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EXMO. SR. DR. JUIZ DA 23ª VARA DO TRABALHO DE PORTO ALEGRE – 4ª REGIÃO
Proc. nº 0020082-15.2021.5.04.0023
	CONSTRUTORA TENDA S.A, já qualificada nos autos da Reclamação Trabalhista que lhe move NATANAEL CARDOSO DA SILVA, vem, perante essa Vara do Trabalho, por sua advogada abaixo assinada, apresentar suas RAZÕES FINAIS, na forma de memoriais, nos seguintes termos:
1. Pretende o Reclamante, por meio da presente ação, obter: (i) declaração de responsabilidade subsidiária; (ii) hora extra; (iii) intervalo intrajornada; (iv) acúmulo de função; (v) diferenças rescisórias; (vi) multa do art. 477; (vii) devolução de descontos; (viii) prêmio assiduidade; (ix) FGTS+40%; (x) indenização por dano moral; (xi) troca de uniforme (xii) honorários advocatícios; e (xiii) gratuidade da justiça.
2. No mérito, impugnamos todos os pedidos.
DA AUSÊNCIA DE RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA
3. Sob a alegação de que prestou serviços à 2ª Reclamada por intermédio da 1ª Reclamada, o Reclamante pretende que seja reconhecida a responsabilidade subsidiária da Construtora Tenda.
4. Contudo, sequer comprovou ter prestado serviços exclusivamente à Tenda durante todo o pacto laboral, ônus que lhe competia por força do artigo 818, I, da CLT.
5. De toda forma, não se admite a responsabilidade da 2ª Ré por eventual inadimplemento da 1ª Reclamada quanto as verbas trabalhistas. A imputação da responsabilidade da 2ª Ré, importaria em flagrante violação aos mais elementares princípios que regem as relações contratuais e grave comprometimento da segurança jurídica.
6. Assim, ao contrário do que sustenta o Reclamante, nenhuma mácula pode ser atribuída ao negócio jurídico celebrado entre as empresas Rés, a ensejar qualquer responsabilidade da 2ª pelo pagamento de verbas trabalhistas ao Reclamante.
7. Por fim, aduz por extrema cautela, que no caso de eventual condenação da 2ª Ré, deverá ser limitado eventualmente comprovado pelo Autor, o que se argumenta por amor ao debate e, caso seja a Ré condenada, esta somente poderá ser executada após esgotados todos os meios de execução em face da devedora principal, bem como de seus sócios.
8. Por conseguinte, improcede os pedidos postulados pelo Reclamante.
DAS HORAS EXTRAS E INTERVALO INTRAJORNADA
9. O Reclamante pretende o pagamento das horas extras e período suprimido de intervalo intrajornada, sob alegação de que iniciava sua jornada às 06h40 e encerrava após às 17h30, despendendo de 20 minutos no início e final para troca de uniforme.
10. Contudo, além de não reconhecer a jornada declinada na inicial, a Ré ressalta que o AUTOR CONFESSA TER ASSINADO CORRETAMENTE OS CARTÕES DE PONTO, não havendo, portanto, que se falar em reconhecimento dos supostos horários da inicial, senão vejamos:
DEPOIMENTO PESSOAL DO AUTOR: Id 5c20f32
“o Senhor tinha registro de horário? Batia ponto?”, “sim”, “batia ponto quando chegava e quando saia?” “sim, positivo”, “ou seja, quando chegava batia o ponto e quando ia embora batia o ponto?” “a gente chegava colocava uniforme, chegava entre 6h15 e 6h20, colocava uniforme e depois ia lá e batia o ponto para iniciar a jornada de trabalho”, “e no final?” “batia o ponto só depois que o nosso supervisor liberava”, “mas quando o senhor disse que fazia hora extra, o senhor também anotava no ponto?” “sim, a gente batia no ponto lá, quando funcionava também né, aí a gente tinha que escrever o horário de saída” “isso, é que seu ponto a maior parte estão a mão né, são registros mecânicos.”
11. Com relação ao período alegado para vestir o uniforme, o próprio Autor esclarece que:
DEPOIMENTO PESSOAL DO AUTOR: Id 5c20f32
“com relação ao tópico 2.2 da jornada, gostaria de saber se ele saia uniformizado da residência para trabalhar” não saia”, “mas poderia?” “poderia, mas assim eu pegava ônibus”, “não havia proibição para sair uniformizado de casa?” “não, proibição nenhuma, a gente sai como quiser, com ou sem uniforme”
12. Assim, notório que o tempo utilizado pelo Autor para a troca de uniforme na empresa JAMAIS FOI UMA EXIGÊNCIA DAS RECLAMADAS, não devendo ser, portanto, considerado como período à disposição do empregador, sob violação ao artigo 4º, §2, inciso viii, da CLT.
13. Ademais, conforme atestam os contracheques acostados aos autos, eventual jornada extraordinária era devidamente compensada ou quitada, com o adicional previsto na convenção coletiva da categoria. 
14. No tocante ao intervalo intrajornada, esclarece novamente a Ré que o Autor SEMPRE gozou de 1 hora de intervalo intrajornada, restando veemente impugnadas as suas alegações, as quais não merecem credibilidade.
15. Na inicial, o Autor se limita tão somente a informar que “que usufruía de apenas 15 (quinze) minutos de intervalo para descanso durante a jornada” ao passo que em audiência, CONFESSA TER USUFRUÍDO DO INTERVALO!!!
		DEPOIMENTO PESSOAL DO AUTOR: Id d5d0a02
“isso, é que seu ponto a maior parte estão a mão né, são registros mecânicos”, “intervalo você registrava? “Não os intervalos não eram registrados”, “mas não era o senhor que registrava no cartão a mão? Vou lhe exibir um documento e vamos ver se o senhor sabe me informar, o senhor tá vendo aí na tela o cartão virado? Era o senhor que preenchia né?” “sim” “e ele tá com intervalo não tá?” “o intervalo entre 12h de almoço, não, esse sim, eu confirmo” “então o senhor tinha tempo de intervalo para almoço?” “sim, as vezes as gente almoçava no horário e as vezes não”
16. Resta evidente que o Autor tenta induzir o juízo ao erro, pois inicialmente afirma que NÃO USUFRUIA DO INTERVALO INTEGRALMENTE, APÓS RELATA QUE NÃO PREENCHIA OS CARTÕES E POSTERIOMENTE, ACABA CONFESSANDO AS ASSINATURAS E O GOZO! 
17. Somado a isso, notório que o Autor SEMPRE usufruiu de 1h de intervalo intrajornada, sendo necessário ressaltar, ainda, que em nenhum momento o Autor relata que a suposta supressão de intervalo se deu através de ordem de seus superiores.
18. Ante as confissões do Autor e os documentos carreados nos autos, os quais demonstram o correto pagamento das horas extras e compensação, a Ré requer a improcedência dos pedidos em comento.
DA INEXISTÊNCIA DE ACÚMULODE FUNÇÃO
19. O reclamante requer o percebimento de um PLUS SALARIAL, pelo acúmulo de função, uma vez que afirma na exordial que além de suas funções de armador, também desempenhou as atividades de carpinteiro e servente de obras.
20. A Reclamada, novamente, impugna expressamente as alegações autorais, considerando que, contrariamente ao que fora afirmado, suas atividades sempre foram as mesmas e executadas de forma única e regular durante o contrato de trabalho.
21. Vejamos que em depoimento pessoal o Autor informa:
“qual era a função para qual foi contratado?” “fui contratado para armador” “e como armador fazia o que na obra?” “como armador fazia estrutura metálicas de ferragens, certo”, “tinha mais alguma atribuição além dessa?” “sim, depois que eu comecei a trabalhar, acho que 10 a 15 dias, eles viram que eu tinha outras habilidades, como carpinteiro, ajudava a descarregar forma, a gente teve bastante abuso, acumulei outras funções” 01:25
22. Posto isso, nota-se que de início o Autor somente alegou realizar a função para qual foi contratado, sendo que SOMENTE APÓS O REITERADO QUESTIONADO DO JUÍZO, informou que a Reclamada verificou que ele tinha habilidades e passou a cumular função de carpinteiro, ajudante a descarregar forma.
23. Não obstante a genérica informação de que cumulou função com carpinteiro, posto que não restou demonstrando QUALQUER atividade exercida por ele, a qual supostamente seria inerente neste cargo, o Autor também informa que descarregava forma, o que está dentro de suas atribuições como Armador, senão vejamos:
24. Em consulta à classificação brasileira de ocupações (CBO), é possível verificar que as atividades inerentes à função de Armador são as seguintes:
25. Assim, não há que se falar em reconhecimento de acúmulo de função e tampouco pagamento de diferenças salariais.
26. Registre-se, portanto, que o acúmulo de funções tem como característica a sobrecarga de trabalho, desempenho de atribuição que não seja precípua à função para a qual o empregado foi contratado, o que fatalmente não é o caso do Reclamante.  
27. Assim, não há amparo legal para a pretendida diferença salarial resultante de acúmulo de função, eis que: (i) inexistente no nosso ordenamento jurídico vigente; (ii) não verifica sobrecarga; (iii) caberia, no mínimo, comprovar a sobrecarga, sobre o que inexiste comprovação.  
28. Por fim, salienta que o Reclamante não trouxe aos autos nenhum elemento probatório capaz de confirmar suas alegações, sendo certo que tal ônus lhe competia por força do art. 818, I, da CLT, do qual não se desincumbiu.
29. Assim, deve ser julgado improcedente o pedido. 
DAS VERBAS RESCISÓRIAS
30. O Reclamante pretende o pagamento das verbas rescisórias, afirmando não percebeu a integralidade de tais verbas.
31. No entanto, conforme narrado em defesa e documento anexado pela 1ª Ré sob id 5298f10, as verbas rescisórias foram pagas corretamente, no prazo legal. 
32. Não obstante, enfatiza que as Rés JAMAIS foram empregadoras ou tiveram qualquer ingerência sobre o contrato de trabalho do Autor, sendo a 1ª Reclamada responsável por qualquer pagamento direcionado a ele, razão pela qual a ora Peticionante jamais poderá ser condenada nestas obrigações, quiçá eventuais multas por descumprimento.
33. Por fim, evidente que não comprovou suas alegações, requer a improcedência do pedido em comento, bem como a multa prevista no art. 477, da CLT.
CONCLUSÃO
20. Diante do acima exposto, requer a Reclamada que sejam julgados improcedentes todos os pedidos formulados pelo Reclamante na presente reclamatória, bem como ratifica todos os termos apresentados em defesa.
Nestes termos,
P. deferimento.
São Paulo, 15 de dezembro de 2022.
MARTA ALVES
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