Buscar

Yasmim Lima Gouveia Arruda - TCC

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
DEPARTAMENTO DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA 
CURSO DE MEDICINA 
 
 
 
 
 
Yasmim Lima Gouveia Arruda 
 
 
 
 
 
Fatores relacionados à prevalência de aleitamento materno e aleitamento 
materno exclusivo em puérperas no Hospital Universitário Polydoro Ernani de 
São Thiago durante a pandemia COVID-19, em 2021. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Florianópolis 
2022 
 
 
 
 
Yasmim Lima Gouveia Arruda 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fatores relacionados à prevalência do aleitamento materno e do aleitamento 
materno exclusivo em puérperas no Hospital Universitário Polydoro Ernani de 
São Thiago durante a pandemia COVID-19, em 2021. 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão do Curso de Graduação 
em Medicina do Centro de Ciências da Saúde da 
Universidade Federal Santa Catarina como 
requisito para a obtenção do título de Bacharel em 
Medicina 
Orientador: Profª. Drª Roxana Knobel 
 
 
 
 
 
 
Florianópolis 
2022 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ficha de identificação da obra 
 
 
 
 
 
Yasmim Lima Gouveia Arruda 
 
 
Fatores relacionados à prevalência do aleitamento materno e do aleitamento 
materno exclusivo em puérperas no Hospital Universitário Polydoro Ernani de 
São Thiago durante a pandemia COVID-19, em 2021. 
 
 
Este Trabalho Conclusão de Curso foi julgado adequado para obtenção do Título de 
“Bacharel em Medicina” e aprovado em sua forma final pelo Curso de Medicina 
Local, 26 de Agosto de 2022. 
 
________________________ 
Prof.Dr. Edevard José de Araújo 
 Coordenador do Curso 
Banca Examinadora: 
 
________________________ 
Profª. Drª. Roxana Knobel 
Orientadora 
Instituição UFSC 
 
________________________ 
Profª. Drª. Isabel Cristina Alves Maliska 
Avaliador(a) 
Instituição UFSC 
 
________________________ 
Profª. Drª. Bianca Ruschel Hillmann 
Avaliador(a) 
Instituição UFSC 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este trabalho é dedicado aos meus pais, principalmente a 
minha mãe, que não mediu esforços pela minha 
graduação. 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço primeiramente a minha mãe, Fátima, ao meu irmão, Marcos e a minha 
família, por sempre acreditarem em mim e me apoiarem, mesmo quando eu mesma 
não o fazia. Agradeço aos meus amigos, Josué, Verônica, Natália, Aline e Isaque, me 
acolherem, pela cumplicidade e por todos os ensinamentos. Agradeço também ao 
meu namorado, Eduardo, por me motivar, trazer alívio e leveza ainda que nos dias 
mais cansativos. A minha professora, orientadora, a figura que fez eu me encantar 
pelo cuidado à mulher, Dra. Roxana, por toda paciência, pela dedicação, por respeitar 
meu ritmo e pelo cuidado em auxiliar da forma mais acadêmica e didática possível. 
Agradeço aos pacientes que me doaram a atenção e contaram um pouquinho da 
sua história, mesmo lá no início, quando eu não sabia nem o que perguntar, e que me 
ensinaram tanto. 
 
 
 
RESUMO 
Introdução: Os benefícios advindos do aleitamento materno (AM) para o 
desenvolvimento infantil estão amplamente difundidos. No entanto, as taxas de 
aleitamento materno exclusivo (AME) variam mundialmente e estão relacionadas com 
alguns fatores como: escolaridade, idade materna, tipo de parto, auxílio no período 
puerperal. Com a pandemia do COVID-19 e as mudanças ocasionadas pelo 
distanciamento social, esses fatores podem ter sofrido alterações, e 
consequentemente, terem afetado a prevalência do AM. Objetivo: Avaliar as 
porcentagens de aleitamento materno e aleitamento materno exclusivo em puérperas 
de 6 a 12 semanas pós-parto durante a pandemia de COVID-19 e variáveis 
associadas com a prevalência de aleitamento e aleitamento materno exclusivo nessa 
população. Metodologia: Estudo descritivo transversal com puérperas atendidas no 
Hospital Universitário de Florianópolis no período de outubro a dezembro de 2020. Os 
dados foram coletados pelo questionário respondido pela paciente no alojamento 
conjunto, dados de prontuário e resposta do questionário online, analisados pelo 
software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS V021), com nível de 
significância estatística p ≤ 0,05. Resultados: Amostra foi composta por 92 mulheres. 
A prevalência de AM foi de 83,7% e a de AME de 56,5%. Estiveram associadas com 
AM as variáveis “ter ensino médio completo” (p= 0,05) e “recebe auxílio em atividades 
domiciliares” (p=0,02), como fator protetivo, “apresentar dor intensa no puerpério” 
(p=0,04) e “referir ter dificuldade para ir ao pré-natal (p=0,02)”, como fator de risco. 
Estiveram associadas ao AME as variáveis “recebe auxílio nas atividades domiciliares” 
(p=0,02), “ser atendida em pré-natal alto risco” (p=0,015) e “alta hospitalar 
amamentando exclusivamente” (p<0,001), como fator protetivo. Conclusão: Na 
população estudada a prevalência de AM foi de 83,7% e de AME de 56,5%. As 
variáveis protetivas associadas foram ensino médio completo, para AM, e ser atendida 
em pré-natal de alto risco e alta hospitalar amamentando exclusivamente para AME. 
A variável receber ajuda em atividades domésticas foi protetiva tanto para AM como 
para AME. Para AM, dor intensa no puerpério e ter tido dificuldade de ir ao pré-natal 
estiveram associadas como fator de risco. 
Palavras-chave: Aleitamento materno, Aleitamento materno exclusivo, COVID-19. 
 
 
 
ABSTRACT 
Introduction: The benefits arised from breastfeeding for child development are 
widely spread. However, exclusive breastfeeding rates vary globally, and it is related 
to some factors such as: educational level, maternal age, type of birth, assistance 
during puerperium period. The COVID-19 pandemic and its changing due social 
distancing may have changed some of these factors, and consequently, the 
prevalence of BF. Objective: To evaluate the percentages of breastfeeding and 
exclusive breastfeeding in postpartum women from 6 to 12 weeks after the COVID-19 
pandemic and related to the prevalence of breastfeeding and exclusive breastfeeding 
in this population. Methodology: Descriptive cross-sectional study with puerperal 
women treated at the University Hospital of Florianópolis from October to December 
2020. Data were collected from the survey answered by the patient at the rooming-in, 
medical record data and online survey answer. Data were analyzed by the Statistical 
Package for the Social Sciences software (SPSS V021), with a statistical significance 
level of p ≤ 0.05. Results: Sample composed of 92 women. The prevalence of BF was 
83.7% and EBF was 56.5%. The variables “having completed high school” (p=0.05) 
and “receiving help with home activities” (p=0.02) were associated with BF, as a 
protective factor, “having severe pain in the puerperium” (p=0.04) and “referring to 
having difficulties to go to prenatal care (p=0.02)”, as a risk factor. The variables 
associated with EBF were “receives assistance with household activities” (p=0.02), 
“being assisted in high-risk prenatal care” (p=0.015) and “discharged from hospital 
exclusively breastfeeding” (p<0.001), as a protective factor. Conclusion: In the 
population studied, the prevalence of BF was 83.7% and EB was 56.5%. The 
associated protective variables were complete high school for BF and being attended 
in high-risk prenatal care, and for BF, being discharged from the hospital exclusively 
breastfeeding. The variable receiving help with household activities was protective for 
both BF and EBF. For BF, severe pain in the puerperium and having difficulty going to 
prenatal care were associated as a risk factor. 
Keywords: Breastfeeding, Exclusive breastfeeding, COVID-19. 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
Tabela 1: Distribuição da amostra conforme características 
sociodemográficas. Florianópolis 2020 ..................................................................... 16 
Tabela 2: Distribuição da amostra conforme característicasobstétricas. 
Florianópolis, 2020. ................................................................................................... 17 
Tabela 3: Distribuição da amostra conforme características do aleitamento. 
Florianópolis, 2020. ................................................................................................... 18 
Tabela 4: Distribuição da amostra conforme características 
sociodemográficas e obstétricas e amamentação. Florianópolis, 2020. ................... 19 
Tabela 5: Distribuição da amostra conforme características 
sociodemográficas, puerperais e amamentação exclusiva. Florianópolis, 2020. ...... 20 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
AGRADECIMENTOS .................................................................................................. 6 
RESUMO..................................................................................................................... 7 
ABSTRACT ................................................................................................................. 8 
LISTA DE TABELAS .................................................................................................. 9 
SUMÁRIO ................................................................................................................. 10 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ................................................................... 11 
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 12 
2 MÉTODOS ............................................................................................................. 13 
3 RESULTADOS ....................................................................................................... 15 
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA: ........................................................... 15 
3.2 DISTRIBUIÇÃO DA AMOSTRA CONFORME ALEITAMENTO: .................. 17 
4 DISCUSSÃO .......................................................................................................... 21 
5 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 24 
6 REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 25 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
ABEP 
AM 
AME 
BF 
EBF 
HU 
LM 
OMS 
SPSS 
TCLE 
UFSC 
 
Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa 
Aleitamento Materno 
Aleitamento Materno Exclusivo 
Breastfeeding 
Exclusive Breastfeeding 
Hospital Universitário Polydoro Ernani de São Thiago 
Leite Materno 
Organização Mundial de Saúde 
Statistical Package for the Sciences Software 
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido 
Universidade Federal de Santa Catarina 
 
12 
 
1 INTRODUÇÃO 
Durante as últimas décadas, houve um aumento no número de evidências 
favoráveis à prática do aleitamento materno (AM)(1). Esse fato deve-se ao seu 
benefício no crescimento e desenvolvimento infantil; na saúde materna, em virtude do 
fator protetivo às neoplasias mamárias e ovarianas, e do retorno ao peso pré-
gestacional (2,3). Além de ser uma prática eficaz e de baixo custo na diminuição da 
taxa de morbidade e mortalidade infantil por infecções diarreicas e respiratórias, 
quando comparado ao uso de leite de vaca ou fórmula.(4–6) 
Em virtude disso, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda e preconiza 
o aleitamento materno exclusivo (AME) nos primeiros seis meses de vida, e como 
alimentação complementar até os dois anos de idade.(7) No entanto, embora os 
benefícios sejam amplamente difundidos, as taxas de aleitamento materno exclusivo 
variam no mundo. Estima-se que apenas 38% das crianças menores de seis meses 
são alimentadas exclusivamente com leite materno (LM).(8) No Brasil, em 2020, a 
prevalência foi de 60,0% em crianças de até quatro meses, e de 45,7% em crianças 
menores de seis meses.(9) 
Alguns fatores têm mostrado influência na prevalência do AME, e justificam a 
variação entre diferentes locais. Entre eles, a escolaridade, a idade, a ocupação e a 
estabilidade emocional materna; tipo de parto, presença de contato pele a pele entre 
a mãe e o recém-nascido.(10) No Brasil, questões como o retorno da mãe ao mercado 
de trabalho - principal causa de desmame precoce -, o acesso ao serviço de saúde, a 
presença de companheiro e o uso de chupeta também têm influência na prevalência 
de AME.(4) 
No início do ano de 2020, o Brasil foi afetado pela pandemia do COVID-19, foram 
implementadas medidas preventivas para evitar a propagação do vírus, entre elas, o 
isolamento social. Essas medidas alteraram os padrões comportamentais e as 
relações interpessoais, causando mudanças nesses fatores, principalmente os 
relacionados ao acesso ao serviço de saúde; à saúde mental, comprometendo o 
vínculo mãe-bebê por fatores estressores;(11) à rede de apoio, principal referência 
para a mães em orientações aos cuidados com o recém-nascido. Ainda, faltavam 
evidências na época que sustentassem o benefício do aleitamento materno sobre o 
risco, e em decorrência disso, questionamentos foram levantados acerca da 
13 
 
segurança do aleitamento materno em puérperas sintomáticas, podendo ter 
influenciado no desmame precoce.(12,13) 
Por outro lado, o isolamento social, por ter proporcionado um maior tempo em casa, 
pode ter facilitado o aleitamento materno e o tempo dedicado ao recém-nascido.(13,14) 
O presente trabalho tem como objetivo avaliar as porcentagens de aleitamento 
materno e aleitamento materno exclusivo em puérperas de 6 a 15 semanas pós-parto 
durante a pandemia de COVID-19 e variáveis associadas com a presença de 
aleitamento e aleitamento materno exclusivo nessa população. 
2 MÉTODOS 
Estudo descritivo transversal com puérperas atendidas no Hospital Universitário 
Professor Polydoro Ernani de São Thiago – HU/UFSC/EBSERH de Florianópolis no 
período de outubro a dezembro de 2020. 
Foram consideradas elegíveis para o estudo todas as puérperas cujos bebês 
nasceram vivos com peso > 500g e/ou idade gestacional > 22 semanas no Hospital 
Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago – HU/UFSC/EBSERH. Foram 
excluídas do estudo as mulheres que possuíam algum distúrbio mental grave, que 
pariram em domicílio ou a caminho do hospital. O tamanho amostral necessário para 
avaliar a prevalência de aleitamento materno exclusivo, considerando uma população 
de 3000 pessoas (número de nascimentos anual aproximado da instituição) e uma 
prevalência de aleitamento materno de 54,3%(9) é de 45 binômios mãe/bebê. Sendo 
um estudo aninhado, foram consideradas todas as mulheres que responderam o 
questionário no puerpério tardio e responderam as questões sobre aleitamento 
materno 
As puérperas foram convidadas a participar do estudo no dia provável de alta 
hospitalar. Foram explicados os objetivos do trabalho e todas assinaram o Termo de 
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). As participantes preencheram, então, um 
questionário autoaplicável. O pesquisador responsável também coletou dados no 
prontuário médico. Após um período que variou entre 6 e 12 semanas, foi realizada a 
coleta de dados referente ao puerpério tardio. Nesta fase, o contato com as 
participantes ocorreu via ligação telefônica, e-mail ou aplicativo de mensagem 
(Whatsapp) e foi encaminhado um questionário com dados sobre o puerpério tardio. 
14 
 
Os instrumentos foram previamente testados em amostra semelhante à estudada. 
As variáveis dependentes estudadas foram aleitamento materno (considerado 
quando a mulher está amamentando o bebê - mesmo que complementando com outro 
alimento) e aleitamento materno exclusivo (quando o bebê está sendo alimentado 
exclusivamente com leite materno no momento da entrevista). Foram coletadas pela 
entrevista de puerpério tardio e, portanto, autorreferidas. As variáveis independentes 
foram: idade em anos completos de vida calculada pela datade nascimento; cor da 
pele por autodeclaração; classe social pela classificação econômica ABEP 
(Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa); grau de escolaridade 
(autodeclarada em anos completos e posteriormente transformada em dicotômica em 
tem ensino médio completo ou não), número de pessoas em grupo familiar 
(autodeclarada), moradia com o companheiro (autodeclarada), receber ajuda para 
afazeres domésticos e cuidados com o bebê (autodeclarada), consulta pós parto e 
alta hospitalar amamentando exclusivamente, dor intensa no puerpério imediato, dor 
puerperal pós alta hospitalar, acompanhante no momento do parto, infecção por 
COVID durante a gestação e/ou pós-parto autorreferidos; paridade, pré-natal 
adequado (com início em primeiro trimestre e pelo menos 6 consultas) por número de 
consultas, atendida no pré-natal de alto risco, via cartão de gestante; via de parto, 
internação durante a gestação (antes do parto), contato pele-a-pele ao nascimento, 
complicação puerperal, recém-nascido encaminhado a UTI via prontuário médico 
hospitalar. 
Os dados foram analisados no programa estatístico SPSS (Statistical Package for 
the Social Sciences). Foi considerado um nível de significância estatística de p ≤ 0,05. 
As variáveis foram analisadas com estatística descritiva, foi calculado o risco relativo 
(RR) e respectivo intervalo de confiança (IC) de 95 para as variáveis independentes 
(AM e AME). 
O projeto “Complicações obstétricas e puerperais durante a epidemia de COVID 
19” (número do parecer 35543120.7.0000.0121, responsável Roxana Knobel) foi 
submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da 
UFSC, seguindo os princípios éticos presentes na resolução 466 do Conselho 
Nacional de Saúde. 
15 
 
Foram respeitados os sigilos éticos e de privacidade de todos os que aceitaram 
participar da pesquisa após esclarecimento sobre o tema e assinatura do Termo de 
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). 
3 RESULTADOS 
 Foram elegíveis para responder a pesquisa 351 mulheres que tiveram seus 
partos no Hospital Universitário da UFSC. Dessas, 91 não participaram, 53 não 
desejaram realizar o questionário e 38 concordaram, mas não preencheram o 
questionário por diversos motivos (envolvimento com cuidados com o bebê, consultas 
multidisciplinares ou não tiveram tempo antes da alta). Todas as 260 mulheres que 
participaram da pesquisa foram convidadas a responder o questionário on line de 6 a 
12 semanas após o parto. Responderam os questionários 98 mulheres, destas 6 
foram excluídas desta análise por não terem preenchido a variável de interesse 
(amamentação e amamentação exclusiva). A amostra final foi composta, portanto, por 
92 mulheres. 
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA: 
As características socioeconômicas da amostra foram representadas na Tabela 1. 
A amostra foi composta por um total de 92 mulheres, com média de idade 29 anos 
(DP 6,5). A maioria era brasileira, branca ou amarela, exercia atividade remunerada, 
pertencente a classe econômica B, tinha ensino médio completo e morava com três 
pessoas ou mais. 
 
16 
 
Tabela 1: Distribuição da amostra conforme características sociodemográficas. 
Florianópolis 2020 
Variável Média DP 
Idade (N=92) 29,38 6,499 
 n % 
Cor da pele parda ou preta (N=92) 30 32,6 
 
Grau de escolaridade (N=91) 
Ensino fundamental incompleto ou menos 6 6,6 
Ensino médio incompleto 8 8,8 
Ensino médio completo 47 51,6 
Ensino superior ou mais 30 32,9 
Classe ABEP (N=90) 
A2 1 1,1 
B1, B2 57 63,3 
C1, C2 29 32,2 
D, E 3 3,3 
Número de pessoas morando junto em domicílio (N=92) 
Nenhuma* ou uma 23 25 
2 18 19,6 
3 ou mais 51 55,4 
Mora com companheiro (N=92) 79 85,8 
*apenas uma respondente morava sozinha. 
 
A tabela 2 mostra as características obstétricas das mulheres entrevistadas 
durante o período, cujo perfil mostrou-se majoritariamente constituído de primigestas, 
cerca de 10,9% tiveram infecção por COVID durante a gestação e 12,2% no pós-parto. 
No que se refere ao pré-natal, 13% tiveram alguma dificuldade para frequentar as 
consultas, 63% não realizaram o pré-natal adequadamente e 9,8% estiveram 
internadas durante a gestação. Quanto ao parto, a maioria ocorreu via vaginal, com 
presença do acompanhante, tiveram contato pele a pele com o recém-nascido ao 
17 
 
nascimento. Durante o puerpério, 34,8% apresentaram dor intensa, e 17,4% 
apresentaram complicação puerperal ou cirúrgica. Referente ao tópico “Recebem 
ajuda em casa”, 10 participantes optaram por não responder à pergunta, e do grupo 
que respondeu, 14,6% não recebiam auxílio. 
Tabela 2: Distribuição da amostra conforme características obstétricas. Florianópolis, 
2020. 
Característica n % 
Primigestas 51 55,4 
COVID na Gestação 10 10,9 
COVID pós-parto (N=90) 11 12,2 
Dificuldade ida ao pré-natal 12 13,0 
Pré-Natal adequado 34 37,0 
Parto vaginal 63 68,5 
Internada durante a gestação (antes do parto) 9 9,8 
Acompanhante no momento do parto 83 90,2 
Atendida em pré-natal de alto risco 27 29,3 
Contato pele a pele ao nascimento 82 89,1 
Relato de dor intensa no puerpério imediato 32 34,8 
Dor no puerpério após alta hospitalar 14 15,2 
Complicação puerperal clínica ou cirúrgica* 16 17,4 
RN encaminhado à UTI 8 8,7 
Refere receber ajuda para afazeres domésticos e cuidados com 
bebê (N=82) 
70 85,4 
Fez consulta pós-parto 82 89,1 
*Complicações: 9 casos de acretismo placentário com evolução hemorrágica; 4 casos de hipertensão 
arterial de difícil controle; 5 casos com complicações infecciosas: 2 mastites e 2 infecções de parede 
abdominal, uma delas com hemorragia e 1 Infeção de trato urinário com hemorragia. 
 
3.2 DISTRIBUIÇÃO DA AMOSTRA CONFORME ALEITAMENTO: 
Na amostra estudada, conforme descrito na tabela 3, a maioria teve alta 
amamentando (n=68, 74%) e consideraram as orientações sobre o aleitamento 
18 
 
materno “Muito Boas”, na seleção de opções do questionário. Do grupo que 
amamentava, 67% ainda realizavam exclusivamente (n=52) 
Tabela 3: Distribuição da amostra conforme características do aleitamento. 
Florianópolis, 2020. 
 n % 
Teve alta do HU amamentando exclusivamente 68 73,9 
Como você considera que foram as orientações sobre o 
aleitamento no HU? 
 
Muito Boas 74 80,4 
Boas 11 12,0 
Médias/ ruins/ não recebeu orientação 7 7,6 
Amamenta no momento da entrevista 77 83,7 
Amamenta exclusivamente no momento da entrevista 52 56,5 
 
 
Os fatores associados à mudança das práticas de amamentação são 
apresentados na Tabela 4. Os resultados do estudo mostraram significância 
estatística nas seguintes variáveis: escolaridade, dificuldade ida ao pré-natal, 
apresentar dor intensa no puerpério, receber auxílio em casa. Dessas, são fatores de 
risco: relato de dificuldade para ir ao pré-natal e apresentar dor no puerpério. São 
fatores protetores: ter ensino médio completo e receber ajuda para afazeres 
domésticos e cuidados com bebê. Na amostra, quatro mulheres tinham menos de 
vinte anos, três amamentavam exclusivamente no momento da entrevista e uma não 
amamentava o bebê. 
 
19 
 
Tabela 4: Distribuição da amostra conforme características sociodemográficas e 
obstétricas e amamentação. Florianópolis, 2020. 
 Amamenta 
 Sim Não p RR(IC95%) 
Característica n(%) n(%) 
Idade materna >35 anos 22(28,6) 1(6,7) 0,1* 5,60(0,69-45,1) 
Preta ou parda 25(32,5) 5(33,3) 1* 0,96(0,29-3,11) 
Ensino médio completo 67(88,2) 10(66,7) 0,05* 3,72(1,03-13,38) 
Cesariana 24(31,2) 5(33,3) 1 0,90(0,2-2,9) 
COVID na gestação 8(10,4) 2(13,3) 0,74 0,70(0,14-3,95) 
COVID pós-parto 10(13,3) 1(6,7) 0,68* 2,10(0,2-18,2) 
Dificuldade ida ao pré-natal 7(9,1) 5(33,3) 0,02* 0,20(0,53-0,75) 
Dor no puerpério 9(11,7) 5(33,3) 0,04* 0,26(0,74-0,95) 
Primípara 43(55,8) 8(53,3) 0,86 1,10(0,3-3,3) 
Atendida no pré-natal de alto risco 22(28,6) 5(33,3) 0,76* 1,25(0,38-4,08) 
Refere receber ajuda para afazeres 
domésticos e cuidadoscom bebê 
62(89,9) 8(61,5) 0,02* 5,53(1,4-21,6) 
Alta amamentando exclusivamente 59(77,6) 9(60,0) 0,18* 2,18(0,68-6,97) 
*Teste exato de Fisher 
 
Na tabela 5 estão descritas as características sociodemográficas, puerperais e 
amamentação exclusiva. As variáveis “Refere receber ajuda para afazeres domésticos 
e cuidados com bebê”, “Atendida no pré-natal de alto risco” e “Alta amamentando 
exclusivamente”, mostraram significância estatística, como fatores protetivos para 
aleitamento materno exclusivo. 
 
20 
 
Tabela 5: Distribuição da amostra conforme características sociodemográficas, 
puerperais e amamentação exclusiva. Florianópolis, 2020. 
 
Amamenta 
Exclusivamente 
 
 Sim Não p RR(IC95%) 
Característica n(%) n(%) 
Idade materna >35 anos 11(28,6) 12(6,7) 0,33 0,6(0,2-1,61) 
Preta ou parda 13(25,0) 17(42,5) 0,08 0,45(0,18-1,09) 
Ensino médio completo 45(88,2) 32(80,0) 0,28 1,87(0,59-5,93) 
Primípara 31(59,6) 20(50) 0,36 1,48(0,64-3,39) 
Cesárea 13(25) 16(40) 0,12 0,5(0,2-1,21) 
COVID na gestação 5(9,6) 5(12,5) 0,72* 0,74 (0,20-2,77) 
COVID pós-parto 5(9,8) 6(15,4) 0,64 0,59 (0,16-2,12) 
Dificuldade ida ao pré-natal 5(9,6) 7(17,5) 0,20 0,5(0,14-1,71) 
Dor no puerpério 7(13,5) 7(17,5) 0,59 0,73(0,23-2,3) 
Atendida no pré-natal de alto risco 10(19,2) 17(42,5) 0,015 3,1(1,22-7,88) 
Refere receber ajuda para afazeres 
domésticos e cuidados com bebê 
42(93,3) 28(75,7) 0,02* 4,5(1,12-18,09) 
Alta amamentando exclusivamente 49(94,2) 19(48,7) <0,001 18,05(4,82-67,62) 
*Teste exato de Fisher 
 
21 
 
4 DISCUSSÃO 
A maioria da população estudada era composta por mulheres brancas, com média 
de idade de 29 anos, com ensino médio ou superior e primigestas. Dados semelhantes 
aos encontrados entre os nascidos vivos do município de Florianópolis, em que a 
maioria das mães eram brancas, com idade entre os trinta e trinta e cinco anos, com 
mais de 12 anos de estudo e primigestas (grupos 1 e 2 da classificação de 
Robson)(15). 
Houve discrepância entre os valores na via de parto. No Brasil, a taxa de cesariana 
é de cerca de 57%(15), enquanto que no município de Florianópolis em 2020 a taxa 
de cesarianas foi de 49%. Na amostra, houve um maior número de partos via vaginal 
(68,5%), valor superior às taxas de hospitais públicos (58%)(16), porém abaixo do 
valor sugerido pela OMS, de que seja realizado apenas 10-15% via parto cirúrgico(17). 
 Em uma pesquisa realizada através de questionário online durante a pandemia de 
COVID-19, 20% das entrevistadas temiam qualquer tipo de consulta em ambiente 
hospitalar, mais de 40% temiam realizar as consultas de pré-natal, e, mais da metade 
considerou ou decidiu cancelar suas consultas de pré-natal e/ou adiar.(18) Vale 
ressaltar, também, que o acesso aos serviços de saúde estava dificultado, pois, no 
período de lockdown do município do presente estudo, a maioria dos transportes 
públicos não estava em atividade realizando o traslado de pessoas. Em gestantes 
classificadas como “risco habitual”, nos municípios onde a transmissão do COVID-19 
estivesse em classificação “alta”, havia a orientação, pelo Ministério da Saúde, da 
possibilidade de espaçamento entre as consultas de pré-natal, com solicitação dos 
exames via telemedicina e registrado em prontuário eletrônico.(19) Nesta amostra, 
mais da metade das entrevistadas não realizou as 6 consultas mínimas preconizadas 
pelo Ministério da Saúde e/ou iniciou tardiamente o pré-natal(20). 
Neste trabalho, a prevalência do AM no momento da entrevista foi de 83,7%, 
inferior às taxas prévias ao período da pandemia do COVID-19, cuja taxa nacional foi 
de 84,1%, segundo o relatório do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil 
(ENANI), em 2019.(9) 
Já o AME estava sendo praticado por 56,5% da amostra da pesquisa, valores 
superiores média nacional (45,8%), mas similar para a macrorregião Sul (54,3%), para 
22 
 
2019.(9) Um estudo americano, embora tenha apresentado valores inferiores aos 
encontrados no estudo para AME, mostrou um aumento na prevalência do aleitamento 
materno durante a pandemia em determinados grupos étnicos.(21) Em contrapartida, 
um estudo na Itália e um no Reino Unido mostraram diminuição na taxa de AME em 
relação ao grupo controle.(22,23) Essa incongruência entre os dados deve-se às 
diferentes periodicidades do implemento do lockdown e condutas de distanciamento, 
à consciência social e à transmissão da informação acerca da situação do COVID-19 
de cada país.(24) Além dos estigmas relacionados a segurança do AM em relação à 
transmissão indireta do vírus, decorrentes da falta de evidências científicas que 
ratificassem a segurança da prática na época.(25) 
Na nossa pesquisa, os preditores para aleitamento materno como fator protetivo 
são: ter ensino médio completo e “receber auxílio em atividades domiciliares”, esta 
também se apresentou como valor protetivo no aleitamento materno exclusivo. 
Também se mostrou como fator protetivo ao AME ter sido atendida no Pré-natal alto 
risco e ter tido alta hospitalar amamentando exclusivamente. 
A escolaridade da mãe foi concordante com outros estudos.(12,23,26) Em estudos 
prévios ao período pandêmico, foi encontrado que uma maior escolaridade está 
relacionada com uma melhor percepção da mãe acerca da quantidade de leite 
produzida, o posicionamento adequado na pega, sucção e deglutição da criança de 
forma adequada, o que garante uma maior segurança ao amamentar.(27) 
Em relação a rede de apoio, os resultados também foram ao encontro com a 
literatura(12,22–24). Num estudo em cinco cidades europeias, mães que relataram 
falta de apoio familiar durante a pandemia do COVID-19, apresentaram maiores níveis 
de sintomas depressivos e de ansiedade generalizada no período pós-parto(12), e 
com isso, essas mulheres apresentaram maior chance de interromper o aleitamento 
devido à diminuição da produção do leite e/ou da frequência entre as mamadas. 
As variáveis que apresentaram fator de risco para desmame precoce incluem, 
“apresentar dor intensa no puerpério” e “referir ter dificuldade para ir ao pré-natal”. 
Não foi encontrado associação entre os estudos durante a pandemia. Não foi 
especificado neste trabalho o tipo de dor/localização, mas, na literatura, foi encontrado 
associação entre trauma/dor na mama e desmame precoce em estudos prévios(28). 
23 
 
A literatura sugere que se deve reforçar o acompanhamento e orientações da pega 
principalmente no puerpério imediato 
Não foi encontrado na literatura associação entre ter dificuldade para frequentar 
as consultas do pré-natal e prevalência do aleitamento materno. No entanto, essa 
variável pode indicar vulnerabilidades sociais, dificuldade de transporte ou acesso ao 
serviço público de saúde. Não foi encontrado associação entre frequentar pré-natal 
de alto risco e prevalência do AME, no entanto, essa parcela de gestantes possui 
maior assistência e frequência no acompanhamento do pré-natal, podendo gerar um 
melhor vínculo entre os profissionais da maternidade e a gestante, aumentando a 
chance de sucesso e a adesão às orientações em relação ao AME. 
Foi encontrado também, como variável protetiva “ter alta amamentando 
exclusivamente”, isto pode estar associado a uma boa adesão às orientações 
recebidas durante a internação, e às políticas de aleitamento materno do serviço, 
intitulado como Hospital Amigo da Criança, que conta com um Centro de Incentivo ao 
Aleitamento Materno (CIAM), responsável pela orientação/informação e do cuidado 
desde a primeira hora de vida.(29) Em um estudo de revisão bibliográfica, a falta de 
preparo/incentivo dos profissionais ao AME, a falta de conhecimento da mãe sobre a 
importância do LM, queixa de leite insuficiente/fraco e uso de chupeta são alguns dos 
fatores que interferem negativamente no AME.(30) 
Este estudo apresentou algumas limitações, como um número pequeno de 
participantes que preencheram o questionário pós-parto. Dezparticipantes preferiram 
não responder a variável “recebem auxílio nas atividades domésticas”, podendo 
indicar insegurança/situação de vulnerabilidade, portanto, o número de puérperas que 
não recebem auxílio pode estar subestimado. Apesar disso, foi possível avaliar 
algumas variáveis neste estudo que, mesmo em uma amostra pequena, mostraram-
se indispensáveis para a saúde materno-infantil em relação ao aleitamento. 
Os resultados desse estudo mostram que, durante a pandemia do COVID-19, 
embora as questões de isolamento social, dificuldade de acesso/transporte e 
vulnerabilidade social mostraram-se mais evidentes, os fatores relacionados à 
prevalência do aleitamento materno não parecem ter sofrido modificações 
significativas. As variáveis que mostraram associação tanto para o aleitamento 
24 
 
materno, como para o exclusivo (escolaridade, auxílio em atividades 
domésticas/cuidados do bebê, alta amamentando exclusivamente, dor no puerpério, 
acompanhamento em pré-natal alto risco) têm como intersecção fatores que 
permeiam o grau de informação e suporte à puérpera. Salientamos a importância de 
implementar medidas que promovam a adesão, a manutenção e o aumento da 
prevalência do AM, tanto para a mãe, como para o grupo familiar. Trazer o(a) 
parceiro(a) durante as consultas e ratificar as orientações para os acompanhantes 
durante o período puerperal oportuno (ainda no alojamento conjunto) são medidas 
fundamentais para que haja uma maior conscientização do papel dos indivíduos que 
constituem a rede de apoio materna. Ainda são necessários mais estudos para avaliar 
os fatores que influenciam a prevalência do AM, em relação ao período da pandemia 
do COVID-19. Espera-se que os achados desse estudo possam servir para futuros 
estudos, contribuindo, assim, para a redução das taxas de morbidade e mortalidade 
infantil. 
5 CONCLUSÃO 
A prevalência de AM nesta pesquisa foi de 83,7% e a de AME foi de 56.5%. 
Estiveram associação estatisticamente significante com AM as variáveis “ter ensino 
médio completo” e “recebe auxílio em atividades domiciliares”, como fator protetivo, 
“apresentar dor intensa no puerpério” e “referir ter dificuldade para ir ao pré-natal”, 
como fator de risco. Estiveram associadas ao AME as variáveis “recebe auxílio nas 
atividades domiciliares”, “ser atendida em pré-natal alto risco” e “alta hospitalar 
amamentando exclusivamente”, como fator protetivo. 
 
25 
 
6 REFERÊNCIAS 
1. Boccolini CS, de Carvalho ML, Couto de Oliveira MI. Factors associated with 
exclusive breastfeeding in the first six months of life in Brazil: A systematic 
review [Internet]. Vol. 49, Revista de Saude Publica. Faculdade de Saúde 
Pública da Universidade de São Paulo; 2015 [cited 2022 Feb 16]. Available 
from: http://www.scielo.br/j/rsp/a/jsCBGH7vNhqmNtj4BQQPvpf/?lang=pt 
2. Toma T, Pública MR-C de S, 2008 undefined. Benefícios da amamentação 
para a saúde da mulher e da criança: um ensaio sobre as evidências. SciELO 
Bras [Internet]. [cited 2022 Feb 16]; Available from: 
https://www.scielo.br/pdf/csp/v24s2/09.pdf 
3. Zilda M, Martins O, Santana LS. Benefícios da amamentação para saúde 
materna. Interfaces Científicas - Saúde e Ambient [Internet]. 2013 Jun 27 [cited 
2022 Feb 16];1(3):87–97. Available from: 
https://periodicos.set.edu.br/saude/article/view/763 
4. Demitto MDEO, Antunes MB, Bercini LO, Rossi RM, Torres MM, Cristina T, et 
al. Prevalência e Fatores Determinantes do Aleitamento Materno Exclusivo. 
Revista UNINGÁ [Internet]. 2017 [cited 2021 Sep 27];52:29–33. Available from: 
http://34.233.57.254/index.php/uninga/article/view/1387 
5. Popkin BM, Adair L, Akin JS, Black R, Briscoe J, Flieger W. Breast-feeding and 
diarrheal morbidity. Pediatrics. 1990 Dec;86(6):874–82. 
6. Victora CG, Vaughan JP, Lombardi C, Fuchs SMC, Gigante LP, Smith PG, et 
al. Evidence for protection by breast-feeding against infant deaths from 
infectious diseases in Brazil. Lancet (London, England) [Internet]. 1987 Aug 8 
[cited 2022 Feb 16];2(8554):319–22. Available from: 
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/2886775/ 
7. WHO. Infant and young child nutrition: Global strategy on infant and young 
child feeding. Fifty Fifth World Heal Assem [Internet]. 2002 [cited 2021 Aug 
31];53(April):1–18. Available from: 
http://apps.who.int/gb/archive/pdf_files/WHA55/ea5515.pdf 
8. Chudasama RK, Amin CD, Parikh YN. Prevalence of exclusive breastfeeding 
and its determinants in first 6 months of life: A prospective study. Online J Heal 
26 
 
Allied Sci [Internet]. 2009 [cited 2021 Aug 30];8(1):1–7. Available from: 
https://www.researchgate.net/publication/26627173_Prevalence_of_exclusive_
breastfeeding_and_its_determinants_in_first_6_months_of_life_A_prospective
_study 
9. Universidade Federal do Rio de Janeiro. Estudo Nacional de Alimentação e 
Nutrição Infantil- ENANI [Internet]. Rio de Janeiro; 2020 [cited 2021 Sep 1]. p. 
9 p. Available from: https://enani.nutricao.ufrj.br/wp-
content/uploads/2020/08/Relatorio-preliminar-AM-Site.pdf 
10. Fabiola I, Strain DH, Castillo PC, Becerra C, González R, Parraguez E, et al. 
Este informe fue desarrollado por: Coordinación regional de la Encuesta 
Nacional de lactancia 2013. 
11. Simão AL de S, Chouzende B de O, Duarte K de OR, Rodrigues SG, Aver LA, 
Saco MC. Aleitamento materno e a pandemia da COVID-19. Glob Clin Res J 
[Internet]. 2021 Jul 13 [cited 2022 Feb 16];1(1):e6–e6. Available from: 
https://www.globalclinicalresearchj.com/index.php/globclinres/article/view/13 
12. Holand BL, de Oliveira Agostini C, Pacheco MCM, de Leon DMZ, Drehmer M, 
Bosa VL. Association between breastfeeding and complementary feeding in 
pre-pandemic and pandemic COVID-19 times: Maternar cohort study. J Pediatr 
(Rio J) [Internet]. 2022 Jan 31 [cited 2022 Feb 17]; Available from: 
https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0021755722000043 
13. Pacheco F, Sobral M, Guiomar R, De La Torre-Luque A, Caparros-Gonzalez 
RA, Ganho-Ávila A. behavioral sciences Breastfeeding during COVID-19: A 
Narrative Review of the Psychological Impact on Mothers. 2021 [cited 2022 
Feb 17]; Available from: https://doi.org/10.3390/bs11030034 
14. Ceulemans M, Hompes T, Foulon V. Mental health status of pregnant and 
breastfeeding women during the COVID-19 pandemic: A call for action. Int J 
Gynecol Obstet. 2020 Oct 1;151(1):146–7. 
15. TabNet Win32 3.0: Nascidos vivos - Brasil [Internet]. [cited 2022 Jun 13]. 
Available from: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sinasc/cnv/nvuf.def 
16. Fernanda D, Frias R. Partos no sistema único de saúde ( SUS ) brasileiro : 
prevalência e perfil das partutientes Childbirths under the unified health system 
27 
 
( SUS ) of brazil : prevalence and profile of parturients. 2021;11942–58. 
17. WHO Statement on Caesarean Section Rates. 
18. Luisa A, Santos C, Thamara L, Santos R, Teles RM, Carolina S, et al. 
PRINCIPAIS IMPACTOS GERADOS NO MANEJO DAS GESTANTES 
DURANTE O PRÉ-NATAL FRENTE A PANDEMIA DA COVID-19. 
19. Júnior RE. GOVERNO DE SANTA CATARINA SECRETARIA DE ESTADO DA 
SAÚDE SUPERINTENDÊNCIA DE PLANEJAMENTO EM SAÚDE 
DIRETORIA DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE NOTA TÉCNICA No 
007/2021-NAMCA/DAPS/SPS/SES Atualizada em 05 de abril de 2021. 
20. Ministério da Saúde Secretaria de Atenção à Saúde Departamento de Atenção 
Básica B. ATENÇÃO BÁSICA CADERNOS de ATENÇÃO AO PRÉ-NATAL DE 
BAIXO RISCO. 2012 [cited 2022 Jul 17]; Available from: 
http://www.saude.gov.br/editora 
21. Glazer KB, Vieira L, Weber E, Stone J, Stern T, Bianco A, et al. COVID-19 
pandemic-related change in racial and ethnic disparities in exclusive breastmilk 
feeding during the delivery hospitalization: a differences-in-differences 
analysis. BMC Pregnancy Childbirth. 2022 Dec 1;22(1). 
22. Vazquez-Vazquez A, Dib S, Rougeaux E, Wells JC, Fewtrell MS. The impact of 
the Covid-19 lockdown on the experiences and feeding practices of new 
mothers in the UK: Preliminarydata from the COVID-19 New Mum Study. 
Appetite [Internet]. 2021 Jan 1 [cited 2022 Jun 6];156:104985. Available from: 
/pmc/articles/PMC7538871/ 
23. Latorre G, Martinelli D, Guida P, Masi E, De Benedictis R, Maggio L. Impact of 
COVID-19 pandemic lockdown on exclusive breastfeeding in non-infected 
mothers. Int Breastfeed J [Internet]. 2021 Dec 1 [cited 2022 Jun 6];16(1). 
Available from: /pmc/articles/PMC8052849/ 
24. Piankusol C, Sirikul W, Ongprasert K, Siviroj P. Factors Affecting Breastfeeding 
Practices under Lockdown during the COVID-19 Pandemic in Thailand: A 
Cross-Sectional Survey. Int J Environ Res Public Health [Internet]. 2021 Aug 2 
[cited 2022 Jun 6];18(16):8729. Available from: /pmc/articles/PMC8391455/ 
28 
 
25. Williams J, Namazova-Baranova L, Weber M, Vural M, Mestrovic J, Carrasco-
Sanz A, et al. The Importance of Continuing Breastfeeding during Coronavirus 
Disease-2019: In Support of the World Health Organization Statement on 
Breastfeeding during the Pandemic. J Pediatr. 2020 Aug 1;223:234–6. 
26. Santos RC dos, Amaral RCC, Santos E, Carvalho TV, Correia TLBV, Costa 
CM da, et al. Aleitamento materno exclusivo em tempos de pandemia da 
COVID-19: revisão integrativa. Res Soc Dev. 2021;10(3):e28310313167. 
27. De Almeida Carreiro J, Francisco AA, De Vilhena Abrão ACF, Marcacine KO, 
De Sá Vieira Abuchaim E, Coca KP. Dificuldades relacionadas ao aleitamento 
materno: análise de um serviço especializado em amamentação. Acta Paul 
Enferm [Internet]. 2018 Jul 1 [cited 2022 Jun 13];31(4):430–8. Available from: 
http://www.scielo.br/j/ape/a/VpgWqMNCRFF5vLVJvFfPSXz/?lang=pt 
28. Daltro MC de SL, Vale U da C, Sousa MNA de, Castro BA, Suárez L de AB, 
Bezerra ALD. FATORES QUE INFLUENCIAM NA INTERRUPÇÃO DO 
ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO EM NUTRIZES. Brazilian J Prod Eng 
- BJPE [Internet]. 2021 Aug 24;6(2):153–62. Available from: 
https://periodicos.ufes.br/bjpe/article/view/35499 
29. Mundial O, Saúde DA. Módulo 1-Histórico e Implementação INICIATIVA 
HOSPITAL AMIGO DA CRIANÇA: revista, atualizada e ampliada para o 
cuidado integrado FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA. 2003 
[cited 2022 Jun 27]; Available from: 
http://portal.saude.gov.br/portal/saude/cidadao 
30. Lima APC, Nascimento DDS, Martins MMF. A prática do aleitamento materno 
e os fatores que levam ao desmame precoce: uma revisão integrativa. J Heal 
Biol Sci [Internet]. 2018 Apr 2;6(2):189. Available from: 
http://periodicos.unichristus.edu.br/index.php/jhbs/article/view/1633

Continue navegando