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atualidades do mercado financeiro 2021

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ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO 
 1MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL 
ATUALIDADES 
DO 
MERCADO 
FINANCEIRO
 ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO 
 
 
 
 2MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO 
 
 
 
 3MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL 
OS BANCOS NA ERA DIGITAL: ATUALIDADE, 
TENDÊNCIAS E DESAFIOS 
 
O perfil do cliente de serviços bancários mudou, Bancos 
tradicionais já não conseguem suprir as necessidades de 
clientes que nasceram mergulhados na era digital, como a 
geração Y. 
Por isso, a fim de oferecer um relacionamento mais 
personalizado, é essencial compreender quais são os 
interesses e necessidades dessa nova geração de 
consumidores, assim como o que eles esperam dos serviços 
financeiros. 
A geração digital deseja ser localizada por seus 
interesses específicos e características peculiares e não ser 
somente um número em amplos dados demográficos. Ela é 
composta por clientes participativos e que desejam ser 
questionados sobre os produtos e serviços que o banco 
oferece. 
São consumidores que esperam que o banco tenha uma 
visão ampla de seu relacionamento, atuando de forma 
antecipatória, observando possíveis problemas e criando 
soluções. Eles querem ser surpreendidos com serviços 
especiais em momentos inesperados e esperam que a 
instituição financeira esteja ao seu lado no longo prazo, nos 
diversos momentos da sua vida. 
Estes clientes também esperam que o banco tenha 
caráter informativo e orientador. Além de terem interesse em 
assuntos financeiros, querem que a instituição os eduque 
através de dicas e canais on-line, assim como os informe 
sobre o atual cenário econômico, alertando-os sobre 
mudanças financeiras. 
Desejam sentir que estão seguros e protegidos, que 
podem escolher os melhores canais para interagir com o 
banco. 
Segundo a Strategy& na Pesquisa FEBRABAN de 
tecnologia bancária, a adaptação ou reinvenção das 
estruturas de middle e back office age como ferramenta 
facilitadora da transformação digital, agilizando o serviço a 
um nível de custo adequado. 
Os bancos, então, variam em termos de maturidade 
digital de acordo com o nível de automação e digitalização 
dos processos. O nível máximo de maturidade digital 
significaria ter procedimentos de gestão de risco 
automatizados, segmentação dinâmica de clientes, ofertas 
focadas de produtos e serviços, integração total entre os 
canais e ferramentas complexas de CRM. 
O Wells Fargo, por exemplo, possui elevado nível de 
integração entre seus sistemas, o que leva aos menores 
custos de processamento em aprovações de crédito aos 
consumidores. Paralelamente, o Bank of America, procurou 
obter uma segmentação de clientes refinada, o que permite a 
realização de prospecção e marketing mais focados e 
consequentemente um melhor aproveitamento da base de 
clientes. 
Sendo assim, segundo a Strategy&, em grandes bancos, 
o processo de transformação digital tem passado por três 
estágios: 
- Oferta de Canais Virtuais 
- Banco Digitalizado 
- Banco Digital 
O ambiente digital pode ser bastante competitivo e é 
preciso traçar estratégias para se destacar. Para utilizar a 
inovação tecnológica com sucesso, o banco deve simplificar 
seus produtos e processos, proporcionando uma experiência 
mais intuitiva e agradável ao usuário. Principalmente, para 
competir com as fintechs (da qual falaremos mais a seguir). 
O banco digital deve ser atrativo e interessante para 
seus clientes, além de buscar a possibilidade de interação 
pessoal. O uso de diversas mídias e canais para realizar 
transações que antes só eram possíveis de forma presencial, 
são alguns dos diferenciais. É importante dar ao cliente a 
possibilidade de escolha dos canais com os quais ele queira 
interagir. 
Outra forma de manter a vantagem competitiva é fazer 
uso da computação cognitiva, uma poderosa ferramenta do 
banco digital. Com ela, é possível combinar dados internos 
de transações bancárias com dados externos de redes 
sociais e aplicativos, criando interações e novas formas de 
informar e aconselhar clientes, antecipando-se aos 
problemas de forma proativa. 
Ou seja, quanto mais personalizado for o atendimento 
oferecido pelo banco, maior vantagem competitiva este terá. 
A criação de um Banco Digital, ou a transformação de 
um banco tradicional, nem sempre é um processo realizado 
de forma totalmente digital. Algumas instituições ainda 
possuem processos manuais de aprovação de propostas, 
mesmo com uma captura digital. 
Assim, torna-se necessário uma solução para a 
transformação digital de processos internos, tanto para 
eliminar atividades manuais de aprovação, quanto para 
automação de processos. Soluções que podem trazer mais 
agilidade e melhor experiência para o cliente. 
 
Banco Digital 
O Banco digital é composto de interações através de 
canais virtuais, mas principalmente, da automação e 
digitalização dos processos para sustentar as expectativas 
do cliente e promover a melhor experiência possível. 
Para atender a estas expectativas, um banco digital deve 
construir uma nova forma de se relacionar com o cliente, 
baseando-se na análise do seu comportamento e 
necessidades, através de dados oferecidos por suas 
transações financeiras, interações com canais digitais e 
atividades de mídia social. 
Trabalhar dados a fim de extrair informações relevantes, 
ter visão ampla do relacionamento com o cliente, simplificar 
processos, agir de maneira informativa e proativa são alguns 
dos desafios do banco digital. Eles podem ser alcançados 
com ações baseadas na análise de Big Data, associação 
com FinTechs e disponibilidade de canais alternativos. 
Transações bancárias e interações com canais de mídia 
social fornecem dados e informações aos bancos. É preciso 
saber cruzar e analisar esses dados a fim de criar uma 
experiência mais personalizada para o cliente. Visualizar 
clientes através de dados analíticos possibilita aos bancos 
descobrir novos segmentos baseados em comunidades ou 
estilos de vida, criando conexão emocional com o cliente. 
Também é possível conhecer, orientar e informar de acordo 
com seus problemas e necessidades, assim como 
surpreendê-los com estratégias preventivas. 
A abertura de canais de relacionamento mais intuitivos e 
que melhorem a experiência do cliente, também cria uma 
relação mais próxima, baseada na troca de informações. 
Assim, as novas tecnologias que surgem no mercado 
podem contribuir para antecipar o comportamento dessa 
geração cada vez mais exigente. E assim oferecer produtos 
e serviços que resolvam problemas reais, criando vínculos 
com os clientes cada vez mais fortes. 
 
INTERNET BANKING 
 
O internet banking é uma forma de acessar, pelo seu 
computador, as informações do banco ou instituição 
financeira. Essa ferramenta facilita os pagamentos e 
transações – e é muito útil, não somente em tempos de 
pandemia de coronavírus. 
O internet banking nada mais é do que ter acesso a uma 
área pessoal dentro do site da sua instituição ou banco. Ele 
permite que o cliente acesse sua conta corrente ou 
informações da poupança, ou outros produtos, pela internet. 
Com a ferramenta é possível verificar o saldo, realizar 
transferências, efetuar pagamentos e outras transações. 
Para utilizar o internet banking, é preciso ter uma senha.Em geral, esse procedimento é feito presencialmente em 
alguma agência, mas várias instituições financeiras mais 
modernas, como as fintechs ou bancos digitais, permitem 
que você crie ou solicite a senha de forma também digital – 
pelo aplicativo ou site, por exemplo. 
 ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO 
 
 
 
 4MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL 
Com seu login e senha, basta entrar no site, digitar as 
informações e começar a usar os serviços digitais. 
Em alguns casos, também pode ser necessário instalar 
um programa de sua instituição financeira em seu 
computador para que o acesso seja autorizado. Tudo varia 
conforme o seu banco. 
 
Vantagens do Internet Banking 
Organização financeira 
Com o internet banking você não precisa anotar as 
contas no papel e nem imprimir extratos de depósitos e 
transferências bancárias. 
Uma vez registradas, o sistema salva todas as 
informações que você precisa. Por exemplo, se você quiser 
gravar dados de uma conta para a qual faz transferências 
todo mês, isso vai te ajudar a poupar mais tempo. 
Comprovantes de pagamento, depósito e transferência 
também podem ser salvos em PDF e organizados em pastas 
no seu computador. 
 
Facilidade 
Verificar a fatura do cartão de crédito, realizar um 
pagamento em cima da hora e olhar seu saldo. Esses são 
alguns exemplos do que você pode fazer a qualquer hora, 
em qualquer dia da semana, sem sair de casa. 
Os serviços podem, inclusive, ser acessados fora do 
Brasil. Basta apenas que você esteja conectado a internet 
para poder programar o pagamento de contas e visualizar 
suas informações bancárias. Super fácil! 
 
Economia – de tempo e dinheiro 
O usuário não precisa se deslocar até uma agência e 
também não precisa pagar por um extrato bancário – já que, 
pelo internet banking, você tem acesso fácil, bem ali, na tela 
do seu computador. 
Para pequenos empresários, essa pode ser uma forma 
de pagar funcionários, organizar fluxo de caixa e pagar 
fornecedores, por exemplo. 
 
Segurança 
Não precisa se preocupar, pois a ferramenta é segura. 
Ter alguns cuidados como não fornecer a senha a terceiros 
ou não acessar o site de qualquer computador, são, claro, 
sempre muito importantes. 
Também é fundamental seguir as instruções de 
segurança da sua instituição – como usar um token ou 
aplicativo para gerar códigos de acesso, ou criar camadas 
extras de segurança no próprio app (como cadastro da 
biometria e senha de acesso). 
É importante ficar sempre atento e tomar alguns 
cuidados básicos: 
- Manter o antivírus do seu computador sempre 
atualizado; 
- Trocar a senha do internet banking periodicamente; 
- Nunca fornecer senha a outras pessoas; 
- Os bancos nunca pedem atualização da chave de 
segurança por e-mail; 
- Conferir se o site é mesmo do seu banco; 
- Verificar se o site possui um cadeado verde na parte 
em que é digitado o endereço. Isso mostra que a conexão é 
segura e que a identidade do banco foi confirmada. 
 
MOBILE BANKING 
 
A tecnologia oferecida para utilização de serviços 
bancários está crescendo. O mobile banking é uma das 
possibilidades que oferece comodidade para usufruir das 
funções das instituições. Assim, todo aproveitamento 
acontece sem precisar sair de casa. 
Ou seja, o mobile banking é como ter uma agência ao 
alcance das mãos. E mesmo sendo termos parecidos, o 
mobile e o internet banking não são a mesma coisa. O banco 
móvel funciona de forma distinta. 
O mobile banking é uma praticidade entregue através de 
dispositivos móveis (tablet, smartphone, relógio tecnológico 
etc). Isto é, para que os clientes possam realizar transações 
financeiras e operações bancárias sem a necessidade 
presencial nos bancos. 
O serviço de ‘banco online’ não é igual no internet 
banking e mobile banking. O uso do internet banking é 
exclusivo no site ou plataforma online da instituição bancária, 
já no banco móvel, o uso pode ser feito pelo aplicativo no 
celular ou outro dispositivo móvel. 
Alguns serviços que são possíveis realizar com ambas 
as modalidades, são: 
- Recarga de celular; 
- Efetuar DOC ou TED; 
- Investimento; 
- Solicitar produtos e serviços (cartões, empréstimos, 
financiamentos etc.); 
- Realizar pagamentos. 
Como a própria tradução sugere, o banco no celular é o 
banco móvel. É a possibilidade que o usuário tem para 
conseguir realizar atividades bancárias através do universo 
online. 
Muitas empresas estão investindo na migração para 
poder abranger e melhorar a experiência dos usuários. 
O surgimento do mobile banking no Brasil afetou 
positivamente em como os clientes utilizam a instituição 
financeira. A função além de trazer comodidade e 
praticidade, também oferece outros benefícios. 
- Realizar transações e operações financeiras de 
qualquer lugar. 
- Mais controle sobre os investimentos e gastos. 
- Redução de taxas cobradas pelas instituições para 
realizar transações e outros serviços. 
- Pagamento online de contas e boletos. 
O banco móvel traz algumas questões junto com o seu 
uso. Além de lidar com a segurança das informações do 
usuário, é preciso desenvolver uma melhor usabilidade dos 
aplicativos e transformar banco móvel em um canal para 
mais transações. 
O uso do banco no celular, assim como do internet 
banking, não é 100% seguro. No entanto, o serviço possui 
várias camadas de proteção que oferecem ao usuário uma 
experiência com mais resguardo. 
Mesmo com as diversas camadas de proteção 
oferecidas pelo aplicativo da instituição bancária, o ideal é 
tomar algumas medidas preventivas para não correr o risco 
de ter os dados roubados. 
- Fazer download apenas de aplicativos oficiais; 
- Manter os aplicativos das instituições bancárias 
atualizados; 
- Conferir a rede de dados que está sendo utilizada; 
- Evitar usar dispositivos móveis de terceiros; 
- Preferir não salvar o login de acesso na conta no 
dispositivo utilizado; 
- Fechar o aplicativo assim que terminar a utilização. 
Algumas simples atitudes podem fazer com que a 
navegação no mobile banking seja mais cômoda e segura. O 
seu uso pode trazer mais estímulo para acompanhar a 
utilização dos recursos financeiros e pagar menos taxas. 
 
OPEN BANKING 
 
O Open Banking é um sistema financeiro aberto que vai 
trazer mais transparência e autonomia para sua rotina. 
Com ele, você decide quais instituições financeiras terão 
acesso às suas informações para quais finalidades e período 
específico. 
O compartilhamento de dados só acontece quando você 
tem interesse em um novo serviço ou melhoria do que já 
tem, como uma oferta de cartão de crédito ou um pacote 
atrativo para conta corrente. 
Outro ponto importante é poder encerrar esse acesso a 
qualquer momento. 
 ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO 
 
 
 
 5MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL 
O Open Banking, ou Sistema Financeiro Aberto, é uma 
iniciativa de compartilhamento aberto de dados, produtos e 
serviços das instituições participantes, em formatos 
padronizados, de maneira segura, ágil e conveniente. 
O Open Banking ou Sistema Financeiro Aberto é uma 
iniciativa do Banco Central do Brasil que tem como principais 
objetivos trazer inovação ao sistema financeiro, promover a 
concorrência, e melhorar a oferta de produtos e serviços 
financeiros para o consumidor. 
A pessoa física ou jurídica é quem decidirá quando e 
com quem deseja compartilhar seus dados. O Open Banking 
assegura a padronização do compartilhamento de dados e 
serviços. 
A pessoa escolhe como, quando e com qual instituição 
participante quer compartilhar os seus dados e pode 
interromper o consentimento a qualquer momento. 
O compartilhamento dos dados só poderá ser concluídocom o seu consentimento. O processo será 100% digital e 
realizado dentro de um ambiente totalmente seguro. 
Sempre que você quiser, a qualquer hora e em qualquer 
lugar, será possível compartilhar seus dados com a 
instituição escolhida. 
O Open Banking, ou sistema financeiro aberto, propicia o 
compartilhamento padronizado de dados e serviços por meio 
de APIs (Application Programming Interfaces) por parte de 
instituições participantes e demais instituições autorizadas a 
funcionar pelo Banco Central do Brasil. No caso dos dados 
pessoais, o cliente (pessoa física ou jurídica) é o titular 
desses dados e decidirá quando e com quem ele deseja 
compartilhá-los, desde que seja com finalidades específicas 
e prazos determinados. 
Com o Open Banking espera-se a entrega de produtos e 
serviços financeiros a consumidores com maior agilidade, 
conveniência e segurança. Além da possibilidade de 
integração da prestação de serviços financeiros à jornada 
digital do consumidor, são fornecidas condições para o 
surgimento de modelos de negócio que têm o cliente no 
centro. 
Esses novos modelos, que podem envolver, por 
exemplo, comparadores de preços, produtos e serviços, 
possibilitarão ao consumidor maior visibilidade e controle de 
sua vida financeira, bem como o acesso a produtos 
personalizados e a condições financeiras mais vantajosas e 
adequadas às suas necessidades, interesses e objetivos. 
O Open Banking será implementado de forma gradual e 
em fases. 
A 1ª fase começa com a abertura de dados das próprias 
instituições participantes em relação a seus canais de 
atendimento e os produtos e serviços mais relevantes que 
oferecem. Essa 1ª fase não envolve o compartilhamento de 
dados de clientes. 
Nas fases seguintes se poderá compartilhar: 
2ª fase 
Dados cadastrais 
Informações sobre transações de conta corrente, de 
poupança, de pagamento pré-pagas, de cartão de crédito e 
de operações de crédito 
3ª fase 
Iniciação de transações de pagamento 
Encaminhamento de propostas de operação de crédito 
4ª fase 
Informações sobre outros produtos, serviços e 
transações, como operações de câmbio, investimento, 
seguros, previdência complementar aberta e contas-salário 
Mediante seu prévio consentimento, será possível iniciar 
o pagamento a partir de uma instituição prestadora de 
serviço de iniciação de transação de pagamento, conforme a 
regulamentação em vigor. 
Preservar a segurança em relação aos dados e serviços 
compartilhados é um dos principais objetivos do Open 
Banking. Por isso, as instituições participantes devem 
cumprir uma série de requisitos para garantir a autenticidade, 
a segurança e o sigilo das informações compartilhadas. 
Estão previstas regras específicas para 
responsabilização da instituição e de seus dirigentes, com 
mecanismos de acompanhamento e controle do processo de 
compartilhamento e regras específicas de responsabilização 
da instituição e de seus dirigentes. 
Além disso, as instituições participantes devem observar 
outras exigências previstas na legislação e regulamentação 
vigentes para assegurar a segurança e a confiabilidade do 
processo de compartilhamento, a exemplo das regras 
relativas à implementação de política de segurança 
cibernética. 
 
NOVOS MODELOS DE NEGÓCIOS 
 
A cada dia, novos modelos de negócios inovadores 
surgem em diversos setores, modificando as operações 
tidas, até então, como as tradicionais e padrões. 
Uma pesquisa realizada ano passado pela empresa de 
consultoria E-Consulting, entrevistou 867 executivos das 
1.000 organizações com maior operação no Brasil para 
saber quais eram as principais empresas com modelos de 
negócios inovadores. 
A lista foi formada com 25 grandes marcas de diferentes 
segmentos. Em primeiro lugar do ranking ficou a Netflix, 
serviço de streaming de filmes e séries. 
Na segunda posição o iFood, delivery de alimentos e 
empresa parceira da Zoop, que ganhou nota 8,19 dos 
executivos, ficando na frente de nomes como 99 (aplicativo 
de transporte), e de bancos digitais como o Nubank, C6 Bank 
e Banco Inter. 
No que diz respeito aos serviços financeiros digitais 
propriamente ditos, o processo de inovação disruptiva tem 
contado com intensa participação de empresas que não 
fazem parte direta desse setor. 
Grandes redes varejistas, por exemplo, passaram a 
oferecer aos seus clientes produtos financeiros próprios. 
Isso ampliou suas atuações, atingiu a parcela de 
pessoas que não são atendidas pelos bancos tradicionais e, 
consequentemente, gerou uma nova fonte de receita para 
essas empresas. 
Como isso foi possível? O Banking as a Service, ou 
BaaS, é uma alternativa.. 
 
O conceito por trás dos modelos de negócios 
inovadores 
O conceito dos modelos de negócios inovadores 
caminha lado a lado com a proposta de inovação disruptiva. 
Ou seja, a ideia é transformar um produto ou serviço 
caro e complicado, em algo barato e acessível a todos. 
Quando o assunto são serviços financeiros, pensar na 
chegada das fintechs deixa essa explicação ainda mais 
clara. Isso porque essas empresas mudaram a relação das 
pessoas com as instituições bancárias ao oferecer serviços 
desburocratizados e, muitas vezes, livres de tarifas. 
Mas além de atender à necessidade dos consumidores 
de acesso a soluções mais práticas, os produtos financeiros 
digitais passaram a ser vistos pelas empresas com um 
importante diferencial competitivo. 
Nesse ponto, mesmo as que não fazem parte desse 
mercado buscaram meios de oferecer aos seus clientes 
serviços iguais ao de um banco digital, tais como conta 
digital, cartão de crédito, cartão de débito, entre outros. 
 
Modelos de negócios inovadores que envolvem 
serviços financeiros 
Diversos modelos de negócios inovadores podem ser 
vistos no varejo. O setor passou a ter forte presença na 
oferta de serviços financeiros, o que trouxe vários benefícios 
para essas empresas e para os seus clientes. 
Entre as vantagens da inclusão desses serviços está a 
promoção de uma experiência melhor para o cliente que, livre 
das exigências típicas dos bancos tradicionais, consegue 
acesso fácil e rápido a produtos financeiros digitais. 
 ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO 
 
 
 
 6MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL 
Consequentemente, isso eleva a taxas de fidelização, 
aumenta a confiabilidade e autoridade da marca, resultando 
no crescimento do volume de vendas. 
Veja exemplos de modelos de negócios inovadores do 
varejo que envolvem serviços financeiros: 
Pernambucanas: oferece conta digital, empréstimo 
pessoal, seguros, entre outros produtos; 
Magazine Luiza: criou o MagaluPay, conta digital, o 
Magalu Pagamentos para vendedores do seu marketplace, 
mas também oferece cartão de crédito, empréstimo pessoal, 
crédito consignado e outros serviços pela Luizacred, sua 
financeira. 
Renner: conseguiu autorização do Banco Central para 
criar sua própria instituição financeira, a Realize; 
Marisa: além do cartão de crédito que leva a marca da 
empresa, oferece também empréstimo pessoal, seguros de 
assistência pessoal e se prepara para trabalhar com planos 
de previdência privada; 
Casas Bahia e Ponto Frio: ambas da Via Varejo, que 
conclui a aquisição do banQI, plataforma de conta digital com 
cartão pré-pago e outras soluções; 
Carrefour: recebeu autorização do Banco Central para 
atuar como banco múltiplo; 
Natura: criou uma conta digital para seus consultores 
com cartão pré-pago e outros serviços financeiros digitais. 
Se ampliarmos os exemplos para outros setores, 
podemos citar duas empresas parceiras da Zoop: a Sami 
Sistemas e o iFood, citada no início deste artigo. 
Sami Sistemas: ERP do ramo imobiliário, oferece aos 
seus parceiros de negócio conta digital própria, o que 
facilitou também seu processo de split de pagamento e de 
conciliação bancária; 
iFood: empresa líder emdelivery de alimentos, começou 
sua oferta de soluções financeiras com maquininhas de 
cartão próprias, otimizando o processo de entrega dos seus 
parceiros de negócio e a sua conciliação bancária. Agora, 
conta também com conta digital que leva sua própria marca. 
 
FINTECHS, STARTUPS E BIG TECHS 
 
Fintechs, segundo a Associação Brasileira de Fintechs 
(ABFintechs), são aquelas empresas que usam tecnologia de 
forma intensiva para oferecer produtos na área de serviços 
financeiros de uma forma inovadora, sempre focada na 
experiência e necessidade do usuário. 
Elas têm sido uma aposta dos bancos tradicionais para 
acelerar a inovação tecnológica e se inserir na era digital. Os 
bancos beneficiam-se da interação com essas empresas 
disruptivas pela facilidade e agilidade na criação e 
aprimoramento de produtos e serviços. 
Enquanto as FinTechs veem nessa parceria, uma 
maneira de validar o negócio, receber investimentos e 
ganhar experiência. 
Além disso, os bancos possuem uma base ampla, 
consolidada e crescente de clientes e oferecem estabilidade, 
confiança e experiência em atender à regulamentação do 
Sistema Financeiro Nacional. 
No Brasil, diversas instituições financeiras têm 
promovido programas que dialogam com as FinTechs. 
O Bradesco, por exemplo, criou em 2014 o programa 
InovaBra, que promove a interação do banco com startups 
com potencial de desenvolvimento de negócios e produtos 
relacionados a serviços financeiros. 
Dentro desse ecossistema, foi criado em 2017 o 
InovaBra habitat, do qual a Simply é uma das empresas 
participantes. 
Um espaço onde empresas, startups, investidores, 
mentores e empreendedores geram novos negócios e 
buscam soluções inovadoras com base no networking e na 
colaboração. 
Outro exemplo dessa interação é o Cubo, um espaço de 
coworking lançado pelo Itaú em parceria com a Redpoint, 
localizado na zona sul de São Paulo. 
Ele comporta e apoia até cinquenta startups, sendo seis 
delas, FinTechs. 
O banco digital representa uma evolução na forma de se 
relacionar com o cliente tendo como base a inovação 
tecnológica. Ou seja, busca uma relação mais personalizada 
e próxima do consumidor a fim de atender uma nova geração 
de clientes mais exigentes e conectados. Além das fintechs e 
bancos digitais, nascem também os neobanks, que são 
instituições que nascem 100% digitais. 
 
Startups 
As fintech startups são empresas com produtos 
inovadores dentro do mercado financeiro. As soluções 
trazem uma nova forma de enxergar as operações 
financeiras, desde empréstimos até organização do dinheiro 
pessoal. 
 
Big techs 
As Big Techs são as grandes empresas de tecnologia 
que dominaram o mercado nos últimos anos. Inicialmente 
pequenas startups, essas organizações, geralmente 
localizadas no Vale do Silício, criaram serviços inovadores e 
disruptivos se utilizando de um modelo de negócios 
escalável, dinâmico e ágil. 
As maiores empresas do mundo já controlam cerca de 
80% do mercado, entre as 5 principais estão a Apple, 
Amazon, Alphabet, Microsoft e Facebook. 
O principal motor das Big Techs é a inovação. 
Justamente por isso, o lema “move fast and break things” 
(mova-se rápido e quebre coisas, em português) é comum 
nessa área. 
As companhias precisam definir novas tecnologias e 
serviços continuamente, atualizando produtos e dispositivos 
para atenderem às demandas e se manterem relevantes. Por 
isso, é comum que a cada ano as empresas desse setor 
promovam conferências para anunciar os seus próximos 
passos: nesse evento, o negócio permite que a comunidade 
de desenvolvedores se prepare e trabalhe lado a lado com 
ele para atuar junto na criação das novidades. 
Para se manterem inovadoras e lucrativas, as empresas 
de tecnologia estão direcionando os seus serviços para 
várias áreas. O mercado bancário não é diferente. Focando 
no potencial comercial e na possibilidade de gerar disrupção 
em um campo normalmente conhecido como rígido, muitos 
empreendedores estão voltando os seus projetos para esse 
ramo. 
O Facebook, por exemplo, quer investir em pagamentos 
online com o apoio do blockchain. A ferramenta já chegou ao 
Whatsapp, com o WhatsApp Pay, e promete facilitar as 
transações comerciais no país. 
Esse é apenas um exemplo sobre os motivos para o 
mercado financeiro se manter atento e utilizar essa mudança 
como uma oportunidade de otimizar os seus processos e ser 
mais inovador. 
A Amazon, anunciou uma linha de crédito para pequenos 
empreendedores em parceria com o Goldman Sachs. Os 
créditos poderão ser superiores a US$ 1 milhão e terão uma 
taxa de juros anual fixa entre 6,99% e 20,99%. 
A Apple já lançou o Apple Card e o Google, que não 
poderia ficar para trás, já tem planos para sua própria conta 
corrente. 
 
WhatsApp Pay: nova função do aplicativo 
O WhatsApp divulgou recentemente no Brasil o 
lançamento do recurso de pagamentos por meio do 
aplicativo (para celulares Android e iOS), inclusive no 
WhatsApp Business. 
A nova função permite que os usuários enviem e 
recebam dinheiro dentro do aplicativo, seja para pagar por 
produtos e serviços ou transferir dinheiro para parentes e 
amigos. 
O Brasil foi o primeiro país a receber a ferramenta que 
promete facilitar as transações comerciais no país. 
 ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO 
 
 
 
 7MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL 
SISTEMA DE BANCOS-SOMBRA 
(SHADOW BANKING) 
 
A expressão shadow banking (podemos traduzir para o 
português como "sistema bancário de sombra"), criada em 
meados da década passada, serve para categorizar o grupo 
de empresas intermediárias do segmento financeiro que não 
participa do sistema bancário tradicional. Ou seja, estão "à 
sombra" do sistema, por isso o nome. 
O sistema financeiro tradicional é organizado em função 
dos bancos e da relação que eles possuem com os governos 
de cada país. No entanto, como consequência da evolução 
mundial em termos de globalização e aumento de tecnologia, 
nos dias atuais existem diversas alternativas dentro do 
segmento. 
A essas novas formas de trabalhar com operações 
financeiras dá-se o nome de "shadow banking". Há também 
quem se refira a essas organizações como "sistema bancário 
informal". 
Muitas empresas sérias e comprometidas fazem parte do 
shadow banking — o que não quer dizer que elas não 
representem um problema tanto para os bancos tradicionais, 
como para a própria economia, já que são processos 
próprios e sem o devido acompanhamento que os bancos 
recebem. 
O que configura uma empresa nessa categoria é, como 
vimos, a atuação de modo paralelo ao que temos hoje em 
dia como sistema bancário tradicional. 
A seguir, listamos alguns dos principais tipos de 
empresas que formam o grupo shadow banking: 
- Fundos de investimentos 
- Fundos de investimento imobiliário 
- Companhias de securitização 
- Factorings 
- Companhias financeiras 
A grande questão em relação ao shadow banking é a 
falta de fiscalização. Eles não sofrem com o mesmo rigor 
imposto aos bancos tradicionais, algo que pode apresentar 
maiores riscos a todas as partes envolvidas. 
Apenas para ilustrar essa questão, podemos citar duas 
das obrigações que uma instituição bancária regulamentada 
precisa seguir: 
- O banco precisa ter patrimônio líquido suficiente para 
cobrir todos os seus compromissos financeiros — inclusive 
com os seus clientes. 
- O banco é obrigado a estabelecer processos que 
permitam a verificação dos seus clientes com o intuito de 
impedir o uso dos seus recursos de maneira ilegal. 
Como um shadow banking deixa de ser regulamentado e 
fiscalizado, ele também não precisa seguir todas as 
exigências. 
Neste ponto, vale reforçar que citamos apenas dois 
exemplos de uma série de requisitos que instituições 
bancárias seguem. 
Sem a obrigatoriedade, quem garante que uma empresa 
fará todos os processosexigidos? Com isso, claro, aumenta-
se o risco do negócio. 
A criação de um shadow banking passa muito pelo que 
você viu no tópico anterior. As exigências previstas na 
regulamentação do sistema bancário trazem uma série de 
complicações aos empreendedores do segmento de 
finanças. 
Como muitas dessas empresas intermediadoras são 
voltadas para a tecnologia e inovação, cumprir todas essas 
questões praticamente inviabilizam o negócio. Assim, elas 
acabam migrando para um sistema paralelo e trabalhando a 
oferta de crédito à sua maneira. 
O grande ponto de discussão entre um shadow banking 
e o mercado financeiro é o risco que proporciona à 
economia. 
Parte disso deve-se ao fato de muitas dessas empresas 
atuarem alavancadas, isto é, proporcionalmente com dívidas 
superando os seus ativos de garantia. 
Naturalmente que, fora do mercado tradicional, as 
organizações desse grupo não recebem a mesma 
quantidade de depósitos e entradas de recursos do que 
instituições regulamentadas. Com isso, cresce bastante o 
risco — especialmente de crédito e liquidez. 
Não por acaso, muitos estudos apontam a prática do 
shadow banking como responsável pela grande crise 
financeira atravessada pelos Estados Unidos no ano de 
2008. 
Na oportunidade, esse tipo de empresa vinha crescendo 
bastante e atraindo investidores. Quando houve um período 
receoso no mercado, muitas retiradas de capital começaram 
a ser feitas. 
O problema é que, como você viu, um shadow banking 
costuma funcionar alavancado — e financeiramente não foi 
possível dar conta dessas solicitações. É um risco que se 
corre nesse formato. 
 
FUNÇÕES DA MOEDA 
 
Define-se moeda como um bem que combina três 
funções básicas: meio de troca, reserva de valor e unidade 
de conta. 
Um objeto funciona como um meio de troca quando é 
aceito como pagamento por outros bens e serviços. Uma 
padaria, por exemplo, aceita R$5 em troca de um pacote de 
pães, mas dificilmente aceitaria o pagamento em barras de 
chocolate valendo R$5. 
A existência de um meio de troca é vantajosa por facilitar 
as transações da economia. Numa economia de escambo, 
na qual não há meio de troca, os indivíduos trocam 
mercadorias por mercadorias diretamente. Nessa situação, 
as trocas só são realizadas quando há coincidência de 
desejos entre ambas as partes, ou seja, quando João quer o 
produto de José em troca do seu e, ao mesmo tempo, José 
deseja trocar seu produto pelo de João. 
Se João é um dentista que deseja pães, e José é um 
padeiro que deseja serviços de odontologia, eles podem 
trocar diretamente pães por serviços de odontologia. Se, 
porém, José não deseja serviços de odontologia, mas sim 
maçãs, então João teria de procurar alguém que possua 
maçãs e queira trocar por serviços de odontologia para, 
então, trocar as maçãs obtidas pelos desejados pães. Nesse 
exemplo simples, você já deve ter percebido como uma 
simples troca torna-se bastante complicada em uma 
economia de escambo. 
O meio de troca simplifica esse processo eliminando a 
necessidade de dupla coincidência de desejos. João 
simplesmente usa o dinheiro que recebeu da venda de 
serviços de odontologia e compra pães de José, que sem 
maior dificuldade pode usar essa quantia para comprar suas 
maçãs. 
A função de reserva de valor refere-se à capacidade que 
certos bens possuem de preservar poder de compra com o 
passar do tempo. 
Desse modo, quando alguém vende bens em troca de 
moeda, pode, em algum momento futuro, usar a mesma 
moeda para comprar outros bens. 
Evidentemente, muitos ativos que não a moeda – como 
ações, títulos, imóveis, etc. – também servem como reserva 
de valor. E a moeda não é especificamente vantajosa como 
reserva de valor, pois ela não paga juros (quem segura 
moeda em geral perde, pois a taxa de inflação tende a ser 
positiva). Mas ela tem a vantagem de ser aceita 
universalmente para realizar transações. 
Por fim, chama-se de unidade de conta o bem utilizado 
como base para medir o preço dos demais bens. Se, por 
exemplo, uma rapadura, um hambúrguer e uma calça 
custam, respectivamente, R$10, R$20 e R$100, poderíamos 
muito bem expressar os preços do hambúrguer e da calça 
em termos de rapadura (1 hambúrguer = 2 rapaduras e 1 
calça = 10 rapaduras). Não fazemos isso, porém, porque o 
Real é a nossa unidade de conta, e não a rapadura. 
 ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO 
 
 
 
 8MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL 
No sentido mais usual, o termo “moeda” abrange o 
papel-moeda em poder do público e os depósitos à vista. O 
papel-moeda em poder do público designa as cédulas e 
moedas metálicas de Real que estão em circulação, e não 
estão sob posse do sistema bancário. Já os depósitos à vista 
referem-se a todo o dinheiro depositado nos bancos que 
pode ser retirado a qualquer momento (por exemplo, em 
conta-corrente). 
 
O DINHEIRO NA ERA DIGITAL: 
BLOCKCHAIN, BITCOIN 
E DEMAIS CRIPTOMOEDAS 
 
O que lhe chama mais a atenção: o bitcoin, a moeda, ou 
o Bitcoin, o protocolo? 
Qual invenção tem mais chances de ter sucesso no 
mercado: a criptomoeda ou a tecnologia do blockchain? 
O valor da moeda digital deriva da inovação do 
blockchain? 
O que de fato importa é a tecnologia subjacente, e não o 
preço do bitcoin? 
Essas indagações são comuns a quem acompanha a 
indústria nascente das criptomoedas. Parece haver uma 
dicotomia entre a moeda bitcoin e a tecnologia por trás do 
sistema Bitcoin. Mas será que realmente existe uma 
distinção ou seriam apenas duas caras de uma mesma 
moeda? 
De fato – e aqui já antecipo a conclusão –, dissociar a 
moeda bitcoin da tecnologia do blockchain não passa de 
uma falsa dicotomia. A moeda e o blockchain são uma e a 
mesma coisa: o Bitcoin. Mas para entender melhor o porquê 
dessa afirmação, é preciso voltar ao básico. 
No protocolo do Bitcoin, a solução encontrada por 
Satoshi Nakamoto para impedir o gasto duplo consiste em 
agrupar as últimas transações da rede em uma espécie de 
“bloco”, que contém uma referência ao bloco imediatamente 
anterior, e carimbá-lo com um código (o “hash”) na rede. As 
novas transações são registradas no sistema, repetindo o 
mesmo processo, formando, assim, uma “corrente de blocos” 
em ordem cronológica, daí o termo blockchain. 
Contudo, um bloco contém não apenas as informações 
das transações nele incluídas e a referência ao bloco 
anterior, mas também a solução da Prova de Trabalho 
(Proof-of-Work) necessária para o bloco ser aceito como 
válido pelos demais participantes da rede. 
Para esse mecanismo funcionar, a inovação do Bitcoin 
requer que todas as transações sejam públicas – embora 
não se conheçam as partes transacionando –, de modo a 
serem validadas e registradas por qualquer usuário, 
incrementando a corrente à medida que mais blocos vão 
sendo agregados. 
Podemos qualificar o blockchain como um grande livro-
razão, único e compartilhado por todos os participantes do 
sistema, no qual as transações são registradas de forma 
irreversível – quanto mais antigo o bloco, mais 
computacionalmente impraticável de reverter são as 
operações. E qual o incentivo para usuários independentes e 
dispersos – os chamados “mineradores” – investirem energia 
computacional para validar e registrar transações no 
sistema? Novos bitcoins. 
Novas unidades de bitcoins são criadas pelo próprio 
“minerador” no bloco registrado, como recompensa pela 
tarefa de validação e registro de transações, processo 
denominado “mineração”. 
E quais transações são registradas em cada bloco do 
blockchain? Transferência de bitcoins entre usuários e 
criação de novos bitcoins pelo minerador (a chamada 
coinbase transaction). 
O blockchain é, portanto, um registro em ordem 
cronológica de todas as transações que ocorreram na rede e 
foram compiladas e validadas pelos mineradores. O 
blockchain é público, único, replicadoe compartilhado pelos 
participantes do sistema. 
Sua manutenção e atualização ocorrem de forma 
descentralizada e voluntária, sendo a emissão de novos 
bitcoins o incentivo dado a quem se dedica à tarefa de 
mineração. 
Realizar toda essa operação de forma descentralizada, 
sem um único terceiro de confiança encarregado dessa 
responsabilidade, é a grande e revolucionária inovação do 
Bitcoin. 
Curiosamente, Satoshi Nakamoto jamais se referiu ao 
blockchain no white-paper do Bitcoin. Aliás, além de as 
palavras block e chain não aparecerem juntas ou lado a lado 
no paper, o autor preferiu usar o termo “proof-of-work chain”, 
ou corrente da Prova de Trabalho. 
A primeira vez em que block e chain surgem como um 
termo foi em uma mensagem de Hal Finney – o primeiro a 
receber uma transação de bitcoins – a Nakamoto. A partir 
desse momento, o livro-razão do Bitcoin passou a ser, 
naturalmente, designado block chain pela comunidade. 
Embora o próprio criador da tecnologia sempre 
escrevesse block e chain separadamente, não tardou muito 
para as palavras serem unidas, formando um termo único: o 
blockchain. 
E com o vislumbre de que a inovação de Satoshi 
pudesse ser empregada para outros fins que não o dinheiro 
– para transferência e registro de outros ativos como ações, 
serviços notariais, etc. –, muitos passaram a se referir à 
“tecnologia do blockchain” como algo distinto e divorciado do 
Bitcoin, como se uma parte pudesse funcionar na ausência 
da outra. 
Alguns entusiastas evitam até mesmo falar em bitcoin 
como moeda, preferindo usar apenas “tecnologia do 
blockchain”. Esqueçam o dinheiro ou o sistema de 
pagamentos, sugerem eles, concentrem-se nos apps e na 
tecnologia. 
Por isso, é preciso um lembrete: a invenção de Satoshi 
Nakamoto chama-se “Bitcoin: a P2P Electronic Cash 
System” (um sistema de dinheiro eletrônico P2P), e não 
blockchain ou assemelhados. 
O blockchain é valioso porque é seguro, uma vez que os 
mineradores empregam energia computacional para a 
manutenção da rede, vislumbrando a recompensa de 
bitcoins (as unidades monetárias do sistema). 
A moeda bitcoin é valiosa porque ela pode ser 
custodiada por seu proprietário e transferida por meio de 
uma plataforma segura com um livro-razão universal, público 
e imutável chamado de blockchain, sem depender de 
nenhum intermediário. 
Um bitcoin existe apenas como um registro contábil no 
blockchain. O blockchain existe para registrar a propriedade 
e as transações de bitcoins entre usuários. Um depende do 
outro. A tecnologia engloba ambas as partes. Bitcoin é o 
nome dessa tecnologia. Quem diz preferir o protocolo à 
moeda ou não leu ou não entendeu o protocolo do Bitcoin. 
A tentativa de dissociar a moeda do blockchain é uma 
estratégia de alguns que querem focar-se apenas na 
tecnologia, evitando falar do dinheiro digital. 
Mas, pelo menos no caso do protocolo do Bitcoin, 
dissociar a moeda do blockchain é impossível. 
É como dizer que a invenção da água é interessante, 
mas apenas os átomos de hidrogênio são a parte realmente 
promissora. H2 sem O não é água. Blockchain sem a moeda 
não é Bitcoin. 
Se blockchain depende da moeda – e vice-versa –, as 
implicações disso são evidentes: o preço do bitcoin não é 
irrelevante. Se o blockchain é computacionalmente seguro, 
grande parte advém do poder de compra de um bitcoin no 
mercado. 
Porque capital será investido em mineração apenas 
enquanto a empreitada for rentável. E quanto mais 
investimento em mineração, mais computacionalmente 
segura torna-se a rede – há mais de um ano, a força 
computacional da rede Bitcoin supera a dos 500 
supercomputadores do planeta somados. 
 ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO 
 
 
 
 9MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL 
Se a moeda tem valor e utilidade, grande parte deriva da 
inviolabilidade do blockchain. Porque investidores e usuários 
apenas demandarão e entesourarão bitcoins se tiverem a 
garantia de que não haverá emissão de moeda em excesso 
e de que suas transações não serão revertidas, falsificadas 
ou bloqueadas. E quanto maior a demanda por bitcoins, 
maiores tendem a ser o seu preço e o interesse em se 
investir em mineração. A utilidade e o valor do bitcoin e do 
blockchain são indissociáveis e crescem em um processo 
que se retroalimenta. 
Isso implica dizer que uma queda abrupta e intensa na 
cotação do bitcoin pode, sim, perturbar o bom funcionamento 
da rede e a própria robustez e segurança do blockchain. Se 
a perda do poder de compra da moeda conduzir a uma 
redução significativa da força computacional dedicada à 
mineração, a segurança do sistema inevitavelmente diminui. 
É um cenário improvável, mas possível. 
Não estamos negando, porém, a possibilidade de a 
tecnologia do Bitcoin ser adotada em outros usos e 
aplicações, às quais boa parte da indústria se refere como 
“Crypto 2.0”. Mas a noção de que o blockchain do Bitcoin 
possa prosperar independentemente da moeda é no mínimo 
equivocada. Mesmo no caso de o blockchain ser utilizado 
para outros fins além do dinheiro, o preço do bitcoin ainda 
assim será fundamental. 
Se a cotação da moeda digital criada por Nakamoto 
colapsar, a utilidade do blockchain diminui. O conceito e o 
valor de um livro-razão distribuído permanecem, sem dúvida. 
Mas o blockchain do Bitcoin certamente seria prejudicado. 
Portanto, não tem razão quem afirma que o preço da moeda 
não importa. Pode não importar para a inovação das 
criptomoedas em geral, mas certamente é essencial ao 
Bitcoin. 
Por fim, é verdade que a imagem do Bitcoin foi 
arranhada no passado por ter sido frequentemente 
associado ao crime online e a outras atividades ilícitas e, por 
esse motivo, muitos defensores da tecnologica preferem 
inclusive evitar usar o próprio nome da invenção de 
Nakamoto – como estratégia de marketing, é mais palatável 
ao mainstream utilizar apenas “blockchain”. 
Porém, ao omitirem o nome original e depreciarem o seu 
principal propósito, esses entusiastas acabam por ignorar a 
essência do fenômeno: uma moeda digital e um sistema de 
pagamentos independentes de qualquer intermediário. Ou, 
nas palavras do próprio criador: “Bitcoin: um sistema de 
dinheiro eletrônico P2P”. 
 
MARKETPLACE 
 
O marketplace é um tipo de negócio que gerou grandes 
mudanças no mercado digital. Esse modelo conecta oferta e 
demanda em uma plataforma online, gerando benefícios 
tanto aos empreendedores quanto aos clientes. As startups 
de maior sucesso na atualidade, como Uber, Apple e Airbnb, 
utilizam esse tipo de plataforma. 
Um e-commerce é uma loja virtual que oferece produtos 
ou serviços de apenas um fornecedor ou empresa, pois 
trabalha com um estoque próprio. Ao contrário, um 
marketplace é um shopping virtual que oferece várias opções 
de vendedores ou prestadores de serviço. Por exemplo, o 
Mercado Livre e o Enjoei são marketplaces com produtos de 
diferentes lojas. 
No e-commerce, o empreendedor precisa cuidar do 
estoque e da logística, pois está oferecendo seus próprios 
produtos ou serviços. Já no marketplace, não é necessário 
que o dono se preocupe com essas atividades. Isso porque 
ele estará ofertando produtos e serviços de outras empresas 
em um só canal. 
Dessa forma, o alcance e o potencial de crescimento de 
um marketplace são muito maiores. Nele, é possível criar 
uma grande rede de fornecedores, enquanto no e-commerce 
você se limita à sua própria capacidade de produção e 
atendimento. 
O marketplace possui três tipos de acesso. Primeiro, os 
vendedores ou profissionais têm um acesso na plataforma 
para poder cadastrar seus produtos ou serviços. Além disso, 
o administrador do marketplace possui um acesso que 
permite gerenciar todos os vendedores. Por último, os 
clientes conseguem acessar o marketplace para fazer 
compras e contratar serviços. 
Geralmente, o gestor ou dono do marketplacecobra uma 
comissão dos vendedores, por cada negócio fechado. Outra 
opção é cobrar uma mensalidade fixa dos fornecedores. 
Enquanto isso, os clientes podem acessar a plataforma 
gratuitamente, comparar as ofertas, solicitar orçamentos e 
enviar avaliações dos profissionais. Ainda, para os 
consumidores o funcionamento é bem simples, pois é como 
navegar por um e-commerce tradicional.O mercado de 
marketplace está em plena expansão. Na China e nos 
Estados Unidos, este tipo de negócio dominou a maioria das 
compras e contratação de serviços online. 
E, o cenário brasileiro não é diferente. Nos últimos anos, 
grandes varejistas aderiram a este modelo e ampliaram seu 
faturamento. Magazine Luiza e Americanas são alguns 
exemplos do movimento. 
Além do sucesso na venda de produtos, os marketplaces 
focados em serviços também expandiram significativamente. 
Os casos de gigantes como Uber, Airbnb e iFood mostram 
que esse modelo veio para ficar, e caiu no gosto do público. 
Atualmente, 90% do faturamento do varejo online na 
China vem dos marketplaces. Já nos EUA, esse segmento 
corresponde a 33% (Fonte: Channel Advisor). 
Quanto ao faturamento, o crescimento do mercado deve 
dobrar até 2022, passando de US$ 19 a US$ 40 bilhões 
(Fonte: Juniper Research). 
No Brasil, o mercado de marketplace cresceu 90,7% em 
um ano, conforme pesquisa da Precifica. 
Diante disso, ainda há muito espaço no mercado para 
quem quer criar um marketplace, principalmente para 
explorar nichos diferenciados. Nesse sentido, 71% são 
cadastrados em apenas um marketplace. Ou seja, existe 
potencial para que esses lojistas participem de diferentes 
plataformas e conquistem mais clientes. 
E, a opinião do público somente reforça o sucesso desse 
modelo de negócio. Entre os brasileiros que compram online, 
95% usa marketplaces, de acordo com pesquisa da PwC e 
UPS.Quando falamos de marketplace, é comum que as 
pessoas pensem na venda de produtos. Mas, existem muitas 
outras possibilidades. Dois exemplos interessantes são: o 
marketplace de serviços e o marketplace B2B para 
empresas. 
Esses dois são considerados um oceano azul, ou seja, 
mercados nos quais há pouca concorrência e boa 
oportunidade de expansão. 
A maioria das empresas brasileiras são do setor de 
serviços. Porém, são poucos os profissionais desse ramo 
que investem em divulgação online de forma efetiva. 
Desse modo, criar um marketplace para reunir 
prestadores de um serviço específico pode ser muito 
rentável. 
 
CORRESPONDENTES BANCÁRIOS 
 
O Banco Central define correspondente bancário como 
“empresa contratada por instituições financeiras e demais 
instituições autorizadas pelo Banco Central para a prestação 
de serviços de atendimento aos clientes e usuários dessas 
instituições.” 
Em outras palavras é uma empresa não bancária 
(pessoa jurídica) responsável por mediar instituições 
financeiras e clientes. Essas empresas realizam operações 
de crédito e outros serviços, em nome de um banco, e 
podem estar conveniadas a mais de uma companhia. 
Entre os correspondentes mais conhecidos encontram-
se as lotéricas e o banco postal, marca utilizada pela 
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT. 
 ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO 
 
 
 
 10MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL 
O principal objetivo é levar serviços bancários à maior 
parte da população, estender a lugares onde não há agência 
dos principais bancos, por exemplo. Dessa forma, consegue 
acelerar o atendimento ao cliente e facilitar o acesso ao 
crédito. 
Além disso, muitas organizações apostam em parcerias 
de vendas com outras empresas para alcançar um maior 
número de clientes. Por exemplo, várias fintechs, 
companhias especializadas em finanças, concedem crédito, 
mas precisam de instituições parceiras para emitir 
propriamente o capital e outras para captar público. 
 
Para quê serve um correspondente bancário 
De acordo com a regulamentação do Banco Central, 
essas instituições podem realizar serviços financeiros 
variados, como: 
- Recebimentos e pagamentos de contas qualquer 
natureza 
- Recepção e encaminhamento de propostas de abertura 
de contas de depósitos à vista e a prazo 
- Coleta de informações cadastrais e análise de crédito 
- Serviços de cobranças 
- Ordens de pagamento 
- Solicitação de empréstimos pessoais, empresariais e 
financiamentos 
- Solicitação de cartão de crédito e débito para 
trabalhadores e aposentados 
- Realização de recebimentos, pagamentos e 
transferências eletrônicas visando à movimentação de 
contas de depósitos de titularidade de clientes mantidas pela 
instituição contratante; 
- Aplicação e resgate em fundo de investimento 
- Realização de operações de câmbio de 
responsabilidade da instituição contratante 
Se você for solicitar um empréstimo, por exemplo, 
precisa permitir o acesso a essas informações por meio de 
um contrato. Entre as cláusulas estão: garantir o acesso ao 
Banco Central e liberar documentos. 
 
Como funciona o correspondente bancário 
Um correspondente bancário pode não só representar 
um serviço financeiro de um banco, mas também usar os 
recursos deste para conceder crédito. 
Muitas companhias que oferecem empréstimo, por 
exemplo, fecham parcerias com outras com público propenso 
à contratação do recurso. 
Assim, suponhamos que uma pessoa queira reformar a 
casa própria com uma equipe de arquitetos, mas não tem 
dinheiro para pagar tudo. 
A empresa responsável pela obra pode indicar o cliente à 
instituição de crédito imobiliário. Em troca, os parceiros 
recebem uma bonificação. 
Quando uma organização não tem um fundo creditório 
próprio, de onde emite o capital, também precisa recorrer a 
bancos maiores e reconhecidos para isso. 
A Creditas é um exemplo de fintech considerada 
correspondente bancário especialista em empréstimo com 
garantia de veículo e de imóvel. O objetivo da companhia é 
facilitar o acesso ao crédito por meio da tecnologia e da 
redução dos juros. Você pode fazer parte da contratação 
pelo site, e receber quantias elevadas por parcelas mais 
baratas. 
Nessa modalidade, você assegura o pagamento com um 
bem por meio de um contrato. Mas, pode usá-lo 
normalmente, inclusive vendê-lo ou alugá-lo. Isso é chamado 
de alienação fiduciária. Só é tomado em caso de não 
pagamento, o que é raro de acontecer já que as taxas são 
muito baixas e os prazos longos. 
Se precisar de até 90% do valor do seu veículo pode 
aliená-lo e conseguir uma taxa mínima de 1,49% ao mês. 
Tem até 48 meses para quitar. No caso do imóvel o valor 
sobe para 60% do que vale a partir de 1,15% ao mês. O 
prazo chega a 240 meses. 
Vantagens e cuidados 
O correspondente bancário facilita o acesso a inúmeras 
operações, sem que você precise se deslocar até uma 
agência. Assim, ganha tempo, pode continuar no conforto do 
seu lar e não corre perigo na rua. 
Também é possível resolver tudo em um lugar só. Por 
exemplo, uma padaria, além de vender produtos próprios, 
pode disponibilizar saques, pagamento, abertura de contas, 
recarga de celular e seguros. 
Poderia até oferecer empréstimos, mas isso não 
costuma acontecer, pois a operação é um pouco mais 
rebuscada. Por isso existem correspondentes bancários 
especializados nesse setor. Como no caso da Creditas. 
Sem contar que é muito mais barato para os bancos e 
financeiras ter correspondentes em diferentes lugares em 
vez de instalar várias agências ou caixas eletrônicos. 
Com custos baixos, as empresas credoras também 
conseguem oferecer condições de pagamento melhores. 
Então, no caso de empréstimos e financiamentos, você 
encara juros bem menores que a média, e prazos mais 
longos. 
Por outro lado, é importante ressaltar o que essas 
empresas NÃO podem fazer, segundo a lei. Estão proibidas 
de: 
- Cobrar pagamento adiantado. 
- Impor tarifas sobre o serviçode intermediação prestado 
- Liberar empréstimo sem ter parceria com um banco. 
 
ARRANJOS DE PAGAMENTOS 
 
Arranjo de pagamento é um conjunto de regras que 
determina como uma transação de pagamento deve 
acontecer. 
Essas determinações influenciam, por exemplo, nos 
pagamentos realizados com todos os tipos de cartões, sejam 
em moedas nacionais ou estrangeiras. Além desses, 
remessas e transferência de valores também são impactadas 
pelos arranjos. 
Sob a supervisão do Banco Central (Bacen), o propósito 
das normas dos arranjos de pagamento é tornar essas ações 
mais viáveis, práticas e acessíveis para o público. 
O arranjo de pagamento consiste em procedimentos e 
regras que têm por objetivo direcionar como deve ser a 
prestação de serviços de pagamentos ao público. 
Essas regras são determinadas pelas empresas 
responsáveis por esses arranjos que, por sua vez, são 
definidas pelo Banco Central por meio de seus normativos e 
nomeadas como Instituidores de Arranjo de Pagamento 
(IAPs). 
 
Como funciona o arranjo de pagamento 
Transações financeiras feitas com dinheiro em espécie 
conectam duas pessoas de forma direta. Já no arranjo de 
pagamento essa conexão é estendida a todas as partes 
envolvidas no processo. 
Por exemplo, quando um cliente opta por pagar uma 
compra com cartão, seja ele de débito ou de crédito, o 
arranjo estabelece as regras para que a transação aconteça, 
envolvendo o emissor, a credenciadora e, algumas vezes, a 
subcredenciadora, o estabelecimento comercial e o cliente. 
Para que uma transação de pagamento ocorra, é preciso 
que o usuário final tenha um instrumento de pagamento, um 
dispositivo que será utilizado para finalizar a compra (pagar), 
ou mesmo realizar a transferência de valores. 
Considerando isso, são tidos como instrumentos de 
pagamento os cartões de crédito, débito, pré-pago, boleto, 
celulares, entre outros meios digitais. 
 
Exemplos de arranjo de pagamento 
Como exemplo de arranjo de pagamento podemos citar 
os mais conhecidos, aqueles que são voltados para cartões 
de crédito, ou seja, empresas de bandeiras de cartão, tais 
como a Mastercard, Visa, entre outras. 
 ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO 
 
 
 
 11MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL 
No entanto, não se pode deixar de mencionar um tipo de 
arranjo no qual o instrumento de pagamento utilizado não é 
um cartão, o Pix, sistema de pagamento instantâneo do 
Bacen. 
O Pix é um arranjo de pagamento criado pelo Banco 
Central, no qual ele próprio atua como um IAP. 
Porém, é importante salientar também que nem todo 
arranjo de pagamento está sujeito à regulação do Banco 
Central, como é o caso dos cartões Private Label. 
Trata-se de uma forma de pagamento criada e emitida 
por grandes varejistas que só pode ser utilizada nos 
estabelecimentos comerciais emitentes ou nos seus 
parceiros conveniados. 
 
Regras são estabelecidas pelo arranjo de pagamento 
Os IAPs devem estabelecer algumas regras específicas 
para seus arranjos de pagamento, que têm como objetivo 
oferecer ao cliente final e aos demais participantes do arranjo 
mais confiabilidade, praticidade e acesso fácil e seguro a 
diferentes formas de pagamento digital. 
Por isso, entre as regras do arranjo de pagamento estão 
as voltadas para: 
- prazos de liquidação das transações; 
- condições para que outros participantes do mercado de 
pagamentos possam aderir ao arranjo; 
- segurança para proteção dos consumidores e lojistas 
contra fraudes nos pagamentos, vazamentos de dados e 
outros. 
 
Regulamentações do arranjo de pagamento 
As regulamentações do Banco Central, de maneira geral, 
têm como base três pilares: risco sistêmico, fomento da 
inovação e proteção ao usuário final dos serviços. 
Assim, todos os seus normativos têm por objetivo 
controlar o risco sistêmico do Sistema de Pagamentos 
Brasileiro, o SPB. 
Ou seja, a finalidade é evitar que, caso um problema 
ocorra com um dos participantes, isso não reflita nos demais, 
impedindo que todo o sistema seja negativamente afetado. 
Como consequência, esse cuidado permite dar mais 
proteção aos clientes finais e incitar inovações. 
Tendo essa base, a Circular Bacen nº 3.682 dita quais 
critérios devem ser atendidos para que um arranjo de 
pagamento seja considerado integrante do SPB. 
 
Ajustes nas regulamentações 
Em 2015, por exemplo, foi publicada a Circular nº 3.765, 
que estabeleceu a necessidade da liquidação em grade 
única centralizada das transações de cartões de débito e 
crédito (via Câmara Interbancária de Pagamentos – CIP), 
para que os participantes dos arranjos de pagamento e o 
Banco Central pudessem ter controle e visibilidade de que os 
pagamentos dos valores das transações são, de fato, 
repassados aos estabelecimentos comerciais. 
Já em 2018, foi publicada pelo Banco Central a Circular 
nº 3.886, que também alterou o texto da Circular nº 3.682. 
A nova circular introduziu o conceito de subcredenciador, 
pela primeira vez, em normativos do Banco Central, apesar 
de não ser considerada uma instituição que precisa de 
autorização do Bacen para funcionar. 
Assim, os normativos trazem algumas obrigações a 
serem cumpridas pelos subcredenciadores, e o Banco 
Central delega aos IAPs e às credenciadoras a 
responsabilidade de fiscalizar a atuação dos 
subcredenciadores no mercado de pagamentos. 
 
SISTEMA DE PAGAMENTOS INSTANTÂNEOS (PIX) 
 
Pix é um novo meio de pagamentos que permite fazer 
transferências e pagamentos de forma instantânea em 
qualquer dia e horário. Com ele, é possível tanto transferir 
dinheiro para outras pessoas quanto fazer pagamentos a 
lojas e prestadores de serviço. 
Com o Pix, pagamentos e transferências são concluídos 
em até 10 segundos e podem ser feitos em qualquer horário 
e dia, incluindo finais de semana e feriados. Ou seja: o Pix 
facilita e agiliza as transferências de valores entre pessoas, o 
pagamento de contas e até recolhimento de impostos e taxas 
de serviços, entre outras possibilidades. 
Vale dizer que, para enviar ou receber um Pix, não é 
necessário fazer nenhum cadastro nem baixar um aplicativo 
– ele pode ser usado diretamente no aplicativo de sua 
instituição; é necessário somente que ela ofereça esse meio 
de pagamento. 
 
E o que significa Pix 
De acordo com o Banco Central, o novo meio de 
pagamentos foi batizado com o nome Pix porque o termo 
lembra tecnologia, transações e pixels (os pontos luminosos 
de uma tela). Ou seja: Pix não é uma sigla. 
O Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI) é a 
infraestrutura centralizada e única para liquidação de 
pagamentos instantâneos entre instituições distintas no 
Brasil. 
A operação do SPI, gerida pelo BCB, teve início em 
Novembro de 2020. 
O SPI é um sistema que faz liquidação bruta em tempo 
real (LBTR), ou seja, que processa e liquida transação por 
transação. Uma vez liquidadas, as transações são 
irrevogáveis. 
Os pagamentos instantâneos são liquidados com 
lançamentos nas contas de propósito específico que as 
instituições participantes diretos do sistema mantêm no BCB, 
denominadas Contas Pagamento Instantâneo (Contas PI). 
Para garantir a solidez do sistema, não há possibilidade 
de lançamentos a descoberto, isso é, não se admite saldo 
negativo nas Contas PI. 
A diferença entre os outros meios e o Pix é a rapidez e a 
disponibilidade: enquanto existem restrições de dias e 
horários para transferir por meio de TED e DOC e realizar 
pagamentos de contas, por exemplo, o Pix permite que elas 
sejam realizadas em qualquer dia e horário. 
Por muito tempo, transferências entre contas bancárias 
de diferentes instituições só podiam ser feitas por meio de 
TEDs e DOCs. Pagamentos de contas eram feitos por 
boletos, transações físicas, por cartões e com dinheiro vivo. 
Essas operações eletrônicas podem levar dias – e 
muitas delas acabam custando caro (algumasinstituições 
chegam a cobrar mais de R$20 por uma TED, por exemplo). 
E o dinheiro vivo pode representar um risco maior tanto para 
o pagador quanto para o recebedor. 
A novidade é que essas modalidades de pagamento 
deixaram de ser as únicas possibilidades do mercado: o Pix 
passou a ser mais uma alternativa, um meio adicional para 
transferir e fazer pagamentos de forma rápida e barata – 
para usuários pessoa física, ele é gratuito na maioria dos 
casos. 
 
SEGMENTAÇÃO E INTERAÇÕES DIGITAIS 
 
A segmentação é extremamente importante para o 
marketing digital. Não ter segmentação no marketing digital é 
como sair de olhos vendados, tentando cruzar uma cidade 
que você nem conhece. 
A segmentação é um dos pontos mais importantes para 
uma campanha dar certo, pois você saberá quem vai buscar 
e por onde. 
Por exemplo, para vender qualquer produto, é preciso 
seguir alguns passos. 
Primeiro, é preciso descobrir quem são os clientes. 
Segundo, com base em todas informações sobre o público 
desejado, pode-se personalizar a comunicação dos 
anúncios, landing page, site ou e-commerce. 
É importante que todos os pontos de contato sejam o 
mesmo e para o mesmo público. Terceiro, escolher as 
mídias que serão utilizadas para impactar o público. 
 ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO 
 
 
 
 12MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL 
Construir estratégias digitais para o público 
hiperconectado é um grande desafio, principalmente, porque 
todos já conhecem o digital e sabem que seus dados são 
analisados por grandes empresas digitais. Aquele impactado 
que, há alguns anos, as pessoas tinham, quando se 
deparavam com um remarketing, não existe mais. As 
pessoas querem ser impactadas, querem ser surpreendidas, 
com estratégias que elas possam interagir, sair do comum. 
Já estamos em um nível que segmentamos além do 
básico. Há alguns anos, nem imaginamos ter acesso a dados 
financeiros, formação, se as pessoas que acabaram de ter 
filhos, se estão noivos, se gostam de chocolate e etc. Já 
existe inteligência artificial, que gera mais vendas online do 
que estratégias manuais. Bilhões de dados são 
transacionados, estudados e armazenados por grandes 
empresas de tecnologia, todos os dias. Por isso, o futuro 
será da segmentação, cada vez mais, cirúrgica e tecnologias 
impensáveis hoje, como a do Elon Musk que fez com que 
macacos jogassem videogame com o pensamento, 
ganhando publicidades. 
 
TRANSFORMAÇÃO DIGITAL 
NO SISTEMA FINANCEIRO 
 
As instituições bancárias surgiram muito antes da 
internet. Porém, com o avanço desse serviço e da 
tecnologia, a transformação digital nos bancos se tornou um 
processo inevitável para que esses mantenham seus clientes 
e continuem competitivos. 
Boa parte dessa mudança também é atribuída à chegada 
das fintechs, empresas que já nasceram com o propósito de 
trazer inovação para o mercado financeiro, com a oferta de 
produtos e serviços mais acessíveis e desburocratizados. 
E, ao que tudo indica, as fintechs fizeram a proposta 
certa aos clientes. 
Uma pesquisa mostrou que, ainda que 46% dos 800 
entrevistados afirmam manter contas em bancos tradicionais, 
somente 4 a cada 10 estão satisfeitos (42%). Por outro lado, 
entre os usuários dos serviços das fintechs, o número de 
satisfeitos é de 7 a cada 10, representando 71%. 
Com isso, é possível entender que a transformação 
digital nos bancos é uma medida extremamente necessária 
para garantir a satisfação dos clientes. 
A transformação digital dos bancos é um processo no 
qual essas instituições utilizam da tecnologia para entregar 
aos clientes soluções financeiras digitais e mais adequadas 
às suas necessidades. 
Ou seja, serviços que antes só eram oferecidos de forma 
presencial, hoje, precisam estar disponíveis (urgentemente) 
também na versão digital para melhor atender ao público. 
Existem vários motivos que impulsionam essa mudança, 
entre eles se destacam: a chegada das fintechs que tornou o 
mercado mais competitivo; o uso cada vez maior da internet; 
o novo comportamento do consumidor; as regulamentações 
do Banco Central que estão colaborando para o processo de 
inovação desses serviços. 
 
Vantagens da transformação digital nos bancos 
A transformação digital nos bancos é uma ação que gera 
benefícios e vantagens a todos os envolvidos. 
Para os clientes, por exemplo, contribui para: encontrar 
produtos e serviços mais adequados às suas necessidades; 
ter mais mobilidade, pois conseguem resolver seus 
problemas financeiros de qualquer lugar, resultando em uma 
gestão financeira melhor; receber atendimentos mais 
personalizados; pagar menos tarifas (ou nem precisar pagar, 
dependendo do serviço). 
 Já para os bancos tradicionais, as vantagens da 
digitalização que mais se destacam são: maximizar a 
rentabilidade; aprimorar e estreitar o relacionamento com os 
clientes; reduzir as taxas de abandono de usuários que 
migram para as fintechs; se tornar mais atrativos para novos 
consumidores e investidores. 
É preciso que as instituições bancárias identifiquem as 
soluções mais utilizadas e como atender melhor às 
necessidades dos seus consumidores. 
Para se ter uma ideia, entre os entrevistados, 81% 
afirmou fazer uso dos serviços bancários online e 72% 
disseram que utilizam aplicativos móveis para realizar suas 
transações. 
Com isso, os bancos estão percebendo quanto o 
investimento em tecnologia é essencial para satisfazer seus 
atuais clientes, bem como para atrair novos. 
Além disso, soluções tecnológicas, como a Inteligência 
Artificial, estão sendo cada vez mais utilizadas como o 
propósito de melhorar a experiência do cliente, bem como 
para oferecer novos modelos de atendimento. 
 
Principais desafios 
Mas ainda o processo de transformação digital nos 
bancos sugira que basta inserir novas tecnologias às 
soluções já existentes, há alguns desafios que precisam ser 
superados pelas instituições tradicionais para alcançarem 
essa mudança, tais como: conhecer quais são as soluções 
digitais que os clientes necessitam; concorrência acirrada 
com as fintechs, que já nascem digitais e têm em seu DNA o 
conceito de inovação; mudança cultural tanto dos próprios 
bancos quanto dos clientes, que envolve questões de 
confiança no mundo digital e de desburocratização de 
serviços; custos com infraestrutura de TI (Tecnologia da 
Informação); agilidade para entregar soluções novas tão 
rápido quanto as fintechs e, assim, manter sua 
competitividade. 
 
Bancos tradicionais x bancos digitais 
A mais recente edição do Radar FintechLab apontou que 
270 novas fintechs foram criadas entre junho de 2019 e 
agosto de 2020, o que representa um crescimento de quase 
28% no setor. 
Esse aumento está sendo visto como um indicativo de 
que ainda existem muitas oportunidades de melhoria no 
mercado financeiro digital. 
Aqui, podemos destacar a chegada do Open Banking e 
do Pix, sistema de pagamento instantâneo do Banco Central 
— ambos visam movimentar o mercado financeiro, aumentar 
a competitividade entre os players e melhorar a experiência 
dos clientes. 
O fato é que a lacuna deixada por muito tempo pelos 
bancos tradicionais foi justamente o motivo que levou à 
criação das fintechs. 
Entre os diversos motivos que tornam os serviços 
financeiros digitais mais atraentes estão a agilidade, a 
facilidade de contratação, de acesso e de movimentação, os 
custos reduzidos, os processos menos burocráticos, entre 
outros. Além disso, essa abertura está promovendo a 
inclusão dos chamados desbancarizados, pessoas que, 
devido às exigências dos bancos tradicionais, não 
conseguem ter acesso aos seus serviços. 
Vale lembrar que esse grupo, aproximadamente 45 
milhões de brasileiros, movimentam cerca de R$ 817 milhões 
todos os anos. Ou seja, é uma fatia significativa da economia 
nacional. 
Considerando que o processode transformação digital 
em diferentes segmentos é uma realidade que não tem 
retorno, a oferta de serviços financeiros digitais seguros, 
tanto pelos bancos quanto pelas fintechs, é o que vai 
modificar essa mentalidade. 
Hoje, qualquer negócio pode se transformar em um 
banco digital sem desviar do seu core business. 
Essa oportunidade gera um nova fonte de receita para as 
empresas, ao mesmo tempo em que fideliza os atuais 
clientes, atrai novos e a torna mais competitiva. 
Isso é possível graças ao Banking as a Service, BaaS, 
solução tecnológica que possibilita a criação de conta digital, 
cartão de crédito, de débito e muitos outros serviços, todas 
com a sua própria marca.

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