Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DESCRIÇÃO Introdução às principais bases de dados em Economia. PROPÓSITO Conhecer as principais bases de dados e indicadores brasileiros e saber como acessar essas informações é importante, pois elas são utilizadas em diversas pesquisas empíricas. OBJETIVOS MÓDULO 1 Identificar as principais bases de dados e indicadores brasileiros em Economia MÓDULO 2 Compreender o acesso às principais bases de dados e indicadores INTRODUÇÃO Uma base de dados é uma coleção organizada de informações estruturadas ou dados, normalmente armazenados eletronicamente em um sistema de computador. O principal objetivo de uma base de dados é operar, por meio do armazenamento, da recuperação e do gerenciamento, uma grande quantidade de informações. Os dados podem ser fatos relacionados a um objeto, por exemplo, nome, idade, altura e peso de uma pessoa, mas também uma imagem, um mapa ou um arquivo pdf. Um índice ou um indicador é uma estatística que resume a um único número um grupo representativo de observações individuais. Esses dados podem ser derivados de diversas fontes e podem servir para mensurar o desempenho de uma empresa, o nível de preços, o nível de emprego ou a produtividade de trabalhadores. Os índices econômicos sintetizam a situação econômica a partir de diferentes perspectivas e podem servir para uma comparação temporal ou geográfica. O índice de preços ao consumidor, por exemplo, acompanha a variação dos preços de diferentes bens de consumo e serviços ao longo do tempo em uma localização geográfica constante e é parte integrante dos cálculos usados para ajustar salários, determinar taxas de juros de títulos ou reajustar aluguéis. Apresentaremos as principais bases de dados e índices brasileiros relevantes para economistas. Além de proporcionarem o conhecimento da realidade, os dados são essenciais para a formulação de boas políticas públicas, uma vez que nos permitem entender o cenário em questão e acompanhar sua evolução. No módulo 1, listaremos algumas bases e índices considerados importantes no contexto brasileiro. No módulo 2, veremos como acessamos essas informações. Ao fim, você terá aprendido sobre algumas bases de dados e alguns indicadores essenciais em Economia e como acessá-los. O intuito não é listar todos indicadores e bases existentes, mas, sim, proporcionar um primeiro contato com o assunto. MÓDULO 1 Identificar as principais bases de dados e indicadores brasileiros em Economia AS PRINCIPAIS BASES DE DADOS E ÍNDICES BRASILEIROS EM ECONOMIA As bases de dados e os indicadores econômicos abrangem temas diversos, como nível de renda per capita, desigualdade na distribuição de renda dos indivíduos e domicílios, desempenho educacional, condições de saúde e habitação, inserção no mercado de trabalho, entre outros. Vamos dividir este módulo em duas partes: Primeira parte Nesta parte, falaremos sobre três das principais pesquisas brasileiras que geram dados importantíssimos para a formulação de políticas públicas: Censo Demográfico, Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar Contínua (PNADC) e Atlas do Desenvolvimento Humano. Segunda parte Nesta parte, separamos alguns indicadores de diferentes pesquisas que também são relevantes para compreendermos as condições socioeconômicas da população: Produto Interno Bruto (PIB), taxa de inflação, Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), taxa de natalidade e mortalidade. Ao final deste módulo, você estará mais familiarizado com as estatísticas essenciais para a economia brasileira. PESQUISAS Censo Demográfico O censo de uma população pode ser definido como o conjunto das operações que consistem em recolher, agrupar e publicar dados demográficos, econômicos e sociais relativos a determinado momento ou certos períodos, a todos os habitantes de um país ou território. Imagem: Shutterstock.com O Censo Demográfico é um estudo estatístico referente a uma população que possibilita o recolhimento de várias informações, tais como o número de homens, mulheres, crianças e idosos, onde e como vivem as pessoas. Ele produz informações atualizadas e precisas, que são fundamentais para o desenvolvimento e a implementação de políticas públicas e para a realização de investimentos, tanto do governo quanto da iniciativa privada. O PRIMEIRO CENSO POPULACIONAL NO BRASIL ACONTECEU EM 1808. O objetivo era atender aos interesses dos militares, que buscavam recrutar mais pessoas para as Forças Armadas. Como a contagem tinha um objetivo específico, algumas suspeitas de erros aconteceram, uma vez que a própria população era bastante desconfiada dos censos. Em 1872, foi realizado o Censo Geral do Império. Devido à sua complexidade operacional e ao seu maior rigor metodológico, é considerado de fato o primeiro censo conduzido no país, e foi realizado pela Diretoria Geral de Estatística. SAIBA MAIS Esse primeiro censo, de 1872, coletou o número de habitantes, cor, sexo, estado civil, nacionalidade, ocupação e religião, além de uma informação básica sobre brasileiros da época: se eram livres ou escravos. Após alguns anos, outras informações passaram a ser coletadas. Embora desde 1870 fosse estabelecido que os censos deveriam ser realizados a cada 10 anos, essa regra só veio de fato ser cumprida a partir da execução pelo IBGE em 1940. A abrangência geográfica do censo é nacional, com resultados divulgados para: BRASIL GRANDES REGIÕES UNIDADES DA FEDERAÇÃO MESORREGIÕES MICRORREGIÕES REGIÕES METROPOLITANAS MUNICÍPIOS DISTRITOS SUBDISTRITOS SETORES CENSITÁRIOS O questionário do censo responde a questões fundamentais para a definição de políticas públicas e planejamento de entidades públicas e privadas. Questionário básico Investiga informações sobre as características dos domicílios e das pessoas, e costuma ter entre 9 e 30 questões. Questionário da amostra Aplicado apenas em domicílios selecionados, inclui outras questões mais detalhadas, além das que estão presentes no questionário básico, sobre temas específicos, que variam a cada censo. Desde 1991, a fração amostral varia de acordo com o tamanho da cidade pesquisada. No agregado, essa amostra é cerca de 11% da população brasileira, o que abrange cerca de 25 milhões de pessoas. Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar (PNAD) A PNAD era executada pelo IBGE e planejada para produzir resultados para Brasil, grandes regiões, unidades da federação e nove regiões metropolitanas: Foto: Shutterstock.com BELÉM Foto: Shutterstock.com FORTALEZA Foto: Jessica Seghatti / Shutterstock.com RECIFE Foto: Shutterstock.com SALVADOR Foto: Shutterstock.com BELO HORIZONTE Foto: Shutterstock.com RIO DE JANEIRO Foto: Shutterstock.com SÃO PAULO Foto: Shutterstock.com CURITIBA Foto: Shutterstock.com PORTO ALEGRE O objetivo da PNAD era pesquisar permanentemente as características gerais da população, como também educação, trabalho, rendimento e habitação. Outros temas eram investigados em períodos variados, segundo as necessidades de informações. A UNIDADE DE INVESTIGAÇÃO DA PNAD ERA O DOMICÍLIO. A PNAD teve seu início no segundo trimestre de 1967, e os resultados trimestrais foram apresentados até o primeiro trimestre de 1970. Em 1971, as pesquisas tornaram-se anuais, acontecendo sempre no último trimestre do ano. VOCÊ SABIA Nos anos em que havia Censo Demográfico, a PNAD não ocorria. Ao longo do tempo, a PNAD passou por atualizações metodológicas, algumas restritas ao plano amostral e outras relacionadas à abrangência e às conceituações dos aspectos pesquisados, em consonância com as recomendações internacionais. Em 2016, foi substituída, com metodologia atualizada, pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua - PNAD Contínua, que propicia uma cobertura territorial mais abrangente e disponibiliza informações conjunturais trimestrais sobre a força de trabalho em âmbito nacional. A PNAD constituiu um importante instrumento para formulação, validação e avaliação de políticasorientadas para o desenvolvimento socioeconômico da população e a melhoria das condições de vida. Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar Contínua (PNADC) A PNAD Contínua começou de forma experimental em outubro de 2011. Em janeiro de 2012, ela passou a ser implementada de modo definitivo em todo o país. A amostra da PNADC foi planejada para produzir resultados para Brasil, grandes regiões, unidades da federação, regiões metropolitanas que contêm capitais, Região Integrada de Desenvolvimento - RIDE Grande Teresina, e capitais. Conforme os anos vão passando e a pesquisa tem mais realizações, outras informações têm sido adicionadas ao seu questionário. Uma das principais diferenças entre a PNAD e a PNAD Contínua está na metodologia. As duas pesquisas têm como unidade de investigação básica o domicílio, contudo: PNAD Preocupava-se em visitar rotativamente os domicílios de determinada região. PNAD Contínua Escolhe comparecer em uma mesma casa 5 vezes a cada trimestre. Para tanto, ela pretende conseguir um apanhado de dados mais abrangente e volátil. A PNADC tem como objetivo acompanhar as flutuações trimestrais e a evolução da força de trabalho nos curto e longo prazos e fornecer outras informações necessárias para o estudo do desenvolvimento socioeconômico. Para esse fim, a pesquisa produz indicadores trimestrais sobre a força de trabalho e indicadores anuais sobre os temas suplementares permanentes (como trabalho formal e informal, cuidados de pessoas e afazeres domésticos, tecnologia da informação e da comunicação etc.). Gráfico: Dados mensais da PNAD Contínua desde sua implementação em 2012 até meados de 2017. O aumento do desemprego observado deveu-se à crise econômica de 2015/16. Extraído de: DarwIn / Wikimedia Commons / CC BY-SA 4.0. Esses indicadores suplementares permanentes são investigados em um trimestre específico ou aplicados em uma parte da amostra a cada trimestre e acumulados para gerar resultados anuais. Há também indicadores sobre outros temas suplementares que são produzidos com periodicidade variável. A PNADC fornece indicadores importantes como a taxa de participação no mercado de trabalho, a taxa de desocupação, o rendimento do trabalho, entre outros. Abaixo, podemos ver a série histórica da taxa de desocupação medida pela PNADC. . Gráfico: Taxa de desocupação. Extraído de: Ipeadata. Atlas do Desenvolvimento Humano O Atlas do Desenvolvimento Humano disponibiliza um conjunto de 120 indicadores que permitem o diálogo com os objetivos do desenvolvimento sustentável propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU). Os indicadores são obtidos por meio das pesquisas do Censo Demográfico e da PNAD, ambas do IBGE, já apresentadas aqui, e a partir de fontes de registros administrativos. Imagem: Shutterstock.com O Atlas tem como objetivo democratizar o acesso às informações no âmbito: MUNICIPAL METROPOLITANO NACIONAL Assim, ele contribui para o fortalecimento das capacidades locais, da gestão pública municipal e para a ampliação do conhecimento sobre a realidade em que vivemos. O Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil surge com o objetivo de viabilizar, de maneira descomplicada, o acesso amplo às diversas informações estatísticas que evidenciam características e desigualdades sociais no território brasileiro. VOCÊ SABIA O Atlas Brasil foi realizado por meio de uma parceria entre o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e a Fundação João Pinheiro (FJP). Seu principal indicador é o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM). Além do IDHM, o Altas disponibiliza outros 330 indicadores sobre saúde, educação, renda e trabalho, habitação, vulnerabilidade social, meio ambiente e participação política. O IDHM lançado para o Brasil é formado também por três elementos: LONGEVIDADE EDUCAÇÃO RENDA Esses três elementos são os mesmos do IDH Global. Contudo, o IDHM compatibiliza a metodologia do IDH Global para a realidade brasileira e para a disponibilidade de estatísticas nacionais. Assim, os dois índices medem os mesmos fenômenos, mas o IDMH é apropriado para analisar o desenvolvimento dos municípios e das regiões metropolitanas brasileiras. ATENÇÃO Importante ressaltar que o IDH Global e o IDHM brasileiro não são comparáveis entre si! O IDHM é um índice que pode complementar o PIB na avaliação do desenvolvimento de determinada região. Ao sintetizar uma realidade complexa em um único número, o IDHM e seus três componentes viabilizam a comparação entre os municípios brasileiros ao longo do tempo. Além disso, há um ranking dos IDHMs, estimulando formuladores e implementadores de políticas públicas, especialmente no nível municipal, a priorizarem a melhoria da vida das pessoas em suas ações e decisões. O IDHM está disponível para 5.570 municípios, 5 macrorregiões, 27 unidades da federação (UFs), 21 regiões metropolitanas (RMs), 3 Regiões Integradas de Desenvolvimento (RIDEs) e aproximadamente 17.000 unidades de desenvolvimento humano (UDHs) ou “bairros”, sendo estes as menores territorialidades brasileiras que dialogam diretamente com a realidade do cidadão. O Atlas também apresenta indicadores desagregados por grupos sociais ― mulheres, homens, negros, brancos, populações rurais e urbanas. As informações podem ser consultadas em tabelas, mapas, gráficos, rankings e acessando o perfil de um município. Imagem: Shutterstock.com O IDHM é um número que varia entre zero e um. Quanto mais próximo de um, maior o desenvolvimento humano de uma unidade federativa, um município, uma região metropolitana ou UDH. Quanto mais próximo de zero, menor é o desenvolvimento humano. Valores entre zero e 0,499 são considerados IDHMs muito baixos. Valores entre 0,5 e 0,599 são considerados baixos. Valores entre 0,6 e 0,699 são médios, ao passo que aqueles entre 0,7 e 0,799 são altos. Por fim, um IDHM acima de 0,8 é classificado como muito alto. O gráfico abaixo sintetiza a classificação do IDHM. Gráfico: Classificação IDHM. Elaborado por Maria Eduarda Barroso Perpétuo de Souza, adaptado por Allan Gadelha. Outras bases de dados Além das pesquisas apresentadas, temos outras importantes bases que sistematizam dados interessantes para economistas. Uma delas é o Sistema de Gerenciador de Séries Temporais (SGS), do Banco Central do Brasil. Seu objetivo é consolidar e tornar disponíveis informações econômico-financeiras produzidas pelo próprio Banco Central e outras instituições, como o IBGE. Foto: monticello / Shutterstock.com Esse sistema busca manter uniformidade entre os documentos produzidos com base em séries temporais nele armazenadas. Essa é uma das principais fontes de dados públicos usadas pelo mercado financeiro e inclui alguns indicadores que serão mencionados adiante, como juros, inflação e PIB. AS SÉRIES PODEM SER CONSULTADAS INDIVIDUALMENTE, EM GRUPOS OU LISTAS PERSONALIZADAS. No SGS, temos acesso a séries divididas nos seguintes temas: Imagem: Shutterstock.com ATIVIDADE ECONÔMICA Imagem: Shutterstock.com ECONOMIA REGIONAL Imagem: Shutterstock.com EXPECTATIVAS DO MERCADO Imagem: Shutterstock.com INCLUSÃO FINANCEIRA Imagem: Shutterstock.com INDICADORES MONETÁRIOS Imagem: Shutterstock.com MERCOSUL Imagem: Shutterstock.com SETOR EXTERNO Imagem: Shutterstock.com ECONOMIA INTERNACIONAL Imagem: Shutterstock.com ESTABILIDADE FINANCEIRA Imagem: Shutterstock.com FINANÇAS PÚBLICAS Imagem: Shutterstock.com INDICADORES DE CRÉDITO Imagem: Shutterstock.com MERCADOS FINANCEIROS E DE CAPITAIS Imagem: Shutterstock.com MULTIPLICADORES DE UNIFICAÇÃO MONETÁRIA Imagem: Shutterstock.com SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL Dentro de cada um desses temas, podemos escolher assuntos mais específicos. Por exemplo, em economia regional, podemos acessar o assunto crédito. Nele temos indicadores como Inadimplência das operações de crédito e Saldo das operações de crédito. Embora nosso focoseja os dados brasileiros, existem alguns projetos internacionais que apresentam dados brasileiros em nível nacional. Além disso, podemos querer acessar dados internacionais para realizar algum tipo de comparação entre o Brasil e outros países. O Our World in Data é um dos projetos que todos deveriam conhecer. Além de dados, o projeto disponibiliza publicações sobre questões globais e mudanças que remodelam nosso mundo. OUR WORLD IN DATA O Our World in Data organiza informações em algumas grandes áreas. São elas: mudanças demográficas; saúde; agricultura; energia e meio ambiente; inovação e javascript:void(0) javascript:void(0) mudança tecnológica; pobreza e desenvolvimento econômico; condições de habitação, comunidade e bem-estar; direitos humanos e democracia; violência e guerra; educação e conhecimento. Além disso, existe uma janela que monitora como andam os progressos dos objetivos de desenvolvimento sustentável no mundo, separando por tema. Dentro de cada uma das grandes áreas, ainda é possível consultar por um assunto mais específico. Por exemplo, na parte de saúde é possível selecionar informações sobre câncer, mortalidade materna, uso de drogas etc. INDICADORES Produto Interno Bruto (PIB) O mais conhecido dos indicadores em economia é o PIB, que é medido e divulgado trimestralmente pelo IBGE. O PIB é um dos indicadores que fazem parte do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais (SCNT), e mede a soma do valor de todos os bens e serviços finais produzidos no Brasil ao longo de um período. Além do PIB, fazem parte do SCNT os indicadores: impostos sobre produtos, valor adicionado a preços básicos, consumo pessoal, consumo do governo, formação bruta de capital fixo, variação de estoques, exportações e importações de bens e serviços. Podemos acessar tanto a série de crescimento do PIB nominal, quanto do PIB real. Abaixo, vemos a evolução do PIB ao longo do tempo. Gráfico: PIB. Extraído de: Ipeadata. Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) Em relação às estatísticas sobre preços, taxa de juros e câmbio, o IBGE também é o responsável pela produção e divulgação da nossa taxa de inflação, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O IPCA faz parte do Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor (SNIPC), que consiste em uma combinação de processos destinados a produzir índices de preços ao consumidor. O OBJETIVO É ACOMPANHAR A VARIAÇÃO DE PREÇOS DE UM CONJUNTO DE PRODUTOS E SERVIÇOS CONSUMIDOS PELAS FAMÍLIAS. O sistema abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, de Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador, Curitiba e Vitória (apenas IPCA e Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC), além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju (os quatro últimos apenas para o IPCA e o INPC). É a partir da agregação dos índices regionais referentes a uma mesma faixa de renda que se obtém o índice nacional. O IPCA É DIVULGADO MENSALMENTE. Imagem: Ipeadata. Gráfico: IPCA. Extraído de: Ipeadata. Taxa de juros Ainda relativo a preços, juros e câmbio, outra informação importantíssima é a Selic, a taxa básica de juros da economia. É o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central (BC) para controlar a inflação. Ela influencia todas as taxas de juros do país, como as taxas de juros dos empréstimos, dos financiamentos e das aplicações financeiras. Imagem: Shutterstock.com VOCÊ SABIA A taxa Selic é divulgada pelo BC, por meio de um boletim, após as reuniões do Comitê de Política Monetária (COPOM). Abaixo você verá a evolução da taxa Selic nos últimos 10 anos: Imagem: Banco Central do Brasil. Gráfico: Taxa Selic. Extraído de: Banco Central do Brasil. Além da taxa básica de juros, o BC é responsável por medir e divulgar a taxa de câmbio e as principais informações sobre a balança comercial brasileira, como: EXPORTAÇÕES IMPORTAÇÕES SALDO DA BALANÇA COMERCIAL SALDO EM TRANSAÇÕES CORRENTES DÍVIDA EXTERNA TOTAL As estatísticas estão presentes nas Notas Econômico-Financeiras para a Imprensa, meio também utilizado pelo BC para divulgar mensalmente dados sobre a dívida pública total. Gráfico: Saldo da Balança Comercial. Extraído de: Ipeadata. Nascidos vivos e mortalidade O Ministério da Saúde disponibiliza informações que podem servir para subsidiar análises objetivas da situação sanitária, tomadas de decisão baseadas em evidências e elaboração de programas de ações de saúde. O Sistema de Informação Sobre Mortalidade (SIM), desenvolvido em 1975, é gerido em nível federal pela Secretaria de Vigilância à Saúde. O SISTEMA É FRUTO DA UNIFICAÇÃO DE DIFERENTES INSTRUMENTOS UTILIZADOS PARA COLETAR INFORMAÇÕES SOBRE MORTALIDADE NO BRASIL. Imagem: Shutterstock.com O SIM tem variáveis que possibilitam analisar a mortalidade pela causa da morte atestada pelo médico, bem como construir indicadores para análises epidemiológicas que vão contribuir para a gestão da política de saúde. Em 1979, o SIM passou a ser informatizado. Em 1991, com a implantação do Sistema Único de Saúde (SUS), a coleta das informações tornou-se responsabilidade dos estados e municípios, sendo as secretarias de saúde desses âmbitos as responsáveis pela gestão local do sistema. O SIM é uma importante ferramenta para a gestão não apenas da área de saúde, mas também de outras áreas sociais, e ajuda na tomada de decisão em diversas áreas de políticas públicas. A partir do SIM podem ser construídos alguns indicadores específicos de mortalidade, como: Mortalidade infantil; Mortalidade materna; Mortalidade por causas externas (como acidentes de trânsitos e homicídios). Gráfico: Número de mortes no Brasil entre 1996 e 2019. Extraído de: DATASUS. Além do SIM, o Sistema Único de Saúde (SUS) divulga, por meio do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), as estatísticas de indivíduos nascidos vivos, apresentadas em uma série anual que você pode conferir abaixo. Ambas as séries são disponibilizadas em diferentes níveis geográficos anualmente. Imagem: DATASUS. Gráfico: Nascidos vivos. Extraído de: DATASUS. Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) Desenvolvido em 2007 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), esse é o índice mais importante da área de Educação e é fundamental para monitorar a qualidade de ensino do país. O Ideb reúne em um único indicador resultados sobre o fluxo escolar e a média de desempenho nas avaliações. Esses dois conceitos são importantes para a qualidade escolar e evitam fraudes. Imagem: Shutterstock.com Como o Ideb é calculado a partir da aprovação escolar, que vem do Censo Escolar, e das médias de desemprenho do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), caso queiram melhorar o índice, é preciso melhorar a qualidade da educação. Ou seja, não adianta apenas ter mais alunos aprovados; ou ter mais alunos que vão bem no Saeb, mas são reprovados. O índice varia em uma escala de 0 a 10, o que permite interpretar os resultados com facilidade. Além disso, devido à sua construção, é possível traçar metas de qualidade educacional para os sistemas escolares. Assim, por construção, a junção entre o fluxo e a aprendizagem faz com que um sistema que retenha alunos para se saírem melhor no Saeb tenha o fluxo alterado no Ideb. Por outro lado, se um sistema simplesmente aprova os alunos sem se atentar à melhoria da aprendizagem, o resultado do Ideb também indicará a necessidade de melhoria do sistema. O índice é um dos principais condutores de política pública, uma vez que é a principal ferramenta para o acompanhamento das metas de qualidade para a educação básica. Para 2022, a meta é que o Ideb alcance média 6, que é o valor correspondente a um sistema educacional de qualidade, e comparável a sistemas educacionais de países desenvolvidos. REVISÃO Vamos falar agora um pouco mais sobre índicesde preços. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA QUANTO A BASES DE DADOS E INDICADORES ECONÔMICOS. A) As bases de dados e os indicadores econômicos consolidam apenas informações sobre desigualdade. B) Dados só permitem o conhecimento da realidade em que vivemos, sendo irrelevantes para a formulação de boas políticas públicas. C) As bases de dados e os indicadores econômicos abrangem apenas temas relativos ao nível de renda de um país. D) As bases de dados e os indicadores econômicos só dizem respeito a temas relacionados ao mercado de trabalho. E) As bases de dados e os indicadores econômicos abrangem temas diversos, como nível de renda per capita, desigualdade na distribuição de renda dos indivíduos e domicílios, desempenho educacional, condições de saúde e habitação, inserção no mercado de trabalho, entre outros. 2. CONSIDERE AS ALTERNATIVAS ABAIXO E ASSINALE A FALSA. A) A PNADC fornece indicadores importantes como a taxa de participação no mercado de trabalho, taxa de desocupação, entre outros. B) O Censo Demográfico é um estudo estatístico referente a uma população que possibilita o recolhimento de várias informações, tais como o número de homens, mulheres, crianças e idosos, onde e como vivem as pessoas. C) O IDEB é um indicador que reúne informação de aprovação e desempenho. D) O IPCA é o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central (BC) para controlar a inflação. E) O objetivo do IPCA é acompanhar a variação de preços de um conjunto de produtos e serviços consumidos pelas famílias. GABARITO 1. Assinale a alternativa correta quanto a bases de dados e indicadores econômicos. A alternativa "E " está correta. As bases de dados e os indicadores econômicos abrangem temas diversos, como nível de renda per capita, desigualdade na distribuição de renda dos indivíduos e domicílios, desempenho educacional, condições de saúde e habitação, inserção no mercado de trabalho, entre outros, e essas informações ajudam no planejamento e desenvolvimento de intervenções socioeconômicas. 2. Considere as alternativas abaixo e assinale a falsa. A alternativa "D " está correta. Como dito na seção SELIC, a taxa de juros básica da economia é o principal instrumento de política monetária utilizado pelo BC para controle da inflação. Assim, a alternativa falsa é a letra D. As demais alternativas são definições corretas das pesquisas PNADC, Censo, IDEB e IPCA. MÓDULO 2 Compreender o acesso às principais bases de dados e indicadores ACESSANDO AS PRINCIPAIS BASES DE DADOS BRASILEIRAS EM ECONOMIA Como vimos no módulo 1, existem diversas bases de dados no contexto brasileiro que possuem as mais variadas informações. Contudo, não existe uma forma única de acessá-las. Neste módulo, veremos como acessar algumas bases de dados e alguns indicadores apresentados no módulo anterior. Esperamos que, ao final deste módulo, você seja capaz de buscar e utilizar os dados apresentados. Um dos portais que veremos com frequência, para diferentes indicadores, é o Ipeadata, uma página do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) que organiza diferentes indicadores de diversas fontes de dados. O Ipeadata é dividido em três grandes temas: macroeconômico, regional e social. Vejamos cada um deles com mais detalhes a seguir. MACROECONÔMICO REGIONAL SOCIAL MACROECONÔMICO Contém bases de dados econômicos e financeiros mantidas pelo Ipea, incluindo séries estatísticas da economia brasileira e dos aspectos que lhe são mais pertinentes na economia internacional. REGIONAL Contém dados demográficos, econômicos e geográficos para as regiões, os estados e municípios brasileiros que se iniciam no Censo Demográfico de 1872. SOCIAL Apresenta dados e indicadores sociais abrangendo temas diversos, como nível de renda per capita, desigualdade na distribuição de renda dos indivíduos e domicílios, desempenho educacional, condições de saúde e habitação, inserção no mercado de trabalho, situação dos direitos humanos da população, entre outros. Vamos focar o passo a passo para o acesso dos dados que foram apresentados no módulo 1. Para acessar o Ipeadata, basta digitar o seguinte endereço em seu navegador de internet: http://www.ipeadata.gov.br/. Assim que o portal abrir, você encontrará esta página: Imagem: Captura de tela do site ipeadata.gov.br. Tela inicial do Portal Ipeadata. Além do Ipeadata, apresentaremos o SIDRA, que possui informações divulgadas pelo IBGE, e o Tabnet, tabulador do DATASUS, sistema que contém informações sobre o Sistema Único de Saúde. Veremos alguns exemplos de como acessar dados da PNADC, do PIB, Censo Demográfico, SIM e SINASC. PNADC Os dados referentes à PNADC podem ser acessados pelo Ipeadata. Para isso, acessamos a área regional > emprego, como mostrado abaixo: Imagem: Captura de tela do site ipeadata.gov.br. Dados da PNADC. Para os dados referentes à PNADC, temos disponíveis força de trabalho (taxa ou absoluto), pessoal ocupado (por setor ou geral), pessoas ocupadas, pessoas desocupadas, população em idade ativa (PIA), rendimento real médio, entre outros. O Ipeadata guarda e disponibiliza esses dados, mas, para obter mais informações sobre as variáveis presentes na PNADC, deve-se acessar o site do IBGE. Nele, deve-se fazer o seguinte caminho: Estatísticas > Sociais > Trabalho > Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, e buscar definições e metodologias sobre as estatísticas de interesse. Além de o site possuir informações técnicas acerca da pesquisa, também apresenta boletins consolidados com os principais resultados a cada divulgação. O mesmo procedimento pode ser feito para o uso de pesquisas oriundas de outras instituições, cujos dados são armazenados pelo Ipeadata. Na página que contém as informações regionais para emprego, mostrada na imagem a seguir, você encontrará o nome do indicador, as colunas que identificam se esse dado está disponível para Brasil, grandes regiões, unidades da federação (UFs), áreas mínimas comparáveis (AMC) e municípios, além da frequência com que eles estão disponíveis, a unidade de medida e para qual período. Agora, veremos como acessar a taxa de participação, por exemplo. Para isso, você deve clicar na linha “Força de Trabalho - Taxa de Participação” e, em seguida, será redirecionado para outra página, como você pode ver abaixo. Imagem: Captura de tela do site ipeadata.gov.br. Algumas estatísticas disponíveis na PNADC. Nessa página, podemos selecionar a unidade geográfica de que queremos o dado e seu respectivo período. No canto superior direito da tela, marcado com um retângulo vermelho, temos a opção de exibir o conteúdo, clicando no primeiro ícone de lupa, ou de fazer download dos dados em diversos formatos, como Excel, .zip e .csv. Imagem: Captura de tela do site ipeadata.gov.br. Selecionando área geográfica e periodicidade. Assim, quando pedimos para exibir, temos a tela mostrada abaixo. Podemos, portanto, ver que a taxa de participação da força de trabalho, no primeiro trimestre de 2021, era de 61,1% e por daí em diante. NOTE QUE, APENAS NO ÚLTIMO PASSO, ENCONTRA- SE A INFORMAÇÃO DE QUE A ESTATÍSTICA É ORIUNDA DA PNADC. Imagem: Captura de tela do site ipeadata.gov.br. Visualizando taxa de participação da força de trabalho. Censo Demográfico Para acessar informações do Censo Demográfico, utilizamos o SIDRA, um portal do IBGE. O SIDRA, assim como o IPEADATA, possui dados disponíveis de diversas outras pesquisas, incluindo a PNADC. No geral, a forma de acesso de informação e download é similar para os diferentes dados existentes no SIDRA. Assim, ao aprender a acessar os dados do Censo Demográfico, também poderá acessar com mais facilidade os dados de outras pesquisas. Para acessar o SIDRA, basta digitar http://sidra.ibge.gov.br/ em seu navegador. As imagens a seguir mostram como acessar a página que contém os dados dos censos demográficos. Imagem: Captura de tela do site sidra.ibge.gov.br. Pesquisas no SIDRA. Imagem: Captura de tela do site sidra.ibge.gov.br. Censo Demográfico no SIDRA. Assim que clicar em Pesquisas > População > Censo Demográfico – Censo-Demografico, haverá o redirecionamento para a página introdutória do Censo. Nela, é possível acessar a série temporal, as informações das edições de 2000 e 2010, assim como das contagens populacionais de 2007 e 1996. Para este exemplo, olharemos as séries temporais, para isso, clique no botão marcado de vermelho na imagem abaixo. Imagem: Captura de tela do site sidra.ibge.gov.br. Página introdutória do Censo Demográfico no SIDRA. Chegando à página de séries temporais do Censo, o aluno encontrará alguns blocos de informações. São eles: ATIVIDADE COR E RAÇA DOMICÍLIOS EDUCAÇÃO FAMÍLIAS FECUNDIDADE MIGRAÇÃO NUPCIALIDADE POPULAÇÃO RELIGIÃO RENDIMENTO TERRITÓRIO TRABALHO Dentro de cada um desses blocos, há uma ou mais opções de visualização dos dados. Imagem: Captura de tela do site sidra.ibge.gov.br. Tabelas do Censo Demográfico. Por exemplo, no bloco de Cor e Raça, podemos consultar a população por essas duas características, como também por cor ou raça e religião. Algumas opções de visualização são apenas para a parte amostral da pesquisa, portanto, recomenda-se que a página do Censo no portal do IBGE seja acessada seguindo o caminho: Estatísticas > Sociais > População > Censo Demográfico, a fim de buscar a documentação da pesquisa para obter mais detalhes técnicos e metodológicos. ATENÇÃO É importante também saber que algumas variáveis mudam a cada pesquisa, por isso, aconselha-se que, caso você precise utilizar mais de um ano de Censo, consulte a documentação de cada uma das pesquisas realizadas. Como exemplo, acessaremos a tabela 136, que contém dados sobre população por cor e raça. Ao clicar nela, somos redirecionados para outra página, em que vemos um possível layout de visualização, uma caixinha para selecionar a variável de interesse, outra para escolher quais as opções de cor e raça, os anos da pesquisa e, por fim, a unidade geográfica que queremos visualizar. As figuras abaixo mostram como estão dispostas essas opções na página. Ao final dela, tem um botão “Visualizar” e outro de “Download”. Recomendamos que primeiro se faça a visualização, para ter certeza de que são as informações corretas, e, posteriormente, realize o download na página de visualização. Imagem: Captura de tela do site sidra.ibge.gov.br. Seleção de variáveis no SIDRA (parte 1). Imagem: Captura de tela do site sidra.ibge.gov.br. Seleção de variáveis no SIDRA (parte 2). Imagem: Captura de tela do site sidra.ibge.gov.br. Seleção de variáveis no SIDRA (parte 3). Assim, ao clicar em Visualizar, haverá o direcionamento a uma nova página com a tabela. Nessa página, é possível mudar o layout dos dados, ordená-los de forma diferente, construir gráficos e salvar dados. Veja: Imagem: Captura de tela do site sidra.ibge.gov.br. Salvando dados do SIDRA. PIB Pelo Ipeadata, também podemos acessar o PIB real. Para isso, basta clicar no tema em azul e, em seguida, em macroeconômico > séries mais usadas. Você será redirecionado para outra página, na qual encontrará o PIB, como mostram as imagens abaixo. Imagem: Captura de tela do site ipeadata.gov.br. Séries mais usadas no Ipeadata. Imagem: Captura de tela do site ipeadata.gov.br. Listagem de séries mais usadas no Ipeadata. A partir da página de séries mais usadas, podemos acessar também a taxa Selic e o IPCA. Para tal, basta clicar nessas outras séries e seguir os passos que serão descritos para o PIB. Na página do próprio PIB, podemos visualizar tanto o gráfico quantos os valores mensais da série histórica. As imagens a seguir mostram como é a página e o que encontramos nela. A visualização de dados é mais imediata do que no caso da PNADC, pois são séries mais usadas. Assim como os dados da PNADC, você pode baixá-los selecionando, no canto superior direito, o formato de arquivo desejado. Imagem: Captura de tela do site ipeadata.gov.br. PIB no Ipeadata. Imagem: Captura de tela do site ipeadata.gov.br. PIB no Ipeadata. SIM e SINASC O acesso do SIM e SINASC, bem como de outras informações do Ministério da Saúde, é feito pelo DATASUS. Assim como no caso do SIDRA e do Ipeadata, no DATASUS encontramos uma grande diversidade de informações. O aluno, ao se familiarizar com o acesso de dados do SINASC e SIM, poderá explorar outros dados, uma vez que a forma de acesso é similar para todas as informações nesse sistema. O DATASUS nada mais é do que um portal de informações sobre o Sistema Único de Saúde (SUS). Para acessar a página do DATASUS, basta digitar https://datasus.saude.gov.br em seu navegador. Dentro do DATASUS, temos o Tabnet, um tabulador que permite organizar de maneira rápida as consultas aos dados do SUS. Abaixo você verá uma parte da página inicial do DATASUS, na qual acessamos rapidamente o Tabnet, bastando clicar no botão contornado de vermelho. Imagem: Captura de tela do site datasus.saude.gov.br. Acessando o Tabnet. Assim que clicamos no botão do Tabnet, somos direcionados à página da imagem seguinte. Nela, encontramos diversos temas, como Assistência à Saúde, Estatísticas Vitais, Demográficas e Socioeconômicas, entre outros. As informações do SIM e do SINASC se encontram na parte de Estatísticas Vitais. Abaixo você pode ver como acessar os dados de ambos os sistemas. Imagem: Captura de tela do site datasus.saude.gov.br. SIM e SINASC. Como exemplo, acessaremos os dados de mortalidade do SIM. Para isso, basta clicar, na página do Tabnet, em Mortalidade – desde 1996 pela CID-10. A diferença entre essas informações e a de Mortalidade – 1979 a 1995 pela CID-9 é que, a partir de 1996, o Ministério da Saúde passou a adotar a Classificação Estatística Internacional de Doenças 10, que é mais atualizada que a CID-9. A imagem abaixo ilustra a página que vemos quando acessamos Mortalidade – desde 1996 pela CID-10. Nela podemos escolher se queremos ver dados relativos à mortalidade geral, aos óbitos infantis, aos óbitos por causa externa, entre outros. Além disso, é possível optar pela unidade geográfica. Imagem: Captura de tela do site datasus.saude.gov.br. Acessando dados do SIM. A partir da definição de que tipo de informação queremos acessar e qual a unidade geográfica, somos redirecionados a outra página, em que especificamos outras variáveis e o layout dessa tabela. Definindo a forma de visualização, vamos ao final da página, em que há a opção de “Mostra”, como ilustrado em uma das imagens a seguir, com um retângulo vermelho. Imagem: Captura de tela do site datasus.saude.gov.br. Escolha de variáveis e layout SIM. Imagem: Captura de tela do site datasus.saude.gov.br. Visualização dos dados do SIM. Ao clicar no botão ilustrado na imagem acima, somos direcionados a uma nova página, na qual podemos ver a tabela gerada e, ao seu final, algumas opções, como visualizar em mapa, gráfico, ou salvar a tabela. Para salvá-la em seu computador, basta clicar em “Cópia como .csv”, conforme visto abaixo. Imagem: Captura de tela do site datasus.saude.gov.br. Salvando dados do SIM. REVISÃO Vamos falar agora sobre o Sistema Gerenciador de Séries Temporais do Banco Central. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. DE ACORDO COM O QUE VIMOS NESTE MÓDULO, CONSIDERE AS ALTERNATIVAS A SEGUIR E ASSINALE A CORRETA. A) Existe uma forma única e unificada de acessar bases de dados. B) No Ipeadata, só temos acesso a dados sobre PIB. C) Os dados da PNADC só podem ser consultados por meio do SIDRA. D) Podemos acessar dados sobre Selic e IPCA pelo Ipeadata. E) O Tabnet só tem acesso a informações de mortalidade e nascimento. 2. CONSIDERE AS ALTERNATIVAS A SEGUIR E ASSINALE A FALSA. A) No DATASUS encontramos uma grande diversidade de informações relacionadas à saúde. B) O Ipeadata é dividido em dois temas: macroeconômico e social. C) O Tabnet é um tabulador que permiteorganizar de forma rápida as consultas aos dados do SUS. D) No Ipeadata macroeconômico, na parte de séries mais usadas, podemos acessar também a Selic e o IPCA. E) Dentre os temas de informação disponível do Censo, temos Religião, Nupcialidade, Migração e Fecundidade, entre outros. GABARITO 1. De acordo com o que vimos neste módulo, considere as alternativas a seguir e assinale a correta. A alternativa "D " está correta. No Ipeadata, além do PIB, na parte de séries mais usadas, temos também informações da Selic e do IPCA. As demais alternativas são falsas. 2. Considere as alternativas a seguir e assinale a falsa. A alternativa "B " está correta. O Ipeadata é dividido em três temas: macroeconômico, regional e social. As demais alternativas são verdadeiras e apresentam informações corretas sobre o DATASUS, Tabnet, Ipeadata e Censo. CONCLUSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS Neste conteúdo, vimos algumas das principais bases de dados e indicadores que economistas deveriam conhecer. Contudo, como dados nada mais são do que informações organizadas, e as informações que podem ser extraídas são extensas, muitos outros tópicos relevantes e suas respectivas bases de dados não foram cobertos. Aprendemos também a acessar algumas dessas bases e desses indicadores em portais que contêm muito mais dados do que apresentamos aqui. Conforme vamos acessando esses portais e nos familiarizando com eles, ganhamos mais autonomia na exploração de outras bases de dados e informações que podem não só complementar as que vimos aqui, mas também nos ajudar a analisar de forma mais robusta a situação socioeconômica do país. Portanto, conhecer dados é essencial para conhecer nossa sociedade, tomar melhores decisões e propor políticas públicas mais assertivas. REFERÊNCIAS BANCO CENTRAL DO BRASIL. Sistema de Gerenciados de Séries Temporais (SGS). Consultado na internet em: 06 de jul. 2021. BANCO CENTRAL DO BRASIL. Taxa Selic. Consultado na internet em: 22 jun. 2021. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Censo Demográfico 2010. Sistema IBGE de Recuperação Automática – SIDRA. Consultado na internet em: 22 jun. 2021. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Índice de Preços ao Consumidor Amplo. Consultado na internet em: 22 jun. 2021. INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA - INEP. Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – Ideb. Consultado na internet em: 14 jul. 2021. INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA - IPEADATA. Dados macroeconômicos e regionais. Consultado na internet em: 22 jun. 2021. MINISTÉRIO DA SAÚDE. DATASUS. Informações de Saúde (TABNET). Consultado na internet em: 22 jun. 2021. MINISTÉRIO DA SAÚDE. DATASUS. SIM – Sistema de Informações de Mortalidade. Consultado na internet em: 22 jun. 2021. MINISTÉRIO DA SAÚDE. DATASUS. SINASC – Sistema de Informações de Nascidos Vivos. Consultado na internet em: 22 jun. 2021. PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO. Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil. Consultado na internet em: 06 de jul. 2021. PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO. Our World in Data. Consultado na internet em: 06 de jul. 2021. EXPLORE+ Conheça também algumas bases de dados internacionais, como a World Bank Open Data, do Banco Mundial, e a International Monetary Fund Data, do Fundo Monetário Internacional. CONTEUDISTA Maria Eduarda Barroso Perpétuo de Souza
Compartilhar