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alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 2 GEOGRAFIA DO BRASIL – FORMAÇÕES VEGETACIONAIS DOMÍNIOS NATURAIS: DISTRIBUIÇÃO DA VEGETAÇÃO I FORMAÇÕES VEGETACIONAIS BRASILEIRAS A história da flora brasileira resultou em uma grande diversidade de associações ou distribuição espacial das associações vegetais. Há diferentes critérios de classificação da vegetação brasileira e sua distribuição. Cada autor seleciona, conforme o seu enfoque, critérios que podem ser fisionômicos, ecológicos, bioclimáticos, etc. De forma genérica, existem no Brasil a Floresta Amazônica, a Mata Atlântica, a Mata de Araucária ou Mata dos Pinheiros, a Mata dos Cocais e as Matas Ciliares, que constituem as formações florestais arbóreas. Entre as formações arbustivas destacam-se a Caatinga, o Cerrado e os Campos. Aparecem ainda em nosso território o Complexo do Pantanal e a Vegetação Litorânea. FLORESTA EQUATORIAL (AMAZÔNICA) O naturalista alemão, Alexander von Humboldt, realizou expedições científicas pela Amazônia (Venezuela e Colômbia), e denominou-a Hiléia1. Já outro nome do naturalismo, o também alemão Carl Philipp von Martius, em sua obra Flora brasiliensis, denominou a floresta equatorial como Náiade, deusa grega dos rios e das fontes. A Amazônia é a maior floresta do mundo, ocupando cerca de 5,5 milhões de quilômetros quadrados (60% de toda a floresta recobre o Brasil). O elemento de maior destaque dessa floresta é sem dúvidas a sua biodiversidade, cerca ⅓ do número de espécies do planeta, mas que chega a intrigar pesquisadores de todo o mundo quanto à possibilidade de catalogar um número tão significativo de espécies. No Brasil, ocupa a quase totalidade da região norte, a porção setentrional de Mato Grosso e a porção ocidental do Maranhão. Devido à existência na Amazônia de uma topografia em três níveis, a floresta também apresenta-se em três estratos, que são: 1 Hiléia: da palavra grega hyle, que significa “matéria”, “madeira” ou “floresta”. https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 3 OS SUBTIPOS DA FLORESTA IGAPÓ (CAAIGAPÓ): Ocorre em solo permanentemente alagado, em terrenos baixos próximos dos rios. Via de regra o solo e a água dos igapós são ácidos. Ex.: Taxi, Arapati e a Mamorana. Mata de Igapó no Rio Madeira. VÁRZEA: Localizam-se sobre os terrenos periodicamente alagados e sua composição florística varia de acordo com a duração do período em que ela é alagada, o que é determinado pela altura em relação ao nível de base dos rios. É uma formação intermediária entre as matas de igapó e de terra firme. Ex.: Cumaru-de-Cheiro, Seringueira e Pau-Mulato. TERRA FIRME (CAAETÊ): A mata de terra firme compreende a maior parte da floresta. São regiões que não sofrem inundações por estarem situadas nas áreas mais elevadas do terreno. Como o solo está livre das inundações, as árvores mais altas da floresta, tem aí entre 40 e 60m de altura. O entrelaçamento das copas quase impede a passagem de luz e água. No meio da floresta aparecem tipos especiais de associações locais, que se diferenciam pela sua composição florística e ecológica. São os campos e a “caatinga” amazônica, que ocorrem no alto rio Negro e no alto Solimões. São formações abertas, sempre verdes e com folhagem xeromórfica. São inteiramente diferentes das caatingas nordestinas, predominando nos campos limpos (próximo a Boa Vista) e nas manchas de cerrados. No Amapá, na ilha de Marajó e nas planícies amazônicas onde não se instalou a floresta aparecem as campinaranas, predominantemente de gramíneas. Os campos cerrados forma “ilhas” de vegetação do tipo savânica no litoral (ilha de Marajó), no baixo Amazonas (Pará, entre os cursos superiores dos rios Jari e Trombetas e no sul do Pará e Amazonas, na altura do médio Tapajós, entre os rios Purus e Madeira). CONTI, José Bueno https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 4 & FURLAN, Sueli Angelo. Geoecologia – O Clima, os solos e a biota. In: Geografia do Brasil. ROSS, Jurandyr.L.S. São Paulo: EDUSP. p. 164. AMAZÔNIA LEGAL A Amazônia legal foi delimitada pelo governo brasileiro em 1966 como região política para a execução de planos de desenvolvimento e ações de assistência e fiscalização, engloba os sete estados da Região Norte, além do Mato Grosso e parte do Maranhão e Goiás. A área de 3,8 milhões de quilômetros quadrados, tem 23 milhões de habitantes. ARCO DO DESMATAMENTO O chamado Arco do Desmatamento é uma região em que a grande diversidade de ocupação e de atividade vem acarretando intenso processo de queimadas e desflorestamentos. As finalidades são a extração de madeira, a abertura de área para a pecuária ou para a agricultura (soja), etc. Trata-se de um grande cinturão que contorna a floresta, principalmente no limite com o Cerrado. Também conhecido como Arco do Fogo ou, mais recentemente, como Arco de Povoamento Adensado, estende-se desde a desembocadura do Rio Amazonas até o oeste do Maranhão, leste e sudeste do Pará, Tocantins, Mato Grosso e Rondônia. As florestas nessas regiões estão se transformando em cerrados e o regime das chuvas tem-se alterado com a diminuição das precipitações, aumento da erosão e prejuízo à biodiversidade da região. https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 5 Fonte: THÉRY, Hervé; MELLO, Neli A. Atlas do Brasil: disparidades e dinâmicas do território. São Paulo: Edusp, 2005, p. 70. PARA ALÉM DO ARCO DO FOGO A constatação de que a natureza da expansão das atividades agropecuárias desenvolvidas na Amazônia, aí incluído o crescimento da área de pastagens, obedece, atualmente, a uma lógica diversa daquela que ocorreu na abertura da fronteira, tendendo claramente à intensificação do processo produtivo tanto na pecuária quanto na agricultura, principalmente no cerrado matogrossense, permite afirmar que a designação “Arco do Fogo”, ou “Arco do Desmatamento”, ou “Arco de Terras Degradadas” é ultrapassada ou constitui uma maneira reducionista de captar a realidade do uso da terra na região amazônica, onde é justo nesse arco que ocorrem as inovações. Tal designação parece estar fortemente ancorada na intepretação de satélite captada à distância, isto é, do alto, sem o embasamento necessário e imprescindível dos processos históricos que moldaram as formas de ocupação e uso do território amazônico, ao longo do tempo. BECKER, Bertha Koiffmann. Amazônia: geopolítica na virada no III milênio. Rio de Janeiro: Garamond, 2009. VIGILÂNCIA NA AMAZÔNIA O Sistema de Vigilância da Amazônia ou SIVAM é um projeto elaborado pelos órgãos de defesa do Brasil, com a finalidade de monitorar o espaço aéreo da Amazônia. Conta com uma parte civil, o Sistema de Proteção da Amazônia, ou SIPAM. Esse projeto vinha a atender um antigo anseio das forças armadas que desejavam garantir a presença das forças armadas brasileira na Amazônia, com a finalidade de fazer frente a manifestações de líderes internacionais contra os direitos do povo brasileiro sobre essa região. Os sucessivos projetos de internacionalização da Amazônia fortaleceram essa percepção de ameaça sobre a soberania territorial da Amazônia Brasileira. Para fazer frente a esse tipo de ameaça, as Forças Armadas, juntamente com pesquisadores civis da região Amazônica propuseram a construção de uma ampla infraestrutura de apoio à vigilância aérea e comunicação na região amazônica. Como parte do projeto SIVAM foi construída a infraestrutura necessária para suportar a fixação de enormes antenas de radar, sistemas de comunicação, bem como de modernas aparelhagens eletrônicas. Também faz parte dessa infraestrutura a integração com o satélite brasileiro de sensoriamento remoto, que permite fiscalizar o desmatamento na Amazônia. https://www.alfaconcursos.com.br/
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