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293 Fisioterapia - Urgência-Trauma - Tipo U


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PR
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Tipo “U” 
 
 
GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL 
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL 
FUNDAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA EM CIÊNCIAS DA SAÚDE 
EDITAL NORMATIVO Nº 1 – RP/SES-DF/2020, DE 7 DE OUTUBRO DE 2019 
 
PROGRAMA 
2 9 3 
Multiprofissional em Urgência/Trauma 
Fisioterapia 
 
Data e horário da prova: domingo, 15/12/2019, às 14 h. 
 
I N S T R U Ç Õ E S 
 
 Você receberá do fiscal: 
o um caderno da prova objetiva contendo 120 (cento e vinte) itens – cada um deve ser julgado como CERTO ou ERRADO, 
de acordo com o(s) comando(s) a que se refere –; e 
o uma folha de respostas personalizada. 
 Verifique se a numeração dos itens, a paginação do caderno da prova objetiva e a codificação da folha de respostas estão corretas. 
 Verifique se o programa selecionado por você está explicitamente indicado nesta capa. 
 Quando autorizado pelo fiscal do IADES, no momento da identificação, escreva, no espaço apropriado da folha de respostas, 
com a sua caligrafia usual, a seguinte frase: 
 
Tudo o que você precisa é amor. 
 
 Você dispõe de 3 (três) horas e 30 (trinta) minutos para fazer a prova objetiva, devendo controlar o tempo, pois não haverá 
prorrogação desse prazo. Esse tempo inclui a marcação da folha de respostas. 
 Somente 1 (uma) hora após o início da prova, você poderá entregar sua folha de respostas e o caderno da prova e retirar-se da sala. 
 Somente será permitido levar o caderno da prova objetiva 3 (três) horas após o início da prova. 
 Deixe sobre a carteira apenas o documento de identidade e a caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material 
transparente. 
 Não é permitida a utilização de nenhum tipo de aparelho eletrônico ou de comunicação. 
 Não é permitida a consulta a livros, dicionários, apontamentos e (ou) apostilas. 
 Você somente poderá sair e retornar à sala de aplicação da prova na companhia de um fiscal do IADES. 
 Não será permitida a utilização de lápis em nenhuma etapa da prova. 
 
I N S T R U Ç Õ E S P A R A A P R O V A O B J E T I V A 
 
 Verifique se os seus dados estão corretos na folha de respostas da prova objetiva. Caso haja algum dado incorreto, comunicar ao fiscal. 
 Leia atentamente cada item e assinale sua resposta na folha de respostas. 
 A folha de respostas não pode ser dobrada, amassada, rasurada ou manchada e nem pode conter registro fora dos locais 
destinados às respostas. 
 O candidato deverá transcrever, com caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material transparente, as respostas da 
prova objetiva para a folha de respostas. 
 A maneira correta de assinalar a alternativa na folha de respostas é cobrir, fortemente, com caneta esferográfica de tinta preta, 
fabricada com material transparente, o espaço a ela correspondente. 
 Marque as respostas assim: 
 
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PROCESSO SELETIVO – RP/SES – DF/2020 
293 – MULTIPROFISSIONAL EM URGÊNCIA/TRAUMA 
FISIOTERAPIA – TIPO “U” 
PÁGINA 2/9 
 
Fisioterapia 
Itens de 1 a 120 
 
A dor lombar é um dos problemas mais comuns na 
atenção primária de saúde. Estima-se que 70% a 85% da 
população mundial experimentarão um episódio de dor 
lombar em algum momento e que 90% desses indivíduos 
terão mais de um episódio [...]. 
 
SOUZA, I. M. B., et al. Prevalence of low back pain in the elderly 
population: a systematic review. Clinics, 2019. 
 
Um paciente de 45 anos de idade, fisicamente ativo, funcionário 
público, apresenta dor lombar crônica grau 7 pela escala de dor 
com irradiação para região posterior da coxa e lateral da perna 
esquerda, além de dois episódios de queda ao solo por “falseio” 
do joelho. Ao exame físico, observa-se paciente longilíneo, sem 
protrusão abdominal, retificação da lordose lombar, discreta 
inclinação lateral do tronco para direita, como postura antálgica, 
sensibilidade tátil, térmica e dolorosa preservada, reflexo patelar 
e calcâneo normais, encurtamento muscular importante em 
musculatura posterior da coxa e deficit de força muscular em 
tríceps sural à esquerda de 35% comparado ao lado contralateral 
mensurado por dinamometria isométrica. 
 
Com base nesse caso clínico e considerando os 
conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir. 
 
1. Recursos terapêuticos passivos de forma prolongada e 
isolada estão indicados para pacientes com dor lombar 
crônica. 
2. Está indicado para esse paciente o uso de cinta ou 
imobilizador lombar para prevenir, bem como para o 
tratamento da dor lombar crônica. 
3. O fisioterapeuta não deve sugerir exames de imagem a 
menos que suspeite de doenças graves, tais como 
trauma, câncer, infecção, síndrome de cauda equina e 
doenças inflamatórias, visto que o exame de imagem 
não tem se mostrado eficaz para auxiliar na decisão 
clínica para o tratamento da dor lombar. 
4. É indicado para esse paciente o uso de palmilhas 
mecanoposturais, tanto para o tratamento quanto para a 
prevenção de recidiva dos sintomas. 
5. O trabalho muscular ativo deve ser introduzido 
precocemente, enfatizando exercícios que ativem 
músculos como transverso do abdome e multifídeos. 
6. O ganho de flexibilidade da cadeia posterior do 
membro inferior pode ser obtido por meio de técnicas 
de alongamento estático e dinâmico. 
7. Para o reequilíbrio muscular nesse paciente, deve-se 
prescrever exercícios bilaterais, enfatizando a 
musculatura dorsiflexora de tornozelo. 
8. A escala de Oswestry deve ser utilizada para o 
acompanhamento desse paciente como instrumento de 
avaliação das desordens da coluna. 
 
 
Um paciente de 35 anos de idade, tenista amador, sofreu 
entorse de joelho direito com diagnóstico de ruptura 
completa do ligamento cruzado anterior. Foi submetido a 
ligamentoplastia com enxerto do ligamento da patela 
ipsilateral, mas, no pós-operatório, evoluiu com artrofibrose 
importante e grande limitação da amplitude de movimento do 
joelho. Foi realizada nova artroscopia do joelho e 
manipulação cirúrgica. O paciente encontra-se internado em 
pós-operatório imediato, com dor grau 8 pela escala de dor, 
significativo edema suprapatelar, flexo de 2º e ADM passiva 
de flexão de 90º, além de inibição de contração voluntária do 
quadríceps. Foi solicitada fisioterapia precoce. 
Considerando esse caso clínico e tendo em vista os 
conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir. 
 
9. O fisioterapeuta deve orientar o posicionamento de um 
apoio sob o joelho operado (almofada, travesseiro ou 
lençol), a fim de garantir maior conforto e alívio da dor 
do paciente. 
10. O uso de mobilização passiva contínua (CPM), quando 
disponível, é uma ferramenta indispensável para o 
ganho de amplitude de movimento articular nessa fase 
de reabilitação. 
11. A mobilização patelar e a massagem em bolsa 
subquadricipital são indicadas como condutas iniciais 
do atendimento desse paciente. 
12. Não é permitida a contração ativa do quadríceps nesse 
momento, pois o paciente irá se queixar de dor, 
podendo comprometer uma boa recuperação pós-
operatória imediata. 
13. Caso o paciente tolere, o fisioterapeuta pode orientar o 
ganho de amplitude de movimento de extensão do 
joelho posicionando o paciente em decúbito ventral 
com os joelhos para fora da beira da maca. 
14. O fisioterapeuta deve seguir uma conduta mais 
cautelosa no ganho de amplitude de movimento nessa 
fase, haja vista que o paciente refere muita dor e edema 
articular. 
 
 
Um paciente de 49 anos de idade, entregador de cartas, relata 
que, há dois anos, iniciou, de maneira insidiosa, com sintoma 
de dor na porção central de tendões calcâneos, rigidez 
matinal e limitação funcional. Teve vários episódios de 
afastamento do trabalho para repouso como tratamento. 
Atualmente, a dor está mais exacerbada, ele queixa-se de 
aumento de volume no corpo dos tendões calcâneos, maior 
sensação de rigidez e impossibilitado de andar mais de 1 km 
ou subir e descer rampas ou ladeiras. 
 
A respeito desse caso clínico e com base nos conhecimentos 
correlatos, julgue os itens a seguir.15. Deve-se instituir, como prioridade no tratamento desse 
paciente, recursos termoeletrofototerápicos para 
melhora da funcionalidade da tendinopatia calcânea 
crônica. 
16. O desfecho clínico de dor deve ser analisado 
isoladamente dos demais sintomas por meio de escala 
analógica visual, pois a queixa principal do paciente é o 
sintoma álgico. 
17. O fisioterapeuta deve utilizar o questionário de 
autoavaliação VISA-A como medida confiável e válida 
para dor e função do terço médio do tendão calcâneo. 
18. Atualmente, o padrão ouro recomendado para o 
tratamento da tendinopatia crônica do tendão calcâneo é 
o exercício excêntrico do tríceps sural de alta 
intensidade. 
19. A massagem transversa profunda não tem se mostrado 
efetiva no tratamento de pacientes com tendinopatia 
calcânea crônica. 
20. O uso de strapping tape é imprescindível como 
ferramenta fisioterápica para esse caso, pois irá 
minimizar a dor com base no respectivo estímulo 
tátil-cutâneo. 
 
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293 – MULTIPROFISSIONAL EM URGÊNCIA/TRAUMA 
FISIOTERAPIA – TIPO “U” 
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Raio X AP de punho pré-operatório 
 
 
Raio X AP e perfil de punho pós-operatório 
 
Uma paciente de 10 anos de idade, obesa, destra dominante, 
sofreu queda de bicicleta com consequente trauma e fratura 
do terço distal do rádio e luxação da articulação radioulnar 
distal. Foi submetida à redução e fixação cruenta da fratura 
para osteossíntese com placa e parafusos e fios de Kirschner, 
conforme imagem. Ficou imobilizada por seis semanas com 
gesso em posição de supinação máxima. Após a retirada da 
imobilização gessada, foi encaminhada para fisioterapia, pois 
exibia uma hiperalgesia e distonia, não sendo capaz de 
sustentar absolutamente nenhum peso na extremidade 
superior direita, e o punho e a mão encontravam-se lustrosos, 
inchados e vermelhos. Observava-se, ainda, importante 
restrição da amplitude de movimento para os movimentos de 
pronação da radioulnar e da flexão-extensão do punho. Dor 
classificada em 9/10 pela escala analógica visual, e a 
paciente e não tolerava a aplicação de crioterapia no local. 
 
Com base nesse caso clínico e tendo em vista os 
conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir. 
 
21. A lesão óssea em questão é classificada como fratura de 
Monteggia. 
22. Essa paciente apresenta sinais clínicos de distrofia 
simpático reflexa. 
23. No plano eletroterapêutico para tratamento do sintoma 
álgico, o fisioterapeuta pode aplicar estimulação elétrica 
em nível sensorial sobre os nervos sensoriais periféricos 
que inervam o punho e mão. 
24. A placa e os parafusos fixados no rádio estabilizam a 
articulação radioulnar para os movimentos de 
pronossupinação. 
25. Para recuperar a mobilidade intra-articular da 
radioulnar distal do punho da mão e dos dedos, o 
fisioterapeuta deve aplicar técnicas de terapia manual 
mantidas de grau III ou oscilatórias grau IV para o 
distensionamento capsular. 
 
 
Um paciente de 16 amos de idade, desportista amador de 
futebol, relata que, ao chutar a bola durante um treinamento, 
sentiu uma “fisgada” muito forte na região anterior e superior 
do quadril direito e um aumento de volume na porção 
anterior e proximal da coxa. Passou por consulta médica e 
diagnosticou-se lesão miotendinosa de reto anterior da coxa 
com fratura avulsão. Optou-se pelo tratamento conservador, 
sendo o paciente encaminhado aos cuidados da fisioterapia. 
 
Acerca desse caso clínico e tendo em vista os conhecimentos 
correlatos, julgue os itens a seguir. 
 
26. A desinserção do músculo reto anterior da coxa deu-se 
na respectiva inserção junto à espinha ilíaca 
anterossuperior. 
27. Com relação ao mecanismo de lesão, essa é uma 
condição clínica comum no futebol, em razão de o 
músculo reto anterior da coxa ser um músculo 
multipenado e uniarticular. 
28. Embora os tratamentos conservadores possam obter 
resultados aceitáveis, é comum que os pacientes 
apresentem menor força muscular, atraso no retorno à 
atividade física e um gap permanentemente visível e 
palpável. 
29. Para pacientes com esse tipo de lesão tratados 
conservadoramente, prioriza-se inicialmente o ganho de 
movimento com mobilização passiva e sem a 
necessidade de braces imobilizadores. 
30. Para o fortalecimento muscular em fases mais 
avançadas de reabilitação, o fisioterapeuta pode utilizar 
o exercício isoinercial como forma de potencializar a 
força excêntrica do movimento, a fim de prevenir 
relesão. 
 
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PROCESSO SELETIVO – RP/SES – DF/2020 
293 – MULTIPROFISSIONAL EM URGÊNCIA/TRAUMA 
FISIOTERAPIA – TIPO “U” 
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Um paciente sedentário de 65 anos de idade, com colesterol 
total acima de 240 mg/dL e HDL abaixo de 35 mg/dL, 
IMC = 30 kg/m2, relação abdome-quadril de 1 w/h e pressão 
arterial de 140 mmHg x 90 mmHg e história familiar de 
hiperglicemia, apresentou um evento cardíaco que culminou 
em infarto agudo do miocárdio e hospitalização. 
 
Quanto a esse caso clínico e com base nos conhecimentos 
correlatos, julgue os itens a seguir. 
 
31. A fase II da reabilitação estabelece o treinamento 
aeróbico com intensidade constante por um período de 
treino de até 20 minutos, e, caso ocorra queda da 
frequência cardíaca de 5 bpm, o exercício deve ser 
suspenso. 
32. A prescrição de atividade física faz parte do programa 
de reabilitação nas fases II e III, por contribuir para a 
redução dos fatores de risco apresentados nesse caso 
clínico. 
33. Na fase de internação hospitalar, ou fase I, a fisioterapia 
é fundamental, com ênfase na prescrição de exercícios 
de membros superiores contra resistência. 
34. As condições patológicas e comportamentais apontadas 
no caso clínico demandam uma atuação multiprofissional 
que pode ser desenvolvida nas fases I, II e III da 
reabilitação cardíaca. 
35. A hipercolesterolemia e o sobrepeso não são indicações 
para iniciar programa de reabilitação. 
 
 
Um paciente de 69 anos de idade encontra-se no 
pós-operatório (PO) de revascularização do miocárdio. No 
primeiro dia de PO, o paciente encontrava-se no leito, sem suporte 
ventilatório, lúcido, obedecendo aos comandos vagarosamente, 
em desmame das drogas vasoativas. Ao exame físico, foram 
verificados pressão arterial = 110 mmHg x 75 mmHg, frequência 
respiratória = 23 irpm, SpO2 = 94% usando cateter nasal 
a 3 L/min e ausculta pulmonar com crepitações bibasal e edema 
(3+/4) em extremidades de membros inferiores. O 
paciente queixa-se de tontura ao sentar e tosse com desconforto na 
região esternal. 
 
No que se refere a esse caso clínico e com base nos 
conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir. 
 
36. Esse paciente está contraindicado para realização de 
RPPI por causa do desconforto retroesternal. 
37. A curto prazo, do primeiro ao quinto dia de PO, a fisioterapia 
enfatiza técnicas que utilizam respiração profunda, tosse, 
desobstrução brônquica, supervisão e incentivo à mobilização 
precoce, saída do leito, marcha estacionária, programa de 
exercícios equivalentes a 2 a 4 METs. 
38. A partir do terceiro dia de PO, deve-se iniciar exercícios 
isométricos de MMII e progredir para exercícios 
resistidos. 
39. A utilização da ventilação não invasiva no PO de 
cirurgia cardíaca, após a extubação, é usada com 
objetivo de reverter atelectasias e melhorar a 
oxigenação, principalmente em pacientes idosos. 
40. No decorrer da internação hospitalar (fase I), a 
tolerância aos exercícios deve ser aumentada 
gradativamente. O controle e a intervenção 
cardiorrespiratória devem ter base nos seguintes 
parâmetros: FC de repouso, pressão arterial e escala de 
esforço percebido e, se possível, a FC atingida no teste 
de caminhada de seis minutos. 
 
O sistema cardiovascular é constituído pelo coração e pelos 
vasos sanguíneos. Ele é responsável por transportar o sangue 
e os respectivos componentes para os tecidos do corpo, tendo 
funções diretamente integradasa outros sistemas, 
especialmente o respiratório. 
 
Em relação aos aspectos estruturais e funcionais 
cardiovasculares julgue os itens a seguir. 
 
41. O sistema cardiovascular tem a função de suprir as 
células de nutrientes para o respectivo metabolismo, 
anabolismo e catabolismo. 
42. Fatores que promovem a saída do sangue do coração 
para as artérias são: contração do músculo cardíaco, 
valvas cardíacas, elasticidade das artérias e gravidade. 
43. A valva atrioventricular direita tem o objetivo de evitar 
o refluxo de sangue do ventrículo para o átrio no 
momento de contração do ventrículo. 
44. A valva atrioventricular esquerda tem a própria 
estrutura composta de dois folhetos, sendo também 
chamada de valva mitral. 
45. O retorno venoso é determinado por uma combinação 
de fatores, entre eles: bombeamento do sangue pelo 
coração, bomba muscular e valvas das veias (abrem em 
direção ao coração). 
 
 
As cardiopatias congênitas são secundárias a malformações 
cardíacas no período embrionário e, com bases nas alterações 
da estrutura anatômica, podem ser classificadas em simples 
ou complexas. Frequentemente, acarretam alterações na 
hemodinâmica do organismo e isso pode provocar 
repercussões negativas comprometendo a sobrevida da 
criança. 
 
Acerca das alterações hemodinâmicas esperadas dessas 
cardiopatias, julgue os itens a seguir. 
 
46. A tetralogia de Fallot representa um tipo de alteração 
vascular que dificulta a oxigenação no cérebro, mas não 
na periferia, por isso é considerada uma síndrome não 
cianótica. 
47. Comunicação interventricular provoca a passagem de 
sangue arterial do ventrículo esquerdo para o ventrículo 
direito e para a artéria pulmonar, especialmente durante 
a sístole. Logo, há aumento do fluxo sanguíneo para 
pequena circulação e hipervolemia pulmonar. 
48. Durante a estenose pulmonar, a maior resistência ao 
fluxo provoca adaptação cardíaca: hipertrofia VD 
concêntrica, sobrecarga sistólica de VD. 
49. A fisioterapia na vigência de hipertensão pulmonar 
objetiva ofertar oxigênio satisfatoriamente e evitar 
níveis elevados de PaCO2. 
50. Na comunicação interatrial, observa-se shunt da 
esquerda para direita, pois a pressão no átrio esquerdo é 
maior. 
 
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PROCESSO SELETIVO – RP/SES – DF/2020 
293 – MULTIPROFISSIONAL EM URGÊNCIA/TRAUMA 
FISIOTERAPIA – TIPO “U” 
PÁGINA 5/9 
 
Uma paciente de 70 anos de idade, ex-tabagista e hipertensa, 
vem apresentando, há um mês, cansaço aos pequenos 
esforços, taquicardia, edema em membros inferiores e 
turgência jugular. Ao ser atendida no pronto atendimento de 
um hospital geral, relatou intensa dispneia e tosse 
improdutiva. Foi diagnosticado edema pulmonar por 
insuficiência cardíaca grau II, segundo a New York Heart 
Association (NYHA), com fração de ejeção de 43%. 
Medicada, vem sendo acompanhada na unidade básica de 
saúde da respectiva referência, mas o quadro clínico ainda se 
mantém. Encaminhada a um centro de reabilitação, iniciou 
um programa de reabilitação cardiovascular. No teste 
ergométrico, a frequência cardíaca máxima da paciente foi de 
120 batimentos por minuto. 
 
Em relação a esse caso clínico e considerando os 
conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir. 
 
51. Essa paciente deve ser incluída na fase III da 
reabilitação cardíaca no centro de reabilitação, pois já 
foi medicada, ou seja, pode iniciar atividade física sem 
supervisão. 
52. A zona-alvo da frequência cardíaca para o treinamento 
dessa paciente é 150 bpm, ou seja, a frequência cardíaca 
máxima esperada para idade. 
53. Essa paciente utilizou os seguintes níveis de atenção à 
saúde: atenção primária, representada pela unidade 
básica de saúde; atenção secundária, representada pelo 
centro de reabilitação; e atenção terciária, representada 
pelo hospital geral. 
54. As características desse quadro clínico enquadram a 
paciente na fase II do programa de reabilitação. 
55. Como a paciente realizou o teste ergométrico, a 
intensidade de treinamento deve ser: 50% a 70% x FC 
reserva + FC rep. 
 
 
O uso da ventilação mecânica não-invasiva com 
pressão positiva (VMNI) para o tratamento de pacientes com 
insuficiência respiratória aguda ou crônica agudizada foi, 
certamente, um dos maiores avanços da ventilação mecânica 
nas últimas duas décadas. 
 
SCHETTINO G. P. P; REIS M. A. S. et al. Ventilação Mecânica Não-
Invasiva com Pressão Positiva. In: Revista Brasileira 
de Terapia Intensiva v. 19, n. 2, 2007. 
 
Um paciente de 70 anos de idade, medindo 1,78 m, deu 
entrada no pronto-socorro do hospital com crise hipertensiva, 
evoluindo para edema agudo de pulmão. Na admissão, o 
fisioterapeuta observou: paciente orientado e com esforço 
respiratório, com frequência cardíaca = 130 bpm, 
pressão arterial = 170 mmHg x 100 mmHg, frequência 
respiratória = 35 irpm, SpO2 = 88%, usando oxigênio por 
máscara facial com reservatório a 10 L/min e queixa de falta 
de ar. A gasometria arterial era: pH = 7,28; PaCO2 = 58; 
PaO2 = 62; HCO3 = 26; BE = 2; SaO2 = 88%. 
 
Em relação a esse caso clínico e aos conhecimentos 
correlatos julgue os itens a seguir. 
 
56. O paciente desse caso clínico preenche critérios para 
iniciar tratamento com ventilação não invasiva. 
57. Um dos efeitos esperados com a ventilação não 
invasiva nesse paciente é promover o recrutamento 
alveolar aumentando a PaCO2. 
58. Espera-se que o paciente desse caso clínico melhore a 
oxigenação e reduza a hipercapnia. 
59. A gasometria desse caso clínico é característica de 
hiperventilação, mostrando uma acidose respiratória 
com hipoxemia. 
60. Os dados vitais desse caso clínico, juntamente com a 
gasometria arterial, revelam contraindicação absoluta 
para realização de VMNI. 
 
 
A espirometria de incentivo foi desenvolvida na 
década de 1970 por Bartlett com o objetivo de incentivar a 
inspiração máxima sustentada. A manobra ideal para 
reinsuflar alvéolos colapsados deve incluir: aumento do 
volume pulmonar, pausa pós-inspiratória e fluxo inspiratório 
com velocidade baixa. 
 
BRITTO, R.R; BRANT, T.C.S; PARREIRA, V.F. Cap. 9. Espirometria de 
Incentivo. In: Recursos Manuais e Instrumentais em Fisioterapia 
Respiratória. [S.l.]: Manole, 2009, com adaptações. 
 
Acerca dos espirômetros de incentivo, julgue os itens a 
seguir. 
 
61. Durante a realização da manobra ideal do espirômetro 
de incentivo, espera-se atingir vias aéreas de pequena 
secção transversa, assim como o exercício de inspiração 
máxima sustentada. 
62. A recomendação do volume a ser atingido no 
espirômetro a volume deve ser de duas a três vezes o 
volume corrente do paciente. 
63. O uso está contraindicado para pacientes maiores de 
4 anos de idade e para os pacientes cooperativos, 
incapazes de compreender as instruções. 
64. Quando os espirômetros de incentivos são utilizados 
corretamente, aumenta-se a pressão transpulmonar 
decorrente do aumento da pressão alveolar. 
65. O trabalho respiratório imposto pelos espirômetros de 
incentivo a fluxo está vinculado ao peso e ao tamanho 
da esfera a ser levantada, ao formato e ao diâmetro do 
cilindro e à relação entre esses fatores. 
 
 
Uma paciente de 58 anos de idade foi admitida no 
pronto-socorro com quadro de infecção respiratória 
pós-aspiração. A paciente já apresentava diagnóstico de 
esclerose lateral amiotrófica (ELA), estabelecido há quatro 
anos, e utiliza, nos últimos dois anos, suporte ventilatório não 
invasivo (dispositivo de suporte à vida, Bilevel em modo 
S/T, sendo IPAP = 14 cmH2O e EPAP = 6 cmH2O) apenas 
durante o sono. O exame de imagem pós-admissão 
evidenciou a aspiração comprometendo o lobo inferior do 
pulmão direito. 
 
A respeito da posição de drenagem postural para esse caso 
clínico e com base nos conhecimentos correlatos, julgue os 
itens a seguir. 
 
66. Considerando-se que a paciente está estável 
hemodinamicamente, a postura de drenagem ideal para 
região pulmonar comprometida seria decúbito 
semiassentado a 45o de elevaçãode cabeceira. 
67. Tendo-se em vista que a paciente está estável 
hemodinamicamente, a postura de drenagem ideal para 
região pulmonar comprometida seria decúbito dorsal 
com 10° de elevação de cabeceira. 
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68. Considerando-se que a paciente está estável 
hemodinamicamente, a postura de drenagem ideal para 
região pulmonar comprometida seria decúbito lateral 
esquerdo em Trendelenburg. 
69. Tendo-se em vista que a paciente está estável 
hemodinamicamente, a postura de drenagem ideal 
para região pulmonar comprometida seria decúbito 
lateral direito. 
70. Considerando-se que a paciente está estável 
hemodinamicamente, a postura de drenagem ideal para 
região pulmonar comprometida seria decúbito ventral 
em Trendelenburg. 
 
 
Um homem de 70 anos de idade, ex-fumante (100 
maços/ano) que parou de fumar há seis meses, foi internado 
com exacerbação do quadro da doença pulmonar obstrutiva 
crônica (DPOC). Ao exame físico, apresentava-se 
consciente, acianótico, taquipneico, em uso de musculatura 
acessória, com distensão das veias jugulares e edema de 
MMII. A ausculta pulmonar mostrou: murmúrio vesicular 
diminuído globalmente e sibilos nos lobos superiores. As 
provas de função pulmonar prévias apresentavam: distúrbio 
ventilatório obstrutivo severo, pressão inspiratória máxima 
(Pimax) 40% do esperado. 
 
Acerca desse caso clínico e da DPOC, julgue os itens 
a seguir. 
 
71. Os pacientes com DPOC podem apresentar valores 
normais de Pimax por causa da utilização da 
musculatura acessória da inspiração. 
72. O instrumento utilizado para realizar a mensuração da 
pressão inspiratória máxima é o ventilômetro. 
73. Os pacientes com DPOC severa apresentam disfunção 
contrátil, ou seja, maior capacidade de gerar força, uma 
vez que a fibra muscular mais presente no diafragma é 
de contração rápida. 
74. O treino da musculatura respiratória de pacientes com 
DPOC deve ser dividido em treino de força e de 
resistência, sendo que a resistência deve enfatizar o 
fator tempo, sendo considerado adequado um mínimo 
de 15’ de maneira contínua ou intervalada. 
75. O parâmetro avaliado na espirometria para graduar a 
severidade da doença pulmonar obstrutiva crônica é a 
capacidade vital forçada. 
 
 
Considere um paciente de 55 anos de idade, com estatura de 
1,70 m, pesando 80 kg sem história de tabagismo e de 
doença pulmonar crônica, em VM, modo volume controlado 
com: Vt = 480 mL, Vte = 495 mL, fr = 16 irpm, FRP = 22 irpm, 
PEEP = 5 cmH2O, Ppico = 35 cmH2O, Pplatô = 30 cmH2O, 
fluxo = 40 Lpm, Ti = 1,0 s, I:E = 1:2, está com FiO2 = 0,4. 
Apresenta a seguinte gasometria: PH 7,15/PCO2 50/PO2 
66/HCO3 26/BE -8/ Sat 90. Ao exame físico: avaliação do 
estado de alerta, o paciente foi responsivo aos comandos 
“abra e feche os olhos”, “olhe para mim e abra a boca” e 
“coloque a língua para fora”. O Medical Research Council 
(MRC) total foi de 25 pontos. O raio X de tórax mostra 
infiltrado no lobo inferior direito. 
 
Considerando esse caso clínico e tendo em vista os 
conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir. 
 
76. O valor da relação PaO2 /FiO2 preenche os critérios de 
SDRA grave, juntamente com o achado radiológico e o 
valor da PEEP. 
77. O volume corrente instituído para esse paciente está 
dentro da faixa de 6 mL/kg a 8 mL/kg de peso predito. 
78. A complacência estática está menor que 60 mL/cmH2O. 
79. A driving pressure ou pressão de distensão alveolar, 
nesse caso clínico, encontra-se maior que 15 cmH2O. 
80. Como o MRC desse paciente foi avaliado menor que 
48, isso significa que o paciente não apresenta 
condições para realizar o teste de respiração 
espontânea. 
 
 
Um paciente de 30 anos de idade é enfermeiro intensivista. 
Pratica futebol como hobby toda quarta-feira e, há três 
semanas, sofreu uma queda durante um jogo e nela perfurou o 
membro superior esquerdo na região do cotovelo. Foi 
socorrido pelos colegas e levado ao hospital, onde realizou-se 
a reparação e o curativo do local, contudo não houve 
necessidade de cirurgia, e os médicos relataram tratar-se de 
uma axonotmese do nervo ulnar. O paciente iniciou a 
reabilitação e, na avaliação, o fisioterapeuta constatou edema 
em membro superior esquerdo, flacidez em antebraço, 
diminuição da temperatura, perda de sensibilidade na região 
do quinto dedo e da borda medial da mão e fraqueza muscular. 
 
Com base nesse caso clínico e tendo em vista os 
conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir. 
 
81. A degeneração walleriana ocorre em todos os tipos de 
lesão nervosa periférica, incluindo a axonotmese. 
82. Nas lesões como as desse paciente, no início da 
reabilitação, o fisioterapeuta deve ter como objetivo 
prevenir deformidades, sendo a mais comum, nesse 
caso, e a mão em garra. 
83. Em uma lesão nervosa periférica do tipo neurotmese, é 
correto afirmar que houve uma secção completa do 
axônio e da bainha de mielina, porém o endoneuro se 
mantém intacto. 
84. Pela lesão sofrida por esse paciente, espera-se que a 
fraqueza muscular seja significativa em extensores de 
dedos e musculatura intrínseca da mão. 
85. Após uma lesão nervosa periférica, é possível ocorrer a 
reorganização do mapa cortical, consequente da 
diminuição das informações aferentes, provocando a 
modificação da funcionalidade de determinadas áreas 
anteriormente responsáveis pela ativação da área 
denervada. 
 
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Uma recém-nascida apresenta diagnóstico médico de 
mielomeningocele nível S1-L5. Encontra-se com 10 meses 
de vida e foi avaliada em equipe para admissão no programa 
de reabilitação, no qual a expectativa dos pais é a aquisição 
de marcha. Essa paciente realizou a cirurgia de correção da 
malformação no primeiro dia de vida, a colocação da válvula 
de derivação ventriculoperitoneal com 1 mês de vida e a 
correção do pé torto congênito (equinovaro) com 5 meses de 
vida; desde então, faz uso de órtese tornozelo-pé fixa 
bilateralmente. Quanto às aquisições motoras, a paciente 
adquiriu controle cervical em todas as posturas aos 4 meses 
de vida, rolou ambas posturas com 7 meses de vida, 
sentou-se de forma independente e arrastou-se com 9 meses 
de vida. Não engatinha e não se transfere para ajoelhado nem 
para ortostatismo de forma independente. 
 
No que se refere a esse caso clínico e com base nos 
conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir. 
 
86. Considerando-se a paciente em questão, pelo nível da 
malformação, espera-se que a criança seja 
deambuladora comunitária com utilização de órteses, 
sendo necessário o uso de cadeira de rodas somente 
para longas distâncias. 
87. No plano de tratamento dessa criança, o fisioterapeuta 
deve traçar metas de tratamento de acordo com a idade 
dela, as funções que realiza ou poderá aprender, o 
desempenho motor e as queixas da criança e da família. 
88. A mielomeningocele é uma malformação congênita 
decorrente do não fechamento do tubo neural durante o 
segundo trimestre da gestação. 
89. No caso em questão, o uso da órtese não se faz 
necessário, pois o nível de lesão da paciente não 
apresenta alterações de musculatura de tornozelo, como 
tibial anterior e tríceps sural; a fraqueza apresentada 
será de musculatura intrínseca dos pés. 
90. Em decorrência do quadro motor desse caso clínico, a 
paciente apresentou atraso nas aquisições motoras de 
controle cervical, rolar, sentar e arrastar, dos quais se 
espera que sejam conquistadas aproximadamente com 3 
meses, 5 meses, 6 meses e 6/7 meses de vida, 
respectivamente. 
 
 
Uma paciente de 72 anos de idade encontra-se internada na 
unidade de terapia intensiva (UTI) há três dias, após 
apresentar afasia e hemiparesia à esquerda. O diagnóstico 
médico foi de um acidente vascularencefálico (AVE) 
isquêmico da artéria cerebral média direita. O histórico de 
saúde da paciente inclui diabetes tipo 2 e hipertensão. O 
fisioterapeuta acaba de avaliá-la e iniciará o plano de 
tratamento intra-hospitalar. 
 
Em relação a esse caso clínico e tendo em vista os 
conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir. 
 
91. Em um AVE, além da área diretamente lesionada pela 
falta de oxigênio, também haverá degeneração em 
cascata de outros tratos neuronais, como consequência 
da perda sináptica, aumentando a extensão da lesão. 
92. No caso dessa paciente, é correto determinar como 
fatores de risco para o AVE “modificáveis” o sexo e a 
idade, enquanto “não modificáveis” são a diabetes e a 
hipertensão. Tais fatores são determinantes para o 
prognóstico da paciente. 
93. O plano de tratamento fisioterapêutico no momento 
agudo pós-AVE durante a internação na UTI, como no 
caso apresentado, deve incluir: prevenção de 
complicações, como escaras e edema nos membros 
plégicos, e evitar contraturas ou deformidades. 
94. A excitotoxicidade pode ocorrer após uma lesão 
cerebral isquêmica e consiste na morte celular 
provocada pela liberação excessiva de glutamato, um 
neurotransmissor excitatório determinante para o 
funcionamento do sistema nervoso central, que, 
contudo, quando em altas concentrações, se torna tóxico 
para os neurônios. 
95. Um sintoma comum após um AVE é a síndrome 
dolorosa do ombro hemiplégico, tratando-se de uma 
barreira para avanços na reabilitação. Apesar disso, no 
caso em questão, não há nada a ser feito, já que a 
paciente se encontra na UTI. 
 
 
Um paciente de 2 anos e 6 meses de idade nasceu prematuro 
por hipertensão materna não controlada no pré-natal e passou 
por parto prolongando, no qual entrou em sofrimento fetal 
que resultou em uma lesão cerebral hipóxico-isquêmica. Na 
avaliação fisioterapêutica, é constatado que essa criança tem 
paralisia cerebral do tipo espástica, diparética e, segundo o 
Sistema de Classificação da Função Motora Grossa 
(GMFCS), nível 3. 
 
Quanto a esse caso clínico e considerando os conhecimentos 
correlatos, julgue os itens a seguir. 
 
96. A paralisia cerebral caracteriza-se por um grupo de 
desordens do desenvolvimento do movimento e da 
postura por lesão ocorrida no sistema nervoso central 
em desenvolvimento. A lesão neurológica não é 
progressiva, contudo as respectivas manifestações 
motoras secundárias à lesão podem ser. 
97. No caso em questão, a classificação topográfica é 
espástica com alteração de tônus predominantemente de 
membros inferiores. 
98. Com base na Classificação Internacional de 
Funcionalidade (CIF), a reabilitação desse paciente 
deve focar no treino de funcionalidade, transferindo o 
aprendizado das sessões para a rotina diária, buscando 
maior participação da criança nas respectivas atividades 
diárias e tendo como consequência uma criança mais 
independentes e participativas na sociedade. 
99. É importante utilizar estímulos sensoriais aferentes, 
favorecendo o tônus postural e a vivência de 
experiências sensório-motoras fundamentais à prática 
das habilidades funcionais. Entretanto, é contraindicado 
o fortalecimento muscular para melhora da 
funcionalidade das crianças com paralisia cerebral. 
100. Pela classificação do GMFCS desse paciente, espera-se, 
como prognóstico, que ele seja capaz de deambular 
utilizando um dispositivo manual de mobilidade. 
 
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Uma paciente de 43 anos de idade sofreu um acidente, em 
2018, que a deixou paraplégica, com lesão medular 
traumática incompleta (lesão penetrante por projétil de arma 
de fogo) no nı́vel de T2. No primeiro ano após a lesaõ, a 
paciente manifestou um quadro tetraplégico, sem controle 
esfincteriano e bexiga atônita, fazendo-se necessário o uso de 
sonda. Nesse perı́odo, ela naõ recebeu atendimento 
fisioterapêutico domiciliar, o que levou ao surgimento de 
úlceras de pressaõ, que, com o agravo, ocasionaram perda 
tecidual das regiões (trocantéricas, sacrais, isquiais). 
Atualmente, a paciente encontra-se em um quadro 
paraplégico, possuindo controle de esfíncter anal, porém, 
sem controle sobre o esvaziamento da bexiga, fazendo-se 
necessário o uso de fraldas. Locomove-se em seu ambiente 
domiciliar utilizando cadeira de rodas. Apresenta 
preservação de cognição e possui independência. Durante a 
inspeçaõ, observam-se pés em plantiflexaõ, tônus muscular 
aumentado em membros inferiores e mobilidade de membros 
superiores preservada. 
 
Com base nesse caso clínico e tendo em vista os 
conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir. 
 
101. Em pacientes com trauma raquimedular (TRM), a 
avaliação neurológica é baseada na sensibilidade e na 
funçaõ motora e possui uma etapa compulsória, na qual 
se determinam o nível da lesão neurológica, o nível 
motor e o sensitivo e obtêm-se números que, em 
conjunto, fornecem um escore. 
102. Os objetivos do tratamento para essa paciente seriam: 
normalizar o tônus muscular; incrementar a amplitude 
de movimento (ADM) em membros inferiores; 
estimular a flexibilidade em membros inferiores; e 
ampliar a força muscular em membros inferiores. 
103. O índice de Barthel pode ser utilizado como critério de 
avaliação para essa paciente. Ele tem por funçaõ avaliar 
o grau de autonomia (independência) de um paciente, 
levando em conta 10 itens de mobilidade e cuidados 
com as atividades da vida diária (AVDs). Cada 
atividade possui um escore com pontuaçaõ que varia 
entre zero (dependente), cinco (necessidade de ajuda ou 
supervisaõ), 10 (parcialmente dependente) e 15 
(independente), sendo que, ao final, são somados 100 
pontos. 
104. A escala de Ashoworth é utilizada para avaliação da 
condição funcional do paciente, podendo estar 
correlacionada à sua atividade de vida diária. 
 
 
Um paciente de 24 anos de idade, pedreiro, com sequela de 
politraumatismo cranioencefálico, relata que sofreu um 
acidente motociclı́stico, ficando 27 dias em coma, e, ao sair 
do coma, naõ apresentava movimentos e tinha afasia. Com a 
alta hospitalar, foi encaminhado para o departamento de 
fisioterapia do município. No inı́cio do quadro, ele 
apresentava pneumonia nasocomial, sequelas neurológicas 
graves, nível quatro na escala de coma de Glasgow, cicatriz 
abdominal em quadrante superior esquerdo, impossibilidade 
de realizar atividades de vida diária e cognitivo alterado. 
Utiliza cadeira de rodas como auxílio para locomoçaõ. Por 
meio da avaliaçaõ, o paciente manifestava quadro álgico, 
encurtamento da musculatura posterior do tronco, edema em 
MMII, sinal de cacifo positivo, hipomobilidade articular, 
diminuiçaõ da força e amplitude de movimento em MMII e 
MSE. Em razaõ disso, o paciente naõ consegue deambular. 
Quanto a esse caso clínico e com base nos conhecimentos 
correlatos, julgue os itens a seguir. 
 
105. O mecanismo de lesaõ do traumatismo cranioencefálico 
(TCE) é classificado em lesaõ cerebral focal e lesaõ 
cerebral difusa, a primeira resultando em contusão, 
laceração e hemorragia intracraniana por trauma local 
direto. Já a segunda é causada por lesaõ axonal difusa e 
aumento do tamanho do cérebro, edema, pelo 
mecanismo de aceleração/desaceleração. 
106. O TCE pode ser classificado em apenas dois tipos, de 
acordo com a natureza do ferimento do crânio: 
traumatismo craniano fechado, quando naõ há 
ferimentos no crânio ou existe apenas uma fratura 
linear; e a fratura com afundamento do crânio, que se 
caracteriza pela presença de fragmento ósseo fraturado 
afundado, comprimindo e lesando o cérebro. 
107. Para o ganho de amplitude de movimento, os exercícios 
de Mulligan, para extensaõ terminal de joelho, são 
recomendados. 
108. Os exercícios de alongamento balístico são 
contraindicados para esse paciente. 
 
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Um paciente de 40 de anos de idade, engenheiro, sofreu um 
acidente de trabalho no dia 3 de setembro de 2019, no 
perı́odo da manha,̃ caindo de uma altura de 10 metros e 
sofrendo desmaio. Foi prontamente levado a um hospital da 
rede pública e, por meio de raios X, foram detectados fratura 
de tíbia e fíbula distais em membro inferior esquerdo e 
achatamento de vértebras lombares. Permaneceu por um mês 
e cinco dias hospitalizado, tempo em que realizou enxerto 
ósseo e colocaçaõ de osteossı́ntese no tornozelo esquerdo, 
imobilizaçaõ por cinta na coluna lombar, sendo essa última 
permanência de seis meses. Foi encaminhado para o serviço 
de fisioterapia com o diagnóstico clı́nico de osteossíntese de 
fratura em terço distal dos ossos da perna. Queixas 
principais: dor em queimaçaõ em todo o tornozelo esquerdo 
e planta do pé, assim como dor na coluna. O paciente está 
fazendo uso de cadeira de rodas e colete. Observaram-se 
edema em ambos os tornozelos e pés e hipotrofia muscular 
em pé esquerdo. À palpaçaõ, identificaram-se edema duro 
em ambos os tornozelos, aderência de cicatriz em tornozelo 
esquerdo, e pontos-gatilho em romboides do lado esquerdo e 
em musculatura paravertebral em nível de T12 a L4. 
Apresentava o tornozelo fixo em flexaõ plantar. 
 
Com base nesse caso clínico e tendo em vista os 
conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir. 
 
109. A Classificaçaõ Internacional de Funcionalidade, 
Incapacidade e Saúde (CIF) tem sido utilizada na 
avaliaçaõ após transtornos agudos, condições 
traumáticas, condições crônicas e na geriatria, e 
contribui para responder a importantes questões da 
saúde pública. 
110. A estabilização da coluna lombar por meio de 
exercícios na reabilitação lombar deve priorizar o ganho 
de resistência muscular, já que a maior parte das lesões 
ocorre em atividades de baixa demanda de força. O 
transverso abdominal deve ser treinado separadamente 
dos outros músculos, pelo fato de ele perder 
rapidamente sua função tônica. 
111. Os efeitos positivos na recuperação do movimento do 
tornozelo e o sucesso da reabilitação podem ser 
atribuı́dos a fatores como a mobilização tardia e a 
sustentação da carga parcial precoce. 
112. Os processos de imobilização podem causar ulcerações 
no tecido cartilaginoso articular, por causa de alterações 
provocadas nesse tecido, tais como perda de 
proteoglicanas, de massa e volume totais da cartilagem. 
113. A terapia manual pode facilitar os processos de reparo 
após a lesão, uma vez que a regeneração e o 
remodelamento normais do tecido dependem da 
estimulaçaõ mecânica. 
 
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Os pacientes com traumatismo cranioencefálico (TCE) 
grave, com escala de coma de Glasgow igual ou menor que 
8, são geralmente submetidos à monitorização da pressaõ 
intracraniana (PIC) e da pressaõ arterial média (PAM) e são 
tratados de acordo com um protocolo rı́gido de assistência, 
que inclui sedaçaõ, elevaçaõ de cabeceira do leito, ventilaçaõ 
mecânica otimizada, fisioterapia respiratória e motora, entre 
outros. A aplicaçaõ das manobras cinéticas de fisioterapia 
respiratória promove aumento momentâneo da pressaõ 
intratorácica, diminuindo o retorno venoso cerebral e 
elevando a PIC nesses pacientes. Sabe-se que as alterações 
da PIC influenciam diretamente a pressaõ de perfusão 
cerebral (PPC), que é calculada como a diferença entre a 
PAM e a PIC. Portanto, aumentos da PIC poderiam acarretar 
diminuiçaõ da PPC, se naõ houver aumento concomitante da 
PAM. 
 
De acordo com essas informações, julgue os itens a seguir. 
 
114. As manobras de fisioterapia respiratória aplicadas sobre 
a caixa torácica dos pacientes aumentam a pressaõ 
intratorácica, com queda do retorno venoso para o 
coraçaõ e diminuiçaõ da PAM. Comprometem também 
o retorno venoso cerebral, o que acarreta aumento da 
pressão intratorácica (PIC). 
115. A pressão intratorácica (PIT) relaciona-se diretamente 
com a pressão alveolar, que é notadamente alterada 
pelas compressões torácicas durante as manobras 
fisioterápicas. 
116. O aumento da PIT não causa maiores problemas para o 
retorno venoso cerebral, pois leva a um incremento da 
pressaõ no ventrı́culo direito e nos grandes vasos, 
incluindo a veia cava superior. 
117. Durante a aspiração endotraqueal, há aumento da PIC 
por causa do reflexo de tosse, porém o aumento de 
PaCO2, por sua vez, pode piorar a PIC por 
vasodilataçaõ cerebral. 
118. Manobras de fisioterapia respiratória não podem ser 
usadas com segurança em pacientes portadores de TCE 
grave, com PIC menor que 30 mmHg. 
119. A PIT gerada pela tosse e pela manobra de Valsalva 
determina repercussões no sistema cardiovascular e no 
sistema venoso central, que podem ser comparadas às 
geradas pelo aumento da PIT determinado pela 
instalaçaõ do PEEP (positive end expiratory pressure). 
120. A higiene brônquica, realizada pela instilação 
endotraqueal de solução salina e ventilação forada com 
AMBU, junto com a aspiração endotraqueal, pode 
causar diminuição rápida da PIC. 
 
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