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Crise de 2008 e anova ordem financeira

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SISTEMA FINANCEIRO DIGITAL 
AULA 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Pollyanna Rodrigues Gondin 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Prezado(a) estudante: após o estudo do sistema financeiro internacional 
até o fim da década de 1990, nos debruçaremos agora sobre o sistema financeiro 
e a sua evolução após a década de 2000. Desse modo, nesta aula você 
aprenderá sobre a globalização e seus efeitos no mercado financeiro mundial, 
mostrando a interdependência entre as decisões tanto a nível econômico, 
financeiro e/ou político das diversas economias. 
Além disso, na sequência, você conhecerá sobre a Crise de 2008, suas 
motivações e principais desdobramentos. Perceberá que, apesar de ela ter 
ocorrido em 2008, tem suas principais motivações ainda na década de 1990. 
Além da Crise de 2008, outros temas também serão abordados. Dentre eles, 
adentraremos nas temáticas de blockchain, fintechs e criptomoedas. Será 
possível perceber que a Crise de 2008 levou à emergência e emancipação 
dessas inovações que possuem aplicações financeiras. 
Por fim, você perceberá que, após a Crise de 2008, foi estabelecida uma 
nova ordem econômica e financeira mundial, baseada na descentralização e na 
revolução financeira. Assim, diante dessa nova ordem econômica mundial, qual 
o papel dos bancos comerciais tradicionais? Como adaptá-los a um ecossistema 
em que o digital ganha proporções maiores? 
Bons estudos! 
CONTEXTUALIZANDO 
Saiba mais 
Inicialmente, para melhor compreender a Crise de 2008, também 
chamada de Crise do Subprime, indicamos a leitura do artigo de Schifferes 
(2008), disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/reporterbbc/story/200
8/01/080122_economiacriseslicoes_ba.shtml>. 
Ao estudar o sistema financeiro, chegamos a um ponto em que vamos 
nos aprofundar um pouco mais na Crise de 2008 e em seus reflexos na atual 
conjuntura econômica e financeira mundial. Você deve estar se questionando, 
nesse momento: qual a importância e por que estudar essa crise? 
Bem, ao longo desta aula, você irá perceber que foi a partir da Crise de 
2008 que surgem ou ao menos se desenvolvem e ganham destaque grandes 
inovações financeiras como as criptomoedas, as fintechs e o blockchain. Ah, mas 
 
 
3 
o blockchain possui várias aplicações para além do campo financeiro, não é 
verdade? Sim, seu campo de aplicação é vasto! Entretanto, ao longo dos nossos 
estudos, vamos nos debruçar sobre seus impactos no redesenho do sistema 
financeiro mundial. 
Assim, convido você, a partir deste momento, a voltar sua atenção para a 
Crise de 2008 e seus grandes efeitos no cenário financeiro mundial. 
TEMA 1 – MERCADO FINANCEIRO PÓS-2000 
Até o momento, estudamos o mercado financeiro até o final da década de 
1990. Mas, e após esse período? Quais eram as características desse mercado? 
Você já se perguntou sobre isso? Bom, vamos lá analisar alguns aspectos do 
mercado financeiro pós-2000! 
Inicialmente, é relevante mencionar que uma das características 
importantes da sociedade contemporânea é a inserção das tecnologias da 
informação no âmbito econômico, social e político. Assim, pode-se afirmar que 
a Revolução da Informação, ocorrida após a Segunda Guerra Mundial, e a 
crescente globalização e expansão da utilização da internet contribuíram de 
modo significativo para que houvesse um maior dinamismo e rapidez na 
operação do mercado financeiro. Por um lado, esse maior dinamismo é 
importante e interessante, pois contribui para o surgimento de novos 
mecanismos de operação. Por outro lado, facilita a rápida expansão de crises, 
como será visto de modo mais aprofundado no Tema 2 desta aula. 
Nessa mesma linha de raciocínio, Pasti e Silva (2013) afirmam que, 
atualmente, nota-se uma presença cada vez maior das finanças no centro da 
sociedade contemporânea. Desse modo, é possível afirmar que o dinheiro se 
tornou “elemento que imprime velocidade aos outros elementos da história” 
(Santos, 1999, p. 10). A esse respeito, é possível constatar que a maioria das 
atividades econômicas, ou quem sabe todas, são realizadas por intermédio de 
algum instrumento financeiro, sendo que, tanto as aplicações financeiras, quanto 
os fluxos de capital têm destaque sobre os fluxos de dinheiro para o investimento 
produtivo e sobre os fluxos de mercadorias. 
Após a década de 1990, com a disseminação das tecnologias da 
informação, há uma mundialização das finanças e uma importância crescente da 
informação financeira (Pasti; Silva, 2013). A habilidade de competir 
mundialmente é fator primordial para os países, de modo que a financeirização 
 
 
4 
segue essa mesma regra, pois depende do fluxo intenso de capitais entre os 
países, o que é conhecido como globalização financeira. A esse respeito, Herbst 
e Duarte (2013, p. 22-23) afirmam que 
A desregulação dos mercados financeiros, a internacionalização do 
setor bancário e das decisões econômicas, a transnacionalização dos 
capitais, e a dissociação entre economia real e economia financeira, 
são fenômenos próprios desta nova face da globalização. O que vemos 
é uma globalização da especulação financeira, onde o capital não tem 
pátria, nem limites para a sua acumulação. 
Desse modo, é possível considerar que cada país funciona como um 
subsistema de um sistema global; e, assim, qualquer regulação financeira só 
será efetiva se for aceita por esse sistema global. Os países possuem então uma 
autonomia relativa, pois têm suas próprias leis e diretrizes internas, mas, ao 
mesmo tempo, são condicionadas e devem ser aceitas pelo sistema global. 
Assim, “[...] isso significa que qualquer lei criada por uma nação, se for contrária 
ao raciocínio prevalecente no restante do mundo, pode segregar esta nação do 
campo competitivo. Está implícita na globalização a exigência de uma 
harmonização legislativa” (Herbst; Duarte, 2013, p. 23). 
De modo geral, é possível considerar que a lógica geral financeira remete 
ao alcance da lucratividade, em que as grandes corporações industriais e as 
organizações financeiras manobram os ativos financeiros e as moedas, 
juntamente, com seus ativos visando à valorização e à obtenção de lucratividade. 
Assim, a lógica mundial é relevante, tornando as taxas de câmbio, as taxas de 
juros e os índices de valorização das ações parâmetros da rentabilidade 
financeira global. 
TEMA 2 – CRISE FINANCEIRA DE 2008 
Agora que já contextualizamos a década de 2000 como uma década de 
profunda globalização do mercado financeiro, podemos adentrar na Crise de 
2008. Você deve estar se perguntando: mas por que iremos falar da Crise de 
2008 em uma disciplina de sistema financeiro? A resposta é simples! É a partir 
de períodos de crise e turbulência que ocorrem inovações, sejam elas em âmbito 
social, sejam em âmbito financeiro. Assim sendo, a Crise de 2008 foi palco 
relevante para a emergência do sistema financeiro mundial tal como se configura 
atualmente. 
 
 
5 
Antes de se adentrar na Crise de 2008 propriamente dita, deve-se 
mencionar que, desde 1929, não se experimentava uma crise tão severa, de 
proporções mundiais. 
Saiba mais 
Você sabe o que foi a Crise de 1929? 
Para isso, é importante relembrar o cenário da economia norte-americana 
na década de 1920. Os EUA, após a Primeira Guerra Mundial, estavam em pleno 
desenvolvimento, crescendo continuamente, até o ano de 1929. As indústrias do 
país produziam e exportavam em grande escala. Essa exportação era voltada, 
principalmente, para atender aos países europeus, que, após o fim da Primeira 
Guerra, estavam reconstruindo suas cidades e indústrias. Assim, é possível 
afirmar que, durante a década de 1920, o consumo aumentou e as ações 
estavam valorizadas devido à euforia econômica. Os americanos, diante desse 
cenário próspero, adquiriram várias ações de empresas. Porém, no fim da 
década de 1920, o cenário reverteu. Diante da perspectiva de crise, “os 
acionistas fizeram o possível para vender suas ações, o que provocouum 
acelerado declínio, levando a queda nos investimentos, na produção e no 
emprego”. A Quinta-Feira Negra (24 de outubro de 1929) foi o ápice de vários 
problemas que vinham ocorrendo desde o início do ano de 1929, levando os 
Estados Unidos e a economia mundial a um processo de recessão. O impacto 
dessa quebra foi muito expressivo, pois, em 1929, a economia norte-americana 
representava 45% da produção industrial mundial (Martins; Krilow, 2015). 
A crise financeira americana foi gerada pelo estouro de uma grande bolha 
imobiliária, em 2008. Essa crise teve início nos Estados Unidos após o estouro 
da bolha especulativa do mercado imobiliário. Essa bolha foi alimentada pela 
expansão do crédito bancário e potencializada pelo uso de novos instrumentos 
financeiros, facilitando sua expansão mundial (Oreiro, 2011). De acordo com 
Oreiro (2011), o evento que deflagrou a crise foi a falência do banco de 
investimento Lehman Brothers, após a recusa do Federal Reserve (FED), Banco 
Central americano, em socorrer a instituição. 
Essa atitude do Fed teve um impacto tremendo sobre o estado de 
confiança dos mercados financeiros, rompendo a convenção 
dominante de que a autoridade monetária norte-americana iria socorrer 
todas as instituições financeiras afetadas pelo estouro da bolha 
especulativa no mercado imobiliário. O rompimento dessa convenção 
produziu pânico entre as instituições financeiras, o que resultou num 
 
 
6 
aumento significativo da sua preferência pela liquidez, principalmente 
no caso dos bancos comerciais. (Oreiro, 2011) 
Entretanto, a Crise de 2008 não pode ser considerada apenas resultado 
da desregulação financeira e de uma política monetária frouxa. Sua origem está 
calcada no padrão de desenvolvimento adotado pelos Estados Unidos e pela 
Europa a partir do final da década de 1970. Entre 1950 e 1973, as economias 
desenvolvidas viveram uma época conhecida como de ouro, segundo Oreiro 
(2011), em que havia estabilidade macroeconômica, crescimento econômico e 
baixo desemprego. Assim, havia no período um crescimento real dos salários, 
que permitia a expansão do consumo e, por conseguinte, induzia as empresas 
a ampliarem a sua capacidade produtiva. 
Entretanto, com o colapso do sistema de Bretton Woods e os choques do 
petróleo que ocorreram na década de 1970, há uma mudança no ambiente 
econômico que leva ao ressurgimento das políticas liberais. Assim, há 
desregulação dos mercados financeiros, abolição do controle de capitais e 
redução dos impostos, principalmente para a classe mais rica da sociedade, 
resultando em concentração de renda e baixo crescimento dos salários reais 
(Oreiro, 2011). Como consequência, viu-se a queda dos gastos com consumo, 
com um aumento do endividamento das famílias. 
Diante desse cenário, o aumento da oferta de crédito bancário viabilizou 
o crescimento do endividamento das famílias norte-americanas. Assim, deve-se 
ter em mente a intensificação de duas políticas governamentais, voltadas para o 
setor imobiliário para aumentar o número de proprietários de imóveis. Primeiro, 
a atuação das empresas Fannie e Freddie; e, segundo, a ação afirmativa para 
empréstimos. Essas duas políticas, em conjunto, favoreceram a aquisição de 
imóveis, ajudando a explicar o processo de bolha imobiliária. 
Porém, além dessas duas políticas, deve-se levar em consideração a 
especulação no mercado imobiliário, a atuação das agências de classificação de 
risco e, principalmente, a atuação do Banco Central americano, no estímulo à 
subida dos preços dos imóveis. A partir de 2004, o FED passa a diminuir a 
injeção de dinheiro e com isso os juros sobem. Cai a demanda e aumenta a 
oferta de imóveis, o que leva à queda dos seus preços, em 2006, e as pessoas 
param de pagar suas hipotecas. 
Bresser Pereira (2009, p. 133) afirma que a Crise de 2008 é uma “[...] 
profunda crise de confiança decorrente de uma cadeia de empréstimos 
 
 
7 
originalmente imobiliários baseados em devedores insolventes”. O autor ainda 
afirma que ela é uma crise bancária e não de balanço de pagamentos; porém, 
os déficits, em conta corrente, da economia norte-americana, somados com os 
déficits públicos, favoreceram todo o processo. Além disso, Bresser Pereira 
(2009) afirma que esse tipo de crise pode ocorrer devido à desregulamentação 
dos sistemas financeiros nacionais, a partir de 1970, com a onda ideológica 
neoliberal. Diante da crise, o presidente dos EUA lançou um pacote de incentivos 
fiscais de US$ 150 bilhões, que, porém, não foi suficiente para conter os efeitos 
da crise e, assim, os Estados Unidos lançaram um novo pacote da ordem de 
US$ 850 bilhões. Este pacote destinou-se à compra de papéis “podres” das 
mãos das instituições financeiras privadas (Pires, 2013). 
É possível concluir que 
A crise de 2008 tornou explícita e urgente a necessidade de se criar 
uma regulação para prevenir crises, ao invés de apenas remediá-las. 
Como vimos anteriormente, entre as causas imediatas da crise 
podemos citar o uso indiscriminado da alavancagem, a má avaliação 
dos créditos, as inovações financeiras pouco compreendidas e a 
política de encorajamento da tomada de riscos. Entretanto, com uma 
análise detida concluímos que todas estas causas – ou a maioria delas 
– tiveram início com a desregulação do sistema financeiro. A 
esperança que temos é a de que a crise de 2008 represente uma virada 
na história do capitalismo, pois, assim como na crise de 1929, há lições 
que devem ser aprendidas e comportamentos que devem ser 
corrigidos, estabelecendo um novo modus operandi para a economia 
financeira globalizada. (Herbst; Duarte, 2013, p. 25) 
Saiba mais 
Para entender um pouco mais a Crise de 2008, leia o texto “A crise em 
perspectiva: 1929 e 2008”, de Frederico Mazzucchelli (2008). Nele, o autor 
retrata tanto a Crise de 1929 quanto a de 2008. 
Indicamos também que você assista ao documentário de Michael Moore: 
Capitalismo, uma história de amor (2009), para mais informações sobre a Crise 
de 2008. 
TEMA 3 – A NOVA ORDEM FINANCEIRA PÓS-CRISE DE 2008 
Agora que já estudamos a Crise de 2008 e sua relevância em termos 
mundiais, podemos nos debruçar sobre suas consequências para o sistema 
financeiro global. Trataremos então, neste tema, sobre essas consequências, 
inclusive sobre seus impactos no mercado financeiro brasileiro. 
 
 
8 
Inicialmente, é preciso analisar como a economia estadunidense reagiu à 
Crise de 2008. A esse respeito, tem-se que o Banco Central norte-americano, 
visando reverter a crise de liquidez, utilizou alguns instrumentos monetários, 
desde agosto de 2007. Dentre esses instrumentos, é possível citar: o 
fornecimento de crédito para os agentes financeiros e a redução significativa das 
taxas de juros (Carcanholo et al., 2008). 
Na mesma linha de raciocínio, Castro (2018) reforça a atuação do FED 
aumentando a quantidade de dinheiro em circulação, ou seja, a base monetária, 
sendo que, antes da Crise de 2008, os EUA tinham cerca de US$ 800 bilhões 
em circulação e, no fim de 2013, US$ eram 3,5 trilhões. 
Além disso, em 2008 foi lançado um plano econômico baseado na 
redução temporária dos impostos com a finalidade de aumentar a renda 
disponível às famílias e empresas. Com esse plano econômico, a meta era 
aumentar os gastos em consumo e investimento, sustentando a demanda 
agregada e o consequente crescimento econômico que dela adviria (Cechin; 
Montoya, 2017). 
Diante do decreto de falência do Lehman Brothers e do agravamento da 
Crise de 2008, houve grandes modificações no sistema financeiro dos Estados 
Unidos. A esse respeito, Cechin e Montoya (2017, p. 164) afirmam que 
O Bank of America, por cerca de 50 bilhões de dólares, adquiriu o 
banco de investimento Merril Lynch, como apresentam Borça Júnior e 
Torres Filho (2008). A JPMorgan, com ajuda financeira dos órgãos 
federais, assumiu o controle do seu concorrente Washington Mutual. O 
FED também aprovou a transformaçãodos bancos de investimento 
Morgan Stanley e Goldman Sachs em holdings banks, o que permitiu 
ao FED dar aporte financeiro através de injeções de liquidez. Com o 
agravamento da crise de 2008, o Tesouro americano organizou um 
pacote de incentivos de US$ 700 bilhões, para a compra dos ativos 
imobiliários que não possuíam liquidez, ação que ficou conhecida como 
“ativos podres” dos bancos. 
Diante dos desdobramentos e da magnitude da Crise de 2008, gerou-se 
desconfiança em relação a saúde financeira dos bancos, o que repercutiu no 
aumento da tomada de recursos de curto prazo no mercado interbancário. E 
diante desse cenário, quais foram no sistema financeiro mundial? A esse 
respeito, Cechin e Montoya (2017, p. 165) afirmam que a Crise de 2008 “[...] 
atingiu todos os mercados, do monetário ao de crédito, das bolsas de valores e 
de mercadorias às operações com opções de compra, de contratos futuros e de 
swaps, envolvendo, até mesmo, instituições não financeiras, como é o fato das 
companhias seguradoras e construtoras”. 
 
 
9 
Faria (2009) afirma que esses mercados interromperam seu processo de 
expansão e acumularam ativos em situação duvidosa ao aumentar as operações 
especulativas de curto prazo. Já os governos das economias desenvolvidas, 
diante desse cenário de catástrofe, ampliaram os investimentos e seus Bancos 
Centrais reduziram os seus juros básicos para reaquecer a atividade econômica 
(Castro, 2018). 
Pensando mais especificamente nas consequências da Crise de 2008 na 
economia brasileira, de acordo com Castro, Rosa e Marques (2013, p. 3) houve, 
claro, repercussão em nossa economia, de modo que 
O efeito contágio da crise econômica mundial atingiu o Brasil em 
setembro de 2008 quando o mercado de crédito vivenciava a fase 
ascendente de um ciclo de crédito extremamente favorável e longo, 
sob a liderança de bancos privados. Isso foi proporcionado pela 
progressiva melhora do ambiente macroeconômico, o qual induziu os 
bancos à redefinição de suas estratégias operacionais com prioridade 
para a expansão do crédito às pessoas. 
Apesar de terem ocorrido impactos dessa crise na economia brasileira, é 
necessário mencionar que eles não foram tão significativos como em outras 
economias. Deve-se mencionar que a crise ocorreu em um momento em que a 
economia brasileira crescia. Além disso, o governo brasileiro, à época, utilizou-
se de instrumentos de incentivo/aquecimento da economia. Assim, o país 
apresentou alguns problemas em 2009, mas com um crescimento do Produto 
Interno Bruto (PIB) de 7,5% em 2010, sendo considerado o primeiro país a sair 
da crise (Castro, 2018). A esse respeito, o Gráfico 1 representa a variação real 
trimestral do PIB brasileiro, entre os anos de 1996 a 2018. 
Gráfico 1 – PIB – preços básicos – var. real trim. – (%) 
 
Fonte: Adaptado de Ipea, 2019. 
 
 
10 
Nesse mesmo sentido, nota-se que a postura adotada pelo governo 
brasileiro foi de fundamental relevância, sendo que o nosso Banco Central 
empreendeu algumas medidas específicas para enfrentar a crise, tais como: 
a) alteração dos recolhimentos compulsórios: utilizado como 
instrumentos de política monetária, a diminuição dos depósitos 
compulsórios objetivou contribuir para o aumento da oferta de crédito 
e a redução do spread bancário; 
b) aplicações diretas e indiretas dos recolhimentos compulsórios em 
créditos: foi autorizada a utilização de até 40% dos recolhimentos 
compulsórios sobre recursos a prazo para aquisição interbancária de 
operações de crédito, dentre outras medidas, objetivando a 
manutenção da liquidez e do crédito concedido pelas pequenas e 
médias instituições; 
c) operações especiais do Banco Central para resguardar a liquidez do 
Sistema Financeiro Nacional (SFN) e das operações internacionais do 
país: autorização para o Conselho Monetário Nacional (CMN), por meio 
da Medida Provisória (MP) nº 442, de 6/10/2008, estabelecer critérios 
de avaliação de ativos recebidos pelo Banco Central do Brasil (BCB) 
em operações de redesconto em moeda nacional ou em garantia de 
empréstimos em moeda estrangeira. O objetivo era regularizar a 
liquidez e compensar a escassez de linhas de crédito internacional 
causada pela crise. (Castro; Rosa; Marques, 2013, p. 3-4) 
Saiba mais 
Indicamos o documentário Trabalho interno (2010), conduzido por Charles 
Ferguson. Esse documentário inicia mostrando como a indústria financeira nos 
EUA foi regulada entre 1940 e 1980. Na sequência, aborda o período 
compreendido entre 2001 e 2007, em que ocorre o boom imobiliário e, por fim, 
relembra a explosão da Crise de 2008 propriamente dita e seus 
desdobramentos. 
TEMA 4 – A DESCENTRALIZAÇÃO E A REVOLUÇÃO FINANCEIRA DIANTE 
DAS INOVAÇÕES: FINTECH, BLOCKCHAIN E CRIPTOMOEDA – UM NOVO 
PARADIGMA? 
Vimos, anteriormente, as consequências da Crise de 2008 em termos 
mundiais. Nesse momento, podemos, então, voltar nossa atenção à revolução 
financeira ocorrida com as inovações que surgiram ou foram alavancadas após 
aquela crise. Para isso, é importante mencionar, como já dito anteriormente, que 
a Revolução da Informação, ocorrida após a Segunda Guerra Mundial, permitiu 
o início do desenvolvimento digital, que contribuiu para o desenvolvimento de 
inovações pós-Crise de 2008. 
A esse respeito, toda a tecnologia disponível, juntamente com o 
desenvolvimento e a disseminação da internet, criou um ambiente facilitador de 
 
 
11 
inovações como aplicativos (apps), startups e desenvolvimento de inteligência 
artificial (AI). Esses avanços, além de permear toda a economia mundial, abriram 
espaço para grandes transformações no setor financeiro. 
Saiba mais 
Antes de prosseguirmos, uma questão: você sabe o que é uma 
startup? Segundo Rodriguez (2015 citado por Abreu; Campos, 2016), startup é 
uma empresa que foi criada com o objetivo de gerar grande impacto social ou 
econômico por intermédio de um processo inovador intenso. Desse modo, é 
possível verificar que, para ser considerada uma startup, uma empresa recém-
fundada deve ter foco em inovação. 
É acerca dessas transformações que iremos debruçar nossa atenção. 
Mas, antes disso, é necessário destacar que nos atentaremos a três principais 
inovações: fintechs, blockchain e criptomoedas. A escolha se justifica, pois a 
dispersão tecnológica no setor financeiro é imensa; além do que, essas três 
inovações estão corroborando de modo significativo com a descentralização do 
setor financeiro. Vamos, então, iniciar nossa análise tratando sobre as fintechs, 
depois passaremos para o blockchain e por último para as criptomoedas. 
As fintechs ou financial technology, são, segundo Vidal (2018), as novas 
startups do ramo financeiro, sendo que sua concepção está ligada a dois 
conceitos básicos: inovação e disrupção. Entretanto, deve-se ressaltar que, 
apesar de elas terem se popularizado após a eclosão da Crise de 2008, a 
literatura afirma que o termo fintech teve sua primeira aparição no ano de 1972 
(Katori, 2017). Mas, apesar disso, o seu significado era ligeiramente diferente do 
que é apresentado atualmente. 
Katori (2017, p. 13-14), a respeito do surgimento do termo fintech, afirma 
que 
Inicialmente, Bettinger (1972, apud Schueffel 2016) utiliza Fintech 
como um acrônimo que deve ser compreendido como a combinação 
da expertise bancária com modernas técnicas de gestão aliadas com 
a utilização de computadores. [...] Em decorrência da implementação 
da tecnologia no setor, as instituições obtiveram altos ganhos de 
eficiência e de retorno, o que proporcionou o incentivo necessário para 
que a tecnologia continuasse a se desenvolver nessas instituições. 
Num primeiro momento, essa tecnologia visava a modernização do 
backoffice, como uma ferramenta de apoio. Porém, aos poucos, mais 
ferramentas eram desenvolvidas e aperfeiçoadas, permitindo a sua 
difusão para além do backoffice. 
Apesar de ser importante mencionar sua conotação inicial, não nos 
atentaremos, em nossos estudos,ao termo fintech tal e qual foi cunhado em 
 
 
12 
1972. Até porque, como mencionado, o termo fintech utilizado atualmente foi 
modificado em sua acepção, mas ao mesmo tempo mantém alguns elementos 
fundamentais da sua concepção original. Tem-se, então, que, diante da Crise de 
2008, novas instituições surgiram no setor financeiro e passaram a ser 
reconhecidas como fintechs. 
Segundo Katori (2017), as fintechs, hoje, possuem como desafio o 
desenvolvimento de soluções para suprir as necessidades de clientes que se 
sentem insatisfeitos com as instituições financeiras tradicionais. Assim, pode-se 
afirmar que a atuação das fintechs contribuiu para promover uma grande 
mudança na relação entre as instituições financeiras e os seus clientes. Isso 
ocorre pois as fintechs permitem acesso rápido a seus sistemas, por meio de 
celular, com realização de pagamentos e movimentos instantâneos, menor 
burocracia para concessão de empréstimos, acesso facilitado à informação e 
maior segurança. “É uma nova geração de tecnologia e empreendedorismo que 
se instalou nas brechas não preenchidas pelas antigas e conservadoras 
instituições financeiras” (Vidal, 2018, p. 6). 
Assim, as fintechs promovem serviços financeiros por meio da utilização 
da tecnologia. 
Desde 2008 estas empresas ganham uma fatia promissora do mercado 
financeiro que antes era dividida apenas entre as grandes corporações 
financeiras, como os bancos e corretoras. De uma forma mais eficiente 
do que os sistemas convencionais essas novas empresas despertam 
a atenção de uma camada de investidores novos. Nos últimos nove 
anos o setor se tornou a nova revolução tecnológica e foi uma das 
indústrias mais crescentes no mundo das finanças e tecnologia. Com 
a promessa de acesso fácil e rápido por meio do celular, pagamentos 
instantâneos, liberação de empréstimos com menos burocracia, maior 
acesso a informação, taxas mais acessíveis e maior segurança, as 
fintechs estão moldando um novo mercado financeiro. (Vidal, 2018, p. 
6) 
Após estudar um pouco as fintechs e descobrir que elas são startups do 
setor financeiro que utilizam da nova tecnologia para aprimorar as atividades 
financeiras, podemos avançar e voltar nossa atenção para o blockchain. Mas, o 
que seria o blockchain? Você tem alguma noção? 
Blockchain nada mais é do que um sistema de registro cronológico ou 
livro-registro em que, após a criação da primeira entrada, todas as próximas 
transações ficam registradas. Além disso, segundo Katori (2017), todas as suas 
operações precisam ser validadas antes de serem registradas, de modo que se 
cria um vínculo com a transação anterior. 
 
 
13 
Porém, as operações precisam ser validadas antes de serem 
registradas, criando um elo com a transação anterior. Essa validação 
ocorre por meio de senhas – uma pública, que sinaliza a operação, e 
outra privada, que valida a transferência dos recursos. Esse método 
fornece um nível de informações bastante similar ao do mercado de 
ações, onde o horário e o montante transacionado são públicos, mas 
as partes envolvidas não. (Katori, 2017, p. 18) 
Deve-se ter em mente também que esse sistema possui código aberto e, 
assim, não depende de um banco de dados central e limita o risco de ataque de 
hackers. Podemos resumir o funcionamento do sistema blockchain por meio da 
Figura 1. 
Figura 1 – O funcionamento do blockchain 
 
Crédito: Elenabsl/Shutterstock. 
Foi por meio do sistema blockchain que se possibilitou a criação do bitcoin 
e de outras criptomoedas, por exemplo ethereum, dash, monero e litecoin, após 
a Crise de 2008. Você deve ter ficado um pouco curioso e querendo saber mais 
sobre essas criptomoedas, mas logo, logo nos atentaremos a elas e falaremos 
 
 
14 
um pouco mais a respeito de cada uma. Mas, e afinal, o que você sabe a respeito 
das criptomoedas? 
Saiba mais 
Uma curiosidade é que a noção de moeda virtual foi idealizada nos 
primórdios da internet, em 1985. A primeira transação de moeda eletrônica 
ocorreu em 1994, pela DigiCash, uma empresa de moeda eletrônica fundada por 
David Chaum (Martins; Val, 2016). 
Quando falamos de criptomoedas, nos referimos às moedas digitais que 
são utilizadas para a realização de pagamentos em transações comerciais. Além 
de serem moedas virtuais, o que já as difere de moedas como o real ou o dólar, 
as criptomoedas são descentralizadas e possuem custo zero de transação. São 
descentralizadas pois não dependem de um Banco Central para sua regulaçãoe 
sim da sua própria oferta e demanda, tema esse de grande debate. Justamente 
por não possuírem autoridade central de regulamentação, seu custo é zero, pois 
elas envolvem transações não tarifadas. 
Assim, em 2008, Nakamoto publicou um trabalho sobre o bitcoin, 
elucidando seu conceito e explicando seu funcionamento e relevando seu código 
de programação, para atestar sua segurança (Martins; Val, 2016). 
TEMA 5 – BANCOS TRADICIONAIS COMO ECOSSISTEMAS DIGITAIS: COMO 
SE ADAPTAR? 
Você já se perguntou como fica a situação dos bancos tradicionais em 
face das inovações financeiras que surgiram após a crise de 2008? Pois bem! 
Existe todo um caminho de regulamentação e consolidação no mercado. Mas o 
fato é que as fintechs, segundo Katori (2017), apesar de ainda não terem 
conseguido modificar o cenário financeiro mundial, já conseguiram modificar a 
forma como esse setor é estruturado e como seus produtos são consumidos. 
Assim, é possível perceber que, apesar de gradativas, as inovações financeiras 
impactam diretamente e podem modificar a atuação dos bancos tradicionais. 
Segundo Katori (2017), como as fintechs não atingiram ainda seu auge, 
não há ainda uma definição precisa dos seus ramos e setores de atuação. 
Entretanto, existem classificações como a apresentada no Quadro 1, que elucida 
a divisão dos grupos de fintechs segundo a Universidade de Cambridge. 
 
 
 
15 
Quadro 1 – Divisão dos grupos de fintechs 
 
Fonte: Katori, 2017, p. 17. 
O surgimento das fintechs e o processo de globalização propiciaram o 
aumento da concorrência no meio financeiro. Assim, os bancos tradicionais 
precisaram acompanhar as modificações de mercado e se adaptar às 
transformações digitais, não apenas no atendimento ao cliente, mas utilizando 
as tecnologias de modo a otimizar seus processos operacionais. Entretanto, para 
acompanhar as modificações, é necessário que haja uma mudança na cultura 
organizacional daquelas instituições, de modo a elas adotarem uma postura, por 
exemplo, colaborativa com startups como as fintechs. 
Para além disso, existem questões supranacionais que envolvem essa 
nova configuração do sistema financeiro. Como serão feitas as 
regulamentações, por exemplo? A esse respeito, existe todo um debate que 
 
 
16 
ganha o cenário mundial e envolve diversos países e instituições. Assim, a 
promoção de discussões a esse respeito, incluindo o setor público, o privado e 
a área acadêmica, pode ser importante e auxiliar no fomento de pesquisas e 
soluções. 
TROCANDO IDEIAS 
Nesse momento, podemos aprofundar nosso conhecimento sobre os 
impactos da Crise de 2008. Tratamos, em nosso texto, sobre a Crise de 2008 e 
seus impactos globais. Agora, vamos voltar nossa atenção para a economia 
brasileira? Assim, convido à reflexão: quais foram os efeitos da Crise de 2008 no 
Brasil? E quais foram as medidas adotadas pela economia brasileira diante do 
cenário de recessão? 
Como fonte de inspiração, convidamos você a ler os artigos de Lima e 
Naves Deus (2013) e Pires (2013). 
NA PRÁTICA 
Vamos praticar? Tanto na literatura acadêmica, quanto no jargão popular, 
muito se falou sobre a Crise de 2008 e seus reflexos mundiais. Foi comentado, 
em nossa aula, que a Crise de 2008 foi uma das mais significativas desde a Crise 
de 1929. Vamos então fazer um paralelo entre essas duas crises? Para isso, 
pense nos seguintes pontos: 
a. Como essas crises foram desencadeadas? 
b. Quais suas consequênciasmundiais, em termos financeiros? 
c. Como foi a atuação dos diversos governos, diante de ambos os cenários 
de crise? 
Vamos lá? Mãos à obra: desenvolver o senso crítico e conseguir elaborar 
esses paralelos é de grande importância para a sua formação. Como fonte de 
inspiração, sugerimos as leituras dos textos de Mazzucchelli (2008) e Prado 
(2011). 
FINALIZANDO 
Após o estudo da evolução do sistema financeiro até o fim da década de 
1990, voltamos nossa atenção para a sua evolução após o ano 2000. Assim, no 
 
 
17 
decorrer desta aula você teve a oportunidade de aprofundar seus conhecimentos 
sobre a globalização e seus efeitos no mercado financeiro mundial, mostrando a 
interdependência entre as decisões do meio, tanto a nível econômico, financeiro 
e/ou político, das diversas economias. 
Ao estudar a Crise de 2008, foi possível constatar suas motivações e 
principais desdobramentos, de modo a perceber que ela teve seus princípios 
muito antes mesmo de sua eclosão. Além disso, vimos que, apesar de ter 
impactado negativamente diversas economias em nível global, a Crise de 2008 
propiciou a emergência de algumas inovações financeiras que, atualmente, 
ganham destaque no cenário financeiro. Dentre essas inovações, citaram-se: as 
fintechs, o blockchain e as criptomoedas. 
Em suma, foi possível perceber e afirmar que essas inovações estão 
causando uma verdadeira descentralização e uma revolução financeira em que 
os bancos tradicionais precisam se adaptar a uma nova era de transformação 
digital. 
 
 
 
18 
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	Conversa inicial
	Contextualizando
	Trocando ideias
	Na prática
	FINALIZANDO
	REFERÊNCIAS

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