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1 - CENTRO CIRURGIGO

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· 26/07/2018
CENTRO CIRURGICO
O Centro cirúrgico é considerado uma área especializada e complexa, pois reúne pessoal, equipamentos, materiais e áreas diversificadas e peculiares, afim de atender pacientes que são considerados de risco e devem ter assistência planejada, organizada e coordenada por equipe de enfermagem planejada.
· Estrutura do centro cirúrgico: o profissional que trabalha no centro cirúrgico necessita de habilitação técnica e conhecimento sobre princípios de limpeza, desinfecção, esterilização, técnicas de assepsia, manuseio e conservação de equipamentos e materiais diferenciados.
Algumas observações da aula: 
*Toda anestesia tem risco de óbito. Se for hipertenso não utilizar xilocaína com vaso constritor.
*Durante a anamnese perguntar se o paciente tem alergia a alimentos ou medicamentos. Se disser que “não sabe” anotar: “Paciente desconhece se possui alergias”.
*Circulante: técnico em enfermagem que trabalha no centro cirúrgico.
*Cirurgia eletiva: com data e hora marcada. 
Área física:
Classificação das áreas hospitalares: críticas, semicríticas e não críticas.
· Críticas: Locais onde há maiores chances de transmissão de infecções, devido estado de pacientes ou que forma submetidos a procedimentos invasivos ou ainda imunodeprimidos (UTI, berçário UTI, sala de parto).
· Semicríticas: Todos os demais onde se encontram pacientes internados, mas cujo risco de transmissão de infecções é menor, como enfermarias e ambulatórios.
· Não críticas: Todas as áreas hospitalares não ocupadas por pacientes: secretarias, almoxarifado, farmácia, etc.
Localização do centro cirúrgico: Deve ocupar uma área independente da circulação geral, ficando livre de trânsito de pessoas e materiais. Deve possibilitar acesso livre e fácil de pacientes vindos da unidade de internação PS e UTI. 
Planta física do CC: A unidade cirúrgica deve conter no mínimo:
- Vestiários (M e F) ambos com sanitário e chuveiro,
- Sala de estar e relatório médico,
- Copa,
- Sala de estar (enfermagem), 
- Material de limpeza (DML),
- Sala de expurgo,
- Lavabo,
- Salas de cirurgia,
- Sala para estocagem de materiais esterilizados, descartáveis, medicamentos e outros,
- Sala de guarda de aparelhos,
- Área para guardar e transferir macas,
- Sala para depósito de cilindros de gases,
- Rouparia,
- Recuperação pós anestésica (RPA),
- Sala de espera,
- Área de recepção do paciente.
Vestiários: Dispostos de forma que constituam para o funcionário a única forma de adentrar ao c.c. após troca de roupas. É obrigatório o uso de roupas privativas: gorro, calça comprida, jaleco tipo túnica, pró-pés (protetores para sapatos), máscara descartável.
Sala de enfermagem/secretaria: Local em que se tem controle da unidade e onde são elaboradas as escalas cirúrgicas, administração e chefia de enfermagem.
Sala de recuperação pós-anestésica (RPA): Local onde se concentram os pacientes vindos das salas de operações para receberem os cuidados pós-anestésicos e/ou pós-operatórios imediatos. *Quando sai da cirurgia e vai para a UTI, não passa na RPA*
Teto, paredes e piso: Material resistente e de fácil limpeza. Piso resistente a água e soluções germicidas, isento de desenho e ranhuras que dificultem a limpeza.
Pisos condutores: Devem ser usados sapatos com sola de borracha pois funcionam como isolante. O piso não deve ser encerado, pois a cera é má condutora de eletricidade. As paredes devem ser duráveis para que resistam a limpeza diária. *Limpeza diária somente se ocorrer contaminação*
Portas: Devem permitir a passagem de macas e equipamentos cirúrgicos, deve haver outra porta para a equipe cirúrgica.
Janelas: Proporcionar iluminação natural.
Ventilação: Sistema artificial com controle de Tº ambiente, umidade e purificação do ar.
Luz: Deve ser fria e os focos fixados no teto apresentando mobilidade para vários lados (manopla).
Departamentos intimamente ligados ao c.c: Lavanderia, banco de sangue, laboratório, departamento de manutenção, telefonista, farmácia, RX, CME (central de material esterilizado), UTI, PS, unidade de internação.
Equipamentos básicos de uma sala de cirurgia: Equipamentos fixos: Fazem parte da estrutura fixa da sala: Foco de iluminação central e focos auxiliares (embutidos no teto), negatoscópio, sistema de gases utilizados em anestesia (são canalizados e tem painéis diferenciados pela padronização de cores): Cor cinza: vácuo (para aspiração), cor verde: oxigênio, cor amarela: ar comprimido, cor azul: óxido nitroso (esse gás tem somente no centro cirúrgico pois é anestésico).
Equipamentos móveis: Podem ser colocados ou retirados da sala, de acordo com a necessidade da cirurgia: mesa de operações, foco de luz portátil, mesa para roupa esterilizada, mesa para instrumental, mesa para anestesista, mesa de mayo, banco giratório, escada de 2 degraus, suportes para soro, estrado para elevar a estatura de algum membro da equipe, hamper, balde, torpedos de O2, etc. 
Materiais de consumo da sala cirúrgica: Material estéril: são os que após o uso são lavados, preparados e esterilizados. Ex: material metálico, roupas e campos cirúrgicos. 
Material esterilizado descartável: gazes, compressas, sondas diversas, fios de sutura, equipos de soro, seringas, agulhas, drenos, luvas, etc.
· 16/08/2018
Impressos: São de uso obrigatório na sala de cirurgia: folha de gastos, ficha anestésica, folha de descrição cirúrgica, requisição de sangue e exames, receituário, etc.
Medicamentos: xilocaína a 2% injetável, adrenalina, atropina, dopamina, dexametasona, solução de glicose a 25% e 50%, bomba de infusão contínua (BIC) Na 20%, KCl 19,1, NaCl 20%, sasix, anestésicos injetáveis e inalatórios.
Equipes que atuam em c.c.: equipe de anestesia, equipe cirúrgica, equipe de enfermagem, equipe de higiene e equipe administrativa.
Equipe cirúrgica: cirurgião, assistente e instrumentador.
Equipe de enfermagem: técnico e auxiliar de enfermagem que atuam como circulantes de sala.
Funções do circulante: Revisar e repor diariamente o material da sala cirúrgica.
Atribuições: Trabalhar rapidamente em geral sob tensão e supervisionado pelo enfermeiro. Ter tempo de relação rápido e realizar mudanças em situações inesperadas, antecipar-se as necessidades do cirurgião, adaptar-se ao trabalho sob tensão ser paciente, ter controle emocional, ganhar a confiança do cliente e tranquiliza-lo.
Atividades do circulante de sala: Receber o plantão, lavar as mãos, higienizar mobiliário da sala de operações com compressa embebida em álcool, ler aviso de cirurgia, verificar pedido de sangue, preparar a sala, verificar material e providenciar o que faltar, verificar lavabo, preparar material para anestesia, retirar fitas dos pacotes e caixas do instrumental, verificar funcionamento os aparelhos (monitor, bisturi elétrico, oxímetro de pulso, aspirador elétrico) e gases. 
Recepção do paciente: 
- Recebê-lo com cordialidade,
- Verificar prontuário (nome, checar exames),
- Verificar tricotomia, higiene, existência de próteses, joias, piercings, sondas e drenos,
- Verificar se recebeu medicação pré-anestésica,
- Transferi-lo para a mesa cirúrgica,
- Proteger os cabelos e colocar pró-pés,
- Posicioná-lo para cirurgia,
- Puncionar acesso venoso.
· 22/08/2018
Outras atribuições do circulante:
Aproximar o balde de aço inoxidável e o hamper, ligar o foco central, ligar aparelhos elétricos, cobrir o hamper com campos simples estéreis e aproximá-los da mesa cirúrgica, prover: fios cirúrgicos, compressas, soros, etc. Manter o chão limpo, executar anotações (início da cirurgia, tipo de cirurgia, nome do cirurgião, assistente e instrumentador, anestesista, circulante), estado geral do cliente, peças cirúrgicas encaminhadas, curativos, existência de sondas e drenos.
Ao final da cirurgia: ficar do lado do cliente durante a recuperação pós-anestésica imediata, recolocar o mobiliário no lugar, auxiliar na passagem do cliente para a maca, encaminhar prontuário a RPA e passar o plantão para equipe, encaminhar caixa de instrumental, caneta de bisturi elétrico e ponta de aspirador para expurgo, separar roupas e campos,separar os lixos, lavas as mãos, montar a sala para a próxima cirurgia.
POSIÇÕES PARA CIRURGIAS
Posição supina ou dorsal: Corpo alinhado, pés separados, braços em posição anatômica, cabeça voltada para um dos lados. Cirurgias: abdominais, supra e infra umbilical, algumas torácicas e vasculares.
Posição de Trendelemburg: Usada para cirurgias no abdômen inferior e em cirurgia de extremidades inferiores (MMII mais altos do que a cabeça).
Posição de Trendelemburg reversa: Usada para cirurgias de cavidade abdominal superior e cirurgias de cabeça e pescoço (MMII mais baixos que a cabeça).
Posição Litotomia: Cirurgias em períneo, reto ou vagina (são utilizadas perneiras para melhor conforto dos MMII) não é a ginecológica.
Posição prona ou ventral: Utilizada para cirurgias em parte posterior do corpo. Deitado sobre o abdômen, cabeça voltada para um dos lados com 2 coxins sob os ombros e 01 sob região infra umbilical (facilita a expansão pulmonar e evita compressão dos vasos do pescoço). Cirurgias: região dorsal, occipital.
Posição lateral: Cirurgias nos rins, pulmões e quadril.
Posição ginecológica: Usadas em cirurgias ginecológicas, proctológicas e urológicas. MMII colocados em perneiras. 
*Cuidados ao se colocar o paciente em posição cirúrgica: observar e prevenir distensões musculares, evitar compressão de vasos e nervos, facilitar movimentos respiratórios, evitar contato do paciente com superfície metálicas da mesa cirúrgica e facilitar o fluxo das infusões venosas.
Noções de assepsia médica e cirúrgica
Infecção no centro cirúrgico: A contaminação pode ser Endógena quando os microorganismos vem do próprio indivíduo ou Exógena quando vem do exterior, através de transmissão por contato direto, pelo sangue, secreções (suor, secreções genitais, ouvido, nariz, secreções purulentas) ou por excretas (fezes e urina).
- Pessoas, equipamentos, ar e poeira da sala de operações, instrumentos e materiais.
- Vestuário (desprendem-se fiapos, poeiras e fibras que transportam os microorganismos).
Fontes de contaminação: membros da equipe, o paciente, todos os objetos usados, poeira do ar.
Maneiras de contaminação: são os caminhos pelos quais os organismos infectantes alcançam as áreas estéreis.
A- Contato direto: ocorre quando uma superfície estéril toca outra não estéril.
B- Gotas úmidas não estéreis em superfície estéril: caso observe sudorese em alguém da equipe, este deve dar um passo atrás do campo cirúrgico enquanto o circulante enxuga a perspiração em sua fronte com compressa.
C- Ar não estéril sobre superfície estéril: é importante diminuir as correntes de ar para as áreas estéreis. Ex: portas e janelas devem ser fechadas e os materiais dever ser depositados, não jogados ou sacudidos.
D- Sangue circulante: Ex: hepatite (caso o paciente seja portador do vírus e alguém da equipe for ferido acidentalmente por agulhas, esse membro da equipe deverá ter pronto atendimento).
· 29/08/2018
Transoperatório: é a fase da cirurgia em que a equipe cirúrgica procede o ato cirúrgico em si, isto é, período que vai desde a incisão cirúrgica feita pelo cirurgião, até a sutura da mesma.
Cuidados no pós-operatório imediato (POI):
Ao receber o paciente na RPA, verificar:
- Tipo de anestesia e cirurgia realizada,
- Intercorrências durante a cirurgia,
- Estado geral do paciente,
- Presença de drenos, sondas, acesso periférico.
- Curativos.
1- Observar posição do paciente no leito,
2- Drenos e sondas-> observar funcionamento e características dos líquidos drenados.
3- Observar sinais e sintomas -> nível de consciência, permeabilidade de vias aéreas, expansão torácica e coloração da pele.
4- Controle de SSVV -> deve ser realizado a cada 15 minutos no POI, posteriormente na RPA com intervalos maiores após a normalização.
5- Obs. Do curativo cirúrgico: observado a fim de se verificar a presença de sangramento.
6- Atenção para queixas do paciente como: dor, ressecamento da mucosa, náuseas, vômitos e hipotermia.
CIRURGIA: É o ramo da medicina que lida com enfermidades e condições que necessitam de técnicas operatórias. As técnicas sempre abrangem a abertura do corpo para remoção, reparo ou substituição de uma parte.
As diferentes modalidades cirúrgicas são classificadas em:
- Momento: emergência, urgência e eletivas.
- Finalidade: paliativa, plástica, radical ou diagnóstica.
· Emergência: realizada para salvar a vida de um paciente, de um membro ou porção do seu corpo. EX: aneurisma rompido, FAF (ferimento por arma de fogo), ferimento por esmagamento.
· Urgência: precisa ser realizada dentro de 24h. EX: transplante de córnea, refixação da retina.
· Eletiva: realizada de acordo com a conveniência do paciente ou do cirurgião. Pode ser feita alguns dias ou meses após o diagnóstico.
· Paliativa: visa melhorar as condições do paciente ou sua qualidade de vida sem efetuar a cura.
· Plástica: cirurgia com finalidade estética ou corretiva.
· Radical: pode ser feita para remoção parcial ou total de um órgão ou segmento.
· Diagnóstica: cirurgia para a retirada de material para fins de exame.
As cirurgias ainda podem ser classificadas em:
- Cirurgia limpa: realizada em tecidos estéreis ou passiveis de descontaminação, na ausência de processo infeccioso local. EX: cirurgia cardíaca, artroplastia de quadril e neurocirurgia.
- Cirurgia potencialmente contaminada: realizada em tecidos colonizados por flora microbiana pouco numerosa, ou na ausência de um processo infeccioso. EX: histerectomia abdominal, cirurgia gástrica e outros.
· 05/09/18
PRINCÍPIOS DA TÉCNICA ESTÉRIL
1. Todos os objetos (materiais e instrumentais) são previamente esterilizados.
2. Pessoas esterilizadas tocam apenas objetos esterilizados.
3. Mesas são esterilizadas apenas ao nível do tampo.
4. Os aventais são considerados estéreis apenas da cintura ao nível dos ombros pela frente e as mangas. 
- Pessoas esterilizadas mantém as mãos á vista e/ou acima do nível da cintura.
- As mãos são mantidas longe da face, os cotovelos perto do tronco.
- Os braços nunca são cruzados, há possibilidade de existir perspiração em região axilar.
- Pessoas esterilizadas ficam perto das mesas esterilizadas ao esperarem, antes de se iniciar a cirurgia. Não andam pela sala ne saem pelo corredor.
Bisturi elétrico -> é um aparelho eletrônico que tem a propriedade de transformar a corrente elétrica alternada comum, em corrente elétrica de alta frequência, mas que apesar da intensidade não ocasiona alterações orgânicas ou excitação nervosa.
É utilizado com a finalidade de promover a eletrocoagulação e a eletro dissecção.
Eletrocoagulação: oclui os vasos sanguíneos e linfáticos.
Eletro dissecção: consiste na secção dos tecidos.
É responsabilidade do circulante a colocação da placa dispersiva no paciente. Observar alguns cuidados: 
a) Contato regular e homogêneo da placa dispersiva com o corpo do paciente, a fim de permitir a distribuição da corrente elétrica. Locais mais utilizados para este fim: panturrilha, face posterior da coxa e região glútea.
b) Evitar colocar a placa sobre saliências ósseas, tecido escarificado pois diminui o contato da mesma com o corpo do paciente.
c) Deve-se observar para que não haja deslocamento da placa dispersiva da região de contato.
Complicação do uso inadequado do bisturi elétrico:
Queimadura que pode se dar quando: 
a) Há contato insatisfatório entre a placa e o paciente.
b) Quando há conexão inadequada entre o aparelho e a placa e/ou o aparelho com fio terra da sala de cirurgia.
c) Quando há contato do paciente com partes metálicas da mesa cirúrgica.
OBS: Limpeza do aparelho, fios, cabos, sempre que necessário.
· 12/09/18
ANESTESIAS
História da anestesia -> no inicio do século 19, os cirurgiões usavam álcool e ópio para intoxicar pacientes em procedimentos que envolviam dor intensa. Em 1842 na Geórgia (EUA) foi utilizado o éter como anestésico.
Em 1844, o dentista H. Wells começou a utilizar óxido nitroso como anestésico.
Fatores de êxito de um procedimento anestésico:
- Analgesia: falta de sensibilidade a dor.
- Hipnose: estado de relaxamento físico e mental.
- Amnésia:perda temporária da memória.
Tipos de anestesias:
- Geral,
- Intradural (raqueanestesia) 12h em DDH a contar do término da cirurgia.
- Epidural (peridural) se possível, optar por essa anestesia que tem menos efeitos colaterais e riscos.
- Bloqueio de nervos periféricos.
- Local.
Anestesia geral: é para o corpo todo. Objetivo: levar o paciente a um estado de inconsciência reversível e rápida de maneira adequada e durante o tempo necessário. Se divide em 3 fases: indução, manutenção e regressão.
a) Indução: começa com a administração de agentes anestésicos EV ou inalatórios e continua até que o cliente esteja pronto para manipulação ou incisão cirúrgica.
A intubação ocorre no inicio dessa fase. 
Gases: óxido nitroso.
Líquidos: éter etílico, nalatano 
Via EV: droperidol, fentanila
b) Manutenção: fase em que são administradas as drogas suplementares, com a finalidade de manter a depressão no nível requerido.
c) Recuperação ou despertar: fase em que os medicamentos já foram metabolizados e eliminados do organismo, iniciando-se a recuperação dos movimentos em geral.
Deveres do circulante durante e indução: estar do lado do paciente, ligar o aspirador e posicionar o paciente.
Possíveis complicações relacionadas a anestesia: vômito, aspiração, PC, bronco espasmo, laringo espasmo, obstrução respiratória e choque. 
Anestesia raquidiana: são utilizados xilocaína e novocaína, que promovem bloqueio dos nervos raquidianos quando injetados no espaço subaracnóideo
Indicações: cirurgias infrabdominais, de MMII, parto cesárea.
Possíveis sequelas: processo neurológico, anormalidade óssea em região lombar.
Possíveis complicações: PR por paralisia dos músculos, cefaleia, náusea, vômito, complicações neurológicas.
Anestesia epidural ou peridural: realizada mediante introdução do anestésico local no espaço extra ou epidural (ao redor da dura mater.).
Indicações: cirurgias nas proximidades do ânus, períneo ou trato urinário inferior.
Anestesia por bloqueio e por infiltrações locais: o bloqueio afeta o nervo (plexo) e é útil em pequenas áreas, como plexo braquial, intercostal e bloqueio orbital.
Drogas: hidrocloreto de procaína (novocaína)
Hidrocloreto de hidrocaína (xilocaína)
Hidrocloreto de bupivacaína (marcaína) 
Posição do paciente frente as anestesias:
Anestesia geral: decúbito dorsal, e no momento da indução, hiperestender o pescoço.
Anestesia raqui ou peridural: há 2 posições: sentado sobre a mesa cirúrgica, com MMII para fora e apoiados em uma escada (2 degraus) MMSS cruzados na frente á altura da cintura, pescoço fletido e cabeça bem inclinada para frente.
Decúbito lateral direito ou esquerdo sobre a coxa e estas sobre o abdômen (posição fetal). O circulante é quem ajuda a manter o paciente na posição.
· Medicação pré-anestésica (MPA):
É prescrita pelo anestesiologista no dia anterior a cirurgia, na clínica de origem, sendo administrada 45 minutos antes da cirurgia. Via IM ou VO.
Finalidades: sedação para aliviar a apreensão, causa amnésia, ação analgésica, indução mais suave e mais fácil da anestesia, diminuição dos reflexos, inibição de náuseas e vômitos. Toda criança recebe pré-anestésico.
· Medicações normalmente utilizadas (IM):
1. Sedativos: Pentabarbital (nembutal), Diazepan (diempax), Inoval.
2. Analgésico narcótico: Fentanil, morfina, meperidina (demerol).
3. Tranquilizantes: Fenutiácidos.
4. Composto de beladona: Atropina (relaxa a musculatura).
Alguns cuidados: geralmente são prescritos em associação (2 drogas em uma única injeção). As drogas são administradas de acordo com a idade, sexo, peso, condições gerais do paciente e tipo de cirurgia. 
Verificar jejum, controlar SSVV, retirar próteses dentárias, orientar o paciente a permanecer deitado.
Após a APA (avaliação pré-anestésica) os pacientes entram em uma classificação de programa de cirurgias conforma seu estado físico e condições clínicas entre as quais se determina se há ou não risco anestésico cirúrgico. O mais conhecido sistema de classificação aplicável a essa finalidade é o da sociedade americana de anestesiologia (ASA) que apresenta 6 classes.
CLASSIFICAÇÃO DAS CONDIÇÕES FÍSICAS DA SOCIEDADE AMERICANA DE ANESTESIOLOGIA
	CONDIÇÕES
	DEFINIÇÃO
	DESCRIÇÃO E EXEMPLOS
	
	
	
	P1 – ASA 1
	Paciente saudável, normal.
	Nenhum distúrbio fisiológico, psicológico, bioquímico ou orgânico.
	P2 – ASA 2 
	Paciente com discreta doença sistêmica.
	Doença cardiovascular com restrição mínima de atividade, HAS, asma brônquica, obesidade ou DM.
	P3 – ASA 3 
	Paciente com doença sistêmica.
	Doença cardiovascular ou pulmonar que limite a atividade, DM severa, IAM, angina hipertensão mal controlada.
	P4 – ASA 4
	Paciente com doença sistêmica severa que seja uma constante ameaça a vida.
	Grave disfunção cardíaca, pulmonar, renal, hepática ou endócrina.
	P5 – ASA 5
	Paciente moribundo, com expectativa de sobrevida nas 24 horas com ou sem cirurgia.
	A cirurgia é realizada como último recurso ou para reforço de ressuscitação. Grande traumatismo cerebral, aneurisma ou embolia pulmonar.
	P6 – ASA 6 
	Paciente detectado com morte cerebral, cujos órgãos estão sendo removidos para fins de doação.
	
Tempos cirúrgicos
a) Diérese: manobra cirúrgica destinada a criar uma via de acesso através dos tecidos. Poe ser realizada por: 
Incisão: Feita com instrumental de corte ou bisturi elétrico, tesoura, osteótomo, perfuradora.
Secção: ato de cortar e retirar a parte cortada utilizando tesoura, serra, lâmina ou bisturi elétrico.
Divulsão: ato de separar os tecidos utilizando pinças, tesouras, afastadores.
Punção: ato de perfurar uma estrutura com finalidade de drenagem para coleção líquida das cavidades ou do interior dos órgãos, coleta de material, injeção.
Dilatação: manobra utilizada para aumentar o diâmetro de canais e orifícios naturais ou fistulosos através da ruptura de fibras musculares.
Serração: manobra destinada a serrar uma estrutura geralmente no osso, utilizando serra manual ou elétrica.
b) Hemostasia: manobra cirúrgica destinada a interromper ou prevenir sangramento. É de fundamental importância em razão de: 
1- Segurança da vida do paciente em grandes cirurgias.
2- Facilitar tempos cirúrgicos e cicatrização. Pode ser: temporária ou definitiva, preventiva ou corretiva.
c) Síntese: conjunto de manobras realizadas para promover união de tecidos com finalidade de restituir o estado anatômico e funcional.
Analgesia pós-operatória
Pode ser realizada pela equipe de anestesiologia em alguns tipos de cirurgia. Cirurgias abdominais e ginecológicas de grande porte, ortopédicas e torácicas que podem causar muita dor no período pós-operatório. A analgesia, pode ser realizada através de bomba de analgesia controlada pelo paciente (bomba PCA). Cirurgias oncológicas.
Analgesia contínua do paciente (PCA)
Trata-se de uma bomba de infusão pela qual o paciente tem acesso a doses (bôlus) previamente programadas e limitadas através de dispositivos próprios. Dessa forma é possível realizar a analgesia contínua pelo cateter peridural, instalado ainda em sala de cirurgia com soluções de anestésico local e opioides sendo a morfina o mais usado. O paciente sai do CC com essa bomba de infusão programada e recebe visitas diárias do anestesista para avaliar a necessidade de alterações das doses, até a substituição por outras medicações menos potentes, conforme a dor diminuir sua intensidade.
(Todo hospital tem a equipe de dor que contém um anestesista, enfermeiro e um técnico).
ESCALA DE RAMSAY
	Nível clinico
	Grau de sedação atingido
	
	
	1
	Ansioso, agitado ou irrequieto.
	2
	Cooperativo, aceitando ventilação, orientado e tranquilo.
	3
	Dormindo, com resposta discreta a estímulo tátil ou auditivo.
	4
	Dormindo, com resposta mínima a estímulo tátil ou auditivo.
	5
	Sem resposta a estímulo tátil ou auditivo, porém com resposta a dor.
	6
	Sem resposta a estímulo doloroso.
Finalidade da SRPA (sala de recuperação pós-anestésica)
Oferecer melhores condições de assistência médica e de enfermagem no pós-operatório e pós-anestésico imediato, reduzir a mortalidade após anestesiae pós-operatório, proporcionar maior segurança aos clientes e familiares, diminuir os possíveis acidentes pós-operatórios e pós-anestésicos imediatos. 
· 11/10/2018
Sala de recuperação pós-anestésica (SRPA):
É o setor em que se concentram os clientes, vindos das salas de operação para receberem cuidados pré-anestésicos e/ou pós-operatórios imediatos, com a finalidade de que haja estabilidade de SSVV e reflexos, retorno da consciência, prevenção e detecção de complicações. A SRPA localiza-se dentro do complexo do centro cirúrgico para permitir o pronto acesso dos cirurgiões e anestesiologistas. 
Equipamentos:
- Cama berço (transporte do cliente).
- Suporte para soro,
- Aspirador móvel ou de parede,
- Oxigênio,
- Esfigmomanômetro,
- Respiradores, desfibrilador, aparelho de ECG, monitores, BIC (bomba de infusão contínua).
Equipe da SRPA: anestesiologista, enfermeira, técnico em enfermagem e/ou auxiliar de enfermagem.
O tempo de permanência do paciente na SRPA gira em torno de 1 a 6 horas.
Assistência de enfermagem: Cuidados da admissão do paciente:
1. Instalação de máscara facial,
2. Monitoração cardíaca, oximetria de pulso e PANI (pressão arterial não invasiva),
3. Observar aspecto da incisão cirúrgica (sangramento, edema) drenos e sondas,
4. Observar o nível de consciência,
5. Avaliar o acesso venoso periférico e/ou acesso central,
6. Realizar a anotação de enfermagem no prontuário. Ao se admitir o paciente na SRPA, receber o plantão do anestesiologista e do circulante e observar os seguintes itens: tipo de cirurgia, idade, condição geral do paciente, tipo de anestesia (geral, peridural, raqui), intercorrências da sala de operações (PCR, choque, hemorragia), patologias encontradas (malignidade), balanço hídrico, soros administrados, perdas sanguíneas e urinárias, reposição volêmica, tubos, cateteres, drenos, SVD, SNG, SNE, indicação de cânula de quedel nebulização, antecedentes do paciente (problemas psiquiátricos, uso de drogas, cegueira, surdez, alcoolismo, plegias, paresias, ausência da fala).
A avaliação dos SSVV e saturação de O2 é realizada de 15 em 15 minutos na 1ª hora, de 30 em 30 minutos na 2ª hora e após esse período a cada 2 horas.
Paciente com oligúria é diurese abaixo de 30ml/h.
· 24/10/2018
Curativos – Cateteres e drenos
1. Atenção quanto ao tipo, cor, localização, volume e consistência de qualquer drenagem.
2. Curativos não devem ser trocados, ao menos que seja necessário ou solicitado.
3. Diurese: verificar volume e cor (30ml/h).
4. Imobilização gessada: verificar e anotar pressão, cor, Tº da extremidade distal. Anotar sensibilidade do paciente e se há sangramento na imobilização proveniente da incisão cirúrgica.
Alta da RPA: quando ocorrer estabilidade dos SSVV e nível de consciência. 
CME (CENTRAL DE MATERIAL ESTERELIZADO)
Centralizada: quando o material é limpo, preparado e esterilizado nas áreas específicas da própria central.
Descentralizada: quando as diferentes unidades do hospital encarregam-se da limpeza e preparo do material, encaminhando-o depois a CEMAT para esterilização.
Dependências básicas: 
Recepção e expurgo: área destinada a receber o material usado no CC e demais unidades do hospital, para execução ou complementação da limpeza. Deve ser um local separado e isolado de entre entrega do material limpo, a fim de evitar a contaminação do que foi recém esterilizado.
Preparo do material: local onde se realizam o preparo e empacotamento ou acondicionamento do material a ser esterilizado.
Esterilização: espaço onde estão instaladas as autoclaves estufas empregadas para esterilizar o material. 
Guarda e distribuição: parte reservada para armazenamento ou estocagem do material estéril em armários, prateleiras e cestas de aço inoxidável do tipo gaiola. Neste local ocorre também a distribuição do material a todas as unidades do hospital.
Posto de enfermagem: área que se constitui no centro administrado da CEMAT onde se encontra a chefia e a secretaria da unidade. 
Sala de reserva: destinada a estocagem de materiais de consumo novos como por exemplo seringas, agulhas, gazes, algodão, luvas, fitas teste, etc...
Vestiário feminino, masculino e copa.
Conceitos de microbiologia
Esterilização: conjunto de meios empregados para exterminar todos os germes, inclusive os esporos (forma na qual o germe é mais resistente).
Desinfecção: meios empregados para destruir os germes em sua forma vegetativa. Ela pode ou não destruir os esporos.
Antissepsia: meios através dos quais se impede a proliferação dos germes. Na antissepsia são empregadas substâncias chamadas antissépticos. A antissepsia se restringe ao tecido vivo, desinfecção aplica-se a materiais inanimados. Ex: antissepsia da pele e desinfecção do piso.
Assepsia: conjuntos de práticas e técnicas através das quais se evita a penetração de germes em locais ou objetos isentos dos mesmos.
Descontaminação: processo de inativação ou retirada de microorganismos com o objetivo primordial de dar ao profissional de saúde condições para manipular artigos médicos hospitalares com segurança.
Classificação dos artigos em relação ao potencial de contaminação:
Artigos não críticos: todos aqueles que entram em contato com a pele íntegra do paciente. Esses artigos devem ser limpos. Ex: termômetro clínico (álcool 70%).
Artigos semicríticos: são os que entram em contato com a pele não íntegra ou com as mucosas do paciente. Esses artigos devem ser desinfetados. Ex: acessórios de respiradoras artificiais e anestesia gasosa.
Artigos críticos: são os que penetram na pele e nas mucosas do paciente. Esses artigos devem ser esterilizados. Ex: instrumentos de corte e de ponta. 
Artigos contaminados: são os que entraram em contato com sangue, pus, excreções e secreções do paciente sem levar em consideração o grau de sujeira presente.
Limpeza do material: Imergir o material em solução química desinfetante. Deixar por 30 minutos, retirar da solução e lavar.
Preparo do material: as atividades realizadas na área de preparo do material têm como finalidade revisar, selecionar, preparar e acondicionar o material para ser posteriormente esterilizado.
Outros cuidados: escolher os envoltórios apropriados ao tipo de volume do material. OBS: se o material está rigorosamente limpo.
Esterilização do material
Esterilização pelo vapor saturado sob pressão: método processado pela autoclave. Os materiais esterilizados em autoclave são classificados em 2 categorias e não podem ser misturados:
- Materiais de superfície: materiais de borracha, vidro, aço inoxidável. O vapor saturado sob pressão circular, sem penetrar na superfície dos materiais. O tempo de exposição é de 15 minutos e a Tº é de 121ºC.
- Materiais de densidade: basicamente as roupas. Esses materiais são espessos, formados por fibras e exigem a penetração do vapor saturado em todas as camadas de sua espessura. O tempo de exposição é de 30 minutos e a Tº é de 121ºC.
· 14/11/2018
Cuidados no carregamento da autoclave:
- Utilizar luvas próprias para a autoclave,
- Não colocar os invólucros ainda quentes em superfícies frias (penetração de bactérias),
- Guardar caixas e pacotes em locais apropriados. Os artigos esterilizados em autoclave podem ser estocados até 1 semana em prateleira aberta. Pode guardar mais de 1 semana desde que esteja envolto na manta,
- Limpar a câmara interna e a superfície externa da autoclave com pano umedecido em água, depois da última esterilização do dia.
· 22/11/2018
Testes para avaliar a eficiência da esterilização:
Para termos segurança quanto a esterilidade dos materiais, é indispensável testar periodicamente os esterilizadores, como as autoclaves e as estufas. Aconselha-se que seja feito, no mínimo, um teste por semana, que pode ser físico, químico ou biológico.
O teste físico consiste em colocar um termômetro especial no interior de um dos pacotes para registrar a temperatura máxima atingida, que deverá ser acima de 120°C.
O teste químico é feito por substancias químicas contidas em tubos de vidro ou em fitas de papel, introduzidas no interior de um dos pacotes de maior volumea ser esterilizado.
A mudança de cor do indicador dos vidros ou das fitas significa que o interior dos pacotes está sendo atingido pela Tº desejada durante o período adequado.
É importante destacar que as fitas adesivas conhecidas como fitas-teste, usadas para fechar os pacotes do material a ser esterilizado, não podem ser consideradas teste químico pois não oferece qualquer segurança.
As ranhuras da fita-teste ganham uma coloração escura, indicando que a superfície do pacote foi atingida pelo calor, nada garantindo quanto ao processo de esterilização do material contido no seu interior.
O teste biológico generalizado utiliza culturas de esporos de germes não patogênicos, colocados em tubos no interior de um dos pacotes a serem esterilizados.
Os testes precisam ser feitos sempre na 1ª carga do dia. Também é necessário realizar esses testes toda vez que terminar uma manutenção preventiva ou corretiva das autoclaves.

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