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Enfermagem no Centro Cirúrgico


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Enfermagem no
Centro Cirúrgico
Ambiente Cirúrgico;
Recursos Humanos no CC;
Orientações pré-operatórias para cirúrgia geral e cardíaca;
SAEP;
Períodos Cirúrgicos;
Posições cirúrgicas;
Prevenção e controle de infecção hospitalar;
Procedimentos anestésicos; 
Segurança do Paciente; 
Complicações intraoperatórias potenciais; 
Sala de Recuperação Pós-Anestésica - SRPA;
Cuidados com Drenos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário
Ambiente Cirúrgico
A unidade do centro cirúrgico é composta pelo Centro Cirúrgico (CC)
propriamente dito, pela Sala de Recuperação Pós-Anestésica (SRPA) e pelo Centro
de Material e Esterilização (CME).
 
As áreas do CC são classificadas em: 
 
Áreas não restritas: são aquelas cuja circulação de pessoas é livre, não exigindo
cuidados especiais e nem uso de uniforme privativo. Exemplos: elevadores,
corredores externos que levam ao CC, vestiários, local de transferência de macas. 
 
Áreas semi-restritas: permitem a circulação de pessoal e equipamentos, de modo, a
não interferir no controle e na manutenção da assepsia cirúrgica. Nesses locais, é
necessário o uso de uniforme privativo e de calçados adequados. Exemplos:
secretaria, sala de guarda de equipamentos, farmácia-satélite, copa, sala de
conforto.
 
Áreas restritas: são as que possuem limites definidos para circulação de pessoal e
equipamentos, onde se deve estabelecer rotinas próprias para controlar e manter
assepsia local. Nesse ambiente, além do uniforme privativo é necessário o uso de
máscara, cobrindo a boca e o nariz, e goro. Exemplos: corredores internos, lavabos e
salas de cirúrgicas. 
Recursos Humanos no CC
Equipe multidisciplinar: enfermeiros, téc. de enfermagem, cirurgiões,
anestesiologista, equipes das unidades de apoio;
Equipe de enfermagem: enfermeiro coordenador, enfermeiro assistencial,
enfermeiro perfusionista, técnico de enfermagem, instrumentador, auxiliar de
enfermagem;
Administrativo: auxiliar administrativo, circuito de marcação cirúrgica. 
1.
2.
3.
 
Orientações pré-operatórias para
cirurgia geral e cardíaca;
Preparo psicológico e emocional;
Jejum
Monitorar sinais vitais;
Administração de pré-anestésicos;
Cuidados cutâneos (tricotomia, limpeza...)
Troca da roupa do paciente;
Preparo gastrointestinal;
Eliminações urinárias;
Verificação do peso do paciente;
Remoção de próteses e dentaduras
Remoção de jóias, esmalte e maquiagem;
Transporte do paciente até o CC
Sistematização de Assistência de
Enfermagem Perioperatória
SAEP
Fases da SAEP
 
 
Visita pré-operatória de Enfermagem;
Planejamento da assistência perioperatória;
Implementação da assistência;
Avaliação da assistência por meio da visita pós-operatória;
Reformulação da assistência a ser planejada, segundo os resultados obtidos e
solução de situações não desejadas ou ocorrência e eventos adversos. 
1.
2.
3.
4.
5.
 
Períodos Cirúrgicos 
Pré-operatório imediato: 24h antes do procedimento anestésico-cirúrgico até o
encaminhamento do paciente ao CC;
Transoperatório: desde o paciente ser recebido no CC até sua saída da sala de
operação;
Intraoperatório: início do procedimento e vai até o seu termino, esta inserido no
transoperatório; 
Recuperação Pós-anestésica: chegada do paciente à SRPA até sua alta para a
unidade de origem;
Pós-operatório imediato: primeiras 24h após a cirurgia; 
Pós-operatório mediato: após 24h que se seguem à cirurgia e se estende até a alta
do paciente ou depois de seu retorno para casa (essa etapa pode variar conforme
o procedimento cirúrgico). 
 
 
Tempos Cirúrgicos
Di´́erese: separação dos planos anatômicos ou tecidos. Pode ser obtida por: secção
(ato de cortar), divulsão ( separação com pinça), punção (uso de trocater em VDL),
dilatação e serração. 
 
Hemostasia:  se previne, detém ou impede o sangramento. Pode ser: natural ou
espontânea; temporária (diminuição do fluxo sanguíneo durante a cirurgia com
garroteamento, pinçamento, ação farmacológica, oclusão endovascular e parada
circulatória) ou definitiva (ligadura, cauterização, sutura, obstrução e
tamponamento). 
 
Exérese: procedimento cirúrgico propriamente. 
 
Síntese:  aproximação das bordas de uma lesão. Ações necessárias para uma boa
síntese: antissepsia local, vascularização adequada, bordas nítidas, hemostasia
perfeita, sem corpos estranhos e tecidos necrosados, fios apropriados e técnica
correta. 
Posições Cirúrgicas
ESCALA de avaliação de risco para o desenvolvimento de LESÕES decorrentes do
POSICIONAMENTO cirúrgico do paciente (ELPO)
Posições
Cirurgias cardiotorácicas, geral, ortopedicas, transplante de órgãos e tecidos.
Laparoscópias, cirurgia pelvica ou vascular.
Cirurgias de ombro, neurocirurgias de fossa posterior, plásticas, oftalmológicas,
e prótese mamária.
Supina
Trendelenburg
Trendelenburg reversa ou Proclive
 
Indicações
Cirurgias de ombro e suas articulações e ainda para neurocirurgias.
 Abdominais e perineais, pélvicos e geniturinários.
Cirurgias proctológicas.
Nefrectomia, transplante de rins e algumas cirurgias de tórax. 
Cirurgias de coluna, hernia de disco.
Fowler
Litotômica ou Ginecológica
Kraske ou Canivete
Lateral renal
Decubito Ventral ou Prona
 
O principal objetivo do
posicionamento cirúrgico é
promover uma ótima
exposição do sitio cirúrgico 
equilibrando com a
prevenção de complicações
É essencial o trabalho em
equipe, utilizando os
dispositivos e
equipamentos adequados
específicos de cada tipo de
posicionamento. 
Prevenção e Controle de Infecção
Hospitalar
PCIH Conjunto de ações desenvolvidas deliberada e sistematicamente, com
vistas à redução máxima possível da incidência e da gravidade das infecções
hospitalares.
Os hospitais devem constituir uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar
(CCIH). 
 
Deve ser composta por profissionais da saúde de nível superior.
 
Membros divididos em Consutores
Executores
Consultores: serviço médico, serviço de enfermagem, serviço de farmácia,
laboratório de microbiologia e administração.
 
 
Executores: no mínimo, 2 (dois) técnicos de nível superior da área de saúde para
cada 200 (duzentos) leitos ou fração deste número com carga horária diária,
mínima, de 6 (seis) horas para o enfermeiro e 4 (quatro) horas para os demais
profissionais. 
Portaria nº 2616 de 12 de maio 1988, Ministério da Saúde, institui o Programa de
Controle de Infecções Hospitalares (PCIH) 
 Hospitais com número
de leitos igual ou
inferior a 70 (setenta) os
membros consultores
devem ser do serviço
médico e de
enfermagem.
Nos hospitais com leitos destinados a pacientes críticos, a
CCIH deverá ser acrescida de outros profissionais de nível
superior da área de saúde. Os membros executores terão
acrescidas 2 (duas) horas semanais de trabalho para cada
10 (dez) leitos ou fração;
A  portaria considera pacientes críticos: pacientes de terapia intensiva (adulto,
pediátrico, e neonatal), pacientes de berçário de alto risco, pacientes queimados,
pacientes submetidos a transplantes de órgãos, pacientes hemato-oncológicos,
pacientes com Síndrome da Imunodeficiência Adquirida.
Competências da CCIH
Acesse o link para ver na integra da portaria todas as competências da CCIH
 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/1998/prt2616_12_05_1998.html
 
Conceitos e critérios diagnósticos das infecções hospitalares
Infecção Comunitária: é aquela constatada ou em incubação no ato de admissão
do paciente, desde que não relacionada com internação anterior no mesmo
hospital. 
Também são infecções comunitárias: 
infecção que está associada com complicação ou extensão da infecção já
presente na admissão, a menos que haja troca de microrganismos com
sinais ou sintomas fortemente sugestivos da aquisição de nova infecção;
infecção em recém-nascido, cuja aquisição por via transplacentária é
conhecida ou foi comprovada e que tornou-se evidente logo após o
nascimento (exemplo: herpes simples, toxoplasmose, rubéola,
citomegalovirose, sífilis e AIDS);
infecções de recém-nascidos associadas com bolsa rota superior a 24 (vinte
e quatro)horas.
Infecção Hospitalar: é aquela adquirida após a admissão do paciente e
que se manifeste durante a internação ou após a alta, quando puder ser
relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares.
evidência clínica;
exames laboratoriais; 
estudos com métodos de imagem;
endoscopia
biópsia e outros. 
Princípios para se considerar infecção hospitalar:
 
quando, na mesma topografia em que foi diagnosticada infecção comunitária,
for isolado um germe diferente, seguido do agravamento das condições clínicas
do paciente, o caso deverá ser considerado como infecção hospitalar;
quando se desconhecer o período de incubação do microrganismo e não houver
evidência clínica e/ou dado laboratorial de infecção no momento da internação,
convenciona-se infecção hospitalar toda manifestação clínica de infecção que se
apresentar a partir de 72 (setenta e duas) horas após a admissão;
são também convencionadas infecções hospitalares aquelas manifestadas antes
de 72 (setenta e duas) horas da internação, quando associadas a procedimentos
diagnósticos e/ou terapêuticas, realizados durante este período;
as infecções no recém-nascido são hospitalares, com exceção das transmitidas de
forma transplacentária e aquelas associadas a bolsa rota superior a 24 (vinte e
quatro) horas;
os pacientes provenientes de outro hospital que se internam com infecção, são
considerados portadores de infecção hospitalar do hospital de origem infecção.
Nestes casos, a Coordenação Estadual/Distrital/Municipal e/ou o hospital de
origem deverão ser informados para computar o episódio como infecção
hospitalar naquele hospital.
Critérios para se considerar infecção hospitalar:
Classificação das cirurgias por potencial de contaminação
da incisão cirúrgica
Cirurgias limpas: realizadas em tecidos estéreis ou passíveis de descontaminação,
na ausência de processo infeccioso e inflamatório local ou falhas técnicas
grosseiras, cirurgias eletivas com cicatrização de primeira intenção e sem
drenagem aberta. Cirurgias em que não ocorrem penetrações nos tratos digestivo,
respiratório ou urinário;
Cirurgias Potencialmente Contaminadas:  são aquelas realizadas em tecidos
colonizados por flora microbiana pouco numerosa ou em tecidos de difícil
descontaminação, na ausência de processo infeccioso e inflamatório e com falhas
técnicas discretas no transoperatório. Cirurgias com drenagem aberta enquadram-
se nesta categoria. Ocorre penetração nos tratos digestivo, respiratório ou urinário
sem contaminação significativa.
 
Cirurgias Contaminadas: são aquelas realizadas em tecidos recentemente
traumatizados e abertos, colonizados por flora bacteriana abundante, cuja
descontaminação seja difícil ou impossível, bem como todas aquelas em que
tenham ocorrido falhas técnicas grosseiras, na ausência de supuração local. Na
presença de inflamação aguda na incisão e cicatrização de segunda intenção, ou
grande contaminação a partir do tubo digestivo. Obstrução biliar ou urinária
também se incluem nesta categoria.
 
Cirurgias infectadas: são todas as intervenções cirúrgicas realizadas em qualquer
tecido ou órgão, em presença de processo infeccioso (supuração local) e/ou tecido
necrótico.
1. Lavagem das mãos é a fricção manual vigorosa de toda a superfície das mãos e
punhos, utilizando-se sabão/detergente, seguida de enxágüe abundante em água
corrente.
2. A lavagem das mãos é, isoladamente, a ação mais importante para a prevenção e
controle das infecções hospitalares.
3. O uso de luvas não dispensa a lavagem das mãos antes e após contatos que
envolvam mucosas, sangue outros fluidos corpóreos, secreções ou excreções.
4. A lavagem das mãos deve ser realizada tantas vezes quanto necessária, durante a
assistência a um único paciente, sempre que envolver contato com diversos sítios
corporais, entre cada uma das atividades.
4.1 A lavagem e anti-sepsia cirúrgica das mãos é realizada sempre antes dos
procedimentos cirúrgicos.
Lavagem das mãos
5. A decisão para a lavagem das mãos com uso de anti-séptico deve considerar o tipo
de contato, o grau de contaminação, as condições do paciente e o procedimento a
ser realizado.5.1 A lavagem das mãos com anti-séptico é recomendada em:· 
realização de procedimentos invasivos;·  prestação de cuidados a pacientes
críticos;·  contato direto com feridas e/ou dispositivos invasivos, tais como cateteres
e drenos.6. Devem ser empregadas medidas e recursos com o objetivo de incorporar
a prática da lavagem das mãos em todos os níveis da assistência hospitalar.6.1 A
distribuição e a locação de unidades ou pias para Iavagem das mãos, de forma a
atender à necessidade nas diversas áreas hospitalares, além da presença dos
produtos, é fundamental para a obrigatoriedade da prática.
Técnica 
microbiota (cutânea, mucosa, TGI);
obesidade;
extremos de idade;
diabetes;
desnutrição;
tabagismo;
uso inadequado de antibióticos;
hipotermia no trans;
imunossupressores;
glicemia no trans e pós; 
tempo cirúrgico;
transfusão maciça.
Fatores de risco endógenos:
Infecção do Sitio Cirúrgico - ISC 
Acomete 1/3 dos pacientes submetidos à cirurgias de acordo com a OMS.
 
No Brasil em 2016, a taxa de ISC foi de 11% do total de procedimentos analisados.
 
Segundo a ANVISA diagnóstica-se ISC em 14% a 16% dos pacientes hospitalizados.
quebra da técnica asséptica;
esterilização;
ambiente físico. 
Fatores de risco exógenos:
Práticas Recomendadas para à prevenção:
preparo intestinal  associado à ATB;
dieta rica em nutrientes;
banho pré-operatório;
tricotomia;
antibioticoprofilaxia;
degermação X antissepsia;
 
degermação cirúrgica das mãos;
limpeza do ambiente cirúrgico;
interrupção do imunossupressores
 se possível. 
Suprimir a sensibilidade dolorosa do paciente durante todo o procedimento
cirúrgico, mantendo ou não sua consciência;
Promover relaxamento muscular;
Proporcionar condições ideais de atuação para os médicos-cirurgiões. 
Os 3 objetivos primordiais relacionados ao ato anestésico:
 
1.
2.
3.
 
Classificação para avaliar as condições físicas do paciente
 
Classe 1: saudável;
Classe 2: doença sistêmica discreta;
Classe 3: doença sistêmica;
Classe 4: doença sistêmica impactante (risco de vida);
Classe 5: moribundo com pouca probabilidade de vida;
Classe 6: morte cerebral;
Classe E: cirurgia de emergência. 
Procedimentos Anestésicos 
Conceito de Anestesia: perda total ou parcial da sensibilidade, sobretudo tátil. É
indicada tanto no período intraoperatório quanto no pré e no pós-operatório. 
Tipos de Anestesia
Geral
Inalatória
Intravenosa
Balanceada (inalatória+intravenosa)
Regional
Peridural
Raquidiana
Bloqueio dos plexos nervosos
Combinada
Geral
Regional
Local
INDUÇÃO
MANUTENÇÃO
REVERSÃO
Geral: é a modalidade anestésica indicada para as cirurgias mais complexas e de
grande porte. Na anestesia geral, o paciente fica inconsciente, incapaz de se mover
e, habitualmente, intubado e acoplado a um respirador artificial. Um dos motivos
do paciente não sentir é pelo fato do mesmo estar profundamente sedado, como se
o cérebro estivesse parcialmente “ desligado ”. 
 
Ocorre em 3 períodos;
 
 
Regional: é um procedimento anestésico usado em cirurgias mais simples , onde o
paciente pode permanecer acordado. Este tipo de anestesia bloqueia a dor em 
 apenas uma determinada região do corpo, como um braço, uma perna ou toda
região inferior do corpo, abaixo do abdômen.
 
Os 2 tipos de anestesia regional mais usados são:
 
Anestesia raquidiana (ou raqui anestesia ): Para realizar a anestesia raquidiana ,
uma agulha de pequeno calibre é inserida nas costas , de modo a atingir o espaço
subaracnoide, dentro da coluna espinhal . Em seguida, um anestésico é injetado
dentro do líquido espinhal (liquor), produzindo dormência temporária e
relaxamento muscular. A presença do anestésico dentro da coluna espinhal
bloqueia os nervos que passam pela coluna lombar , fazendo com que estímulos
dolorosos vindos dos membros inferiores e do abdômen não consigam chegar ao
cérebro. A raqui anestesia é muito usada para procedimentos ortopédicos de
membrosinferiores e para cesarianas. 
 
Anestesia peridural: A anestesia peridural é muito semelhante a anestesia
raquidiana, porém há algumas diferenças;
 
1- Na anestesia peridural o anestésico é injetado na região peridural, que fica ao
redor do canal espinhal, e não propriamente dentro, como no caso da
raquianestesia;
2- Na anestesia  peridural, o anestésico é injetado por um cateter, que é implantado
no espaço peridural. Enquanto na raquianestesia o anestésico é administrado por
uma agulha uma única vez, na anestesia peridural o anestésico fica sendo
administrado constantemente através do cateter;
3- A anestesia peridural pode continuar a ser administrada no pós -operatório par a
controle da dor nas primeiras horas após a cirurgia. Basta manter a infusão de
analgésicos pelo cateter ;
4- A quantidade de anestésicos administrados é bem menor na anestesia
raquidiana.
É o equipamento destinado
a administração de gases
e/ou vapores anestésicos ao
paciente, através da
respiração espontânea ou
controlada manual ou
mecanicamente. 
 
Aparelho de Anestesia
prover O2 ao paciente;
remover O2;
fornecer a quantidade e o volume
de gases (O2, oxido nitroso, ar
comprimido);
fornecer vapor anestésico ;
facilitar/promover a
ventilação adequada ao
paciente.
Funções do aparelho:
Também pode ser chamado de Sistema
Integrado de Anestesia . 
Complicações intraoperatórias
potenciais 
Náuseas e vômitos;
 
 
manter o paciente lateralizado;
abaixar a cabeceira da mesa;
aspiração;
observar possíveis crises após a aspiração (asma, espasmos brônquicos graves e
sibilos);
Complicações: pneumonite, edema pulmonar, hipóxia extrema,
Prevenção: Administrar antiemético segundo prescrição médica.
Cuidados de Enfermagem:
Anafilaxia 
 
 É uma reação alérgica aguda que provoca vasodilatação, hipotensão e constrição
brônquica. 
Pode ser decorrente de: medicações, látex. 
Choque Anafilático 
 
É causado por uma reação alérgica grave quando um paciente que já produziu
anticorpos para uma substância não-própria(antígeno) desenvolve uma reação
própria(antígeno) desenvolve uma reação antígeno-anticorpo sistêmica.
Estar ciente do tipo de anestesia e dos medicamentos que serão administrados;
Verificar se o paciente possui algum tipo de 
Verificar se o paciente possui algum tipo de alergia;
Participar da reanimação cardiopulmonar cerebral;
Avaliar SSVV;
Puncionar veias.
 
Cuidados de enfermagem:
Hipóxia
 
Agentes anestésicos;
Broncoaspiração de secreções;
 Posição do paciente na mesa cirúrgica; 
Intubação inadvertida do esôfago. 
Instalar oxímetro de pulso;
 Observar saturação de oxigênio
Instalar oxigenoterapia, se necessário;
Avaliar sinai s de sofrimento respiratório.
Causa:
 
Cuidados de Enfermagem:
 
Hipotermia
 
Baixa temperatura na sala de operação;
Infusão de líquidos frios;
Inalação de gases frios;
Cavidades ou feridas corporais abertas;
Cavidades ou feridas corporais abertas;
Atividade muscular diminuída;
Idade avançada;
Agentes farmacológicos utiliza dos (vasodilatadores, anestésicos).
Observar a temperatura ambiente da sala;
Aquecer líquidos intravenosos;
Trocar campos cirúrgicos molhados por secos•Aquecimento gradual
Aquecimento gradual;
Monitorar SSVV, em especial a temperatura;
Monitorar débito urinário.
Temperatura abaixo de 36,6°
 
Causas:
 
Cuidados de Enfermagem:
 
Hipertermia Maligna
 
Músculos fortes e volumosos;
Histórico de cãibras muscular ou fraqueza muscular;
Elevação inexplicada da temperatura;
Histórico familiar.
interromper imediatamente a instalação de gases anestésicos voláteis e/ou da
succinilcolina;
Hiperventilar o paciente com oxigênio a 100%;
Hiperventilar o paciente com oxigênio a 100%;
Administrar 2mg /kg de dantrolene sódico IV;
 Administrar bicarbonato de sódio;
Executar o resfriamento;
Observar diurese acima de 2ml/kg /h, com hidratação e manitol ou furosemida•
Observar o paciente na UTI, por pelo menos 24h, devido ao risco de recidiva;
Administrar dantrolene IV, na dose de 1mg /kg, a cada 6h, durante 48h;
Controlar SSVV;
Orientar paciente e familiares acerca da doença.
Distúrbio hipermetabólico do sistema musculoesquelético, que pode ser
hereditário, quimicamente induzido por anestésicos(halogenados, inalatórios,
succinilcolina).
 
Desenvolve-se em torno dos 10 a 20 min depois da indução anestésica, podendo
aparecer em até 24h indução anestésica, podendo aparecer em até 24h após a
cirurgia.
 
Fatores de risco associados ao paciente:
 
Cuidados de Enfermagem (FASE AGUDA)
 
Cuidados de enfermagem  (FASE TARDIA)
 
 
Coagulação Intravascular Disseminada 
cirurgia de emergência;
trauma de cranio; 
transfusão maciça;
Caracterizado pela formação de um trombo e depleção de determinadas proteínas
de coagulação.
 
Fatores associados:
 
Segurança do Paciente
Check list  Cirurgia Segura
Ebserh
Sala de Recuperação Pós-
Anestésica - SRPA 
Conferir a identificação da paciente;
Fazer exame físico;
Monitorar Frequência Cardíaca (FC), PA, saturação de oxigênio,
temperatura, nível de consciência e dor » Manter vias aéreas permeáveis;
Instalar nebulização de oxigênio para manter a oximetria periférica >
92%;
Promover conforto e aquecimento;
Verificar condições do curativo (sangramentos), fixação de sondas e
drenos;
Anotar débitos de drenos e sondas;
Fazer balanço hídrico caso necessário;
Observar dor, náusea e vômito e comunicar anestesiologista;
Administrar analgésicos, antieméticos e antibióticos conforme
prescrição médica;
Manter infusões venosas e atentar para infiltrações e irritações
cutâneas;
Observar queixas de retenção urinária;
 Minimizar fatores de estresse;
Orientar a paciente sobre o término da cirurgia, garantir sua
privacidade e zelar por sua segurança;
Comunicar o anestesiologista de plantão intercorrências relacionadas
às pacientes assistidas;
Aplicar o índice de Aldrete e Kroulik para estabelecer os critérios de alta
da SRPA;
 
Cuidados de Enfermagem
Aplicar a Escala de Bromage nas pacientes que foram submetidas a anestesias
regionais (Raquianestesia ou Anestesia Peridural) para estabelecer os critérios
de alta da SRPA somado aos critérios da Escala de Aldrete e Kroulik;
 Providenciar ao destino as pacientes de alta médica.
Escala de Aldrete e Kroulik
Escala de Bromage
Pontuação para alta: acima de 8
Cuidados com Drenos
O uso de drenos em feridas é frequente em
situações de pós-operatórios ou em casos
nos quais a drenagem se faz necessária
devido a presença de processo infeccioso ou
pelo acúmulo de líquidos intracavitários,
(GEOVANE, 2014).
 
Objetivo dos drenos:
possibilitar o
extravasamento de líquido
que poderiam servir como
meio de cultura para
bactérias (HINKLE;
CHEEVER, 2016). 
 
Drenos de Penrose: é um sistema de drenagem aberto, com
composição à base de borracha tipo látex, utilizado em
procedimentos cirúrgicos com potencial para o acúmulo de
líquidos, infectados ou não;
Tipos de Drenos
Drenos de Sucção  (HEMOVAC®/PORTOVAC®/JACKSON-
PRATT/BLAKE): sistema fechado de drenagem por sucção
contínua e suave, fabricado em polietileno ou silicone. É
composto de um reservatório com mecanismo de abertura para
remoção do ar e do conteúdo drenado, um tubo longo com
múltiplos orifícios na extremidade distal que fica inserida na
cavidade cirúrgica. A remoção do ar do interior do reservatório
cria uma condição de vácuo, promovendo uma aspiração ativa do
acúmulo de secreções;
Dreno de tórax  (selo d’água): os sistemas coletores de drenagem
pleural ou mediastinal são empregados em cirurgias torácicas ou
cardíacas, destinando-se à retirada de conteúdo líquido e/ou
gasoso da cavidade torácica. São constituídos de um dreno
tubular em polietileno, geralmente com mais de um orifício na
extremidade distal que fica inserida na cavidade, um tubo
extensor que conecta o dreno ao frasco coletor e o frasco em
polietileno rígido com um suporte na sua base;
Dreno de Kerr: introduzido na região das vias biliares extra-
hepáticas, utilizados para drenagem externa, descompressão ou,
ainda, após anastomose biliar como prótese modeladora,devendo
ser fixado através de pontos na parede duodenal lateral ao dreno,
tanto quanto na pele, impedindo sua remoção espontânea ou
acidental.
Cuidados com Drenos
Sistema de drenagem aberto: De maneira asséptica, com gaze umedecida com soro
fisiológico, limpar o óstio de inserção e depois o dreno; limpar as regiões laterais
da incisão do dreno, secar a incisão e as laterais com gaze estéril. Ocluir o dreno
mantendo uma camada de gaze entre o dreno e a pele ou quando ocorrer
hipersecreção colocar bolsa simples para colostomia. 
 
Pontos importantes!!!
 
Sistemas de drenagem aberta (por exemplo, no tipo Penrose ou tubular) devem ser
mantidos ocluídos com bolsa estéril ou com gaze estéril por 72 horas. Após esse
período, a manutenção da bolsa estéril fica a critério médico. Alfinetes de
segurança não são recomendados como meio de evitar mobilização dos drenos
Penrose por não serem considerados produto para a saúde (PPS), enferrujarem
facilmente e propiciarem colonização do local. Os drenos de sistema aberto devem
ser protegidos durante o banho. 
Sistema de drenagem fechado:  De maneira asséptica, com gaze umedecida
com soro fisiológico, limpar o local de inserção do dreno ou cateter, utilizando as
duas faces da gaze; com gaze estéril, secar o local de inserção do dreno ou
cateter; aplicar álcool a 70%. Ocluir o local de inserção com gaze estéril.
 
Pontos importantes!!!
 
Antes de iniciar o curativo, inspecionar o local de inserção do dreno por meio de
palpação.Rea lizar troca de curativo a cada 24 horas ou sempre que o mesmo se
tornar úmido, solto ou sujo.

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