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TURMA PRODÍGIO 1PROENEM.COM.BR BIOLOGIA II A grande diversidade dos atuais seres vivos resulta de um longo processo de evolução biológica, pelo qual a vida tem passado desde o seu surgimento na Terra, há bilhões de anos. Várias teorias para explicação do processo de evolução surgiram na história. No início do século XIX, a hipótese de uma transformação das espécies passou a ser defendida por alguns cientistas para explicar a grande biodiversidade e a existência de fósseis de seres morfologicamente diferentes das espécies atuais. Para os evolucionistas, as espécies modifi caram-se ao longo do tempo passando por processos de adaptação nos ambientes que ocupavam. As formas atuais seriam descendentes de ancestrais, ora extintos. Tais ideias fi caram conhecidas como evolucionismo, que só teve impulso com Lamarck e Darwin. Lamarck e Darwin eram evolucionistas, isto é, aceitavam a adaptação dos seres vivos ao meio ambiente. Para Lamarck, o meio atua induzindo a modifi cação dos seres; já para Darwin, o meio seleciona as variedades preexistentes que melhor ajustem a espécie ao ambiente de vida. LAMARQUISMO Jean Baptiste de Lamarck (1744–1829), foi um botânico e zoólogo francês, especialista em invertebrados, que formulou uma das primeiras teorias da evolução. As contribuições de Lamarck à Ciência incluem trabalhos em Meteorologia, Botânica, Química, Geologia e Paleontologia, mas ele é mais conhecido por seu trabalho em Zoologia de invertebrados e por suas reflexões sobre a evolução. Publicou uma impressionante obra em sete volumes, Histoire Naturelle des animaux sans vertèbres (História natural dos animais invertebrados, 1815–22). Suas ideias sobre a evolução, que no começo do século XIX eram conhecidas como transformismo ou transmutação, partiam do princípio de que, uma vez que a natureza criou a primeira forma de vida, todas as formas subsequentes resultavam da ação do tempo e do ambiente sobre a organização dos seres vivos. Baseou-se nas seguintes ideias: • Influência do meio ambiente sobre o desenvolvimento dos órgãos; • Mudança na estrutura corporal com base no uso ou na falta de uso de certas partes do corpo; • Herança dos caracteres adquiridos. Lamarck obteve pouco reconhecimento para essas ideias enquanto viveu. Suas teorias só foram levadas a sério na segunda metade do século XIX. Ele morreu pobre e cego, em Paris, em 18 de dezembro de 1829. http://gracieteoliveira.pbworks.com/f/1322687117/Sem%20T%C3%ADtulo2.jpg DARWINISMO Charles Robert Darwin (1809–1882), foi o cientista britânico que criou as bases da moderna teoria da evolução, ao apresentar o conceito de que todas as formas de vida se desenvolveram em um lento processo de seleção natural. Em 1831, Charles Darwin uniu-se à tripulação do Beagle como naturalista numa expedição que durou cinco anos. Ao longo deste tempo, recolheu dados hidrográfi cos, geológicos e meteorológicos na América do Sul e em muitos outros lugares. Aos 27 anos, retornando à Inglaterra, Darwin estava certo de que os seres vivos se alteram em sua adaptação. As anotações de Darwin foram acumuladas por vinte anos, elaborando possíveis explicações para os mecanismos de adaptação dos seres vivos. Darwin suspeitou que o mecanismo evolutivo poderia ter semelhança com a seleção artifi cial realizada pelo homem, onde escolhe indivíduos com características desejáveis, por exemplo animais com melhor qualidade de reprodução, desprezando os outros de menor qualidade. Assim, surgiram várias raças de bovinos, cachorros e outros. As observações de Darwin são resumidas no conceito de seleção natural, onde, nas espécies selvagens os indivíduos mais bem adaptados ao ambiente são selecionados, pois apresentam mais chances de sobreviver e gerar descendentes, que herdam suas características adaptativas. O Darwinismo pode ser resumido em seis etapas: • Indivíduos de uma mesma espécie apresentam muitas variações de forma e na fi siologia; • Uma grande parte destas variações são transmitidas aos descendentes • Caso todos os indivíduos de uma espécie se reproduzissem, a população cresceria exponencialmente; • Diante dos recursos naturais limitados, os indivíduos de uma população lutam por sobrevivência e por seus descendentes • Apenas os mais aptos sobrevivem e deixam fi lhos • Pela seleção natural, as espécies serão estabelecidas por indivíduos adaptados ao ambiente em que vivem. TEORIAS EVOLUTIVAS12 12 TEORIAS EVOLUTIVASBIOLOGIA II TURMA PRODÍGIO2 PROENEM.COM.BR http://gracieteoliveira.pbworks.com/f/1322687108/Sem%20T%C3%ADtulo%282%29.jpg NEODARWINISMO – TEORIA MODERNA DA EVOLUÇÃO – TEORIA SINTÉTICA DA EVOLUÇÃO A versão moderna do darwinismo, chamada de neodarwinismo, está baseada nesta ideia, elaborada entre os anos 1920 e 1930 pelos geneticistas R. A. Fisher, J. B. S. Haldane e Sewall Wright. O desenvolvimento da genética permitiu reinterpretar a teoria de Darwin empregando novos conceitos. A Teoria Sintética analisa os fatores que alteram a frequência dos genes na população, como a mutação, a seleção natural; a migração e a deriva genética. MUTAÇÕES GÊNICAS Alterações, ao acaso, na sequência de bases do DNA, seja espontânea ou provocada por agentes ambientais. Somente as mutações que ocorrem nas células germinativas têm importância evolutiva. Por meio de mutações surgem novos alelos de um gene, sendo, assim, fonte primária de variabilidade ao seu possuidor, que tende a ser preservado ou não pela seleção natural. Na maioria das vezes, as mutações são deletérias e seus possuidores tendem a ser eliminados. MUTAÇÕES CROMOSSÔMICAS Alterações de pedaços inteiros de cromossomos com grandes alterações de seus genes, chamadas de alterações estruturais; podem ser alterações no número (aneuploidias) ou na carga total de cromossomos (euploidias), as alterações numéricas. Aneuploidias - originam indivíduos 2n+1, 2n-1, etc. Na espécie humana geram as síndromes de Turner (2n-1=45,X0 - monossomia), Klinefelter (2n+1=47,XXY - trissomia) , e Down (2n+1=47,21 - trissomia), por exemplo. Euploidias - formam indivíduos 3n (triploide), 4n (tetraploide), poliploides. Comum em vegetais. SELEÇÃO NATURAL Sobrevivência dos mais aptos a determinada condição ambiental e eliminação dos menos aptos. Os seres mais adaptados tendem a deixar mais descendentes capazes de atingir a época reprodutiva e, assim, a espécie torna fundamental para explicar a melhora da adaptação, a complexa organização funcional da vida e os atributos de progresso que, discutivelmente, podem-se classifi car como evolução. Algumas características favorecem determinados indivíduos a conseguir parceiros para a reprodução, tais como a coloração e o vigor físico. Tal fato denomina-se seleção sexual. Os mais seres com melhores adaptações tenderão a contribuir com mais genes para a prole. A seleção natural pode agir sobre a diversidade das populações de três maneiras diferentes: • Seleção estabilizadora: favorece indivíduos portadores de formas intermediárias de características, eliminando os extremos (1); • Seleção direcional: favorece indivíduos portadores das formas extremas de certas características (2); • Seleção disruptiva: favorece indivíduos das formas extremas ao mesmo tempo (3). https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/62/Genetic_Distribution.svg MIGRAÇÃO Consiste no deslocamento de indivíduos em idade reprodutiva de uma população para outra, criando fluxo gênico, caso haja reprodução. Se as migrações forem frequentes entre duas populações, o conteúdo genético delas tendem a se homogeneizar. DERIVA GÊNICA Desastres ambientais (Terremotos, Tsunamis, incêndios florestais, inundações) podem reduzir perceptivelmente o tamanho de uma população. Os poucos sobreviventes não são amostras representativas da população original. BIOLOGIA II12 TEORIAS EVOLUTIVAS TURMA PRODÍGIO 3PROENEM.COM.BR Na deriva gênica, ocorre uma morte não selecionada, que ocorre ao acaso, e por isso certos genespodem ter a sua frequência muito aumentada ou muito diminuída, ou podendo até se extinguir. https://evosite.ib.usp.br/evo101/images/beetles_mech3.gif Dentro de deriva gênica existe o chamado princípio ou efeito do fundador que ocorre quando uma nova população é “fundada” por um ou poucos indivíduos. Nessas condições, os indivíduos que iniciaram a nova população não constituem uma amostra geneticamente fi el da população original. ANOTAÇÕES
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