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Enfermagem no Centro Cirúrgico Ambiente Cirúrgico; Recursos Humanos no CC; Orientações pré-operatórias para cirúrgia geral e cardíaca; SAEP; Períodos Cirúrgicos; Posições cirúrgicas; Prevenção e controle de infecção hospitalar; Procedimentos anestésicos; Segurança do Paciente; Complicações intraoperatórias potenciais; Sala de Recuperação Pós-Anestésica - SRPA; Cuidados com Drenos. Sumário Ambiente Cirúrgico A unidade do centro cirúrgico é composta pelo Centro Cirúrgico (CC) propriamente dito, pela Sala de Recuperação Pós-Anestésica (SRPA) e pelo Centro de Material e Esterilização (CME). As áreas do CC são classificadas em: Áreas não restritas: são aquelas cuja circulação de pessoas é livre, não exigindo cuidados especiais e nem uso de uniforme privativo. Exemplos: elevadores, corredores externos que levam ao CC, vestiários, local de transferência de macas. Áreas semi-restritas: permitem a circulação de pessoal e equipamentos, de modo, a não interferir no controle e na manutenção da assepsia cirúrgica. Nesses locais, é necessário o uso de uniforme privativo e de calçados adequados. Exemplos: secretaria, sala de guarda de equipamentos, farmácia-satélite, copa, sala de conforto. Áreas restritas: são as que possuem limites definidos para circulação de pessoal e equipamentos, onde se deve estabelecer rotinas próprias para controlar e manter assepsia local. Nesse ambiente, além do uniforme privativo é necessário o uso de máscara, cobrindo a boca e o nariz, e goro. Exemplos: corredores internos, lavabos e salas de cirúrgicas. Recursos Humanos no CC Equipe multidisciplinar: enfermeiros, téc. de enfermagem, cirurgiões, anestesiologista, equipes das unidades de apoio; Equipe de enfermagem: enfermeiro coordenador, enfermeiro assistencial, enfermeiro perfusionista, técnico de enfermagem, instrumentador, auxiliar de enfermagem; Administrativo: auxiliar administrativo, circuito de marcação cirúrgica. 1. 2. 3. Orientações pré-operatórias para cirurgia geral e cardíaca; Preparo psicológico e emocional; Jejum Monitorar sinais vitais; Administração de pré-anestésicos; Cuidados cutâneos (tricotomia, limpeza...) Troca da roupa do paciente; Preparo gastrointestinal; Eliminações urinárias; Verificação do peso do paciente; Remoção de próteses e dentaduras Remoção de jóias, esmalte e maquiagem; Transporte do paciente até o CC Sistematização de Assistência de Enfermagem Perioperatória SAEP Fases da SAEP Visita pré-operatória de Enfermagem; Planejamento da assistência perioperatória; Implementação da assistência; Avaliação da assistência por meio da visita pós-operatória; Reformulação da assistência a ser planejada, segundo os resultados obtidos e solução de situações não desejadas ou ocorrência e eventos adversos. 1. 2. 3. 4. 5. Períodos Cirúrgicos Pré-operatório imediato: 24h antes do procedimento anestésico-cirúrgico até o encaminhamento do paciente ao CC; Transoperatório: desde o paciente ser recebido no CC até sua saída da sala de operação; Intraoperatório: início do procedimento e vai até o seu termino, esta inserido no transoperatório; Recuperação Pós-anestésica: chegada do paciente à SRPA até sua alta para a unidade de origem; Pós-operatório imediato: primeiras 24h após a cirurgia; Pós-operatório mediato: após 24h que se seguem à cirurgia e se estende até a alta do paciente ou depois de seu retorno para casa (essa etapa pode variar conforme o procedimento cirúrgico). Tempos Cirúrgicos Di´́erese: separação dos planos anatômicos ou tecidos. Pode ser obtida por: secção (ato de cortar), divulsão ( separação com pinça), punção (uso de trocater em VDL), dilatação e serração. Hemostasia: se previne, detém ou impede o sangramento. Pode ser: natural ou espontânea; temporária (diminuição do fluxo sanguíneo durante a cirurgia com garroteamento, pinçamento, ação farmacológica, oclusão endovascular e parada circulatória) ou definitiva (ligadura, cauterização, sutura, obstrução e tamponamento). Exérese: procedimento cirúrgico propriamente. Síntese: aproximação das bordas de uma lesão. Ações necessárias para uma boa síntese: antissepsia local, vascularização adequada, bordas nítidas, hemostasia perfeita, sem corpos estranhos e tecidos necrosados, fios apropriados e técnica correta. Posições Cirúrgicas ESCALA de avaliação de risco para o desenvolvimento de LESÕES decorrentes do POSICIONAMENTO cirúrgico do paciente (ELPO) Posições Cirurgias cardiotorácicas, geral, ortopedicas, transplante de órgãos e tecidos. Laparoscópias, cirurgia pelvica ou vascular. Cirurgias de ombro, neurocirurgias de fossa posterior, plásticas, oftalmológicas, e prótese mamária. Supina Trendelenburg Trendelenburg reversa ou Proclive Indicações Cirurgias de ombro e suas articulações e ainda para neurocirurgias. Abdominais e perineais, pélvicos e geniturinários. Cirurgias proctológicas. Nefrectomia, transplante de rins e algumas cirurgias de tórax. Cirurgias de coluna, hernia de disco. Fowler Litotômica ou Ginecológica Kraske ou Canivete Lateral renal Decubito Ventral ou Prona O principal objetivo do posicionamento cirúrgico é promover uma ótima exposição do sitio cirúrgico equilibrando com a prevenção de complicações É essencial o trabalho em equipe, utilizando os dispositivos e equipamentos adequados específicos de cada tipo de posicionamento. Prevenção e Controle de Infecção Hospitalar PCIH Conjunto de ações desenvolvidas deliberada e sistematicamente, com vistas à redução máxima possível da incidência e da gravidade das infecções hospitalares. Os hospitais devem constituir uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH). Deve ser composta por profissionais da saúde de nível superior. Membros divididos em Consutores Executores Consultores: serviço médico, serviço de enfermagem, serviço de farmácia, laboratório de microbiologia e administração. Executores: no mínimo, 2 (dois) técnicos de nível superior da área de saúde para cada 200 (duzentos) leitos ou fração deste número com carga horária diária, mínima, de 6 (seis) horas para o enfermeiro e 4 (quatro) horas para os demais profissionais. Portaria nº 2616 de 12 de maio 1988, Ministério da Saúde, institui o Programa de Controle de Infecções Hospitalares (PCIH) Hospitais com número de leitos igual ou inferior a 70 (setenta) os membros consultores devem ser do serviço médico e de enfermagem. Nos hospitais com leitos destinados a pacientes críticos, a CCIH deverá ser acrescida de outros profissionais de nível superior da área de saúde. Os membros executores terão acrescidas 2 (duas) horas semanais de trabalho para cada 10 (dez) leitos ou fração; A portaria considera pacientes críticos: pacientes de terapia intensiva (adulto, pediátrico, e neonatal), pacientes de berçário de alto risco, pacientes queimados, pacientes submetidos a transplantes de órgãos, pacientes hemato-oncológicos, pacientes com Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. Competências da CCIH Acesse o link para ver na integra da portaria todas as competências da CCIH http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/1998/prt2616_12_05_1998.html Conceitos e critérios diagnósticos das infecções hospitalares Infecção Comunitária: é aquela constatada ou em incubação no ato de admissão do paciente, desde que não relacionada com internação anterior no mesmo hospital. Também são infecções comunitárias: infecção que está associada com complicação ou extensão da infecção já presente na admissão, a menos que haja troca de microrganismos com sinais ou sintomas fortemente sugestivos da aquisição de nova infecção; infecção em recém-nascido, cuja aquisição por via transplacentária é conhecida ou foi comprovada e que tornou-se evidente logo após o nascimento (exemplo: herpes simples, toxoplasmose, rubéola, citomegalovirose, sífilis e AIDS); infecções de recém-nascidos associadas com bolsa rota superior a 24 (vinte e quatro)horas. Infecção Hospitalar: é aquela adquirida após a admissão do paciente e que se manifeste durante a internação ou após a alta, quando puder ser relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares. evidência clínica; exames laboratoriais; estudos com métodos de imagem; endoscopia biópsia e outros. Princípios para se considerar infecção hospitalar: quando, na mesma topografia em que foi diagnosticada infecção comunitária, for isolado um germe diferente, seguido do agravamento das condições clínicas do paciente, o caso deverá ser considerado como infecção hospitalar; quando se desconhecer o período de incubação do microrganismo e não houver evidência clínica e/ou dado laboratorial de infecção no momento da internação, convenciona-se infecção hospitalar toda manifestação clínica de infecção que se apresentar a partir de 72 (setenta e duas) horas após a admissão; são também convencionadas infecções hospitalares aquelas manifestadas antes de 72 (setenta e duas) horas da internação, quando associadas a procedimentos diagnósticos e/ou terapêuticas, realizados durante este período; as infecções no recém-nascido são hospitalares, com exceção das transmitidas de forma transplacentária e aquelas associadas a bolsa rota superior a 24 (vinte e quatro) horas; os pacientes provenientes de outro hospital que se internam com infecção, são considerados portadores de infecção hospitalar do hospital de origem infecção. Nestes casos, a Coordenação Estadual/Distrital/Municipal e/ou o hospital de origem deverão ser informados para computar o episódio como infecção hospitalar naquele hospital. Critérios para se considerar infecção hospitalar: Classificação das cirurgias por potencial de contaminação da incisão cirúrgica Cirurgias limpas: realizadas em tecidos estéreis ou passíveis de descontaminação, na ausência de processo infeccioso e inflamatório local ou falhas técnicas grosseiras, cirurgias eletivas com cicatrização de primeira intenção e sem drenagem aberta. Cirurgias em que não ocorrem penetrações nos tratos digestivo, respiratório ou urinário; Cirurgias Potencialmente Contaminadas: são aquelas realizadas em tecidos colonizados por flora microbiana pouco numerosa ou em tecidos de difícil descontaminação, na ausência de processo infeccioso e inflamatório e com falhas técnicas discretas no transoperatório. Cirurgias com drenagem aberta enquadram- se nesta categoria. Ocorre penetração nos tratos digestivo, respiratório ou urinário sem contaminação significativa. Cirurgias Contaminadas: são aquelas realizadas em tecidos recentemente traumatizados e abertos, colonizados por flora bacteriana abundante, cuja descontaminação seja difícil ou impossível, bem como todas aquelas em que tenham ocorrido falhas técnicas grosseiras, na ausência de supuração local. Na presença de inflamação aguda na incisão e cicatrização de segunda intenção, ou grande contaminação a partir do tubo digestivo. Obstrução biliar ou urinária também se incluem nesta categoria. Cirurgias infectadas: são todas as intervenções cirúrgicas realizadas em qualquer tecido ou órgão, em presença de processo infeccioso (supuração local) e/ou tecido necrótico. 1. Lavagem das mãos é a fricção manual vigorosa de toda a superfície das mãos e punhos, utilizando-se sabão/detergente, seguida de enxágüe abundante em água corrente. 2. A lavagem das mãos é, isoladamente, a ação mais importante para a prevenção e controle das infecções hospitalares. 3. O uso de luvas não dispensa a lavagem das mãos antes e após contatos que envolvam mucosas, sangue outros fluidos corpóreos, secreções ou excreções. 4. A lavagem das mãos deve ser realizada tantas vezes quanto necessária, durante a assistência a um único paciente, sempre que envolver contato com diversos sítios corporais, entre cada uma das atividades. 4.1 A lavagem e anti-sepsia cirúrgica das mãos é realizada sempre antes dos procedimentos cirúrgicos. Lavagem das mãos 5. A decisão para a lavagem das mãos com uso de anti-séptico deve considerar o tipo de contato, o grau de contaminação, as condições do paciente e o procedimento a ser realizado.5.1 A lavagem das mãos com anti-séptico é recomendada em:· realização de procedimentos invasivos;· prestação de cuidados a pacientes críticos;· contato direto com feridas e/ou dispositivos invasivos, tais como cateteres e drenos.6. Devem ser empregadas medidas e recursos com o objetivo de incorporar a prática da lavagem das mãos em todos os níveis da assistência hospitalar.6.1 A distribuição e a locação de unidades ou pias para Iavagem das mãos, de forma a atender à necessidade nas diversas áreas hospitalares, além da presença dos produtos, é fundamental para a obrigatoriedade da prática. Técnica microbiota (cutânea, mucosa, TGI); obesidade; extremos de idade; diabetes; desnutrição; tabagismo; uso inadequado de antibióticos; hipotermia no trans; imunossupressores; glicemia no trans e pós; tempo cirúrgico; transfusão maciça. Fatores de risco endógenos: Infecção do Sitio Cirúrgico - ISC Acomete 1/3 dos pacientes submetidos à cirurgias de acordo com a OMS. No Brasil em 2016, a taxa de ISC foi de 11% do total de procedimentos analisados. Segundo a ANVISA diagnóstica-se ISC em 14% a 16% dos pacientes hospitalizados. quebra da técnica asséptica; esterilização; ambiente físico. Fatores de risco exógenos: Práticas Recomendadas para à prevenção: preparo intestinal associado à ATB; dieta rica em nutrientes; banho pré-operatório; tricotomia; antibioticoprofilaxia; degermação X antissepsia; degermação cirúrgica das mãos; limpeza do ambiente cirúrgico; interrupção do imunossupressores se possível. Suprimir a sensibilidade dolorosa do paciente durante todo o procedimento cirúrgico, mantendo ou não sua consciência; Promover relaxamento muscular; Proporcionar condições ideais de atuação para os médicos-cirurgiões. Os 3 objetivos primordiais relacionados ao ato anestésico: 1. 2. 3. Classificação para avaliar as condições físicas do paciente Classe 1: saudável; Classe 2: doença sistêmica discreta; Classe 3: doença sistêmica; Classe 4: doença sistêmica impactante (risco de vida); Classe 5: moribundo com pouca probabilidade de vida; Classe 6: morte cerebral; Classe E: cirurgia de emergência. Procedimentos Anestésicos Conceito de Anestesia: perda total ou parcial da sensibilidade, sobretudo tátil. É indicada tanto no período intraoperatório quanto no pré e no pós-operatório. Tipos de Anestesia Geral Inalatória Intravenosa Balanceada (inalatória+intravenosa) Regional Peridural Raquidiana Bloqueio dos plexos nervosos Combinada Geral Regional Local INDUÇÃO MANUTENÇÃO REVERSÃO Geral: é a modalidade anestésica indicada para as cirurgias mais complexas e de grande porte. Na anestesia geral, o paciente fica inconsciente, incapaz de se mover e, habitualmente, intubado e acoplado a um respirador artificial. Um dos motivos do paciente não sentir é pelo fato do mesmo estar profundamente sedado, como se o cérebro estivesse parcialmente “ desligado ”. Ocorre em 3 períodos; Regional: é um procedimento anestésico usado em cirurgias mais simples , onde o paciente pode permanecer acordado. Este tipo de anestesia bloqueia a dor em apenas uma determinada região do corpo, como um braço, uma perna ou toda região inferior do corpo, abaixo do abdômen. Os 2 tipos de anestesia regional mais usados são: Anestesia raquidiana (ou raqui anestesia ): Para realizar a anestesia raquidiana , uma agulha de pequeno calibre é inserida nas costas , de modo a atingir o espaço subaracnoide, dentro da coluna espinhal . Em seguida, um anestésico é injetado dentro do líquido espinhal (liquor), produzindo dormência temporária e relaxamento muscular. A presença do anestésico dentro da coluna espinhal bloqueia os nervos que passam pela coluna lombar , fazendo com que estímulos dolorosos vindos dos membros inferiores e do abdômen não consigam chegar ao cérebro. A raqui anestesia é muito usada para procedimentos ortopédicos de membrosinferiores e para cesarianas. Anestesia peridural: A anestesia peridural é muito semelhante a anestesia raquidiana, porém há algumas diferenças; 1- Na anestesia peridural o anestésico é injetado na região peridural, que fica ao redor do canal espinhal, e não propriamente dentro, como no caso da raquianestesia; 2- Na anestesia peridural, o anestésico é injetado por um cateter, que é implantado no espaço peridural. Enquanto na raquianestesia o anestésico é administrado por uma agulha uma única vez, na anestesia peridural o anestésico fica sendo administrado constantemente através do cateter; 3- A anestesia peridural pode continuar a ser administrada no pós -operatório par a controle da dor nas primeiras horas após a cirurgia. Basta manter a infusão de analgésicos pelo cateter ; 4- A quantidade de anestésicos administrados é bem menor na anestesia raquidiana. É o equipamento destinado a administração de gases e/ou vapores anestésicos ao paciente, através da respiração espontânea ou controlada manual ou mecanicamente. Aparelho de Anestesia prover O2 ao paciente; remover O2; fornecer a quantidade e o volume de gases (O2, oxido nitroso, ar comprimido); fornecer vapor anestésico ; facilitar/promover a ventilação adequada ao paciente. Funções do aparelho: Também pode ser chamado de Sistema Integrado de Anestesia . Complicações intraoperatórias potenciais Náuseas e vômitos; manter o paciente lateralizado; abaixar a cabeceira da mesa; aspiração; observar possíveis crises após a aspiração (asma, espasmos brônquicos graves e sibilos); Complicações: pneumonite, edema pulmonar, hipóxia extrema, Prevenção: Administrar antiemético segundo prescrição médica. Cuidados de Enfermagem: Anafilaxia É uma reação alérgica aguda que provoca vasodilatação, hipotensão e constrição brônquica. Pode ser decorrente de: medicações, látex. Choque Anafilático É causado por uma reação alérgica grave quando um paciente que já produziu anticorpos para uma substância não-própria(antígeno) desenvolve uma reação própria(antígeno) desenvolve uma reação antígeno-anticorpo sistêmica. Estar ciente do tipo de anestesia e dos medicamentos que serão administrados; Verificar se o paciente possui algum tipo de Verificar se o paciente possui algum tipo de alergia; Participar da reanimação cardiopulmonar cerebral; Avaliar SSVV; Puncionar veias. Cuidados de enfermagem: Hipóxia Agentes anestésicos; Broncoaspiração de secreções; Posição do paciente na mesa cirúrgica; Intubação inadvertida do esôfago. Instalar oxímetro de pulso; Observar saturação de oxigênio Instalar oxigenoterapia, se necessário; Avaliar sinai s de sofrimento respiratório. Causa: Cuidados de Enfermagem: Hipotermia Baixa temperatura na sala de operação; Infusão de líquidos frios; Inalação de gases frios; Cavidades ou feridas corporais abertas; Cavidades ou feridas corporais abertas; Atividade muscular diminuída; Idade avançada; Agentes farmacológicos utiliza dos (vasodilatadores, anestésicos). Observar a temperatura ambiente da sala; Aquecer líquidos intravenosos; Trocar campos cirúrgicos molhados por secos•Aquecimento gradual Aquecimento gradual; Monitorar SSVV, em especial a temperatura; Monitorar débito urinário. Temperatura abaixo de 36,6° Causas: Cuidados de Enfermagem: Hipertermia Maligna Músculos fortes e volumosos; Histórico de cãibras muscular ou fraqueza muscular; Elevação inexplicada da temperatura; Histórico familiar. interromper imediatamente a instalação de gases anestésicos voláteis e/ou da succinilcolina; Hiperventilar o paciente com oxigênio a 100%; Hiperventilar o paciente com oxigênio a 100%; Administrar 2mg /kg de dantrolene sódico IV; Administrar bicarbonato de sódio; Executar o resfriamento; Observar diurese acima de 2ml/kg /h, com hidratação e manitol ou furosemida• Observar o paciente na UTI, por pelo menos 24h, devido ao risco de recidiva; Administrar dantrolene IV, na dose de 1mg /kg, a cada 6h, durante 48h; Controlar SSVV; Orientar paciente e familiares acerca da doença. Distúrbio hipermetabólico do sistema musculoesquelético, que pode ser hereditário, quimicamente induzido por anestésicos(halogenados, inalatórios, succinilcolina). Desenvolve-se em torno dos 10 a 20 min depois da indução anestésica, podendo aparecer em até 24h indução anestésica, podendo aparecer em até 24h após a cirurgia. Fatores de risco associados ao paciente: Cuidados de Enfermagem (FASE AGUDA) Cuidados de enfermagem (FASE TARDIA) Coagulação Intravascular Disseminada cirurgia de emergência; trauma de cranio; transfusão maciça; Caracterizado pela formação de um trombo e depleção de determinadas proteínas de coagulação. Fatores associados: Segurança do Paciente Check list Cirurgia Segura Ebserh Sala de Recuperação Pós- Anestésica - SRPA Conferir a identificação da paciente; Fazer exame físico; Monitorar Frequência Cardíaca (FC), PA, saturação de oxigênio, temperatura, nível de consciência e dor » Manter vias aéreas permeáveis; Instalar nebulização de oxigênio para manter a oximetria periférica > 92%; Promover conforto e aquecimento; Verificar condições do curativo (sangramentos), fixação de sondas e drenos; Anotar débitos de drenos e sondas; Fazer balanço hídrico caso necessário; Observar dor, náusea e vômito e comunicar anestesiologista; Administrar analgésicos, antieméticos e antibióticos conforme prescrição médica; Manter infusões venosas e atentar para infiltrações e irritações cutâneas; Observar queixas de retenção urinária; Minimizar fatores de estresse; Orientar a paciente sobre o término da cirurgia, garantir sua privacidade e zelar por sua segurança; Comunicar o anestesiologista de plantão intercorrências relacionadas às pacientes assistidas; Aplicar o índice de Aldrete e Kroulik para estabelecer os critérios de alta da SRPA; Cuidados de Enfermagem Aplicar a Escala de Bromage nas pacientes que foram submetidas a anestesias regionais (Raquianestesia ou Anestesia Peridural) para estabelecer os critérios de alta da SRPA somado aos critérios da Escala de Aldrete e Kroulik; Providenciar ao destino as pacientes de alta médica. Escala de Aldrete e Kroulik Escala de Bromage Pontuação para alta: acima de 8 Cuidados com Drenos O uso de drenos em feridas é frequente em situações de pós-operatórios ou em casos nos quais a drenagem se faz necessária devido a presença de processo infeccioso ou pelo acúmulo de líquidos intracavitários, (GEOVANE, 2014). Objetivo dos drenos: possibilitar o extravasamento de líquido que poderiam servir como meio de cultura para bactérias (HINKLE; CHEEVER, 2016). Drenos de Penrose: é um sistema de drenagem aberto, com composição à base de borracha tipo látex, utilizado em procedimentos cirúrgicos com potencial para o acúmulo de líquidos, infectados ou não; Tipos de Drenos Drenos de Sucção (HEMOVAC®/PORTOVAC®/JACKSON- PRATT/BLAKE): sistema fechado de drenagem por sucção contínua e suave, fabricado em polietileno ou silicone. É composto de um reservatório com mecanismo de abertura para remoção do ar e do conteúdo drenado, um tubo longo com múltiplos orifícios na extremidade distal que fica inserida na cavidade cirúrgica. A remoção do ar do interior do reservatório cria uma condição de vácuo, promovendo uma aspiração ativa do acúmulo de secreções; Dreno de tórax (selo d’água): os sistemas coletores de drenagem pleural ou mediastinal são empregados em cirurgias torácicas ou cardíacas, destinando-se à retirada de conteúdo líquido e/ou gasoso da cavidade torácica. São constituídos de um dreno tubular em polietileno, geralmente com mais de um orifício na extremidade distal que fica inserida na cavidade, um tubo extensor que conecta o dreno ao frasco coletor e o frasco em polietileno rígido com um suporte na sua base; Dreno de Kerr: introduzido na região das vias biliares extra- hepáticas, utilizados para drenagem externa, descompressão ou, ainda, após anastomose biliar como prótese modeladora,devendo ser fixado através de pontos na parede duodenal lateral ao dreno, tanto quanto na pele, impedindo sua remoção espontânea ou acidental. Cuidados com Drenos Sistema de drenagem aberto: De maneira asséptica, com gaze umedecida com soro fisiológico, limpar o óstio de inserção e depois o dreno; limpar as regiões laterais da incisão do dreno, secar a incisão e as laterais com gaze estéril. Ocluir o dreno mantendo uma camada de gaze entre o dreno e a pele ou quando ocorrer hipersecreção colocar bolsa simples para colostomia. Pontos importantes!!! Sistemas de drenagem aberta (por exemplo, no tipo Penrose ou tubular) devem ser mantidos ocluídos com bolsa estéril ou com gaze estéril por 72 horas. Após esse período, a manutenção da bolsa estéril fica a critério médico. Alfinetes de segurança não são recomendados como meio de evitar mobilização dos drenos Penrose por não serem considerados produto para a saúde (PPS), enferrujarem facilmente e propiciarem colonização do local. Os drenos de sistema aberto devem ser protegidos durante o banho. Sistema de drenagem fechado: De maneira asséptica, com gaze umedecida com soro fisiológico, limpar o local de inserção do dreno ou cateter, utilizando as duas faces da gaze; com gaze estéril, secar o local de inserção do dreno ou cateter; aplicar álcool a 70%. Ocluir o local de inserção com gaze estéril. Pontos importantes!!! Antes de iniciar o curativo, inspecionar o local de inserção do dreno por meio de palpação.Rea lizar troca de curativo a cada 24 horas ou sempre que o mesmo se tornar úmido, solto ou sujo.