Buscar

AULA 04 Inovações Financeiras Fintechs e Blockchain

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

SISTEMA FINANCEIRO DIGITAL 
AULA 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Pollyanna Rodrigues Gondin 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Prezado(a) estudante, após o estudo dos Anos 2000, da Crise Financeira 
de 2008 e das inovações financeiras que surgiram, veremos nesta aula sobre 
duas dessas inovações: Fintechs e Blockchain. Deste modo, nesta aula você 
aprenderá sobre as Fintechs, a Tecnologia Blockchain e a consequente 
descentralização financeira. Este estudo é importante para que, na aula 
subsequente, possamos adentrar nas criptomoedas e sua regulação. 
Assim, em um primeiro momento, você aprenderá sobre a mudança 
ocorrida nos serviços financeiros diante dos avanços tecnológicos. Em um 
segundo momento, a atenção será voltada para a forma de financiamento 
Crowdfunding, forma esta que não utiliza os convencionais bancos para se obter 
uma linha de financiamento. 
Na sequência, adentraremos na temática relacionada às Fintechs, sua 
arbitragem regulatória e a possibilidade e ascensão dos Shadow Banks, 
conhecidos como “bancos sombras”. Já na quarta temática iremos nos debruçar 
sobre o estudo do Blockchain, diferenciando-o entre público, privado e híbrido. 
Por fim, atenção será dada para Blockchain, Smart Contracts e as aplicações no 
mercado financeiro. 
Você perceberá que a Crise de 2008 contribuiu para uma nova 
configuração do sistema financeiro, pois, como dito na aula anterior, houve a 
emergência de inovações com grande aplicabilidade financeira. Após essas 
inovações, propiciadas pelos avanços tecnológicos, há uma modificação na 
relação entre sistema financeiro e clientes, de modo que os bancos comerciais 
continuam a ter relevância; entretanto, abriu-se espaço para novas instituições 
com atuação descentralizada. 
Bons estudos! 
CONTEXTUALIZANDO 
Ao iniciar os estudos sobre Sistema Financeiro Digital, chegamos em um 
ponto em que vamos nos aprofundar um pouco mais nas grandes inovações 
financeiras que se ascenderam pós-Crise de 2008. Você deve estar se 
questionando, neste momento: qual a importância e o impacto das Fintechs e da 
tecnologia Blockchain no sistema financeiro? 
 
 
3 
Bem, ao longo dessa aula de estudo, você irá perceber que foi a partir da 
Crise de 2008 que surgiram, ou ao menos se desenvolveram e ganharam 
destaque, algumas das grandes inovações financeiras. Ah, mas, e como fica o 
papel dos bancos comerciais? A tecnologia Blockchain pode contribuir para sua 
atuação? 
Assim, convido você, a partir deste momento, a voltar sua atenção para 
essas inovações que ganharam destaque e seus efeitos em termos de 
descentralização financeira. 
Saiba mais 
Continue a leitura em: 
COMO o blockchain pode revolucionar os bancos. Época Negócios, 15 fev. 
2018. Disponível em: 
<https://epocanegocios.globo.com/Tecnologia/noticia/2018/02/como-o-
blockchain-pode-revolucionar-os-bancos.html>. Acesso em: 29 ago. 2019. 
TEMA 1 – SERVIÇOS FINANCEIROS EM MEIO AOS AVANÇOS 
TECNOLÓGICOS 
Chegamos à nossa quarta aula. Nas aulas anteriores, estudamos sobre a 
evolução do mercado financeiro e adentramos nas inovações financeiras que 
surgiram ou ao menos se ascenderam após a crise de 2008. A partir desse 
momento, iremos nos dedicar ao estudo mais profundo sobre cada uma dessas. 
Pois bem! Iniciaremos, então, com uma análise dos serviços financeiros em meio 
aos avanços tecnológicos. 
Mas por que estudar a evolução desses serviços é importante? É 
relevante, pois, ao longo do tempo muitas modificações aconteceram, 
principalmente com o advento da internet e posterior crise de 2008. Não 
podemos considerar que o sistema financeiro atual é o mesmo que há 50 anos. 
Tudo bem, mas, e qual a relação desse estudo com a nossa disciplina? A 
relação é grande, pois atualmente estamos falando justamente da inserção de 
novas ferramentas, novos tipos de empresas, novas configurações que são 
permeadas e permitidas pelo uso da tecnologia, pelo digital. Assim, a união das 
startups e da tecnologia tem permitido criar um novo cenário para o setor 
financeiro. 
 
 
4 
Quando falamos em startups do setor financeiro, lembramos logo das 
Fintechs (falamos sobre essas empresas na aula passada). Mas, vamos 
relembrar rapidamente seu conceito? 
As Fintechs ou “Financial Technology”, são, segundo Vidal (2018), as 
novas startups do ramo financeiro, sendo que sua concepção está ligada a dois 
conceitos básicos: inovação e disrupção. Entretanto, deve-se ressaltar que 
apesar de ter se popularizado após a eclosão da Crise de 2008, a literatura 
afirma que o termo Fintech teve sua primeira aparição no ano de 1972 (Katori, 
2017). Ainda de acordo com este autor, as Fintechs, atualmente, possuem como 
desafio o desenvolvimento de soluções para suprir as necessidades de clientes 
que se sentem insatisfeitos com as instituições financeiras tradicionais. 
Quando falamos em Fintechs, o que vem à sua mente? Bancos digitais? 
Se sim, você não está por completo errado. Mas, as Fintechs são mais do que 
bancos digitais. Assim, existem, atualmente, Fintechs de empréstimos, de 
pagamentos, de Crowfunding, de investimentos, de câmbio, de criptomoedas, 
dentre outras tão relevantes para o setor financeiro e toda a sociedade. 
As Fintechs utilizam todo arsenal tecnológico para proporcionar aos 
consumidores uma redução de custos, uma diferenciação dos produtos 
financeiros oferecidos e uma melhora na retenção e clientes. Em 2018, a Lu.com 
foi considerada a maior Fintech do mundo. Essa empresa é uma startup chinesa 
de financiamentos e empréstimos entre pessoas. De acordo com o blog 
Remessa Online (2018), foi criada em 2011 e já recebeu US$1,7 bilhões em 
investimentos. Já no Brasil, o maior caso de sucesso, atualmente, é o Nubank 
que oferece cartão de crédito sem tarifas e um serviço unificado por meio de um 
aplicativo. 
De acordo com a Associação Brasileira de Fintechs (2018), em estudo 
feito para levantar alguns dados relevantes em relação ao setor e à atuação 
dessas empresas, foi possível constatar que as regiões sul e sudeste reúnem 
93% das Fintechs. Além disso, a maioria das Fintechs atuam nos segmentos de 
meios de pagamento, crédito e gestão financeira. A respeito dos segmentos de 
atuação das Fintechs, a associação apresenta o Gráfico 1. 
 
 
 
 
 
 
5 
Gráfico 1 – Segmentos de atuação das Fintechs no Brasil 
 
Fonte: Associação Brasileira de Fintechs, 2018, p. 11 
Assim, é necessário admitir que as Fintechs vieram para revolucionar os 
serviços financeiros. Essas empresas se aproveitaram das dificuldades dos 
grandes bancos em oferecer atendimento qualificado e personalizado a todos os 
seus clientes, fidelizando clientes por meio da tecnologia, informações mais 
claras e objetivas, e menor burocracia. 
TEMA 2 – CROWDFUNDING 
Até o momento, estudamos sobre os serviços financeiros e sua evolução 
frente aos avanços tecnológicos. Neste momento, podemos então avançar e 
analisar um dos tipos de Fintechs: Crowdfunding. Até o momento, você já sabe 
o que são Fintechs. Mas, e o que é Crowdfunding? 
De acordo com Machado (2015), Crowdfunding é uma forma de 
financiamento descentralizado, sem intermediários financeiros. Além disso, tem 
como característica ser feito com base em contribuições voluntárias e para os 
mais diversos fins. “Mais especificamente, trata-se de uma campanha aberta, 
principalmente via internet, a fim de arrecadar recursos, seja por doações ou em 
 
 
6 
troca de recompensas, a partir de indivíduos em vez de investidores profissionais 
ou instituições financeiras” (Machado, 2015, p. 8). 
Mollinck (2013), por sua vez, afirma que Crowdfunding diz respeito aos 
esforços individuais ou de grupos para financiar seus projetos com contribuições 
pequenas de um grupo de grandes apoiadores por meio da internet, sem 
intermédio de instituições financeiras tradicionais. Ainda de acordo com o autor, 
os projetos podem ser de cunho cultural, socialou para fins lucrativos. 
O Crowdfunding ganhou destaque, pois, a partir da Crise de 2008, houve 
uma procura por fontes alternativas de financiamento, já que havia escassez de 
crédito bancário, além da perda de credibilidade do setor bancário como 
avaliadores de risco. Assim, o 
[...] crowdfunding serve para preencher a lacuna que surge entre o 
capital disponível das instituições de financiamento tradicionais e as 
organizações que não conseguem cumprir os rigorosos requisitos para 
receber investimento durante os estágios de desenvolvimento do 
projeto. (Monteiro, 2014, p. 26) 
Apesar do termo Crowdfunding ser recente, e ter ganhado destaque após 
a crise de 2008, o conceito de um projeto financiado por milhares de pessoas 
não é algo essencialmente novo. A esse respeito 
Pode-se considerar que as campanhas eleitorais nos EUA, que 
movimentam grandes volumes de doações dos simpatizantes de cada 
candidato, são uma forma de crowdfunding que precede a internet em 
séculos. Outro exemplo histórico é a construção da Estátua da 
Liberdade, feita por doações de simpatizantes americanos e franceses. 
Até mesmo as igrejas, que financiam suas atividades há séculos 
através de doações de seus fiéis, podem ser enquadradas nesse 
mecanismo. (Machado, 2015, p. 9) 
Mas, esse tipo de financiamento é feito para atender a uma determinada 
área? Não exatamente! O Crowdfunding pode ser realizado para atender a 
interesses diversos e financiar projetos de naturezas distintas. Existem, então, 
diferentes plataformas de Crowdfunding que reúnem lançadores de uma 
campanha com seus potenciais apoiadores (Machado, 2015). 
É preciso salientar, ainda, que existem quatro modalidades de 
Crowdfunding, segundo Mollick (2013): 
1. Patrocínio (Donation Based): as pessoas que contribuem não esperam 
um retorno direto. Geralmente essa modalidade é voltada para projetos 
de caridade, a causas sociais ou filantrópicas; 
 
 
7 
2. Recompensa (Reward Based): em troca da contribuição, são oferecidas 
recompensas que variam de acordo com a doação. Mas que tipo de 
recompensa? As formas de recompensa são inúmeras, podendo ser 
desde ter seu nome nos créditos de um filme até conseguir opinar na 
criação de um produto, dentre outras. Esse é o tipo de Crowdfunding mais 
comum no mundo todo, inclusive no Brasil; 
3. Empréstimo (Lending Based): os colaboradores investem em um 
determinado projeto com o intuito de receberem juros. Assim, os 
investidores investem em um determinado projeto ou ideia que acreditam 
que pode dar certo, e, após um período, recebem o retorno financeiro do 
investimento realizado. 
4. Participação (Equity): Caracteriza-se como investimento no capital de 
uma empresa. Deste modo, as contribuições garantem participação nos 
lucros e poder de decisão. Essa modalidade, em geral, está relacionada 
à criação de um negócio. 
Para essas quatro modalidades citadas, é possível conseguir apoio de 
pessoas de maneira individual ou por meio de plataformas, sendo as plataformas 
um intermediário entre o criador de um projeto e o financiador. Essas plataformas 
são responsáveis por serviços, como: “apoio jurídico e envolvimento na 
formatação de contratos, análise de prazos de campanha e conteúdo, o uso de 
contas de depósito e gestão de métodos de pagamento” (Monteiro, 2014, p. 30). 
Além disso, essas plataformas possuem parcerias com sistemas de pagamento 
online, como o Paypal e o Pagseguro, por exemplo. Assim, essas plataformas 
facilitam o Crowdfunding, criando uma infraestrutura para facilitar as interações 
entre grupos de pessoas que se interessam por uma determinada causa/ projeto. 
TEMA 3 – AS FINTECHS, A ARBITRAGEM REGULATÓRIA E A ASCENSÃO DOS 
BANCOS SOMBRAS (SHADOW BANKS) 
Agora que já falamos sobre a evolução dos serviços financeiros frente aos 
avanços tecnológicos e a forma de financiamento Crowdfunding, podemos voltar 
nossas atenções para a atuação das Fintechs, a arbitragem regulatória e a 
ascensão dos Bancos Sombras. 
Assim, pode-se afirmar que a atuação das Fintechs contribuiu para 
promover uma grande mudança na relação entre as instituições financeiras e os 
 
 
8 
seus clientes. A esse respeito, Gontijo (2019) afirma que o mercado brasileiro 
tem, atualmente, por volta de 690 Fintechs, sendo que há projeção de 
crescimento exponencial, uma vez que os investimentos nesse setor têm 
crescido significativamente nos últimos anos. 
Entretanto, esse crescimento não tem agradado as instituições financeiras 
tradicionais. De acordo com dados apresentados por Gontijo (2019), em 2018, 
os cinco maiores bancos – Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, Caixa Econômica 
Federal e Santander – respondiam por 81,2% dos ativos totais do segmento 
bancário. Apesar de expressivo, esse percentual já se reduziu se comparado 
com o ano de 2017, em que o percentual era de 82,6%, o que pode estar 
relacionado com o avanço das instituições online. Há um crescimento desses 
tipos de instituições, e, em paralelo com esse crescimento, o número de contas 
que usam mobile banking saltou de 57 milhões, em 2017, para 70 milhões, em 
2018. 
Nessa mesma linha de raciocínio, Gordon e Metrick (2010) afirmam que 
as inovações, dentre elas as Fintechs, e as mudanças regulatórias que 
ocorreram no setor financeiro nos últimos 40 anos, aumentaram a competição 
entre os bancos comerciais e intensificaram as atividades das instituições não-
bancárias. Esse cenário repercutiu no declínio do modelo bancário tradicional e 
na gradativa saída dos bancos do arcabouço regulatório, tornando a atividade 
bancária mais arriscada. 
Além disso, de acordo com Chagas (2016), para reduzir o risco de 
iliquidez, os bancos começaram a realizar a securitização do crédito (permite a 
transformação dos ativos ilíquidos em ativos líquidos), transferindo os riscos 
financeiros. 
Os títulos vendidos transferem, portanto, os riscos ao retirar os ativos 
dos balanços, diminuindo o volume necessário de reserva de capital 
estabelecido pelos Acordos de Basileia e permitem uma maior 
alavancagem. Esse processo é conhecido como arbitragem 
regulatória, e iniciou-se, nesse formato, no ambiente macroeconômico 
desafiador e de desregulamentação financeira dos anos 1980. 
(Chagas, 2016, p. 12) 
É no contexto da securitização e da arbitragem regulatória que têm 
ascensão os Shadow Banks ou Bancos Sombras. Isso ocorreu, pois, os bancos 
passaram a atuar por meio de um modelo de organização das finanças 
denominado originate-to-distribute. Nesse modelo, o originador do crédito o 
repassa a diversas terceiras partes, transferindo os riscos e alavancando-o. 
 
 
9 
Antes desse modelo, o que o originador do empréstimo o detinha até o 
vencimento. 
Tendo se consolidado como a forma de atuação dos bancos, o modelo 
originate-to-distribute sofreu mudanças qualitativas e quantitativas no 
início do século XXI, com a intensificação do processo de arbitragem 
regulatória em um ambiente de taxas de juros historicamente baixas e 
de afrouxamento da regulação sobre as instituições financeiras e o 
mercado. Este cenário intensificou a busca dos agentes por posições 
mais arriscadas e que gerassem, portanto, um retorno maior. 
Proliferaram, ademais, os produtos estruturados e os derivativos de 
crédito, que ao possibilitarem uma forte expansão do crédito, tornaram 
os balanços dos bancos e das contrapartes, que adquiriam as 
securities originadas a partir dos empréstimos ou assumiam a posição 
de vendedor de proteção nos mercados de derivativos de crédito, 
interpenetrados quase que inextrincavelmente. (Chagas, 2016, p. 13) 
É então que, com a ascensão desse novo modelo, o originate-to-
distribute, que os bancos sombras ganham destaque. Os Shadow Banks podem 
ser entendidos como um complemento do sistema bancário tradicional, pois 
ajudam a expandir o crédito e apoiam o descasamento de prazos, a ampliação 
da liquidez e o compartilhamento do risco. 
Se, por um lado, a intermediaçãonão bancária de crédito pode ser algo 
positivo, ajudando a tornar os serviços financeiros mais eficientes e eficazes, por 
outro, a atuação dessas instituições torna mais arriscada as atividades 
bancárias, necessitando de nova regulação. 
TEMA 4 – BLOCKCHAIN: PÚBLICO, PRIVADO E HÍBRIDO 
Agora que já falamos sobre a evolução dos serviços financeiros frente aos 
avanços tecnológicos, Crowdfunding, e a arbitragem regulatória e a ascensão 
dos Bancos Sombras, podemos voltar nossas atenções para a tecnologia 
Blockchain e suas diversas formas. Entretanto, antes de falar sobre Blockchain 
Público, Privado e Híbrido, vamos relembrar a definição de Blockchain? 
Blockchain é um sistema de “registro cronológico” ou “livro registro”, em 
que, após a criação da primeira entrada, todas as próximas transações ficam 
registradas. É preciso salientar também que a Blockchain tem código aberto, não 
dependendo de um banco de dados central e ao mesmo tempo limita o risco de 
ataque de hackers. 
Inicialmente, a tecnologia Blockchain foi a solução encontrada para 
resolver o problema atribuído às moedas virtuais, que era: “a possibilidade de se 
gastar o mesmo dinheiro duas vezes” (Logicalis, 2018, p. 4). Assim, com essa 
 
 
10 
tecnologia se tornou possível o registro das transações em blocos encadeados, 
permitindo rastrear tudo que aconteceu em todo o histórico de um determinado 
Blockchain. De acordo com Logicalis (2018, p. 5), 
Para ser registrada nessa cadeia de blocos, uma transação passa por 
alguns passos. Para realizar a transação, emissor e receptor precisam 
ter uma chave pública de 21 dígitos alfanuméricos. O emissor precisa 
“assinar” a transação com sua chave privada e, então, serão 
necessárias sete confirmações (no caso do Bitcoin) pelos nós da rede, 
confirmando quem é quem, o montante e a transação. A partir daí a 
transação é agrupada junta a outras operações realizadas em um 
determinado espaço de tempo. 
O bloco de transação é então criptografado e enviado aos participantes 
da rede para validação. Levando em consideração sua rastreabilidade, a 
tecnologia Blockchain tem vasta aplicabilidade, sendo uma delas a área 
financeira, especialmente as criptomoedas, em que há interação entre diversos 
agentes, sem que haja uma entidade específica para intermediar essa relação. 
A Figura 1 mostra a vasta gama de aplicabilidade da tecnologia 
Blockchain. 
Figura 1 – Blockchain e suas aplicações 
 
Fonte: Logicalis, 2018 
Bom, dito isto, podemos voltar nossa atenção para os tipos de Blockchain. 
 
 
11 
No blockchain público ou aberto (como o Bitcoin e o Ethereum), 
qualquer pessoa pode participar. Já no privado ou fechado, só são 
aceitos e têm acesso às informações os integrantes pré-determinados. 
Um exemplo de blockchain privado é o Corda, do consórcio R3, que 
está sendo desenvolvido por mais de 100 organizações – entre elas 
bancos e empresas de tecnologia – para ser usado pelo mercado 
financeiro. O híbrido, como o próprio nome diz, tem características de 
redes privadas e públicas. Nesse caso, o conteúdo das transações 
pode ser mantido em caráter privado, sendo visível apenas aos 
integrantes da rede, mas a sua validação é feita pela rede pública 
(Logicalis, 2018, p. 8). 
Na mesma linha de raciocínio anterior, mas abarcando apenas a diferença 
entre pública e privada, Greve et al. (2018) afirmam que a Blockchain pública 
não precisa de permissão para ser acessada, enquanto a Blockchain privada 
precisa dessa permissão, tendo acesso controlado. Os autores são mais 
específicos em relação a essa divisão e dizem que, na Blockchain pública, o 
conjunto de nós da rede “Peer-to-Peer” é desconhecido e sua composição é 
dinâmica, permitindo, assim, entradas e saídas aleatórias de nós. Como não há 
necessidade de identificação, os nós costumam ser anônimos. Já a Blockchain 
privada possui uma composição conhecida, formada por uma quantidade 
limitada e conhecida de processos, sendo as entradas e saídas sujeitas a 
permissões. Assim, os nós são identificados, autenticados e autorizados. 
É possível então afirmar que na Blockchain pública, a rede tem 
informações abertas ao público, permitindo a participação de qualquer usuário. 
Na Blockchain privada a rede pode ser acessada apenas pelos que criaram a 
rede ou para os que possuam sua autorização. A respeito da Blockchain privada, 
Alves et al. (2018, p. 7) expõem que 
Esse tipo de blockchain pode ser útil, por exemplo, em um cenário onde 
é necessário inserir informações sensíveis ou críticas ao negócio, de 
forma a não ser interessante ter essas informações expostas a 
qualquer pessoa. Entretanto, esse tipo de blockchain desvia da ideia 
de descentralização, pois essa característica, na maioria dos casos, 
está limitada à quantidade de nós na rede, enquanto uma blockchain 
pública tende a ter uma maior colaboração da comunidade de 
desenvolvedores e interessados nessa tecnologia. 
Alves et al. (2018) discorrem ainda sobre a Blockchain Híbrida e afirmam 
que ela também é conhecida como consórcio Blockchain, podendo ser acessada 
apenas por um grupo de organizações ou indivíduos que tenham decidido 
compartilhar as informações entre si. Assim, apenas as organizações 
participantes detêm a Blockchain, mas, o direito de leitura e escrita pode ser, ou 
não, disponibilizado ao público. 
 
 
12 
De modo resumido, podemos considerar a Figura 2 como ilustrativa 
dessas variáveis de Blockchain. 
Figura 2 – Tipos de Blockchain 
 
Fonte: Alves et al., 2018, p. 7 
Atualmente, cada vez mais, as instituições financeiras vêm utilizando a 
Blockchain privada. Entretanto, a Blockchain pública é muito utilizada também, 
sendo que, quanto mais pessoas a utilizam, mais se transmite a ideia de 
descentralização e segurança dessa tecnologia. 
TEMA 5 – BLOCKCHAIN, SMART CONTRACTS E MERCADO FINANCEIRO 
Você já se perguntou sobre as diversas aplicações da Blockchain? Como 
essa tecnologia pode ser utilizada a favor da população e no sistema financeiro? 
A partir desse momento atenção será dada à tecnologia Blockchain, aos Smart 
Contracts e à aplicabilidade no mercado financeiro. 
Já falamos no tema anterior sobre o conceito de Blockchain. Mas, afinal, 
o que são os Smart Contracts?1 Smart Contracts, também conhecidos como 
contratos inteligentes, são contratos digitais, firmados entre duas partes. Por ser 
digital, não pode ser perdido ou adulterado. Assim, é possível afirmar que, por 
 
1 Para saber mais, ver: Disponível em: <https://www.ab2l.org.br/smart-contract-uma-analise-
juridica/>. Acesso em: 29 ago. 2019. 
 
 
13 
serem contratos digitais, os Smart Contracts garantem a execução de um 
acordo, por meio da utilização da tecnologia Blockchain. 
Em termos financeiros, a tecnologia Blockchain, juntamente com os Smart 
Contracts, possui diversas aplicações. Dentre essas aplicações, é possível citar: 
a conservação de registros, a otimização de processos corporativos, 
empréstimos, fundos de investimentos etc. A esse respeito, Martins (2018) 
descreve alguns exemplos de aplicações. 
O primeiro exemplo refere-se à plataforma Linq, desenvolvida pela 
Nasdaq. Essa plataforma utiliza a tecnologia Blockchain com a finalidade de 
transacionar instrumentos financeiros. Assim, “esta plataforma, permite que o 
emitente faça o registo de propriedade, procurando reduzir o tempo do processo 
de liquidação e eliminando a necessidade de utilização de papel para os 
certificados de ações” (Martins, 2018, p. 18). A plataforma Linq é então 
encarregada por estabelecer os termos de troca, a forma do processo de 
emissão, controle e transferência dos bens, utilizando assinaturas digitais para 
firmar certo contrato. Essa plataforma tem como intuito, então, permitir o 
estabelecimento de contratos para o registro de propriedade de modo eficiente, 
com menor burocracia e menores custos. 
A respeito da tecnologia Blockchaine dos Smart Contracts na área 
financeira, Camargo (2017) afirma que existem milhares de possíveis usos. Um 
dos exemplos dados pela autora se refere a um acordo de financiamento 
comercial, em que um banco de uma empresa importadora irá fornecer uma 
carta de crédito em benefício do exportador, de modo que o exportador tenha 
uma garantia de pagamento. 
A dependência de evidências documentais pode levar a fraudes e 
ineficiências, como o financiamento duplicado. Ao utilizar um Smart 
Contract, o processo de financiamento pode ser simplificado por meio 
de um código que o executa automaticamente. Por exemplo, os 
produtos podem ser digitalizados após a chegada ao destino, o que 
enviará automaticamente um sinal ao Smart Contract para, após o 
recebimento dessa confirmação, autorizar automaticamente a 
liberação de fundos para o exportador. (Camargo, 2017) 
Outro exemplo de aplicação dos Smart Contracts foi sua implementação 
na Bolsa de Valores de Santiago, no Chile. A Bolsa de Valores de Santiago, 
juntamente com a Fundação Linux e IBM habilitou o uso de uma aplicação 
Blockchain para otimizar suas operações de venda a descoberto (Vegas, 2018). 
As vendas a descoberto têm como finalidade vender valores financeiros que 
 
 
14 
tenham sido produto de empréstimo para adquirir ativos de igual valor no futuro 
e liquidar a dívida. 
A aplicação desenvolvida para a Bolsa de Valores de Santiago usará 
contratos inteligentes para aumentar a confiabilidade entre as partes 
envolvidas, tanto no empréstimo como na compra dos ativos 
financeiros. Com isso também se procura aumentar a velocidade 
dessas operações e reduzir seus custos, para que aumente a 
quantidade de vendas a descoberto realizadas com essa plataforma. 
(Vegas, 2018) 
Além do Chile, Vegas (2018) afirma que a China, Canadá e a Austrália já 
utilizam a tecnologia Blockchain em suas ações da bolsa de valores. 
Deve-se levar em consideração que os Smart Contracts são 
autoexecutáveis e regidos apenas por um código. Assim, permite que bens e 
valores sejam transacionados e automaticamente executados quando as 
condições contratuais forem preenchidas. Essas características tornam os Smart 
Contracts mais eficientes e baratos, demandando menor custo e tempo, 
permitindo uma nova dinâmica na transação de bens e valores. 
TROCANDO IDEIAS 
Nesse momento, podemos avançar e fazer uma reflexão sobre o que 
estudamos nesta aula e o que iremos tratar na próxima. Assim, convido você a 
refletir sobre as tendências do mercado financeiro relacionadas à implementação 
da Tecnologia Blockchain e as Critptomoedas. 
Como fonte de inspiração, indico a leitura dos seguintes artigos: 
BASTIANI, A. Quatro Tendências que Prometem dominar o Ecossistema de 
Bitcoin em 2019. Criptofácil, 2019. Disponível em: 
<https://www.criptofacil.com/4-tendencias-que-prometem-dominar-o-
ecossistema-de-bitcoin-em-2019/>. Acesso em: 25 jun. 2019. 
BITCOINTRADE. Bitcoin em 2019: Previsão do Crescimento de Mercado. 
Bitcoin Trade, 2019. Disponível em: <https://blog.bitcointrade.com.br/bitcoin-
2019-previsao-do-crescimento-de-mercado/>. Acesso em: 29 ago. 2019. 
CIO from IDG. Tendências de blockchain e Criptomoedas para 2019. Assespro 
RS, 2019. Disponível em: <http://www.assespro-rs.org.br/tendencias-de-
blockchain-e-criptomoedas-para-2019/>. Acesso em: 29 ago. 2019. 
 
 
15 
NA PRÁTICA 
Vamos praticar? Após o estudo realizado neste material, é hora de pôr as 
“mãos à obra”! Proponho, então, uma reflexão acerca da dificuldade de 
regulação do sistema financeiro que atualmente é permeado pelas Fintechs, 
Blockchain e até mesmo os Shadow Banks (Bancos Sombras). 
Para essa reflexão, proponho algumas leituras complementares como 
inspiração: 
MOTA, P. Shadow Banking System: O Lado Negro do Mercado – Parte 1. 
Terraço Econômico, 28 jan. 2016. Disponível em: 
<https://terracoeconomico.com.br/shadow-banking-system-o-lado-negro-do-
mercado-parte-i/>. Acesso em: 29 ago. 2019. 
REIS, T. Shadow Banking: Entenda como o Sistema Financeiro Paralelo 
Atua na Economia. Suno, 30 nov. 2018. Disponível em: 
<https://www.sunoresearch.com.br/artigos/shadow-banking/>. Acesso em: 29 
ago. 2019. 
FINALIZANDO 
 Após o estudo da evolução do sistema financeiro depois do ano 2000, 
voltamos nossa atenção para o estudo de algumas das inovações que surgiram 
posteriormente a crise de 2008 e seus impactos no sistema financeiro. Assim, 
no decorrer desta aula você teve a oportunidade de aprofundar seus 
conhecimentos sobre as Fintechs, a Tecnologia Blockchain e a consequente 
descentralização financeira. 
Assim, ao estudar sobre as Fintechs, foi possível perceber algumas de 
suas aplicações e as dificuldades de regulação, devido à sua forma 
descentralizada de atuar. Além disso, essas empresas abriram espaço para uma 
nova configuração do sistema financeiro, fazendo frente às empresas e bancos 
tradicionais existentes. 
Aprendemos também, ao longo dessa aula, sobre a tecnologia Blockchain 
e a sua utilização no setor financeiro. Inicialmente, falamos da importância dessa 
tecnologia e de suas formas pública, privada e híbrida. Na sequência, a atenção 
voltou-se para uma das aplicações do blockchain, os Smart Contracts e suas 
aplicações no mercado financeiro. 
 
 
16 
Em suma, foi possível perceber que a Crise de 2008 suscitou inovações 
que estão contribuindo significativamente para uma nova configuração do 
sistema financeiro internacional. Diante desse cenário, os bancos tradicionais e 
suas relações com os clientes deixaram de ser relevantes? Não 
necessariamente. Entretanto, abriu-se espaço para o preenchimento de lacunas 
no setor financeiro que até então não se via. 
 
 
 
17 
REFERÊNCIAS 
ALVES, P. H. et al. Desmitificando Blockchain: Conceitos e Aplicações. In: C. 
Maciel, J. Viterbo (Orgs). Computação e Sociedade. Sociedade Brasileira de 
Computação, 2018. Disponível em: <http://www-di.inf.puc-
rio.br/~kalinowski/publications/AlvesLNRLK19.pdf>. Acesso em: 29 ago. 2019. 
ABFINTECHS – Associação Brasileira de Fintechs. Pesquisa Fintech Deep Dive 
2018. PWC, 2018. Disponível em: <https://www.pwc.com.br/pt/setores-de-
atividade/financeiro/2018/pub-fdd-18.pdf>. Acesso em: 29 ago. 2019. 
CAMARGO, R. F. Bitcoins, Blockchain e Smart Contracts: por que a área 
financeira precisa saber disso? Treasy, 2017. Disponível em: 
<https://www.treasy.com.br/blog/bitcoins-blockchain-smart-contracts/#Smart-
Contracts-ou-Contratos-Inteligentes-na-esfera-financeira>. Acesso em: 29 ago. 
2019. 
CHAGAS, L. S. S. O Sistema Bancário na Sombra no Pós-Crise. Monografia 
(Bacharel em Ciências Econômicas) – Universidade Estadual de Campinas, SP, 
2016. 
GONTIJO, J. Fintechs Ameaçam Hegemonia de Bancos Físicos Tradicionais. 
Jornal O Tempo. 2019. Disponível em: 
<https://www.otempo.com.br/economia/fintechs-amea%C3%A7am-hegemonia-
de-bancos-f%C3%ADsicos-tradicionais-1.2202660>. Acesso em: 29 ago. 2019. 
GREVE, F. et al. Blockchain e a Revolução do Consenso sob Demanda. SBRC, 
2018. Disponível em: <http://www.sbrc2018.ufscar.br/wp-
content/uploads/2018/04/Capitulo5.pdf>. Acesso em: 29 ago. 2019. 
LOGICALIS. Blockchain: A internet da Confiança. Logicalis, 2018. Disponível 
em: <https://www.la.logicalis.com/globalassets/latin-
america/advisors/pt/_advisor_block_chain_web.pdf>. Acesso em: 29 ago. 2019. 
MACHADO, T. P. A Economia do Crowdfunding. Unesp, 2015. Disponível em: 
<https://repositorio.unesp.br/handle/11449/136568>. Acesso em: 29 ago. 2019. 
MARTINS, G. R. F. G. A Tecnologia Blockchain e a sua Aplicação ao 
Mercado de Instrumentos Financeiros. Dissertação (Mestrado de Direito 
Empresarial) – Universidade Católica Portuguesa, Portugal. 2018. Disponível 
em: 
 
 
18 
<https://repositorio.ucp.pt/bitstream/10400.14/25769/1/Tecnologia%20Blockcha
in%20e%20a%20sua%20aplica%C3%A7%C3%A3o%20ao%20mercado%20fin
anceiro.pdf>. Acesso em: 29 ago. 2019. 
MOLLICK, E. The dynamics of crowdfunding: An exploratory study.Journal of 
Business Venturing, n. 29, 2013, pp. 1–16. 
MONTEIRO, M. de C. P. Crowdfunding no Brasil: uma Análise sobre as 
Motivações de Quem Participa. Dissertação (Mestrado Executivo em Gestão 
Empresarial) – Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro, 2014. Disponível em: 
<https://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/13384/Dissertac
ao%20-%20Monica%20Penido%20Monteiro%20-
%20Versao%20Final_aprovada.pdf>. Acesso em: 29 ago. 2019. 
KATORI, F. Y. Impacto das Fintechs e do Blockchain no Sistema Financeiro: 
uma Análise Crítico-Reflexiva. Universidade de Brasília – UNB. 2017. 
REMESSA ONLINE. Fintechs – O que são, serviços e maiores do mercado. 
Remessa Online, 2018. Disponível em: 
<https://www.remessaonline.com.br/blog/fintechs/>. Acesso em: 29 ago. 2019. 
VEGAS, A. Bolsa de Valores de Santiago Implementa Contratos Inteligentes e 
Blockchain em uso dos seus Serviços. Cripto Notícias, 2018. Disponível em: 
<https://criptonoticias.com.br/mercado-acionario/bolsa-de-valores-de-santiago-
implementa-contratos-inteligentes-e-blockchain-em-um-dos-seus-servicos/>. 
Acesso em: 29 ago. 2019. 
 
 
 
 
	Conversa inicial
	Contextualizando
	Trocando ideias
	Na prática
	FINALIZANDO
	REFERÊNCIAS

Outros materiais