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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA 
CENTRO DE CIENCIAS RURAIS 
CAMPUS DE CURITIBANOS 
 
 
 
 
 
 
 
Gabriela Izidoro Lohn 
 
 
 
 
 
 
Eficiência da nodulação e FBN de rizóbios isolados do planalto catarinense em 
feijoeiro comum (Phaseolus vulgaris L.) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curitibanos 
2021 
 
 
Gabriela IzidoroLohn 
 
 
 
 
 
 
 
Eficiência da nodulação e FBN de rizóbios isolados do planalto catarinense em 
feijoeiro (Phaseolusvulgaris L.) 
 
 
 
 
 
Trabalho Conclusão do Curso de Graduação em 
Agronomia do Centro de Ciência Rurais da 
Universidade Federal de Santa Catarina como 
requisito para a obtenção do título de Bacharel 
emAgronomia. 
 
 Orientador (a)Profª Dra. Glória Regina Botelho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Curitibanos 
2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Confia ao SENHOR as tuas obras, e teus pensamentos 
serão estabelecidos. 
Provérbios 16:3 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Gostaria de agradecer a Deus pela oportunidade da vida, por estudar em uma 
Universidade Federal, fazendo o que mais amo e o que mais me inspira todos os dias. Em 
segundo lugar, agradeço imensamente a minha mãe, que me apoiou financeiramente, 
fisicamente e mentalmente, pois sem ela com certeza não teria chego até aqui, ela é uma das 
minhas maiores inspirações no estudo, pois desde cedo batalhou sozinha para ser boa naquilo 
que exerce. Em especial agradeço aos meus irmãos por serem meu exemplo, grandes 
profissionais na área que escolheram atuar. 
Agradeço imensamente a minha Orientadora Glória, que sempre me apoiou desde o 
ano de 2018, é responsável por toda a experiência adquirida dentro do laboratório de 
microbiologia, seus ensinamentos como professora/orientadora foram muito relevantes para 
meu crescimento profissional, dentro do laboratório encontrei meu amor pela pesquisa. 
Agradeço imensamente o laboratório de química analítica e aos servidores Ketlin e 
Claudio pelos ensinamentos e por toda a paciência durante os meses de análises, com certeza 
o enriquecimento do meu trabalho não teria sido tão valioso sem os seus conhecimentos, 
vocês são incríveis meu muito obrigada. 
 Agradecimento especial a minha amiga Evelyn França Pereira por todo carinho, 
alegrias e histórias que vivenciamos dentro da Universidade, agradeço por estar presente em 
todas as fases da minha pesquisa. E aos demais colegas que durante a graduação foram de 
extrema importância. 
 Finalizo agradecendo ao meu namorado Renan, pela paciência e companheirismo ao 
longo da minha caminhada acadêmica, por todas as vezes que me acompanhou na confecção, 
preparo, implantação e condução do meu Trabalho de Conclusão de Curso, com certeza sua 
presença deixou muito mais leve a minha passagem acadêmica, obrigada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
Na cultura alimentícia brasileira, o consumo do feijoeiro é alto. É consumido há mais de dez 
mil anos em diversos países, sendo necessária uma produção capaz de atender ao mercado 
extremamente exigente. Atualmente, diversos são os entraves presente na produção dessa 
cultura. Uma delas a alta utilização de adubação nitrogenada, a fim de atribuir ganhos 
produtivos, já que a cultura demanda de N em altas quantidades para seu completo 
desenvolvimento. As leguminosas, em geral, possuem como característica a simbiose com 
bactérias capazes de realizar a FBN, com potencial de suprir a total ou parcial demanda de N 
da cultura. Neste sentido, uso de bactérias adaptadas ao local em que a cultura será inserida, 
pode ser responsável pela redução na utilização de adubação de N. O objetivo com este 
trabalho foi avaliar a capacidade de nodulação e FBN no feijoeiro de isolados da coleção do 
Laboratório Microrganismos Promotores de Crescimento de Plantas (LMPCP). Foram 
utilizados nove isolados da coleção. O experimento foi instalado na UFSC campus 
Curitibanos. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com onze tratamentos 
(T1aT9, sendo respectivamente: RBZ01 RBZ02, RBZ03, RBZ04, RBZ05, RBZ06, RBZ07, 
RBZ08, RBZ09; T10 CIAT899 Rhizobium tropici - estirpe padrão e T11 testemunha). As 
sementes de feijão Tuiuiú foram desinfestadas e inoculadas dentro defluxo laminar. Foram 
conduzidas em vasos Leonard até o estádio R6 e após 75 dias, houve a coleta das plantas. 
Foram avaliados a massa seca e úmida da parte aérea, do sistema radicular, de nódulos ativos 
e inativos, teor de N foliar e produção de AIA pelos isolados. Os dados foram submetidos à 
análise de variância (ANOVA) e quando significativo, ao método de Scott Knott a 5%. Para 
todos os parâmetros analisados houve diferença significativa entre os tratamentos. Os 
resultados obtidos demostraram maior acúmulo de massa seca da CIAT899 e RBZ09. Na 
massa seca do sistema radicular, CIAT, RBZ09 e RBZ08 não se diferenciaram 
estatisticamente entre si. No acúmulo de biomassa seca dos nódulos ativos, RBZ08 foi 
superior à CIAT899. Para nódulos inativos, o acúmulo de massas úmida e seca o RBZ06, foi 
superior a CIAT899. Para teor de N foliar, RBZ01 obteve maior média em relação à estirpe 
padrão. Na análise qualitativa de AIA, 24h após a inoculação, apenas RBZ01 e RBZ04 não 
produziram AIA. Na análise de produção quantitativa, RBZ02, RBZ05, RBZ06, e RBZ08 se 
diferenciaram da CIAT899, com médias superiores, evidenciando incremento na produção do 
sistema radicular. Houve eficiência na nodulação e FBN para o feijão, especialmente RBZ01, 
RBZ02, RBZ05, RBZ06, RBZ08 e RBZ09, sugerindo novos estudos com esses isolados. 
 
Palavras-chave: Microrganismos. Nitrogênio. Nodulação. Crescimento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
In the Brazilian food culture, the consumption of beans is high. It has been consumed for over 
ten thousand years in several countries, requiring a production capable of meeting the 
extremely demanding market. Currently, there are several obstacles present in the production 
of this culture. One of them is the high use of nitrogen fertilization, in order to attribute 
productive gains, since the culture demands high amounts of N for its complete development. 
Legumes in general are characteristic of symbiosis with fixative bacteria capable of 
performing FBN, with the potential to supply the N demand of the total or partial culture. In 
this sense, the use of bacteria adapted to the place where the culture will be inserted may be 
responsible for the reduction in the use of N. The objective of this work was to evaluate the 
nodulation capacity and FBN in common bean from isolates from the collection of the Plant 
Growth Promoter Microorganisms Laboratory (LMPCP). Nine isolates from the collection 
were used. The experiment was installed at (UFSC), campus Curitibanos. The experimental 
design was in randomized blocks, with eleven treatments (T1aT9, respectively: RBZ01 
RBZ02, RBZ03, RBZ04, RBZ05, RBZ06, RBZ07, RBZ08, RBZ09; T10 CIAT899 
Rhizobium tropici - standard strain; and T11 control). The Tuiuiú bean seeds were disinfected 
and inoculated within the laminar flow. They were conducted in Leonard pots, until the R6 
stage and after 75 days, the plants were collected. The dry and wet mass of shoots, root 
system, active and inactive nodules, leaf N content, and AIA production by the isolates were 
evaluated. Data were submitted to analysis of variance (ANOVA) and, when significant, the 
Scott Knott method at 5%. For all parameters analyzed there was a significant difference 
between treatments. The results obtained showed greater accumulation of dry mass of 
CIAT899 and RBZ09. In the dry mass of the root system, CIAT, RBZ09 and RBZ08 did not 
differ statistically from each other. In the accumulation of dry biomass of activenodules, 
RBZ08 was superior to CIAT899. For inactive nodules, the accumulation of wet and dry 
masses for RBZ06 was higher than for CIAT899. For leaf N content, RBZ01, obtained a 
higher average compared to the standard strain. In the qualitative analysis of AIA, 24h after 
inoculation, only RBZ01 and RBZ04 did not produce AIA showed a yellowish color. In the 
quantitative production analysis, RBZ02, RBZ05, RBZ06, and RBZ08 differed from 
CIAT899, with higher means, showing an increase in the production of the root system. There 
was nodulation efficiency and FBN for beans, especially RBZ01, RBZ02, RBZ05, RBZ06, 
RBZ08 and RBZ09, suggesting new studies with these isolates. 
 
Keywords: Microorganisms. Nitrogen.Nodulation. Growth 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1 - Efeito na inoculação de rizóbios na massa da parte aérea do feijão cultivar IPR 
tuiuiú ............................................................................................................................................. ...25 
Tabela 2 - Efeito na inoculação de rizobios na massa da raiz do feijão cultivar tuiuiú .....................26 
Tabela 3 - Efeito da inoculação de rizóbios na massa dos nódulos ativos do feijão cultivar IPR 
tuiuiú ...................................................................................................................................................28 
Tabela 4-Efeito da inoculação de rizobios na massa dos nódulos inativos do feijão cultivar 
tuiuiú. ..................................................................................................................................................29 
Tabela 5 - Efeito da inoculação de rizóbios na porcentagem de massa seca dos nódulos ativos 
e inativos do feijão cultivar tuiuiú ......................................................................................................30 
Tabela 6 - Efeito da inoculação de rizóbios no teor de nitrogênio da parte aérea ..............................31 
Tabela 7 - Análise qualitativa de produção AIA (24h) ......................................................................32 
Tabela 8 - Análise quantitativa de produção do AIA .........................................................................34 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1 - Confecção de vasos Leonard ................................................................................... 21 
Figura 2 - Espectrofotômetro para leitura da absorbância da análise de AIA ......................... 24 
Figura 3 - Capacidade de estímulo ao enraizamento do isolado RBZ05 .................................. 27 
Figura 4- Demonstração do experimento evidenciando a testemunha ..................................... 32 
Figura 5 - Coloração do teste qualitativo do AIA ................................................................... 33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 12 
1.1 JUSTIFICATIVA ................................................................................................................. 14 
1.2 OBJETIVOS ......................................................................................................................... 15 
1.1.1Objetivo Geral .................................................................................................................. 15 
1.1.2Objetivos específicos ......................................................................................................... 15 
2 REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................................. 16 
2.1 ORIGEM E PRODUÇÃO DO FEIJÃO ............................................................................... 16 
2.2 EXIGÊNCIAS DE NITROGÊNIO E ADUBAÇÃO PARA O FEIJOEIRO ....................... 17 
2.3 NITROGÊNIO E A FIXAÇÃO BIOLÓGICA DE NITROGÊNIO (FBN) ......................... 18 
2.4 RIZÓBIOS RECOMENDADOS PARA CULTURA DO FEIJOEIRO E NATIVOS ........ 19 
3 MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................................ 21 
3.1 ORIGEM DOS RIZÓBIOS NATIVOS ............................................................................... 21 
3.2 DESCRIÇÃO EXPERIMENTAL ........................................................................................ 21 
3.3 PREPARO DOS INÓCULOS, INOCULAÇÃO E SEMEADURA .................................... 22 
3.4 DESISNFESTAÇÃO DAS SEMENTES ............................................................................. 22 
3.5 CONDUÇÃO DO EXPERIMENTO E COLETA DAS PLANTAS ................................... 22 
3.6 PARÂMETROS AVALIADOS NA PLANTA ................................................................... 23 
3.6.1 Massa de raiz, nódulos e parte aérea – úmida e seca ................................................... 23 
3.6.2 Classificação de nódulo – Ativos e inativos ................................................................... 23 
3.6.3 Nitrogênio total da parte aérea ...................................................................................... 23 
3.7 PARÂMETRO AVALIADO NAS BACTÉRIAS ............................................................... 23 
3.7.1 Produção de Ácido Indolacético (AIA) .......................................................................... 23 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................................... 25 
4.1 AVALIAÇÃO DO EFEITO DA INOCULAÇÃO DE RIZÓBIOS NA PLANTA ............. 25 
4.1.1 Efeito na parte aérea ....................................................................................................... 25 
4.1.2 Efeito no sistema Radicular ............................................................................................ 26 
4.1.3 Avaliação da nodulação pela massa de nódulos ativos ................................................. 27 
4.1.4 Teor de nitrogênio foliar ................................................................................................. 30 
4.2 PRODUÇÃO DE ÁCIDO INDOL ACÉTICO NOS ISOLADOS ....................................... 32 
5 CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 35 
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 36 
 
 
 
 
12 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O feijão comum (Phaseolus vulgaris L.) é a leguminosa mais utilizada como base na 
alimentação para a maioria dos povos, a mais de dez mil anos (SALVADOR, 2017). Mesmo 
com a alta demanda desse produto no mercado, sua produção, no âmbito geral vem 
diminuindo, por consequência de grandes oscilações, como preço pago ao produto 
(SALVADOR, 2017). Em relação ao último ano houve redução, também, por conta de 
problemas climáticos (CONAB, 2021). Diante disso, diversos são os entraves para que se 
detenham altas produções mesmo em áreas consideradas pequenas, já que a grande maioria da 
produção do feijoeiro é concentrada em pequenas áreas (LOLLATO; SEPULCRI; 
DEMARCHI, 2001). 
No cenário mundial, o Brasil, foi considerado entre os anos de 2016-2018, o terceiro 
maior produtor do feijão, com 26,8 milhões de toneladas, representando 11% da produção 
mundial (CONAB, 2020). O planalto catarinense tem destaque na produção dentro do estado. 
Porém, há várias limitações na produção, como o manejo inadequado dos solos, baixo uso de 
tecnologias, como sementes não certificadas, baixo controle de pragas e doenças e deficiência 
de nitrogênio no solo (ALMEIDA; SANGOI, 1994 apud LISOT, 2017). 
Na cultura do feijoeiro, o nitrogênio é muito importante para seu completo 
desenvolvimento. Além de serresponsável pela produtividade, o N é um dos responsáveis 
pelo processo da fotossíntese (EMBRAPA, 2000). O amarelecimento de parte aérea faz com 
que haja diminuição na fotossíntese, o que reduz o crescimento fisiológico da planta 
(EMBRAPA, 2000). Entretanto, seu uso incorreto acaba por trazer danos às plantas e ao 
ambiente, sendo levado por lixiviação e ocorrendo contaminações de lençol freático 
(CARVALHO; REIN, 2019). Visando uma solução para reduzir a adubação nitrogenada, 
como também para minimizar problemas relacionados à produção e a questões ambientais, 
mantendo a produtividade elevada, estudos estão sendo realizados a fim de encontrar métodos 
alternativos. Uma das alternativas é o uso de rizóbios que possibilitam a fixação biológica do 
nitrogênio (FBN) para as leguminosas, como feijão (PEIXOTO, 2014). Tais bactérias 
realizam a simbiose, absorvem N2 do ar e transformam em NH3. A amônia gerada através 
desse processo será utilizada pela planta, para que haja transformação em aminoácidos ou em 
outros compostos que serão utilizados para o seu desenvolvimento (RUFINI, 2010). O uso 
dessas bactérias, através da inoculação, permite a redução da adubação nitrogenada, 
13 
 
promovendo a economia na produção de leguminosas, fazendo com que haja aumento na 
biomassa (GUALTER, 2007; BIZARRO, 2008; SANTANA et al., 2018). 
Algumas bactérias fixadoras de N utilizadas em inoculantes comerciais foram 
isoladas de regiões com temperaturas mais altas e pH de solo mais ácido (MARTINS et al., 
2012). A região de Curitibanos que se encontra no planalto do estado, possui verão longo, 
morno e úmido e inverno curto e fresco, com temperatura que varia de 6° ate 26°C, raramente 
inferior a 0° ou superior a 28°C, possuindo chuvas bem distribuídas durante todo o ano 
(CLIMATE, 2017). Essas características podem dificultar a adaptação dos rizóbios utilizados 
em inoculantes, pois não se mostraram significativamente efetivos na região. Isto causou a 
desistência de sua utilização por grande parte dos agricultores, mesmo sendo considerado de 
baixo custo. Uma possibilidade de utilização de rizóbios na cultura do feijão é o isolamento 
de indivíduos mais adaptados às condições edafoclimáticas e efetivos na FBN (LISOT; 
ARONI; WIBBELT, 2019). 
Além do exposto, o feijão possui outras limitações no que diz respeito à FBN 
(RUFINI, 2010). Um exemplo são os Programas de melhoramento genético, em que as 
seleções de cultivares foram direcionadas para que as plantas respondessem aos adubos 
nitrogenados, sem considerar a FBN (ANDRADE, 2001). Para incrementar o uso rizóbios na 
cultura do feijão, um a nova perspectiva no melhoramento genético deve ser considerada.
 No presente trabalho, foram testados isolados do banco de germoplasma de 
Microrganismos Promotores de Crescimento em Plantas (LMPCP), da Universidade Federal 
de Santa Catarina Campus Curitibanos. Esses rizóbios foram isolados da região de 
Curitibanos e estão sendo testados desde 2016, para avaliar sua eficiência na nodulação e 
FBN. Com os trabalhos vem sendo percebidos que os isolados, possuem melhor adaptação 
quando comprado com a estirpe padrão CIAT899. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
1.1 JUSTIFICATIVA 
 
O feijoeiro é uma cultura de interesse social. Dessa forma, sua produção deve ser 
alta, para que a demanda seja atendida (RESENDE, 2002). A adubação e correto manejo do 
solo devem ser atendidas (HUNGRIA; MENDES 2001). Espécies como o feijoeiro, quando 
associado aos rizóbios, através do processo simbiótico, conseguem se beneficiar do 
suprimento do nitrogênio fornecido por essas bactérias, reduzindo o uso de adubos 
nitrogenados (MENDES, 2007; GONCALVES et al., 2008). 
A utilização de adubos nitrogenados é a precursora para a produção, mesmo quando 
em pequenas áreas de cultivo. Porém, a utilização desses adubos pode acarretar problemas 
ambientais, como a contaminação do lençol freático (RESENDE, 2002). Por isso, as bactérias 
fixadoras de nitrogênio vêm ganhando espaço em muitos estudos, pois além de obter 
diminuição de custos de produção, ainda promove redução de possíveis impactos ambientais 
(RATZ et al, 2017). 
Diferentes bactérias simbióticas são encontradas para as culturas. No caso do feijão, 
as bactérias que comumente realizam simbiose são do gênero Rhizobium (HUNGRIA et al., 
2001; MEYER et al., 2015). Por isso, essas bactérias devem ser estudadas para que se tenha 
melhor adaptabilidade em diferentes regiões, possibilitando maior capacidade de nodulação, 
atendendo às exigências da cultura e do solo em que será cultivada (EPAGRI, 1992; 
CHAGAS; JUNIOR et al., 2010). 
A região de Curitibanos já foi responsável por grande parte da produção do feijoeiro 
no estado (CONAB, 2018). Porém, houve declínio nas áreas cultivadas na região, 
principalmente, pelo fato do elevado custo de produção (EPAGRI, 2017). Diante disso, 
devem-se achar alternativas rentáveis, fazendo com que os produtores se sintam estimulados a 
produzir novamente (EPAGRI, 2017). Então, a busca por alternativas que promovam maior 
eficiência na implantação da cultura, tem enfatizado a utilização de rizóbios adaptados, 
reduzindo o uso de adubação nitrogenada. 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
1.2 OBJETIVOS 
 
1.1.1 Objetivo Geral 
 
Avaliar a eficiência na fixação biológica de nitrogênio de rizóbios isolados da 
microrregião de Curitibanos no crescimento do feijoeiro comum (Phaseolus vulgaris L.). 
 
1.1.2 Objetivos específicos 
 
Comparar eficiência dos isolados em relação à estirpe de R.tropici (CIAT899), 
utilizada como padrão; 
Quantificar a produção de AIA (ácido indol acético) pelos isolados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
2.1 ORIGEM E PRODUÇÃO DO FEIJÃO 
A origem evolutiva do feijão e a sua diversificação primária ocorreram nas 
Américas, mas existem muitas controvérsias quanto ao local exato (EMBRAPA, 2000). 
Vestígios arqueológicos mostram que o gênero Phaseolus é cultivado a mais de dez mil anos 
(FREITAS, 2006). 
Existem diversas hipóteses sobre a origem e domesticação do feijoeiro. A mais 
aceita, até hoje, é a que houve dois centros de origem e um terceiro, com menor expressão. 
Esses relatos evidenciam que há tipos selvagens que foram encontrados na região central das 
Américas, especificamente, no México, sendo esse o primeiro centro e o local de onde se 
disseminou a maioria das cultivares de grãos pequenos, como o caso do carioca. Já as 
sementes mais graúdas, conhecidas como Jalo, tiveram seu desenvolvimento no norte da 
Argentina e sul do Peru, sendo esse considerado o segundo cetro de origem. Como o terceiro , 
aponta-se a Colômbia (EMBRAPA, 2000). 
As diferenças encontradas nos três centros de origem e domesticação do feijoeiro se 
dão pelo tipo de proteína encontrado nos grãos. Enquanto os feijoeiros advindos do México, 
conhecidos como mesoamericanos têm uma proteína chamada Faseolina do tipo S, os de 
origem do sul dos Andes possuem Faseolina do tipo T e são chamados de andinos. Já nos 
provenientes da Colômbia encontram-se a proteína do tipo S e T, os tipos B, C e H 
(EMBRAPA, 2000). 
Os registros do feijoeiro são os mais antigos do mundo. Isso porque desde o antigo 
Egito e na Grécia, os feijões cultivados eram cultuados como símbolo da vida. Já em Roma, 
essa cultura era utilizada em festas gastronômicas e utilizada como moeda em forma de 
pagamento em apostas (EMBRAPA, 2000). Documentos apontam, também que os guerreiros 
troianos, utilizavam o feijão como seu prato principal durante as guerras. 
 Segundo a Organização das Nações Unidas para alimentação e Agricultura (FAO), a 
produção mundial de feijão vem crescendo desde 1960 (FUSCALDI e PRADO, 2004). Nos 
últimos cinco anos, a produção mundial tem oscilado entre 16,1 e 17,8 milhões de toneladas 
(CONAB, 2018). No período entre 2010 a 2014, a produção mundial média foi de 23,8 
milhões de toneladas(FAO, 2017). Mesmo com os decréscimos que vêm ocorrendo em áreas 
cultivadas, os rendimentos de produção cresceram, evidenciando o uso de tecnologias no 
campo (EMBRAPA, 2009). Desde 2002, cerca de 65% da produção mundial, originou-se de 
seis países, sendo o Brasil, o terceiro maior produtor, com produção de 3.328 mil toneladas 
17 
 
(CONAB, 2018;FAO, 2020).Essa representa 11% da produção mundial que onde engloba o 
feijão preto, de cores e caupi (FAO, 2020). No Brasil, são cultivados cinco milhões de 
hectares dessa cultura, e a característica de ciclo curto do feijoeiro, propicia a vantagem de ser 
cultivado entre safras, gerando ao produtor maior renda, além de diversificação dentro da 
propriedade (SOARES et al., 2006). 
A região Sul do país é responsável por 92% da produção nacional do feijão preto 
(CONAB, 2021). Com área plantada de 920 mil hectares, gerando produção em torno de 
1.033,6 mil toneladas de feijão (CONAB, 2020). O ano de 2021 propiciou aumento dos 
preços pagos aos produtores na saca de 60kg, gerando aumento de 17,32%, em relação a 
dezembro de 2020. (EPAGRI, 2021). O estado do Paraná apresentou a maior produção 
(CONAB, 2019). O município de Prudentópolis (PR) lidera o ranking de produção, com 
36.900 toneladas (CONAB, 2018). Santa Catarina, está em quinto lugar, com produção de 8,1 
mil toneladas na safra 2018/2019 (CONAB 2019). 
Segundo a Síntese Anual da Agricultura de Santa Catarina (2020/2021), Santa 
Catarina e Paraná se destacam em produção na região Sul, em especial na safra de 20/21. No 
estado de SC foram semeados cerca de 18,4 mil hectares, representando um aumento de 5,9% 
nas áreas cultivadas em relação a safra de 2019/20. Entretanto, houve diminuição de produção 
no estado, por conta de problemas climáticos (CONAB, 2021). 
Em Santa Catarina, cinco regiões se destacam na produção de feijão: Xanxerê 
(34.800 toneladas), Curitibanos (21.000toneladas), Canoinhas (20.192toneladas) e Campos de 
Lages (16.259 toneladas) (EPAGRI, 2017). Na safra de 2017, a região de Curitibanos foi a 
segunda maior em produção da cultura dentro do estado de Santa Catarina (EPAGRI, 2017). 
 
2.2 EXIGÊNCIAS DE NITROGÊNIO E ADUBAÇÃO PARA O FEIJOEIRO 
A produção do feijoeiro é favorável em todas as regiões brasileiras, pois as condições 
ambientais são adequadas (EMBRAPA, 2009). Porém, os inadequados manejos dos solos e a 
baixa disponibilidade de nutrientes, acabam por limitar a produtividade. O nitrogênio é 
importante para nutrição do vegetal, e consequentemente para a sua produção (CABALLERO 
et al., 1985). Esse nutriente é utilizado em maior quantidade e extraído do solo durante todo o 
ciclo (JUNIOR, 2011). Sua máxima exigência se dá no florescimento das leguminosas, sendo 
necessário para as vagens e enchimento dos grãos (JUNIOR, 2011). O feijão absorve 100 kg 
de N. ha
-1
para produzir uma média de 2000 kg.ha
-1
 (EPAGRI, 1992; CONAB, 2015). Sendo 
esse o motivo pelo qual a adubação nitrogenada é tão importante produção da cultura. Por 
18 
 
isso, a produção do feijoeiro tem custo de produção maior, quando comparadas a outros grãos 
(AMADO et al., 2002; CONAB, 2015). 
O aparecimento de deficiência de N em plantas é muito comum em quase todos os 
solos, sendo caracterizada por um amarelecimento generalizado das folhas, que se inicia pelas 
mais velhas (EMBRAPA, 2011). Para suprir a baixa disponibilidade de N nos solos, utiliza-se 
a adubação nitrogenada (EMBRAPA, 2009). As pesquisas realizadas pela Embrapa indicaram 
que a quantidade de fertilizantes nitrogenados para os feijoeiros, depende da época de plantio, 
da quantidade e do tipo de resíduo deixado na superfície do solo pela cultura antecessora, 
além da expectativa de produtividade de grãos (EMBRAPA, 2009). Em geral, os estudos 
recomendaram em média, 105 kg de N/ha (EMBRAPA, 2016). Para a adubação nitrogenada, 
tem se utilizado ureia, como fonte mineral (AMADO et al, 2002). Porém, em algumas regiões 
do Brasil, há elevada pluviosidade. Isto faz com que haja perda da ureia por lixiviação, 
havendo interferência na absorção pelas plantas e perdas de até 50% desse nutriente, fazendo 
com que aumente o custo de produção e, por consequência, maiores danos ambientais 
(SIQUEIRA et al., 1994; STRALIOTTO et al., 2002 apud PELEGRIN, et al., 2009). 
Para a adubação completa do feijoeiro, os três principais nutrientes, N, P, K são 
fornecidos durante o ciclo. Para a adubação de N feita no feijoeiro, recomendam-se a 
aplicação de1/3 na semeadura e 2/3 em cobertura, 25 a 30 DAE. A dose recomendada varia de 
40 a 120 kg/ha, o que irá depender da amostragem do solo. Para o fósforo, há maior absorção 
dos 30 até 55 DAE, sendo necessário do florescimento até o início de formação das vagens. A 
dosagem recomendada está em torno de 30 a 110 kg/ha, dependendo da produtividade 
esperada. Já o potássio deve ser incluído na adubação, pois é necessário na diferenciação dos 
botões florais, florescimento e formação das vagens, sendo necessário principalmente de 25 a 
35 DAE e de 45 a 55 DAE, respectivamente, como dose variando de 20 a 50 kg/ha 
(EMBRAPA, 2000). 
 
2.3 NITROGÊNIO E A FIXAÇÃO BIOLÓGICA DE NITROGÊNIO (FBN) 
A atmosfera é constituída por aproximadamente 79% de Nitrogênio (N), em que 
inicialmente, ocorre na forma molecular diatômica (N2) (KUSDRA, 2002). Esse elemento é 
fixado apenas por microrganismos procarióticos, que conseguem reduzi-lo para a forma de 
amônia (NH3), a partir do processo da FBN. As espécies bacterianas que possuem o complexo 
enzimático nitrogenase são capazes de catalisar a reação da fixação do N atmosférico 
(SIQUEIRA E FRANCO, 1988, SIQUEIRA, 1993; HUNGRIA et al., 1994). 
19 
 
A FBN pode ser classificada de duas formas, sendo simbiótica e assimbiótica. A 
simbiótica quando possui associações mutualistas entre microrganismos fixadores e espécies 
vegetais (VIDOR et al.,1983). Nessa condição, o N é imediatamente colocado à disposição da 
planta hospedeira, na forma de amônia, que se combina com os ácidos orgânicos disponíveis 
pela fotossíntese (VIDOR et al.,1983). A FBN assimbiótica, quando é promovido por 
microrganismos de vida livre, o N é transformado em formas orgânicas, em nível celular, para 
atendimento das necessidades metabólicas do microrganismo. Só após sua morte, o N 
orgânico será mineralizado e ficará disponível para as plantas. Esses são chamados de 
diazotróficos (VIDOR et al.,1983). 
No caso de sistemas simbióticos, essa capacidade de fixar o N2 poderá trazer 
benefícios e maiores vantagens ao sistema de produção de leguminosa, trazendo maiores 
ganhos, onde esse nutriente é limitante. A FBN é resultado de complexas reações biológicas e 
bioquímicas e que podem envolver espécies distintas. Então, essa dependerá, principalmente, 
do potencial genético do microrganismo diazotrófico, do hospedeiro ou ainda de ambos 
(SIQUEIRA, 1993). 
Entretanto, essas vantagens da fixação podem ser perdidas, quando alguns fatores 
edafoclimáticos contribuem para isso, como é o caso do estresse hídrico ou ainda, de 
temperaturas altas (MERCANTE et al., 1998). Por esse motivo, precisa-se de estirpes 
adequadas para cada local em que estejam sendo utilizadas (JUNIOR; REIS, 2008). Nas 
condições de deficiência hídrica, há diminuição de pelos radiculares e menor produção de 
nódulos. Também pode ocorrer o abortamento de alguns nódulos já existentes 
(GOORMACHTING et al., 2004 apud JUNIOR; REIS, 2008). Altas temperaturas afetarão 
algumas fases da associação das bactérias com a planta. A principal será na fase inicial, 
podendo afetar a sobrevivência dessas bactérias no solo (MERCANTE et al., 1998). 
 
2.4 RIZÓBIOS RECOMENDADOS PARA CULTURA DO FEIJOEIRO E NATIVOS 
Para a produção de inoculantes comerciais para a cultura do feijoeiro é utilizada a 
espécie de rizóbio Rhizobium tropici (HUNGRIA; CAMPOS; MENDES, 2001), 
compreendendo as estirpes comerciais SEMIA 4077 (CIAT 899) e SEMIA 4080 (PRF 81).A 
SEMIA 4077 é a estirpe-padrão da espécie R.tropici e pertence ao tipo IIB (HUNGRIA; 
CAMPOS; MENDES, 2001) e a SEMIA 4080 apresenta propriedades fisiológicas 
intermediárias, entre os tipos IIA e IIB de R. tropici (HUNGRIA; CAMPOS; MENDES, 
2001), mas sua posição taxonômica exata ainda necessita ser definida. 
20 
 
Em trabalhos analisados em que se utiliza rizóbios, pode haver diferentes 
interpretações. Em um artigo publicado, a inoculação de sementes de feijão IPR 139 com 
Rhizobium tropici SEMIA 4088, em solos com pH em torno de 6,0 e altas populações de 
rizóbios nativos não foi capaz de melhorar a nodulação, bem como a FBN (MATOSO, 2014). 
Porém, outro trabalho mostrou que a inoculação com as estirpes UFLA 02-86, UFLA 02-100 
e UFLA 02-127, isolados nativos, contribuíram, de forma significativa, para o aumento no 
rendimento e acúmulo de N ou grãos na cultura do feijoeiro, não havendo diferença, quando 
comprado à inoculação com a estirpe CIAT899, recomendada pela RELARE (Reunião da 
Rede de Laboratórios para a Recomendação, Padronização e Difusão de Tecnologia de 
Inoculantes Microbianos de Interesse Agrícola) (SOARES, 2006). 
Em trabalhos realizados no estado de Mato Grosso do Sul, foi possível compreender 
que rizóbios nativos foram capazes, quando em condições hídricas adequadas, de promover 
nodulação eficiente, trazendo incrementos na biomassa da parte aérea e nódulos, mostrando 
que esses rizóbios nativos se conduzidos adequadamente podem trazer resultados positivos 
(MERLIN, 2018). 
Em trabalhos conduzidos no Campus de Curitibanos da UFSC, rizóbios isolados e 
adaptados à região de Curitibanos apresentaram resultados significativos, em relação à estirpe 
padrão CIAT899, como no último trabalho conduzido na as frade 2020 que demostrou que os 
isolados RBZ14 e RBZ 15 se mostraram eficientes no acúmulo de massa da parte aérea, além 
de maior porcentagem de nódulos, sugerindo que esses isolados possuem capacidade de 
estímulo ao desenvolvimento do feijoeiro, nas condições edafoclimáticas de Curitibanos 
(VALDERRAMA, 2020). Esse trabalho confirmou aquele feito em 2019 que evidenciou os 
mesmos isolados, como mais eficientes no acúmulo de N foliar que a estirpe CIAT899 e tão 
eficientes quanto à adubação nitrogenada. A inoculação do isolado RBZ15 apresentou 
produtividade superior à obtida com a estirpe padrão (ARONI, 2019). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
3 MATERIAL E MÉTODOS 
 
3.1 ORIGEM DOS RIZÓBIOS NATIVOS 
Os rizóbios foram isolados em 2016, pela atual Engenheira agrônoma Janaina Lisot 
(LISOT, 2016). Esses rizóbios foram obtidos de feijão cultivados em solos da localidade da 
Horizolândia situada no interior de Curitibanos-(SC). 
 Após as análises do seu trabalho, o estoque permaneceu armazenado no LMPCP 
(Laboratório de Microrganismos Promotores de Crescimento em Plantas). 
 
3.2 DESCRIÇÃO EXPERIMENTAL 
Esse experimento foi conduzido em delineamento de blocos casualizados, com 
quatro repetições e onze tratamentos, sendo nove isolados de rizóbios nativos RBZ01, 
RBZ02, RBZ03, RBZ04, RBZ05, RBZ06, RBZ07, RBZ08, RBZ09, a estirpe de Rhizobium 
tropici CIAT 899 (SEMIA 4077) e uma testemunha em que não houve inoculação, 
totalizando quarenta e quatro parcelas (vasos do tipo Leonard). 
No experimento, as sementes utilizadas foram da cultivar IPR Tuiuiú, grão preto 
tendo como características ciclo médio de 88 dias, da emergência até a colheita. Seu 
florescimento se dá, em média, 43 dias após a germinação. É considerado de crescimento 
indeterminado e com porte ereto (IAPAR, 2016). Foram previamente desinfestadas e 
inoculadas com os isolados selecionados e a estirpe padrão. 
A semeadura foi realizada em março de 2021 em vasos Leonard que continham 
material inerte, vermiculita e areia na proporção (2:1) que foram lavados e, posteriormente, 
autoclavados, duas vezes para completa esterilização. 
Figura 1 - Confecção de vasos Leonard 
 
Fonte: Autora, 2021 
22 
 
3.3 PREPARO DOS INÓCULOS, INOCULAÇÃO E SEMEADURA 
A preparação dos inóculos foi realizada no Laboratório de Microbiologia do campus 
da UFSC em Curitibanos. Foram autoclavados quarenta e quatro frascos contendo 5mL de 
meio LB (Lurian Bertani) líquido. Cada isolado foi inoculado com auxilio de uma alça de 
platina em quatro tubos diferentes. Quatro tubos foram mantidos sem inoculação, para o 
tratamento testemunha. Todos foram incubados a 28° C por 24 horas. Passado esse período, 
no dia da semeadura, quatro sementes de feijão, previamente desinfestadas, foram colocadas 
em cada um dos tubos, em fluxo laminar, por 25 minutos. Após esse período, as sementes 
inoculadas foram transferidas para os vasos Leonard, previamente identificados para cada um 
dos tratamentos. 
 
3.4 DESISNFESTAÇÃO DAS SEMENTES 
As sementes foram imensas em álcool 92 GL por um minuto, após imersão de 
hipoclorito de sódio (NaOCl) a 3%, por um minuto e meio e realizadas dez lavagens em água 
destilada esterilizada (CALAZANS et al, 2010). Foram desinfestadas 100 sementes que 
foram secas em fluxo laminar, por 45 minutos. 
 
3.5 CONDUÇÃO DO EXPERIMENTO E COLETA DAS PLANTAS 
O experimento foi plantado manualmente no dia 14 de março de 2021, na casa de 
vegetação do campus UFSC em Curitibanos. No dia do plantio, os vasos Leonard, 
previamente preenchidos por vermicula mais areia (2:1) esterilizados, receberam quatro 
sementes em pontos equidistantes. Após a germinação, três plântulas menos vigorosas foram 
retiradas através do raleio, ficando apenas uma planta por vaso. 
Do plantio até o décimo quinto dia, as plantas receberam água destilada e 
esterilizada. No estádio V2, no décimo sexto dia após a germinação, as plantas passaram a 
receber a solução de Hoagland com nitrogênio, diluída pela metade (HOAGLAND E 
HARNON, 1950). No estádio fenológico V3, 20 dias após a germinação, as plantas passaram 
a receber a solução de Hoagland sem nitrogênio (HOAGLAND; HARNON, 1950), renovada 
conforme (DANTAS et al., 1979), para estimular a simbiose e a fixação do N pelos rizóbios. 
No estádio vegetativo R6, aos 75 dias após a germinação, com 50% das flores 
abertas, que indica que está ocorrendo o ápice na fixação, as plantas foram coletadas, 
identificadas e levadas ao laboratório para as análises. 
23 
 
3.6 PARÂMETROS AVALIADOS NA PLANTA 
 
3.6.1 Massa de raiz, nódulos e parte aérea – úmida e seca 
 
As plantas foram divididas em três partes: parte aérea, raiz e nódulos. Desses foram 
mensurados a massa úmida, com auxílio de balanças semi-analítica e analítica. Após isso a 
secagem do material, devidamente identificado, em estufa a 50°C por 7 dias, até peso 
constante, foi determinada a massa seca, utilizando balanças semi-analítica e analítica. 
 
3.6.2 Classificação de nódulo – Ativos e inativos 
 
Os nódulos foram retirados com o auxílio de pinças esterilizadas. Nesse processo, 
ocorreu a extração de todos os nódulos presentes nas raízes. Os nódulos ativos eram separados 
pela coloração avermelhada no seu interior, devido à presença de leghemoglobina, 
responsável pela atividade no interior no nódulo, representando que há fixação de nitrogênio. 
Eram considerados inativos, aqueles nódulos que no seu interior apresentam colorações 
esbranquiçadas (STRALIOTTO; TEIXEIRA; MERCANTE, 2002). 
 
3.6.3 Nitrogênio total da parte aérea 
 
Para a análise do nitrogênio, foram trituradas a parte aérea de cada planta dos onze 
tratamento e passados em peneira 250mm. As amostras peneiradas foram identificadas para 
posterior análise pelo método de Kjeldahl, descrito por Tedesco (1995). 
 
3.7 PARÂMETRO AVALIADO NAS BACTÉRIAS 
 
3.7.1 Produção de ÁcidoIndolacético (AIA) 
 
 Para os testes qualitativos e quantitativos de produção de Ácido Indolacético (AIA), 
os isolados foram crescidos em 5mL meio LB líquido (DÖBEREINER et al., 1999) por 48 
horas a 28ºC. Após esse período, 10μL do pré-inóculo foram transferidos para tubos contendo5mL meio LB, com a adição de 100μL/mL de Triptofano (0,005g/mL). Os tubos foram 
mantidos a 28ºC durante 24 e 48 horas. Para análise qualitativa, no laboratório de química 
analítica da UFSC de Curitibanos (SC) foram misturado 1mL da suspensão bacteriana e 1 mL 
24 
 
do reagente de Salkowski (0,5M solução de FeCl3 em 7,9M de H2SO4) (GORDON; WEBER, 
1951). A mistura permaneceu no escuro durante 25 minutos. O desenvolvimento da cor rosa 
nas amostras indicou produção de AIA (MARCHIORO, 2005). 
 Esses isolados foram avaliados em análise quantitativa. Para isto, estabeleceu-se 
curva-padrão, com concentrações de 100 µg/mL, 200 µg/mL, 300 µg/mL, 400 µg/mL, 500 
µg/mL, de AIA (Vetec) em que se determinou a absorbância a 540 ηm, utilizando-se 
espectrofotômetro (Bel sp 2000uv). 
O delineamento experimental utilizado foi em Inteiramente Casualizado (DIC), com 
três repetições. Procedeu-se a análise de variância (ANOVA) e quando significativa ao 
método de médias Scott-Knott a 5% de significância, utilizando software R STUDIO. 
 
Figura 2 - Espectrofotômetro para leitura da absorbância da análise deAIA 
 
Fonte: Autora, 2021. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
4.1 AVALIAÇÃO DO EFEITO DA INOCULAÇÃO DE RIZÓBIOS NA PLANTA 
 
Já existem estudos realizados com a utilização de rizóbios isolados e adaptados à 
região de Curitibanos, conforme demostrado por Wibbert (2018), Aroni (2019) e Valderrama 
(2020). Demostraram diferenças significativas, quanto à produção e nodulação no feijoeiro na 
utilização desses isolados. Por esse motivo, novos estudos com diferentes isolados 
selecionados e purificados no LMPCP foram submetidas a análises em casa-de-vegetação 
para avaliação. 
 
4.1.1 Efeito na parte aérea 
 
A comparação entre médias demonstrou que houve diferença significativa para os 
parâmetros massas da parte aérea seca e úmida, como demostrado na Tabela 1. 
 
Tabela 1 - Efeito na inoculação de rizóbios na massa da parte aérea do feijão cultivar 
IPR tuiuiú 
Tratamentos Massa da Parte aérea 
úmida (g) 
Massa da Parte aérea 
seca (g) 
RBZ 01 9,97 c 1,67 c 
RBZ02 6,88 d 1,62 c 
RBZ03 6,24 d 1,70 c 
RBZ04 5,19 e 1,08 c 
RBZ05 10,25 c 2,59 b 
RBZ06 16,20 a 2,68 b 
RBZ07 9,37 c 1,60 c 
RBZ08 17,08 a 1,67 c 
RBZ09 13,79 b 4,54 a 
CIAT899 17,98 a 4,17 a 
Testemunha 8,74 c 2,85 b 
CV (%) 8,19 
 
14,58 
Médias seguidas das mesmas letras não diferem pelo método de Skott-Knott a 5% de significância. 
 
É possível perceber cinco grupos no parâmetro massa úmidas e parte aérea, em que o 
primeiro, representado pela letra a, está presente a CIAT899, RBZ06 e RBZ08, sendo 
estatisticamente iguais. Seguidos da letra b, representada apenas por RBZ09, com uma média 
de 13,79 g. No terceiro grupo, estão RBZ 05, RBZ01, RBZ07 e RBZ11, com médias 10,25g, 
26 
 
9,96g, 9,37g e 8,73g, respectivamente. No quarto grupo foram encontrados apenas dois 
isolados RBZ 02 com 6,86g e RBZ03 6,23g. No último grupo, apenas RBZ 04, com média de 
5,19gque ficou abaixo da testemunha, neste parâmetro. 
Para massa seca de parte aérea, observou-se a formação de três grupos. Aquele 
representado pelas letras a, continha RBZ09 e CIAT899 que não se diferem estatisticamente, 
de 4,54g, e 4,17g, respectivamente. No segundo grupo pode ser encontrados a testemunha, 
RBZ06 e RBZ05, com 2,84g, 2,67g e 2,58g. No terceiro grupo, os rizóbios RBZ03, RBZ08, 
RBZ01,RBZ03, RBZ02, eRBZ04 com medias 1,70g 1,66g, 1,66g, 1,62g e 1,07g, 
respectivamente. No acúmulo de biomassa de parte aérea, RBZ09 e CIAT899 não 
diferenciaram estatisticamente, evidenciando os dois tratamentos mais significativos nesse 
parâmetro. 
O maior acúmulo de N na parte aérea, pode ser justificável pelo aumento na 
eficiência da FBN que vai disponibilizar mais N para as plantas aumentando a biomassa 
vegetal (BLOOM, 2006). Porém, pode-se notar que em alguns casos, não houve acúmulos 
significativos de biomassa vegetal, que pode ter sido provocado pela realocação do N na 
planta para a produção do grão, conforme explicaram Oliveira et al.(2017). 
 
4.1.2 Efeito no sistema Radicular 
 
Tabela 2 - Efeito na inoculação de rizobios na massa da raiz do feijão cultivar tuiuiú 
Tratamentos Raiz úmida (g) Raiz seca(g) 
RBZ 01 25,96 b 0,68 d 
RBZ02 23,88 b 0,52 d 
RBZ03 20,07 c 0,67 d 
RBZ04 20,86 c 0,59 d 
RBZ05 27,77 a 1,25 c 
RBZ06 28,30 a 1,65 b 
RBZ07 26,18 b 0,78 d 
RBZ08 28,23 a 2,48 a 
RBZ09 28,51 a 2,38 a 
CIAT899 28,45 a 2,23 a 
TESTEMUNHA 13,66 d 1,45 c 
CV (%) 9,12 20,91 
Médias seguidas das mesmas letras não diferem pelo método de Skott-Knott a 5% de significância. 
 
Para a massa úmida radicular houve formação de quatro grupos. Foi possível 
perceber que a CIAT899, RBZ09, RBZ06, RBZ08, e RBZ05 não diferiram estatisticamente, 
no primeiro grupo. No segundo grupo, RBZ01, RBZ02, e RBZ07 não apresentaram diferença 
27 
 
significativa entre si. No terceiro grupo estavam RBZ03 e RBZ04 e no quarto e último grupo, 
apenas a testemunha, 
Para a massa seca radicular foram observados quatro grupos, demostrados na (Tabela 
2). No primeiro, CIAT899, RBZ09 e RBZ08 não diferenciaram estatisticamente entre si. Já no 
segundo grupo, apenas RBZ06 com 1,65g. No terceiro grupo, estavam a testemunha e 
RBZ05. No quarto grupo, cinco isolados não diferenciaram estatisticamente, sendo esses 
RBZ07, RBZ04, RBZ03, RBZ02 e RBZ01. 
Com relação ao crescimento de raízes, foi possível observar que houve incremento, o 
que pode ser considerado positivo, já que o feijoeiro tem a características de raízes mais 
superficiais. No experimento com os isolados, o feijoeiro apresentou expansão de suas raízes, 
o que é um fator considerado importante (CERQUEIRA et al., 2015; YANG et al., 2009). Isto 
pode ter relação com a produção de AIA, fito hormônio importante quando se trata de auxinas 
e do crescimento e alongamento de raízes, conferindo aumento de pelos radiculares e 
consequente, obtenção de nutrientes e água do solo (CERQUEIRA et al., 2015; YANG et al., 
2009). OS isolados apresentaram produção significativa de AIA (tabelas 7 e 8). 
 
Figura 3 - Capacidade de estímulo ao enraizamento do isolado RBZ05
 
Fonte: autora, 2021 
4.1.3 Avaliação da nodulação pela massa de nódulos ativos 
 
A presença dos nódulos nos tratamentos deixa evidenciada de todos os isolados 
testados. Na testemunha não houve nodulação, o que já era esperado. Houve diferença 
significativa entre os tratamentos, evidenciada a produção de nódulos ativos pela estirpe 
padrão, seguida de RBZ08, RBZ01, RBZ07 e RBZ06 conforme indicado na tabela 3. 
28 
 
Tabela 3 - Efeito da inoculação de rizóbios na massa dos nódulos ativos do feijão 
cultivar IPR tuiuiú 
Tratamentos Massa úmida (g) Massa seca(g) 
RBZ 01 3,368 b 0,047 d 
RBZ02 0,148 f 0,040 d 
RBZ03 0,457 e 0,151 c 
RBZ04 0,537 e 0,154 c 
RBZ05 1,483 d 0,194 c 
RBZ06 2,677 c 0,312 b 
RBZ07 2,849 c 0,153 c 
RBZ08 3,753 b 0,440 a 
RBZ09 0,695 e 0,023 d 
CIAT899 5,565 a 0,346 b 
Testemunha 0,000 f 0,000 d 
CV (%) 15,69 
 
19,88 
Médias seguidas das mesmas letras não diferem pelo método de Skott-Knott a 5% de significância. 
 
Na massa de nódulos úmidos, perceberam-se seis grupos, sendo CIAT899 a que 
apresentou maior média em relação aos demais grupos. No segundo grupo, estavam os 
isolados RBZ01 e RBZ08. Já no grupo três estavam o isolado RBZ07 e RBZ06. Enquanto no 
grupo quatro, RBZ05 teve média de 1,48g. No grupo cinco, os isolados RBZ03, RBZ04 e 
RBZ09 não se diferiram estatisticamente entre si. No último grupo, o RBZ02 e testemunha. 
Já no acúmulo de massa seca dos nódulos ativos houve a formação de quatro grupos. 
No primeiro grupo, estava o isolado RBZ08. No segundo, CIAT899 e RBZ06, no terceiro 
grupo, isolados RBZ07, RBZ05, RBZ04, RBZ03 e no último grupo, os isolados RBZ01, 
RBZ02 e RBZ09 ficaram junto com a testemunha. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
Tabela 4-Efeito da inoculação de rizobios namassa dos nódulos inativos do feijão 
cultivar tuiuiú. 
Tratamentos Massa úmida 
(g) 
Massa seca 
(g) 
RBZ 01 0,044 d 0,016 d 
RBZ02 0,035 d 0,015 d 
RBZ03 0,089 c 0,017 d 
RBZ04 0,154 b 0,018 d 
RBZ05 0,067 c 0,034 c 
RBZ06 0,803 a 0,151 a 
RBZ07 0,163 b 0,032 c 
RBZ08 0,063 c 0,016 d 
RBZ09 0,064 c 0,049 b 
CIAT899 0,154 b 0,059 b 
Testemunha 0,000 d 0,000 d 
CV (%) 21,11 27,06 
 
Médias seguidas das mesmas letras não diferem pelo método de Skott-Knott a 5% de significância. 
 
No parâmetro nódulos inativos úmidos, pode-se perceber quatro grupos. No 
primeiro, RBZ06 se diferenciou estatisticamente dos demais tratamentos. No segundo grupo, 
estava CIAT899, RBZ07 e RBZ04. Já no terceiro grupo estavam os isolados RBZ01, RBZ02 
que não se diferenciaram da testemunha. 
Percebeu-se que houve diferença significativa entre os tratamentos. A produção de 
nódulos inativos alcançou maior média com RBZ06, seguido da CIAT899. Com relação a 
CIAT899, sugere-se que, principalmente a temperatura foi um fator limitante. No período do 
experimento essa variou consideravelmente, especialmente em algumas noites, em que atingiu 
valores abai o de 20 C, limitante para a estirpe e para o próprio fei oeiro, influenciando as 
quantidades de nódulos inativos (OLIVEIRA, 2017). 
Enquanto RBZ06, essa quantidade de nódulos inativos, não era esperada, já que no 
momento da coleta (florescimento), a maior parte dos nódulos deveria estar ativa. Esse fato 
pode ser explicado pelo ciclo curto do feijoeiro, uma das características limitantes à FBN, 
(URQUIAGA; ZAPATA, 2000). Porém, deve ser considerada sua significativa massa seca de 
nódulos ativos estatisticamente iguais a CIAT899 (tabela 4). 
Durante aproximadamente 20 dias após a emergência do feijoeiro, as formações 
nodulares são eficientes. Após o período de florescimento, a capacidade de fixação é 
diminuída consideravelmente, o que irá exigir a remobilização do N no tecido da planta. Por 
isso, a contribuição da FBN é útil até a floração da cultura, sendo nesse período que mais se 
30 
 
perde a eficiência dos nódulos (EPAGRI, 1992; EPAGRI, 2010; VIEIRA et al., 2013). Isso, 
também pode explicar a elevada massa de nódulos inativos em alguns tratamentos. 
 
Tabela 5 - Efeito da inoculação de rizóbios na porcentagem de massa seca dos 
nódulos ativos e inativos do feijão cultivar tuiuiú 
Tratamentos Massa seca de nódulo ativo 
|(%) 
Massa seca de nódulo 
inativo|(%) 
RBZ 01 98,75 a 1,25 c 
RBZ02 80,95 b 19,05 a 
RBZ03 80,03 b 19,97 a 
RBZ04 76,04 b 23,96 a 
RBZ05 95,75 a 4,25 c 
RBZ06 76,76 b 23,24 a 
RBZ07 97,67 a 2,33 b 
RBZ08 98,72 a 1,28 c 
RBZ09 97,41 a 2,52 b 
CIAT899 97,28 a 2,72 b 
Testemunha 0,000 c 0,000 d 
CV (%) 6,48 23,37 
 
Médias seguidas das mesmas letras não diferem pelo método de Skott-Knott a 5% de significância. 
 
Foi possível perceber a obtenção de três grupos para porcentagem de nódulos ativos. 
Os isolados RBZ01, RBZ05, RBZ08 e RBZ09 obtiveram média igual a CIAT899. Em 
seguida, os isolados RBZ02, RBZ03, RBZ04 e RBZ06 se diferenciaram do grupo da 
CIAT899. A testemunha representou o último grupo, sem a formação de nódulos, e 
consequentemente produção de FBN. 
Já na porcentagem de nódulos inativos, observou-se a formação de quatro grupos. O 
grupo que obteve maior média continha RBZ02, RBZ04 e RBZ06. No segundo grupo estava 
presente CIAT899, RBZ07 e RBZ. No terceiro grupo, observou-se RBZ01, RBZ05, e RBZ08 
e no último grupo, a testemunha, sem formação de nódulos. 
 
4.1.4 Teor de nitrogênio foliar 
 
Para o parâmetro teor de nitrogênio da parte aérea, percebeu-se que houve diferença 
significativa entre os tratamentos, formando-se seis grupos (Tabela 6). Pode-se observar que o 
RBZ01 possuiu maior média (16,23g de N/kg) quando comparada a CIAT899 (15,22g de 
N/kg). Observou-se que esse foi o isolado de maior porcentagem de nódulos ativos, apesar de 
31 
 
não diferir estatisticamente da estirpe padrão (tabela 6). Isto pode sugerir eficiência na FBN e 
na translocação do nutriente para a planta. 
O RBZ06 e CIAT899 não diferiram estatisticamente, permanecendo no segundo 
grupo. Os demais isolados diferiram estatisticamente da testemunha, dividindo-se em três 
diferentes grupos, indicando a FBN, mesmo em valores reduzidos. 
 
Tabela 6 - Efeito da inoculação de rizóbios no teor de nitrogênio da parte aérea 
Tratamentos N parte aérea (g/kg) 
RBZ 01 16,23 a 
RBZ02 11,36 d 
RBZ03 9,54 e 
RBZ04 8,22 f 
RBZ05 13,92 c 
RBZ06 15,55 b 
RBZ07 4,84 g 
RBZ08 10,19 e 
RBZ09 13,43 c 
CIAT899 15,22 b 
TESTEMUNHA 0,35 h 
CV (%) 4,83 
 
Médias seguidas das mesmas letras não diferem pelo método de Skott-Knott a 5% de significância. 
 
Para que uma planta de feijoeiro esteja com teores de N adequado ao seu 
desenvolvimento, esse deve apresentar valores que variam entre 30 a 50 g de N/kg 
(MALAVOLTA; MORAES, 2006), em condições de campo. Nenhum dos tratamentos 
obteve essas médias, pois as plantas foram cultivadas em um sistema artificial. Porém, não 
houve aparecimento de sintomas de cloroses, exceto na testemunha (figura 4), indicando, mais 
uma vez, o potencial de FBN das bactérias. 
A temperatura na época do experimento, mais uma vez, pode explicar valores 
menores de N foliar na inoculação com CIAT899, isolada em de regiões com temperaturas 
mais elevadas (HUNGRIA; CAMPO; MENDES, 2001). 
Os valores obtidos no teor de N e massa de nódulos ativos podem ser explicados, 
pela época de coleta das plantas. Sugere-se que para alguns isolados, tenha sido precoce, antes 
do período de máxima FBN. Como não se sabe ainda, qual seria esse período para os isolados 
é necessário determina-los. Incialmente pode ter ocorrido competição entre o isolado e a 
planta, por se tratar de um sistema artificial, havendo demora no estabelecimento da simbiose 
e no período de máxima FBN que pode ter afetado os teores de N foliar e na massa de nódulos 
32 
 
ativos. Sugere-se que novas análises sejam feitas, em dois estádios fenológicos diferentes, 
incialmente, em V2/V3 e R6. 
Figura 4- Demonstração do experimento evidenciando a testemunha 
 
Fonte: autora, 2021 
 
4.2 PRODUÇÃO DE ÁCIDO INDOL ACÉTICO NOS ISOLADOS 
Na caracterização em 2016 foi possível observar que os isolados apresentaram 
produção de ácido indol ácetico (LISOT, 2016). Confirmando esses dados nas análises 
realizadas em 2021 obtiveram produção de AIA, RBZ01 e RBZ04 conforme demostrado na 
tabela 7. 
Tabela 7 - Análise qualitativa de produção AIA (24h) 
Tratamento Reação qualitativa do AIA 
RBZ 01 Amarelo 
RBZ02 Rosa 
RBZ03 Rosa 
RBZ04 Amarelo 
RBZ05 Rosa 
RBZ06 Rosa 
RBZ07 Rosa 
RBZ08 Rosa 
RBZ09 Rosa 
CIAT899 Rosa 
Médias seguidas das mesmas letras não diferem pelo método de Skott-Knott a 5% de significância. 
 
Após 24 horas da inoculação dos isolados (Tabela 7), observou-se que todos os 
isolados, com exceção do RB01 e RBZ04, desenvolveram a coloração rósea, significando a 
33 
 
transformação do triptofano em AIA (OLIVEIRA, 2009). Abaixo demostrado as cores 
características encontradas, demonstrando a coloração rosa quando há produção de Ácido 
Indol acético e amarela, quando o isolado não está produzindo (Figura 5). 
 
Figura 5 - Coloração do teste qualitativo do AIA 
 
Fonte: Autora, 2021. 
 
Os isolados que apresentaram a produção da coloração rósea (produção AIA) foram 
submetidos à análise quantitativa, após 24 horas, através do espectrofotômetro para leitura da 
absorbância, e determinação das quantidades de AIA produzidas, conforme tabela 8. Houve a 
formação de dois grupos. Os isolados RBZ02, RBZ05, RBZ06 e RBZ08 apresentaram as 
maiores médias, acima de 650 µg/mL. O segundo grupo, composto pelo isolados RBZ09, 
RBZ07 e RBZ03, aproximaram-se da CIAT899 que obteve médias de 452,00 µg/mL. A 
produção de ácido indol acético (AIA) tem relação direta com o crescimento de raiz, 
favorecendo a FBN, por aumentar a nodulação e, consequentemente,estimular o crescimento 
da parte aérea (KUDOYAROVA et al., 1997; LIU, 2010; MEYER et al., 2015). 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
Tabela 8 - Análise quantitativa de produção do AIA 
Tratamentos µg/mL(Médias) 
RBZ02 670,67 a 
RBZ03 332,00 b 
RBZ05 647,33 a 
RBZ06 666,00 a 
RBZ07 418,00 b 
RBZ08 694,67 a 
RBZ09 500,67 b 
CIAT899 452,00 b 
CV (%) 19 
 
Médias seguidas das mesmas letras não diferem pelo método de Skott-Knott a 5% de significância 
 
A curva de calibração de concentração do AIA, obteve com o R
2 
de 0,998, 
demonstrando a precisão das análises (Gráfico 1). 
 
Gráfico 1 - Curva de Calibração Ácido Indolácetico (AIA).
 
 
 
 
 
 
 
 
 
y = 0,0005x + 0,0722 
R² = 0,9974 
0
0,05
0,1
0,15
0,2
0,25
0,3
0,35
0 100 200 300 400 500 600
Le
it
u
ra
 d
a 
ab
so
rv
ân
ci
a
 
Concetrações de AIA (8ug/mL) 
Curva de Calibração 
35 
 
5 CONCLUSÃO 
 
Os isolados RBZ08 e RBZ09 foram tão eficientes quanto a CIAT899 para acúmulo 
de massa seca radicular e para massa seca de nódulos ativos. RBZ08 foi superior à estirpe 
padrão. O isolado RBZ09 foi tão eficiente quanto a CIAT899 na acumulação de massa seca 
da parte aérea, enquanto RBZ01 apresentou maior teor de N foliar. 
Na produção de AIA pelos isolados, observou-se que RBZ02, RBZ06 e RBZ08 
apresentaram maior quantidade que a estirpe padrão. 
Dentre os isolados testados, houve eficiência na nodulação e FBN para o feijão, 
especialmente RBZ01, RBZ02, RBZ05, RBZ06, RBZ08 e RBZ09, sendo necessário 
aprofundar as análises. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
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