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DESCRIÇÃO
Apresentação do escopo de atuação profissional do engenheiro.
PROPÓSITO
Conhecer as várias perspectivas de atuação profissional do engenheiro, proporcionando-lhe
visão abrangente para o seu posicionamento no mercado.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Identificar as potencialidades de atuação como engenheiro em projetos e em gestão
MÓDULO 2
Identificar as potencialidades de atuação como engenheiro na academia e na pesquisa
MÓDULO 3
Identificar as possibilidades e restrições de atuação no mercado de trabalho
MÓDULO 4
Identificar aspectos regionais que caracterizam problemas e oportunidades na atuação como
engenheiro
INTRODUÇÃO
Imagem: Shutterstock.com
ESCOPO DA ATUAÇÃO PROFISSIONAL DO
ENGENHEIRO
AVISO: orientações sobre unidades de medida
AVISO
Em nosso material, unidades de medida e números são escritos juntos (ex.: 25km) por
questões de tecnologia e didáticas. No entanto, o Inmetro estabelece que deve existir um
espaço entre o número e a unidade (ex.: 25 km). Logo, os relatórios técnicos e demais
materiais escritos por você devem seguir o padrão internacional de separação dos
números e das unidades
MÓDULO 1
 Identificar as potencialidades de atuação como engenheiro em projetos e em gestão
javascript:void(0)
O ENGENHEIRO PROJETISTA E O
ENGENHEIRO GESTOR
PROJETO E GESTÃO
Foto: Shutterstock.com
É praticamente impossível um engenheiro não atuar em projetos ou na área de gestão durante
a carreira. A própria demanda por soluções de engenharia acaba incluindo atuação em projetos
e atividades de gestão. Considerando tal importância, podemos aprofundar a abordagem
dessas áreas de atuação.
A atuação do engenheiro está ligada a soluções práticas de problemas na sociedade. Não é
como o físico ou como o matemático que podem agir na “ciência pela ciência”, ou seja, que, na
busca de entendimento de fenômenos ou desdobramentos de teorias, podem atuar
descompromissados com solução de problemas práticos da sociedade. Daí a necessidade de
os engenheiros trabalharem em projetos.
MAS O QUE É “PROJETO”?
Na língua portuguesa, a palavra projeto tem pelo menos duas conotações que se
destacam. Tomando como referência a língua inglesa, duas palavras são traduzidas para
o português como “projeto”:
Foto: Shutterstock.com
DESIGN

Foto: Shutterstock.com
PROJECT
Por isso, é necessário sabermos distinguir essas duas conotações de projeto na língua
portuguesa.
ATUAÇÃO EM PROJETO COMO TRADUÇÃO DE
PROJECT
A palavra inglesa project, além de “projeto”, tem o mesmo radical de algumas outras palavras
em português. O verbo “projetar” pode ter a conotação de “levar à frente” alguma coisa. Por
exemplo, podemos dizer que um projetor multimídia “leva à frente” uma imagem
luminosa para algum anteparo. Outra palavra na língua portuguesa é o substantivo “projetil”,
muitas vezes conhecido popularmente como “bala” de alguma arma de fogo: as armas de fogo
utilizam munições, e uma munição é composta de uma cápsula e um projetil; a cápsula contém
pólvora, estopim e o projetil; uma vez acionado o estopim, ele queima a pólvora, que expulsa o
projetil da cápsula devido à expansão dos gases (explosão). O projetil “vai à frente” dirigido
pelo cano da arma.
Foto: Shutterstock.com
 SAIBA MAIS
Tanto o verbo “projetar” como o substantivo “projetil” possuem o significado de “levar à frente”
alguma coisa. Esse é o primeiro significado importante para termos em mente ao pensarmos
sobre as possibilidades de atuação dos engenheiros em projetos.
Quando se utiliza a palavra “projeto” no sentido de “levar algo à frente”, essa pode ser utilizada
em associação a diferentes atividades desempenhadas por vários tipos de profissionais.
Quando se fala em “levar algo à frente”, normalmente se quer dizer que alguém precisa “fazer
algo acontecer”.
 EXEMPLO
O lançamento de um produto no mercado. Para “levar à frente” um produto até o mercado, um
projeto se torna necessário. Nesse sentido, um projeto trata do planejamento de tarefas que
culminarão no objetivo almejado, o produto lançado no mercado.
Organizar tarefas inclui sequenciamento e programação de atividades. Sequenciamento diz
respeito à ordem relativa entre as atividades; programação, ao momento em que cada uma
delas deverá ser desempenhada segundo o planejamento do projeto.
Portanto, segundo essa conotação, um projeto se caracteriza por ter início, meio e fim
específicos em um calendário.
Foto: Shutterstock.com
Atividades de projeto que se caracterizam por organizar atividades para realizar determinado
objetivo não são atividades restritas a engenheiros. Os administradores, os profissionais de
marketing e muitos outros também trabalham com projetos dessa natureza. Muitas vezes, esse
tipo de projeto é associado à área de gestão. Metodologias para gerenciamento de projetos
auxiliam os profissionais no planejamento, na execução e no controle desse projeto.
Imagem: Shutterstock.com
O Instituto de Gerenciamento de Projetos norte-americano (Project Management Institute –
PMI) é uma referência metodológica por meio da edição do Corpo de Conhecimento em
Gerenciamento de Projetos (Project Management Body of Knowledge – PMBOK).
Os engenheiros atuam em projetos caracterizados pela organização de atividades para
alcançarem objetivos no planejamento, na execução e no controle. Uma forma de se referir aos
objetivos é dizer que os projetos têm produtos ou resultados. Nessa abordagem, as atividades
do projeto ao “lançarem à frente” um produto, estão associadas ao caminho a ser percorrido,
ou seja, ao modo como chegar no objetivo ou produto.
Os caminhos podem ser diferentes, o método escolhido pode ser diferente. Uma vez que as
características daquilo que se quer (o produto) estejam bem definidas, as atividades que
culminam na obtenção do produto podem variar. Assim, os engenheiros atuam em projetos
dessa natureza conduzindo o plano na direção da obtenção dos produtos esperados.
ATUAÇÃO EM PROJETO COMO TRADUÇÃO DE
DESIGN
Além do sentido da palavra “projeto” como “lançar à frente” um produto (project), a outra
palavra na língua inglesa traduzida para o português como “projeto” é a palavra design. O
sentido original está associado a “conceber” alguma coisa. Assim como o projeto (project) está
associado ao modo como um produto deve ser lançado; o projeto (design) está associado a “o
que” é este produto, ou seja, design diz respeito às especificações do produto. Antes que algo
seja “lançado à frente”, ele precisa estar descrito em especificações. O produto precisa ser
concebido, precisa ser gerado.
Foto: Shutterstock.com
Essa conotação de projeto está bem perto daquilo que é a identidade da engenharia: conceber
“engenhos” que atendam às necessidades da sociedade. Projeto, nesse sentido, é muito mais
do que gestão de atividades. Pode-se dizer que o nível de responsabilidade é maior, visto que,
se algo for concebido de forma errada, não adianta nada lançar no prazo um produto que não
consiga suprir as necessidades do cliente que demandou uma solução.
Imagem: Shutterstock.com
O trabalho com projeto (design) se assemelha à definição do DNA de um organismo na área de
biologia. Qualquer mudança em uma letra no sequenciamento (como pode ser visto nesta
imagem que exemplifica uma sequência de DNA) é capaz de mudar completamente o
comportamento do ser vivo. As engenharias em suas várias especialidades se encarregam de
dar suas contribuições com especificações associadas às áreas de conhecimento, o que
envolve citação de normas nacionais e internacionais, tanto relativas a características do
produto quanto a procedimentos de teste durante o desenvolvimento.
Muitas vezes, os limites de tolerância aceitáveis são importantes nas especificações.
Particularmente, em projetos de um sistema que envolve desenvolvimento simultâneo de
subsistemas e vários componentes, a definição de limites de tolerância das partes afeta a
montagem e o funcionamento dos subsistemas e do sistema como um todo.
ATUAÇÃO EM PROJETOS
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javascript:void(0)
Foto: Shutterstock.com
Numa perspectiva ampla, a atuação profissional do engenheiro em projetos acontece tanto na
condução de atividades de gestão quanto nas associadas a especificações de produtos.
Quando nos referimos a produtos, não consideramos somente aqueles tangíveis, mas também
os intangíveis (serviços).
Veja a diferença entre projeto e processo:
Projeto (project)
É caracterizado pelo encadeamento de atividades que visam a consecução de objetivos
específicos estabelecidos em seu escopo. Normalmente, essas atividades são
desempenhadas e não se repetem.

Processo
Caracteriza-se pela repetição de atividades. Uma vez delineado um caminho que visa à
obtenção de um produto que é demandado com frequência, a repetição dessas atividades que
geram os tais produtos caracterizam o que chamamos de processo.
Os engenheiros atuam na definição de processos e todo processo antes de ser instituído foi
projetado por alguém. As atividades repetitivas normalmente são testadas como processo-
piloto para inclusão de eventuais ajustes. A atuação do engenheiro é importante tanto durante
as especificações de produtos como de processos, assim como em todas as outras
correspondentes atividades associadas a planejamento, execução e controle.
ATUAÇÃO EM GESTÃO
Foto: Shutterstock.com
Os profissionais da área de engenharia são essencialmente técnicos. No entanto, a fim de
serem capazes de conduzir suas atividades objetivando dar soluções para as demandas da
sociedade, necessariamente também precisam ser gestores. As competências necessárias
para a atuação estritamente técnica geralmente estão associadas ao raciocínio lógico-
matemático no uso de vários métodos e a ferramentas aprendidas em disciplinas teóricas e
práticas nos cursos de graduação.
Quanto às competências associadas à capacidade de gestão, apesar de disciplinas teóricas e
práticas nas graduações servirem de base, sua consolidação mínima normalmente ocorre
durante as vivências profissionais experimentadas. Considerando as múltiplas inteligências
necessárias, ao se tratar de competências para gestão, a inteligência interpessoal se destaca
como imprescindível.
Normalmente, o engenheiro-gestor atua em vários níveis durante a carreira. É comum a
distinção entre os níveis de gestão em:
NÍVEL OPERACIONAL

NÍVEL TÁTICO

NÍVEL ESTRATÉGICO
Conheça cada um destes níveis:
ATUAÇÃO NA GESTÃO OPERACIONAL
Assim que o engenheiro inicia sua carreira, é bem comum que suas atividades ligadas à gestão
estejam restritas ao nível operacional. A gestão operacional engloba desde as atividades sob
responsabilidade pessoal do engenheiro até atividades de execução associadas a trabalhos
realizados em grupos. Muitas vezes, mesmo que ainda no nível júnior na carreira, o engenheiro
recém-formado pode assumir chefia de equipes técnicas responsáveis pela execução de
tarefas em projetos e/ou processos.
A responsabilidade técnica se destaca na atuação no nível operacional de gestão.
Frequentemente, profissionais de nível técnico de formação desempenham atividades sob
responsabilidade técnica de engenheiros. A capacidade de liderança em equipes pode ser um
diferencial. A posição hierárquica de chefia nem sempre é suficiente para harmonizar o trabalho
de uma equipe. Não é somente necessário decidir sobre assuntos estritamente técnicos no
grupo, mas as decisões gerenciais envolvem alocação de pessoas, solução de conflitos entre
elas e a manutenção do bem-estar geral da equipe com foco no desempenho de suas funções.
Aparentemente, essas intervenções não seriam necessárias se fôssemos considerar um
mundo ideal, onde todas as pessoas não tivessem problemas pessoais, fossem
completamente focadas e competentes no desempenho daquilo que são responsáveis. Porém,
o mundo real é diferente: As pessoas vão para o trabalho acompanhadas de problemas
pessoais, podem ter lacunas ainda não identificadas em suas respectivas formações
profissionais e, muitas vezes, possuem problemas de relacionamento uns com os outros. Uma
simples imposição do organograma mostrando como funciona a hierarquia não é suficiente
para conduzir a equipe para o desempenho das atividades. Uma gestão de liderança se faz
necessária mesmo nesse nível operacional.
ATUAÇÃO NA GESTÃO TÁTICA
O nível tático de gestão é considerado o nível intermediário entre o operacional e o estratégico
e está associado à média gerência. O engenheiro atua no nível tático normalmente quando
começa a progredir na carreira assumindo chefia de laboratório e/ou de seções. Nesse nível,
muitas vezes as atividades de planejamento e controle se destacam.
A fim de que os recursos necessários para o funcionamento adequado do laboratório ou seção
sejam encomendados com a devida antecedência, é necessário planejar. A questão
orçamentária também se faz bem presente nesse nível de planejamento. Diante de possíveis
incertezas relativas às demandas e/ou disponibilidade de recursos, a atuação gerencial tática
busca contornar as dificuldades controlando e replanejando oportunamente o trabalho.
É importante salientar que apesar de atuar no nível tático, é bastante natural que o engenheiro,
já experiente, também acabe gerindo atividades do nível operacional ocasionalmente.
ATUAÇÃO NA GESTÃO ESTRATÉGICA
O nível estratégico de gestão normalmente está sob responsabilidade de engenheiros
seniores. A gestão estratégica pode estar associada a várias camadas na estrutura
organizacional de uma empresa. Já em um nível avançado na carreira como chefe de divisão,
departamento ou diretoria (ou até mesmo presidência), o engenheiro atua definindo os rumos
ou setor específico da organização. A gestão estratégica está associada à visão e à missão da
organização.
A atuação do engenheiro como gestor da estratégia inclui avaliar todo o conjunto de ações
táticas e operacionais sob sua responsabilidade. Tudo o que está planejado e/ou em execução
está alinhado com os objetivos estratégicos organizacionais? Essa pergunta deve ser feita todo
o tempo. A responsabilidade na condução de um setor ou mesmo de toda a organização pode
estar nas mãos de um engenheiro. O planejamento estratégico é importantíssimo para auxiliar
o gestor no desempenho de sua função.
Na posição estratégica de gestão, o engenheiro não somente trata de problemas internos, mas
também de problemas que envolvem todo o ambiente no qual se encontra. Essa visão ampla
se faz necessária para avaliar as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças na gestão.
A atuação do engenheiro em atividades de projeto e de gestão ocorre com muita frequência. A
capacitação proporcionada em disciplinas curriculares presenciais em sala de aula são
importantes para dar fundamentos teóricos para os futuros engenheiros, porém as atividades
associadas à vivência profissional, seja em estágios supervisionados ou não, complementam a
formação das competências necessárias para a atuação do engenheiro nessas funções.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. OBSERVE AS AFIRMATIVAS A SEGUIR:
I. A PALAVRA “PROJETO” PODE ESTAR ASSOCIADA A UM CONJUNTO
DE ATIVIDADES QUE VISAM “LEVAR À FRENTE UM EMPREENDIMENTO”.
II. A ATUAÇÃO EM GESTÃO DE PROJETOS É ALGO EXCLUSIVO DAS
ENGENHARIAS.
III. PROJETO É UM CONJUNTO DE ATIVIDADES QUE VISAM A UM
OBJETIVO E QUE TEM COMO CARACTERÍSTICA INÍCIO, MEIO E FIM BEM
DEFINIDOS NO TEMPO.
ESTÁ CORRETO O QUE SE AFIRMA EM
A) I, II e III.
B) II e III.
C) I e II.
D) I e III.
E) II, somente.
2. OBSERVE AS AFIRMATIVAS A SEGUIR:
I. UM ENGENHEIRO QUE CONDUZ O TRABALHO DE UMA EQUIPE NO
CAMPO ESTÁ EXERCENDO SUA GESTÃO NO NÍVEL OPERACIONAL.
II. UM ENGENHEIRO RESPONSÁVEL POR VÁRIAS EQUIPES DE
ENGENHARIA EXERCE UMA GESTÃO NO NÍVEL TÁTICO.
III. UM ENGENHEIRO QUE EXERCE UMA GESTÃO NO NÍVEL
ESTRATÉGICO NÃO EXERCE FUNÇÕES NO NÍVEL OPERACIONAL.
ESTÁ CORRETO O QUE SE AFIRMA EM
A) I, II e III.
B) II e III.
C) I e II.
D) I e III.
E) II, somente.
GABARITO
1. Observe as afirmativas a seguir:
I. A palavra “projeto”pode estar associada a um conjunto de atividades que visam “levar
à frente um empreendimento”.
II. A atuação em gestão de projetos é algo exclusivo das engenharias.
III. Projeto é um conjunto de atividades que visam a um objetivo e que tem como
característica início, meio e fim bem definidos no tempo.
Está correto o que se afirma em
A alternativa "D " está correta.
A atuação em projetos não tem exclusividade de nenhuma área específica de formação. É
bastante comum profissionais de Administração, Marketing, engenheiros e outros trabalharem
em gestão de projetos.
2. Observe as afirmativas a seguir:
I. Um engenheiro que conduz o trabalho de uma equipe no campo está exercendo sua
gestão no nível operacional.
II. Um engenheiro responsável por várias equipes de engenharia exerce uma gestão no
nível tático.
III. Um engenheiro que exerce uma gestão no nível estratégico não exerce funções no
nível operacional.
Está correto o que se afirma em
A alternativa "C " está correta.
Apesar de não ser usual ou frequente, nada impede que um engenheiro que estiver exercendo
funções estratégicas possa também eventualmente exercer funções operacionais.
MÓDULO 2
 Identificar as potencialidades de atuação como engenheiro na academia e na
pesquisa
QUAL É A IMPORTÂNCIA DAS
CONTRIBUIÇÕES DA ENGENHARIA NA
PESQUISA?
ACADEMIA
Imagem: Shutterstock.com
Ao abordarmos as possibilidades de atuação dos profissionais engenheiros, encontramos com
muita frequência tais profissionais trabalhando em ensino e pesquisa. Na verdade, o chamado
“estado da arte” ou “da técnica” nas engenharias somente é viabilizado por meio do viés
inquiridor dos pesquisadores, cientistas e professores.
Os projetos pedagógicos dos cursos das engenharias, apesar de terem diferenças
consideráveis nos períodos mais avançados, devido às especificidades de cada engenharia, na
descrição das disciplinas nos períodos básicos, normalmente são muito parecidos. Nos
períodos básicos, os alunos têm acesso às disciplinas das áreas de exatas (matemática, física,
química e outras) como também algumas associadas às outras áreas de conhecimento.
A iniciação científica é estimulada, e assim desde cedo é possível vislumbrar a importância das
pesquisas básicas e aplicadas para a evolução do conhecimento e da técnica associadas às
engenharias.
AS CONTRIBUIÇÕES DAS ENGENHARIAS
PARA A CIÊNCIA E PARA A TECNOLOGIA
As palavras ciência e tecnologia costumam ser utilizadas em conjunto.
MAS O QUE É CIÊNCIA? O QUE É TECNOLOGIA?
Muitas pessoas utilizam essas palavras como se fossem sinônimos, mas não são. É bem
verdade que muitas vezes se costuma atuar simultaneamente com ciência e com tecnologia,
mas o correto entendimento de cada uma dessas palavras se faz necessário para que
possamos observar suas respectivas importâncias para as engenharias. Ciência é saber “o
porquê” das coisas, porém, o caminho para se estabelecer tal entendimento deve estar
baseado na chamada metodologia científica. A área de conhecimento que estuda a Ciência
é a Epistemologia.
Foto: Shutterstock.com
 SAIBA MAIS
Segundo a Epistemologia, distinguir aquilo que é crença, sem comprovação científica, daquilo
que é aceito como verdade se faz necessário. A metodologia científica apresenta caminhos
para que pesquisas possam ser conduzidas e resultem em conclusões cientificamente aceitas
pela comunidade mundial. Esse é o caminho a ser utilizado para a expansão das fronteiras do
conhecimento. Nem tudo o que é verdade é conhecido da humanidade. Que bom que há muito
ainda para ser descoberto!
Os métodos científicos se baseiam no caminho lógico entre pressupostos e comprovações de
suposições, ou entre premissas e comprovações de hipóteses. A fim de que seja possível
comprovar uma suposição de pesquisa ou de pressupostos, um caminho é se basear em
experimentos. A repetibilidade dos resultados dos experimentos por alguém que utilize o
mesmo método experimental divulgado em uma pesquisa científica deve acontecer conforme o
relato do método na pesquisa. As técnicas estatísticas auxiliam na coleta e tratamento de
dados e informações obtidas.
E O QUE É TECNOLOGIA?
A ciência está associada a “saber o porquê” das coisas, a tecnologia está associada a
“saber como” fazer as coisas. O foco é a utilidade. Muitas técnicas funcionam mesmo que
ninguém ainda tenha conseguido explicar pela ciência os mecanismos e a lógica para tal
funcionamento. Por outro lado, a ciência muitas vezes avança na condução de teorias lógicas
aceitáveis sobre coisas possíveis de serem feitas ou existirem, que ainda ninguém descobriu
como fazer ou experimentar. Muitas teorias surgem e somente são comprovadas séculos
depois de enunciadas.
 VOCÊ SABIA
A história mostra que os alquimistas nos primórdios da química trabalhavam exaustivamente
em experimentos, misturando substâncias em proporções distintas e verificando os resultados
das reações observadas. Muitos eram motivados esperando conseguir produzir ouro a partir de
elementos não tão nobres.
Foto: Shutterstock.com
O empirismo é caracterizado pelas experimentações. Métodos empíricos muitas vezes são
utilizados para desenvolvimento de tecnologias, ou seja, por meio de experimentações
organizadas e documentadas se consegue de repente descobrir “como fazer” algo de forma
inédita. Geralmente, uma vez descoberto “como fazer” algo, a técnica descoberta é guardada
com muito zelo devido ao seu potencial valor comercial.
ATUAÇÃO DOS ENGENHEIROS NA ACADEMIA
A academia é o ambiente propício para se trabalhar em ensino e pesquisa. No Brasil, o
Ministério da Educação organiza e regula os cursos nos diversos níveis de ensino, desde o
fundamental, passando pelo ensino médio até o ensino superior. Neste último, a participação
do engenheiro se dá de forma bastante intensa. A academia é o berço e a referência dos
engenheiros. É lá que os engenheiros são “gerados”. Não se trata simplesmente de
transferência de conhecimentos de uma geração para outra. Além do intenso fluxo de
conhecimentos, é na academia que cursos de especialização e de pós-graduação, lato sensu e
stricto sensu ocorrem.
Foto: Shutterstock.com
 SAIBA MAIS
Pós-graduação no Brasil se distinguem em mestrado e doutorado (stricto sensu — “em sentido
específico”) e especializações (que podem ser consideradas apenas especializações ou lato
sensu — “em sentido amplo”, dependendo da duração e necessidade de trabalho no final do
curso). Alguns cursos enquadrados como lato sensu, muitas vezes, são conhecidos como
Master of Business Administration - MBA.
As especializações se distinguem dos cursos de mestrado e de doutorado pela quantidade
bem menor de horas de duração dos cursos, e porque nos mestrados se exige pesquisa
orientada e dissertação no final do curso, assim como nos doutorados são exigidas pesquisa
orientada e tese. Neste caso, na tese deve estar incluída alguma característica de ineditismo,
que é avaliada por banca de doutores competentes da respectiva área.
A academia é um sistema aberto, ou seja, não se fecha para a comunidade científica nacional
e mundial, pelo contrário. A academia existe num ambiente em que a publicação dos resultados
das pesquisas realizadas é muito incentivado. Os veículos utilizados para divulgar as
pesquisas acadêmicas são periódicos, revistas nacionais e internacionais, nos quais se
discutem assuntos “da fronteira do conhecimento”, isto é, as mais recentes ideias e
descobertas científicas são discutidas nesses fóruns.
O grande objetivo é a qualidade daquilo que está surgindo como novo conhecimento. Uma vez
os conhecimentos validados pela comunidade internacional, por exemplo, maior a certeza na
adoção daquilo que surge como novo conhecimento. Apesar de a academia incluir ensino e
pesquisa, vamos nos deter detalhadamente na consideração sobre a atuação do engenheiro
na academia, observando apenas as contribuições relativas ao ensino.
Foto: Shutterstock.com
O ensino superior nas engenharias é formado por um corpodocente na maioria composto por
engenheiros. As disciplinas específicas dos cursos, normalmente ofertadas após o ciclo básico,
são as que mais se precisa de docentes engenheiros. Difícil encontrar algum docente com
expertise teórico e prático para lecionar disciplinas específicas que não seja um engenheiro
daquela especialidade. Muito contribuem os físicos, os químicos e os matemáticos lecionando
disciplinas oferecidas no ciclo básico. Docentes advogados, administradores e de outras áreas
também costumam lecionar nos cursos de engenharia, mas a maioria dos docentes possui
graduação e/ou pós-graduação nas engenharias.
Apesar de não ser uma exigência absoluta e unânime entre todas as instituições de ensino, a
admissão de docentes nos cursos de engenharia pressupõe que o candidato tenha pós-
graduação stricto sensu, ou seja, seja mestre ou doutor. Algumas vezes, devido à escassez de
professores com tais titulações acadêmicas, especialistas são admitidos.
A composição do corpo docente não é somente um assunto de foro interno na instituição. Por
conta das regras estabelecidas para avaliação de cursos pelo Ministério da Educação, as IES
devem manter em seu quadro docente um elevado percentual de mestres e doutores para que
sejam bem avaliadas por ocasião de uma visita do MEC.
ATUAÇÃO DOS ENGENHEIROS NA PESQUISA
Como já observado quando falamos sobre a importância da ciência e da tecnologia, os
profissionais engenheiros atuam intensamente em ambas as áreas. Pesquisas são
fundamentais para o desenvolvimento das engenharias, entretanto, é preciso lembrar que
pesquisa não se faz somente na academia.
O “negócio” nuclear nas engenharias é cooperar para a solução de problemas práticos da
sociedade. Infelizmente, no Brasil, apesar de muito pesquisarmos, poucas patentes são
geradas. E efetividade das pesquisas estaria justamente representada no número de patentes
geradas, o que não tem ocorrido. As patentes são aceitas quando se consegue vislumbrar
aplicações práticas de invenções. Tais aplicações práticas estão associadas à geração de
riquezas para a nação.
A academia busca, em primeiro lugar, a formação de recursos humanos competentes. O
mercado de trabalho deveria absorver pesquisadores gerados na academia para atuarem nas
indústrias. Assim, os pesquisadores atuariam em pesquisa e desenvolvimento dentro das
indústrias, objetivando a geração de produtos inovadores de alto valor agregado.
Em muitos países desenvolvidos, esta percepção da necessidade de as indústrias investirem
em pesquisa e desenvolvimento é bem resolvida. Infelizmente, no Brasil, não. Poucas
indústrias percebem os benefícios advindos de investimentos nessas áreas. Não é algo
simples de dosar: os investimentos normalmente envolvem o desenvolvimento de laboratórios
equipados com equipamentos “de ponta” para a condução das pesquisas. Além de serem
caros os investimentos, as incertezas sobre os resultados nas pesquisas, às vezes, acabam
não convencendo a maioria dos empresários.
Foto: Shutterstock.com
Existem exceções, no entanto. Algumas instituições, públicas ou privadas, investem em
pesquisa e desenvolvimento buscando inovações em produtos e em processos. Os
engenheiros são fundamentais na condução dessas pesquisas aplicadas. Normalmente,
engenheiros com cursos de pós-graduação nos níveis mestrado e doutorado são admitidos
nessas instituições que não necessariamente desenvolvem atividades acadêmicas.
Apesar das incertezas associadas aos resultados almejados, as pesquisas não são planejadas
“no escuro”. Uma vez que determinada empresa dispõe de recursos adequados, ou seja,
orçamento para custeio, laboratórios equipados e pessoal competente para conduzir
pesquisas, projetos de pesquisa muitas vezes não tão ambiciosos podem ser conduzidos com
baixa probabilidade de insucesso.
Para tal, as metodologias de gestão de projetos normalmente indicam a necessidade de
estudos de viabilidade técnica e econômica para trabalhar as questões de custo-benefício-
prazos nos projetos que envolvem pesquisa e desenvolvimento. Como já mencionado, muitas
vezes o foco é a obtenção de melhorias em processos. Vantagens competitivas podem ser
obtidas quando se consegue otimizar recursos de produção de forma a produzir algo mais
barato que os concorrentes.
O ambiente de pesquisa no qual os engenheiros se inserem, normalmente, é multidisciplinar,
com participação de múltiplas engenharias e de profissionais de diversas outras áreas
correlatas à demanda específica que motiva a pesquisa. Geralmente, o governo federal
fomenta pesquisas em instituições privadas, buscando alavancar a evolução de determinada
área de conhecimento no país. Fomentos orientados a desenvolvimento e/ou manutenção de
infraestrutura laboratorial são frequentes.
Foto: Shutterstock.com
Outra característica frequente nos ambientes de pesquisa é a prática de convênios entre
laboratórios e incubação de startups em centros de pesquisa e/ou universidades. A união e o
compartilhamento de pesquisadores e de infraestrutura laboratorial muitas vezes promovem o
avanço em determinadas áreas que seria muito difícil ou impossível de ocorrer caso as
pesquisas fossem realizadas de forma separada. São ambientes de trabalho compartilhado
onde todos ganham.
A atuação do engenheiro em ensino e pesquisa é bastante útil para a manutenção e para o
desenvolvimento das engenharias e, consequentemente, da sociedade. A ciência e a
tecnologia estarão sempre evoluindo no mundo, quer estejamos envolvidos ou não no
provimento de soluções de engenharia em prol de desenvolvimento. Se não acompanharmos
as constantes evoluções, estaremos marginalizados com relação às potencialidades de
geração de riquezas para o nosso país.
É importante participar de ações de pesquisa e desenvolvimento na academia e na indústria.
Mesmo que muitas vezes não sejamos os protagonistas, os benefícios advindos das
participações sempre compensam.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. OBSERVE AS AFIRMATIVAS A SEGUIR:
I. A CIÊNCIA QUE ESTUDA A CIÊNCIA É A EPISTEMOLOGIA.
II. A METODOLOGIA CIENTÍFICA É BASE PARA A CONDUÇÃO DOS
ESFORÇOS DE PESQUISA.
III. AS FRONTEIRAS DO CONHECIMENTO SÃO EXPANDIDAS POR MEIO
DAS PESQUISAS CIENTÍFICAS.
ESTÁ CORRETO O QUE SE AFIRMA EM
A) I, II e III.
B) II e III.
C) I e II.
D) I e III.
E) II, somente.
2. OBSERVE AS AFIRMATIVAS A SEGUIR:
I. O INGRESSO DE UM ENGENHEIRO NA DOCÊNCIA DO ENSINO
SUPERIOR NECESSARIAMENTE EXIGE CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO
STRICTO SENSU.
II. PROFISSIONAIS ENGENHEIROS PERTENCENTES A INDÚSTRIAS
PRIVADAS OU PÚBLICAS PODEM REALIZAR PESQUISAS CIENTÍFICAS.
III. NO BRASIL, A MAIOR PROPORÇÃO DAS PESQUISAS ACONTECE NA
ACADEMIA.
ESTÁ CORRETO O QUE SE AFIRMA EM
A) I, II e III.
B) II e III.
C) I e II.
D) I e III.
E) II, somente.
GABARITO
1. Observe as afirmativas a seguir:
I. A ciência que estuda a Ciência é a Epistemologia.
II. A metodologia científica é base para a condução dos esforços de pesquisa.
III. As fronteiras do conhecimento são expandidas por meio das pesquisas científicas.
Está correto o que se afirma em
A alternativa "A " está correta.
A metodologia científica é base para a condução das pesquisas científicas. Por meio dela, no
contexto da Epistemologia, é possível expandir os limites do conhecimento.
2. Observe as afirmativas a seguir:
I. O ingresso de um engenheiro na docência do ensino superior necessariamente exige
curso de pós-graduação stricto sensu.
II. Profissionais engenheiros pertencentes a indústrias privadas ou públicas podem
realizar pesquisas científicas.
III. No Brasil, a maior proporção das pesquisas acontece na academia.
Está correto o que se afirma em
A alternativa "B " está correta.
O ingresso na docência no ensino superior é facilitado quando o candidato é portador de
diploma de curso de mestrado ou doutorado, no entanto, especialistas não são proibidos de
lecionar.
MÓDULO 3
 Identificar as possibilidades e restrições de atuação no mercado de trabalho
QUAL É O ESCOPO DE ATUAÇÃOPROFISSIONAL DO ENGENHEIRO?
POSSIBILIDADES E RESTRIÇÕES
Imagem: Shutterstock.com
A atuação do engenheiro já foi abordada com ênfase em projetos, gestão, academia e
pesquisa.
MAS O QUE MAIS O ENGENHEIRO PODE FAZER?
QUAIS SÃO OS LIMITES PARA A SUA ATUAÇÃO?
O contexto de nossas discussões envolve todas as especialidades nas engenharias. Não é o
caso aqui tratar de todas as particularidades de cada área. Vamos nos ater àquilo que é
comum em todas elas, e se for o caso, destacamos alguma particularidade de determinada
engenharia.
O ENGENHEIRO E O MERCADO DE
TRABALHO
A atuação do engenheiro, assim como de qualquer profissional, depende das demandas pelo
seu serviço. É verdade que nem sempre as opções por determinada profissão ou por outra se
baseiam simplesmente em “vocação”. A empregabilidade na profissão deve e é considerada.
No caso das engenharias, quais são as demandas da sociedade para os serviços
altamente especializados dos engenheiros? É importante se fazer uma distinção entre as
demandas formais de empregabilidade em organizações e as demandas associadas à atuação
autônoma. A visão de mercado no sentido amplo, não somente nacional, mas também
internacional, é essencial.
Imagem: Bilanol/ Shutterstock.com
 SAIBA MAIS
O mercado nas engenharias, assim como em qualquer área, é bastante dinâmico. Se
observarmos a história recente, poderemos ver que as demandas por profissionais varia muito
no tempo. Algumas profissões passam a ser mais demandadas do que outras devido a várias
conjunturas econômicas, políticas e sociais. Outras vezes, é simplesmente devido à evolução
tecnológica em determinada área que acaba tendo repercussões no mercado de trabalho.
Assim como em qualquer mercado, estar sempre pesquisando as suas tendências é essencial
para que se possa ter uma mínima capacidade de inferência sobre o futuro. Muito além da
obtenção de diplomas, o desafio de se capacitar continuamente para não perder
oportunidades no mercado deve ser algo a considerar. Uma percepção tardia pode
incompatibilizar a oportunidade.
O ENGENHEIRO EMPREENDEDOR
Empreendedorismo é uma palavra “da moda”. É algo que atualmente se busca enfatizar — no
mínimo uma opção a ser considerada. Entretanto, é uma opção que requer muitos cuidados
para que se tenha maiores chances de êxito. A formação das competências necessárias para
alguém ser um empreendedor de sucesso não se restringe à capacitação em disciplinas de
caráter informacional.
Imagem: Shutterstock.com
 SAIBA MAIS
As variáveis envolvidas no estabelecimento de um novo negócio são bastantes diversificadas,
assim como a necessidade de processamento de informações do mercado e dos vários
sistemas políticos, administrativos e financeiros que o envolvem. Por isso, muitas vezes, o
empreendedor se cerca de outras pessoas que possuem a mesma visão empreendedora e
juntos planejam, validam e executam o plano do novo empreendimento. Quando se cogita a
possibilidade de atuar na engenharia como empreendedor, normalmente o que mais justifica tal
intenção é a existência de uma ideia inovadora ou uma percepção de nichos de mercado ainda
não explorados em determinado contexto.
Nichos de mercado são identificados quando se percebe que na relação oferta-demanda há
espaço para ser ocupado, isto é, ao se considerar os específicos provedores de demanda num
mercado, é possível perceber eventuais lacunas, seja por falta de qualidade do produto/serviço
ofertados pelos concorrentes, seja pela simples inexistência de alguém para suprir a demanda
específica.
Como nosso foco é destacar as possibilidades de atuação dos profissionais das engenharias, o
que destaca os engenheiros no mercado é o apelo tecnológico das propostas de soluções que
normalmente está associado a inovações. Transformar ideias em projetos de
produtos/serviços bem-sucedidos é algo que os engenheiros empreendedores devem
estar focados.
O sucesso dos projetos de empreendedorismo (“lançar à frente” o empreendimento) está
associado à originalidade da ideia (projeto do produto — concepção) em determinado
mercado-alvo e à capacidade de gestão de tudo aquilo relacionado à execução do projeto
específico. Não basta a ideia ser genial, é importante que os caminhos escolhidos para
transformar a ideia em empreendimento rentável sejam os melhores possíveis.
Vale sempre a pena lembrar de pelo menos duas frases: “o ótimo é inimigo do bom” e
“tempo é dinheiro”. Oportunidade é um fator essencial. A otimização e o excesso de
perfeccionismo podem fazer sucumbir uma ótima ideia. Uma ideia que se torna um negócio
tardio no mercado pode já chegar obsoleta.
MODELO DE SISTEMA PRODUÇÃO-
MERCADO A SER CONSIDERADO
Imagem: Shutterstock.com
Para melhor explorar a questão das possibilidades de atuação das engenharias, convém
considerar um modelo de sistema produção-mercado com o qual se pode analisar qualquer
tipo de negócio. O modelo se baseia em três funções essenciais:
FUNÇÃO
PRODUÇÃO

FUNÇÃO
MARKETING

FUNÇÃO DESENVOLVIMENTO DE
PRODUTOS/SERVIÇOS
APESAR DE NASCER NO ÂMBITO DA ENGENHARIA
DE PRODUÇÃO, O MODELO SE APLICA A TODAS AS
ENGENHARIAS. A IDEIA É SIMPLES: TUDO TEM
ORIGEM E DESTINO NO MERCADO.
As ofertas suprem demandas e demanda é tudo aquilo que o mercado precisa, algo que varia
no tempo. Suas necessidades, os problemas da sociedade a serem resolvidos. Essa é a base
para entendimento do modelo, o que também pode ser auxiliado pela imagem a seguir:
Imagem: Extraída de Slack et al., 2016, p. 114, adaptada por Allan Gadelha.
 Modelo de produção-mercado.
A função marketing diz respeito à capacidade de ler e interpretar o mercado.
É um caminho de mão dupla. Estimular uma demanda no mercado também é algo que pode
ser feito. O monitoramento de mercado deve acontecer independentemente de se ter uma
estrutura formal de marketing numa empresa. É uma ação que pode ser desempenhada por
engenheiros ou por outros profissionais.
A função desenvolvimento de produtos/serviços é a função que pensa e concebe o produto do
futuro.
Enquanto a função produção se encarrega de dar respostas oportunas ao mercado com o
provimento de produtos/serviços demandados, normalmente, alguém se encarrega de projetar
os novos produtos (e consequentemente os novos processos) necessários para o suprimento
das novas demandas identificadas.
ATUAÇÃO EM PROJETOS E PESQUISAS
Geralmente ocorre na função desenvolvimento de produtos/serviços, algo que já foi explorado.
ATUAÇÃO EM MARKETING
Ocorre sem necessariamente que o engenheiro ocupe formalmente um posto de trabalho
associado a marketing na estrutura organizacional, mas no dia a dia em ações diretas ou
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indiretas com os clientes. Comunicar-se com os demandantes das soluções de engenharia,
antes, durante e depois das soluções terem sido implementadas é essencial.
O Planejamento e Controle da Produção (PCP) atua como interface entre as funções
marketing e produção. O PCP equilibra a produção para que ela produza na medida certa. Por
isso é preciso ter a justa sensibilidade do mercado, saber onde está e para onde está indo,
com o objetivo evitar dois erros extremos:
Produzir aquilo que o mercado não precisa (estoque).
Não produzir em quantidades suficientes aquilo que o mercado precisa (desabastecimento).
A função produção é aquela que sustenta a organização e que “toca” (faz acontecer) o negócio.
São os processos produtivos em funcionamento contínuo entregando “as encomendas” de
produtos/serviços para o mercado. É justamente aí que encontramos muitas outras
possibilidades de atuação para os engenheiros.
POSSIBILIDADES DE ATUAÇÃO NA
PRODUÇÃO
Foto: Shutterstock.com
Uma vez introduzido o modelo de produção-mercado, no qual as três funções essenciais
aparecem ao observarmos a dinâmica das organizações, resta falar com mais detalhes sobre
as possibilidades de atuação dos profissionais engenheiros na função produção. Uma
abordagem é enxergar a produção como um conjunto de processos interconectados.Dependendo do tipo de produto/serviço particular, alguns processos têm maior ou menor
relevância em determinado contexto.
ATUAÇÃO EM PROCESSOS DE MANUTENÇÃO
Independente da especialidade nas engenharias, os processos produtivos precisam de
manutenção. Ações para garantir a confiabilidade na produção são necessárias. Em algumas
áreas, como na engenharia mecânica, as demandas por manutenção são mais aparentes e
tangíveis. Em outras, quando o que se entende por “falha” não estiver estritamente associado a
peças mecânicas, como em produção na indústria química e/ou farmacêutica, provimento de
serviços digitais na área de telecomunicações ou quaisquer outros serviços (normalmente no
contexto da engenharia de produção), as demandas por manutenção e consequentes ações
não são tão aparentes. Nem sempre é necessário possuir pós-graduação em engenharia de
manutenção para trabalhar na área. O engenheiro graduado geralmente migra para a área de
manutenção e à medida que precisa, vai se atualizando.
ATUAÇÃO NA ÁREA FINANCEIRA
Além do engenheiro de produção — cuja oferta é mais frequente —, muitos outros profissionais
das demais áreas de engenharia acabam trabalhando na área financeira. Talvez, o que
justifique a procura por engenheiros para desempenharem funções nessa área seja a sólida
formação matemática e a prática de lidar com problemas reais nas engenharias. Bancos,
instituições financeiras e de seguros costumam contratar engenheiros para esse tipo de
trabalho “com números”. A competência em trabalhar com probabilidades e estatísticas
também é muito apreciada nesse mercado, incluindo a área atuarial (que se dedica à aplicação
dos cálculos matemáticos às operações financeiras, especialmente para avaliar seguros).
ATUAÇÃO EM PROCESSOS LOGÍSTICOS
A logística é uma área multidisciplinar que visa assegurar a disponibilidade de itens em hora,
quantidades e condições certas. Apesar de não ser uma área exclusiva para o engenheiro, a
logística absorve muitos profissionais das engenharias. A área de pesquisa operacional surgiu
neste contexto de proporcionar soluções para problemas logísticos. Otimização de rotas,
minimização de custos e problemas associados a redes de distribuição são exemplos de
demandas para a atuação da engenharia.
POSSIBILIDADES DE ATUAÇÃO EM OUTROS
PROCESSOS NAS VÁRIAS FUNÇÕES
A relação das possibilidades de atuação do engenheiro é bastante extensa devido à
versatilidade do perfil profissional. Convém lembrar como um bom referencial dessas
possibilidades o que o sistema CONFEA/CREA enumera como 18 atividades de competência
do engenheiro previstas na Resolução n° 218, de 29 de junho de 1973:
1. Supervisão, coordenação e orientação técnica.
2. Estudo, planejamento, projeto e especificação.
3. Estudo de viabilidade técnico-econômica.
4. Assistência, assessoria e consultoria.
5. Direção de obra e serviço técnico.
6. Vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, laudo e parecer técnico.
7. Desempenho de cargo e função técnica.
8. Ensino, pesquisa, análise, experimentação, ensaio e divulgação técnica, extensão.
9. Elaboração de orçamento.
10. Padronização, mensuração e controle de qualidade.
11. Execução de obra e serviço técnico.
12. Fiscalização de obra e serviço técnico.
13. Produção técnica e especializada.
14. Condução de trabalho técnico.
15. Condução de equipe de instalação, montagem, operação, reparo ou manutenção.
16. Execução de instalação, montagem e reparo.
17. Operação e manutenção de equipamento e instalação.
18. Execução de desenho técnico.
No rol dessas atividades, encontramos atuações na função produção, nas funções marketing e
desenvolvimento de produtos/serviços, assim como naquelas já foi vistas nas atuações em
projeto, gestão, academia e pesquisa.
Destacamos, nesse rol, a atividade número 10: padronização, mensuração e controle de
qualidade. A participação dos profissionais engenheiros na área de qualidade é bastante
significativa. Normalmente, para que determinada organização se destaque no mercado e se
mantenha competitiva, ela deve atingir a excelência em tudo aquilo que faz. A capacitação
obtida nos cursos de engenharia, com visão tanto técnica quanto gerencial, abordando ciências
exatas e ciências humanas, torna os engenheiros aptos para o suprimento dessa demanda no
mercado.
LIMITAÇÕES
Imagem: Shutterstock.com
APÓS CONSIDERARMOS AS MUITAS POSSIBILIDADES
DE ATUAÇÃO DOS PROFISSIONAIS ENGENHEIROS
NO MERCADO E SUA ALTÍSSIMA VERSATILIDADE DE
ATUAÇÃO EM VÁRIAS ÁREAS, AINDA EXISTEM
LIMITAÇÕES?
Sem considerarmos o óbvio, como “não deve realizar cirurgias” ou algo semelhante, algumas
áreas podem ser consideradas “cinzentas”, nem tão brancas, nem tão pretas, que causem
alguma dúvida. Algumas vezes, essa indefinição leva a decisões judiciais.
 EXEMPLO
Inicialmente, a arquitetura estava ligada às engenharias no sistema CONFEA/CREA, mas
profissionais da arquitetura resolveram se separar e hoje têm o próprio conselho (Conselho de
Arquitetura e Urbanismo – CAU/BR). Naturalmente, a formação desse novo conselho se deu
por conta de disputas entre as classes dos engenheiros civis e os profissionais de arquitetura.
São áreas notadamente próximas. Uma vez estabelecidos os limites, tanto os arquitetos quanto
os engenheiros podem entender quais são as restrições impostas sobre suas respectivas
atuações.
Da mesma forma, muitas disputas ocorrem quando existem profissionais em mais de uma área
capacitados para atuarem em determinada tarefa. Conflitos ocorrem pela disputa de emprego.
As respectivas entidades de classe acabam tomando partido, muitas vezes em busca de
alguma decisão judicial que assegure exclusividade para a atuação. As possibilidades de
atuação dos profissionais das engenharias são enormes. A demanda por serviços de
engenharia, apesar de sofrer oscilações no mercado devido à saúde da economia no tempo,
continua sendo alta dentro das perspectivas e possibilidades de crescimento de nosso país.
Imagem: Shutterstock.com
Seja como autônomo no negócio que planejou empreender, seja como funcionário numa
empresa estatal ou privada, o engenheiro é um bem precioso para o desenvolvimento da
economia, e os problemas que demandam a intervenção das engenharias não param de surgir.
Cabe aos profissionais das engenharias “arregaçarem as mangas” e partirem para o trabalho.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. OBSERVE AS AFIRMATIVAS A SEGUIR:
I. ATIVIDADES DE PLANEJAMENTO SÃO ESSENCIAIS PARA O SUCESSO
DE EMPREENDIMENTOS, ENTRETANTO, EXCESSO DE PLANEJAMENTO
PODE PREJUDICAR A AÇÃO OPORTUNA.
II. OS ENGENHEIROS PODEM ATUAR EM PROJETOS, NA GESTÃO, NA
ACADEMIA E EM PESQUISAS.
III.É NO MERCADO QUE SE INICIAM AS DEMANDAS PELOS
PROFISSIONAIS ENGENHEIROS E PARA ONDE AS SOLUÇÕES
DEMANDADAS DEVEM FLUIR.
ESTÁ CORRETO O QUE SE AFIRMA EM
A) I, II e III.
B) II e III.
C) I e II.
D) I e III.
E) II, somente.
2. OBSERVE AS AFIRMATIVAS A SEGUIR:
I. ENGENHEIROS PODEM TRABALHAR CONDUZINDO PROCESSOS
LOGÍSTICOS.
II. ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICO-ECONÔMICA É UMA ATIVIDADE
DE COMPETÊNCIA DOS ENGENHEIROS QUE PODE ESTAR ASSOCIADA
A QUALQUER ESPECIALIDADE NAS ENGENHARIAS.
III. PADRONIZAÇÃO, MENSURAÇÃO E CONTROLE DE QUALIDADE SÃO
ATIVIDADES DE COMPETÊNCIA DOS ENGENHEIROS.
ESTÁ CORRETO O QUE SE AFIRMA EM
A) I, II e III.
B) II e III.
C) I e II.
D) I e III.
E) III, somente.
GABARITO
1. Observe as afirmativas a seguir:
I. Atividades de planejamento são essenciais para o sucesso de empreendimentos,
entretanto, excesso de planejamento pode prejudicar a ação oportuna.
II. Os engenheiros podem atuar em projetos, na gestão, na academia e em pesquisas.
III.É no mercado que se iniciam as demandas pelos profissionais engenheiros e para
onde as soluções demandadas devem fluir.
Está correto o que se afirma em
A alternativa "A " está correta.
O planejamento é importante, porém deve ser feito na medida certa, porque planejar pode
demorar demais a ponto de se perder uma oportunidade. O mercado é a origem e o fim da
atuação dos engenheirosque podem atuar em diversas áreas.
2. Observe as afirmativas a seguir:
I. Engenheiros podem trabalhar conduzindo processos logísticos.
II. Estudo de viabilidade técnico-econômica é uma atividade de competência dos
engenheiros que pode estar associada a qualquer especialidade nas engenharias.
III. Padronização, mensuração e controle de qualidade são atividades de competência
dos engenheiros.
Está correto o que se afirma em
A alternativa "A " está correta.
São grandes as possibilidades de atuação dos engenheiros. Além do rol de possíveis
atividades contidas na Resolução n° 218, de 29 de junho de 1973 do sistema CONFEA/CREA,
muitas outras atividades afins podem ser foco de atuação nas engenharias.
MÓDULO 4
 Identificar aspectos regionais que caracterizam problemas e oportunidades na
atuação como engenheiro
ONDE ESTÃO AS OPORTUNIDADES NOS
DIVERSOS SETORES ECONÔMICOS PARA
A MINHA ÁREA?
CARACTERÍSTICAS REGIONAIS DAS
DEMANDAS PARA ATUAÇÃO DE
ENGENHEIROS
Imagem: Shutterstock.com
As demandas pelos serviços de engenharia estão associadas aos problemas na sociedade.
Apesar de podermos identificar quase todos os mesmos tipos de demanda em todo o território
nacional, com certeza a frequência e as características próprias não são as mesmas em todas
as regiões. As instituições de ensino superior, ao redigirem seus respectivos projetos
pedagógicos de curso, devem incluir uma contextualização do “perfil do egresso” observando
as características regionais, compatibilizando a proposta do curso para suprir a determinada
região de profissionais qualificados, atendendo as demandas específicas na região.
Essa abordagem pode ser aplicada em diversos níveis de setorização regional, como dentro do
estado, numa respectiva cidade ou até mesmo em um bairro. O Brasil tem dimensões
continentais. As características geográficas, o perfil dos setores atuantes na economia, o nível
de escolaridade da população, recursos naturais etc., definem um perfil específico de
necessidade de profissionais engenheiros para cada região. Em algumas circunstâncias, é
possível “prever” um aquecimento da economia que impacta diretamente algumas áreas das
engenharias.
 SAIBA MAIS
Obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Pré-Sal e investimentos em
infraestrutura para a Copa do Mundo 2014 e a Olimpíada de 2016 são exemplos históricos de
fatores impulsionadores de atividades de engenharia. De modo geral, existe um grau de
previsibilidade de aumento de demanda de profissionais das engenharias relacionado às
perspectivas de investimentos em diversos setores da economia.
Segundo Formiga (2010), a Confederação Nacional da Indústria (CNI) afirmou que a
engenharia exerce um poder multiplicador na sociedade ao conduzir inovação na indústria e
demais setores econômicos. Como numa reação em cadeia, o trabalho das engenharias acaba
impactando e alavancando vários outros setores que se servem de suas soluções e as
complementam e/ou apoiam.
Imagem: Shutterstock.com
A demanda por engenheiros depende de vários fatores, incluindo a composição da economia
nas regiões, as tendências de crescimento econômico, a localização dos polos produtivos e o
grau de maturidade e desenvolvimento de tecnologias no país. A tendência de crescimento
populacional, a imigração e os deslocamentos entre as regiões também devem ser
considerados nas projeções de demanda pelos serviços das engenharias. Como em qualquer
outro esforço para compatibilizar certo equilíbrio entre oferta e demanda (já discutido quando
falamos sobre as funções marketing e produção no módulo anterior, no papel do Planejamento
e Controle da Produção), se faz necessário contabilizar os estoques, ou seja, o que se pode
dizer que se tem disponível (quantidades versus tempo).
 ATENÇÃO
Uma consideração adicional a ser feita é que os “recursos” profissionais graduados em
engenharia não são exclusivos, ou seja, muitos diplomados podem estar trabalhando em
outras áreas ou mesmo estar sem ocupação. Como em qualquer mercado em que se tem
liberdade, a oferta/demanda se equilibra impulsionada pelas melhores percepções de
atratividade.
Um estudo divulgado na revista Pesquisa e Planejamento Econômico (PPE) do IPEA
(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) tratou de mapear e fazer projeções de demanda
por engenheiros por categoria, setor e microrregião brasileiras (SOUZA e DOMINGUES, 2014).
Apesar dos dados coletados na pesquisa não serem tão recentes, o estudo fez previsões até o
ano de 2023. Além das informações pelo próprio IPEA, foram utilizadas também informações
de pesquisas similares e da Relação Anual de Informações (RAIS) do Ministério do Trabalho
e Emprego – MTE.
Imagem: Shutterstock.com
O estudo aborda também a dinâmica que ocorre nas movimentações entre profissionais no
mercado de trabalho. Uma das formas de se explicar o comportamento dessa dinâmica é
considerar incompatibilidades regionais, que se caracterizam quando trabalhadores não estão
dispostos a se deslocar para cidades ou regiões onde existe oferta de emprego. Este elemento
é muito importante para ser considerado no Brasil: dependendo da atratividade de determinada
região ou cidade, mesmo com oferta formal de vagas para engenharias, pode haver escassez
de profissionais em determinada região, enquanto em outra pode haver estoque de
trabalhadores disponíveis.
É possível que políticas regionais de incentivo possam repentinamente tornar potencialmente
mais atrativo um local e isso motivar um deslocamento em prol de suprimento da demanda por
engenheiros. A escassez de trabalhadores poderá sempre coexistir com desemprego. Às vezes
não é questão de quantidade, mas de qualidade.
As discussões sobre esse tema, percepções sobre a atuação dos profissionais engenheiros em
âmbito regional no Brasil, aborda as possibilidades de distribuição com base em dados
históricos. Conforma já afirmado, os dados de referência utilizados na publicação já comentada
(SOUZA e DOMINGUES, 2014) foram obtidos no Ministério do Trabalho e Emprego, no
documento Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2010.
 VOCÊ SABIA
A RAIS é um documento administrativo de âmbito nacional, de preenchimento obrigatório para
todos os estabelecimentos no país com cinco ou mais empregados, que reúne as informações
para monitorar as dinâmicas no mercado de trabalho. Também serve para controlar os registros
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relativos ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), as contribuições e benefícios
relacionados à Previdência Social e aos pagamentos de abono salarial. A RAIS está
organizada com informações da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) e do
Código Brasileiro de Ocupações (CBO).
Segundo IPEA (2014), dentre treze categorias pesquisadas (segundo classificação CBO), as
que mais empregavam em 2010 eram:
Engenheiros Civis (34%).

Eletricistas e Eletrônicos (16%).

Engenheiros de Produção (15%).

Mecânicos (14%).
As outras engenharias aparecem com percentuais menores. Em outra tabulação, agora por
setores em percentuais de engenheiros contratados, destacam-se os seguintes:
Construção (16%).

Serviços Prestados às Empresas (15%).

Administração Pública e Seguridade Social (10%).
O estudo apresenta informações sobre concentrações de engenheiros nos estados. Em 2010,
São Paulo despontava com 36% do total de engenheiros, seguido pelo Rio de Janeiro
(14%) e Minas Gerais (11%). O estudo também apresenta tabulações por cidades. Nesse
caso, a cidade de São Paulo detinha 17% do total, seguida pela cidade do Rio de Janeiro
(10%) e Belo Horizonte (7%).
A partir dos dados históricos, o estudo utiliza um modelo de prospecção que trabalha com
cenários macroeconômicos de referência prospectando até 2023. O cenário inclui Produto
Interno Bruto (PIB), consumo das famílias, investimento, consumo do governo, exportações,
importações e emprego (crescimento percentual ano a ano).
Além disso, são feitas simulaçõesque capturam desvios setoriais e regionais dos
investimentos, calibrados de acordo com informações de projeções e anúncios de
investimentos coletados em diversas fontes: Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES), Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP),
Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Confederação Nacional
da Indústria (CNI), Planos Plurianuais (PPAs) Estaduais, entre outras.
As projeções de crescimento apresentaram os estados do Amazonas e Pará se destacando
na Região Norte. Na Região Nordeste, o estado da Bahia se destaca, seguido por Ceará e
Pernambuco. Na Região Centro-Oeste, Mato Grosso e Goiás.
Os estudos prosseguem com muitas outras informações fornecidas pelo modelo, mas
demonstram, de forma geral, que a concentração regional do emprego em ocupações típicas
de engenharia está diretamente relacionada à estrutura produtiva de cada região, tornando
heterogêneas as demandas por esses profissionais.
Tal diversidade combinada à variedade e à localização dos investimentos previstos para a
economia brasileira resulta no aumento da demanda de formações específicas em engenharia,
principalmente aquelas ligadas à indústria extrativa e a setores tecnológicos, como
engenheiros mecânicos, de produção, qualidade, segurança, químicos, eletricistas, eletrônicos,
metalurgistas e de minas.
De posse dessas informações, tanto históricas quanto nos estudos prospectivos, cada
engenheiro ou aluno em formação pode melhor planejar suas decisões relacionadas ao modo e
onde exercer a profissão.
IDENTIFICAÇÃO DE PROBLEMAS E
OPORTUNIDADES NA ATUAÇÃO
Imagem: Shutterstock.com
A atuação profissional do engenheiro necessariamente está associada à identificação e
solução de problemas. Sob várias perspectivas, as diferentes engenharias podem
eventualmente colaborar nas soluções de problemas afetos às áreas específicas. Ao tratarmos
a questão associada à atuação das engenharias nas várias regiões do Brasil, estaremos em
busca de identidades regionais ou regiões vocacionadas a demandas específicas de algumas
engenharias.
ONDE EU POSSO MELHOR ATUAR NA MINHA ÁREA
ESPECÍFICA DE ENGENHARIA? COMO POSSO
IDENTIFICAR OPORTUNIDADES DE ATUAÇÃO NO
TERRITÓRIO NACIONAL?
Ou então...
É VERDADE QUE AS MESMAS TÉCNICAS E
FERRAMENTAS USADAS NA IDENTIFICAÇÃO DE
PROBLEMAS ESPECÍFICOS (JÁ NUM CONTEXTO DE
ESTAR TRABALHANDO NA BUSCA DE UMA SOLUÇÃO
ESPECÍFICA) PODEM TER MUITA UTILIDADE NA
BUSCA POR ESSAS RESPOSTAS?
É POSSÍVEL UTILIZAR FERRAMENTAS TIPO O
GRÁFICO DE PARETO OU A ANÁLISE DE CAUSA RAIZ
PARA MELHOR DESENHAR UM “MAPA DE DEMANDA”
ATUAL DE SUA ENGENHARIA?
Nessa discussão, vamos nos valer de alguns dados históricos e estatísticos.
 SAIBA MAIS
Gráfico de Pareto, também conhecido como diagrama de Pareto, é uma das 7 ferramentas da
qualidade na linha de produção. Utiliza-se esse gráfico para que sejam focalizados os esforços
na melhoria dos projetos. A análise de causa raiz é uma metodologia na qual se busca
identificar a causa raiz de um problema, para que seja proposta a melhor solução possível.
Assim como já abordado, características regionais das demandas para atuações de
engenheiros, a identificação de problemas e oportunidades pode ser feita por regiões,
microrregiões, estados, cidades etc. Dependendo do setor observado, nichos específicos
podem ser identificados, arranjos produtivos locais (APL) ou outro tipo/fator de atratividade
relacionado a demandas para as engenharias.
A fim de explorarmos melhor as potenciais oportunidades regionais de aplicação das
engenharias, vamos considerar a distribuição dos arranjos produtivos locais no Brasil. Os APLs
são grupos de empresas localizadas em um mesmo território que apresentam produção
especializada e mantêm vínculos de interação, articulação, cooperação e aprendizagem entre
si e possivelmente com outros atores locais. Esses APLs podem estar associados a governo,
empresas, instituições de ensino, como também à pesquisa ou outros.
Esse fenômeno da concentração de empreendimentos de um mesmo setor produtivo em
determinada região geográfica é estudado no Brasil e no mundo. O mesmo fenômeno é
referido como arranjo produtivo local, sistema produtivo local ou até mesmo é utilizada a
palavra inglesa cluster (grupo, aglomeração). A expressão mais difundida no Brasil é arranjo
produtivo local.
 VOCÊ SABIA
Devido à necessidade de articulação das ações governamentais para o apoio integrado aos
arranjos produtivos locais, foi instituído pela Portaria Interministerial n° 200, de 2 de agosto de
2004, o Grupo de Trabalho Permanente para Arranjos Produtivos Locais (GTP APL),
envolvendo 23 instituições governamentais e não governamentais. No ano seguinte, foram
integradas mais 10 instituições (Portaria Interministerial n° 331, de 24 de outubro 2005).
Posteriormente, foram alterados alguns de seus representantes por meio de portarias do MDIC:
n° 187, de 31 de outubro de 2006; n° 106, de 28 de abril 2008; e n° 133, de 16 de junho de
2010. Em 2011, novos nomes foram inseridos, conforme Portaria Ministerial n° 167, de 29 de
junho 2011. A coordenação era realizada pelo antigo Ministério da Indústria, Comércio Exterior
e Serviços, por meio da Coordenação-Geral de Programas Especiais, órgão da Secretaria do
Desenvolvimento e Competitividade Industrial daquele Ministério. Uma vez extinto o MDIC em
2019 (Lei n° 13.844, de 18 de junho de 2019), as funções do antigo Ministério foram atribuídas
ao atual Ministério da Economia.
Segundo o Observatório Brasileiro, os APLs estão classificados em 44 setores produtivos,
dentre os quais se destacam alguns com maior intensidade de atividades relacionadas às
engenharias. No setor de Aeroespacial/Defesa, existem APLs no estado de São Paulo e Rio
Grande do Sul (Polo de Defesa de Santa Maria). O APL “Aeroespacial e Defesa de São José
dos Campos” se destaca.
Cerca de 104 empresas com aproximadamente 15 mil funcionários compõem o APL nas
seguintes especializações voltadas ao segmento aeroespacial:
Manufatura & Estruturas de Aeronaves Pequenas e Médias
Design e Engenharia
Serviços & Consultoria especializados no segmento aeroespacial
Sistemas Eletrônicos
Foto: Shutterstock.com
No setor de Construção Civil, existem polos em vários estados. No Rio de Janeiro, o polo
“Areias de Piranema” (extração de areia – 37 empresas); no Rio Grande do Norte, o polo
“Cadeia Produtiva da Construção Civil”; no Acre, Pernambuco e Tocantins, polos denominados
“Construção Civil”; e no Espírito Santo, o polo “Construção Civil da Região Metropolitana”
(3.720 empresas com 56.100 empregados).
Foto: Shutterstock.com
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O setor de Construção Naval está presente nos estados do Rio de Janeiro e no Rio Grande do
Sul. O APL “Cluster Tecnológico Naval do Rio de Janeiro” se destaca com produtos e serviços
associados à caldeiraria pesada; máquinas e equipamentos industriais; motores e turbinas,
peças e acessórios específicos; artigos pirotécnicos; munição naval; gerenciamento de projetos
de construção naval e reparos; sistemas navais; e, serviços marítimos (publicações náuticas,
levantamentos hidrográficos, dragagens, docagens, perícias etc.).
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No setor Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPPC), destaca-se no estado de São
Paulo o polo “Polo Cosmético de Diadema e Região” com 175 empresas e 6.112 funcionários.
Os produtos e serviços estão associados às áreas de higiene pessoal, perfumaria e
cosméticos, fornecedores de matéria-prima (soluções e componentes químicos, fragrâncias
etc.), embalagens (primárias, secundárias e sachês), serviços de consultoria, formação e
capacitação técnica.
Vários outros polos podem ser observados dentre os 44 setores produtivos cadastrados no
Observatório Brasileiro de APL. As oportunidades de atuação em cada engenharia não estão
necessariamente associadas a somente determinadosetor, visto que tecnologias trabalhadas
nas engenharias possuem ampla aplicação em diversos setores. A identificação de
oportunidades é mais bem obtida em pesquisas específicas relacionadas a determinada
aplicação de tecnologia.
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A dinâmica do mercado é tamanha, que é bem possível que desde a edição até a leitura deste
texto, algo novo tenha surgido e oportunidades adicionais tenham aparecido. O governo federal
é um grande promotor de oportunidades para as engenharias. Obras outrora adormecidas
podem ganhar fôlego subitamente, fomentando determinadas áreas, e o ambiente global da
economia é outro fator de destaque nessa dinâmica. Além de todos os cenários regionais
desenhados, ao serem observados o passado, o presente e o futuro, na prática, cada indivíduo
tem preferências particulares que podem culminar em decisões também muito particulares.
O importante é estar sempre pesquisando.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. OBSERVE AS AFIRMATIVAS A SEGUIR:
I. A ENGENHARIA EXERCE UM PODER MULTIPLICADOR NA SOCIEDADE
AO CONDUZIR INOVAÇÃO NA INDÚSTRIA E DEMAIS SETORES
ECONÔMICOS, AO IMPACTAR E ALAVANCAR VÁRIOS OUTROS
SETORES DA ECONOMIA NO PROVIMENTO DE PRODUTOS E SERVIÇOS.
II. O GRAU DE MATURIDADE E DESENVOLVIMENTO DE TECNOLOGIAS
NO PAÍS PODE IMPACTAR O MERCADO DE TRABALHO NAS
ENGENHARIAS.
III. A CONTABILIZAÇÃO DE ENGENHEIROS DISPONÍVEIS NO MERCADO
DE TRABALHO SE TORNA FÁCIL AO SE CONSULTAR BASES DE DADOS
ESTATÍSTICAS NAS REGIÕES.
ESTÁ CORRETO O QUE SE AFIRMA EM
A) I, II e III.
B) II e III.
C) I e II.
D) I e III.
E) II, somente.
2. OBSERVE AS AFIRMATIVAS A SEGUIR:
I. O GOVERNO FEDERAL DISPONIBILIZA UMA PLATAFORMA DE
PESQUISA INTITULADA OBSERVATÓRIO BRASILEIRO APL, NA QUAL É
POSSÍVEL OBSERVAR A DISTRIBUIÇÃO DOS ARRANJOS PRODUTIVOS
LOCAIS NO TERRITÓRIO NACIONAL E INTERNACIONAL DE ACORDO
COM VÁRIOS SETORES PRODUTIVOS.
II. O SETOR AEROESPACIAL E DE DEFESA TEM ARRANJO PRODUTIVO
LOCAL QUE SE DESTACA NA CIDADE DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, EM
SÃO PAULO.
III. NOS APLS, É POSSÍVEL OBSERVAR O EFEITO MULTIPLICADOR DE
EMPREGOS, VISTO QUE ATIVIDADES ASSOCIADAS ÀS ENGENHARIAS
COSTUMAM ATRAIR OUTRAS ATIVIDADES PERIFÉRICAS.
ESTÁ CORRETO O QUE SE AFIRMA EM
A) I, II e III.
B) II e III.
C) I e II.
D) I e III.
E) II, somente.
GABARITO
1. Observe as afirmativas a seguir:
I. A engenharia exerce um poder multiplicador na sociedade ao conduzir inovação na
indústria e demais setores econômicos, ao impactar e alavancar vários outros setores
da economia no provimento de produtos e serviços.
II. O grau de maturidade e desenvolvimento de tecnologias no país pode impactar o
mercado de trabalho nas engenharias.
III. A contabilização de engenheiros disponíveis no mercado de trabalho se torna fácil ao
se consultar bases de dados estatísticas nas regiões.
Está correto o que se afirma em
A alternativa "C " está correta.
A contabilização de engenheiros disponíveis no mercado de trabalho não é nada fácil, já que
muitos engenheiros migram para outras áreas, se tornam autônomos e alguns podem decidir
retornar para o mercado por algum motivo. Nenhum banco de dados consegue prever tais
movimentos.
2. Observe as afirmativas a seguir:
I. O governo federal disponibiliza uma plataforma de pesquisa intitulada Observatório
Brasileiro APL, na qual é possível observar a distribuição dos arranjos produtivos locais
no território nacional e internacional de acordo com vários setores produtivos.
II. O setor Aeroespacial e de Defesa tem arranjo produtivo local que se destaca na cidade
de São José dos Campos, em São Paulo.
III. Nos APLs, é possível observar o efeito multiplicador de empregos, visto que
atividades associadas às engenharias costumam atrair outras atividades periféricas.
Está correto o que se afirma em
A alternativa "B " está correta.
A afirmativa I está errada, pois a plataforma indica somente os arranjos produtivos em área
nacional. A afirmativa II está correta, pois nosso setor de pesquisa aeroespacial tem sede em
São José dos Campos, no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).
A afirmativa III está correta, pois a atividade da engenharia não trabalha sozinha, necessitando
de diversas áreas periféricas como apoio.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como vimos, a versatilidade inerente ao engenheiro lhe proporciona ampla atuação em
diversos setores da economia. Ora atuando como pesquisador, ora como gestor, o engenheiro
trabalha com projetos e pesquisas em empresas ou na academia, sempre buscando o
aprimoramento de suas capacitações.
Os engenheiros são preparados para o desenvolvimento de soluções para vários problemas na
sociedade. A busca pelo domínio da ciência e da técnica não se encerra no final do curso de
graduação. Durante toda a carreira, a pesquisa aplicada se faz necessária para que os
obstáculos no caminho das soluções possam ser contornados e transpostos.
O entendimento do mercado é essencial para o sucesso da profissão, tanto para a correta
compreensão das demandas específicas pelos serviços de engenharia em curso quanto para o
planejamento da carreira em si. Além das atuações mais corriqueiras em projetos, gestão,
academia e pesquisa, várias outras oportunidades podem ser observadas quando se pesquisa
o mercado em constante mutação.
O Brasil é um país de dimensões continentais. As variedades na geografia, na cultura e no
clima proporcionam ampla distribuição territorial das atividades econômicas. Cabe a cada
indivíduo observar o cenário atual e prospectar os vindouros para poder escolher onde e
quando atuar na prática de sua especialidade como engenheiro.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Registros administrativos: RAIS e CAGED.
Brasília: MTE, 2010.
CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA. CONFEA. Resolução n° 218, de
29 de junho de 1973. Regulamenta as atribuições profissionais inseridos nos sistema
CONFEA/CREA.
FORMIGA, M. M. M. (org.). Engenharia para o desenvolvimento: inovação, sustentabilidade
e responsabilidade social como novos paradigmas. Brasília: CNI/SENAI, 2010.
INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA. IPEA. Pesquisa e planejamento
econômico. v. 44. n. 2. ago. 2014.
GUIA PMBOK. Um guia do conhecimento em gerenciamento de projetos. 6 ed. EUA: PMI,
2017.
SLACK, N. et al. Administração da produção. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2006.
SOUZA, K. B. de.; DOMINGUES, E. P. Mapeamento e projeção da demanda por
engenheiros por categoria, setor e microrregiões brasileiras. Pesquisa e Planejamento
Econômico. Rio de Janeiro: Ipea, 2014.
EXPLORE+
Para quem deseja se aprofundar neste conteúdo, recomendamos:
O artigo A Inserção de recém-graduados em engenharias, medicina e licenciaturas no
mercado de trabalho formal no site do IPEA. Veja o cenário do mercado brasileiro em
2015.
Visite o portal Observatório Brasileiro APL.
CONTEUDISTA
Beniamin Achilles Bondarczuk

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