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AULA 05 Criptomoedas e o mercado regulatório

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SISTEMA FINANCEIRO DIGITAL 
AULA 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Pollyanna Rodrigues Gondin 
 
 
 
 
 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Após o estudo de algumas das grandes inovações financeiras que 
surgiram após a crise financeira de 2008, nos debruçaremos nesta aula sobre 
mais uma grande inovação que revolucionou o sistema financeiro mundial. Você 
aprenderá sobre as criptomoedas, também conhecidas como moedas digitais, 
seus benefícios e desafios, bem como sobre sua circulação, o problema da 
segurança e a atuação do mercado regulatório. 
Assim, em um primeiro momento, você se dedicará a uma análise do 
mercado de moedas digitais peer-to-peer (p2p), aprendendo sobre p2p e sua 
relevância para a circulação das criptomoedas. Em um segundo momento, a 
atenção será voltada para a circulação no ciberespaço e as propriedades das 
criptomoedas, contrapondo as funções das moedas conhecidas como 
“tradicionais” e as moedas digitais. 
Na sequência, a atenção será voltada especificamente para a 
criptomoeda Bitcoin, levantando algumas questões como visão geral, oferta e 
redes de transações. Mas por que falar do Bitcoin e não de outra moeda? É que 
esta foi a primeira criptomoeda a ser de fato utilizada e que deu base para o 
desenvolvimento da tecnologia Blockchain. Na quarta temática, daremos 
continuidade à terceira, levantando mais algumas questões sobre o Bitcoin – 
seus benefícios e desafios – de modo a demonstrar que ainda existe um longo 
caminho para a consolidação das criptomoedas. Por fim, atenção será dada para 
a discussão sobre a circulação, o problema da segurança e o mercado 
regulatório do Bitcoin e das criptomoedas no geral. 
CONTEXTUALIZANDO 
Leitura complementar 
As 10 melhores criptomoedas para investir em 2019! 
Os dois últimos anos foram extremamente agitados para o mundo da 
criptoeconomia. Muita gente se interessou pelo Bitcoin depois que ele virou 
notícia mundial por causa da alta histórica. Apesar da euforia ter passado um 
pouco, ainda existe muita gente interessada em investir em criptomoedas. 
 
 
3 
Com 2019 chegando e o mercado financeiro dos ativos digitais mais volátil 
do que nunca, é preciso procurar bastante sobre as principais altcoins antes de 
investir para não acabar se arrependendo no futuro. 
Existe uma miríade de opções de ativos digitais, são mais de 2.000 
moedas, algumas sérias e com um bom propósito, outras são apenas uma piada 
entre as comunidades de ativos digitais e outras são um golpe perigoso. O 
número de ICOs explodiu recentemente, mas infelizmente muitas utilizam 
tecnologia ultrapassada ou possuem ideias inviáveis para o atual mercado. 
Agora no final de 2018, o mercado deu uma boa enfraquecida e muitas 
moedas pequenas não sobreviverão a essa queda. Nós aqui do Guia do Bitcoin 
analisamos e reunimos algumas das altcoins que têm mais chance de valorizar 
no próximo ano, vencendo a crise e possivelmente garantindo um lucro para os 
investidores. 
Vale lembrar que investimentos em criptomoedas são sempre um negócio 
de risco. Por isso a nossa lista não é sobre as moedas que “vão para a lua” em 
2019, mas sim as que têm uma tecnologia mais estável, melhores parceiros, 
melhor ecossistema e produtos para garantir que são legitimamente honestas e 
até mesmo lucrativas. 
Continue a leitura em: <https://guiadobitcoin.com.br/as-10-melhores-
criptomoedas-para-investir-em-2019/>. 
Ao iniciar os estudos sobre Sistema Financeiro Digital, chegamos em um 
ponto em que vamos nos aprofundar um pouco mais a respeito de uma grande 
inovação que está revolucionando o sistema financeiro atualmente: as 
criptomoedas. Mas como essas moedas virtuais funcionam? Vocês devem 
conhecer o Bitcoin, mas existem outras moedas? Quais são os desafios e as 
possibilidades que as criptomoedas estão criando desde a crise de 2008? 
Bem, ao longo desta aula, você poderá se aprofundar nesse assunto, 
desvendando alguns mistérios e peripécias das criptomoedas ou moedas 
virtuais. O mercado das criptomoedas é regulado? Se sim, quais são as 
instituições fiscalizadoras e reguladoras? Essas são algumas das questões que 
esperamos que você consiga responder após esta aula. 
 
 
4 
TEMA 1 – INTRODUÇÃO AO MERCADO DE MOEDAS VIRTUAIS PEER-TO-
PEER 
Até o momento, estudamos sobre a evolução do mercado financeiro e 
adentramos nas inovações financeiras que surgiram ou ao menos se 
ascenderam após a crise de 2008, enfatizando a Blockchain, as Fintechs e os 
serviços financeiros. A partir desse momento, vamos nos dedicar ao estudo mais 
profundo das criptomoedas. Iniciaremos então com uma introdução ao mercado 
de moedas virtuais. 
Criptomoedas são as moedas digitais utilizadas para a realização de 
pagamentos em transações comerciais. Além de serem moedas virtuais, o que 
já as difere de moedas como o real ou o dólar, as criptomoedas são 
descentralizadas e possuem custo zero de transação. São descentralizadas, 
pois não dependem de um Banco Central para sua regulação, dependendo da 
sua própria oferta e demanda, tema este de grande debate. Justamente por não 
possuírem autoridade central de regulamentação, possuem custo zero, pois as 
transações não são tarifadas. 
A respeito do conceito de criptomoedas, ou das também conhecidas 
moedas digitais, Martins (2016, p. 139) afirma que são: 
1) moedas virtuais que operam sob a completa descentralização do 
sistema monetário, mediante uma rede par-a-par (peer-to-peer) entre 
os computadores participantes do sistema, sem dependente de 
intermediários da transação, e, portanto, com custo de transação zero 
ou quase zero para qualquer compra e venda para qualquer lugar do 
mundo pela internet, e 2) a proteção mediante criptografias, isto é, 
complexos códigos computacionais que são virtualmente impossíveis 
de serem abertos sem a senha possuída pelo dono da moeda e que 
garante a quase anonimidade dos usuários e de suas transações. 
Quando falamos sobre uma rede peer-to-peer (p2p), é importante ter em 
mente que esta permite a transferência de qualquer dado sem a intermediação 
de alguma pessoa ou instituição, de forma rápida e sem ponto único de falha. 
Bassotto (2018) ilustra, na Figura 1, o funcionamento de uma rede peer-to-peer. 
De acordo com o autor, essa rede é muito segura, pois, para excluir um arquivo 
que esteja sendo compartilhado nessa rede, é necessário destruir a rede inteira. 
 
 
5 
Figura 1 – Ilustração de uma rede peer-to-peer 
 
Fonte: A autora. 
É possível afirmar então que, por ser uma moeda digital, foi por meio da 
tecnologia Blockchain que se possibilitou seu funcionamento, tendo como 
exemplos o Bitcoin, a Ethereum, a Dash, a Monero e o Litecoin, moedas essas 
criadas após a crise de 2008. Apesar disso, Martins (2016) esclarece que a 
noção de moeda virtual, enquanto uma moeda anônima e eletrônica, foi 
idealizada em 1985. Em 1994, por sua vez, houve a primeira transação de 
moeda eletrônica, a partir do DigiCash de David Chaum. 
Já em 1998, se implementou uma inovação com o b-money, capaz de 
garantir a privacidade e a autenticidade de cada moeda. Essa inovação foi 
caracterizada por um complexo sistema de códigos divididos em duas chaves: 
“uma pública, que é o endereço da ‘carteira’ de moedas para a apresentação do 
usuário aos seus transacionistas, e uma chave privada, que é a sua senha 
pessoal para o acesso ao conteúdo em moedas” (Martins, 2016, p. 141). 
 
 
6 
Ainda, de acordo com o autor, em 2005, o BitGold permitiu a não 
clonagem das moedas digitais e a sustentabilidade do sistema, artifício 
conhecido como prova-de-trabalho (proof-of-work): 
[...] embora as transferências fossem imediatas, haveria pessoas que 
seriam os “mineradores” isto é, quaisquer pessoas que procuraram 
usar seus dispositivos para validar as transações feitas, decodificando 
suas criptografias, em troca de ter a chance de receber novos códigos 
originais de moeda, criados intrinsecamente no sistema em modo deexpansão monetária em porcentagens previsivelmente decrescentes e 
de modo totalmente decentralizado, além de poder cobrar módicas 
taxas entre as transações. Além disso, os mineradores teriam poder de 
voto (proporcional à capacidade de processamento) de deliberar sobre 
atualizações do sistema, para aprimoramentos, correção de falhas e 
reajuste da taxa básica de transação (Martins, 2016, p. 142). 
Todas essas propostas, desde o b-money, contribuíram de modo 
significativo para a evolução e implementação das moedas digitais. Entretanto, 
é necessário ressaltar que essas propostas não saíram do plano teórico, 
havendo, ainda, uma grande preocupação: evitar a clonagem ou falsa validação 
durante a transferência de moedas para carteiras de áreas afastadas da rede. É 
então que, em 2008, Nakamoto publica um trabalho lançando o conceito de 
Bitcoin (Martins, 2016). 
Até então, todas as transações on-line requeriam a intermediação de um 
terceiro, de tal modo que, se um agente A quisesse enviar uma determinada 
quantia em reais para o agente B por meio da internet, teria que depender 
exclusivamente de serviços de terceiros, por exemplo, o Paypal ou o Mastercard 
para empregar um registro histórico de transações (Ulrich, 2014). 
Assim, de acordo com o autor, a invenção do Bitcoin permitiu a resolução 
do problema do gasto duplo sem a necessidade da intermediação de um terceiro. 
Assim, Bitcoin é uma rede de pagamentos peer-to-peer e uma moeda virtual que 
opera, essencialmente, de modo on-line. 
As transações são verificadas e o gasto duplo é prevenido por meio de 
um uso inteligente da criptografia de chave pública. Tal mecanismo 
exige que a cada usuário sejam atribuídas duas “chaves, uma privada, 
que é mantida em segredo, como uma senha, e outra pública, que pode 
ser compartilhada com todos. Quando a Maria decide transferir bitcoins 
ao João, ela cria uma mensagem, chamada de “transação”, que 
contém a chave pública do João, assinando com sua chave privada. 
Olhando a chave pública da Maria, qualquer um pode verificar que a 
transação foi de fato assinada com sua chave privada, sendo, assim, 
uma troca autêntica, e que João é o novo proprietário dos fundos. A 
transação – e portanto uma transferência de propriedade dos bitcoins 
– é registrada, carimbada com data e hora e exposta em um “bloco” do 
Blockchain (o grande banco de dados, ou livro-razão da rede Bitcoin). 
A criptografia de chave pública garante que todos os computadores na 
rede tenham um registro constantemente atualizado e verificado de 
 
 
7 
todas as transações dentro da rede Bitcoin, o que impede o gasto duplo 
e qualquer tipo de fraude (Ulrich, 2014, p. 18-19). 
Desse modo, é possível afirmar que não há uma instituição central capaz 
de criar oferta monetária de Bitcoin nem mesmo uma autoridade para verificar 
as transações. A esse respeito, Ulrich (2014) complementa que a rede Bitcoin 
depende de usuários (“mineradores”, pois são recompensados pelo seu trabalho 
com Bitcoins recém-criados) que utilizam as ferramentas computacionais para 
realizar os registros e as conciliações das transações. 
TEMA 2 – CIRCULAÇÃO NO CIBERESPAÇO E AS PROPRIEDADES DA 
CRIPTOMOEDA 
Já introduzimos a temática em relação as criptomoedas; agora, vamos 
nos aprofundar um pouco mais e nos dedicar ao estudo das diferenças 
fundamentais entre a moeda dita “tradicional” e as criptomoedas. Para isso, é 
importante relembrar o conceito e as funções que uma moeda deve 
desempenhar em uma economia para ser considerada como tal. 
A esse respeito, Gremaud, Vasconcellos e Toneto Júnior (2011, p. 202) 
definem moeda como tudo aquilo que, geralmente, é “aceito para liquidar as 
transações, isto é, para pagar pelos bens e serviços”. Além disso, a moeda 
intermedeia as trocas e permite a separação temporal entre o ato de compra e 
de venda (Gremaud; Vasconcellos; Toneto Júnior, 2011). 
É importante mencionar também que a moeda possui três funções 
básicas: meio de troca, reserva de valor e unidade de conta. A função mais 
importante é servir como meio de troca, meio de pagamento amplamente aceito. 
Além dessa função, a moeda serve como unidade de conta, sendo um 
instrumento pelo qual as mercadorias são cotadas, segundo os autores 
anteriormente referenciados. A moeda também transfere valor do presente para 
o futuro, sendo considerada uma reserva de valor (Krugman; Obstefeld, 2010). 
Feita essas considerações em relação à moeda, podemos avançar na 
nossa análise. De um lado, tem-se a moeda tradicionalmente aceita que se 
baseia em uma autoridade central, e de outro, tem-se as moedas digitais, que 
são criptografadas, desregulamentadas e descentralizadas. As moedas 
tradicionais, emitidas por uma determinada economia, são capazes de 
desempenhar as três funções da moeda citadas anteriormente. 
 
 
8 
A moeda e a confiança do público nela depositada são fenômenos 
coletivos, de modo que se configura como uma instituição social, organizando, 
atribuindo viabilidade ao sistema de trocas indiretas. Imagine se as moedas não 
existissem, como seria para comprar uma mercadoria? Haveria grande 
dispêndio de tempo. Sobre o papel da moeda, Carvalho et al. (2017, p. 5) 
afirmam que, no capitalismo, 
[...] a moeda cumpre uma dupla função, a saber, instrumento de 
validação social do produto do trabalho individual (caráter público da 
moeda) e forma mais geral de riqueza que orienta as decisões de 
investimento e alocação da riqueza entre classes alternativas de ativos 
(caráter privado da moeda). 
É, então, relevante que a moeda exerça suas três funções, a saber: meio 
de pagamento, reserva de valor e unidade de conta. Além disso, deve-se 
ressaltar que a moeda é o ativo mais líquido (facilidade com que um ativo ou 
bem converte-se no meio de troca de uma determinada economia). 
Emitida pelos governos estatais, com o desenvolvimento do sistema 
bancário e do subsequente sistema de reservas fracionárias, as 
moedas nacionais foram se tornando essencialmente fiduciárias, 
passando a ser utilizadas, fundamentalmente, em razão da confiança 
do público em sua aceitação generalizada, sem lastro. O valor atribuído 
à moeda fiduciária, portanto, deve-se ao fato de que os governos 
nacionais aceitam apenas essas moedas como pagamento de taxas, 
garantindo sua demanda (Carvalho et al., 2017, p. 6). 
Segundo Blanc (2006), ao longo do tempo, se desenvolveram na 
economia as chamadas “moedas paralelas”, isto é, meio de pagamento diferente 
das moedas nacionais, mas que possui garantia de conversibilidade nessa 
moeda. São moedas que foram criadas para reorganizar a economia. Dentro 
dessas moedas paralelas – paralelas no sentido de moedas não tradicionais 
(tradicionalmente regulamentada) – configuram-se as criptomoedas, com seu 
poder inovativo. 
Carvalho et al. (2017, p. 12) acreditam que as criptomoedas têm potencial 
para serem difundidas, principalmente no que se refere à função meio de 
pagamento, pois não apresentam “custos de estocagem e têm como vantagens 
a possibilidade de serem divididas digitalmente, bem como não necessitam de 
intermediários para suas trocas”. 
Apesar disso e da importância que as criptomoedas vêm ganhando 
mundialmente, deve-se ter em mente que elas não desempenham as três 
funções da moeda citadas inicialmente. Existe uma alta volatilidade de preços 
 
 
9 
que acaba por limitar seu uso como reserva de valor, e elas ainda não são 
aceitas universalmente, o que torna sua função meio de pagamento limitada. 
TEMA 3 – BITCOIN: VISÃO GERAL, OFERTA E REDES DE TRANSAÇÕES 
O conceito do Bitcoin foi lançado em 2008 em um trabalho de Nakamoto. 
Bitcoin é uma rede de pagamentos peer-to-peer e uma moeda que circula 
essencialmente como dinheiro on-line. 
Após sua criação, houve uma tendência de aumento expressivo do preço 
dessa moeda que pode ser explicada pelo aumento de seu uso, apesar de ainda 
ser restrito mundialmente, e ao processo especulativo relacionadoà essa moeda 
(Carvalho et al., 2017). Essa especulação está ligada ao processo de mineração 
pelo qual o Bitcoin precisa passar para ser ofertado. Desse modo, como não há 
um governo ofertando o Bitcoin nem mesmo algum tipo de regulamentação, os 
mineradores podem receber algum tipo de recompensa para priorizar algumas 
transações em detrimento de outras. 
O Gráfico 1 mostra a evolução do preço do Bitcoin até 2017, quando 
apresentou uma grande alta. 
Gráfico 1 – Evolução do preço do bitcoin em US$ 
 
Fonte: Buy Bitcoin Worldwide, 2019. 
Por meio do Gráfico 1 é possível perceber que o preço do bitcoin passou 
a oscilar de forma significativa a partir de 2017, sendo que, entre 2017 e 2018, 
ocorreu o auge do seu preço. Entretanto, você sabia que, em 2009, o bitcoin não 
foi negociado em casa de câmbio, sendo seu preço zero inicialmente? Foi 
apenas em 2010 que houve o primeiro registro de preço do bitcoin (US$ 0,39). 
 
 
10 
Diferentemente das moedas tradicionais que são emitidas pelos bancos 
centrais das economias e controladas de acordo com a necessidade do governo, 
não há um preço oficial para o bitcoin, apenas várias médias baseadas nos 
preços estabelecidos nas casas de câmbio globais (Buy Bitcoin Worldwide, 
2019). Contudo, o que determinará o preço de um Bitcoin? Sua oferta e 
demanda, sua aceitação no mercado, o número de carteiras digitais e o papel do 
mercado (Foxbit, 2019). 
Levando em consideração que a oferta de bitcoin é limitada (estipulada 
em 21 milhões de moedas), sendo que mais da metade já está no mercado, o 
ritmo de produção da moeda é decrescente e conhecido, sendo que, por volta 
de 2120, deve-se acabar toda a mineração dessa moeda. Além disso, a 
demanda por bitcoin é volátil e modificada de acordo com as condições e 
oscilações do mercado. 
No que se refere à aceitação no mercado, o site Foxbit (2019) afirma que 
esse fator é de grande importância para determinar o valor dos bitcoins e 
propagar sua utilização e aceitação. Além disso, o número de carteiras digitais 
também influirá no valor dessa criptomoeda. Atualmente, existem inúmeros 
aplicativos e programas de carteiras de bitcoin, o que demonstra o aumento do 
interesse das pessoas na criptomoeda. Por fim, o site considera que o papel do 
mercado, ou melhor, a atuação das economias será de extrema relevância para 
determinar o preço do bitcoin. A esse respeito, é possível afirmar que períodos 
de crise com valorizações e desvalorizações bruscas das moedas nacionais 
pode impactar na procura do bitcoin e, consequentemente, interferir na sua 
cotação. 
TEMA 4 – BITCOIN: BENEFÍCIOS E DESAFIOS 
Agora que já falamos sobre algumas das características das 
criptomoedas, podemos avançar e analisar seus benefícios e desafios. Assim, 
muitos devem se perguntar: por que usar uma criptomoeda para realizar uma 
determinada transação quando é possível usar reais (R$), dólares (US$) ou 
Euros (€)? Não necessariamente a moeda virtual é uma substituta das moedas 
tradicionais, mas sim um novo sistema de pagamentos. 
Ulrich (2014) apresenta três benefícios das criptomoedas: menores custos 
de transação, potencial arma contra a pobreza e a opressão e estímulo à 
inovação financeira. 
 
 
11 
A respeito dos menores custos de transação, segundo o autor, como as 
transações com criptomoedas, por exemplo, o bitcoin, não requerem um 
intermediário financeiro, acabam por se tornarem mais baratas e rápidas se 
compararmos com as redes de pagamento tradicionais. A esse respeito, Ulrich 
(2014) afirma que as criptomoedas, como o Bitcoin, são atrativos para as 
pequenas empresas que procuram formas de reduzir seus custos de transação 
na condução de seus negócios. Os cartões de crédito facilitaram as trocas 
comerciais, entretanto, existem custos, muitas vezes altos, aos comerciantes. 
Assim, o Bitcoin pode ser uma alternativa para facilitar as transações. 
Como o Bitcoin facilita as transações diretas sem um terceiro, ele 
remove cobranças custosas que acompanham as transações com 
cartões de crédito. O Founder Fund, um fundo de venture capital 
encabeçado por Peter Thiel, do PayPal e Facebook, recentemente 
investiu três milhões de dólares na companhia de processamento de 
pagamentos BitPay, por causa da habilidade do serviço em reduzir os 
custos no comércio on-line internacional. De fato, pequenos negócios 
já começaram a aceitar bitcoins como uma forma de evitar os custos 
de operar com empresas de cartão de crédito. Outros adotaram a 
moeda pela sua velocidade e eficiência em facilitar as transações. O 
Bitcoin provavelmente continuará a reduzir os custos de transações 
das empresas que o aceitam à medida que mais e mais pessoas o 
adotem (Ulrich, 2014, p. 24). 
O segundo benefício citado por Ulrich (2014) refere-se à utilização das 
moedas virtuais como possível arma contra a pobreza e opressão. A esse 
respeito, de acordo com o autor, é importante ter em mente que, como essas 
moedas podem aumentar o acesso a serviços financeiros básicos a um menor 
custo, pode desempenhar o papel de reduzir a pobreza mundial. Além disso, 
moedas virtuais como o Bitcoin podem interferir na vida de pessoas que vivem 
em países com forte controle de capitais. Isso ocorre, pois 
O número total de bitcoins que podem ser minerados é limitado e não 
pode ser manipulado. Não há autoridade central que possa reverter 
transações e impedir a troca de bitcoins entre países. O Bitcoin, dessa 
forma, proporciona uma válvula de escape para pessoas que almejam 
uma alternativa à moeda depreciada de seu país ou a mercado de 
capitais estrangulados (Ulrich, 2014, p. 26). 
Nessa linha de raciocínio, é possível citar que alguns argentinos adotaram 
o Bitcoin em resposta às altas taxas de inflação e os rigorosos controles de 
capitais. 
O último benefício citado diz respeito ao estímulo à inovação financeira. 
Essas inovações envolvem não apenas as moedas virtuais propriamente ditas, 
mas as inovações já citadas anteriormente com a introdução da tecnologia 
 
 
12 
Blockchain, além das Fintechs, inovações estas que vieram para revolucionar o 
mercado financeiro. 
Apesar dos benefícios, alguns autores levantam críticas e desafios 
relacionados à utilização das moedas virtuais. A esse respeito, a Diretoria de 
Segurança Institucional (DISIN) do Banco do Brasil (2017) afirma que os 
fundamentos das criptomoedas podem ser modificados, de modo que, como não 
há uma regulação, é possível que se mudem as regras e fundamentos de modo 
mais fácil. 
Já Ulrich (2014) afirma que um dos grandes desafios é a volatilidade. 
Como exemplo, o autor cita que, de 2011 a 2014, o Bitcoin foi exposto a cinco 
ajustes de preço significativos, sendo esses ajustes semelhantes às bolhas 
especulativas tradicionais. 
Coberturas da imprensa otimistas em demasia provocam ondas de 
investidores novatos a pressionar para cima o preço do bitcoin. A 
exuberância, então, atinge um ponto de inflexão, e o preço finalmente 
despenca. Novos entrantes ávidos por participar correm o risco de 
sobrevalorizar a moeda e perder dinheiro em uma queda abrupta. O 
valor flutuante do bitcoin faz com que muitos observadores 
permaneçam céticos quanto ao futuro da moeda (Ulrich, 2014, p. 28-
29). 
De acordo com a Diretoria de Segurança Institucional (Disin) do Banco do 
Brasil (2017), a ausência de uma autoridade central também pode ser um risco, 
pois o fato de as criptomoedas serem descentralizadas cria dificuldades diante 
de cenários não favoráveis. Além disso, segundo essa diretoria, pode haver 
manipulação do funcionamento da rede. 
Uma das características da moeda virtual é a natureza descentralizada 
do protocolo, fruto do sistema de recompensas implementado. No 
entanto, o crescimento exponencial da capacidade computacional 
dedicada à mineração pode fazer com que a atividade se torne cada 
vez mais dependente de capital intensivo, trazendo assim riscos de 
centralização da rede e concentração depoder por grandes grupos 
mineradores. O protocolo possui atualmente uma vulnerabilidade, que 
permite que um pequeno grupo de mineradores possa alcançar mais 
de 51% do poder de processamento da rede, tornando-a suscetível a 
eventuais manipulações de cotações (Banco do Brasil, 2017, p. 8). 
Por fim, Ulrich (2014) expõe mais dois desafios relacionados às 
criptomoedas: violação de segurança e uso para fins criminosos. Assim, se as 
pessoas não protegem sua carteira de moedas digitais, elas podem estar mais 
sujeitas ao roubo. A esse respeito, é importante salientar que a criptografia veio 
para resolver ou ao menos tentar resolver o problema da segurança. Além disso, 
deve-se considerar que, como o Bitcoin permite uso de pseudônimos, há 
 
 
13 
questionamento se essa moeda não pode ser utilizada para lavagem de dinheiro 
ou para realizar compra e venda de produtos ilícitos. 
Bom, apesar de não ser unanimidade e apresentar riscos e desafios, 
deve-se ressaltar a importância que as criptomoedas vêm ganhando ao longo do 
tempo. 
TEMA 5 – CIRCULAÇÃO, O PROBLEMA DA SEGURANÇA E O MERCADO 
REGULATÓRIO PARA BITCOIN 
A regulação de criptomoedas como o bitcoin suscita uma grande 
discussão acerca da sua regulação e o problema da segurança. Isso ocorre, pois 
não há de fato uma regulação específica de modo que as leis e regulações 
atualmente existentes não preveem a utilização de criptomoedas, o que causa 
grande controvérsia em torno desse tema. 
Você já parou para pensar nos desafios que permeiam a utilização das 
criptomoedas? Vamos tentar explorar algumas questões nesse momento. 
Segundo Ulrich (2014), uma das questões que gera grande problema e até 
mesmo a falta de regulação é porque o bitcoin, como as criptomoedas no geral, 
não se encaixa em definições regulamentares existentes de moedas ou outros 
instrumentos financeiros, dificultando a aplicação de leis. 
A esse respeito, Carvalho et al. (2017, p. 19) afirmam que 
O uso da tecnologia blockchain para o surgimento e a utilização de 
criptomoedas levanta questões sobre sua regulação e novas formas 
de crimes internacionais. Um primeiro problema em relação à 
regulação das moedas virtuais é a dificuldade em definir o que são de 
fato tais moedas, visto que combinam características de moedas, 
sistemas de pagamentos e commodities. Nesse sentido, seria 
necessária uma padronização da classificação para que as 
autoridades regulatórias possam aplicar as mesmas políticas 
regulatórias. 
Além disso, os autores ainda afirmam que, como essas moedas são 
descentralizadas e transnacionais, suas transações tornam-se difíceis de 
rastrear e de serem submetidas a uma jurisdição. Nesse sentido, para que haja 
uma regulação, é necessária uma definição para além dos territórios nacionais, 
o que torna mais difícil e polêmico dado que as economias têm lidado de modo 
diferente com as criptomoedas. Nesse sentido, há um crescente debate acerca 
das criptomoedas no nível governamental (Ulrich, 2014). Destaca-se também 
 
 
14 
que alguns países baniram seu uso, como a Bolívia e a Rússia, enquanto outros 
têm alertado para os riscos que as envolvem (Carvalho et al., 2017, p. 19). 
Deve-se levar em consideração também que a falta de leis e de 
regulamentação pode suscitar a atividade criminosa justamente pela dificuldade 
de identificar e aplicar leis sobre os que cometem tais crimes. Nesse sentido, o 
Fundo Monetário Internacional (FMI, 2018) afirma que essas moedas digitais 
facilitam a lavagem de dinheiro, o financiamento ao terrorismo e a evasão fiscal. 
Apesar dos problemas associados à regulação das criptomoedas, deve-
se considerar que sua utilização resolve o problema do duplo gasto associado 
às primeiras formas de moeda eletrônica. Deve-se considerar, então, que o 
desenvolvimento de uma regulação ou ao menos a rastreabilidade das 
transações, que são anônimas, deve ser estimulado, a fim de beneficiar e 
diminuir os problemas relacionados ao seu uso. 
TROCANDO IDEIAS 
Você acredita que as moedas virtuais vão passar por uma regulação em 
um futuro próximo? Como fonte de inspiração para a reflexão que essa pergunta 
propõe, indico a leitura da seguinte matéria. 
Saiba mais 
BRASIL. Agência Senado. Regulação do Mercado de Criptomoedas será 
Debatida em Audiência Conjunta. 21 jun. 2019. Disponível em: 
<https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2019/06/21/regulacao-do-mercad 
o-de-criptomoedas-sera-debatida-em-audiencia-conjunta>. Acesso em: 2 set. 
2019. 
NA PRÁTICA 
Após o estudo realizado nesta aula, é hora de pôr as “mãos à obra”! 
Propomos uma reflexão acerca da evolução e variação do preço do Bitcoin. 
Quais são os fatores que podem impactar na variação do preço de uma moeda 
virtual como o Bitcoin? Para essa reflexão, sugerimos a leitura de um texto e a 
análise de alguns dados acerca da evolução do preço do Bitcoin. 
Saiba mais 
Histórico Bitcoin – BTCUSD. ADVFN. Disponível em: <https://br.advfn.com/ 
bolsa-de-valores/coin/BTCUSD/historico>. Acesso em: 2 set. 2019. 
 
 
15 
KADAMANI, R. O preço do bitcoin está subindo. Isso importa? Época Negócios, 
3 abr. 2019. Disponível em: <https://epocanegocios.globo.com/colunas/noticia/ 
2019/04/o-preco-do-bitcoin-esta-subindo-isso-importa.html>. Acesso em: 2 set. 
2019. 
FINALIZANDO 
Após o estudo de algumas das grandes inovações financeiras que 
surgiram após a crise financeira de 2008, nos debruçamos nesta aula sobre mais 
uma grande inovação que revolucionou o sistema financeiro mundial: as 
criptomoedas. Desse modo, você pôde se dedicar ao estudo das criptomoedas, 
levantando questões relevantes sobre seu surgimento, benefícios da sua 
utilização e desafios. Além disso, você pôde também saber um pouco mais a 
respeito da sua regulação e circulação. 
Assim, para tornar possível o aprofundamento acerca da temática das 
moedas digitais, esta aula foi dividida em cinco temáticas, iniciando com a 
análise do mercado das criptomoedas peer-to-peer, levantando a relevância da 
rede p2p para a circulação dessas moedas. Posteriormente, você aprendeu 
sobre o ciberespaço e as propriedades das criptomoedas. Nesse tema, foi 
possível analisar das funções das moedas “tradicionais” e verificar se as 
criptomoedas desempenham todas as funções. 
Em seguida, a atenção voltou-se para a atuação do Bitcoin, 
especificamente. Assim, no tema 3, apresentou-se a temática acerca da sua 
oferta e rede de transações. No tema 4, apresentou-se os benefícios e desafios 
da utilização do Bitcoin. Já no quinto tema, a atenção voltou-se para a circulação 
e regulação do Bitcoin, demonstrando sua relevância e impacto mundial. 
 
 
 
16 
REFERÊNCIAS 
BANCO DO BRASIL. Diretoria de Segurança Institucional (Disin). Moedas 
virtuais. 2017. Disponível em: <http://www.mpf.mp.br/atuacao-tematica/ccr2/ 
publicacoes/cartilhas/atuacao-interinstitucional-com-o-bb/cartilha-moeda-digital-
versaoatual.pdf> Acesso em: 2 set. 2019. 
BASSATTO, L. P2P ou “peer-to-peer”: Como funciona uma rede sem 
intermediários? Cointimes, 1.º ago. 2018. Disponível em: 
<https://cointimes.com.br/p2p-ou-peer-to-peer-como-funciona/> Acesso em: 2 
set. 2019. 
BLANC, J. Las monedas paralelas: evaluación y teorias del fenómeno. HAL, 5 
nov. 2006. Disponível em: <https://halshs.archives-ouvertes.fr/halshs-00111649>. 
Acesso em: 2 set. 2019. 
CARVALHO, C. E. et al. Bitcoin, criptomoedas, blockchain: desafios analíticos, 
reação dos bancos, implicações regulatórias. Fórum Liberdade Econômica, 
2017. 
COMO o valor do bitcoin é calculado? Foxbit, 5 mar. 2019. Disponível em: 
<https://foxbit.com.br/blog/como-o-valor-do-bitcoin-e-calculado/>. Acesso em: 2 
set. 2019. 
FMI – FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL. Relatório Anual do FMI 2018. 
Disponível em: <https://www.imf.org/external/pubs/ft/ar/2018/eng/assets/pdf/imf-
annual-report-2018-pt.pdf>. Acesso em: 3 set. 2019. 
GREMAUD, A. P.; VASCONCELLOS, M. A. S.; TONETO JÚNIOR, R. Economia 
brasileira contemporânea.7. ed. São Paulo: Atlas, 2011. 
KRUGMAN, P.; OBSTEFELD, M. Economia internacional. 8. ed. São Paulo: 
Pearson Prentice Hall, 2010. 
GRÁFICO do Histórico de Preço do Bitcoin. Buy Bitcoin Worldwide. Disponível 
em: <https://www.buybitcoinworldwide.com/pt-br/preco/>. Acesso em: 2 set. 
2019. 
MARTINS, A. N. da G. L. Quem tem medo do Bitcoin? O funcionamento das 
moedas criptografadas e algumas perspectivas de inovações institucionais. 
Revista Jurídica Luso Brasileira, v. 2, n. 3, p. 137-171, 2016. Disponível em: 
 
 
17 
<https://blook.pt/publications/publication/a0342b8d3db2/>. Acesso em: 2 set. 
2019. 
ULRICH, F. Bitcoin: a moeda na era digital. São Paulo: Instituto Ludwig von Mises 
Brasil, 2014.

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