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N Tratamento e Destinação de Resíduos Industriais e de Processos esta aula você aprendeu • Os Resíduos Sólidos podem ser classificados segundo a ABNT NBR 10004, que dispõe sobre os Resíduos Sólidos – Classificação, em: • Resíduos de classe I – Perigosos; e • Resíduos classe II – Não perigosos, que são subdivididos em: a� • Resíduos de classe II A – Não inertes; e b� • Resíduos classe II B - Inertes. (ABNT, 2004). • Os resíduos classe I – Perigosos, são os resíduos que necessitam de mais prioridade e atenção, pois esses resíduos são responsáveis por trazer impactos negativos permanentes para o meio ambiente, pois possuem inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade. Os resíduos não perigosos de classe II são divididos em classe II A e classe II B. Os resíduos de classe II A, são resíduos que têm propriedades como biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água. Os resíduos de classe II B, possuem particularidades como sua solubilidade e concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água. • Segundo a lei 12.305, que dispõe sobre a Política Nacional dos Resíduos Sólidos, poderão ser utilizadas tecnologias visando à recuperação energética dos resíduos sólidos urbanos, desde que tenha sido comprovada sua viabilidade técnica e ambiental. Há alguns métodos utilizados para o tratamento de resíduos sólidos: o tratamento mecânico, bioquímico e térmico. (BRASIL, 2010). No tratamento mecânico não é utilizada nenhuma reação química, é utilizado apenas para redução de tamanho dos resíduos. O tratamento bioquímico é quando são utilizados seres vivos, como microrganismos que funcionam como redutores. Temos por exemplo, as lesmas e as minhocas que se alimentam de resíduos. No tratamento térmico, existem diversos sistemas onde são aplicadas altas temperaturas, ou seja, alta incidência do calor. A exemplo temos a secagem, a pirólise, a gaseificação e a incineração. • A destinação final dos resíduos sólidos é a etapa final da administração dos resíduos, porém, dependendo do modelo de destinação final, pode ou não causar impactos ambientais ao meio ambiente. O tratamento de resíduos sólidos pode ser considerado como uma destinação final, porém a destinação final pode ser feita sem o auxílio de ferramentas ou tecnologias. O lixão é o tipo de destinação final que mais causa efeitos negativos ao meio ambiente, pois os resíduos são coletados pelas prefeituras e são enviados para lixões, onde não há nenhuma proteção para lençol freático ou nenhum tratamento de gases oriundos do lixo, incluindo o chorume. O aterro controlado é a solução intermediária entre os lixões e o aterro sanitário. Nesses métodos, ocorre também o aterro dos resíduos com argila, terra ou grama, evitando que o resíduo fique à vista e ajude na proliferação de doenças. O aterro controlado é o tipo de destinação final mais adequado ao meio ambiente e vem substituindo os lixões ao longo do tempo. Nesse tipo de acondicionamento adequado, o solo é preparado com impermeabilização para receber os resíduos e proteger o lençol freático. • A situação é um pouco complicada, pois muitos municípios ainda utilizam lixões e aterros controlados no seu método de destinação, o que causa efeitos severos aos seres humanos e aos ecossistemas. O primeiro desafio é a falta de investimentos necessários do poder público em pequenos municípios, pois para a aplicação de todas as etapas de gerenciamento dos resíduos, mais técnicas sustentáveis com utilização de tecnologia de tratamento e destinação, os custos são elevadíssimos. (VANESSA ROSA, 2009) • A logística reversa é uma atividade de reciclagem, que busca retornar resíduos ao início da cadeia produtiva para evitar o descarte inadequado e a contaminação do meio ambiente, processando o material para que o mesmo possa ser reaproveitado na operação de uma empresa. Esse processo é aplicado em diversos tipos de resíduos, como resíduos eletrônicos, celulares, computadores, pilhas, baterias, pneus, embalagens de agrotóxicos, dentre outros. (TRACKER, 2021) Como aplicar na prática o que aprendeu • A aplicação prática sobre os resíduos sólidos com a segurança do trabalho é clara. Em atividades ou empreendimentos que envolvam uma grande diversidade de resíduos, incluindo os perigosos, é importante identificá-los, pois oferecem sim riscos ou perigos para os trabalhadores. Logo, é necessário o conhecimento da classificação dos resíduos, de modo a prever os prováveis acidentes. • O tratamento envolve máquinas e equipamentos que precisam de profissionais habilitados e bem protegidos, principalmente, quando estiverem lidando com tratamento térmico, pois está relacionado com altas temperaturas que podem causar acidentes de trabalho. O mesmo acontece com a destinação final de resíduos sólidos. • Dentro da segurança do trabalho, quando você dá alternativas sustentáveis para um resíduo, melhora a confiança do trabalhador que trabalha com aquela atividade, traz credibilidade, além trazer uma medida de tratamento adequada do resíduo sem que cause efeitos negativos ao meio ambiente. Dica quente para você não esquecer Futuro Engenheiro de Segurança do Trabalho, o conhecimento da classificação dos resíduos é importante, pois está dentro das normas de segurança do trabalho. Para conhecer ainda mais os resíduos, dê uma olhada nos efeitos negativos que eles causam ao ser humano e ao meio ambiente e pesquise as leis que foram citadas no material para aprender mais ainda sobre o assunto. Atividade Extra Leitura complementar: Tratamento e Destinação de Resíduos Industriais e de Processos. Disponível em: <https://drive.google.com/file/d/125KFutXMN_MLnI9D_enMHcAcyX64qUzI/view (Acesso em: 23/08/2022) https://drive.google.com/file/d/125KFutXMN_MLnI9D_enMHcAcyX64qUzI/view Referência Bibliográfica ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 10004: Resíduos Sólidos - Classificação. Brasília, 2004. 71 p. BRASIL. Congresso. Câmara dos Deputados. Constituição (2010). Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei n o 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Brasilia, 2 ago. 2010. p. 1-28. VANESSA ROSA (São Paulo). Migalhas. Os desafios do manejo de resíduos sólidos no Brasil e sua sustentabilidade econômico- financeira. 2009. Disponível em: https://www.migalhas.com.br/depeso/314522/os-desafios-do-manejo-de- residuos-solidos-no-brasil-e-sua-sustentabilidade-economico-financeira. (Acesso em 25/08/2022) TRACKER (Brazil). Logística reversa: o que é + principais vantagens e desafios. 2021. Disponível em: https://www.grupotracker.com.br/blog/logistica-reversa-o-que-e. (Acesso em 25/08/2022) https://www.migalhas.com.br/depeso/314522/os-desafios-do-manejo-de-residuos-solidos-no-brasil-e-sua-sustentabilidade-economico-financeira https://www.migalhas.com.br/depeso/314522/os-desafios-do-manejo-de-residuos-solidos-no-brasil-e-sua-sustentabilidade-economico-financeira https://www.grupotracker.com.br/blog/logistica-reversa-o-que-e