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SAÚDE DA MULHER Aulas 1 e 2 Avaliação pré concepcional É a consulta que antecede a gravidez e nela devemos identificar possíveis fatores de risco ou doenças que possam influenciar a futura gestação (evitando aumentar os níveis de mortalidade materna e infantil e morbidade). Pode ser na consulta ginecológica normal ou um agendamento específico. Pré natal de alto risco É aquele em que o risco de doença ou morte, antes ou depois do parto, é maior do que o habitual. Fatores relacionados às características individuais e às condições sociodemográficas desfavoráveis: ▪ Idade menor do que 15 e maior que 35 ▪ Ocupação com esforço físico excessivo, carga horária extensa, exposição a agentes físicos, químicos, estresse... ▪ Situação familiar insegura (não aceitação da gravidez) ▪ Situação conjugal insegura ▪ Baixa escolaridade (menos que 5 anos de estudo regular) ▪ Condições ambientais desfavoráveis ▪ Altura menor que 1,45cm ▪ IMC de baixo peso, sobrepeso ou obesidade Fatores relacionados à história reprodutiva anterior: ▪ Recém-nascido com restrição de crescimento, pré-termo ou malformado ▪ Macrossomia fetal ▪ Síndromes hemorrágicas ou hipertensivas transitórias ▪ Intervalo interpartal menor que 2 anos ou maior que 5 anos ▪ Nuliparidade ou multiparidade (5 ou mais) ▪ Cirurgia uterina anterior ▪ 3 ou mais cesarianas Fatores relacionados à gravidez atual: ▪ Ganho ponderal inadequado ▪ Infecção urinária ▪ Anemia ferropriva moderada Objetivos do pré natal ▪ Acolher a mulher desde o início da gravidez, o mais precocemente possível ▪ Prevenir e detectar o aparecimento de fatores de risco ▪ Diagnosticar e tratar os problemas que possam ocorrer no período gestacional ▪ Avaliar o desenvolvimento fetal ▪ Promover uma gravidez saudável e parto sem complicações ▪ Favorecer o bem estar materno e neonatal 10 passos para um PN de qualidade 1. Iniciar o pré natal na atenção primária até a 12ª semana de gestação 2. Garantir os recursos necessários à atenção PN 3. Toda gestante deve ter assegurado a solicitação, realização e avaliação em termo oportuno do resultado dos exames preconizados no atendimento 4. Promover a escuta ativa da gestante e seus acompanhantes *As rodas de gestantes são importantes para assegurar esses aspectos 5. Garantir o transporte público gratuito da gestante para o atendimento, quando necessário. 6. É direito do parceiro ser cuidado antes, durante e depois da gestação 7. Garantir o acesso a unidade de saúde especializada, quando necessário 8. Estimular e informar sobre os benefícios do parto fisiológico (elaboração do plano de parto) 9. É direito da gestante conhecer previamente o serviço de saúde no qual dará à luz (vinculação) 10. As mulheres devem conhecer e exercer os direitos garantidos por lei no período puerperal Acolhimento É a postura prática nas ações de atenção à saúde e cuidado, que favorece uma relação de confiança. O que deve ser feito? ▪ Acolher suas histórias e queixas, partilhar experiências, preocupações... ▪ Estabelecer um momento privilegiado para discutir e esclarecer questões únicas e individualizadas para cada mulher e seu parceiro ▪ Abordar temas que são tabus (ex: sexualidade) ▪ Manter um diálogo franco e ético, com privacidade e autonomia ▪ Manter a integralidade do cuidado ▪ Estabelecer uma escuta aberta e sem julgamentos Na prática: ▪ Se apresentar ▪ Chamar pelo nome ▪ Prestar informações sobre condutas e procedimentos que devem ser realizados ▪ Escutar e valorizar o que é dito ▪ Garantir a privacidade e confidencialidade das informações Atividades educativas São oferecidas para que as gestantes e acompanhantes tenham acesso a informações relacionadas à gestação -> prevenindo fatores de risco e complicações. Cria um espaço de acolhimento, trocas de experiências entre os participantes e profissionais de saúde e lá o processo da gestação é discutido. Estimula a adesão mais precocemente possível da gestante e família ampliada ao pré natal e à puericultura Favorece o vínculo entre gestante e equipes de saúde e da maternidade de referência Temas abordados: ▪ Orientação nutricional ▪ Amamentação ▪ Parto e maternidade ▪ Direitos da gestante ▪ Hábitos de saúde e higiene Equipe que compõe o PN: médico, enfermeiro, nutricionista, dentista, fisioterapeuta, psicólogo e assistente social. Caderneta da gestante É um instrumento de registro com os principais dados de acompanhamento da gestante. Deve ser fornecido a todas e preenchido pelos profissionais de saúde, mas permanece com ela. Calendário de consultas Recomenda-se, no mínimo, 6 consultas (Ministério da Saúde), mas na prática sempre são pedidas mais: Até a 28ª semana: consultas mensais (= 7) Da 28ª a 36ª: consultas quinzenais (= +-4) Da 37ª a 40ª/41ª: consultas semanais (= 4 ou 5) Consulta inicial PN Em geral, o motivo da consulta é a gravidez ou a suspeita dela. Durante a consulta: ▪ Chamar pelo nome ▪ Identificar-se ▪ Estar atento ao timbre da voz ▪ Estabelecer uma distância próxima ▪ Manter-se sentada de frente para a porta em atitude acolhedora na recepção ▪ Não modificar a expressão facial diante das respostas ▪ Informar a paciente cada etapa da consulta ▪ Assegurar a confidencialidade e privacidade ▪ Não comentar sobre o caso durante a consulta ▪ Cuidado para não haver inversão de papeis ▪ Linguagem simplificada ▪ Ser sincero, humilde ▪ Estimular a paciente a fazer perguntas ▪ Não induzir as respostas Anamnese Identificação ▪ Prontuário ▪ RG ▪ Nome ▪ Idade ▪ Nome dos pais ▪ Gênero ▪ Data nascimento ▪ Telefone ▪ Naturalidade ▪ Profissão ▪ Cidade ▪ Endereço ▪ Bairro ▪ Se está acompanhada Dados socioeconômicos ▪ Escolaridade ▪ Estado civil ▪ Raça/cor ▪ Religião/espiritualidade ▪ Situação familiar ▪ Se o trabalho é remunerado ▪ Ocupação ▪ Horas de trabalho//dia ▪ Renda familiar em salários mínimos ▪ Pessoas vivendo com essa renda ▪ Casa própria ▪ Número de cômodos Gestação Atual ▪ Planejamento (se foi planejada e caso não tenha sido se está aceitando) ▪ Se foi falha no uso do contraceptivo ou falha do contraceptivo ▪ Aceitação do companheiro a gravidez ▪ DUM ▪ IG ▪ DPP ▪ IG (USG) ▪ DPP (USG) ▪ Grupo sanguíneo/Rh ▪ Grupo sanguíneo/Rh parceiro Queixas principais Náuseas, vômitos, cefaleia, pirose, dor pélvica, disúria, sangramento, obstipação, leucorréia, outras. Intercorrências na gestação atual ▪ Se teve atendimento em PA Maternidade - Quando foi - Qual foi a PA - Motivo - Tratamento prescrito - Se está usando medicação atualmente (qual; dosagem) Antecedentes pessoais/patológicos Hipertensão, diabetes, cardiopatias, infecção urinária, nefropatias, hanseníase, anemia, tireoidopatia, tuberculose, hepatites, alergias, neoplasias, TVP, cirurgias, transfusão, asma brônquica, outros Identificação Queixa Principal História Atual Antecedentes pessoais e familiares Hábitos de vida Imunização História psicossocial Exame físico Antecedentes familiares Hipertensão, diabetes, gemelaridade, AVC, neoplasias, malformação congênita, IAM, tuberculose, doença psíquica Antecedentes Ginecológicos /sexuais ▪ Patologias mamárias (qual?) ▪ Infertilidade ▪ Citologia oncótica regularmente ▪ Menarca ▪ Ciclos menstruais regulares ou não ▪ Dias de fluxo ▪ Coitarca ▪ Dispaurenia ▪ Uso regular de preservativo ▪ Contracepção ▪ Passado de IST - Qual - Quando - Tratamento Antecedentes obstétricos ▪ Gestação ▪ Parto ▪ Aborto ▪ Gravidez ectópica ▪ Gemelaridade ▪ Filhos vivos ▪Óbitos na 1ª semana ▪ Óbitos após 1ª semana ▪ Data do último parto Hábitos de vida História psicossocial ▪ Relação pessoal com a gestação e significado da maternidade ▪ Condições psicológicas da infância e adolescência ▪ Eventos marcantes da vida ▪ Ambiente psicossocial do passando recente e atual ▪ Condição e relação da vida do casal ▪ Preparação para a chegada da criança ▪ Se pretende amamentar ▪ Situação de violência/traumas de gestações anteriores Imunização Exame físico Avaliação de risco gravídico Condutas gerais Suplementação Exames solicitados Plano/conduta terapêutica e educacional Agendamento pré natal Exame físico Pulso, pressão arterial, temperatura, altura/estatura, peso, cálculo IMC Cuidados antes do exame: ▪ Explicar o procedimento ▪ Solicitar que esvazie a bexiga ▪ Auxiliar a gestante a subir e como se deitar na maca corretamente ▪ Só deixar exposta a área a ser examinada ▪ Lavar as mãos (antes e depois) Exame Físico Verificação do estado geral + Inspeção de pele e mucosas Palpação da tireoide Exame clínico das mamas Avaliação dos MMII Palpação obstétrica + Ausculta dos BCF Exame obstétrico Medida da altura uterina ▪ Posicionar a gestante em decúbito dorsal, com abdome descoberto ▪ Delimitar a borda superior da sínfise púbica e o fundo uterino ▪ Fixar a extremidade inicial da fita métrica, flexível e não extensível, na borda superior da sínfise, entre os dedos indicador e médio ▪ Proceder a leitura quando a borda cubital da mão atingir o fundo uterino Até 8ª semana Sem alterações 8ª semana O útero corresponde ao dobro do tamanho normal 10ª semana O útero corresponde ao triplo do tamanho normal 12ª semana O útero enche a pelve; é palpável da sínfise púbica 16ª semana É palpado entre a sínfise púbica e a cicatriz umbilical 20ª semana É palpado na altura da cicatriz umbilical 20ª até a 32ª semana A altura está diretamente relacionada com a IG (1cm = 1 semana) Manobras de Leopold São um método comum e sistemático de se determinar a posição do feto dentro do útero de uma mulher, podendo ser feitas a partir da 16ª semana (exceto a 4ª manobra). São 4 ações distintas: 1. Delimite o fundo do útero com a borda cubital de ambas as mãos e reconheça a parte fetal que o ocupa -> Altura uterina (foto A) 2. Deslize as mãos do fundo uterino até o polo inferior do útero, procurando sentir o dorso e as pequenas partes do feto -> Situação fetal (foto B) Altura uterina Dorso Situação Apresentação Ausculta dos BCF 3. Explore a mobilidade do polo, que se apresenta no estreito superior pélvico -> Apresentação (foto C) 4. Determine o grau de encaixamento pélvico; feita a partir da 36ª semana (foto D) Localização fetal / dorso Usado para definir se o bebê está virado para o lado direto ou esquerdo da mãe, ou se está na transversal Situação fetal É a relação entre o maior eixo uterino e o maior eixo fetal. O bebê pode estar na longitudinal, transversal ou oblíqua Apresentação É a definição de qual região fetal ocupa o eixo superior da pelve materna e nela se insinuará Pode ser cefálica, côrmica ou pélvica Ausculta do BCF Frequência esperada: 110 a 160bpm Alterações podem traduzir sofrimento fetal. Avaliação dos MMII Tem o objetivo de detectar precocemente a ocorrência de edema patológico Nos MMII: ▪ Posicionar a gestante em decúbito dorsal ou sentada, sem meias ▪ Pressione a pele na altura do tornozelo (região perimaleolar) e na perna, no nível do terço médio anterior (região pré tibial). O edema fica evidenciado mediante presença de depressão duradoura no local pressionado. Na região sacra: ▪ Gestante em decúbito lateral ou sentada ▪ Pressione a pele por alguns segundos, na região sacra, com o polegar. O edema fica evidenciado mediante presença de depressão duradoura no local. Na face nos MMSS: ▪ A presença de edema ocorre em 80% das gestantes e é pouco sensível e específico para o diagnóstico pré eclâmpsia DIVISÃO DOS TRIMESTRES 1º trimestre: 4 a 15 semanas e 6 dias 2º trimestre: 16 a 27 semanas e 6 dias 3º trimestre: 28 a 40 semanas Imunização Esquema dT/dTpa É indicado um intervalo de 60 dias entre as doses: ▪ 16 semanas: 1ª dose dT ▪ 24 semanas: 2ª dose dT ▪ 32 semanas: dose única da dTpa Se tem o esquema completo de dT/dTpa em mais ou menos 10 anos: dose única de dTpa Se chegar a partir das 20 semanas: o esquema é encurtado; a gestante tem que tomar a dose única de dTpa antes do parto, respeitando 30 dias entre cada vacina (lembrando que a dTpa deve ser tomada entre a 20ª e a 36ª semana) Esquema Hepatite B Em casos de AntiHBs negativo: ▪ 1ª dose ▪ 2ª dose: 30 dias após a 1ª ▪ 3ª dose: 5 meses (180) após a 2ª Exames laboratoriais Na primeira consulta: ▪ Hemograma ▪ Grupo sanguíneo/Fator Rh ▪ Glicemia em jejum ▪ VDRL ▪ Eletroforese de hemoglobina ▪ HTLV I/II ▪ HIV I/II ▪ Ag HBs ▪ Anti HBs ▪ Anti HCV ▪ Rubéola (IgG/IgM) ▪ Toxoplasmose (IgG/IgM) ▪ Citomegalovirus (IgG/IgM) ▪ Sumário de urina ▪ Urocultura ▪ Parasitológico de fezes TODOS esses exames podem ser feitos pelo SUS. No segundo trimestre: ▪ Hemograma ▪ Glicemia em jejum ▪ VDRL ▪ Sumário de Urina ▪ Urocultura Teste de tolerância de glicose oral (TTGO): solicitar entre 24 e 28 semanas para todas as gestantes Caso a mãe seja Rh negativo → Combs indireto Apenas caso de IgG/IgM negativos → refazer exames de: ▪ Rubéola (IgG/IgM) ▪ Toxoplasmose (IgG/IgM) ▪ Citomegalovírus (IgG/IgM) Terceiro trimestre: ▪ Hemograma ▪ Glicemia em jejum ▪ VDRL ▪ Sumário de urina ▪ Urocultura ▪ HIV I/II (não tinha no 2º trimestre!) Se IgG/IgM negativos: refazer os exames de: ▪ Rubéola (IgG/IgM) ▪ Toxoplasmose (IgG/IgM) ▪ Citomegalovírus (IgG/IgM) Se Rh negativo → Coombs indireto Se coombs indireto negativo → repeti-lo a cada 4 semanas a partir da 24ª semana Se coombs indireto positivo → encaminhar a gestante para o pré natal de alto risco Papanicolau – Preventivo Deve ser feito caso tenha mais de um ano que realizou o exame/se nunca realizou. Preferencialmente no segundo trimestre. Ultrassonografias ▪ Transvaginal: 5-9 semanas ▪ Obstétrica: 10-12 semanas ▪ Morfológica: 10-12 semanas (1º trimestre) 20-23 semanas (2º trimestre) ▪ Obstétrica: 36-40 semanas OBS: a morfológica não é feita pelo SUS, então deve ser indicada e, se a gestante não tiver condição de pagar, ela deve fazer a obstétrica. Suplementação Ácido fólico Protege contra a má formação do tubo neural e anemia. Posologia: dose única diária de 0,4mg Deve ser usado pelo menos dois meses antes e nos dois primeiros meses de gestação Sulfato ferroso Previne anemia ferropriva na gestação, parto e puerpério. Posologia: 40mg/dia A partir da 16ª semana e deve ser mantida no pós parto e/ou no pós aborto por 3 meses A gestante pode diluir em algum suco e tomar perto da hora da refeição para melhores resultados. Eles podem ser substituídos por polivitamínicos, mas esse não é distribuído pelo SUS (apenas o sulfato ferroso e o ác. Fólico) Condutas gerais ▪ Orientar a gestante sobre a alimentação e o acompanhamento do ganho de peso ▪ Incentivar o aleitamento materno exclusivo ▪ Fornecer as respostas às indagações da gestante e seu parceiro ▪ Prescrever ác. Fólico e sulfato ferroso ▪ Orientar sobre os sinais de risco e necessidade de assistência ▪ Referenciar para o atendimento odontológico ▪ Encaminhar para imunização ▪ Referenciar a gestante para serviços especializados quando o procedimentofor indicado ▪ Realizar ações e práticas educativas ▪ Agendar consultas subsequentes Transvaginal Obstétrica Morfológica Planos de cuidado Planos diagnósticos Planejam as provas diagnósticas necessárias para elucidar os problemas. Ex: exames laboratoriais Planos terapêuticos Registro das indicações terapêuticas planejadas para a resolução ou manejo do problema. Ex: medicamentos, dietas etc. Planos de seguimento Expõem estratégias de seguimento longitudinal do problema em questão. Ex: sobrepeso, monitoramento ambulatorial da glicemia, pressão arterial elevada etc. Planos de educação em saúde Registro das informações e orientações apresentadas em relação ao exemplo em questão. Ex: hábitos de vida, higiene, atividade física etc. Exames Laboratoriais (vídeo aula AVA) Hemograma Apresenta o resultado das hemácias, glóbulos brancos e plaquetas. É dividido em: ▪ Eritrograma ▪ Leucograma ▪ Contagem de plaquetas O eritrograma é subdividido em: ▪ Hemácias ▪ Hemoglobina ▪ Hematrocrito (percentual do sangue ocupado por hemácias) - Se esses 3 estiverem abaixo do valor de referência: anemia - Se acima: policitemia ▪ Volume Globular Médio (tamanho das hemácias) ▪ Hemoglobina Globular Média (peso da h. dentro da hemácia) ▪ Concentração de Hemoglobina Globular Média (concentração de h. dentro da hemácia) ▪ RDW (índice do tamanho das hemácias, quanto >, > é o tamanho das hemácias) O leucograma é dividido em: ▪ Neutrófilos ▪ Linfócitos ▪ Monócitos ▪ Eosinófilos ▪ Basófilos Redução no número de plaquetas → trombocitopenia Aumento no número de plaquetas → trombocitose Exame de tipagem sanguínea Fator Rh + → tudo OK! Fator Rh - → pode estar relacionada a eritroblastose fetal Se mãe Rh- e pai Rh+ ou desconhecido → coombs indireto Glicemia em jejum É o primeiro teste para avaliação do estado glicêmico da gestante e é um rastreamento para o diabetes mellitus gestacional (DMG). Não existe alta no PN! Consulta puerperal: 8 dias pós parto para avaliar as condições da mãe, amamentação e orientações. Consulta ginecológica: 42 dias do parto, avaliação e escolha de um método contraceptivo e planejamento reprodutivo VDRL Sorologia para sífilis. Se for positivo, não necessariamente ela tem sífilis e deve-se pedir um teste confirmatório. Eletroforese de hemoglobina Método de separação e medição de hemoglobinas. É necessário para rastrear hemoglobinopatias (ex: anemia falciforme). HTLV Retrovírus da mesma família do HIV que infecta as células T humanas. Sua forma I está relacionada a doenças graves neurológicas, degenerativas e hematológicas (ex: leucemia). Transmissão: contato sexual, transfusão sanguínea, amamentação e agulhas e seringas compartilhadas. Se a mãe tem conhecimento de ser portadora de HTLV ainda durante a gravidez, há condições de impedir o aleitamento e evitar a transmissão do vírus para o bebê. HIV I/II Transmissão: contato sexual, transfusão sanguínea, amamentação e agulhas e seringas compartilhadas. Se a mãe tem conhecimento de ser portadora de HIV ainda durante a gravidez, há condições de impedir o aleitamento e evitar a transmissão do vírus para o bebê. AgHBs e Anti-HBs Transmissão: exposição sexual ou a sangue contaminado e transmissão vertical. AgHBs é uma proteína de superfície que pode ser encontrada em altas concentrações durante a infecção. O anti-HBs é geralmente interpretado como recuperação e imunidade ao vírus B e também pode ser detectado em pessoas imunizadas por meio de vacina. Anti HCV É o exame para diagnosticar hepatite C. Se + -> deve fazer um exame mais sensível para detectar o RNA do vírus no sangue IgG e IgM Se os dois negativos: nunca foi exposta a esses agentes. Deve repetir os exames nos próximos trimestres. IgG – e IgM + -> indica infecção aguda (ela tem os primeiros anticorpos, mas não tem memória) IgG + e IgM + -> realiza o teste de avidez do IgG IgG+ e IgM - -> imune Sumário de urina e urocultura Investiga proteinúria, bacteriúria e hematúria. Urocultura: investiga a presenta de bactérias e o seu tipo. Parasitológico de fezes Detecta e identifica a presença de parasitas ou seus ovos nas fezes – protozoários e helmintos. Fornece informações sobre a cor e odor das fezes, além de ver a presença de sangue. As infecções parasitarias podem comprometer a nutrição materna e o desenvolvimento fetal. OBS: nem todos os tratamentos para infecções parasitárias podem acontecer durante a gravidez.
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