Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DIREITO PROCESSUAL CIVIL – COGNIÇÃO E TUTELA Respostas Assunto 01 - Aspectos da cognição judicial 1. O processo judicial é formado pela fase de conhecimento e pela fase de execução, sendo a primeira também conhecida como fase cognitiva. Nesse sentido, o que vem a ser a cognição? B. É a técnica que os juízes utilizam para analisar e valorar as alegações trazidas pelas partes. 2. As questões trazidas ao processo podem ser de fato ou de direito. No entanto, nem todas precisam de uma decisão do magistrado. Qual a diferença principal entre as questões inerentes ao processo judicial? C. Há questões que fundamentam a solução de outras questões, e há questões que necessitam de decisão judicial. 3. Conforme grande parte dos doutrinadores, o objeto da cognição engloba um trinômio de questões. Alguns defendem que seja um binômio, e uma pequena parcela acredita que seja um quadrinômio. Considerando o entendimento da maioria dos doutrinadores, quais seriam as questões que compõem o trinômio? C. Condições da ação, pressupostos processuais e mérito da causa. 4. A jurisdição pode ser entendida como a aplicação da lei geral e abstrata aos casos concretos que lhe são submetidos, com o intuito de solucionar os conflitos de interesse. Mesmo sendo uma função do Estado, distingue-se das demais por algumas peculiaridades. Qual das opções a seguir traz algumas dessas peculiaridades? D. Inafastabilidade, substitutividade e inércia. 5. Dentro de um processo podemos encontrar dois tipos de cognição: a vertical e a horizontal, e a vertical ainda se divide em exauriente e sumária, enquanto que a horizontal pode ser plena ou limitada. De um modo geral, qual a diferença entre cognição vertical e horizontal? A. A cognição vertical condiz com o modo como o magistrado analisará as questões, enquanto que a horizontal se refere à extensão e amplitude das questões do processo. Assunto 02 - Poder geral de cautela 1. As medidas jurisdicionais urgentes são uma forma de garantir a satisfação dos direitos por meio do processo, cenário em que se inserem as medidas tutelares. Sendo assim, qual dispositivo legal assegura esse acesso? C. Constituição Federal (artigo 5º, inciso XXXV). 2. A tutela provisória está prevista no Livro V da Parte Geral do Código de Processo Civil, artigos 294 a 311, e divide-se em três títulos: Disposições gerais; Tutela de urgência; e Tutela de evidência. Assim, o que vem a ser a tutela provisória? B. É o conjunto de técnicas que permite ao magistrado assegurar e/ou satisfazer, antecedente ou incidentalmente, a pretensão do autor. 3. Sabe-se que a tutela provisória é emitida após cognição superficial e em caráter provisório. No entanto, por qual motivo a tutela é proferida mediante cognição sumária? A. Como é um pedido antecipado, o magistrado ainda não tem acesso a todos os elementos que compõem a controvérsia jurídica. 4. Muitos acreditam que a tutela definitiva é uma espécie de tutela provisória. Contudo, há diferenças consideráveis entre elas. O que vem a ser a tutela definitiva? B. A tutela definitiva consiste na decisão sobre o pedido feito pelo litigante, abrangendo o que foi postulado. 5 . A tutela definitiva tem como objetivo decidir o pedido feito pelo litigante e pode ser tanto satisfativa quanto cautelar. Qual a diferença entre as duas tutelas? E. A satisfativa é aquela que tem por objetivo efetivar o direito material; já a cautelar não visa a satisfazer um direito, mas a garantir que, no futuro, haja a satisfação do direito almejado, protegendo-o. Assunto 03 - Tutela provisória: legitimidade, competência e procedimento 1. Inicialmente, o tempo não era visto como algo imprescindível no processo. Com a prática, viu-se que era necessário ter uma distribuição do ônus do tempo adequada e que a técnica processual precisava ser vista pelos olhos da tutela dos direitos. Como essa visão do tempo foi corrigida? A. Com a compreensão da tutela dos direitos na perspectiva da técnica antecipatória. 2. A tutela provisória consiste em uma tutela diferenciada, visto que a cognição do juiz não é exauriente, mas sumária. Essa medida tem três finalidades. Assinale a opção que apresenta uma dessas finalidades: B. Adotar medida protetiva, assecurativa, que visa a não fazer, mas preservar o provimento final. 3. Todo aquele que alegar ter uma tutela jurisdicional (definitiva) tem legitimação para requerer os efeitos de forma antecipada provisoriamente, e esta consiste na regra, sem comportar exceções. Sendo assim, quem são os legitimados a requerer a tutela provisória? C. Autor, réu, terceiro interveniente e Ministério Público. 4. O Código de Processo Civil de 2015, em seu artigo 299, estabelece, como regra geral, que a competência para o deferimento das tutelas provisórias é do juiz da causa, mas, quando antecedente, será do juízo competente para conhecer do pedido principal. Se o juiz for incompetente e a tutela provisória for urgente, o que acontecerá? D. O juiz incompetente, dada a urgência, pode deferir a tutela provisória para evitar o risco imediato. 5. Quando o juiz defere a tutela provisória, ele emite um comando, satisfativo ou cautelar, de caráter provisório, que manterá a eficácia na pendência do processo, a não ser que seja revogada ou que a eficácia cesse. O que é necessário para revogar ou modificar a tutela provisória? E. É preciso haver alterações nas circunstâncias fáticas para justificar tal mudança. Assunto 04 - Espécies de tutela provisória 1. Para compreender a tutela provisória, é necessário saber diferenciá-la da tutela definitiva. Assim, no que consiste a tutela definitiva e a tutela provisória? A. A definitiva é obtida após cognição exauriente; já a provisória é a tutela que se quer atingir após a cognição sumária. 2. As tutelas provisórias podem ser classificadas quanto à sua natureza, fundamentação e momento em que são requeridas. No que diz respeito ao momento, como podem ser classificadas? D. Antecedentes ou incidentais. 3. A tutela antecipada e a cautelar são úteis para afastar uma situação de perigo de um prejuízo irreparável ou que tenha difícil reparação. Contudo, diferem na forma como o resultado é alcançado. Qual é a distinção? B. A cautelar afasta o perigo por meio de uma providência de proteção, já a antecipada afasta o perigo atendendo ao que foi postulado. 4. A tutela provisória de urgência pode ser requerida em caráter antecedente ou incidente. O que é considerado para essa diferenciação? D. O momento em que o requerimento da tutela provisória é feito. 5. A tutela provisória antecedente deflagra o processo em que se pretende pedir a tutela definitiva no futuro. Sua intenção é adiantar os efeitos. Em que casos pode ser utilizada a tutela antecedente? B. Em casos em que a situação de urgência esteja presente desde a propositura da ação. Assunto 05 - Tutela de urgência: medidas típicas 1. Para a concessão de tutela de urgência, um dos requisitos necessários é a demonstração do periculum in mora. Ou seja, deve ser evidenciado que a demora no processo pode acarretar danos à efetividade da jurisdição, bem como à eficácia da realização do direito. Para alguns doutrinadores, o perigo de dano pode ser de três tipos. Quais são eles? D. Concreto, atual e grave. 2. O arresto é uma medida que permite preservar os bens do devedor como forma de garantir uma futura penhora entre outras características. Como pode ser feito o requerimento do arresto? B. Em caráter antecedente ou incidente ao processo principal. 3. O arresto é uma medida que permite preservar os bens do devedor como forma de garantir uma futura penhora e expropriação de bens, quando ele ameaçar dilapidar seu patrimônio, para se tornar insolvente.Assim, se estivermos diante da fase de cumprimento de sentença, o que ocorre com o arresto? A. Pode ser convertido em penhora, caso o pedido principal for de execução ou conhecimento. 4. O arrolamento de bens é um dos meios de assegurar o cumprimento da tutela definitiva. No que consiste o requerimento para arrolar bens? B. Consiste na precisa identificação e conservação de bens que estejam em risco de extravio ou dilapidação, de modo a frustrar o cumprimento de determinado dever. 5. O sequestro consiste em uma medida cautelar de constrição de bens, os quais são determinados e específicos (objetos do litígio) e que estão na iminência de perecer ou serem danificados. Essa medida também está condicionada à demonstração dos pressupostos de fumus boni juris e do periculum in mora. Sendo assim, ao que está relacionado o risco no sequestro? A. O risco está relacionado a uma futura execução que depende da entrega de coisa certa e determinada, e o bem em disputa está sob risco de parecer ou sofrer danos. Assunto 06 - A tutela de urgência nos tribunais e contra a Fazenda Pública 1. A situação de perigo de dano irreparável ou de propósito protelatório pode ocorrer quando o processo já está em fase recursal. Assim, o pedido de antecipação em fase recursal será dirigido a quem? A. Ao tribunal e será apreciado pelo órgão competente para o julgamento do recurso ou pelo relator. 2. O art. 955 do CPC/15 estabelece que, em regra, os recursos não têm efeito suspensivo, no entanto, em seu parágrafo único, admite a possibilidade de o relator suspender a eficácia da decisão. No que consiste esse efeito suspensivo? C. Tem o intuito de beneficiar o réu, uma vez que possibilita proibir a execução provisória por parte do autor. 3. A tutela provisória, seja satisfativa ou cautelar, é aplicável contra a Fazenda Pública. No entanto, há algumas vedações. Assinale, entre as alternativas a seguir, qual representa uma vedação. A. A reclassificação ou a equiparação de servidores públicos e a concessão de aumento ou a extensão de vantagens ou de pagamento de qualquer natureza. 4. Quando se fala sobre a entrega de mercadorias e de bens provenientes do exterior, não havendo risco e a apreensão ensejar meio indireto de cobrança de tributo, é possível a concessão de tutela de urgência, visto a interpretação restritiva e o entendimento sumulado do Supremo Tribunal Federal. Assinale, entre as opções a seguir, qual representa uma súmula do STF a respeito desse entendimento. D. Súmula 70: É inadmissível a interdição de estabelecimento como meio coercitivo para cobrança de tributo. 5. O Superior Tribunal de Justiça tem concedido as medidas cautelares quando estão presentes os pressupostos fumus boni iuris e periculum in mora. Qual o objetivo do STJ ao exigir a presença de tais pressupostos? D. Objetiva a eficácia da decisão a ser proferida no recurso especial interposto. Assunto 07 - Consignação em pagamento 1. A ação de consignação em pagamento é um meio processual adequado que possibilita a exoneração de uma obrigação a qual pode ser de dar coisa ou de pagar quantia. Qual é o objetivo dessa ação? A. O objetivo é resolver obrigação ora assumida. 2. Na ação de consignação em pagamento, além de o credor ter o direito de exigir o cumprimento da obrigação, o devedor também tem o direito do adimplemento. Assinale, dentre as opções a seguir, aquela que apresenta uma hipótese possível de consignação em pagamento. C. Se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil. 3. Os efeitos gerados pelo depósito extrajudicial se igualam aos do depósito judicial, ou seja, eliminam ou impedem a incidência dos efeitos da mora. Entretanto, quando passam a valer os efeitos do depósito? A. Quando o valor da obrigação for depositado de forma integral. 4. O procedimento das prestações locatícias para a consignatória apresenta algumas distinções daquele regulado pelo Código de Processo Civil. Sendo assim, qual é o foro competente para a demanda? D. O foro competente é no lugar de situação da coisa. 5. Caso a alegação do réu seja de insuficiência do depósito inicial, haverá intimação do autor para complementar o depósito. No entanto, na consignação de aluguéis e encargos de locação, deve-se atentar a três particularidades. Assinale, dentre as opções a seguir, aquela que apresenta uma dessas particularidades. D. O prazo para complementação é de 5 dias. Assunto 08 - Ações possessórias 1. Para compreender as ações possessórias, é fundamental, antes de mais nada, saber o que é posse e o que é propriedade. Nesse sentido, qual é a diferença entre posse e propriedade? A. A posse consiste no exercício, pleno ou não, de algum poder inerente à propriedade, enquanto a propriedade se refere ao poder de usar, gozar, dispor e reaver a coisa. 2. A posse é tutelada pelo direito devido à necessidade de assegurar a tranquilidade das relações humanas, uma vez que ela consiste no poder de fato que um sujeito detém sobre uma coisa corpórea. Para isso, temos as ações possessórias. Dentre as opções a seguir, assinale aquela que apresenta aspectos das ações possessórias. C. Exceção de domínio, cumulação de pedidos, ação dúplice e fungibilidade. 3. A fungibilidade consiste em tudo aquilo que pode ser passível de substituição, desde que os pressupostos sejam satisfeitos. No que diz respeito às ações possessórias, como a fungibilidade se manifesta? A. Dá ao juiz o poder de outorgar a tutela possessória mais adequada à situação. 4. O Direito brasileiro dispõe de três formas básicas para as ações possessórias: reintegração de posse, manutenção de posse e interdito proibitório. Para cada forma, há uma intensidade de agressão à posse. Quais são as formas de agressão, respectivamente, para a reintegração, a manutenção e o interdito proibitório? D. Reintegração de posse: esbulho; manutenção de posse: turbação; interdito proibitório: ameaça. 5. As ações possessórias são cabíveis sempre que o fundamento da ação for a proteção à posse. Entretanto, somente as ações de força nova são regidas pelo procedimento especial. Assim, qual é a diferença entre ações de força nova e ações de força velha? D. As ações de força nova são aquelas propostas dentro do prazo de ano e dia, enquanto as ações de força velha foram intentadas fora do ano e dia.
Compartilhar