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Desenho Arquitetônico- Cap 3

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- -1
DESENHO ARQUITETÔNICO
CAPÍTULO 3 - QUAL A FUNÇÃO DAS NORMAS 
TÉCNICAS E SUA INFLUÊNCIA NOS 
FORMATOS DE APRESENTAÇÃO DE 
PROJETOS?
Mrs. Inara Pagnussat Camara
- -2
Introdução
O estudo de arquitetura, e áreas afins exige domínio de diversas disciplinas e competência em campos umdesign
tanto distintos. Para elaborar um projeto de arquitetura, seja de interiores, ou de uma edificação de muitos
andares, é necessário disciplina em manter um processo de projeto. Este processo é necessário para que não
sejam puladas etapas que possam vir a fazer falta ou gerar conflitos futuros na execução, orçamento ou pós obra.
Desta forma, o processo projetual envolve etapas iniciais de identificação do local de projeto, condicionantes
térmicas, condicionantes legais, programa de necessidades, estudos prévios, diagramas e croquis iniciais para
então, posteriormente, o desenvolvimento de projetos técnicos e legais. Porém, para que servem os diagramas
conceituais? E como as normas técnicas podem auxiliar no processo de projeto? Quem determina a informação
contida nas Normas? Como elas são feitas? E as normas possuem peso de lei?
Neste capítulo, você irá compreender como são desenvolvidos diagramas e croquis conceituais, para que seja
capaz de iniciar o processo projetual adequando o programa de necessidades a teorização, às suas ideias de
projeto e principalmente, de forma a evitar conflitos futuros. Os diagramas irão lhe possibilitar prever estes
conflitos. Ainda, iniciaremos com o uso das escalas, sua aplicabilidade aos diferentes tipos e tamanhos de projeto
e sua função e leitura em um projeto de arquitetura. Você irá conhecer as normatizações do desenho técnico,
para que possa consultar em caso de dúvidas futuras e, possibilitando a legibilidade de informações e símbolos à
diferentes profissionais. E por fim, trataremos em um tópico sobre as formas de apresentação de projeto,
visando otimizar a aceitação pelos clientes e qualidade da programação visual aplicada as pranchas e trabalhos
arquitetônicos.
Vamos estudar esse conteúdo a partir de agora, acompanhe!
3.1 Diagramas e croquis conceituais
Os diagramas e croquis conceituais são parte de um processo de projeto com o intuito de representar um
pensamento ou ideias. São meios para gerar, organizar e formalizar alternativas e ideias, visando posteriormente
transforma-los em um projeto que possa ser executável. Quando utilizamos croquis e diagramas, não buscamos
projetos perfeitos, tampouco (ainda) projetos, apenas uma ancoragem filosófica que irá embasar e fortificar um
futuro projeto.
Os diagramas são uma linguagem abstrata, e por meio de seu uso e de gráficos, se visa transmitir o entendimento
geral e conceitual de um projeto. Podem, ainda, conter elementos gráficos, setas, símbolos representativos,
auxiliando na compreensão e principalmente no amadurecimento de ideias. Acompanhe a seguir!
3.1.1 Estágio Inicial do processo de desenhos e projetos
Os diagramas e croquis, em geral, são uma etapa preliminar do processo de projeto e com isso “as sementes para
o projeto final e, essencialmente para o projeto construtivo” (YEE, 2016, p. 37). Clique nas setas abaixo e aprenda
mais sobre o tema.
Estas representações são uma combinação de linhas e pontos para explicar um projeto, e podem ser
bidimensionais ou tridimensionais. Podem, ainda, ser complementados com desenhos de pessoas, vegetação e
automóveis.
Arquitetos, projetistas ou mesmo estudantes, se defrontam constantemente com a tarefa de desenvolver gráficos
ou diagramas/esquemas alternativos à mão livre visando solucionar problemas de projeto.
Estes gráficos, para serem produzidos rapidamente exigem certa habilidade por parte do desenhista, mas é
- -3
Estes gráficos, para serem produzidos rapidamente exigem certa habilidade por parte do desenhista, mas é
essencial que estes rabiscos sejam utilizados como método do processo projetual, pois exploram soluções
alternativas e permitem a reprodução rápida de ideias, do pensamento visual e de diversas interpretações
projetuais.
Segundo Yee (2016, p. 38),
Por meio de pontos, linhas, símbolos e diagramas de zoneamento, a organização de uma construção
pode ser representada em termos de movimentação (circulação), uso do espaço (zoneamento),
análise de planta de implantação e de cortes do local, análise estrutural e volumétrica (configuração
geométrica). O uso antecipado de diagramas no processo de projeto permite a exploração criativa de
um conjunto de alternativas livres das rígidas especificações de projeto.
Figura 1 - Representação simbólica pictórica e diagramas de zoneamento bidimensionais, com uso de hachuras. 
Elementos simples de identificação.
Fonte: YEE, 2016, p. 38.
As representações por símbolos em croquis e diagramas auxiliam na identificação de circulações, níveis, locais
de acesso e são essenciais na comunicação da representação gráfica de dados coletados ou representativos. Os
diagramas mais abstratos fazem uso dos símbolos para simplificar a realidade pictórica (YEE, 2016). A imagem
abaixo representa as direções de movimentação em uma planta de implantação e é uma forma de estudar os
fluxos prevendo conflitos futuros.
- -4
Figura 2 - Representação simbólica pictórica e diagramas de zoneamento bidimensionais, com uso de hachuras. 
Elementos simples de identificação.
Fonte: YEE, 2016, p. 40.
A imagem acima, representa um dos tantos exemplos de diagramas onde, o autor mostra dois pontos de
observador, representado pelas vistas na parte inferior à direita e à esquerda do desenho, e as setas o auxiliam
na compreensão de como os processos de fluxo acontecem, em um determinado projeto, ainda muito pictórico
representativamente mas, que já permite estudar e prever soluções para uma edificação futura.
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Ainda, os diagramas podem ser representativos de plantas em geral, mas também em cortes e perspectivas. As
linhas retas ou as curvas são propostas em diagramas como forma de mostrar limite entre algo ou alguma coisa.
As setas, muito utilizadas, podem servir como símbolo de direção de uma ação ou de um deslocamento.
Figura 3 - Croqui diagramático em corte de habitação multifamiliar mostrando setas de visão e circulações.
Fonte: YEE, 2016, p. 42.
No caso apresentado na imagem 03, os calungas permitem compreender a volumetria e proporcionam a noção
espacial de um edifício. Os diferentes tipos de seta tornam-se um meio de compreender e estudar os campos de
visão e permeabilidade de uma edificação e os acessos e circulações.
VOCÊ SABIA?
“As plantas de localização descrevem as implantações e orientações de uma edificação ou um
conjunto de edificações em um terreno” (CHING, 2011, p. 65). É essencial que nesta planta
apareçam as divisas legais com outros lotes, informações gerais de cobertura – caimentos, tipo
de telha –, as características naturais do terreno, como a topografia e vegetações, as
construções existentes, os recuos obrigatórios, cotas gerais, redes públicas existentes ou
propostas, e acessos de pedestres e veículos.
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Lembre-se que é importante desenhar diagramas e croquis com traços leves para melhor gerar imagens
evocativas ao leitor ou observador. As espessuras de símbolos podem variar em função do que se deseja
representar. Os diagramas de cortes ou com elevações, devem incluir as figuras de calungas para proporcionar
uma noção de escala aos desenhos, visto que estes diagramas geralmente não são desenhados em escala, pois
precisam ser desenhos rápidos e informativos.
3.1.2 Compreender e utilizar diagramas conceituais no processo de projeto
Em um projeto existem inúmeras soluções que podem ser utilizadas e analisadas visando a melhor solução.
Utilizar diagramas permite que estas soluções sejam exploradas e descobertas as melhores e mais potenciais
para um determinado projeto e função, sem perder o foco naquilo que é importante, em algum assunto
específico.
Segundo Yee (2016, p. 45) “explorar questões do projeto como formas precisas, proporções e ligações especiais
frequentemente requer o uso de um sistemade desenhos tridimensional”. Estas soluções buscam encontrar
maneiras que melhor atendam aos requisitos do projeto proposto, mostrando proporções o mais exatas
possíveis e sem possuir detalhes em excesso, porém que possam ser acrescentados posteriormente.
VOCÊ O CONHECE?
Oscar Niemeyer foi um dos Arquitetos e Urbanistas de maior renome no Brasil, justamente por
utilizar croquis para representar sua arquitetura. Ele usou diagramas para as principais e
monumentais obras que executou em cidades como Brasília, Curitiba, São Paulo e Rio de
Janeiro. Uma de seus croquis mais conhecidos é da Catedral de Brasília, com suas curvas e
estruturas ousadas.
- -7
Figura 4 - Diagramas tridimensionais utilizados para testar e estudar diferentes alternativas de projeto de 
arquitetura. Simplicidade de detalhes.
Fonte: YEE, 2016, p. 45.
Os diagramas de implantação ajudam a compreender o sítio através de símbolos pictóricos que representam
uma simplificação da realidade física do local. Segundo Yee (2016, p. 46), “com o uso de símbolos nos diagramas,
fatores que afetam a implantação, como desníveis, circulação de tráfego, vista, condições do sol e do vento, ruído,
regulamento de zoneamento, limites da propriedade, uso do solo e da paisagem adjacente, podem ser
- -8
regulamento de zoneamento, limites da propriedade, uso do solo e da paisagem adjacente, podem ser
registrados graficamente e analisados de modo rápido.” Isso auxilia a estabelecer as possibilidades e restrições
de um projeto.
Figura 5 - Diagramas de implantação que auxiliam na compreensão do sítio ao qual estão implantados, dando 
suporte no estudo de restrições e possibilidades de um projeto.
Fonte: YEE, 2016, p. 46.
Por fim, entende-se que os croquis e diagramas documentam um processo inicial de projeto, descrevendo as
formas arquitetônicas e suas relações com as condições do entorno, simplificando a realidade de modo a
examinar aspectos particulares de cada projeto.
- -9
Finalizamos o primeiro item deste capítulo. Neste tópico apresentamos algumas formas de croquis e diagramas
conceituais, mas eles podem ser representativos em muitas situações além das descritas, como por exemplo em
estruturas, elementos de fechamentos, controle ambiental, organização de fluxos, posição de móveis e inúmeras
outras formas.
3.2 O uso das escalas no desenho arquitetônico
Seja bem-vindo ao item 3.2. Neste item, abordaremos o uso das escalas no desenho de arquitetura e sua
importância frente à representatividade de um projeto. Segundo Ching (2011, p. 48) “os desenhos de arquitetura
geralmente são feitos em escalas reduzidas para se adequarem a um determinado tamanho de folha de papel”.
Quer aprender mais sobre o uso das escalas no desenho arquitetônico? Clique nos itens abaixo e confira!
• 
O uso das escalas é variável, pois busca determinar a quantidade de detalhes que devem aparecer
em um projeto ou imagem gráfica. Ou seja, a quantidade de detalhes desejadas, determina qual
deverá ser a escala do desenho.
• 
Quanto maior o grau de detalhes, menor é a escala (1:10;1:25;1:50), enquanto projetos com grau
de detalhe pequeno, possuem escalas maiores (1:1.000; 1:5.000; 1:10.000).
• 
Por exemplo, projeto de móveis e objetos possuem uma escala pequena, visto que precisam
representar detalhes mais específicos, enquanto projetos urbanos (de cidades), possuem uma
escala maior, pois o grau de detalhes é menor.
Acompanhe mais sobre este assunto seguir!
3.2.1 Aplicabilidade de escalas para compreensão de projeto
Para que possamos compreender a importância das escalas no desenho de arquitetura, utilizamos um exemplo
simples: podemos desenhar uma lâmpada com suas dimensões reais em uma folha de papel A4, isto é, em
verdadeira grandeza. Porém, como representar um automóvel? Ou um edifício? Você precisaria de muitas folhas
de papel e ainda assim, não teria uma base suficientemente grande para conseguir desenhar.
Desta forma, compreendemos que as escalas são importantíssimas pois são a relação entre a medida do desenho
VOCÊ QUER LER?
A realização de um projeto de arquitetura, como qualquer outro trabalho, tem premissas que
lhe são próprias: há um programa a ser atendido, há um lugar em que se implantará o edifício,
e há um modo de construir a ser determinado. Esse conjunto de premissas é elaborado
graficamente em um desenho que opera como mediador entre a ideia do projeto e sua
realização concreta (MACIEL, 2003). Esta citação refere-se a um artigo que vale a pena
conferir, pois o autor apresenta de forma dinâmica a importância do desenho e sua
representação como ponto de partida para projetos conceituais. Veja no link: <http://www.
>.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/04.043/633
•
•
•
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/04.043/633
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/04.043/633
- -10
Desta forma, compreendemos que as escalas são importantíssimas pois são a relação entre a medida do desenho
e a sua dimensão real de um objeto (MONTENEGRO, 2017). As escalas podem ser de redução ou ampliação. Na
arquitetura, utilizamos as escalas de redução, pois os desenhos representados são de dimensões muito grandes
em relação aos tamanhos disponíveis de papel.
Figura 6 - Exemplificação do uso de escalas de redução. O numeral das escalas é sempre a quantidade de vezes 
que o desenho reduz.
Fonte: MONTENEGRO, 2017, p. 31.
Veja abaixo, o uso da escala de redução em um desenho simples de uma maçaneta. Perceba que nada altera-se no
desenho, o desenho é reduzido do original, para que seja possível compreender a verdadeira grandeza.
Figura 7 - Exemplificação do uso de escalas em desenhos. Na arquitetura, as escalas mais utilizadas são 1:25; 1:
50; 1:75; 1:100 e 1:250.
Fonte: Elaborado pela autora, baseada em MONTENEGRO, 2017.
As escalas de redução, que são recomendadas pela ABNT- NBR, são:
- -11
Quadro 1 - Escalas de redução, segundo ABNT.
Fonte: Elaborado pela autora, baseado em MONTENEGRO, 2017.
Quando se faz redução ou ampliação de imagens em geral, de revistas ou fotografias, a escala de um desenho fica
alterada e perde sua base de referência. Nestes casos, é importante que os desenhos quando alterados venham
acompanhados de escalas gráficas, muito comuns em projetos apresentados em revistas.
A escala gráfica, é uma forma de representação da escala numérica. Porém, observe que apresenta apenas uma
única decimal, e as escalas de redução apresentadas anteriormente apresentam duas. Nestes casos, podemos
utilizar escalas de transversais.
Figura 8 - Representação numérica de escala gráfica, utilizada em desenhos de arquitetura, principalmente em 
revistas da área.
Fonte: MONTENEGRO, 2017, p. 33.
Porém, como desenhar as escalas de transversais em 1:20, por exemplo? Segundo Montenegro (2017, p. 33):
desenhamos a escala simples, sendo, neste caso, a divisão principal igual a 5cm ou 1:20 = 0,05m =
5cm. Fazemos traços verticais para baixo de cada uma das divisões e, neles, marcamos um segmento
qualquer a ser dividido em dez partes iguais por meio de retas horizontais. Transportamos as dez
divisões do primeiro segmento da escala simples para a horizontal do extremo inferior. Ligamos por
linhas oblíquas, ou transversais, cada divisão da horizontal superior com a divisão da anterior na
horizontal inferior. Está concluída a escala de transversais.
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Figura 9 - Representação numérica de escala gráfica de transversais, passo a passo para a escala 1:20.
Fonte: MONTENEGRO, 2017, p. 33.
Para Montenegro, a leitura das escalas se faz com base em:
• divisões que representam unidades de medidas, ou número inteiro;
• divisões do primeiro segmento da escala simples que correspondem a décimos (1:10) do
inteiro;
• horizontais que correspondem a centésimos (1:100) do inteiro.
Assim, temos:
• o segmento ab representa 1,60m,;
• o segmento cd corresponde a 1,82m, sendo o algarismo 1 lido na divisão principal, o 8 na
divisão decimal superior e o 2 na segunda horizontal c que corresponde a 2 centésimos;
• O segmento ef mede 0,35m;• O segmento gh mede 2,57m”.
Terminamos esse tópico. No tópico a seguir trataremos da utilização de escalas em desenhos de vistas múltiplas,
possibilitando ao aluno a compreensão e aplicabilidade em projetos de arquitetura, representando plantas,
cortes e fachadas de uma edificação.
•
•
•
•
•
•
•
CASO
Imagine que você quer saber as dimensões de um projeto de arquitetura que viu em uma
revista e gostou muito. Além disso, ele servirá de base e referência para um projeto seu, que
possui um programa de necessidades semelhante ao projeto visto. Porém, o projeto não possui
medidas, apenas, ao lado, a escala gráfica. Neste caso:
Desta forma, você pode relacionar as dimensões e tirar as referências de espaços para utilizar
em sua pesquisa. Este método, também pode ser utilizado em seus projetos, quando tiver
muita informação em um desenho, evitando poluir de cotas e linhas de chamadas.
• copie em uma tira de papel a escala gráfica ao lado da figura;
• sobreponha o desenho copiado, da escala ao desenho.
•
•
- -13
3.2.2 Utilizando escalas em desenhos de vistas múltiplas
As escalas de projetos arquitetônicos são um assunto que faz parte dos conhecimentos adquiridos em desenho
técnico. Em geral, são três tipos de representatividade em escala: (1) a escala de redução; (2) a escala real e; (3)
a escala de ampliação.
Clique nas abas e conheça outros aspectos relacionados ao uso das escalas em desenhos de vistas múltiplas.
Escala de redução
A escala de redução, como vimos anteriormente, corresponde a reduzir um desenho para que seja compreensível
e possa encaixar-se nos tamanhos de papel disponível.
Escala real
A escala real, corresponde a escala 1:1 (um por um), em que um objeto ou desenho é representado em
verdadeira grandeza, ou seja, no tamanho original.
Escala de ampliação
Já a escala de ampliação é utilizada para ampliar desenhos muito pequenos, utilizando o numeral inverso da
escala de redução, por exemplo 5:1 (cinco pra um) (YEE, 2017).
A partir disto, as escalas são muito utilizadas por e arquitetos para representar obras e desenhos dedesigners
uma edificação, considerando a relação de proporcionalidade. A escala em projetos de arquitetura é, portanto,
uma ferramenta poderosa para representar noções reais em projetos reduzidos ou ampliados sobre uma
construção ou ideia de um projeto.
A arquitetura digital trouxe ainda outras formas de representar projetos através da realidade virtual. Com o uso
de de representação é possível fazer maquetes eletrônicas com características e realidade aumentada,softwares
possibilitando a compreensão e leitura de um projeto de forma mais realística possível.
É importante observar no desenho de arquitetura que para escolher a escala ideal você precisa ter em vista: (1)
o tamanho do projeto a representar; (2) as dimensões do papel e; (3) a representatividade que irá proporcionar
clareza ao desenho. Cada uma destas condições, se respeitadas, irão ocasionar uma boa apresentação de um
projeto ou desenho.
3.2.3 Cálculo de uma grandeza em escala
Vejamos como representar em escala uma grandeza de 25m, utilizando um papel de formato A3 (297mm x
420mm). Precisamos considerar que temos a dimensão de 420mm como maior dimensão, porém descontamos
20mm de margem, restando 400mm de espaço útil no papel.
Clique nas abas e aprenda mais sobre este assunto.
Papel como limite
Tendo o papel como limite, sabemos que podemos representar os 25m por uma grandeza de 5, 10, 20, 50 ou 100
vezes menor que o tamanho real. Se utilizarmos a escala que representa o desenho 10 vezes menor, teríamos
25m representados em uma dimensão 10 vezes menor, o que não seria possível, pois o papel tem 400mm e
teríamos 2,5m de desenho.
- -14
Unidade de grandeza real
Neste caso, cada unidade de grandeza real é representada por outras 10 vezes menor, os 25m serão
representados por 2,5m, ou seja, temos o desenho reduzido 25 vezes. Neste caso, 25 m correspondem a 2.500cm.
Escala ideal
Para saber qual a escala ideal neste caso, você pode dividir a grandeza total pelo tamanho da área útil do papel,
em que: 2.500/40 = 62,5. Portanto, neste caso, a escala mais próxima e que poderia ser utilizada para que o
desenho coubesse nas dimensões do papel é a escala 1:75.
No desenho de arquitetura, as escalas mais utilizadas são: 1:50; 1:75; 1:100; 1:150; 1:200; 1:250 e 1:500. Indica-
se, como escalas mínimas as seguintes:
• 1:500 para plantas de situação;
• 1:250 para plantas de localização;
• 1:100 u 1:200 para plantas de cobertura e implantação;
• 1:100 e 1:75 para plantas baixas;
• 1:75 ou 1:50 para cortes e elevações;
• 1:25 para detalhes técnicos mais específicos.
Finalizamos esse tópico. Neste item você foi capaz de conhecer a aplicabilidade do escalímetro, que irá lhe
auxiliar a trabalhar com as escalas no desenho de arquitetura. Continue acompanhando os tópicos seguintes.
3.3 Normas técnicas para o desenho arquitetônico
Neste subitem falaremos sobre as normas técnicas para o desenho de arquitetura e sua importância na
representatividade gráfica para a compreensão do todo e de todos. O desenho técnico, para que seja
compreensível, não pode sujeitar-se aos gostos de cada desenhista, pois será utilizado por diversos profissionais
até chegar a sua execução ou fabricação (MONTENEGRO, 2017).
Para isto, existem diversas normas técnicas que tratam do desenho e sua representatividade, desde a dobra do
•
•
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•
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VOCÊ SABIA?
Ao utilizar escalas, o arquiteto ou pode elaborar o projeto de uma edificação muitodesigner
grande e representá-lo a partir de uma escala reduzida, mostrando exatamente como ficarão
os ambientes depois do projeto pronto, ou como ficarão dispostos os cômodos e os móveis
após sua execução. As escalas permitem que os desenhos sejam reduzidos sem perder a noção
da espacialidade e auxiliem na compreensão das ideias que os profissionais querem
representar.
- -15
Para isto, existem diversas normas técnicas que tratam do desenho e sua representatividade, desde a dobra do
papel aos símbolos gráficos utilizados, além dos princípios gerais de representação em desenho técnico para a
compreensão e, principalmente, padronização de informações projetuais. Neste item, abordaremos as
normatizações brasileiras e a diferença entre as normas de outros países e, ainda, uma breve contextualização
das principais normatizações que você pode (e deve!) utilizar no desenho técnico. Acompanhe!
3.3.1 A ABNT e sua importância no desenho arquitetônico
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é uma entidade privada e sem fins lucrativos, que visa a
padronização dos processos de projeto. A NBR é a sigla utilizada para Norma Brasileira aprovada pela ABNT.
Desse modo, as NBRs são uma espécie de normas técnicas – estabelecida em um consenso de pesquisadores e
profissionais de diversas áreas e aprovada por um organismo nacional ou internacional.
Clique nas setas abaixo e aprenda mais sobre o tema.
Segundo Montenegro (2017, p. 22) “a NBR 10067/1995, que trata dos princípios gerais de representação em
desenho técnico, diferente apenas em detalhes das normas usadas em muitos países.
As normas técnicas francesas têm as iniciais NF; as alemãs são as Deustsche Industrie Normen (DIN) ou Normas
da Industria Alemã. As do Brasil, são as Normas Brasileiras Registradas (NBR); o primeiro número identifica uma
norma específica e o segundo número se refere ao ano de aprovação”.
Veja que, as normas não possuem força de lei, contudo, sugere-se que sejam utilizadas por profissionais de todas
as áreas da construção civil, pois são base de muitas pesquisas e têm por objetivo padronizar informações e
ordem na representatividade técnica dos projetos.
Ainda existem profissionais que preferem utilizar seu próprio padrão de informações, porém isso pode gerar
desentendimento na leitura de projetos e erros na execução de obras.
Podemos considerar o ponto de partida do uso das Normas Técnicas o tamanho do papel a ser utilizado, também
definido pela ABNT. O maior tamanho de papel disponível é o formato A0 (lê-se A zero), que tem 1m²de
superfície e os lados na razão 1:√2. Partindo do papel A0, seguem-se subdivisões semelhantes e resultam na
multiplicação ou divisão por 2.
Figura 10 - Subdivisões do papel A0, nos demais tamanhos de papel normatizados pela ABNT.
- -16
Figura 10 - Subdivisões do papel A0, nos demais tamanhos de papel normatizados pela ABNT.
Fonte: MONTENEGRO, 2017, p. 33.
Um desenho feito em tamanho A1, por exemplo, e reduzido à metade do seu tamanho original terá sua escala
igualmente reduzida à metade. Perceba que, cada formato deve ter a metade das dimensões do anterior, havendo
sempre múltiplos e submúltiplos.
Quadro 2 - Padronização de papéis, segundo ABNT.
Fonte: Elaborado pela autora, baseado em NBR 6492, 2018.
Você acabou de ver que as normatizações definem o tamanho do papel para o desenho de arquitetura. Do mesmo
modo, para a circulação de projetos e para que sejam guardados de forma a evitar rasgamento e amassamento,
os papéis também são dobrados de forma padrão. Muitos profissionais possuem o hábito de guardar projetos em
rolos, o que, ocupa mais espaço e precisa de um cuidado especial para proteção.
- -17
Figura 11 - Dimensões do papel e relação das margens de acordo com os diferentes tamanhos de papel.
Fonte: MONTENEGRO, 2017, p. 23.
A forma de uso e manutenção de projetos e toda papelaria utilizada no desenho técnico é um ponto importante a
ser observado, pois previne o arquiteto ou projetista de conflitos, rasgamentos, amassamentos, que são comuns
quando os papeis são muito grandes e muitas vezes, manuseados por muitas pessoas de uma equipe.
A NBR 6492/1994 mostra uma sequência de dobramentos, que, permite transformar todos os tamanhos de
papéis, em formato A4, permitindo assim, que sejam guardados em pastas ou envelopes com proteção.
Abaixo veja a sequência de dobramentos, com detalhes:
VOCÊ QUER LER?
Existem inúmeras normatizações técnicas para auxiliar você na representatividade do desenho
de arquitetura. Destacamos aqui uma norma que deve estar fresquinha na sua mente, pois irá
utilizá-la sempre em seus projetos. A NBR 6492 – Representação de Projetos em Arquitetura,
possui informações como: dobramento de papel, simbologia técnica para projetos de
arquitetura, informações gerais sobre projetos, escalas, documentos projetuais, tipologias de
letras e números, cotas e muito mais. Você pode acessá-la pelo link: <https://www.
>.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=4039
https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=4039
https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=4039
- -18
Figura 12 - Sequência detalhada de dobramento do papel. Observe as medidas, as quais devem ser seguidas 
rigorosamente.
Fonte: MONTENEGRO, 2017, p. 23.
Você acabou de acompanhar os dobramentos de papel. Sugerimos que busque mais complementaridade junto a
NBR 6492/1994, que lhe trata informações mais precisas do dobramento e representação de projetos, podendo
complementar nossos estudos deste tópico.
3.3.2 Principais normas técnicas brasileiras para representatividade em 
projetos de arquitetura
Conforme mencionamos anteriormente, as normas técnicas nos auxiliam na representatividade de projetos de
arquitetura. Deste modo, precisamos de seu auxílio para que possamos representar projetos legíveis e
exequíveis aos diversos profissionais que estão envolvidos no processo de projetar.
Abaixo, um compêndio das principais normas utilizadas no desenho técnico:
- -19
Quadro 3 - Sintetização de NBR utilizadas para desenho técnico.
Fonte: Elaborado pela autora, 2018.
Embora algumas normas já possuam mais de 20 anos, elas ainda são utilizadas na representação projetual pois,
não viu-se necessária a alteração pelo corpo técnico responsável. O desenho técnico é bem padronizado e é
importante tê-las sempre ao seu fácil acesso. Lembre-se que você não precisa decorar todas estas normatizações,
mas saber consulta-las quando as dúvidas surgirem em uma representação.
Finalizamos este tópico. Até o momento, você foi capaz de compreender o uso das escalas no desenho técnico e
as principais NBRs que você deverá utilizar para realizar seus projetos de arquitetura. É essencial que você faça
uso da normatização, visando uma leitura clara e acessível aos diversos profissionais que estarão envolvidos no
projeto.
Perceba que, se todos os profissionais envolvidos seguirem esta padronização, o projeto ficará de leitura
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A Escola da Cidade, escola paulistana de arquitetura e urbanismo tem um canal do YouTube
em que posta palestras e diversos vídeos informativos – ministrados na instituição – de vários
profissionais da área. É um espaço para conhecer abordagens nacionais e internacionais sobre
esse universo da arquitetura e do urbanismo. Assista em: <https://www.youtube.com/channel
>./UC1T3exm9jEHNi_S2l9wYjEQ
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Perceba que, se todos os profissionais envolvidos seguirem esta padronização, o projeto ficará de leitura
universal a todos e erros serão prevenidos, evitando ainda, desgastes na execução de obras e projetos
arquitetônicos. O próximo tópico abordará os formatos de apresentação, auxiliando você a apresentar projetos
de forma eficiente. Acompanhe!
3.4 Formatos de apresentação
Bem-vindo ao item final deste capítulo. Neste tópico abordaremos um conjunto bem montado de desenhos de
apresentação, que possui como objetivo a comunicação gráfica de valor importante entre o arquiteto-cliente ou
projetista-cliente. Segundo Yee (2016, p. 375) “uma apresentação de desenhos arquitetônicos normalmente
inclui diagramas ou croquis conceituais, uma planta de implantação, plantas baixas, fachadas externas, cortes do
terreno, cortes da construção, desenhos em projeção axonométrica, desenhos em projeção oblíqua e
perspectivas”.
Percebemos que, à medida que o desenho evolui, mais métodos formais e normatizados de desenho e
apresentação se tornam necessários, visando transmitir ideias de modo eficiente para o público-alvo. O objetivo
deste tópico é ilustrar os diversos formatos de apresentação, desde as mais manuais em murais, até as
apresentações digitais.
3.4.1 Apresentação arquitetônica
Segundo Yee (2016, p. 375) os “desenhos são dados visuais, cuja escolha e composição comunicam o espírito do
projeto. É muito eficaz apresentar qualquer objeto ou espaço tridimensional como uma característica muito
importante em um mural”. Entendemos que o objetivo primordial de uma apresentação de projeto é retratar
eficientemente os conceitos do projeto.
Uma vez que conceitos são abstratos, para que possam ser implementados no projeto é necessário desenhá-los e
organizá-los em um formato ordenado e formalmente estruturado. Cada arquiteto ou projetista pode fazê-lo com
uso das ferramentas que domina, sejam elas manuais ou com o uso de 3D, desde que consiga satisfazersoftwares
a visão e compreensão do leitor, cliente ou executor.
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Quadro 4 - Sugestões para formato de apresentação.
Fonte: Elaborado pelo autora, baseado em YEE, 2018.
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Perceba pelo quadro acima que, quando combinamos um conjunto de desenhos em uma apresentação, eles se
tornam uma poderosa ferramenta de comunicação. É importante manter a apresentação de projetos de
arquitetura em pranchas sequenciais e evitar trocar a cada momento de tamanho e formato de papel para
manter uma coerência de informações e leitura projetual. 
Vamos conhecer mais sobre este tema? Clique nas abas e confira!
Desenhos na
folha
A organização e a forma de composição dos elementos do desenho na folha de papel é
flexível, mas é essencial observar que haja um compromisso de continuidade e unidade,
assim como um enfoque conceitual (YEE, 2016).
Formato de
apresentação
Os projetos podem ser apresentados através de programas 3D, murais de apresentação entre
diversos formatos, de acordo com a habilidade do projetista ou arquiteto em manusear o
desenho e as ferramentas de desenho.
Murais de
apresentação
Os murais de apresentação possuem uma vantagem, pois permitemexpor vários desenhos
em uma sequência e ficando fácil a visualização do contexto. Os projetos de arquitetura
seguem uma sequência de apresentação que geralmente é composto pelas plantas de
implantação, as plantas baixas, os cortes, as fachadas, os cortes e as projeções paralelas e as
perspectivas, ou croquis.
É importante ainda, manter uma escalas padrão, orientação e meios técnicos de apresentação (YEE, 2016). Neste
caso, tenha cuidado com o tamanho e distância da plateia para definir as escalas do desenho.
Figura 13 - Exemplo de apresentação em formato de Mural, em que os desenhos são apresentados em sequência.
Fonte: YEE, 2016, p. 379.
Sugere-se que apresentações arquitetônicas em murais sejam organizadas de forma horizontal ou vertical. O
exemplo acima possui uma orientação vertical das pranchas e permite uma leitura continua das informações e
elementos arquitetônicos. Se torna eficiente pois permite um processo de leitura coerente e lógico. O exemplo da
figura abaixo, representado na horizontal, pode ser lido como uma composição completa. Também é indicado
que as implantações e plantas baixas possuam a mesma orientação, ou seja, sejam apresentadas na mesma
direção, evitando que o leitor precise ficar girando a cabeça para entender as mudanças.
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Figura 14 - Exemplo de apresentação em formato de mural, apresentado na posição horizontal.
Fonte: YEE, 2016, p. 379.
Outro detalhe importante é o corpo das fontes em títulos e legendas. Qualquer texto para uma apresentação deve
ser manipulado conforme for a disposição de informações, e com o olhar crítico do desenhista. De maneira geral,
os desenhos devem falar por si próprios, com o mínimo possível de textos. Quando eles forem imprescindíveis,
utilize o menor tamanho de letra e o estimo mais simples, para que possa ser legível da distância desejada (YEE,
2016).
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Figura 15 - Exemplo de apresentação com destaque para a implantação. Apresenta informações mais simples 
com o uso de diagramas conceituais.
Fonte: YEE, 2016, p. 382.
Ainda existem formas de representação, que utilizam a técnica de superposição. Segundo Yee (2016, p. 398) “a
superposição de diferentes tipos de desenhos permite a maximização das informações em um espaço limitado.
As composições podem retratar uma grande quantidade de informações gerais de modo compreensível em um
único espaço. Elas não devem reproduzir as informações dos desenhos convencionais (como plantas,
implantações, fachadas, cortes etc.) em espaços adjacentes, porém separados”.
Esta forma de representação permite que sejam combinadas diferentes técnicas de desenho em uma mesma
apresentação. Podem ter linhas bem marcadas ou croquis à mão livre, fazendo diferentes composições, as quais
exigem maior concentração e atenção do leitor. É uma forma de evitar a tendência, com desenhos individuais e
isolados.
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Figura 16 - Exemplo de apresentação com uso de diferentes técnicas e imagens superpostas, utilizando croquis.
Fonte: YEE, 2016, p. 399.
Finalizamos este item. Acompanhe no item a seguir, a continuação do assunto, porém, apresentando formas de
apresentação com o uso de gráficos, com perspectivas em alta resolução e elevado grau de realismo.softwares
3.4.2 Criando apresentações em realidade virtual
Os desenhos em realidade virtual muitas vezes permitem que sejam apresentados projetos em painel único,
visto que o grau de informações é suficiente e não carece de mais painéis representativos.
Estes casos são bem mais raros e necessitam de um bom desempenho em programas gráficos, ou seja, em 
 de desenho, para atingir um grau de detalhamento maior, com informações que serão suficientes parasoftwares
a leitura e entendimento de um projeto de arquitetura. Veja a imagem a seguir, onde apenas um painel é
necessário para apresentar um projeto arquitetônico.
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Figura 17 - Exemplo de apresentação com uso de um único painel e desenhos compostos. Utilização de 3D Studio 
Max e Photoshop.
Fonte: YEE, 2016, p. 409.
Este tipo de apresentação é muito utilizado em concursos, em que os conceitos de projeto são um pouco rígidos e
bem específicos. Em alguns casos, a técnica de apresentação é deixada a critério de cada participante, contando
ainda na pontuação pela criatividade e representatividade. É importante ter cuidado para que desenhos feitos
em não pareçam frios e mecânicos, pois não possuem o toque vívido do desenho à mão livre.softwares
Os desenhos de concurso apresentam em geral uma série de materiais e todo tipo de desenho é utilizado para
expressar e comunicar as intenções do projeto. É essencial lembrar que, embora a tecnologia possa ser favorável,
os conceitos precisam ser apresentados de modo imaginativo e simples, para que possa ser compreendido pelos
jurados ou leitores do projeto.
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Figura 18 - Exemplo de apresentação com uso de diferentes desenhos e perspectivas, criando composições 
atraentes.
Fonte: YEE, 2016, p. 424.
A estratégia de utilizar diferentes composições e vistas em um painel permite flexibilidade e uma composição
atraente dos materiais gráficos e textos. Neste caso acima, a imagem mais importante ganhou destaque em
tamanho maior, com o objetivo de envolver a atenção do espectador. Nas demais imagens, são apresentadas as
composições formais em realidade virtual, buscando o encantamento do leitor e, somente no final, são
apresentados desenhos mais técnicos representados por cortes, com informações de dimensões e para
compreensão mais técnica do projeto.
O painel de apresentação abaixo, possui outra estratégia de leiaute. Neste caso, as artes-finais foram organizadas
em diferentes locais do painel, enquanto os desenhos, diagramas e textos foram posicionados em uma faixa
horizontal do longo da borda inferior.
“As principais ideias do projeto foram transmitidas por meio de blocos de textos dispostos por todos os painéis,
ajudando a unificar os murais e conduzir os olhos de uma área para outra. A partir de certa distância, o
observador compreenderia rapidamente as ideias principais do projeto; e vendo mais de perto, poderia
encontrar um texto mais detalhado adjacente às ilustrações relevantes” (YEE, 2016, p. 439).
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Figura 19 - Exemplo de apresentação com uso de diversos desenhos compostos.
Fonte: YEE, 2016, p. 438.
Chegamos ao final deste tópico. Procure exercitar as técnicas apresentadas, utilizando croquis e diagramas
conceituais para aprimorar suas técnicas com o desenho. Busque ter contato com todas as normas técnicas e tê-
las sempre com acesso fácil que lhe permita consulta-las sempre que tiver dúvidas. Esse processo de
treinamento irá aprimorar e lapidar sua habilidade com o desenho. Bom trabalho!
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Síntese
Chegamos ao final do capítulo. Aprofundamos nosso conhecimento sobre os diagramas e croquis conceituais,
compreendendo sua importância no estágio inicial do processo projetual. Neste capítulo você aprendeu também
o uso das escalas e sua aplicabilidade ao desenho arquitetônico, formas de medição com escala, escalas gráficas e
escalas numéricas. Conheceu a importância das normas técnicas, e as NBRs mais indicadas e necessárias para o
desenvolvimento de projetos arquitetônicos. Por fim, conheceu formas de apresentação de projeto e as melhores
e mais eficientes formas de representar o desenho de arquitetura.
Neste capítulo, você teve a oportunidade de:
• compreender o uso de digramas e croquis conceituais no processo desenho - projeto;
• reconhecer e utilizar croquis e diagramas conceituais em projetos;
• compreender a aplicabilidade das diferentes formas de representar as escalas e sua relação com o 
desenho em verdadeira grandeza;
• utilizar as escalas em desenhos de vistas múltiplas, ou seja, as mais indicadas para o desenho de plantas, 
cortes e elevações;
• conhecer as principais Normas Técnicas para utilizar no desenho arquitetônico;
• compreender a importância dos formatos de apresentação no entendimento e leitura de projetos de 
arquitetura.
Bibliografia
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 8196 - DesenhoTécnico: emprego de escalas.
Rio de Janeiro: ABNT, 1999.
______. NBR 13142 - Desenho Técnico: dobramento de cópias. Rio de Janeiro: ABNT, 1999.
______. NBR 6492 - Representação de Projetos de Arquitetura. Rio de Janeiro: ABNT, 1994.
______. NBR 8402 - Execução de Caractere para Escrita em Desenho Técnico. Rio de Janeiro: ABNT, 1994.
______. NBR 10582 - Apresentação da folha para desenho técnico. Rio de Janeiro: ABNT, 1988.
______. NBR 10068 - Folha de desenho: leiaute e dimensões. Rio de Janeiro: ABNT, 1987.
______. NBR 10126 - Cotagem em Desenho Técnico. Rio de Janeiro: ABNT, 1987.
______. NBR 8403 - Aplicação de Linhas em Desenho - Tipos de Linhas - Larguras das linhas. Rio de Janeiro: ABNT,
1984.
______. NBR 8409. - Tipos de Linhas. Rio de Janeiro: ABNT 1994.
______. NBR 10067 - Princípios gerais de representação em desenho técnico. Rio de Janeiro: ABNT, 1995.
______. NBR 12298 - Representação de área de corte por meio de hachuras em desenho técnico. Rio de Janeiro:
ABNT, 1995.
CHING, F. D. K. . Porto Alegre: Bookman, 2011. Representação Gráfica em Arquitetura
MACIEL, C. A. Arquitetura, projeto e conceito. , São Paulo, ano 04, n. 043.10, Vitruvius, dez. 2003.Arquitextos
Disponível em: < >. Acesso em: 28/12http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/04.043/633
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MONTEGEGRO, G. A. 5. ed. São Paulo: Blucher, 2017.Desenho Arquitetônico. 
MONTENEGRO, G. A. A São Paulo: Blucher, 2008.perspectiva dos profissionais.
YEE, R. Desenho Arquitetônico: um compêndio visual de tipos e métodos. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2016.
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http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/04.043/633
	Introdução
	3.1 Diagramas e croquis conceituais
	3.1.1 Estágio Inicial do processo de desenhos e projetos
	3.1.2 Compreender e utilizar diagramas conceituais no processo de projeto
	3.2 O uso das escalas no desenho arquitetônico
	3.2.1 Aplicabilidade de escalas para compreensão de projeto
	3.2.2 Utilizando escalas em desenhos de vistas múltiplas
	3.2.3 Cálculo de uma grandeza em escala
	Papel como limite
	Unidade de grandeza real
	Escala ideal
	3.3 Normas técnicas para o desenho arquitetônico
	3.3.1 A ABNT e sua importância no desenho arquitetônico
	3.3.2 Principais normas técnicas brasileiras para representatividade em projetos de arquitetura
	3.4 Formatos de apresentação
	3.4.1 Apresentação arquitetônica
	3.4.2 Criando apresentações em realidade virtual
	Síntese
	Bibliografia

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