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- Introdução às propriedades físicas do solo Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG UNIDADE 2: Propriedades e processos físicos que ocorrem no solo. 2.1Composições mineralógicas e química das frações granulométricas 2.2 Propriedades físicas dos solos: Classes texturais, Densidade do solo, Densidade de partícula, Porosidade do solo, Estrutura, Estabilidade de agregados, Consistência do solo, Resistência do solo à penetração e Curva de retenção de água. Propriedades Físicas do solo O QUE É ISSO? Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG SOLO ➔ CONCEITO FÍSICO • Meio poroso, não rígido, trifásico, formado de partículas que possuem complexidade de forma, tamanho e estrutura mineralógica e algumas partículas finitamente divididas de maneira a apresentar uma grande área superficial. Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG S O L O Espaço Poroso Sólidos do solo Ar 20 a 30% Água 20 a 30% Minerais 45% Mat. Org. 5% Espaço Poroso Sólidos do solo Ar 20 a 30% Água 20 a 30% Minerais 45% Mat. Org. 5% Partículas que apresentam diferentes tamanhos Frações granulométricas ou Frações texturais Meio trifásico Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Como é um solo fisicamente ideal? Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG SOLO FISICAMENTE IDEAL É aquele que apresenta: • Boa aeração e retenção de água; • Bom armazenamento de calor; • Pouca resistência mecânica ao crescimento radicular. Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Solo fisicamente ideal Solo fisicamente degradado Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Relações físicas com a produção de plantas ds Temperatura Água Aeração ds, tamanho poros Resistência mecânica ds, tamanho poros Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Características do perfil Textura, Estrutura, Densidade do Solo, etc... A f e t a m d i r e t a m e n t e Água Aeração Temperatura Resistência Mecânica Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Textura, mineralogia, Grau de desenvolvimento do perfil, Agentes cimentantes, Estrutura, Coloração, Topografia. Estrutura Densidade do solo Agregação Tamanho de poros Caract. perfil Lavração, plantio, adição fertilizantes ChuvasIrrigação/drenagem Radiação Água, Aeração, Temperatura, Resistência mecânica. Crescimento e Desenvolvimento de Plantas Quantidade de água Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Propriedades Físicas do Solo ✓ Textura do solo ✓ Área superficial específica ✓ Consistência do solo ✓ Estrutura ✓ Agregação do solo ✓ Densidade do solo ✓ Densidade de partículas ✓ Porosidade do solo ✓ Resistência do solo à penetração Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Textura do solo Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Propriedades Físicas do Solo • TEXTURA DO SOLO É a proporção relativa das classes de tamanho de partículas de um solo. Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Propriedades Físicas do Solo • A textura é importante para o entendimento do comportamento e manejo do solo. • Durante a classificação do solo em um determinado local, a textura é muitas vezes a primeira e mais importante propriedade a ser determinada • A partir da textura, muitas conclusões importantes podem ser tomadas Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG FRAÇÃO GRANULOMÉTRICA DIÂMETRO (mm) Matacão > 200 Calhau 200 –20 Cascalho 20 - 2 Areia grossa 2 – 0,2 Areia fina 0,2 – 0,05 Silte 0,05 – 0,002 Argila < 0,002 Classes de tamanho de partículas do solo Propriedades Físicas do Solo Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Textura do solo Adaptado de Brady, 1983 Argila Silte Areia fina Areia grossa Sociedade Internacional de Ciência do Solo Argila Silte Areia Fina Grossa Cascalho 0,002 0,02 0,2 2,0 0,002 0,05 0,10 0,25 0,5 1,0 2,0 Departamento de Agricultura dos Estados Unidos Argila Silte Muito fina F i n a Média Grossa Muito grossa Cascalho Areia Administração Pública de Estradas dos Estados Unidos Argila Silte Areia Cascalho Fina Grossa Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Classificação do Solo CLASSIFICAÇÃO DO SOLO, QUANTO AO TAMANHO DOS COMPONENTES DA FASE SÓLIDA DO SOLO: FRAÇÕES DO SOLO DIMENSÕES (mm) CALHAUS 20,0 a 2,0 AREIA GROSSA 2,0 a 0,2 AREIA FINA 0,2 a 0,02 LIMO 0,02 a 0,002 ARGILA < 0,002 OS COLÓIDES ARGILOSOS SÃO FRAÇÕES MENORES QUE 0,001 mm OU 1 MICRA. OS COLÓIDES ORGÂNICOS CONSTITUEM-SE NO HÚMUS, SENDO PRODUTOS DA DECOMPOSIÇÃO DA MATÉRIA ORGÂNICA, TRANSFORMADOS BIOLOGICAMENTE. Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Propriedades Físicas do Solo • Os solos podem ser agrupados em 13 classes texturais - TRIÂNGULO TEXTURAL Ex: 42% argila 6% silte 52% areia Classe textural ARGILA ARENOSA Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG 33% argila 40% silte 27% areia Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG É possível alterar a textura pelo manejo? Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Propriedades Físicas do Solo • Determinação _em laboratório: análise granulométrica _a campo: pela sensação que o solo molhado e amassado oferece ao tato Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Propriedades Físicas do Solo •Objetivo: separar as frações constituintes do solo (areia, silte e argila) de acordo com seu diâmetro. •A metodologia consiste em dispersão química e mecânica dos constituintes do solo e separação por peneiramento e sedimentação. Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Tapete de Borracha Amostra Seca ao Ar Peneira de 2mm Destorroamento Peneiramento Terra Fina Seca ao Ar (TFSA) Propriedades Físicas do Solo Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG TFSA Balança Agitador Determinação da areia Determinação de Argila Propriedades Físicas do Solo Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Fração Diâmetro Matacões 20 cm Calhaus 20 mm a 20 cm Cascalhos 2 a 20 mm Areia grossa 2 a 0,2 mm Areia fina 0,2 a 0,05 mm Silte 0,05 a 0,002 mm Argila 0,002 mm ou 2 TFSA Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG • No Campo: • A textura é feita por estimativa, esfregando uma massa de solo úmida e homogeneizada entre os dedos • Areia • Silte • Argila Sensação aspereza, não plástico, não pegajoso Sensação sedosidade, plástico, não pegajoso Sensação sedosidade, plástico, pegajoso Propriedades Físicas do Solo Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Propriedades Físicas do Solo Distribuição do tamanho de partículas de três solos com ampla variação de textura. Note que há uma transição gradual na distribuição do tamanho de partículas em cada um destes solos. Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Propriedades Físicas do Solo • Relaciona-se com: 1) Mineralogia _FRAÇÃO AREIA – minerais 1° (quartzo e outros silicatos) _FRAÇÃO ARGILA – minerais 2° (argilominerais: caulinita, esmectita, etc, e óxidos: hematita, goethita, etc) 2) CTC 3) ASE 4) Porosidade e densidade do solo Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Propriedades Físicas do Solo Relação entre tamanho de partícula e tipo de mineral presente. _O quartzo é dominante na fração areia e em frações mais grosseiras de silte. _Silicatos primários como o feldspato, hornblenda e mica estão presentes na areia e em menores quantidades na fração silte. _Minerais secundários, como óxidos de ferro e alumínio, são predominantes na fração silte de menor diâmetro e na fração argila mais grosseira. Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Propriedades Físicas do Solo Condiciona todos os fatores de crescimento em menor ou maior grau. • Influi sobre: - Retenção, movimento e disponibilidade de água - Arejamento - Disponibilidade de nutrientes - Resistência à penetração de raízes - Estabilidade de agregados - Compactabilidade dos solos - Erodibilidade Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Propriedades Físicas do Solo • Estabilidade/Compactabilidade/Erodibilidade Relacionadascom a suscetibilidade à degradação do solo quando cultivado Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Textura fina Textura média Textura grosseira ARGILOSOS francos ARENOSOS retenção de água elevada Retenção de água baixa Circulação de água difícil Circulação de água fácil Coesão elevada Coesão baixa Consistência plástica e pegajosa (molhado) e dura (seco) Consistência friável (seco ou molhado) Densidade do solo menor Densidade do solo maior Porosidade total maior Porosidade total menor Microporosidade maior Macroporosidade maior Aeração deficiente Boa aeração Superfície específica elevada Superfície específica baixa Solos bem estruturados Solos sem estrutura CTC elevada CTC baixa Difícil preparo mecânico, pouco lavados e mais ricos em elementos fertilizantes Fácil preparo mecânico, mais lavados e mais pobres em elementos fertilizantesRenato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Área Superficial Específica - ASE Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Propriedades Físicas do Solo • ÁREA SUPERFICIAL ESPECÍFICA ASE = área superficial unidade massa • Influenciada por ➔ Tamanho da partícula afeta: atrito, adsorção, tensão superficial. ➔ Forma da partícula ➔ Natureza da partícula: MO, ASE, decomposição. ➔ Composição da partícula: atividade, superfície interna. Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Propriedades Físicas do Solo Relação entre a área superficial de um cubo de massa conhecida e o tamanho de suas partículas. _No cubo maior (a) cada lado possui 64 cm2 de área superficial. O cubo tem seis lados, com área superficial total de 384 cm2 (6 lados x 64 cm2). Se o mesmo cubo fosse dividido em cubos menores (b) de modo que cada um tenha 2 cm de lado, o mesmo material será agora representado por 64 cubos pequenos (4 x 4 x 4). Cada lado do cubo pequeno terá 4 cm2 (2 x 2) de área superficial, resultando em 24 cm2 de área superficial (6 lados x 4 cm2). A área superficial total será de 1536 cm2 (24 cm2 x 64 cubos). Deste modo, a área superficial deste cubo será quatro vezes maior do que a área superficial do cubo maior. Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Propriedades Físicas do Solo • ÁREA SUPERFICIAL ESPECÍFICA • Relacionada com ➔ CTC, retenção de água e nutrientes; ➔ retenção e liberação de poluentes; ➔ expansão / contração; ➔ propriedades mecânicas: coesão, resistência, plasticidade. Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Propriedades Físicas do Solo Quanto mais fina a textura do solo, maior é a superfície efetiva exposta por suas partículas. Note que a adsorção, a expansão e outras propriedades físicas (plasticidade e coesão, calor de umedecimento) seguem a mesma tendência e aumentam rapidamente à medida que se aproximam da dimensão coloidal. Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Consistência do solo Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Propriedades Físicas do Solo • CONSISTÊNCIA DO SOLO _Resposta do solo às forças externas que tentam deformá-lo ou rompê-lo. _Manifestação das forças de coesão e adesão sob diferentes condições de umidade. Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Propriedades Físicas do Solo • COESÃO: atração entre partículas de mesma natureza (S-S) devido a: _Atração eletrostática entre superfícies _Atração molecular (Van der Walls) _Materiais coloidais _f = {ASE, H2O, distância, orientação} • ADESÃO: atração entre partículas de natureza distinta (L-S) devido a: _Tensão superficial d’água (há necessidade de ar) Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Propriedades Físicas do Solo • Consistência depende de: Textura: em solo argiloso Mineralogia: em 2:1 Ex.: Vertissolo x Latossolo MO: em solo argiloso, em solo arenoso Estrutura: com a agregação Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Solo Molhado: Plasticidade e Pegajosidade - Não plástico; Ligeiramente plástico; Plástico; Muito plástico - Não pegajoso; Lig. Pegajoso; Pegajoso; Muito pegajoso Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Propriedades Físicas do Solo • Consistência condiciona Condições de preparo e cultivo-APLIC. PRÁT. Resistência à penetração raízes Estrutura (estabilidade de agregados) Erodibilidade Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Propriedades Físicas do Solo • UMIDADE X CONSISTÊNCIA dureza friabilidade plasticidade Pegaj. SECO ÚMIDO MOLHADO MUITO MOLHADO ADESÃOCOESÃO Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Propriedades Físicas do Solo • SOLO SECO - não há adesão e a coesão é máxima - DUREZA • SOLO ÚMIDO - a coesão e a adesão. As duas forças ocorrem conjuntamente - FRIABILIDADE (solo é menos compactável) • SOLO MOLHADO - a coesão desaparece e a adesão atinge o máximo - PLASTICIDADE • MUITO MOLHADO - os filmes de água que recobrem as partículas se tornam mais espessos - PEGAJOSIDADE • SOLO SATURADO - FLUIDEZ Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Estrutura do solo Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG ESTRUTURA DO SOLO ➢O solo é composto por partículas de Areia e Silte que se mantém unidas pela ação da Argila e Matéria orgânica, formando agregados estáveis. ➢A organização das partículas e agregados é conhecida como estrutura do solo. Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Solo desetruturado (esquerda) e solo bem granulado (direita). Raízes de plantas e especialmente húmus são fatores principais na granulação do solos. Fonte: Brady, 1983 Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG ESTRUTURA DO SOLO ➢Um solo com melhor estrutura suporta melhor a precipitação e a ação de máquinas e implementos agrícolas e também permite uma melhor produção das culturas. ➢Areias Quartzosas - solos “sem estrutura”, as partículas de areia normalmente ocorrem individualizadas, sem formarem agregados. Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG AVALIAÇÃO da ESTRUTURA Dois pontos de vista: ➢1. Pedológico _tipo _tamanho _grau de desenvolvimento ➢2. Manejo do Solo _potencial ou capacidade de uso do solo Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG esferoidal placa bloco angular bloco subangular colunar prismática Tipo de estrutura Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG A estrutura do solo relaciona-se com: ➢Aeração ➢Densidade do solo ➢Resistência mecânica à penetração ➢Infiltração de água e selamento superficial Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG COMO SE FORMAM OS AGREGADOS ? ➢1°) Aproximação entre as partículas: - floculação da argila - desidratação do solo: aproxima partículas - raízes: desidratação e pressão sobre as partículas - organismos: minhocas (coprólitos) Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG COMO SE FORMAM OS AGREGADOS ? ✓ 2°) Estabilização: agentes cimentantes - quantidade de argila e de cátions - forças eletrostáticas (Van der Walls) - MO. Polissacarídeos, Ac. húmicos - microrganismos: ação mecânica (hifas de fungos) e produção de compostos orgânicos - vegetação: ação mecânica das raízes e fonte de material orgânico na superfície Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Formação dos agregados Macroagregado composto por muitos microagregados, unidos principalmente por uma rede de hifas de fungos e raízes Microagregado consistindo principalmente de partículas de areia fina e pequenos aglomerados de silte, argila e substâncias orgânicas unidas por pêlos radiculares, hifas de fungos e substâncias produzidas por microrganismos Submicroagregado constituído por partículas de silte cobertas com matéria orgânica e pequenos pedaços de plantas e microorganismos, cobertos com arranjamentos menores de argila, húmus e óxidos de Fe ou Al Aglomerados de partículas de argila interagindo com óxidos de Fe ou Al e polímeros orgânicos na menor escala Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Estabilidade de agregados Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG ESTABILIDADE DE AGREGADOS Resistência à desagregação que os agregados apresentam quando submetidos a forças externas (ação implementos agrícolas e impacto gota chuva) ou forças internas (compressão de ar, expansão/contração) que tendem a rompê- los. Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG ESTABILIDADE DE AGREGADOS ➢Objetivo: avaliar a estruturado solo, pois a estrutura pode ser o resultado da agregação das partículas primárias (areia, silte e argila) e mais outros componentes do solo como matéria orgânica, calcário e sais. ➢A metodologia consiste em passar os agregados por um conjunto de peneiras com diâmetros decrescentes e quantificar as frações retidas. Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG ESTABILIDADE DE AGREGADOS ➢Pode-se determinar a distribuição do tamanho de agregados estáveis em água e a seco. ➢Através dessa determinação pode-se obter a distribuição do tamanho dos agregados, a estabilidade de agregados, o DMP e DMG. Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Fig. DMG de agregados, em solo ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO submetido por dois anos ao PC e PD contínuo. ESTABILIDADE DE AGREGADOS Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0 D M G , m m 1.6 1.8 2.0 2.2 2.4 Carbono orgânico, % Relação entre o diâmetro médio geométrico (DMG) dos agregados estáveis em água e carbono orgânico, em um Latossolo Vermelho- Escuro. Cruz Alta, RS. Fonte: Campos et al. (1995). Há indicação clara de que o incremento de matéria orgânica do solo é acompanhado pelo incremento da agregação, expressa pela estabilidade dos agregados, ocorrendo independente do tipo de solo ESTABILIDADE DE AGREGADOS Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG TAXAS DE AUMENTO DA AGREGAÇÃO Textura do solo Sistema de manejo Sistema de cultura Degradação estrutural Melhoria estrutural Recuperação da estabilidade estrutural Pelo menos 2x mais rápida em solos arenosos do que argilosos Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG ➢ Da Ros et al. (1997) determinaram que o manejo inicial de solo que nunca recebeu cultivo e a intensidade de mobilização de solos cultivados são determinantes na condição estrutural resultante ➢ A estabilidade estrutural foi inversamente relacionada com a freqüência e intensidade de mobilização do solo Diâmetro médio geométrico (DMG) de agregados estáveis em água sob diferentes sistemas de manejo de um Latossolo de textura média. A linha com setas mostra o limite crítico de DMG igual a 2 mm. Fonte: Da Ros et al. (1997). ESTABILIDADE DE AGREGADOS 4,9 4 2,9 2,1 1,2 CN PD-CN PD-Cal PD-Esc PC Manejo de Solo 0 1 2 3 4 5 6 D M G , m m Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Densidade do solo Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG DENSIDADE DO SOLO (Ds) • Relação com TEXTURA Solos arenosos ds = 1,2 a 1,8 g cm-3 Solos argilosos ds = 1,0 a 1,6 g cm-3 PROFUNDIDADE: ds com a profundidade MO, PT, compactação natural, diferentes formas de agregados, maiores pressões, argila iluvial (ocupa espaços). MAU MANEJO DO SOLO: compactação ds Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG DENSIDADE DO SOLO (Ds) Usada para ✓Calcular PT ✓Calcular massa solo da camada arável ✓Avaliar alterações na estrutura e porosidade ✓Converter massa H2O a volume H2O Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG DENSIDADE DO SOLO (Ds) ➢Objetivo: avaliar a estrutura do solo pela relação entre massa e volume de solo. ➢A metodologia consiste em coletar uma amostra de solo com estrutura preservada e de volume conhecido, e pela relação entre massa de solo seco em estufa a 105 oC e volume da amostra ocupado por partículas e poros, obtém-se a densidade do solo. Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Ds em diferentes profundidades em um Argissolo Vermelho distrófico, sob dois tipos de uso. DENSIDADE DO SOLO (Ds) 0 10 20 30 40 50 1.0 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 Densidade, Mg m -3 P ro fu n d id ad e, c m Mata Lavoura (SPC) Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Densidade de partículas Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG DENSIDADE DE PARTÍCULAS (Dp) ➢Expressa a relação entre a massa e o volume que ocupam as partículas do solo, abstraindo o volume dos poros. ➢Ao contrário da densidade do solo, a amostra utilizada pode estar alterada. Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG DENSIDADE DE PARTÍCULAS (Dp) ➢Objetivo: avaliar o volume de sólidos do solo, sem considerar a porosidade. ➢A metodologia consiste em macerar uma amostra de solo e obter o volume ocupado pelas partículas sólidas da amostra. ➢A densidade de partícula do solo é a média ponderada da densidade real de todos os seus componentes minerais e orgânicos. Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG A Dp é influenciada pelo manejo ? ➢Valores de dp estão ligados à presença de certos componentes minerais ou orgânicos: Solos com baixos teores em óxidos Fe (clima frio) - dp 2,65 g cm-3 Solos com altos teores em óxidos Fe (clima tropical e subtropical) - dp 3,0 g cm-3 Solos orgânicos - dp < 1,92 g cm-3 Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Porosidade do solo Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG POROSIDADE DO SOLO ➢POROSIDADE TOTAL – proporção percentual de poros em relação ao volume de solo. _Porosidade textural: predominante em solos arenosos (pouco estruturados). _Porosidade estrutural: predominante em solos argilosos (boa agregação). ➢Macroporosidade –movimento d’água, aeração. ➢Microporosidade – retenção de água. Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG POROSIDADE DO SOLO ➢Objetivo: avaliar a quantidade e a natureza dos poros existentes no solo. ➢A metodologia consiste em coleta de amostra de solo com estrutura preservada, saturação da amostra, aplicação de tensão de 60 cm de coluna da água e secagem em estufa a 105 oC. Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG ➢ Relações da porosidade de aeração apresentadas por Silva et al. (2004) demonstram que os valores críticos ou restritivos não funcionam de maneira abrupta cessando o crescimento, porém indicam que os valores críticos de espaço aéreo largamente usados como referência não estão muito distantes Valores de crescimento de plantas com a variação de porosidade de aeração. Fonte: Silva et al. (2004). POROSIDADE DO SOLO Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG FATORES QUE AFETAM A POROSIDADE ➢Agregação: granulares x blocos ➢Textura - Arenosos: PT - Argilosos: PT ➢Profundidade: profundidade PT Espaço aéreo: pressão = 60 cm H2O (-0,06 atm) Mínimo 10% IDEAL ➢Macroporosidade = 1/3 do volume dos poros ➢Microporosidade = 2/3 do volume dos poros Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Macroporos 25,0% Microporos 38,0% Sólidos 37,0% Macroporos 19,0% Microporos 40,0% Sólidos 41,0% Macroporos 13,0% Microporos 40,0% Sólidos 47,0% Mato 4 anos PC 50 anos PC Latossolo Roxo (> 60% argila) (Brum, 1972) POROSIDADE DO SOLO Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG 0 5 10 15 20 25 30 35 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 Densidade, Mg m -3 P ro fu n d id ad e, c m Pinus Pasto Eucalipto Milho Mata Cerrado ✓Solo: Latossolo Cerrado: vegetação natural Milho: sistema convencional há 18 anos Eucalipto: Eucalyptus camaldulensis há 10 anos Pinus: Pinus caribea var. hondurensis há 10 anos Mata ciliar: reflorestada com espécies nativas há 10 anos Pastagem: Brachiaria decumbens há 10 anos Fonte: Cavenage et al., 1999Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Cerrado 38% 12% 50% Mata 44% 30% 14% Eucalipto 40% 30% 9% Pinus 40% 26% 14% Camada 0-10 cm Micro Macro Porosidade total Milho 47% 36% 10% 10-20 cm: 4% 10-20 cm: 38% Pastagem 40% 33% 8% 10-20 cm: 11% Fonte: Cavenage et al., 1999 Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Resistência à penetração Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Resistência à penetração Resistência à penetração Umidade Densidade Crescimento radicular Força que a raiz precisa para penetrar no solo Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Resistência à penetração Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG ➢ Relação da resistência do solo apresentada por Silva et al. (2004) demonstra que o valor crítico ou restritivo não funciona de maneira abrupta cessando o crescimento, porém indica que os valores críticos de resistência do solo largamente usados como referência não estão muito distantes Valores de crescimento de plantas com a variação de resistência à penetração em solo sob plantio direto(PD) e convencional (PC). Fonte: Silva et al. (2004). Resistência à penetração Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG SOLO BEM ESTRUTURADO Permite: ➢a) Poros adequados para a entrada de ar e água no solo; ➢b) Porosidade adequada para que a água se movimente através do solo sendo disponível para as culturas, assim como permita uma boa drenagem do solo; ➢c) Porosidade adequada para o crescimento das culturas após a germinação das sementes, permitindo que as raízes explorem um maior volume de solo em busca de ar, umidade e nutrientes. Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Palha + Atividade biológica + Matéria orgânica = Boa estrutura Raízes explorando o maior volume de solo = Boa estrutura Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Degradação ambiental Erosão Atividade biológica Trocas gasosas Compactação Conversão de área de mata em lavoura Qualidade ambiental Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG DEGRADAÇÃO DA ESTRUTURA CAUSAS ➢preparo intensivo e queima dos resíduos ➢tráfego intenso de máquinas com umidade inadequada ➢impacto da gota de chuva ➢dispersão química dos colóides ➢inaptidão agrícola Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Causas da degradação da estrutura Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG DEGRADAÇÃO DA ESTRUTURA CONSEQUÊNCIAS ➢propriedades físicas afetadas - densidade e porosidade do solo, estabilidade dos agregados, retenção e infiltração água ... ➢camadas compactadas subsuperficiais ➢ resistência do solo à penetração ➢erosão – sulcos ou laminar ➢crostas superficiais Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Degradação da estrutura = impacto ambiental Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG 75 80 85 90 Grau de compactação (%) 20 40 60 80 100 R e n d im e n to r e la ti v o ( % ) Argissolo Latossolo Relações dos propriedades físicas com o rendimento de plantas Relação entre grau de compactação e rendimento relativo. Fonte: Suzuki, 2005. Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Relações dos propriedades físicas com o rendimento de plantas Solo muito solto Sem estrutura Solo bem estruturado Solo compactado Estrutura degradada ✓ Muitos torrões ✓ Baixa retenção de água ✓ Contato solo- semente deficiente ✓ Contato solo-raiz deficiente ✓ Suscetibilidade da cultura à seca ✓ Baixa aeração ✓ Suscetibilidade da cultura à seca ✓ Restrições ao crescimento radicular ✓ Baixa infiltração de água-escorrimento superficial ✓ Boa aeração ✓ Boa retenção de água ✓ Boa infiltração de água ✓ Diminuição de riscos da cultura à seca Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Solo Solo Compactação Cobertura do solo Atividade microbiológica Matéria orgânica Estabilidade estrutural Resistência à compactação Evitar a degradação do solo !!! Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Indicadores físicos e biológicos do solo, relacionados ao desenvolvimento e produção de plantas, usados para avaliar a qualidade dos solos (extraído de Reichert et al., 2003). Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Questões de Propriedades Físicas do Solo - F I M - Renato Isidro CDSA/UATEC/UFCG Slide 1: - Introdução às propriedades físicas do solo Slide 2 Slide 3 Slide 4: SOLO CONCEITO FÍSICO Slide 5 Slide 6: Como é um solo fisicamente ideal? Slide 7: SOLO FISICAMENTE IDEAL Slide 8 Slide 9 Slide 10: Relações físicas com a produção de plantas Slide 11: Características do perfil Textura, Estrutura, Densidade do Solo, etc... Slide 12 Slide 13: Propriedades Físicas do Solo Slide 14: Textura do solo Slide 15: Propriedades Físicas do Solo Slide 16: Propriedades Físicas do Solo Slide 17: Propriedades Físicas do Solo Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21: Propriedades Físicas do Solo Slide 22 Slide 23: É possível alterar a textura pelo manejo? Slide 24: Propriedades Físicas do Solo Slide 25: Propriedades Físicas do Solo Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30: Propriedades Físicas do Solo Slide 31: Propriedades Físicas do Solo Slide 32: Propriedades Físicas do Solo Slide 33: Propriedades Físicas do Solo Slide 34: Propriedades Físicas do Solo Slide 35 Slide 36: Área Superficial Específica - ASE Slide 37: Propriedades Físicas do Solo Slide 38: Propriedades Físicas do Solo Slide 39: Propriedades Físicas do Solo Slide 40: Propriedades Físicas do Solo Slide 41: Consistência do solo Slide 42: Propriedades Físicas do Solo Slide 43: Propriedades Físicas do Solo Slide 44: Propriedades Físicas do Solo Slide 45 Slide 46: Propriedades Físicas do Solo Slide 47: Propriedades Físicas do Solo Slide 48: Propriedades Físicas do Solo Slide 49: Estrutura do solo Slide 50: ESTRUTURA DO SOLO Slide 51 Slide 52: ESTRUTURA DO SOLO Slide 53: AVALIAÇÃO da ESTRUTURA Slide 54 Slide 55: A estrutura do solo relaciona-se com: Slide 56: COMO SE FORMAM OS AGREGADOS ? Slide 57: COMO SE FORMAM OS AGREGADOS ? Slide 58 Slide 59: Estabilidade de agregados Slide 60: ESTABILIDADE DE AGREGADOS Slide 61: ESTABILIDADE DE AGREGADOS Slide 62: ESTABILIDADE DE AGREGADOS Slide 63: ESTABILIDADE DE AGREGADOS Slide 64 Slide 65 Slide 66 Slide 67: Densidade do solo Slide 68: DENSIDADE DO SOLO (Ds) Slide 69: DENSIDADE DO SOLO (Ds) Slide 70: DENSIDADE DO SOLO (Ds) Slide 71 Slide 72: Densidade de partículas Slide 73: DENSIDADE DE PARTÍCULAS (Dp) Slide 74: DENSIDADE DE PARTÍCULAS (Dp) Slide 75: A Dp é influenciada pelo manejo ? Slide 76: Porosidade do solo Slide 77: POROSIDADE DO SOLO Slide 78: POROSIDADE DO SOLO Slide 79 Slide 80: FATORES QUE AFETAM A POROSIDADE Slide 81 Slide 82 Slide 83 Slide 84 Slide 85 Slide 86 Slide 87 Slide 88: SOLO BEM ESTRUTURADO Slide 89 Slide 90 Slide 91: DEGRADAÇÃO DA ESTRUTURA Slide 92 Slide 93: DEGRADAÇÃO DA ESTRUTURA Slide 94 Slide 95 Slide 96 Slide 97 Slide 98 Slide 99 Slide 100: - F I M -
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