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FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Licenciatura em Geografia Disciplina: Teoria e Prática em Geografia IV 1 Material Didático para 6º Ano no Ensino Fundamental 1. Tema: Curvas de Nível: Interpretação de cartas topográficas altimétricas 2. Objetivo: Construir um modelo miniaturizado tridimensional de uma área a ser escolhida identificando as camadas de altitudes através da interpretação de uma carta topográfica altimétrica; 3: Competência Abordada: Interpretar e expressar sentimentos, crenças e dúvidas com relação a si mesmo, aos outros e às diferentes culturas, com base nos instrumentos de investigação das Ciências Humanas, promovendo o acolhimento e a valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza 4. Habilidade: (EF06GE09) Elaborar modelos tridimensionais, blocos-diagramas e perfis topográficos e de vegetação, visando à representação de elementos e estruturas da superfície terrestre. Curvas de Nível: Interpretação de cartas topográficas altimétricas O mapa topográfico como forma de interpretar o relevo Como sabemos, um mapa é uma representação gráfica e métrica de uma porção de território sobre uma superfície bidimensional, segundo a conceituação mais tradicional, que é o que nos interessa nesse instante. Assim, o mapa pode ter várias utilidades de acordo com o tema que se busca abordar em uma porção do território mapeado, como por exemplo um mapa rodoviário com o detalhamento das ruas estradas e vias ou um mapa político com as divisas e fronteiras bem definidas para termos uma noção básica do território estudado dentro de uma determinada região, continente, etc., geralmente para fins mais didáticos. No nosso caso específico, vamos abordar os mapas topográficos, mas afinal o que vêm a ser? Falando de uma forma mais direta, os mapas https://conceito.de/representacao 2 topográficos podem ser considerados como uma visão tridimensional da paisagem sobre uma superfície bidimensional. Mas como assim? A superfície bidimensional onde o mapa é representado é pura e simplesmente um pedaço de papel (ou qualquer tipo de tela de qualquer material) em que as informações territoriais são mostradas como se tivessem sido retiradas de uma foto aérea ou de satélites (e geralmente são obtidas dessa forma atualmente). Pois bem, no caso dos mapas topográficos, essa visão aérea contêm as informações de relevo da região de acordo com a escala adotada no que tange à altimetria. Essas informações são muito úteis quando você faz trilhas dentro da natureza e precisa determinar qual o caminho mais curto, qual o caminho menos cansativo, qual o caminho mais fácil, onde podemos encontrar fontes de água, entre outras coisas. Assim, a noção de escala se torna importante, na medida em que precisamos entender o que as dimensões apontadas em um determinado mapa representam no mundo real. A escala de um mapa, desta forma, representa a relação entre cada unidade do mapa e o tamanho real. A escala mais comum encontrada nas cartas topográficas do Brasil é a de 1:50.000, que significa que cada 1 cm do mapa eqüivale a 50.000 cm (500 m) da realidade. As escalas são classificadas em: • Pequena – igual ou inferior a 1:500.000 • Média – maior que 1:500.000 e menor que 1:50.000 • Grande – igual ou superior a 1:50.000 Mas afinal, se o mapa é bidimensional, como podemos ter ideia das altitudes que compõem o relevo dos mapas topográficos? De uma forma bem simples, os mapas topográficos se utilizam do recurso das curvas de nível, que são linhas equidistantes e representam altitudes específicas, de acordo com a representação de cada mapa. Curvas de nível mais próximas representam acidentes geográficos mais bruscos, com maior declive, 3 como um penhasco. Curvas de nível mais distantes representam variações graduais e leves de altitude, como uma encosta pouco acentuada de uma colina. Na figura abaixo, vemos a numeração, em metros, das altitudes de cada curva de nível. Na borda, temos a altitude de 100m, e as curvas mais ao centro, vão sendo identificadas a cada 100 metros até chegar ao topo, aos 400m. Figura 1 - Mapa com curvas de nível Figura 1 – Representação simples de um mapa topográfico em curvas de nível – disponível em < https://brasilescola.uol.com.br/geografia/curvas-nivel.htm>.Ancesso em 02/11/2023. Aqui, um outro exemplo da utilização de curvas de nível, comparando-se com o perfil do relevo estudado para se ter uma idéia de como podemos visualizar um terreno mapeado com essa técnica: Figura 2 – Representação mais elaborada e comparativa das curvas de nível https://brasilescola.uol.com.br/geografia/curvas-nivel.htm%3e.Ancesso 4 Figura 2 – Figura extraída de < https://www.sogeografia.com.br/Conteudos/GeografiaFisica/Cartografia/content5.php>. Acesso em 03/11/2023. Na figura acima, à esquerda, temos a ilustração do relevo com as curvas representadas em seu perfil, e à direita, a forma tradicional de representação bidimensional com os valores altimétricos iniciando-se aos 20 metros até os 160 metros no topo. Os mapas topográficos de curvas de nível mais completos trazem ainda outras informações, como a distância entre as linhas das curvas de nível (o que reflete na declividade do terreno), a vegetação, existência de rios, etc. E as legendas? As legendas são elementos importantes não só nos mapas topográficos, mas também em quaisquer outros tipos de mapas. Os mapas em geral, sempre apresentam uma legenda, que é a interpretação que deve ser dada aos símbolos que são encontrados neles. Esses símbolos são uma convenção, ou seja, possuem o mesmo padrão em todos os mapas topográficos no país. Portanto não é necessário decorar os símbolos, apesar de se tornar uma coisa natural com a prática. Atividades de classe Ainda há muito mais a ser abordado com relação aos mapas topográficos e mesmo no que se refere Às representações em curvas de nível. Entretanto, com o conteúdo abordado neste texto, podemos realizar algumas atividades para exercitar o tema abordado. https://www.sogeografia.com.br/Conteudos/GeografiaFisica/Cartografia/content5.php 5 Atividade 1 (em grupo) :Pesquisa Nesta atividade, a turma se dividirá em grupos de 4 a 5 alunos, desde que o número de grupo da sala seja par, e cada um deverá pesquisar nas fontes disponíveis: internet, atlas, livros didáticos ou qualquer material que contenha um mapa em curvas de nível de um ponto de relevo da nossa cidade ou de outra cidade conhecida pelos alunos e transcreva o mapa para uma cartolina com as seguintes informações: a- Titulo: cidade, estado e local pesquisado b- Foto comparativa do local pesquisado (pode ser um desenho feito à mão, desde que seja fiel às informações detalhadas no mapa) c- Se há atividades no local desenvolvidas com a utilização do mapa (neste caso os alunos podem fornecer dados de pesquisa sobre a área acerca de atividades desenvolvidas como passeios turísticos, atividades agrícolas, atividades esportivas, etc. Atividade 3 em grupo – Maquete Após a execução da atividade 2, tendo cada grupo elaborado seu trabalho de pesquisa sobre um determinado local, haverá um sorteio para que cada grupo execute a maquete da pesquisa de outro grupo. Portanto, um grupo não poderá elaborar a maquete de sua própria pesquisa, mas sim da pesquisa de um outro grupo sorteado. O objetivo é estimular a troca de informações entre os grupos e a capacidade de desenvolvimento do trabalho em grupo de forma ampliada. O material a ser utilizado pode ser tuto o que estiver disponível: papelão, isopor, cola, jornais, revistas, etc. Ou seja tudo o que puder ser utilizado de forma prática, fácil e sempre sob a supervisão docente para orientação quanto àforma de utilização do material. Atividade 4 – Apresentação em sala de aula. A apresentação será sempre em 2 grupos: o que fez a pesquisa e o que fez a maquete, devendo cada aluno expor sua experiência nas tarefas sugeridas. Assim, cada grupo terá 2 apresentações, a de sua pesquisa (junto com a do grupo que realizou a maquete) e vice-versa. 6 Nesta atividade, os alunos deverão ficar bem à vontade, estimulando- se o clima de descontração, informalidade permitindo-se inclusive algumas brincadeiras entre eles no momento de expor suas dificuldades na execução dos trabalhos. A avaliação não levará em conta somente o caráter técnico do conteúdo trabalhado, mas também a motivação, a criatividade e a interação dos alunos nas atividades propostas. Referências: AZAMBUJA, Leonardo Dirceu de. O ENSINO DE GEOGRAFIA NA BNCC: OS PERCURSOS DIDÁTICOS, DAS HABILIDADES ÀS COMPETÊNCIAS. 14º ENPEG – Encontro Nacional de Prática de Ensino em Geografia, Políticas Linguagens e Trajetórias. Universidade Estadual de Campinas, 29 de junho a 4 de julho de 2019. Disponível em < https://ocs.ige.unicamp.br/ojs/anais14enpeg/article/view/3185/3048. Acesso em 01 de novembro de 2023. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018. "Curvas de nível" em Só Geografia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2007- 2023. Consultado em 04/11/2023 às 15:14. Disponível na Internet em http://www.sogeografia.com.br/Conteudos/GeografiaFisica/Cartografia/co ntent5.php. PENA, Rodolfo F. Alves. "Curvas de Nível"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/curvas-nivel.htm. Acesso em 04 de novembro de 2023. https://ocs.ige.unicamp.br/ojs/anais14enpeg/article/view/3185/3048 http://www.sogeografia.com.br/Conteudos/GeografiaFisica/Cartografia/content5.php http://www.sogeografia.com.br/Conteudos/GeografiaFisica/Cartografia/content5.php