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Tratado de Fisiologia Humana-101

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energizar muitas outras funções da célula, como a síntese de substâncias e a
contração muscular.
Para reconstituir o ATP celular que foi consumido, a energia, derivada dos
nutrientes celulares, é usada para recombinar o ADP e o ácido fosfórico,
formando de novo o ATP, e todo o processo se repete indefinidamente. Por
essas características, o ATP é chamado moeda de energia da célula, pois ele
pode ser gasto e se refazer continuamente em períodos de apenas alguns
minutos.
Processos Químicos na Formação de ATP — O Papel das
Mitocôndrias. À medida que entra na célula, a glicose é submetida, no
citoplasma, às enzimas que a convertem em ácido pirúvico (processo
chamado glicólise). Pequena quantidade de ADP é transformada em ATP
pela energia liberada durante essa conversão, mas essa quantidade é
responsável por menos de 5% do metabolismo energético total da célula.
Cerca de 95% da formação do ATP na célula ocorrem nas mitocôndrias. O
ácido pirúvico, derivado dos carboidratos, ácidos graxos dos lipídios, e
aminoácidos das proteínas são convertidos no composto acetil-coenzima A
(CoA), na matriz das mitocôndrias. Esse composto, por sua vez, é processado
(para fins de extração de sua energia) por outra série de enzimas na matriz
das mitocôndrias; essa sequência de reações químicas é chamada ciclo do
ácido cítrico ou ciclo de Krebs. Essas reações químicas são tão importantes
que serão explicadas detalhadamente no Capítulo 68.
No ciclo do ácido cítrico, a acetil-CoA é clivada em suas partes
componentes, átomos de hidrogênio e dióxido de carbono. O dióxido de
carbono se difunde para fora das mitocôndrias e eventualmente para fora da
célula; por fim, é excretado do corpo pelos pulmões.
Os átomos de hidrogênio, de modo inverso, são muito reativos e se
combinam com o oxigênio que também se difundiu para as mitocôndrias.
Essa combinação libera uma quantidade enorme de energia, usada pelas

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