A política econômica do governo Dutra não foi uma política de cunho liberal. Na verdade, o governo Dutra adotou uma política econômica intervencionista, com forte presença do Estado na economia. A abertura da economia não se sustentou porque o país não tinha uma base industrial forte o suficiente para competir com os produtos importados. Além disso, a crise cambial de 1947 foi agravada pelo contexto internacional, com a queda do preço do café, principal produto de exportação do Brasil na época. As dificuldades de abrir a economia sugerem que o país não estava preparado para um modelo de desenvolvimento calcado em uma economia aberta, com menor presença do Estado na economia e na estabilidade fiscal e monetária. Isso não indica a inviabilidade do projeto defendido pelos liberais, mas sim a necessidade de um processo gradual de abertura econômica, com investimentos em infraestrutura e na formação de uma base industrial sólida.
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