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Faculdade Assis Gurgacz Especialização em engenharia de avaliações e períci as Profª Arqª Drª Solange Irene Smolarek Dias 1 Disciplina: Perícia Ambiental 30 horas Março de 2015 Faculdade Assis Gurgacz Especialização em engenharia de avaliações e períci as Profª Arqª Drª Solange Irene Smolarek Dias 2 SUMÁRIO PLANO DE ENSINO _________________________________________________ 6 PLANEJAMENTO DE AULAS __________________________________________ 9 1º MÓDULO _______________________________________________________ 10 A. AVALIAÇÕES E PERÍCIAS _______________________________________ 11 1. CONCEITOS INTRODUTÓRIOS _________________________________ 11 1.1 Dispositivos processuais _____________________________________ 11 1.2. Diferenças entre laudos, avaliações e perícias ___________________ 13 2. PERÍCIA AMBIENTAL __________________________________________ 13 3. LEGISLAÇÃO AMBIENTAL _____________________________________ 15 4. LAUDOS PERICIAIS ___________________________________________ 15 4.1. Modelo de Laudo Pericial ____________________________________ 17 5. PROCEDIMENTOS TÉCNICOS DO PERITO _______________________ 18 B. MÉTODOS E TÉCNICAS DE PERÍCIA AMBIENTAL ___________________ 21 1. MÉTODOS AMOSTRAIS E PROSPECTIVOS _______________________ 21 2. MÉTODOS ANALÍTICOS _______________________________________ 23 3. MÉTODOS BIOLÓGICOS _______________________________________ 26 4. MÉTODOS MATEMÁTICOS _____________________________________ 28 5. MÉTODOS DE AVALIAÇÃO ECONÔMICA _________________________ 32 5.1. Valoração econômica de impactos ambientais ____________________ 36 5.2. Método da Produtividade Marginal _____________________________ 36 5.3. Despesas de Reposição _____________________________________ 36 5.4. Despesas de Relocalização __________________________________ 36 5.5. Despesas de Prevenção/Mitigação ____________________________ 37 5.6. Despesas de Proteção ______________________________________ 37 5.7. Método de Custo de Viagem _________________________________ 37 5.8. Método de Preços Hedônicos _________________________________ 38 5.9. Método da Valoração Contingente _____________________________ 38 5.11. Grupos de impactos ambientais ______________________________ 39 6. MÉTODOS DE QUALIFICAÇÃO DE AGRAVOS AMBIENTAIS __________ 39 C. LEGISLAÇÕES, FERRAMENTAS E CASOS _________________________ 43 1. CÓDIGO FLORESTAL BRASILEIRO ______________________________ 43 2. PLANO DIRETOR DE CASCAVEL ________________________________ 43 3. GEOPORTAL DE CASCAVEL ___________________________________ 43 4. SHOPPING CATUAI – CASCAVEL/PR ____________________________ 43 Faculdade Assis Gurgacz Especialização em engenharia de avaliações e períci as Profª Arqª Drª Solange Irene Smolarek Dias 3 2º MÓDULO _______________________________________________________ 44 A. SUBSÍDIOS PARA A AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE IMPACTOS AMBIENTAIS _______________________________________________________________ 45 1. CONCEITOS INTRODUTÓRIOS _________________________________ 45 2. IMPACTOS AMBIENTAIS NO PRESENTE _________________________ 46 2.1. Tipos de recursos naturais ___________________________________ 47 3. DANOS AMBIENTAIS CAUSADOS PELA EXPLORAÇÃO DE RECURSOS NATURAIS ____________________________________________________ 51 3.1 Danos nas encostas ________________________________________ 52 3.2. Danos nos corpos líquidos ___________________________________ 53 3.3. Danos nas áreas urbanas ____________________________________ 55 3.4. Danos nas áreas rurais ______________________________________ 55 4. FORMA DE DEGRADAÇÃO AMBIENTAL. MANEJO ADEQUADO E RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS _________________________ 57 5. IMPACTOS AMBIENTAIS DE PROJETOS __________________________ 59 5.1. Impactos ambientais do ciclo de vida do produto __________________ 60 5.2. Impactos ambientais do ciclo de vida da instalação ________________ 62 5.3. Impactos ambientais de acidentes _____________________________ 63 5.4. Papel da análise de risco ambiental ____________________________ 64 6. ESTIMATIVA DE CONSEQUÊNCIAS AMBIENTAIS __________________ 67 6.1. Critério de valor mínimo _____________________________________ 68 6.2. Operações normais ________________________________________ 68 6.3. Acidentes ________________________________________________ 69 7. MODELOS DE VALORAÇÃO ____________________________________ 71 7.1. Princípio do poluidor-pagador _________________________________ 71 7.2. Modelo da disposição-a-pagar ________________________________ 72 7.3. Modelo da disposição-a-receber ______________________________ 72 7.4. Modelo de custo-de-viagem __________________________________ 72 7.5. Modelo de valoração mercantil ________________________________ 72 7.6. Modelo de preço hedônico ___________________________________ 73 7.7. Modelo de avaliação direta ___________________________________ 73 7.8. Títulos de poluição ambiental _________________________________ 73 8. ANÁLISES CONCLUSIVAS _____________________________________ 74 B. PERÍCIA DO SEGURO AMBIENTAL ________________________________ 75 1. SEGURO AMBIENTAL _________________________________________ 76 1.1. Responsabilidade civil por danos ambientais _____________________ 76 1.2. Cobertura do seguro ________________________________________ 77 1.3. Rede de cobertura de riscos ambientais ________________________ 80 2. RISCOS, ACIDENTES, DANOS E CUSTO AMBIENTAL _______________ 83 2.1. Acidente ambiental _________________________________________ 83 2.2. Riscos de acidentes ________________________________________ 84 2.3. Avaliação de risco ambiental em empreendimentos marítimos _______ 85 2.4. Riscos de incêndio em unidades de conservação _________________ 86 Faculdade Assis Gurgacz Especialização em engenharia de avaliações e períci as Profª Arqª Drª Solange Irene Smolarek Dias 4 C. QUESITOS JUDICIAIS __________________________________________ 87 PROCEDIMENTOS TÉCNICOS DO PERITO _________________________ 89 D. MATERIAL DE APOIO_____________________________________________ 91 REFERÊNCIAS ____________________________________________________ 91 Faculdade Assis Gurgacz Especialização em engenharia de avaliações e períci as Profª Arqª Drª Solange Irene Smolarek Dias 5 APRESENTAÇÃO O Curso de pós-graduação lato sensu em Engenharia de Avaliações e Perícias da Faculdade Assis Gurgacz insere-se na área de conhecimento das Engenharias. Em sua proposta de formação conta com a disciplina motivadora da presente publicação, qual seja: Perícia Ambiental . A disciplina possui trinta horas, abarcando conhecimentos teóricos, exercícios e estudos de caso. Visando atingir os conteúdos programáticos da disciplina nos conteúdos teóricos, apresenta-se no presente trabalho trechos de publicações referenciadas. Destaca-se que, pela amplitude e grau de imersão da bibliografia e webgrafia utilizada, os trechos ora apresentados estão longe de esgotar a totalidade dos conteúdos das obras originais. Por tal razão recomenda-se, para ações prático-profissionais e estudos acadêmicos específicos, a leitura das fontes nos originais. Cascavel, 26 de março de 2015 Solange Irene Smolarek Dias Faculdade Assis Gurgacz Especialização em engenharia de avaliações e períci as Profª Arqª Drª Solange Irene Smolarek Dias 6 PLANO DE ENSINO CURSO HABILITAÇÃO PERÍODO Especialização Engenharia de Avaliações e Perícias 2015/1 CÓDIGO DISCIPLINA CARGA HORÁRIA Perícia ambiental 30 horasDOCENTE Solange Irene Smolarek Dias EMENTA: Conceitos de avaliações e perícias. Responsabilidade civil por danos ambientais. Métodos quantitativos aplicados à perícia ambiental Tecnologias e técnicas de campo aplicadas na avaliação ambiental. Legislação e regulação ambiental no Brasil: Código Florestal. Procedimentos para o desenvolvimento de uma perícia ambiental. OBJETIVOS Contextualizar, conceituar e discutir a importância da Perícia Ambiental. Conhecer e exercitar métodos e técnicas de Perícia Ambiental. Relacionar os conteúdos da disciplina Perícia Ambiental com os demais saberes do curso Engenharia de Avaliações e Perícia. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 1º módulo: A. Avaliações e perícias Dia 10/04/15: aula expositiva dialogada, com uso de multimídia, contemplando: 1. Conceitos introdutórios 2. Perícia ambiental 3. Legislação ambiental 4. Laudos Periciais 5. Procedimentos Técnicos do Perito B. Métodos e técnicas de perícia ambiental Dia 11/04/15 no período da manhã: estudos dos métodos em grupos de alunos, contemplando: 1. Métodos Amostrais e Prospectivos 2. Métodos Analíticos 3. Métodos Biológicos 4. Métodos Matemáticos 5. Métodos de Avaliação Econômica 6. Métodos de Qualificação de Agravos Ambientais C. Legislações, ferramentas e casos Dia 11/04/15 no período da tarde, contemplando: 1. Apresentação da Lei Federal nº 12651.2012_Codigo Florestal 2. Conceito de Plano Diretor 3. O caso de Cascavel-Pr: Plano Diretor e Geoportal 4. Estudos de Laudos Periciais Ambientais 2º módulo: A. Subsídios para a avaliação econômica de impactos ambientais Dia 24/04/15: aula expositiva dialogada, com uso de multimídia, contemplando: 1. Conceitos Introdutórios 2. Impactos Ambientais no Presente 3. Danos Ambientais Causados pela Exploração de Recursos Naturais 3.1 Danos nas Encostas 3.2 Danos nos Corpos Líquidos 3.3 Danos nas Áreas Urbanas 3.4 Danos nas Áreas Rurais 4. Forma de Degradação Ambiental, Manejo Adequado e Recuperação de Áreas Degradadas 5. Impactos Ambientais de Projetos 5.1 Impactos Ambientais do Ciclo de Vida do Produto 5.2 Impactos Ambientais do Ciclo de Vida da Instalação Faculdade Assis Gurgacz Especialização em engenharia de avaliações e períci as Profª Arqª Drª Solange Irene Smolarek Dias 7 5.3 Impactos Ambientais de Acidentes 5.4 Papel da Análise de Risco Ambiental 6 Estimativa de Consequências Ambientais 6.1 Critério do Valor mínimo 6.2 Operações Normais 6.3 Acidentes 7 Modelos de Valoração 8 Análises Conclusivas B. Perícia do Seguro ambiental Dia 25/04/15 no período da manhã: aula expositiva dialogada, com uso de multimídia, contemplando: 1. Seguro Ambiental 1.1 Responsabilidade Civil por Danos Ambientais e a Cobertura do Seguro 1.2 Cobertura do Seguro 1.3 Rede de Cobertura de Riscos Ambientais 2. Riscos, Acidentes, Danos e Custo Ambiental 2.1 Acidente Ambiental 2.2 Riscos de Acidentes 2.3 Avaliação de risco Ambiental em empreendimentos Marítimos 2.4 Riscos de Incêndio em Unidades de Conservação C. Quesitos judiciais A ocorrer no dia 25/04/15 no período da tarde, contemplando: 1. Exercício de resposta a quesitos judiciais 2. Exercício de posicionar-se como assistente técnico e/ou perito judicial METODOLOGIA DE ENSINO Recursos metodológicos: • aulas expositivas dialogadas; • pesquisa bibliográfica e webgráfica; • leituras dirigidas em sala de aula; • estudos de casos; • elaboração de exercícios; • orientação dirigida para a abordagem teórico-conceitual sobre os temas desenvolvidos. Recursos materiais: • Quadro • Expositor multimídia • Bibliografia básica e complementar CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO A avaliação do aluno na disciplina ocorrerá em dois momentos (1º e 2º módulos), cada um deles com peso de 50% na avaliação final de seu desempenho e nos seguintes critérios: • Presença em sala de aula = 50% • Participação efetiva do acadêmico em sala de aula = 50% BIBLIOGRAFIA BÁSICA: ALMEIDA, Josimar Ribeiro de. Perícia ambiental, judicial e securitária: impacto, dano e passivo ambiental. 1. ed. 2. reimp. Rio de Janeiro: Thex, 2008. CUNHA, Sandra Baptista da; GUERRA, Antonio José Teixeira (organizadores). Avaliação e perícia ambiental. 9. ed. Rio de Janeiro: Bertand Brasil, 2009. MAIA NETO, Francisco. Roteiro prático de avaliações e perícias judiciais. Belo Horizonte: Del Rei, 1997. COMPLEMENTAR: ARIZA, Camila Guedes; SANTOS, Douglas Gomes dos. Qualidade ambiental e planejamento urbano. In: Caminhos de Geografia Uberlândia v. 9, n. 26 Jun/2008 p. 224 - 242 Disponível em: <http://www.ig.ufu.br/revista/caminhos.html> Acesso em 30mai.2009. CARDOSO, Artur Renato Albeche; STEIGLEDER, João Paulo; BARBOSA, Nilo. Ação Civil Pública Nº 037/1.04.0002993-4. Porto Alegre, 2008. Disponível em:< http://4ccr.pgr.mpf.gov.br/documentos-e-publicacoes/cursos/curso-de-valoracao- do-dano-ambiental/Laudo_Uruguaiana_1.pdf> Acesso em 07 set 2012. Faculdade Assis Gurgacz Especialização em engenharia de avaliações e períci as Profª Arqª Drª Solange Irene Smolarek Dias 8 CÉSAR, Rogério. Avaliação do Estudo De Impacto Ambiental (EIA) Da Usina Vale Verde Empreendimentos Agrícolas, Município de Goiatuba. Goiânia: Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente Perícia Ambiental, 2007. Disponível em: < http://www.mp.go.gov.br/nat_sucroalcooleiro/Documentos/documentos_art/15.pdf > Acesso em 07 set 2012. COSTA, Marcos Vasconcelos; CHAVES, Paulo Sérgio Viana; OLIVEIRA, Francisco Correia de. Uso das Técnicas de Avaliação de Impacto Ambiental em Estudos Realizados no Ceará. In: XXVIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Uerj – 5 a 9 de setembro de 2005. Rio de Janeiro: Intercom, 2005. Disponível em: <gestaoambiental.catolica-to.edu.br/.../AIA%20-%20TIPOS.pdf > Acesso em 26 jul. 2009. DANTAS, Rubens Alves. Engenharia de avaliações: uma introdução à metodologia científica. São Paulo: Pini, 1998. FECOMBUSTÍVEIS. Seguro ambiental precisa sair do papel. Disponível em: <www.fecombustiveis.org.br/revista/meio- ambiente/seguroambiental-precisa-sair-do-papel.html> Acesso em 25 abr.2009. GONZÁLEZ, Marco Aurélio Stumpf. Laudo pericial judicial. UNISINOS [s.d.] Disponível em: <www.exatec.unisinos.br/~gonzalez/valor/pericias/laudo.html> Acesso em: 06 jun. 2009 LEITE, Mauro. Os desafios do seguro ambiental. In: O mundo da usinagem. Ed 8/2007, pgs 36 a 38. Disponível em: < http://www.omundodausinagem.com.br/edicoes/2007/8/36-39> Acesso em 30mai.2009. NIPA. Glossário. In: Núcleo Interdisciplinar de Perícia Ambiental. Disponível em: <http://www.nipa.com.br/glossario.php>. Acesso em: 25abr.2009. PINTO, Monica. Projeto de Lei obriga empresas a contratar seguradora para cobrir danos ao meio ambiente. In: AnbiemteBrasil. Disponível em: <noticias.ambientebrasil.com.br/noticia/?id=22720> Acesso em 25abr.2009. PINTO, Oriana Piske de Azevedo Magalhães. As três vias de responsabilidade por degradação ambiental. In: Revista da Escola da Magistratura do Distrito Federal - n. 7 2002. Disponível em: <http://www.buscalegis.ufsc.br/revistas/index.php/buscalegis/article/viewArticle/12878> Acesso em 30mai.2009. POLIDO, Walter. Seguros para Riscos Ambientais. In: Revista Brasileira de Risco e Seguro, V. 1, Nº 0, Dezembro de 2004. Disponível em: <http://www.rbrs.com.br/paper/_download/riscos_polido.pdf> Acesso em 30mai.2009. PORTUGAL, Gil. Aspectos técnicos da perícia ambiental (comp.). [s.l.] [s.d.] Disponível em: www.gpca.com.br/gil/art94.htm. Acesso em 07 jun. 2009. REZENDE, Idália Antunes Cangussú; HAHN, Aucilene Vasconcelos; NOSSA, Valdomiro. O seguro ambiental na minimização dos passivos ambientais das empresas. In: VIII Fórum de Estudantes e Profissionais de Contabilidade do Estado do Espírito Santo – O Marketing e a Valorização do Profissional Contábil - 30/10 a 01/11/2003 no Sesc - Praia Formosa Aracruz - ES Disponível em: <http://www.fucape.br/_admin/upload/prod_cientifica/prod_28_o_seguro.pdf>Acesso em 30mai.2009. RODRIGUES, Waldecy. Valoração econômica dos impactos ambientais da produção de soja e milho nos cerrados brasileiros. [s.l.]. [s.d.] Disponível em: < www.sober.org.br/palestra/12/07O081> Acesso em 26 jul. 2009. SEIBT, Ana Carolina; SEIBT, Taís Carolina. O seguro ambiental no Brasil e a sua implantação dentro de um contexto de responsabilidade civil. In: Engenharia Ambiental – Espírito santo do Pinhal, v. 5, n. 1, pg 007 a 027, jan. abr. 2008. Disponível em: <http://www.unipinhal.edu.br/ojs/engenhariaambiental/include/getdoc.php?id=267&article=118&mode=pdf> Acesso em 30mai.2009. SILVA, Bruno Campos. Perícia múltipla ambiental – premissas relevantes. 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Laboratório de Engenharia de Produção. Campos dos Goytacazes: 2003. TESSLER, Marga Inge Barth. O valor do dano ambiental. Texto-base para a palestra no Curso de Direito Ambiental e do Consumidor, UFRGS/Instituto por um Planeta Verde, out. 2004. Curso de Especialização em Direito Ambiental Nacional e Internacional. Porto Alegre: UFRGS, 2004. Disponível em: < www.tjrs.jus.br/institu/c.../dano_ambiental__ufrgs_out_2004.pdf> Acesso em 26 jul. 2009 VARGAS, Caroline. Área de interesse ambiental: ocupar ou preservar? In: Forma, imagem, texto e contexto: TCC CAUFAG 2008. Disponível em: <http://www.fag.edu.br/graduacao/arquitetura/ >, produção acadêmica, TCC 2008. Cascavel: Smolarek Arquitetura Ltda, 2009. Faculdade Assis Gurgacz Especialização em engenharia de avaliações e períci as Profª Arqª Drª Solange Irene Smolarek Dias 9 PLANEJAMENTO DE AULAS CURSO HABILITAÇÃO PERÍODO Especialização Engenharia de Avaliações e Perícias 2015/1 CÓDIGO DISCIPLINA CARGA HORÁRIA Perícia ambiental 30 horas DOCENTE Solange Irene Smolarek Dias Aula Data Conteúdo Planejado - 30 horas Módulo 1 01 T 10/04 01. Apresentação do Plano de Ensino, do Planejamento de Aulas e do Sistema de Avaliação 02 T 10/04 02. Conceitos introdutórios 03 T 10/04 03. Perícia e Legislação ambiental 04 T 10/04 04. Laudos Periciais 05 T 10/04 05. Procedimentos técnicos do perito 06 T 11/04 06. Estudo dirigido, por grupos, de Métodos Amostrais e Prospectivos 07 T 11/04 07. Estudo dirigido, por grupos, de Métodos Analíticos 08 T 11/04 08. Estudo dirigido, por grupos, de Métodos Biológicos 09 T 11/04 09. Estudo dirigido, por grupos, de Métodos Matemáticos e Métodos de Avaliação Econômica 10 T 11/04 10. Estudo dirigido, por grupos, de Métodos de Qualificação de Agravos Ambientais 11 T 11/04 11. Estudo e compreensão do Código Florestal 12 T 11/04 12. Plano Diretor de Cascavel, Geoportal e Perícia Ambiental 13 T 11/04 13. Plano Diretor de Cascavel, Geoportal e Perícia Ambiental 14 T 11/04 14. Estudo de Casos: Laudos Periciais Ambientais 15 T 11/04 15. Estudo de Casos: Laudos Periciais Ambientais Módulo 2 16 T 24/04 16. Conceitos introdutórios de avaliação econômica de impactos ambientais 17 T 24/04 17. Impactos Ambientais no Presente. Danos (encostas, corpos líquidos, áreas urbanas, áreas rurais) 18 T 24/04 18. Formas de Degradação Ambiental, Manejo Adequado e Recuperação de Áreas Degradadas 19 T 24/04 19. Impactos Ambientais: ciclos de vida de produtos e instalação, acidentes, riscos 20 T 24/04 20. Estimativa de Consequências Ambientais (valor mínimo, operações normais, acidentes, modelos de valoração) 21 T 25/04 21. Seguro Ambiental: Responsabilidade Civil por Danos Ambientais e a Cobertura do Seguro 22 T 25/04 22. Cobertura do Seguro e Rede de Cobertura de Riscos Ambientais 23 T 25/04 23. Riscos, Acidentes, Danos e Custo Ambiental 24 T 25/04 24. Avaliação de risco Ambiental em empreendimentos Marítimos 25 T 25/04 25. Riscos de Incêndio em Unidades de Conservação 26 T 25/04 26. Exercício com três quesitos a serem respondidos por assistentes técnicos e peritos judiciais 27 T 25/04 27. Elaboração de respostas aos três quesitos por assistentes técnicos e peritos judiciais 28 T 25/04 28. Apresentação das respostas aos três quesitos por assistentes técnicos e peritos judiciais 29 T 25/04 29. Apresentação de vídeo sobre perícia ambiental 30 T 25/04 30. Avaliação da metodologia de ensino da disciplina Faculdade Assis Gurgacz Especialização em engenharia de avaliações e períci as Profª Arqª Drª Solange Irene Smolarek Dias 10 1º MÓDULO 15 HORAS Faculdade Assis Gurgacz Especialização em engenharia de avaliações e períci as Profª Arqª Drª Solange Irene Smolarek Dias 11 A. AVALIAÇÕES E PERÍCIAS 1. CONCEITOS INTRODUTÓRIOS Definamos, inicialmente, termos. De acordo com Almeida (2008): Laudos: São conclusões escritas e fundamentadas, onde serão apontados circunstâncias e pareceres submetidos a exame do especialista, adotando-se respostas objetivas ao assunto. Avaliação: Dá-se o nome de avaliação ao exame pericial destinado à estimação de valor, em moeda, de coisas, de direitos e obrigações. De acordo com Dantas (1998), tudo o que se pretende fazer na vida merece um momento de reflexão e análise: uma avaliação . Para orientar a tomada de decisão, algumas questões do tipo: O que? Para que? Por quê? Para quem? Por quem? Como? Quando? Quanto? Qual? São levantadas e carecem de respostas. Para o autor, se as tomadas de decisões dizem respeito a valores, custos e alternativas de investimentos, envolvendo bens de qualquer natureza, além de seus frutos e direitos, deve ser utilizada da especialidade da engenharia denominada de Engenharia de Avaliações . Para Dantas (1998), as avaliações devem ser realizadas com base em normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, através de aplicação de metodologia apropriada; devem ser praticadas por: engenheiros, arquitetos, agrônomos, etc., cada um obedecendo a sua habilitação profissional de acordo com as leis do Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura – CONFEA; para os efeitos de direito, devem possuir uma Anotação de responsabilidade técnica – ART. Perícia: Para Almeida (2008), entende-se por perícia o exame procedido por pessoa que tenha determinados conhecimentos técnicos, científicos, artísticos ou práticos acerca dos fatos, circunstâncias objetivas ou condições pessoais inerentes ao fato punível a fim de comprová-los. Pericia versa sobre fatos (Código Processo Civil – CPC, art. 420). A perícia não é um simples meio de prova, é um elemento subsidiário, emanado de um órgão auxiliar da Justiça, para a valoração da prova ou solução da prova destinada a descoberta da verdade. A perícia não vincula o juiz que pode decidir contra sua conclusão, desde que fundamente sua decisão. 1.1 Dispositivos processuais Ainda para Almeida (2008), em todas as áreas técnico-científicas do setor humano, sobre as quais o conhecimento jurídico do magistrado não é suficiente para emitir opiniãotécnica a respeito, faz-se necessária uma perícia para apurar circunstâncias e/ou causas relativas a fatos reais, com vistas ao esclarecimento da verdade. A perícia surge normalmente em decorrência de uma demanda, por iniciativa de uma das partes interessadas na busca de provas de atos e fatos por ela levantados para Faculdade Assis Gurgacz Especialização em engenharia de avaliações e períci as Profª Arqª Drª Solange Irene Smolarek Dias 12 fundamentar um direito pleiteado. A perícia pode ainda surgir por iniciativa do juiz, para o conhecimento e esclarecimento de atos e fatos. Nesse Processo, a parte requerente (autor) ajuíza a ação por meio de procuração outorgada a seu advogado contra a parte requerida (réu), assistida por seu advogado de defesa. O juiz nomeia um perito de sua confiança e cada uma das partes indica o seu assistente técnico , profissional legalmente habilitado pelos Conselhos Regionais. Os três profissionais são intimados a comparecer a um cartório e a prestar compromisso em dia, hora e local designado pelo juiz e neste fazem promessa solene de exercer leal e honradamente a sua função. Tais profissionais acompanharão todas as fases da opinião técnica, onde e quando necessário, com absoluta independência, objetivando sempre a busca da verdade. Jurisdição, ação e processo são os conceitos básicos para resolução dos conflitos de interesse pelo Estado. O processo é uma inter-relação jurídica que se estabelece entre as partes (autor e réu) e o juiz, e tem seu desenvolvimento através de sucessivos atos de seus sujeitos, até a solução final do litígio, ou seja, a sentença proferida pelo juiz. O conflito de interesse entre as partes pode ser denominado lide, litígio ou mérito. O Estado proíbe que os conflitos de interesse sejam resolvidos pelos próprios interessados, considerando crime o exercício das próprias razões. Pois, se assim não fosse, os mais fortes obrigariam os mais fracos e não haveria paz social. Somente algumas situações excepcionais, previstas em lei, permitem ao indivíduo resolver os conflitos de interesse sem pedir socorro ao aparelho estatal. Como o que ocorre em casos de estado de necessidade, legítima defesa, desforço pessoal e imediato na posse. Genericamente, jurisdição é o poder do Estado de fazer justiça (jus dicere). A atividade estatal destinada apenas à apreciação e julgamento dos conflitos de interesses é a jurisdição. Em nosso país, a jurisdição é predominantemente exercida pelos órgãos do Poder Judiciário. O direito que todos os interessados têm de solicitar o pronunciamento da função jurisdicional é denominado direito de ação e os juízes não podem negar seu pronunciamento, ainda que seja desfavorável ao interessado. O Estado utiliza o processo para cumprir essa tarefa. Cada processo receberá a denominação específica de civil, penal, trabalhista, administrativo etc., conforme o ramo do Direito perante o qual se instaurou o conflito. O Estado cria normas jurídicas para regular esse método de composição de litígios. Estas normas jurídicas formam o direito processual, também denominado formal ou instrumental. Faculdade Assis Gurgacz Especialização em engenharia de avaliações e períci as Profª Arqª Drª Solange Irene Smolarek Dias 13 Nossa área de atuação diz respeito apenas ao Direito Processual Civil, que corresponde ao ramo da ciência jurídica responsável pelo complexo de normas reguladoras do exercício da jurisdição civil. O modo e a forma com que os processos se movimentam e se desenvolvem, por meio de atos processuais, recebe a denominação de procedimento ou rito processual que, neste caso, é regido pelo Código de Processo Civil (CPC) - Decreto- Lei n° 5.869, de II de janeiro de 1973. O processo é o instrumento pelo qual o Estado resolve os conflitos de interesse. É uma relação social prevista pelas normas jurídicas, denominada relação jurídica. Através da relação jurídica o órgão jurisdicional conhece os conflitos de interesse e pronuncia, pelo Estado, a solução que se torna obrigatória para os envolvidos. Com o trânsito em julgado da decisão (sentença) que conheceu a lide, tal decisão passa a ser uma lei individual e concreta para os envolvidos no processo. Os atos processuais são públicos, porém, alguns processos, como os de interesse público, correm em segredo de justiça. A forma dos atos processuais pode ser por ato das partes, do juiz e atos do escrivão ou chefe de secretaria. Os atos das partes são definidos como unilaterais e bilaterais de vontade e produzem de forma imediata a constituição, a modificação ou a extinção dos direitos processuais. Caso haja desistência da ação, a mesma só produzirá efeito após ser homologada por sentença. 1.2. Diferenças entre laudos, avaliações e perícias Em síntese: o documento legal que formaliza um parecer, denomina-se Laudo. O laudo pode ser de avaliação ou pericial. De avaliação, se versar respeito a valores. Pericial, se elaborado por perito judicial ou assistente técnico de uma das partes, que o elaborarão dentro de suas atribuições profissionais, em busca da verdade. Esclarecidas as diferenças, enquadra-se no objetivo da disciplina , qual seja: perícia ambiental em ações civis . 2. PERÍCIA AMBIENTAL Segundo Cunha (2009), existem diversas modalidades de perícia, que se definem pelas especificidades do objeto a ser periciado e pela área de conhecimento que as fundamentam. Existem as perícias: grafológica, contábil, médica, veterinária, de engenharia, entre outras. O Código de Processo Civil regulamenta os procedimentos comuns a todas essas modalidades sem, contudo, agasalhar as especificidades. A perícia ambiental é também um meio de prova utilizado em processos judiciais, sujeita à mesma regulamentação prevista pelo CPC, com a mesma prática forense, Faculdade Assis Gurgacz Especialização em engenharia de avaliações e períci as Profª Arqª Drª Solange Irene Smolarek Dias 14 mas que irá atender a demandas específicas advindas das questões ambientais, onde o principal objeto é o dano ambiental ocorrido, ou o risco de sua ocorrência. A atividade pericial ambiental estará, ainda, vinculada à legislação tutelar do meio ambiente, designada Legislação Ambiental, que regulamenta a proteção ambiental nos níveis federal, estadual e municipal, no âmbito de uma nova disciplina do Direito, denominada Direito Ambiental. Fonte: Almeida, 2008. Faculdade Assis Gurgacz Especialização em engenharia de avaliações e períci as Profª Arqª Drª Solange Irene Smolarek Dias 15 3. LEGISLAÇÃO AMBIENTAL A legislação ambiental apresenta importantes conceitos e definições a serem considerados na delimitação da área de conhecimento da perícia ambiental. Milaré (1993), citado por Cunha (2009) destaca “os três marcos mais importantes da resposta recente que o ordenamento jurídico tem dado ao clamor social pela imperiosa tutela do meio ambiente”. O primeiro marco é a edição da Lei Federal nº 6.938 , de 31.08.81, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. O segundo marco é a promulgação da Lei Federal nº 7.347 , de 24.07.85, que disciplina a ação civil pública de responsabilidade por danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico turístico e paisagístico (vetado), e dá outras providências. O terceiro marco é a edição da nova Constituição Federal , de 05.10.88, que deu à questão ambiental um significativo impulso. Cunha (2009) acrescenta ainda a Lei Federal nº 8.078 , de 11.09.90 que instituiu o Código de Defesa ao Consumidor que determinou alguns acréscimos à Lei nº 7.347. A partirde 2012, devemos considerar o novo Código Florestal Brasileiro , aprovado através da Lei Federal nº 12.651 , de 25 de maio de 2012. Afora as legislações federais há as estaduais e municipais. No que diz respeito às municipais devem ser citadas: • O Plano Diretor Municipal • A lei de Uso e Ocupação do Solo Urbano e Rural • A Lei do Meio Ambiente • E outras, se houverem. 4. LAUDOS PERICIAIS De acordo com González (s.d.), o Laudo é o parecer técnico resultante do trabalho realizado pelo Perito, via de regra, escrito. Deve ser redigido pelo próprio Perito, mesmo quando existem Assistentes Técnicos. Os colegas devem receber a oportunidade de examinar o texto e emitir suas opiniões. Esta tarefa deve ser realizada em conjunto, de preferência. O Perito ganha tempo e reduz os debates infrutíferos, desta forma. A maioria dos trabalhos resolve- se dentro do campo técnico, sem margem para opiniões pessoais. Faculdade Assis Gurgacz Especialização em engenharia de avaliações e períci as Profª Arqª Drª Solange Irene Smolarek Dias 16 Um laudo pericial é uma forma de prova, cuja produção exige conhecimentos técnicos e científicos, e que se destina a estabelecer, na medida do possível, uma certeza a respeito de determinados fatos e de seus efeitos. O Perito fala somente sobre os efeitos técnicos e científicos. O Juiz declara os efeitos jurídicos desses fatos referidos pelo perito e das conclusões deste. O Perito esclarece os efeitos de fato. O Juiz fixa os efeitos de direito. O Perito deve ter o cuidado de descrever e documentar, da forma mais objetiva possível, os fatos com base nos quais pretende desenvolver sua argumentação e, afinal expor suas conclusões. A função do perito guarda muita semelhança com a própria função do Juiz. O Perito examina fatos e emite um julgamento baseado em seu livre convencimento, respeitado, porém, o princípio da racionalidade e da prevalência da argumentação técnica e científica. O objetivo do trabalho pericial é afastar as dúvidas existentes sobre determinados fatos e sobre as suas consequências práticas. O Perito não emite um julgamento ou parecer jurídico, mas seu trabalho deve levar em consideração os efeitos jurídicos que a prova pericial se destina produzir. O laudo pericial é uma peça do processo, que deverá ser interpretada e avaliada pelo Juiz ou Tribunal, como qualquer outro instrumento de prova e de convencimento. É preciso que todos possam compreendê-lo. Seu texto deve ser claro, preciso e inteligível. O bom profissional não escreve de forma que só outros experts o entendam. É importante distribuir adequadamente o trabalho: 1. Inicia apresentando as partes e a Perícia realizada. 2. Prossegue com o enunciado e o exame das questões principais. 3. Responde aos quesitos formulados pelas partes. 4. Conclui ressaltando aspectos importantes. 5. Em anexo devem ser lançados os dados empregados, os documentos consultados, fotografias e outros elementos de interesse não relacionados no corpo do Laudo. Após a entrega do Laudo, o Juiz intima as partes para tomarem conhecimento do mesmo. Há um prazo para que se manifestem. As partes podem concordar com o Laudo ou discordar, contestar, solicitar esclarecimentos, formular quesitos adicionais ou mesmo impugnar o Laudo e pedir a realização de nova perícia. A complementação de perícia busca responder ou resolver as dúvidas remanescentes. A resposta a quesitos adicionais ou suplementares geralmente exige a carga dos autos e novo exame da causa, pelo intervalo de tempo que decorre entre a entrega do Laudo e a intimação para a complementação. O Perito pode ser convocado para prestar esclarecimentos em audiência, verbalmente. As partes devem indicar com antecedência os quesitos a serem respondidos. Não o fazendo, na audiência, o Perito pode alegar a complexidade da questão e solicitar prazo para respondê-los. Além disto, quando o trabalho adicional Faculdade Assis Gurgacz Especialização em engenharia de avaliações e períci as Profª Arqª Drª Solange Irene Smolarek Dias 17 é significativo, exigindo tempo, dedicação e despesas extras, o Perito pode solicitar os honorários correspondentes. 4.1. Modelo de Laudo Pericial EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA........ª VARA CÍVEL DE (CIDADE-ESTADO) AUTOS N°....../..........AÇÃO DE PRODUÇÃO ANTECIPADA DE PROVAS REQUERENTES: .......................................................................................... REQUERIDO: ............................................................................................... ............................ <nome>..........,............<graduação>...............,Portador da carteira (conselho de classe) sob n° ..........................., perito judicial nomeado nos presentes Autos, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência para apresentar o presente Laudo Pericial. Em relação aos quesitos formulados pelos Requerentes às fls.......a ........ dos presentes Autos, responde-se na mesma ordem. I) R 2) R 3) R 4) R- À disposição de Vossa Excelência para outras informações que julgar pertinentes. (cidade) ................................ _________________________________________ Perito judicial (conselho regional) n° . Anotação ou Registro Responsabilidade Técnica – ART ou RRT n° . Faculdade Assis Gurgacz Especialização em engenharia de avaliações e períci as Profª Arqª Drª Solange Irene Smolarek Dias 18 5. PROCEDIMENTOS TÉCNICOS DO PERITO Portugal (s.d.) apresenta uma sequência natural para a confecção do Laudo de Perícia Ambiental. O autor esclarece que esta sequência trata-se de um caso hipotético. Na realidade, na maioria dos casos não se tem ou não são necessários todos os elementos abaixo listados. Para cada caso específico são importantes os itens mais relacionados com o problema ambiental em estudo. 1. EXAME DO LOCAL 1.1. Localização da Área : Plotar a área a ser periciada mapograficamente e em escala(s) compatível(s). Utilizar preferencialmente as coordenadas geográficas em UTM. 1.2. Situação Legal da Área : Verificar se a área é pública ou privada, a qual unidade(s) da federação pertence. Descrever sucintamente a que se destina e qual o seu uso atual. 1.3. Clima : Realizar o levantamento climatológico regional. 1.4. Recursos Hídricos : Inventariar os recursos hídricos superficiais subterrâneos e mapear os corpos d’água. 1.5. Geomorfologia e Geologia : Descrever o relevo e relacionar os recursos minerais. 1.6. Solos : Mapear os solos, com considerações sobre a pedologia e a edafologia. 1.7. Vegetação : Descrever a mapear as principais formas de vegetação. Listar as plantas, principalmente as de interesse econômico. Constatar a ocorrência de espécies raras ou endêmicas. 1.8. Fauna : Levantar principalmente os vertebrados, dando ênfase às espécies endêmicas, raras, migratórias e cinegéticas. 1.9. Ecossistemas : Identificar e descrever os principais ecossistemas da área, nos seus componentes abióticos e bióticos. 1.10. Áreas de interesse histórico ou cultural : Listar e descrever locais de interesse histórico, culturais e jazidas fossilíferas que estejam num raio de 50 km. 1.11. Área de Preservação : Constatar se o local descrito está inserido em área protegida por lei (Parques Nacional ou Estadual, Estação Ecológica, Reserva Biológica, etc.). Faculdade Assis Gurgacz Especialização em engenharia de avaliações e períci as Profª Arqª Drª Solange Irene Smolarek Dias 19 1.12. Infraestruturas : Descrever as infraestruturas existentes no local (núcleo habitacional, telefonia, estrada, cooperativas, etc.). 1.13. Atividades previstas, ocorridas ou existentesna ár ea: Relatar as tecnologias a serem utilizadas nas fases de implementação e operação do empreendimento. Listar insumos e equipamentos. 2. DISCUSSÃO 2.1. Diagnóstico Ambiental da área 2.1.1. Uso atual da terra: Constatar o uso atual da terra, dar o percentual utilizado pela agropecuária. 2.1.2. Uso atual da água: Constatar o uso atual da água, bem como obras de engenharia (canal, dique, barragem, drenagem, etc.). Verificar se ocorrem fontes poluidoras. 2.1.3. Avaliação da situação ecológica atual: Realizar o levantamento das ações antrópicas anteriores e atuais, bem como relatar a situação da vegetação e fauna nativas. Com os dados obtidos inferir sobre a estabilidade ecológica dos ecossistemas da área. 2.1.4. Avaliação sócio econômica: Analisar a situação sócio econômica da área, através de uma metodologia compatível com a realidade regional. 2.2. Impactos Ambientais esperados para a área 2.2.1. Impactos ecológicos: Listar e analisar os impactos ecológicos, levando em consideração a saúde pública e a estabilidade dos ecossistemas naturais, principalmente se está em áreas protegidas por lei. 2.2.2. Impactos sócio econômicos: Avaliar os impactos sócio econômicos da área, levando em consideração os aspectos médicos e sanitários. 2.2.3. Perspectivas da evolução ambiental da área: Inferir sobre qual seria a evolução da área com ou sem o empreendimento. 2.3. Considerações Complementares (quando for o caso) 2.3.1. Alternativas tecnológicas e locacionais: Optar por alternativas menos impactantes para o meio ambiente, tanto em termos tecnológicos como locacionais. Faculdade Assis Gurgacz Especialização em engenharia de avaliações e períci as Profª Arqª Drª Solange Irene Smolarek Dias 20 2.3.2. Recomendações para minimizar os impactos adversos e incrementar os benéficos: Listar as recomendações específicas para minimizar os impactos negativos e incrementar os benéficos. 2.3.3. Recomendações para o monitoramento dos impactos ambientais adversos: Desenvolver e implantar programas de biomonitoramento, de controle de qualidade da água, de controle de erosão, etc. 2.4. Apreciação dos quesitos : Como geralmente há quesitos formulados pelo Promotor, Juiz ou Delegado, neste subitem eles deverão ser claramente discutidos e esclarecidos. 3. CONCLUSÃO Deve ser elaborada de forma sucinta, mas, sempre que possível, conclusiva, abrangendo os aspectos ambientais anteriormente discutidos. CONSIDERAÇÕES FINAIS O Perito Criminal deve evitar ao máximo de entrar no mérito estritamente legal da questão ambiental, isto é, citar lei, artigo, parágrafo, etc. Qualquer deslize "legal" que o Perito venha por ventura cometer poderá comprometer todo o trabalho durante o julgamento da questão. A Perícia de Meio Ambiente, assim como qualquer trabalho na área ambiental, deve ser preferencialmente efetuada por uma equipe multidisciplinar de Peritos, e que atuem interdisciplinarmente. Em função disto, os Institutos de Criminalística devem procurar diversificar as formações universitárias dos seus membros. Faculdade Assis Gurgacz Especialização em engenharia de avaliações e períci as Profª Arqª Drª Solange Irene Smolarek Dias 21 B. MÉTODOS E TÉCNICAS DE PERÍCIA AMBIENTAL Na elaboração do Laudo de Perícia Ambiental, em algumas circunstâncias faz-se necessária a análise e avaliação de impactos, danos e passivos ambientais. O objetivo de tais análises e avaliações é a formação da prova pericial e o nexo causal, entendido como o vínculo entre a conduta ilícita e o dano. Tais análises e avaliações pressupõem atribuição, experiência e larga prática profissional para as mesmas. A título de informação, descreveremos alguns dos métodos passíveis de serem utilizados. A referência para os métodos amostrais e prospectivos, analíticos, biológicos, de avaliação econômica, de qualificação de agravos ambientais é Almeida (2008), na parte 4 da obra referenciada. 1. MÉTODOS AMOSTRAIS E PROSPECTIVOS A amostragem consiste na obtenção de material (solo, ar do solo) para a posterior análise. Depois que o levantamento histórico forneceu referências a substâncias nocivas e a sua posição aproximada, elas devem ser analisadas mais a fundo, para obterem-se os resultados de medição com força de comprovação. Para poder realizar estes levantamentos técnicos e analíticos a baixo custo, o procedimento deve ser bem elaborado e planejado. As falhas cometidas na amostragem (posição, quantidade, representatividade), na preparação das amostras (conservação, recipiente de amostras) e na análise posterior, podem adulterar de forma desfavorável avaliação de uma localidade. A amostragem compõe-se de: • escolha dos pontos de amostragem; • escolha de equipamentos; • executar as perfurações; • coleta das amostras; • divisão das amostras; • conservação; • documentação; • armazenamento; • transporte; • entrega ao laboratório. A amostra de solo deve; • ser representativa para o âmbito de análise ou para o ponto de coleta de amostra. • permitir a identificação de circunstâncias geológicas. • possibilitar informações sobre o tipo, expansão e posição das substâncias nocivas no subsolo. • possibilitar uma estimativa da quantidade do solo contaminado. • elucidar possíveis riscos para a água subterrânea. Faculdade Assis Gurgacz Especialização em engenharia de avaliações e períci as Profª Arqª Drª Solange Irene Smolarek Dias 22 Em princípio, na escolha dos pontos de amostragem, pode ser procedido: • informações concretas existentes; • baseado em avaliações; • ou estatisticamente. A quantidade dos pontos de amostragem depende: • da estrutura homogênea ou heterogênea do subsolo; • da quantidade das informações preliminares; • das características físico-químicas das substâncias nocivas suspeitas. Via de regra, inicia-se com poucos pontos de amostragem (grade grosseira, ou pontos definidos), Se as análises confirmarem a presença de substâncias nocivas, são analisados outros pontos de amostragem para a delimitação da fonte de substâncias nocivas, Uma vez que nenhum ponto de amostragem e nenhum perfil de profundidade se equiparam, é muito difícil estabelecer uma regra de validade geral. Sugere-se o seguinte âmbito mínimo de amostragem (por ponto de, amostragem): • uma amostra próxima à superfície; • em aterros, a camada inferior do aterro e a camada superior do solo natural; • em aquíferos protegidos por camadas de baixa permeabilidade, a camada superior e a área superior e inferior do aquífero; • numa distância de passo de amostragem de 0,5 m, analisar cada 3ª e 5ª amostra em aterros, e cada 10ª – 20ª amostra em terreno natural. Em áreas de solo próximas à superfície, sugere-se diversas profundidades de amostragem, em função da utilização e da possível contaminação com substâncias nocivas: • parque infantil: até 35 cm (0-5 cm; 5-15 cm; 15-35 cm) • campo lavrado, jardim: 20-30 cm • campo, gramado: 1 0 cm • solo de florestas, em função das camadas do solo. Além do número de amostras, também a quantidade individual tem uma influência sobre a dispersão dos resultados da análise. A quantidade de amostras deve ser suficiente para a análise das substâncias contidas desejadas. A quantidade mínima é determinada pelo tipo e pela quantidade de parâmetros a serem analisados, bem como pela quantidade de amostras a serem armazenadas. A relação de grandeza entre a quantidade de amostras e partículas isoladas de substâncias nocivas têm uma influência fundamental sobre o nível mensurável de concentração de substâncias nocivas. Quanto maior for a partícula, maior será a concentração na amostra que contémesta partícula. Se uma partícula for relativamente pequena, a concentração da amostra, na qual esta partícula está contida, será somente um pouco superior àquelas amostras sem Faculdade Assis Gurgacz Especialização em engenharia de avaliações e períci as Profª Arqª Drª Solange Irene Smolarek Dias 23 esta partícula contaminada. Além do tamanho, também exercem influência sobre a totalidade da concentração da amostra: • a concentração das substâncias nocivas na partícula; • a distribuição de tamanho de partícula; e • a quantidade das partículas contaminadas. Estas influências devem ser levadas em consideração para a denominação do tamanho mínimo da amostra de solo. Além disso, as substâncias nocivas podem estar enriquecidas seletivamente em determinados tamanhos de grânulos. Neste caso, a distribuição da granulometria na amostra tem uma influência decisiva no teor geral da amostra. A concepção de amostragem e a aplicação são determinadas pela finalidade da análise: • para o registro e identificação de áreas suspeitas de degradação, • como análise paralela para o acompanhamento do desenvolvimento da concentração em ações de recuperação em andamento, • como medição de controle em ações de recuperação finalizadas, Para a constatação dos pontos de amostragem num levantamento técnico devem ser observados e avaliados os seguintes pontos: • decurso temporal do dano, • condições geológicas (estrutura e tipo de subsolo), • utilização antiga e atual do terreno (cabos, munição, tanques, espectro de substâncias nocivas etc.), • posição de poços de monitoramento de água subterrânea, quaisquer poços já existentes com perfis de perfuração. • condições da água subterrânea (nível do lençol freático, direção e velocidade do fluxo, e espessura do aquífera). Disto podem ser derivados: • posição ideal (também profundidade) de pontos de amostragem direcionados, • número dos parâmetros e métodos de análise, • escolha do tipo amostragem. 2. MÉTODOS ANALÍTICOS Na elaboração de um programa para testes analíticos devem ser observados alguns itens, como: • os parâmetros analíticos necessários; • a escolha dos processos analíticos a serem empregados; • os processos de preparação de amostras a serem previstos; • os créditos de escolha das amostras parciais para a análise. Os testes analíticos através de processos químicos e físicos são utilizados sobretudo para identificar e qualificar substâncias que causam danos ao meio ambiente. No Faculdade Assis Gurgacz Especialização em engenharia de avaliações e períci as Profª Arqª Drª Solange Irene Smolarek Dias 24 caso de deposições antigas, ou seja, em regiões que foram utilizadas como depósitos de resíduos, pode ser investigada a composição destes resíduos através dos ensaios analíticos. Uma análise objetiva das substâncias nocivas específicas será facilitada se já estiverem disponíveis informações sobre os resíduos depositados, ou sobre as respectivas características suspeitas. Porém, apesar de em alguns casos haver conhecimento sobre os diversos tipos de resíduos que foram depositados, a princípio os dados abrangentes e detalhados sobre o conteúdo destas deposições não estão disponíveis. Por isso, não é possível antecipar quais substâncias nocivas podem ser encontradas nestas deposições. No solo, nas águas de infiltração e mesmo em aterros, deveriam ser investigadas uma série de substâncias, o que não é possível em função da grande quantidade de áreas suspeitas de contaminação e da quantidade de análises praticamente não executáveis. Sendo assim, é necessário um procedimento ponderado e sistemático para levantar as substâncias nocivas existentes. Em sítios contaminados, ao contrário de deposições antigas, é mais fácil presumir quais substâncias nocivas podem ocorrer, uma vez que geralmente é conhecido o ramo de atividade da área industrial ou o tipo de prestação de serviços anteriormente instalado. Desta circunstância resultam duas diferentes estratégias em testes analíticos: • no caso de haver disponíveis informações preliminares e características suspeitas é possível uma análise objetiva de determinadas substâncias; • para a constatação e identificação de substâncias desconhecidas é necessária uma análise sistemática. Quando se trata de uma localidade com poucas informações preliminares em função dos custos, é analisada uma seleção objetiva de algumas amostras, porém de valor informativo representativo quanto a parâmetros de soma, grupos e orientativos. Estas determinações de visualização geral têm como objetivo delimitar o espectro das substâncias com um dispêndio analítico justificável. Deve ser encontrado um caminho viável, com um custo aceitável para detectar as substâncias nocivas para o meio ambiente. Os parâmetros podem ser classificados da seguinte forma: PARÂMETRO DE SOMA: Registro de substâncias orgânicas com um componente estrutural comum (por exemplo, carbono) ou com característica comum de capacidade de oxidação com consumo de oxigênio (02). PARÂMETRO DE GRUPO: Registro de substâncias semelhantes quanto à sua constituição ou efeito, sem levar em consideração a diferenciação em substâncias individuais. Faculdade Assis Gurgacz Especialização em engenharia de avaliações e períci as Profª Arqª Drª Solange Irene Smolarek Dias 25 PARÂMETRO ORIENTATIVO Registro de classes individuais de substâncias ou misturas isômeras, ou de uma substância individual como substância representativa para a respectiva classe. Após o perito ter feito uma seleção das amostras já no local, estas são devidamente acondicionadas em recipientes e rotuladas para serem encaminhadas ao laboratório. Nesta fase é muito importante que seja definido quais parâmetros serão analisados para cada amostra. Considerando que, por exemplo, para a investigação de uma área contaminada de porte médio é necessário coletar até 100 amostras diferentes (ar do solo, água, solo), não devem acontecer enganos. Deve ser definido com o responsável do laboratório: • quais amostras devem ser pesquisadas quanto a parâmetros de soma, grupo ou orientativos, • quais amostras devem ser analisadas quanto a parâmetros individuais, • se, e quantas, amostras devem ser armazenadas (para análises posteriores). As amostras sólidas necessitam de uma preparação prévia para a determinação analítica. O objetivo desta preparação de amostras é: • a produção de uma amostra representativa, • a separação de porção da amostra da matriz original, de modo que a quantidade a ser analisada seja compatível com o método e com o equipamento utilizado, mantendo a representatividade da matriz. • a concentração ou diluição das substâncias em questão, de acordo com a sensibilidade do método analítico utilizado. O procedimento da preparação de amostras depende geralmente do estado de agregação da amostra. Grandes quantidades de amostras devem ser reduzidas e no caso de amostras sólidas o material deve ser misturado e triturado através de várias etapas. A trituração é necessária para produzir uma amostra representativa quando da utilização de apenas uma porção para os ensaios analíticos. Os métodos analíticos são diferenciados em: • determinações organolépticas (odor, cor, turbidez); • métodos químicos - via úmida - (gravimetria, volumetria); • métodos físicos - instrumentais; • métodos biológicos. Os métodos físicos instrumentais podem ser divididos em quatro grupos principais: • eletroquímicos; • espectrométricos; • cromatográficos; • físico-atômicos. Estes métodos são utilizados principalmente para a determinação de traços de compostos orgânicos, através de técnicas e equipamentos especiais. Muitas vezes Faculdade Assis GurgaczEspecialização em engenharia de avaliações e períci as Profª Arqª Drª Solange Irene Smolarek Dias 26 para se obter respostas adequadas, devido à seletividade e sensibilidade do teste, deve-se utilizar uma combinação de dois processos analíticos diferentes. 3. MÉTODOS BIOLÓGICOS Os métodos biológicos podem ser realizados com os seguintes objetivos: • identificar o tipo da substância nociva (Biomonitoring); • possibilidade de identificar uma eliminação de substâncias nocivas por processos biológicos; • determinar os procedimentos principais da descontaminação ou remediação. A base da participação de reações biológicas no ajuste do equilíbrio no meio contaminado é a disponibilidade biológica das substâncias nocivas. Isto é influenciado pela: • solubilidade em água. • tamanho das moléculas, partículas e poros, • pela estrutura química das substâncias nocivas (por exemplo polaridade, carga). Um dos principais determinantes do efeito de uma substância tóxica em um ecossistema é a concentração da exposição e o tempo em que ela é mantida. Para avaliar a relação entre exposição/duração nestes, é imprescindível considerar as características físicas e químicas do sistema receptor, bem como a natureza e a localização dos organismos presentes. O destino dos produtos químicos que entram em um ecossistema é, em parte, determinado pelas propriedades físico-químicas do elemento ou do composto. A solubilidade, a pressão de vapor e os coeficientes de partição do material estabelecem a concentração da fase e o tempo de residência. Absorção/liberação, volatilização, transformação química devido a reações redox, hidrólise ou degradação fotoquímica e transformações provocadas pela atividade metabólica dos organismos no ecossistema são processos específicos que afetam a concentração de uma substância tóxica em determinado local. As instalações para a realização de testes variam em função do tamanho dos organismos a serem testados. O uso de pequenos invertebrados pode ser facilmente conduzido em uma bancada, embora deva haver espaço adicional no laboratório para sua cultura e o controle da temperatura e do período com luz durante os testes e a cultura sejam críticos. Os peixes são os organismos aquáticos mais utilizados em testes. Sua cultura requer o fornecimento de água não contaminada e espaço suficiente para abrigar os peixes durante sua aclimatação às novas condições. Em testes estáticos os recipientes devem permitir troca com a atmosfera. A concentração de oxigênio em cada câmara de teste deve permanecer entre 60% e 100% de saturação durante as primeiras 48 horas e entre 40% e I00% após esse período. Durante esse tipo de teste, as soluções podem ser suavemente aeradas, Faculdade Assis Gurgacz Especialização em engenharia de avaliações e períci as Profª Arqª Drª Solange Irene Smolarek Dias 27 caso as concentrações de tóxicos nas câmaras de testes aeradas, ao final do teste, não sejam inferiores a 20% daquelas de uma câmara não aerada. Quando se utiliza aeração, deve-se realizar simultaneamente um teste sem aeração, a fim de determinar se ela afeta os resultados. Caso sejam feitos testes com água corrente, as vazões devem ser ajustadas de forma a garantir um mínimo de cinco substituições de 90% do volume de água, em cada câmara de teste, em 24 horas. A taxa de substituição deve manter a concentração de oxigênio necessária. A seleção das concentrações de teste depende do objetivo das análises. Por exemplo, caso o objetivo dos testes seja determinar se a toxidade encontra-se acima ou abaixo de uma concentração específica, bastam um controle e uma concentração. São necessários 30 organismos para conferir a realidade estatística nos resultados desse procedimento de teste. Quando a toxidade é desconhecida, utilizam-se testes para definir seu intervalo ali para identificação. Os testes para determinação do intervalo tóxico empregam de três a cinco concentrações tóxicas bem espaçadas entre si e um controle de cinco organismos com duração de 8 a 24 horas. Os testes para identificação são utilizados em efluentes. Neles, cinco ou dez organismos são expostos a uma concentração de efluente de IOO% por 24 horas. Uma vez realizados os testes para definir o intervalo ou identificar poluentes, seleciona-se a concentração existente. A maior concentração é selecionada com base nos resultados de determinação do intervalo. As espécies selecionadas para testes de toxidade devem obedecer aos seguintes critérios: • ser sensíveis ao material ou aos fatores ambientais: • apresentar vasta distribuição geográfica, abundância e disponibilidade ao longo de todo o ano; • ter importância recreacional, econômica ou ecológica: • haver disponibilidade de métodos para sua cultura e reprodução; • estar em boas condições físicas, livres de parasitas e doenças. Embora boas técnicas laboratoriais possam ter por objetivo os itens 4 e 5, os de I a 3 são igualmente importantes para a seleção de espécies para testes. Essas espécies podem ser indicadoras de orientação para o gerenciamento ou alvo dos estudos (orientação ecossistêmica). Espécies indicadoras são aquelas comumente encontradas, ou não, sob determinadas condições ambientais, cuja presença ou ausência é capaz de "indicar" qualidades ambientais. Espécie indicadora deve apresentar as seguintes características: • capacidade de acumular várias substâncias tóxicas; • ser comum; • apresentar grande distribuição geográfica; • ser facilmente coletada; • ter tamanho adequado, que permita novas amostras de tecido; • estar presente na área de impacto e em áreas não poluídas; • ter correlação com níveis ambientais de substâncias tóxicas. Faculdade Assis Gurgacz Especialização em engenharia de avaliações e períci as Profª Arqª Drª Solange Irene Smolarek Dias 28 Espécies ou grupos-alvo são, de maneira geral, indicadores ecológicos. Presume-se que o comprimento de determinados requisitos ambientais das espécies ou grupos- alvo protegerá o ecossistema de base, garantindo a proteção ambiental. Na seleção das espécies ou grupos-alvo deve-se entender que cada espécie responde de maneira diferente a uma substância tóxica, porém os grupos, ou agregados de espécies com características parecidas, podem apresentar respostas similares às mesmas substâncias. A comunidade é o agregado de espécies mais comumente utilizado. Uma definição rápida de comunidade seria que ela é composta por grupos de organismos que interagem entre si em um habitat específico. Avaliações de comunidades normalmente servem de indicador das respostas de um ecossistema. São normais determinações das alterações estruturais e funcionais das condições de uma comunidade. Uma forma de aumentar o realismo ambiental é utilizar diversas espécies. Microcosmos é uma parcela restrita de um ecossistema empregado para experiências laboratoriais e apresenta um passo inicial na direção de teste mais realísticos. Geralmente os microcosmos têm volume total inferior a 10 litros e contém composição definida de espécies adequadas à determinação dos efeitos de substâncias tóxicas e lagos e reservatórios. A natureza definida do microcosmo permite a replicação de testes e o controle experimental, porém a pouca diversidade de espécies presentes e a falta de provisão para alguns processos ecológicos (colonização, por exemplo) reduzem o realismo ambiental dessa técnica de ensaio. Os testes com mesocosmos releem elementos de experimentos controlados, mas não controlam de maneira estrita todas as condições ambientais. No que diz respeito à análise de substâncias tóxicas, eles aumentam o realismo experimental, mas não são facilmente replicáveis. A concepção do programa de coleta de amostras deve obedecer a critérios definidosno sentido de assegurar qualidade aceitável para seus resultados. 4. MÉTODOS MATEMÁTICOS As equações matemáticas representando os processos físicos ou químicos constituem a forma mais abstrata de um análogo. Estas propiciam acessar as técnicas que auxiliam minimizar, embora não eliminar, os riscos da inconsistência lógica em um modelo. Assim como em muitos outros estágios no processo de abstração, elas encontram a simplificação. Dessa maneira, as pressuposições devem ser checadas para avaliar se os processos incluídos são adequadamente descritos e se foram incluídos todos os processos essenciais. A análise de sistema constitui um procedimento para se examinar a inteireza do modelo, focalizando atenção sobre a presença ou ausência de relações entre as partes do mundo real ou dos sistemas estruturados no modelo. A literatura ambiental Faculdade Assis Gurgacz Especialização em engenharia de avaliações e períci as Profª Arqª Drª Solange Irene Smolarek Dias 29 encontra-se cheia de diagramas com caixas-e-setas, os quais representam um ponto de partida para a análise de sistemas. Constituem uma etapa útil na construção de um modelo efetivo para aumentar a compreensão e para propiciar previsões; isto é, um modelo com bases mais físicas do que puramente estatísticas. Os diagramas de caixas-e-setas geralmente representam o primeiro estágio na sequência da elaboração de modelos e, por esse motivo, possuem utilidade limitada a si mesmos. O uso pleno da análise de sistemas é, todavia, instrumento poderoso e amplamente aplicável ao desenvolvimento de modelos de todos os tipos. O acelerado desenvolvimento tecnológico da informática está propiciando recursos técnicos cada vez mais potentes, permitindo que programas específicos possam ser cada vez mais utilizados para se fazer previsões, usando-se a análise de dados por meio de modelos estatísticos padrões e pela construção de modelos de simulação, com base maior ou menor nas informações sobre os processos físicos. Os computadores e os programas oferecem vantagens para a elaboração em qualquer modelo que foi abstraído ao nível das equações matemáticas ou lógica formal, embora não possam facilmente manusear modelos verbalizados. As vantagens dos cálculos rápidos e confiáveis não podem ser superestimadas, mas a relação custo-benefício na construção de modelos direcionou-se fundamentalmente dos modelos concretos em laboratórios para os modelos em computador, começando mais intensamente a serem implementados durante a década de 1970. Os modelos por computador propiciam um espectro muito mais amplo das condições a serem simuladas do que as permitidas nos experimentos de laboratório, e os modelos podem ser rodados e repetidos com crescente facilidade, mas tais vantagens não devem levar à irrelevância nem à substituição das bases lógicas do modelo. A importância de pressupostos apropriados e da estrutura lógica permanece tão relevante como em todos os outros procedimentos. O procedimento guia para a construção de modelos consiste numa sequência de normas, de passos para a caminhada, levando à produção de um modelo, à implementação em algum tipo de linguagem formal, ao estabelecimento de inferências prevendo as consequências do modelo e a avaliação dessas inferências em face da adequabilidade e uso para o qual o modelo foi construído. Subjacentemente, o procedimento encaminha para a obtenção de respostas às quatro indagações cientificas básicas delineadas para a solução de problemas matemáticos: • Compreender o problema (isto é, qual é a questão?); • estabelecer um plano para a solução do problema (isto é, como se pode resolvê-Io?); • executar o plano (isto é, qual é a resposta?); • checar a adequação da resposta (isto é. a resposta está correta?). As etapas relacionadas com o procedimento guia são as seguintes: Faculdade Assis Gurgacz Especialização em engenharia de avaliações e períci as Profª Arqª Drª Solange Irene Smolarek Dias 30 Objetivos : O iniciar do procedimento é representado pelo enunciado dos objetivos ou propósitos do modelo a ser construído. É a fase que demonstra o conhecimento do problema. Se os enunciados para a construção do modelo não forem expressos com clareza há demonstração de que ainda não se possui compreensão adequada do problema e tornar-se-á difícil encontrar as soluções. Os enunciados sobre os objetivos devem constituir respostas às seguintes indagações: • Qual é o sistema a ser modelizado? • Quais são as principais questões a serem focalizadas pelo modelo? (como o modelo poderá ser aplicado?) • Qual é a regra para finalizar a atividade da modelagem? (Qual a eficiência do modelo? Com quais modelos ele deverá ser comparado?) • Como os produtos (outputs) do modelo serão analisados, sumariados e usados? Hipóteses : A segunda etapa consiste em transladar os objetivos e o conhecimento disponível do sistema em enunciados de hipóteses. Geralmente, tais enunciados são verbais, mas também podem expressar relações quantitativas. Exemplo: sob condições climáticas constantes, o aumento da área da bacia hidrográfica implicará em aumento proporcional da vazão média anual. Formulação matemática : As hipóteses qualitativas podem ser convertidas em relações mais específicas, matematizadas. Corresponde ao segundo estágio da proposta, que representa a etapa de estabelecer um plano para o problema. Para as hipóteses formuladas (verbalizadas ou matematizadas), nessa etapa deve-se usar das informações disponíveis para a construção do modelo e avaliar a correção dos enunciados e das equações que descrevem o comportamento dinâmico dos elementos e processos do sistema. Sob a perspectiva da matematização, ela requer que as formulações e os conceitos vagos sejam definidos sob o critério da precisão e do rigor matemáticos. Verificação : A quarta etapa corresponde ao conjunto de atividades necessárias para verificar a precisão dos enunciados e das equações propostas. Um procedimento comum é o uso de técnicas numéricas, o que, na atualidade, significa resolver as questões pelo uso de procedimentos computadorizados. A verificação corresponde ao processo de verificar se os algoritmos e os códigos computacionais estão corretos para as definidas relações matemáticas. Os projetos de modelagem que não necessitam de soluções numéricas das equações ou dos enunciados devem ser verificados pela revisão das atividades realizadas durante o estágio da formulação. Calibragem : Após a implementação do modelo, pode-se estabelecer a fase da produção de resultados. A calibragem do modelo consiste em estabelecer parâmetros para as entradas e condições internas do sistema, a fim de se verificar a adequação das respostas. Faculdade Assis Gurgacz Especialização em engenharia de avaliações e períci as Profª Arqª Drª Solange Irene Smolarek Dias 31 Análise e avaliação do modelo : Depois que o modelo foi calibrado, pode-se utilizá-lo para produzir as respostas almejadas nos objetivos que foram especificados. Essa fase corresponde à execução de projeto. Para os modelos numéricos, corresponde ao uso dos programas de computação para registrar os resultados produzidos. Para os modelos qualitativos, a análise deve ser feita em relação aos pressupostos teóricos e ao conhecimento disponíveis sobre a estrutura e os processos do sistema. Para os modelos numéricos e qualitativos, as respostas devem ser avaliadas em sua qualidade de acordo com os objetivos especificados. É a fase da checagem. Os modelos quantitativos podem ser considerados sob três nuances, que não são mutuamente exclusivas: • os de "caixa preta", • os baseados nos balanços de massa e de energia, • os de direcionamento estocástico ou determinístico. Os modelos em "caixa preta"relacionam previsões sobre os output com base nos dados dos inputs, mas sem explicitamente enunciar quais são as relações existentes. Nenhum sistema do mundo real é totalmente conhecido, de modo que sempre haverá algum elemento em "caixa preta" a seu respeito, embora em muitos modelos essa caixa é matizada de "cinza" porque o modelo fisicamente representa pelo menos alguns dos processos internos atuantes. Na perícia de passivos ambientais os modelos matemáticos de transporte das substâncias nocivas (poluentes) constituem atualmente um instrumento útil de avaliação. Nem sempre é possível formar uma imagem suficiente da situação no subsolo mediante a utilização de métodos convencionais de análise, como por exemplo, as perfurações. Prognósticos temporais e espaciais de propagações de poluentes são interessantes em alguns casos. Assim pode, por exemplo, ser interessante no planejamento de recuperações das águas subterrâneas prognosticar a extensão da fronteira de poluentes em relação ao tempo. Pode ser também que se pretenda estimar o tempo necessário para que os poluentes coloquem em risco um bem utilizável. Deve-se atentar para o fato de que modelos matemáticos de transporte de poluentes só podem ser tão bons quanto a qualidade dos dados investigados no local. Esse é também o ponto fraco desses modelos teóricos. Em muitos problemas a serem resolvidos em passivos ambientais os pressupostos da aplicação de soluções matemáticas não existem mais. No caso de relações não- homogêneas no subsolo e no caso de relações complexas de correntezas, isto é, no caso de complexas condições iniciais de entorno, os procedimentos numéricos são utilizados com ajuda de softwares específicos. No caso de modelos numéricos o espaço é decomposto em elementos parciais homogêneos (células ou elementos). Distingue-se aqui diferentes procedimentos de cálculo. No caso do procedimento de diferenças a decomposição de uma área- modelo resulta em células retangulares. Com relação ao período de tempo Faculdade Assis Gurgacz Especialização em engenharia de avaliações e períci as Profª Arqª Drª Solange Irene Smolarek Dias 32 apreciado efetua-se, considerando-se o enunciado de preservação de massa para cada célula, um balanço de massa. Da soma de todos os balanços, das concentrações iniciais e das condições de entorno resulta para o respectivo momento um quadro espacial da distribuição do poluente na área-modelo. 5. MÉTODOS DE AVALIAÇÃO ECONÔMICA A valoração econômica não é necessariamente expressa em termos monetários, embora, sem dúvida, isso seja desejável. Deve-se ter em vista que frequentemente a obtenção de estimativas monetárias não contribui para uma percepção abrangente das implicações de certo curso de ação envolvendo o ambiente. VaIorar monetariamente os impactos econômicos e sociais de grandes projetos, como usinas hidrelétricas, pode ser virtualmente impossível no que se refere a certos aspectos específicos, a não ser que se admitam hipóteses simplificadoras, através das quais podem ser simulados caminhos alternativos. Ademais, os impactos não podem ser considerados somente no que diz respeito à implantação e operação de empreendimentos. Deve-se levar em conta também, quando for o caso, os impactos indiretos decorrentes do uso dos bens e serviços produzidos. Uma análise abrangente da geração de energia hidrelétrica, por exemplo, deveria considerar, em oposição aos danos ambientais decorrentes da construção e da operação de usinas, os benefícios obtidos pela substituição de outras fontes energéticas, notadamente carvão, lenha e petróleo. Duas dificuldades principais se interpõem à estimação do valor do ambiente e, em especial, aos custos e benefícios da ação antrópica sobre este. Em primeiro lugar, enfrenta-se uma incapacidade teórica da Economia para lidar com a questão, porque tanto a Teoria do Valor Trabalho quanto a Teoria Neoclássica não são suficientes. Quanto à primeira, afirma-se que o valor tem origem exclusivamente no trabalho humano. A consequência teórica disso é que apenas o Ambiente Construído possui valor e toda ação antrópica sobre o Ambiente Natural representa, portanto, aumento de valor. Essa implicação é claramente inaceitável. Quanto à segunda, o valor seria determinado no mercado pela interação entre oferta e procura. Os estudiosos que seguem essa abordagem reconhecem as falhas de mercado na valoração do Ambiente, o que na realidade é o caso geral. Por outro lado, a Economia Ambiental, assim como a Economia da Educação e a Economia da Saúde, enfrenta dificuldades relacionadas à enorme complexidade dos objetos de análise e à virtual impossibilidade de se obterem modelos confiáveis para representar a sequência dinâmica de todos os efeitos decorrentes de certa alteração inicial. Faculdade Assis Gurgacz Especialização em engenharia de avaliações e períci as Profª Arqª Drª Solange Irene Smolarek Dias 33 Não se deveria esperar mensurações econômicas precisas e definitivas no estado atual do conhecimento, embora seja internacionalmente reconhecido que as tentativas nesse sentido podem contribuir para melhor orientar a política econômica e, em especial, a própria política ambiental. A questão referente à valoração do ambiente pode ser assim formulada: as espécies vivas e o meio físico em que vive a humanidade possuem valor por si mesmos ou o valor é somente uma relação entre sujeito e objeto? Essa questão pode ser apresentada de forma mais radical como: Na ausência da humanidade, ainda assim o Ambiente apresentaria algum valor? Observa-se entre os economistas uma forte tendência a responder afirmativamente a respeito da existência de valor independente dos usos e das preferências da espécie humana. Entretanto, se, por um lado, há expressivo consenso quanto à existência desse valor do Ambiente por si mesmo, sua expressão em termos monetários é um problema que está longe de receber solução geral. Conforme apresentado na literatura especializada, a Economia Ambiental desagrega o Valor Econômico do Recurso Ambiental (VERA) em Valor de Uso (VU) e Valor de Não Uso (VNU). VERA = (VUD + VUI + VO) + VNU Valor de Uso (VU ): valor que os indivíduos atribuem a um recurso ambiental pelo seu uso presente ou pelo seu potencial de uso futuro. O valor de uso pode ser subdividido em três categorias: • Valor de Uso Direto (VUD): valor que os indivíduos atribuem a um recurso ambiental em função do bem-estar que ele proporciona através do uso direto. Por exemplo, na forma de extração, de visitação ou outra atividade de produção ou consumo direto. • Valor de Uso Indireto (VUI) : valor que os indivíduos atribuem a um recurso ambiental quando o benefício do seu uso deriva de funções ecossistêmicas. Por exemplo, a contenção de erosão, o estoque de carbono nas florestas tropicais. • Valor de Opção (VO) : valor que os indivíduos estão dispostos a pagar para manterem a opção de um dia fazer uso, de forma direta ou indireta, do recurso ambiental. Por exemplo, o benefício advindo de fármacos desenvolvidos com base em propriedades medicinais, ainda não descobertas, de plantas de florestas tropicais . Valor de não uso (VNU) ou valor de existência (VE) , é o valor que está dissociado do uso (embora represente o consumo ambiental) e deriva de uma posição moral, cultural ou ética ou altruística em relação aos direitos de existência de espécies não humanas ou de preservação de outras riquezas naturais, mesmo que estas não representem uso atual ou futuro para o indivíduo. Um exemplo claro deste valor é a grande mobilização da opinião pública para o salvamento dos ursos panda ou das baleias, mesmo em regiões em que a maioria das pessoas nunca poderá estar ou fazer qualquer uso de sua existência. Faculdade Assis Gurgacz Especialização em engenharia de
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