Discursiva - Antropologia

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A revolução do conhecimento antropológico proporcionou uma revolução tão grande que a comparamos à revolução científica copernicana por dois motivos principais:
· Primeiro, porque a antropologia rompeu com a visão tradicional do homem como um ser universal, e passou a considerá-lo como um produto da cultura.
Até o início da modernidade, a visão tradicional do homem era a de que ele era um ser universal, com a mesma natureza e os mesmos valores em todas as culturas. Essa visão era baseada na filosofia e na teologia, que acreditavam que a natureza humana era determinada por Deus ou pela razão.
A antropologia, por outro lado, mostrou que o homem é um produto da cultura. Isso significa que a sua natureza e os seus valores são influenciados pela cultura em que ele vive.
Essa descoberta foi um marco importante no desenvolvimento do pensamento moderno, pois ela mostrou que o homem não é um ser fixo e inalterável, mas que é um ser mutável e que pode se adaptar a diferentes contextos culturais.
· Segundo, porque a antropologia promoveu o relativismo cultural.
O relativismo cultural é a ideia de que não existe uma única verdade ou um único modo de vida superior a todos os outros. Cada cultura tem sua própria verdade e seu próprio modo de vida, que devem ser respeitados.
A antropologia promoveu o relativismo cultural ao mostrar que existem diferentes culturas no mundo, com diferentes valores e crenças. Essa descoberta levou a uma maior tolerância e respeito às diferenças culturais.
A revolução copernicana, por outro lado, também rompeu com a visão tradicional do universo. Até então, acreditava-se que a Terra era o centro do universo, e que os demais planetas giravam ao seu redor.
Nicolau Copérnico, no entanto, demonstrou que a Terra é um planeta como os outros, e que gira em torno do Sol. Essa descoberta teve um impacto profundo na visão que os humanos tinham do mundo.
Assim como a revolução copernicana, a revolução do conhecimento antropológico também teve um impacto profundo na visão que os humanos tinham de si mesmos. Ela mostrou que o homem não é um ser fixo e inalterável, mas que é um ser mutável e que pode se adaptar a diferentes contextos culturais.
Ambas as revoluções também promoveram o relativismo, pois mostraram que existem diferentes verdades e diferentes modos de vida no mundo.