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RR - MULTA OBRIGAÇÃO DE FAZER FGTS

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Flavio Galdino
	Isadora Almeida
	Jordano Fernandes
	Luíza Valle
	Giovana Sosa Mello
	Sergio Coelho
	Pablo Cerdeira
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	Evandro Menezes de Carvalho 
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	Bruna Fortunato
	
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	Rafael Dantas
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	Wallace Corbo
	Bruno Duarte
	Paula Ocké
	Ramon Barbosa Baptistella
	
	André Furquim Werneck
	Fernanda David
	Bianca Barros
	Giovanna Salviano Santos
	
EXMO. SR. DR. DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO
RO nº 1001313-12.2021.5.02.0050
CONSTRUTORA TENDA S.A, nos autos da Reclamação Trabalhista que lhe move RAIMUNDO FERREIRA DA SILVA, vem, por seus representantes legais, inconformada com o v. acórdão de id c09d304, integrado pelo acórdão de id 951d7f3, o qual julgou os embargos declaratórios opostos pela Recorrente, interpor RECURSO DE REVISTA, com fundamento no art. 896, “c” da CLT pelas razões ora anexadas, requerendo, após as formalidades legais, seja o recurso admitido e remetidos os autos ao Tribunal Superior do Trabalho, para que dele conheça e dê provimento.
	Requer, ainda, a juntada da guia de custas com o respectivo comprovante de pagamento, bem como a juntada da apólice em substituição ao depósito recursal, cuja autenticidade declara a patrona que subscreve a presente, com base no art. 830, da CLT.
 
Por fim, requer se digne V. Exa. a determinar sejam as intimações, notificações, citações e publicações realizadas exclusivamente na pessoa da advogada MARTA CRISTINA DE FARIA ALVES, inscrita na OAB/RJ sob o nº 150.162, com escritório à Rua João Lira 144, Leblon, Rio de Janeiro, RJ - CEP 22.430-210, sob pena de nulidade.
Nestes termos,
Pede deferimento.
São Paulo, 02 de dezembro de 2022
MARTA ALVES
OAB/RJ 150.162
RAZÕES DA RECORRENTE
CONSTRUTORA TENDA S.A.
Egrégio Tribunal
Colenda Turma,
Nobres Julgadores,
DA TEMPESTIVIDADE
1.	A Recorrente tomou ciência do v. acórdão por meio de publicação ocorrida em 22/11/2022, tendo o prazo recursal se iniciado em 23/11/2022, findando em 06/12/2022, tendo em vista as suspensão dos prazos nos dias 02/12/2022 e 05/12/2022, nos termos da Portaria GP nº 5/2022. 
2.	Assim, plenamente tempestivo o presente recurso de revista.
DO PREPARO 
 
1. 
2. 
3. A Recorrente anexa ao presente apelo a apólice de seguro em substituição ao depósito recursal.  
   
4. Tal modalidade de preparo recursal está prevista no art. 899, §11º da CLT, o qual dispõe que o depósito recursal poderá ser substituído por seguro garantia judicial:  
  
“[…] § 11.  O depósito recursal poderá ser substituído por fiança bancária ou seguro garantia judicial.”
 
5. Ademais, o art. 1º do Ato Conjunto nº 1/TST, de 16 de outubro de 2020, também trata sobre a possibilidade de substituição do depósito recursal por seguro-garantia: 
 
 ”Art. 1º O seguro garantia judicial para a execução trabalhista e o seguro garantia judicial em substituição a depósito recursal visam garantir o pagamento de débitos reconhecidos em decisões proferidas por órgãos da Justiça do Trabalho, constituindo, no caso do segundo, pressuposto de admissibilidade dos recursos.”
 
6. No mais, desde já informa a Recorrente que o valor da apólice correspondente ao montante devido a título de depósito recursal, acrescido de 30%: 
  
7. Além disso, o art. 2º do Ato Conjunto nº 01/2020 do TST elenca uma séria de critérios a serem observadas para que o seguro-garantia seja recebido como substituição ao depósito recursal, as quais foram todas observadas pela Recorrente, sendo certo que a apólice adunada aos autos conta, inclusive, com cláusula de renovação automática:  
8. Por fim, cumpre destacar que o Art. 3º, II, do Ato Conjunto nº 01/TST estabelece que o seguro garantia, em substituição ao depósito recursal, deve segurar o valor da condenação, acrescido de, no mínimo, 30%, observados os limites estabelecidos pela Lei 8.177 e pela Instrução Normativa 3 do TST:  
 
“Art. 3º A aceitação do seguro garantia judicial de que trata o art. 1º, prestado por seguradora idônea e devidamente autorizada a funcionar no Brasil, nos termos da legislação aplicável, fica condicionada à observância dos seguintes requisitos, que deverão estar expressos nas cláusulas da respectiva apólice:  
(...)  
II - no seguro garantia para substituição de depósito recursal, o valor segurado inicial deverá ser igual ao montante da condenação, acrescido de, no mínimo 30%, observados os limites estabelecidos pela Lei 8.177 e pela Instrução Normativa 3 do TST; ”
 
9. Por tais razões, a Reclamada, em atenção ao art. 5º, incs. II e LV, CF, pugna para o presente apelo seja conhecido, eis que preenchidos todos os requisitos de admissibilidade.  
DO PREQUESTIONAMENTO
1. 
2. 
3. 
4. 
5. 
6. 
7. 
10. Cumpre salientar que os dispositivos aqui suscitados foram alvo de manifestação pelo órgão colegiado de origem, consoante se extrai da leitura do v. acórdão, quanto do v. acórdão de embargos de declaração.
11. Ademais, consoante a seguir se demonstrará, o presente recurso de revista oferece transcendência, restando atendidos os pressupostos do art. 896-A da CLT, estando presentes, portanto, todos os requisitos de admissibilidade que possibilitam o seu conhecimento e posterior provimento.
DO FGTS – VIOLAÇÃO AO ART. 5º, XXXVI, DA CRFB/88
12. Inicialmente, verifica-se que o presente tema possui transcendência social, eis que viola os termos do art. 5º, XXXVI, da Constituição Federal, no que se refere à coisa julgada.
13. Configura-se, portanto, a hipótese de transcendência prevista pelo art. 896-A, §1º, III da CLT:
“§ 1o São indicadores de transcendência, entre outros:
[…]
III - social, a postulação, por reclamante-recorrente, de direito social constitucionalmente assegurado; […]”
14. Vejamos que o v. acórdão acrescentou a condenação da r. sentença de piso no tocante ao cumprimento de obrigação de fazer, ao seguinte fundamento:
ACÓRDÃO - id c09d304 – pág. 3 – fls. 341 (ordem crescente)
2.2. FGTS
Como antes ressaltei, em razão dos termos do depoimento do preposto (fl. 283), reforçado pelo extrato analítico apresentado com a contestação (fls. 225/226), é incontroverso que a empregadora não efetuou os depósitos do FGTS do autor por todo o período contratual. Assim sendo, modifico a sentença para acrescer o título à condenação, que à vista do pedido de demissão deverá ser depositado na conta vinculada do obreiro, observando-se a legislação de regência. Para o cumprimento da presente obrigação, fixo o prazo de 5 dias a contar do trânsito em julgado da presente ação, procedendo-se, para tanto, intimaçãoespecífica. Tudo sob pena de execução direta, e sem prejuízo da multa diária pelo descumprimento da obrigação de fazer, que ora fixo em R$ 100,00 diários, limitados à R$ 10.000,00. Provejo, nestes termos.”
ACÓRDÃO EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – Id 951d7f3 – págs. 1-3 - fls. 351 a 353 (ordem crescente)
“Não há omissão a ser corrigida no aresto, que analisou de forma pormenorizada e fundamentada todas as matérias que lhe foram devolvidas pelo Recurso Ordinário apresentado pelo autor. Na verdade, pretende a embargante utilizar o presente remédio com o fito de obter vantagem antijurídica. A recorrente foi condenada de forma subsidiária na sentença e sequer apresentou recurso contra a decisão proferida na origem. Portanto, como tem inequívoca ciência, se algum título foi acrescentado à condenação da instância recorrida por meio do aresto atacado, por corolário, responsabiliza-se pela sua satisfação, tendo em vista que tal obrigação decorre dos efeitos da Súmula 331, do C. TST, que fundamentou o julgado proferido pela Instância a quo. Entre estas, evidentemente, o depósito do FGTS inserido pelo voto condutor no item 2.2. que, de modo contrário ao que argumenta, não se consubstancia em obrigação de fazer personalíssima, mas sim em obrigação de pagar. Nesta linha, não cumpria ao aresto, evidentemente, efetuar qualquer previsão acerca da responsabilidade pelo pagamento do título, quiçá de exclusão da embargante, não havendo falar-se em omissão neste sentido.
Pelas razões expostas, acolho os presentes Embargos de Declaração apenas para prestar os esclarecimentos acima, mantendo inalterado o julgado que, por corolário, dá substância à responsabilidade secundária atribuída a embargante por todos os títulos abrangidos pela condenação.”
15. No entanto, merece reforma o v. acórdão, sendo certo que não levou em consideração a obrigação exclusiva da 1ª Reclamada.
16. Nesse sentido, a Recorrente prequestiona o art. 5º, inciso XXXVI, da CF, uma vez que a responsabilização pelo descumprimento de obrigação da principal devedora, na forma subsidiária, ofenderia à coisa julgada.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
 
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada 
17. Logo, impossível imputar à Recorrente qualquer responsabilidade sobre a condenação de multa por descumprimento, tendo em vista que sua condenação, na forma subsidiária, é abrangida tão somente pelo período de prestação de serviços em seu favor.
18. Flagrante, portanto, a violação ao art. 5º, XXXVI, da Constituição Federal, ante à manifesta ofensa à coisa julgada, posto que não há qualquer fundamento legal para a condenação ao pagamento da multa por descumprimento aqui discutida, a qual somente ocorrerá por descumprimento de obrigação personalíssima da 1ª Ré, visto ser esta a real empregadora do Recorrido e, portanto, a responsável pela obrigação de fazer.
19. Outrossim, frisa-se que não se pretende aqui a reanálise de fatos e provas, posto que a presente revista tem como objeto a análise do próprio acórdão recorrido, face ao não exercício do ônus probatório autoral, não cabendo, portanto, a aplicação do disposto na Súmula nº 126 do C. TST. 
20. Assim, merece reforma o v. acórdão, para afastar a condenação da multa por descumprimento da obrigação de fazer.
CONCLUSÃO
21. Ante o exposto, requer a Recorrente seja o presente recurso de revista conhecido e provido, a fim de que seja reformado o v. acórdão quanto à condenação de multa por descumprimento de obrigação exclusiva da 1ª Reclamada.
São Paulo, 02 de dezembro de 2022
MARTA ALVES
OAB/RJ 150.162
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