º semestres) 
Extensão Universitária Aplicada 
Estágio 
(optativo) 
Libras 
(EaD) (optativo) 
Fundição II 
 Núcleo Básico – Formação Geral 
 Núcleo Específico – Profissionalizante – Perfil Profissional - Função [F1] 
 Núcleo Específico – Profissionalizante – Perfil Profissional - Função [F2] 
Tecnólogo em 
Processos Metalúrgicos 
 
52 
6.2 Quadro de organização curricular 
 
 
 
10 Unidade curricular é a unidade pedagógica que compõe o currículo, constituída, numa visão interdisciplinar, por conjuntos 
coerentes e significativos de capacidades básicas ou capacidades técnicas, capacidades socioemocionais, conhecimentos, 
habilidades e atitudes profissionais, independente em termos formativos e de avaliação durante o processo de aprendizagem. 
Legislação 
Lei Federal nº 9.394/2006 - Decreto Federal nº 5.154/2004 - Resolução CNE/CP nº 01/2021 
Unidades Curriculares10 
Ano/Semestre 
(hora-aula de 50min) Total 
(hora-
aula de 
50min) 
Total 
(horas) 1º ano 2º ano 3º ano 
1º 2º 3º 4º 5º 6º 
Matemática Aplicada 60 60 120 100,00 
Física Geral 60 60 120 100,00 
Técnicas de Análises de Materiais Metálicos 100 100 200 166,67 
Desenho Técnico 40 40 80 66,67 
Fenômenos de Transporte 40 40 80 66,67 
Metodologia do Trabalho Científico 40 40 80 66,67 
Beneficiamento de Matérias-Primas e Obtenção de Metais 40 40 80 66,67 
Metalurgia Física 40 40 80 66,67 
Fundição 40 40 60 60 200 166,67 
Resistência dos Materiais 40 40 80 66,67 
Planejamento e Controle dos Processos Produtivos Metalúrgicos 40 40 80 66,67 
Tratamento Térmico 60 60 120 100,00 
Usinagem de Metais 40 40 80 66,67 
Ensaios Metalúrgicos 100 100 200 166,67 
Físico-QuímicaMetalúrgica 40 40 80 66,67 
Gestão de Pessoas e Cultura Organizacional 40 40 80 66,67 
Análise de Falhas 40 40 80 66,67 
Conformação Mecânica 60 60 120 100,00 
Soldagem e Corte 100 100 200 166,67 
Tratamento de Superfície Metálica 40 40 80 66,67 
Tratamento de Efluentes 40 40 80 66,67 
Gestão da Manutenção 40 40 80 66,67 
Integração Digital de Processos Metalúrgicos 40 40 80 66,67 
Inovação em Processos Metalúrgicos 60 40 100 83,33 
Extensão Universitária Aplicada 20 20 60 60 60 80 300 250,00 
Carga Horária Total (horas-aula de 50min) 480 480 480 480 480 480 2880 
 
Carga Horária Total (horas) 400 400 400 400 400 400 2400 
Libras (EaD) (optativo) (horas) 50 
Estágio Supervisionado (optativo) (horas) 400 
 
53 
6.3 Desenvolvimento metodológico e práticas pedagógicas 
A implementação deste curso deverá propiciar o desenvolvimento das 
competências constitutivas do perfil profissional estabelecido pelo Comitê Técnico 
Setorial do setor da Metalurgia para a graduação – Tecnólogo em Processos 
Metalúrgicos, considerando as informações do Catálogo Nacional de Cursos 
Superiores de Tecnologia11 e as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais12 
estabelecidas para a organização e o funcionamento dos cursos superiores de 
tecnologia. 
O norteador de toda ação pedagógica são as informações trazidas pelo mundo 
do trabalho, em termos das competências requeridas pelo setor da Metalurgia, numa 
visão atual e prospectiva, bem como o contexto de trabalho em que esse profissional 
se insere, situando seu âmbito de atuação, tal como apontados pelo Comitê Técnico 
Setorial. Vale ressaltar que o currículo do curso está inserido no Eixo Tecnológico 
Controle e Processos Industriais, de acordo com a legislação vigente. 
É fundamental, portanto, que a ação docente se desenvolva tendo em vista, 
constantemente, o perfil profissional de conclusão do curso. 
Além disso, é necessário que o docente: 
a) tenha um claro entendimento da expressão competência profissional, aqui 
definida nos mesmos termos estabelecidos pela legislação educacional 
vigente, aderentes à metodologia adotada, ou seja, “[...] a capacidade 
pessoal de mobilizar, articular, integrar e colocar em ação conhecimentos, 
habilidades, atitudes, valores e emoções que permitam responder 
intencionalmente, com suficiente autonomia intelectual e consistência 
crítica, aos desafios do mundo do trabalho13 ”; 
b) analise o perfil profissional de conclusão, constituído pela competência 
geral, suas funções e correspondentes subfunções, bem como os padrões 
de desempenho a eles relacionados e o contexto de trabalho da ocupação; 
 
11 BRASIL. Ministério da Educação. Portaria nº 413, de 11 de maio de 2016. 
12 BRASIL. Ministério da Educação. Resolução CNE/CP nº 01, de 05 de janeiro de 2021. 
13 ______ Ibid. Art. 7º, § 3º. 
 
54 
c) reconheça a pertinência da unidade curricular que irá ministrar, 
principalmente em relação ao seu objetivo e ao perfil profissional de 
conclusão, contidos neste Projeto de Curso; 
d) considere as competências específicas e socioemocionais implícitas no 
perfil profissional, em especial aquelas relacionadas à unidade curricular 
que irá ministrar, indicadas na ementa de conteúdo, bem como as 
capacidades básicas, capacidades técnicas e capacidades 
socioemocionais, respectivamente; 
e) planeje o ensino estabelecendo as relações entre as capacidades básicas, 
capacidades técnicas e capacidades socioemocionais, contemplados na 
ementa de conteúdo de cada unidade curricular, fruto da análise do perfil 
profissional estabelecido, e os conhecimentos selecionados para embasar 
o desenvolvimento das competências; 
f) domine os pressupostos teóricos gerais estabelecidos nas diretrizes para a 
prática pedagógica baseada em competências no SENAI. 
Vale destacar que, na organização curricular deste curso, ao planejar e 
desenvolver as aulas das diferentes unidades curriculares, os docentes devem dar 
ênfase às capacidades explicitadas na Ementa de Conteúdos do Projeto do Curso. É 
oportuno reiterar que os conhecimentos propostos para as unidades têm a função de 
dar suporte ao desenvolvimento de tais capacidades. 
Além disso, convém ainda lembrar que as capacidades socioemocionais 
indicadas devem ser desenvolvidas com a utilização de diferentes estratégias, 
técnicas e dinâmicas a serem implementadas no processo de ensino e aprendizagem, 
uma vez que serão imprescindíveis para o desempenho dos futuros profissionais. 
O curso deve ser visto como um todo pelos docentes, especialmente no 
momento da realização do planejamento de ensino, de modo que as finalidades de 
suas unidades curriculares sejam observadas sem acarretar uma fragmentação do 
currículo. Para tanto, deve-se procurar a realização do planejamento coletivo, 
envolvendo docentes e coordenação, de tal forma que a interdisciplinaridade esteja 
presente no desenvolvimento do curso, por meio de formas integradoras de 
tratamento de estudos e atividades, orientados para o desenvolvimento das 
competências objetivadas. 
 
55 
Assim, o desenvolvimento metodológico do curso assenta-se sobre uma 
proposta pedagógica que culmine no desenvolvimento de um trabalho voltado para 
Tecnologia em Processos Metalúrgicos. Para isso, o conjunto de docentes, bem como 
as coordenações técnica e pedagógica devem definir projetos integradores que 
permitam envolver todas as unidades curriculares e o maior número possível de 
capacidades, definidas para cada um deles. 
Esse contexto exige o emprego de métodos, técnicas e estratégias de ensino 
e que levem o estudante a mobilizar conhecimentos, habilidades e atitudes no 
desenvolvimento de atividades típicas, privilegiando a busca de alternativas para a 
resolução de problemas próprios do mundo do trabalho no eixo tecnológico de 
controle e processos industriais. Isso significa que, além dos conhecimentos 
científicos e tecnológicos sobre a Metalurgia, o curso visa levar os estudantes a 
proporem soluções para os problemas que estejam fundamentados numa visão global 
desses Processos Metalúrgicos. 
Portanto, uma base científica e tecnológica sólida, aliada ao desenvolvimento 
de situações práticas, acrescidos do uso de linguagem técnica, como base para a 
comunicação entre os diferentes níveis hierárquicos da área, da capacidade de 
pesquisar, do cuidado com instalações e equipamentos, do trabalho em equipe e do 
respeito à higiene, saúde, segurança e preservação ambiental são parâmetros a 
serem privilegiados pelos docentes nas propostas de solução de problemas. 
Neste sentido, o planejamento de ensino14 deverá compreender a proposta de 
atividades que se traduzam em desafios significativos, exigindo do estudante 
pensamento reflexivo, com crescentes graus de autonomia intelectual e de ação, bem 
como a capacidade empreendedora e a compreensão do processo tecnológico, em 
suas causas e efeitos, nas suas relações com o desenvolvimento do espírito científico 
e tecnológico. 
Além disso, devem ser propostas situações que ensejam a realização de 
pesquisa científica, seja de campo, dadas pelas características do eixo tecnológico de 
controle industriais da Metalurgia, seja bibliográfica, propiciadas pelo incentivo a 
leituras técnicas, incluindo-se o uso da internet, com largo uso de trabalho em grupo. 
Por meio dessa estratégia deverão ser exercitados o desenvolvimento da iniciativa, 
 
14 SENAI/SP. Planejamento de ensino e avaliação da aprendizagem. São Paulo: Departamento Regional de São Paulo, Diretoria 
Técnica, 2017. 
 
56 
tomada de decisão, criatividade, relacionamento, liderança e ética contribuindo para 
o desenvolvimento das competências socioemocionais, identificadas claramente no 
perfil profissional de conclusão. 
Convém enfatizar, ainda, que não deve haver dissociação entre teoria e prática, 
uma

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