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ultrassom focalizado

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Aula | Eletroterapia básica aplicada à Estética
Olá! Professor João Tassinary aqui, seja muito bem-vindo à última aula do curso
Eletroterapia básica aplicada à Estética.
O foco da aula é o ultrassom focalizado. Vamos falar sobre os conceitos do recurso,
diferenciar o ultrassom focalizado dos demais aparelhos de ultrassom, e vamos para a
prática clínica!
Iniciamos trazendo o conceito. O ultrassom é uma onda mecânica, e vale lembrar que
temos som, infrassom e ultrassom.
Dentro do mercado da Estética, existem diversos cavitadores. O primeiro ultrassom,
que é um dos mais descritos e usados, principalmente no Brasil, é o ultrassom
convencional.
De 1 a 3 MHz, a onda emitida por esse tipo de aparelho tem a capacidade de fazer
lipólise, tratando gordura localizada. É descrito como coadjuvante no tratamento de
flacidez tissular, já que o ultrassom pulsado é capaz de aumentar a proliferação de
fibroblastos e a produção de colágeno. É amplamente utilizado no tratamento de
celulite, independentemente de ser fibrótica ou inflamatória, e algumas pesquisas
sugerem o ultrassom, quando bem ciclado, para o pós-operatório de cirurgia plástica.
Cabe ressaltar que a união desse aparelho de ultrassom com correntes elétricas
originou a terapia combinada, um recurso que tem a mesma utilização do ultrassom
convencional, porém, com efeitos potencializados em função da corrente elétrica, que
tem a capacidade de estimular o sistema linfático e ainda buscar a contração muscular.
Também temos a ultracavitação. Trata-se de um aparelho de ultrassom de frequência
baixa, e tem a capacidade de tratar gordura visceral, lembrando do conceito básico:
quanto menor for a frequência, maior será a penetração da onda sonora.
Ainda temos o ultrassom focalizado, que é o assunto da aula. Diferentemente do
ultrassom convencional, da terapia combinada e da ultracavitação, a qual gera efeitos
no adipócito principalmente em função da sua frequência seletiva através do fenômeno
de ressonância, o ultrassom focalizado focaliza a energia e é, atualmente, um dos
grandes recursos capazes de atuar na rota citolítica. Ou seja, o aparelho lesiona o
adipócito para, posteriormente, ter efeitos benéficos na modelação do corpo.
O ultrassom focalizado tem uma característica importante. Alguns pesquisadores
sugerem que ele nasce da ideia de três aplicadores planos. Imagine uma célula adiposa
e um primeiro recurso mandando energia, além de mais dois enviando energia em um
ponto específico. Então, teóricos apontam que o recurso nasce de três aparelhos
convencionais focalizando a energia em um ponto só.
Com a evolução das pesquisas, para gerar essa focalização, tem-se um disparador
côncavo ou convexo, dependendo do plano de visão, e essa concavidade ou
convexidade tem a capacidade de focalizar a energia em um ponto só.
A partir disso, nasce o conceito de gerar uma lesão, principalmente adipocitária, já que
a nossa aula é voltada para o uso do ultrassom focalizado na estética corporal. Essa
lesão do adipócito é chamada de necrose coagulativa.
É importante falar que no ultrassom focalizado, diferentemente da ultracavitação, da
terapia combinada e do ultrassom convencional, não há unanimidade em questão de
potência/dose necessária para gerar esse trauma; porém, temos diversas pesquisas
em termos de frequência e energia que chega no tecido-alvo.
Pesquisas de 2008, por exemplo, com uso de amostras de pele humana, mostraram que
o ultrassom focalizado de até 45 W a 7,5 MHz, com duração de pulso de 50 a 200 ms,
tem a capacidade de gerar um dano térmico confirmado por microscopia de luz. Outros
estudos, quase sempre com essa formação de convexidade no aplicador, sugerindo
frequências que podem variar de 2-3 MHz e independentemente da dose (que varia
entre os equipamentos), indicam que o ultrassom tem a capacidade de aumentar a
temperatura da área do tecido adiposo para mais de 58 °C, gerando a necrose
coagulativa.
A maioria dos dendritos celulares e lipídios são removidos no prazo de 12 semanas após
o procedimento, com 95% de remoção dentro de 18 semanas, resultando na redução do
volume global das áreas tratadas. Dito isso, friso que o ultrassom focalizado é um
recurso com bom nível de evidência científica, e nós temos pesquisas de altíssima
qualidade mostrando os seus efeitos a nível tecidual e os seus resultados positivos.
Em tese, precisamos entender que o equipamento focaliza a energia do ultrassom em
um ponto só, gera uma lesão, e a aplicação é completamente diferente dos outros
equipamentos de ultrassom: é preciso marcar os pontos onde vamos focalizar a
energia, e trabalhamos com doses altas (convencionalmente, eu sigo a parametrização
descrita para cada um dos aparelhos).
Confira as contraindicações do ultrassom focalizado.
Vamos para a parte prática, e duas coisas são muito importantes antes de ciclar o
equipamento para gerar uma lesão adipocitária via rota citolítica e iniciar a aplicação. O
primeiro ponto, e talvez um dos mais importantes nessa fase inicial: é preciso fazer
uma diluição no gel na proporção 2:1, justamente para que esse gel facilite a
transmissibilidade da onda sonora.
O gel vai ser colocado na convexidade, e depois eu vou colocar uma película em cima.
Aí, marcamos a área de tratamento do paciente de acordo com os diferentes gabaritos.
Vamos visualizar isso na prática.
Primeiramente, é importante preencher a concavidade da estrutura com o gel. Evite a
formação de bolhas no gel.
Então, posicione a película, que é um plástico, e feche a estrutura.
Depois disso, é importante entender que diferentes aparelhos têm diferentes
gabaritos. Este equipamento distingue os gabaritos de acordo com a área de
tratamento (que corresponde à área azul).
Áreas menores:
Áreas menores ainda:
Áreas maiores:
Áreas maiores ainda (maior gabarito):
Cada gabarito tem um número específico. É importante estar atento aos gabaritos,
porque, ao fazer a localização anatômica de tratamento de acordo com a queixa do
paciente, nós elencamos um gabarito, e ao indicá-lo no sistema do equipamento, o
aparelho traz o número de disparos correspondente. Também há sempre os pontos de
início, que devem corresponder com os dois pontos do cabeçote.
Agora, vamos determinar o gabarito. A paciente tem queixa de gordura localizada, e
lembro que é preciso ter pelo menos 2 cm de tela subcutânea para aplicar esse
equipamento. O gabarito mais adequado é o de nº 4.
Lembre-se que a área de tratamento corresponde à área azul do gabarito. O disparo se
dá bem no meio do equipamento, e as guias são os dois pontos. Então, há pontos ao
redor, mas o disparo vai ser feito sempre na área azul, mesmo que haja marcações fora.
Agora, com uma caneta, marcamos os pontos, que irão guiar a aplicação.
Antes de ciclar o aparelho, chamo atenção novamente para esses dois pontos, que são
guias da aplicação.
Jamais aplique no sentido abaixo, porque o disparo acontecerá em cima da crista ilíaca
ântero-superior. Neste equipamento, o local de aplicação deve ter pelo menos 2 cm de
gordura. Se for feito um disparo onde não há gordura, geramos uma necrose muscular
ou de uma estrutura adjacente.
Outro ponto importante é que é preciso acoplar o aparelho sempre de forma plana nos
disparos. Se o disparo for feito com o aparelho inclinado, a energia atingirá epiderme e
derme, gerando necrose desses tecidos.
Terminada uma fileira de aplicação, siga para a próxima.
Vamos para a parametrização. Ligamos o equipamento. Inicio colocando o máximo de
potência neste momento (31 W).
Seguimos para o tempo de disparo, que eu sugiro 4 segundos.
Depois, temos o intervalo do disparo, que é o tempo para acontecer o disparo de um
ponto ao outro. Se você nunca aplicou o recurso, comece com 3 segundos de
intervalo; com a prática, você pode diminuir o tempo.
Depois, temos o número do gabarito, que é o G4. É importante acertar o gabarito
porque, assim que for colocado, já temos o número de disparos correspondente (nesse
caso, 162).
Quanto à potência, eu chamo a atenção. Algumas pesquisas publicadas com esse
equipamento não utilizam 31 W; damos enter e aumentamosa potência. Nisso, o
equipamento emite um alerta:
Há risco, então, tome cuidado, mas você pode elevar essa potência para o máximo: 57
W. É necessário muita prudência, e o paciente realmente tem que ter um tecido
adiposo suficiente para receber essa potência, mantendo-se alerta durante toda a
aplicação.
Damos o start, e o disparo já começa, durando 4 segundos. Em 3 segundos (intervalo), é
emitido mais um disparo, e assim vai.
Colocamos mais uma camada de gel para que haja transmissibilidade. O gel deve ser
aplicado além dos pontos.
Acoplamos o equipamento, lembrando que o disparo não pode ser feito na diagonal.
Esse é um equipamento focalizado de 3 MHz, e estamos trabalhando com a potência
máxima.
Damos o start, e feito o disparo, andamos mais dois pontos. Sempre que o aparelho
acende, a onda sonora é emitida.
Finalizamos o curso com duas perguntas. De quanto em quanto tempo posso aplicar o
US focalizado? Sempre depende do paciente, do seu perfil lipídico, se a gordura está
sendo oxidada… estando tudo em ordem e se tratando de um paciente saudável, que
promove um gasto energético com frequência, a aplicação pode ser semanal.
A outra pergunta é: posso utilizar a técnica de fonoforese com o US focalizado? A
resposta é não. Não existem evidências de que o ultrassom focalizado, nessa dosagem,
seja capaz de aumentar a permeação transdérmica de ativos, principalmente
preservando a integridade química da molécula. Então, por ora, não; precisamos de
mais pesquisas sobre o assunto. O risco está em degradar o princípio ativo.
Um superabraço e até a próxima. Valeu!

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