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Apostila Desenho Arquitetônico Unidade 4

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- -1
DESENHO ARQUITETÔNICO
CAPÍTULO 4 – COMO REPRESENTAR UM 
ANTEPROJETO?
Inara Pagnussat Camara
- -2
Introdução
Seja bem-vindo ao capítulo 4!
Na representação de projetos de arquitetura, a montagem de pranchas seguindo uma ordem coerente de
projeções e de vistas múltiplas é essencial. Também é importante o uso das normas técnicas da Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para representar a simbologia e as convenções gráficas, pois fortifica a
qualidade e a legibilidade dos desenhos e a compreensão do que o arquiteto ou designer quer representar por
meio de linhas e traços.
Ainda, existem desenhos de vistas múltiplas que não conseguem sozinhos representar detalhes mais específicos
de algum elemento projetual e, para isso, necessitam de detalhamentos em escala maior, para que seja possível
ampliar a escala do desenho para tornar visuais os detalhes que a arquitetura precisa mostrar.
Neste capítulo, você irá compreender como organizar projetos de arquitetura para representá-los por meio de
anteprojetos, elaborando desenhos de demonstração com o uso de escalas, meios de expressão e diferentes
instrumentos e ferramentas que possibilitem qualidade ao projeto arquitetônico mas, acima de tudo, a sua
representação. Irá ainda compreender a importância dos detalhamentos para explicar e ilustrar detalhes
técnicos mais específicos e que careçam de escalas diferentes para representação e compreensão
Por fim, serão apresentados programas gráficos que permitam a apresentação digital de projetos arquitetônicos
e maquetes eletrônicas. Com isso, como podemos utilizar diferentes meios de expressão, instrumentos e
ferramentas em um único projeto de arquitetura? Como elaborar detalhamentos arquitetônicos, e para que eles
servem na representatividade de projetos? E, como utilizar maquetes eletrônicas e digitais em projetos de
arquitetura?
Vamos estudar esse conteúdo a partir de agora, acompanhe!
4.1 Representação de Anteprojeto
A representação gráfica é importante pois permite que os desenhos de arquitetura adquiram profundidades,
texturas e um caráter mais real. Porém, para a representação de anteprojetos de arquitetura não basta apenas a
representação gráfica, e sim a montagem de desenhos baseada em normas e convenções gráficas para o
entendimento, a aprovação e a execução de uma obra/edifício.
Neste item, iremos abordar os elementos que são importantes para a compreensão total de um anteprojeto, e
não apenas parcialmente com o uso de croquis e diagramas. Abordaremos diferentes meios de expressão,
instrumentos e ferramentas para utilizar no desenho arquitetônico, os quais permitem sua boa
representatividade e montagem gráfica. Vamos iniciar pelos desenhos que são fundamentais em um anteprojeto,
acompanhe!
4.1.1 Os elementos de um anteprojeto de arquitetura
Os desenhos de um anteprojeto descrevem uma proposta de projeto de modo gráfico, com a intenção de que
uma ideia ou proposta projetual seja compreendida em sua totalidade, desde onde está implantado em uma
cidade, até seus detalhes mais específicos e pontuais.
Para conhecer mais sobre o tema, clique nas setas abaixo.
A leitura desse projeto pode ser feita por um cliente, um comitê, ou simplesmente por alguém que esteja
avaliando o projeto. Conforme Ching (2011, p. 203), o projeto pode ser produzido para “ajudar a imaginação de
um cliente, seja para obter a contratação como arquiteto, ou esfera privada ou em um concurso, os desenhos [...]
devem comunicar, da maneira mais clara e precisa possível, as qualidades tridimensionais de um projeto”.
Para que a apresentação de um anteprojeto seja clara, os desenhos precisam ser completos e persuasivos com
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Para que a apresentação de um anteprojeto seja clara, os desenhos precisam ser completos e persuasivos com
suas convenções compreendidas e com o conteúdo bem significativo. Entretanto, deve possuir ainda um ponto
de vista claro a respeito da intenção do desenho, eficiência em comunicar uma ideia, clareza aos leitores não
familiarizados com o projeto, unidade, organização e continuidade, em que cada etapa deve estar relacionada à
precedente e à seguinte, sendo uma o reforço da outra.
Ching (2011, p. 206) ainda afirma que “um desenho isolado não pode explicar totalmente um projeto”. Para que
a tridimensionalidade de um projeto seja clara, este precisa comunicar, pelas coordenadas, os aspectos
construtivos, formais e estéticos. Não necessita propriamente que exista um desenho tridimensional, mas que
essas coordenadas sejam claras e persuasivas.
Em uma representação de anteprojeto, a distribuição dos elementos, como imagens gráficas, diagramas e fontes,
devem ser planejadas cuidadosamente.
Figura 1 - Representação simbólica de uma apresentação equilibrada de formatos, tamanhos, valores tonais, 
pesos visuais e posicionamento de desenhos.
Fonte: CHING, 2011, p. 206.
- -4
Clique nos itens dispostos abaixo para aprender outros aspectos relacionados aos elementos de um anteprojeto.
• 
Em geral, os anteprojetos são representados em sua totalidade por desenhos.
• 
Para a leitura dos desenhos, é aconselhável que a apresentação possua os projetos organizados da
“esquerda para a direita e de cima para baixo” (CHING, 2011, p. 207).
• 
Sejam desenhos manuais ou computadorizados, precisam ter uma sequência lógica, iniciando por
escalas menores até escalas maiores, que explicam melhor o desenho ou o contexto do projeto.
• 
A sequência das plantas baixas, por exemplo, deve seguir um alinhamento e orientação de maneira
similar. O norte deve estar orientado para cima ou para baixo na folha de desenho.
• 
Aconselha-se que as plantas estendam-se incluindo características externas, como paisagismos,
jardins, pátios ou calçadas em média 1,50 m além das paredes externas.
Quando a edificação possuir muitos pavimentos, a orientação indicada é seguir um alinhamento vertical ou
horizontal, possibilitando que possam ser sobrepostos ou alinhados com o auxílio de uma régua.
•
•
•
•
•
- -5
Figura 2 - Representação simbólica de uma apresentação equilibrada de desenhos de um anteprojeto.
Fonte: CHING, 2011, p. 207.
Ainda, orienta-se que plantas baixas iniciem sempre pelos pavimentos mais baixos, subindo para as cotas mais
altas. Clique nas abas e a prenda mais sobre o assunto.
Arranjos
horizontais
Na organização de plantas baixas em pranchas, deve-se colocar os arranjos horizontais mais
baixos à esquerda, seguindo com os demais para a direita, alinhando-os sempre que possível.
Fachadas ou
elevações
As fachadas ou elevações devem estar alinhadas e correlacionadas com as plantas baixas
sempre que possível.
Cortes
Os cortes seguem a mesma ideia: estar relacionados às plantas e às fachadas. Lembre-se de
que tais dicas facilitam a leitura projetual e a organização das ideias, mas não são regras
rígidas, tampouco normatizadas.
Perspectivas
Por fim, relacione as perspectivas o mais próximo ou direto possível com o plano do desenho
que elas representam, para mostrar de modo mais claro o contexto do projeto. Incluir
mobiliários, vegetações e pessoas auxilia na compreensão da escala e uso do espaço
relacionado ao projeto.
Veja, no quadro a seguir, os principais símbolos que auxiliam na identificação dos aspectos e características de
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Veja, no quadro a seguir, os principais símbolos que auxiliam na identificação dos aspectos e características de
um desenho e devem estar claramente representados em anteprojetos. Lembre-se de que o tamanho dos
símbolos, seu peso visual e o seu posicionamento devem ser proporcionais à escala do desenho e ao tamanho da
prancha.
Quadro 1 - Simbologia gráfica para anteprojetos.
Fonte: Elaborado pela autora, baseado em CHING, 2011.
Além dos símbolos principais, as fontes e textos também são muito importantes. Os textos são utilizados em
plantas baixas com o nome dos ambientes e sua metragem quadrada para nomear a direção dos cortes, a posição
de cada elevação, os ambientes externos e informações adicionais necessárias. Nos cortes, utilizam-se textos
para nomearcada ambiente que está sendo cortado, os níveis (estes são numéricos) e informações importantes
de detalhes arquitetônicos, como telhados, forros e estruturas.
Nas fachadas, os textos são muito utilizados pois, conjuntamente às texturas e ao uso de luz e sombras, permitem
explicar os materiais e acabamentos utilizados e as informações importantes, como a inclinação de telhados,
tipos de aberturas, vidros, cores e informações técnicas. Lembre-se, porém, que a escolha das fontes, o tamanho
e o espaçamento devem estar em equilíbrio e proporção com a escala e prancha do desenho.
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A tipografia de um anteprojeto merece atenção e dedicação especial, pois precisa de legibilidade e não deve
prejudicar ou confundir-se com o desenho. Ching (2011) recomenda que sejam evitadas diferentes misturas de
fontes e que letras em caixa baixa sejam utilizadas em casos consistentes ao longo de uma apresentação, pois são
de mais fácil leitura que um texto totalmente com letras maiúsculas. O autor ainda considera que o tamanho da
fonte pode (e deve) variar conforme a distância de quem irá visualizar a apresentação.
Figura 3 - Representatividade de diferentes fontes tipográficas, em caixa alta ou baixa, maiúsculas e minúsculas.
Fonte: CHING, 2011, p. 211.
VOCÊ SABIA?
Existe uma NBR – Norma Brasileira Regulamentadora – que fixa as condições exigíveis para a
escritura usada em desenhos técnicos e documentos em geral. A “NBR 8402/1993 – Execução
de Caracteres para a Escrita em Desenhos Técnicos” tem o objetivo de auxiliar profissionais
arquitetos e desenhistas, estabelecendo as características de caligrafia técnica, visando que
seja legível, com traços simples e tamanho proporcional entre seus caracteres (SILVA, 2014).
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Quando os textos são desenhados à mão, o uso de linhas guias é útil para controlar a altura e o espaçamento
entre as letras, que não deve ultrapassar meio centímetro. Embora cada pessoa desenvolva um estilo individual
de escrita à mão livre, é importante que sejam mantidas proporções semelhantes entre os caracteres. Na
representação e apresentação de anteprojetos, as fontes devem ser cuidadosamente integradas com a
composição dos desenhos. Veja os exemplos a seguir.
Figura 4 - A escolha das fontes e o uso da tipografia deve ser cuidadosamente integrada com a composição do 
projeto. Podem ser utilizadas linhas guia para enquadramento de textos.
Fonte: CHING, 2011, p. 211.
Quer aprender mais sobre o tema? Clique nas abas abaixo e confira!
Textos
Os textos devem ser organizados conforme sua função, sejam títulos ou textos explicativos.
Por convenção, eles ficam diretamente abaixo dos desenhos ajudando a estabilizar campos até mesmo em casos
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Por convenção, eles ficam diretamente abaixo dos desenhos ajudando a estabilizar campos até mesmo em casos
irregulares. É importante manter simetria e alinhamento de informações, com linhas guias para um conjunto
visual organizado.
Legibilidade
Quando estiver desenvolvendo um anteprojeto, procure lembrar que o leitor não conhece o projeto e, no
primeiro momento, tampouco o sítio no qual ele está inserido. Dessa forma, para que ele possa se situar no
espaço e compreender todas as informações conceituais representadas, seja objetivo e busque legibilidade.
Testes de distanciamento e testes de impressão, em casos de projetos desenvolvidos em softwares, irão auxiliar
na escolha adequada de fontes e diferentes tamanhos.
Finalizamos o primeiro tópico. Neste item, você conheceu os elementos importantes na compreensão total de um
anteprojeto, os diferentes meios de expressão, os instrumentos e as ferramentas para utilizar no desenho
arquitetônico, os quais permitem sua boa representatividade e montagem gráfica.
No tópico a seguir, abordaremos os desenhos de documentação, importantes para que anteprojetos sejam
aprovados e possam vir a ser executados. Os desenhos de documentação, além do uso das vistas múltiplas,
necessitam de outras plantas e detalhes que são essenciais para a localização e execução de projetos
arquitetônicos. Continue acompanhando!
4.2 Desenho de documentação e execução
Neste item, abordaremos os diferentes desenhos que são necessários para a execução de projetos arquitetônicos.
Para isso, chamamos de desenhos de documentação o somatório de desenhos que são necessários ao anteprojeto
e projeto executivo.
Eles correspondem a plantas diversas, como: planta de situação, planta de localização, planta de implantação,
vistas múltiplas (plantas baixas, cortes e fachadas), perspectivas, detalhes técnicos e projetos complementares
(projeto elétrico, projeto hidráulico e projeto estrutural).
Para tanto, diversos profissionais são envolvidos no processo de aprovação de desenhos de documentação e,
principalmente, na execução de projetos de arquitetura. Quanto maior a complexidade e tamanho de um projeto,
maiores são as responsabilidades e necessidades de detalhamentos técnicos para a execução e o
acompanhamento de um projeto. Trataremos, a partir de agora, desses diferentes desenhos de documentação.
4.2.1 Demonstração de desenhos arquitetônicos
Para a elaboração de desenhos de documentação, uma série de projetos e desenhos são essenciais e permitem a
leitura e a compreensão tridimensional de um projeto. Porém, não é apenas a tridimensionalidade que é
importante, mas a compreensão total do espaço no qual o projeto está inserido, sua localização na cidade e no
VOCÊ O CONHECE?
Gildo Azevedo Montenegro é arquiteto e urbanista com especialização em Expressão Gráfica. É
autor de diversos livros de desenho técnico, tem trabalhos publicados em jornais e revistas
científicas do Brasil e Portugal. Foi professor nos cursos de Arquitetura e Design na
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e ministrou cursos em dez estados brasileiros.
Sua linha atual de estudos envolve aprendizagem, intuição, criatividade e inteligência
(MONTENEGRO, 2017).
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importante, mas a compreensão total do espaço no qual o projeto está inserido, sua localização na cidade e no
lote urbano. Dessa forma, para a representação de um anteprojeto e sua apresentação, os desenhos devem seguir
pela sequência de plantas, como: (1) planta de situação; (2) planta de localização ou locação; (3) implantação e
planta de cobertura; e, posteriormente, as (4) plantas baixas.
A corresponde ao lote situado na cidade. No seu desenho e representação precisam estarplanta de situação
ilustrados os lotes e as quadras vizinhas, as vias de acesso circundantes, as dimensões do terreno em estudo, a
orientação, as curvas de nível existentes ou projetadas e as escalas. Em geral, são desenhadas na escala de 1:500
ou 1:1000, pois abrangem uma área mais extensa.
Figura 5 - Planta de Situação com a demarcação do lote, das divisas legais e das vias de acesso e circundantes.
Fonte: Elaborada pela autora, 2018.
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Fonte: Elaborada pela autora, 2018.
É importante lembrar que, na representatividade de um anteprojeto, sempre iniciamos pelas plantas em escala
maior, como a planta de situação. Depois desta, as escalas vão diminuindo e o desenho vai ficando mais próximo
da edificação, cada vez maior e em maior nível de detalhes e informações, até quase a escala em tamanho real,
quando possuir detalhes técnicos mais específicos. Vejamos a próxima planta.
A planta de localização ou locação corresponde principalmente ao lote e à construção. Nela devem constar
muros, portões, árvores existentes ou que serão plantadas, calçadas e passeios, pontos de referência (local de
coleta de lixo e poste de iluminação), construções vizinhas. É importante ainda representar os acessos de
pedestres e de veículos, as cotas gerais e cotas de afastamentos e recuos da edificação, as dimensões do terreno
e, quando necessários, os ângulos, os declives e curvas de nível e o quadro com as áreas totais. Lembre-se do
norte, ele está presente em todas as plantas, sempre.
Essa planta serve como ponto de partida para a marcação da locação da construção sobre o terreno. Como a
escala fica menor, as redes de eletricidade, água eesgoto devem ser marcadas corretamente. Indica-se que sejam
desenhadas em escala 1:200 ou 1:500.
Figura 6 - Diferentes plantas de localização. Observe que, quanto maior o grau de informações em desenho de 
cada uma, melhor é a leitura e compreensão do sítio.
Fonte: MONTENEGRO, 2017, p. 53; CHING, 2011, p. 69.
A planta de localização permite demarcar a área da edificação e suas projeções sobre o lote. Porém, nem sempre
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A planta de localização permite demarcar a área da edificação e suas projeções sobre o lote. Porém, nem sempre
os lotes são planos e, em alguns casos, são bem acidentados e com uma topografia irregular e difícil de ser
representada. Por isso, fique atento às curvas de nível para sua representatividade clara e legível.
A corresponde ao telhado ou cobertura da edificação, projetada sobre o solo. Essa plantaplanta de cobertura
pode acompanhar a planta de implantação, evitando desenhos excessivos ou informações mais desconexas.
Porém, nesse caso, é importante que sua representatividade seja clara, mostrando a vista de cima com os
contornos das paredes tracejados. Quando inserida à planta de implantação, segue a mesma escala. Quando
estiver isolada, sugere-se o uso da escala 1:200 ou 1:100 em sua representatividade.
VOCÊ QUER LER?
A compreensão da topografia é muito importante para a representação de implantações, e
posteriormente dos cortes, em um projeto de arquitetura. No livro “Representação gráfica em
arquitetura”, nas páginas 66 e 67, Ching (2011) explica de forma visual, prática e dinâmica
como representar em cortes e na tridimensionalidade o desenho de uma topografia acidentada
e com diferentes níveis e direções. Recomendamos a leitura!
- -13
Figura 7 - Perspectiva de uma edificação. Observe onde está a vista de cima e o contorno da parede, pois ambos 
precisam ser desenhados na planta de cobertura.
Fonte: MONTENEGRO, 2017, p. 50.
Como se trata de uma vista aérea, ou superior, o observador vê primeiramente a cobertura e a direção de
caimento das águas. Perceba pela imagem a seguir que a cobertura avança além das paredes, o que chamamos de
beirais. Como as paredes não são visíveis do alto, entendemos que elas estão desenhadas abaixo da visão do
observador. Desse modo, são representadas com traços curtos e finos.
- -14
Figura 8 - Representatividade de uma planta de cobertura com as quedas da cobertura e a demarcação do 
contorno das paredes da edificação em traços curtos e finos.
Fonte: MONTENEGRO, 2017, p. 51.
Na sequência, é representada a . Ela corresponde a um plano horizontal que corta a construçãoplanta de baixa
em 1,50 m acima do nível do piso, retirada a porção acima do plano de corte, olhando de cima para baixo. Nessa
representação, é importante que as portas e janelas sejam cortadas por esse plano para mostrar os fluxos e
trocas de circulação de ar que existem na edificação.
As plantas baixas podem ser representadas em escalas que variam de 1:100, 1:75 e 1:50, dependendo do
tamanho do projeto e da folha de desenho que será utilizada em sua representação. Nesta, é importante que
apareçam portas e janelas, cotas gerais, norte, acesso de pedestres e veículos, projeção da cobertura. Também
podem ser representados os quadriculados das áreas molhadas (cozinhas, banheiros e áreas de serviço).
- -15
Figura 9 - Sequência do processo de corte de uma edificação para a representação de plantas baixas. A figura 
final ilustra como deve ser representado um projeto em planta.
Fonte: MONTENEGRO, 2017, p. 51-53.
Na sequência das plantas baixas, são representados os cortes. O corte nada mais é que uma “fatia” da edificação
para mostrar a representação dos pisos, forros, cobertura e inclinações. Em suma, o corte mostra a altura da
edificação e todos os detalhes técnicos pertinentes à fatia que está sendo cortada. Em geral, são necessários para
a documentação de um projeto um corte longitudinal e um transversal.
Arquitetos têm por costume e formação representar cortes sempre próximos a escadas e rampas, caixas d’água e
banheiros, pois permitem a visualização e a compreensão de elementos mais complexos, que merecem destaque
na visualização e na execução. Na imagem a seguir, “está o plano AB em que aparecem, com traço mais grosso, as
partes cortadas pelo dito plano vertical. Mais adiante, do plano AB, avista-se uma porta e, em seguida, uma
porção de parede – no lado direito da figura –, ambos correspondentes ao deposito” (MONTENEGRO, 2017, p.
54).
- -16
Figura 10 - Sequência do processo de corte de uma edificação para a representação de plantas baixas. A figura 
final ilustra como deve ser representado um projeto em planta.
Fonte: MONTENEGRO, 2017, p. 54.
Observe ainda, na figura, que o corte pode ser AB ou BA, dependendo do lado do qual observador está vendo o
corte da edificação. É importante lembrar que a direção do corte sempre deve estar marcada em todas as plantas
baixas e na planta de implantação e cobertura, para que seja possível associar os desenhos. Essa marcação
permite a leitura visual de onde um edifício é cortado, quando tiver vários andares com plantas diferentes.
A primeira letra do corte é sempre a letra que está à esquerda do observador, desse modo, podem ser
dispensadas as setas de sentido do corte. Em alguns casos, profissionais utilizam também nomenclaturas como “
’ (lê-se corte A A linha)” e assim sucessivamente. Representam a mesma coisa, porém, o lado está àcorte AA A
esquerda do observador e o lado A’ está à direita.
- -17
Quadro 2 - Como desenhar cortes com base na planta baixa.
Fonte: Elaborado pela autora, baseada em MONTENEGRO, 2017.
Existem, ainda, nomenclaturas que são importantes para o conhecimento do arquiteto ou desenhista. Elas
possuem uma linguagem compreensível a todos os profissionais e são quase universais no entendimento de um
projeto arquitetônico. Nos cortes, elas aparecem e devem ser desenhadas e explicadas com atenção e
refinamento de detalhes.
- -18
Figura 11 - Nomenclatura de elementos arquitetônicos que são comuns aparecerem em cortes de projetos 
arquitetônicos.
Fonte: MONTENEGRO, 2017, p. 56.
Lembre-se de que os cortes devem mostrar as alturas de portas e janelas, a altura do pé-direito com os detalhes
de forro, a inclinação ou declive da cobertura e detalhes importantes tecnicamente. Segundo Montenegro (2017,
p. 59), “é comum a confusão entre corte e seção. A rigor, são representações diferentes da mesma operação de
cortar ou seccionar. Assim, a seção é a representação da parte seccionada. [...] Corte será a representação dos
elementos seccionados acrescida das partes vistas adiante do plano de corte”.
- -19
Por fim, as ou são importantes na representação de anteprojetos porque permitemelevações fachadas
compreender as orientações das vistas externas de acordo com a orientação cardeal da planta baixa. É ideal que
as fachadas sejam desenhadas na mesma escala que as plantas baixas e os cortes para possíveis conferências e
proporção de informações. Em edifícios muito grandes, pode-se empregar escalas menores (CHING, 2011).
VOCÊ QUER LER?
O livro “Dicionário visual de arquitetura”, do autor Francis D. K. Ching (2010) é o primeiro
dicionário totalmente ilustrado de arquitetura. Cada definição de um elemento da construção
ou arquitetura corresponde a uma ilustração, facilitando a compreensão de cada termo. É uma
rica consulta para estudantes, desenhistas e arquitetos. Possui em média 5 mil definições
arquitetônicas que o auxiliarão muito no uso de projetos de arquitetura.
- -20
Figura 12 - Representação de uma fachada. Quanto maior a escala do desenho, maior é a quantidade de 
informações visuais que devem ser destacadas.
Fonte: CHING, 2011, p. 85.
Nas elevações, quanto maior for a escala, maiores devem ser os detalhes inclusos na sua representatividade.
Segundo Ching,
essa atenção aos detalhes é crucial quando representamos a textura e o padrão dos materiais de
revestimento, cobertura, portas e janelas e de como os materiais se encontram nas quinas. Assim, um
conhecimentogeral de como as edificações são construídas é extremamente valioso para a criação
de elevações em escala grande (CHING, 2011, p. 85).
- -21
Figura 13 - Importância do uso de texturas e hierarquias tonais de linhas em desenhos de fachada, permitindo a 
leitura de profundidade dos desenhos.
Fonte: CHING, 2011, p. 88.
Como as fachadas podem ter diversas profundidades, com elementos mais ou menos destacados, é importante
utilizar uma hierarquia de pesos de linha ou uma variedade de valores tonais e texturas ao desenhá-las. As linhas
mais leves representam linhas de superfície para auxiliar em um padrão visual ou até mesmo a textura. As linhas
mais demarcadas são representativas dos elementos que estão mais próximos do observador, ou seja, mais à
frente da elevação desenhada.
4.2.2 A cotagem em plantas baixas e cortes
Este item trata da importância da cotagem para a interpretação de um desenho técnico. A cotagem nada mais é
que o sistema de cotas, ou seja, de medidas em projetos arquitetônicos. Em geral, cotamos plantas baixas e
cortes, os quais possuem função mais voltada às técnicas de construção e devem conter informações das
dimensões horizontais e verticais de um projeto. As elevações não necessitam de cotas, pois sua função é
representar texturas e acabamentos, permitindo uma compreensão mais visual e tridimensional de um projeto
de arquitetura.
Esse processo de dimensionamento, também denominado cotagem, é normatizado pela NBR 10126/1998
(ZATTAR, 2016). Segundo Zattar (2016), a NBR 10126 (ABNT, 1987) define os seguintes tipos de cotagem:
- ) – Cota essencial para a função do objeto ou local.Funcional (F
- – Cota não essencial para o funcionamento do objeto.Não funcional (NF) 
- – Cota dada somente para informação. A cotagem auxiliar não influencia nasAuxiliar (AUX)
operações de produção ou de inspeção; é derivada de outros valores apresentados no desenho ou em
documentos, e nela não se aplica tolerância (ZATTAR, 2016, p. 128).
Observe a aplicabilidade das cotas na figura a seguir.
- -22
Figura 14 - Diferentes tipos de cotagem aplicados ao desenho. Observe o uso de cotas de nível, que são utilizadas 
no piso.
Fonte: Elaborada pela autora, 2018.
Além do sistema numérico de informações de uma cota, os elementos que a compõem também são importantes,
as chamadas linhas auxiliares e linhas de cota. As linhas auxiliares são as linhas contínuas e estreitas que limitam
as cotas de um ponto a outro e devem ser perpendiculares ao elemento dimensionado. As linhas de cota são
linhas com setas ou traços oblíquos, sobre as quais são colocadas as cotas, conforme a figura a seguir.
Figura 15 - Linha auxiliar, que limita as linhas de cota; (2) linha de cota, com setas ou traços oblíquos. A imagem 
à direita representa a indicação dos limites de linha de cota.
Fonte: ZATTAR, 2016, p. 128; PACHECO, 2017, p. 180.
As cotas em si são apenas os numerais que indicam a medida de uma extremidade ou peça, o valor numérico e a
distância entre dois pontos. Para uma cotagem correta e coerente, algumas regras precisam ser seguidas, como:
(1) os valores de cota indicados em um desenho são sempre cotas reais, independente da escala; (2) é
importante não omitir cotas e evitar cotas repetidas, pois acarreta em informação duplicada; (3) os caracteres de
- -23
importante não omitir cotas e evitar cotas repetidas, pois acarreta em informação duplicada; (3) os caracteres de
uma cota devem ser legíveis e coerentes, evitando números grandes demais e; (4) os elementos devem ser
cotados em vistas que proporcionam informações mais claras e precisas em relação à forma ou à localização
(PACHECO, 2017).
Figura 16 - Exemplos de cotagens corretas e inadequadas. As cotas devem ser claras e bem organizadas no 
desenho.
Fonte: PACHECO, 2017, p. 181.
A cotagem de ângulos, chanfros e escareados deve conter o comprimento mínimo de dois de seus lados. Quando
possuir ângulos, deve-se cotar um dos lados e, ainda, cotar o valor do ângulo em desenho. Veja a representação
de como cotar na figura a seguir.
- -24
Figura 17 - Exemplos de cotagem com ângulos, chanfros e escareados, sendo que sempre devem ser cotados dois 
lados.
Fonte: PACHECO, 2017, p. 181.
No caso de cotas com raios, estes devem ser cotados com uma única seta, que pode ficar dentro ou fora da linha
de contorno da curva. É importante, ainda, marcar o centro das circunferências de origem, pois permite
compreender a posição do centro em relação aos lados de uma peça ou projeto arquitetônico.
Neste item, você foi capaz de aprender quais os desenhos necessários para a documentação de um anteprojeto
VOCÊ SABIA?
A NBR 10126 determina que existem dois métodos diferentes de cotagem, porém, deve-se
utilizar apenas um em um mesmo desenho. O método 1 determina que as cotas devem ser
localizadas acima e paralelamente às suas linhas de cota e preferencialmente no centro. O
método 2 determina que as cotas devem ser lidas da base da folha de papel. As linhas de cota
devem ser interrompidas, preferencialmente no meio, para inscrição da cota (ABNT, 1987).
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Neste item, você foi capaz de aprender quais os desenhos necessários para a documentação de um anteprojeto
de arquitetura e como cotar plantas baixas e cortes. O conteúdo aprendido até aqui irá auxiliá-lo na montagem
da documentação de projetos de arquitetura que, posteriormente, serão necessários para a aprovação no órgão
municipal, com vistas à execução.
No tópico a seguir, iremos abordar o que são detalhamentos arquitetônicos e qual a função e representatividade
destes em projetos de arquitetura. Você irá conhecer alguns exemplos de detalhes que irão auxiliar no
embasamento do conteúdo aprendido.
4.3 Detalhamentos em desenho arquitetônico
Neste tópico, falaremos sobre a importância dos detalhamentos em projetos arquitetônicos. Tais detalhamentos
têm a função de ampliar a escala dos desenhos e mostrar o maior número de detalhes e informações possíveis
sobre algum elemento específico. Na execução de projetos arquitetônicos, diversos elementos possuem um
desenho ou técnica de execução mais elaborado que necessita de informações específicas para tal.
É importante, ainda, que o arquiteto esteja sempre presente no canteiro de obras e mantendo diálogo com os
executores, pois isso também substitui a necessidade de detalhar excessivamente os projetos. Mesmo com tanta
tecnologia, existem construtores que possuem dificuldade em compreender os detalhes e desenhos técnicos e,
por isso, é importante manter o conhecimento técnico aliado com o diálogo. Acompanhe a seguir.
CASO
João, um estudante do Curso de Arquitetura e Urbanismo, finalizou a graduação e abriu o
próprio escritório. Nos primeiros meses, ele fez captação de clientes, abriu novos mercados,
mostrou sua marca e conseguiu bons contatos. Os primeiros projetos que João fez foram mais
simples e não necessitaram de aprovação da prefeitura local para execução. Porém, alguns
meses depois, surgiu o Sr. Flávio, um cliente com intenção de abrir um supermercado. João
trabalhou durante meses no projeto do Sr. Flávio, até que este aprovasse o projeto. Em
seguida, começaram os detalhamentos e projetos de documentação para a aprovação na
prefeitura, conforme os índices urbanísticos da cidade.
Porém, após protocolar o projeto documentado na prefeitura, o arquiteto responsável pela
revisão ligou para João avisando que o projeto não havia sido aprovado e precisava de revisão.
João foi até a prefeitura e, em reunião com o revisor do projeto, percebeu que o caso não era
sério. João entregou todas as documentações, plantas, cortes e fachadas exigidas na legislação
municipal, mas esqueceu de colocar as cotas gerais e de recuos na planta de implantação.
Faltou também o norte. Que gafe a de João!
Bem, como eram pequenos esquecimentos, João ajustou as informações que faltavam e
reenviou o projeto, que foi aprovado e cuja documentação em breve será liberada para a
execução. Assim, o Sr. Flávio terá um novo e grande supermercado e João ficará contente com o
seu nome em um empreendimentode grande porte.
• O que será que ocorreu com o trabalho de João?
• Será que João cometeu alguma ilegalidade nos índices urbanísticos, e por isso o 
projeto não foi aprovado?
•
•
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4.3.1 Como representar detalhes construtivos
Os detalhes construtivos são uma forma de apresentação visual de um projeto, na qual deve-se comunicar a
organização e a forma de execução de elementos materiais do projeto.
Aprenda mais sobre os detalhes construtivos, clicando nas setas abaixo.
É uma das etapas do processo criativo, mas representado nas etapas finais de uma documentação projetual, pois
permite identificar e modificar aspectos e informações importantes de um edifício.
Selecionar acabamentos e materiais é um desafio constante dos profissionais da arquitetura, e o
desenvolvimento exato do que será construído é um processo constante até o final da execução do projeto.
Porém, pequenos detalhes precisam de uma compreensão mais profunda, principalmente de aspectos
interessantes e importantes ao projeto arquitetônico.
Os detalhes construtivos podem ser feitos à mão livre ou com o uso computacional. Independentemente da
técnica de preferência do arquiteto, desenvolver croquis de detalhes manuais é uma habilidade importante, pois
permite que o arquiteto represente de forma rápida um elemento durante uma visita à obra. Comumente, nas
obras ainda prevalece a simplicidade construtiva, com a qual a mão de obra é habituada e familiarizada.
VOCÊ QUER LER?
O site ArchDaily é referência entre arquitetos e possui diversos artigos na área de arquitetura
e construção, sempre atualizado com assuntos diversos. Quando o assunto abordado são os
detalhes construtivos, o ArchDaily possui alguns artigos publicados que auxiliam os
profissionais a compreender como desenvolver e representar detalhes construtivos (DEJTIAR,
2017). Leia mais em: <https://www.archdaily.com.br/br/874536/10-exemplos-de-como-
>.representar-detalhes-construtivos
https://www.archdaily.com.br/br/874536/10-exemplos-de-como-representar-detalhes-construtivos
https://www.archdaily.com.br/br/874536/10-exemplos-de-como-representar-detalhes-construtivos
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Figura 18 - Exemplos de corte com ampliação de uma área que necessita de maior detalhamento e exemplo de 
execução.
Fonte: CHING, 2011, p. 80.
Conforme já mencionado, os cortes geralmente são desenhados em escala 1:100, 1:75 e 1:50, diferentemente dos
detalhes. Estes costumam ser desenhados em escalas maiores, como 1:25, 1:10 e 1:5. Segundo Ching (2011, p.
80), estas escalas são empregadas apenas para cortes de detalhes que ilustrem condições especiais, como
paredes compostas, quinas e escadas. Por esse motivo, um conhecimento geral de como as edificações são
construídas é extremamente valioso para a criação de cortes em escala grande.
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Figura 19 - Exemplos de detalhamentos de muros de arrimo em bloco de concreto revestidos com tijolos. 
Qualquer elemento de arquitetura pode ser detalhado.
Fonte: CHING, 2010, p. 133.
Alguns detalhes técnicos podem ser elaborados pelos arquitetos, porém, é muito comum encontrar no mercado
diversos fornecedores que exemplificam e facilitam a vida dos profissionais, fornecendo matérias e elementos de
construção com cadernos de especificações e detalhamentos prontos de como aplicar o seu produto.
Figura 20 - Exemplos de detalhamento para execução de painéis compostos de armadura metálica e laje de 
concreto.
Fonte: CHING, 2010, p. 422.
Esses detalhes facilitam a compreensão dos executores e são um ganho de tempo aos arquitetos e projetistas.
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Esses detalhes facilitam a compreensão dos executores e são um ganho de tempo aos arquitetos e projetistas.
São úteis, ainda, do ponto de vista técnico, pois cada material construtivo é desenvolvido com estudos e testes.
Dessa forma, os detalhes fornecidos por fornecedores nos catálogos técnicos permitem que não haja erros de
execução, mas, principalmente, visando aumentar a durabilidade e a eficiência de produtos.
Finalizamos mais um item. Nele, você foi capaz de conhecer alguns exemplos de detalhes técnicos e compreender
sua importância na arquitetura. No próximo tópico, finalizaremos com exemplos de apresentações digitais e
maquetes eletrônicas, ferramentas que também auxiliam a representatividade tridimensional. Continue
acompanhando!
4.4 Apresentação digital, maquetes eletrônicas, programas 
gráficos
Bem-vindo ao tópico final do capítulo. Nele, abordaremos um compêndio de exemplos de algumas funções que
os programas de computador de maquetes eletrônicas ou programas CAD bi ou tridimensionais oferecem.
Abordaremos exemplos de apresentações digitais, que utilizam programas gráficos e maquetes eletrônicas para
representar os projetos de arquitetura e até mesmo detalhamentos.
São muitas possibilidades e programas gráficos que permitem criar de modo mais fácil os diferentes tipos de
vistas paralelas. Segundo Ching (2011, p. 106) “uma vez que tais programas organizam os elementos e sistemas
de uma construção tridimensional em grupos ou camadas separadas, podemos controlar de maneira seletiva sua
localização, visibilidade e aparência”. Acompanhe a seguir!
4.4.1 Vistas desenhadas em computador
As vistas desenhadas em computador nada mais são que um agrupamento de linhas e camadas que, juntas,
compõem um desenho ou projeto. Atualmente, existem diversos softwares que permitem apresentações digitais
como os CAD – AutoCAD, Revit, 3D Max –, Sketchup (Google), Promob (Procad), entre outros. Alguns ainda
auxiliam na realidade virtual aumentada, permitindo que sejam feitas renderizações do agrupamento de linhas,
com uso de texturas, vegetação, pessoas, entre outros.
VOCÊ QUER VER?
A Editora Pini é uma das mais conceituadas editoras de revistas e livros técnicos na área de
arquitetura, engenharias e construção civil. Além disto, possui um canal no Youtube – PINIweb
– exclusivo com entrevistas, projetos, maquetes eletrônicas e diversos vídeos que irão auxiliá-
lo nesse mundo vasto de projetos arquitetônicos. É importante que você se mantenha sempre
atualizado, e a editora auxilia de diversas formas e com conteúdo grátis ou alguns exclusivos
para assinantes. Disponível em: < >.https://www.youtube.com/user/PINIweb/videos
https://www.youtube.com/user/PINIweb/videos
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Figura 21 - Exemplos de cobertura desenhada em computador, com o uso de linhas para a compreensão da 
tridimensionalidade.
Fonte: CHING, 2010, p. 106.
No uso de programas computacionais, “podemos ocultar ou enfraquecer o peso de determinados elementos ou
sistemas, criando vistas cortadas. Também podemos mover elementos ou sistemas selecionados ao longo de
linhas axiais para construir vistas expandidas” (CHING, 2010, p. 107). A imagem a seguir representa uma vista
expandida, que nada mais é que uma espécie de “explodir” uma edificação para compreender seu interior e
alguns detalhes importantes.
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Figura 22 - Exemplos de vista expandida, a qual permite compreender o interior e os encaixes de uma edificação.
Fonte: CHING, 2010, p. 107.
Conheça mais sobre o tema, clicando nas setas a seguir.
Embora os desenhos feitos em computador facilitem a vida dos profissionais e agilizem a produção e reprodução
de informações, pois permitem que sejam feitos vários desenhos iguais em questão de segundos, ainda é muito
importante que os profissionais tenham a compreensão técnica de um projeto.
Utilizar o computador não substitui o conhecimento técnico, a visita em obra, o croqui rápido. Entendemos que o
computador é uma ferramenta que exige pouco pensamento, pois ao desenhar um elevador, por exemplo, você
pode utilizar um bloco de elevador pronto, enquanto no desenho manual, para que seja desenhado precisa
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pode utilizar um bloco de elevador pronto, enquanto no desenho manual, para que seja desenhado precisa
compreender como esse elemento funciona e se as dimensões se aplicam àquele projeto.
Com o crescimento do mercado de softwares e ampliação e facilidade de informações, hoje muitas marcas e
fornecedores liberam bibliotecas de blocoscom seus produtos, buscando também facilidade aos profissionais na
especificação e escolha de determinados produtos. Basta acessar os catálogos técnicos e temos um mundo de
opções em nossas mãos.
4.4.2 Criando apresentações em realidade virtual
Os desenhos apresentados em realidade virtual seguem o mesmo padrão de informações e regras do desenho
manual. Mesmo que o desenho computadorizado permita um acabamento e refinamento maior que o desenho
manual, ainda assim precisa de organização e coerência das informações.
Figura 23 - Exemplo de desenho em realidade virtual elaborado com programa computacional.
Fonte: Suwatchai Pluemruetai, Shutterstock, 2018.
Lembre-se, ainda, que um desenho 3D – em três dimensões – não é especificamente um projeto, e ainda assim
carece de detalhes técnicos para sua execução. Embora traga elementos bem reais e de fácil leitura e
interpretação, necessita de assessoria, leitura e organização.
Figura 24 - Exemplo de maquete eletrônica de um projeto de arquitetura, elaborado com programa 
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Figura 24 - Exemplo de maquete eletrônica de um projeto de arquitetura, elaborado com programa 
computacional.
Fonte: jafara, Shutterstock, 2018.
Chegamos ao fim do capítulo. Nele, você foi capaz de compreender o que são os desenhos tridimensionais, com
alguns exemplos práticos. Continue acompanhando e mantendo seus estudos e procure se familiarizar com os 
 que permitem a representatividade virtual de projetos. A escolha do programa ideal depende muito desoftwares
cada profissional, do tipo de projeto que desenvolve e grau de complexidade que necessita executar.
Síntese
Neste capítulo, aprofundamos nosso conhecimento sobre a representação de anteprojetos e os desenhos que são
necessários para a documentação de projetos e compreensão total da tridimensionalidade. Você aprendeu,
ainda, a importância do uso de detalhamentos para a documentação, mas, principalmente, para a execução de
elementos mais específicos e com maior grau de dificuldade ou elementos na sua execução. Por fim, familiarizou-
se com alguns modelos de projetos tridimensionais desenhados em computador, que podem auxiliá-lo
otimizando o processo projetual.
Neste capítulo, você teve a oportunidade de:
• compreender a importância da documentação técnica de projetos e os desenhos que compõem uma 
documentação;
• reconhecer e utilizar detalhamentos arquitetônicos;
• compreender a importância do detalhamento arquitetônico para a execução de projetos e detalhes mais 
específicos;
• utilizar as escalas em desenhos de documentação, ou seja, as mais indicadas para o desenho de plantas 
diversas, cortes, elevações e detalhamentos;
• conhecer que permitem a agilidade e reprodução de projetos de arquitetura de forma softwares
tridimensional e com realidade aumentada.
Bibliografia
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ZATTAR, I. C. . Curitiba: InterSaberes, 2016.Introdução ao desenho técnico
	Introdução
	4.1 Representação de Anteprojeto
	4.1.1 Os elementos de um anteprojeto de arquitetura
	4.2 Desenho de documentação e execução
	4.2.1 Demonstração de desenhos arquitetônicos
	4.2.2 A cotagem em plantas baixas e cortes
	4.3 Detalhamentos em desenho arquitetônico
	4.3.1 Como representar detalhes construtivos
	4.4 Apresentação digital, maquetes eletrônicas, programas gráficos
	4.4.1 Vistas desenhadas em computador
	4.4.2 Criando apresentações em realidade virtual
	Síntese
	Bibliografia

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