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da Defesa Agropecuária 1 Doenças de Interesse (INF1) Catálogo FEBRE AFTOSA 1······································································································ ESTOMATITE VESICULAR 18··················································································· RAIVA 32····················································································································· TUBERCULOSE BOVINA (Mycobacterium bovis) 52················································· BRUCELOSE BOVINA (Brucella abortus) 79······························································ ENCEFALOPATIAS ESPONGIFORMES TRANSMISSÍVEIS 109······························ ANEMIA INFECCIOSA EQUINA 130·········································································· MORMO 143··············································································································· RESUMO 160·············································································································· QUESTÕES COMENTADAS 169··············································································· Caro aluno, você deverá utilizar o método SOMA (Sistema Objetivo de Memorização e Avaliação) para responder 10 questões sem conferir com o gabarito ou corrigir as respostas. Em seguida, você deverá ler todo o capítulo seguinte e repetir as mesmas questões no final do capítulo, utilizando o método SOMA para corrigir as questões feitas nos dois momentos conforme o gabarito e anote no local indicado. Ao final, subtraia a nota obtida na segunda tentativa pela nota obtida na primeira tentativa e multiplique por 10 para obter a porcentagem de retenção do conteúdo. Isso irá ajudá-lo a avaliar seu progresso e identificar quais tópicos precisam ser revisados. Exemplo: 4 acertos nas questões respondidas no início do capítulo; 8 acertos nas questões respondidas no final do capítulo; x 10 = Nº acertos depois da leitura - Nº acertos antes da leitura x 10 = % acréscimo de conhecimento Bons estudos! QUESTÕES SOBRE FEBRE AFTOSA PARA MÉTODO SOMA 01. O Brasil erradicou a Febre Aftosa em todo o país com reconhecimento internacional da OMSA (Organização Mundial de Saúde Animal) no ano de 2018. O vírus causador da Febre Aftosa pertence à família: A. Adenoviridae. B. Rhabdoviridae. C. Flaviviridae. D. Papillomaviridae. E. Picornaviridae. 02. A febre aftosa é uma doença vírica que provoca feridas na boca e nas patas de animais suscetíveis. O controle dessa doença é realizado pela vacinação dos animais suscetíveis e/ou pelo abate desses animais nos quais a vacinação não é realizada, segundo o nível sanitário da região. O Brasil desenvolve um abrangente programa sanitário contra essa doença. Em relação ao controle da febre aftosa, é correto afirmar que: A. Os estados do Amapá, Roraima, partes do Amazonas e do Pará (antigas zonas de proteção) foram reconhecidos como livres de febre aftosa com vacinação, sendo incorporados à zona livre já consolidada no País em maio de 2018. B. Desde o ano de 2017, no estado de Santa Catarina, retornou a obrigatoriedade da vacinação dos bovinos contra a febre aftosa. C. Na região da Campanha do Rio Grande do Sul, onde predomina a criação extensiva de bovinos de corte, a vacinação contra a febre aftosa é realizada com o emprego da vacina monovalente. D. Nos estados da região nordeste do Brasil, as vacinas que contêm os tipos SAT1, SAT2, SAT3 e Ásia são mais indicadas, pois a proteção também é estendida para os caprinos e ovinos deslanados. E. O Brasil, sob a coordenação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e com a participação dos serviços veterinários estaduais e do setor agro produtivo, erradicou a febre aftosa em todo o país, com reconhecimento internacional da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) desde o ano de 2015. convet.com.br 2 03. A febre aftosa, doença altamente contagiosa e de grande impacto econômico, é uma enfermidade de animais _________________, como os ___________ e ______________. Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho acima. A. solípedes – equinos – muares B. felinos – guepardos – onça pintada C. carnívoros – cães – hienas D. biungulados – bovinos – suínos E. biungulados – asininos – muares 04. A febre aftosa é uma doença infecciosa aguda que causa febre, seguida do aparecimento de vesículas (aftas), principalmente na boca e nos pés de animais de casco fendido. Quanto a esse tema, analise as afirmativas seguintes, marque C (certo) ou E (errado) e assinale a alternativa correta: ( ) O vírus está presente em grande quantidade no epitélio e fluído das vesículas. Também pode ser encontrado na saliva, no leite e nas fezes dos animais afetados. ( ) A doença é transmitida pela movimentação de animais, pessoas, veículos e outros objetos contaminados pelo vírus. ( ) Calçados, roupas e mãos das pessoas que lidaram com animais doentes também podem transmitir o vírus. ( ) Atualmente, no Brasil, são encontradas basicamente 3 categorias, conforme o status sanitário: Zona livre sem vacinação (Estado de SC), Zona infectada (Estados do AM, AP e RR) e Zona livre com vacinação (restante do país). ( ) Entre as estratégias do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA) estão o fortalecimento das estruturas dos serviços veterinários oficiais e da infraestrutura para diagnóstico, cadastramento do setor agropecuário, aprimoramento dos mecanismos de vigilância, etapas de vacinação sistemática nas zonas livres com vacinação, manutenção de programas de educação e comunicação em saúde animal, promoção e consolidação da participação comunitária. A. E – C – E – C – C. B. C – C – C – C – E. convet.com.br 3 C. C – C – C – E – C. D. C – C – E – E – C. E. E – C – C – E – E. 05. Sobre a febre aftosa, doença de notificação compulsória, assinale (V) para verdadeiro, (F) para falso nas afirmativas abaixo: ( ) Em bovinos, é uma doença que requer notificação mensal de qualquer caso confirmado. ( )Uma das principais características da patogênese é a facilidade com que o vírus pode ser transportado, não apenas por animais infectados e seus produtos, mas também mecanicamente por seres humanos e outros animais. ( ) As lesões ocorrentes na mucosa oral produzem salivação excessiva e tornam difícil a ingestão de alimentos e água. ( ) As lesões são restritas à mucosa oral, formando pequenas vesículas, denominadas aftas. ( ) No diagnóstico diferencial, é necessário que sejam consideradas todas as chamadas “doenças vesiculares”, como o exantema vesicular e estomatite vesicular. A sequência correta é: A. V, V, F, V, F. B. F, V, V, F, V. C. V, F, V, F, V. D. F, V, F, F, V. E. V, F, F, V, F. 06. Sobre a febre aftosa, é correto afirmar: A. As quatro proteínas estruturais presentes no capsídeo do vírion são VP1, VP2, VP4, VP5. B. Possui sete sorotipos imunologicamente distintos. C. As partículas víricas são icosaédricas e possuem envelope. convet.com.br 4 D. A proteína VP1 localiza-se internamente na partícula viral e está intimamente associada ao RNA viral. E. O receptor responsável pela adsorção viral a membranas celulares localiza-se na proteína VP2. 07. Como é o genoma do vírus da febre aftosa? A. RNA de fita simples e polaridade negativa B. RNA de fita dupla e polaridade positiva C. DNA de fita dupla e polaridade negativa D. DNA de fita dupla e polaridade positiva E. RNA de fita simples e polaridade positiva 08. Qual é o período de incubação da Febre Aftosa? A. 0 a 2 dias. B. 4 a 10 dias. C. 2 a 14 dias. D. 10 a 15 dias. E. 15 a 20 dias. 09. A Febre Aftosa é uma doença viral altamentecontagiosa que afeta principalmente bovinos e suínos. Ela é causada pelo vírus da Febre Aftosa (FMDV) e se manifesta através de sintomas como úlceras na boca e nos cascos, febre e dificuldade para se alimentar. A Febre Aftosa é uma doença de notificação obrigatória e é controlada através de medidas de vigilância, prevenção e erradicação, incluindo vacinação e quarentena. Não é considerado um diagnóstico diferencial da Febre Aftosa: A. Peste bovina B. Doença das mucosas C. Leucose Enzootica Bovina D. Língua azul convet.com.br 5 E. Estomatite papulosa bovina 10. Para a manutenção da condição sanitária de país livre ou de zonas livres de febre aftosa no país, o SVO nas UF deverá executar de forma continuada as seguintes atividades, exceto: A. Investigação de todos os casos suspeitos de doença vesicular. B. Controle do ingresso de animais susceptíveis, bem como produtos e subprodutos de risco. C. Coibir a existência de espécies animais suscetíveis em lixões ou aterros sanitários. D. Vacinação sistemática e obrigatória de todos os animais suscetíveis. E. Proibição da manutenção e manipulação de vírus viável, exceto em instituições com nível de biossegurança apropriado e oficialmente autorizadas. convet.com.br 6 FEBRE AFTOSA ETIOLOGIA Classificação Vírus da família Picornaviridae, gênero Aphthovirus. Sete sorotipos imunologicamente distintos: A, O, C, SAT1, SAT2, SAT3, Asia1. Características As partículas víricas dos picornavírus são icosaédricas (25-30 nm de diâmetro), sem envelope e contêm uma molécula de RNA de fita simples e polaridade positiva como genoma. O capsídeo possui uma superfície externa regular, é perfeitamente simétrico, e é composto por 60 unidades estruturais. Cada uma dessas unidades, denominadas protômero, é formada por uma cópia das quatro proteínas estruturais: VP1, VP2, VP3 e VP4. A proteína VP4 localiza-se internamente na partícula viral e está intimamente associada ao RNA viral. O receptor responsável por adsorção viral a membranas celulares localiza-se na proteína VP1, bem como também possui o principal epítopo indutor de resposta humoral. Fonte: FLORES, E.F. Virologia Veterinária 2007. convet.com.br 7 Resistência à ação física e química EPIDEMIOLOGIA Uma das doenças mais contagiosas dos animais que causa importantes perdas econômicas. Baixa taxa de mortalidade em animais adultos, mas pode levar à alta mortalidade em animais jovens devido à miocardite. Hospedeiros Bovídeos (bovinos, zebus, búfalos domésticos, iaques), ovinos, caprinos, todos os ruminantes selvagens e suídeos. Os camelídeos (camelos, dromedários, lhamas, vicunhas) têm baixa suscetibilidade. OBS.: Segundo a IN 48/2020, são susceptíveis à febre aftosa: espécies da subordem Ruminantia e da família Suidae, da ordem Artiodactyla, além do Camelus bactrianus, nas quais a infecção e a importância epidemiológica são cientificamente demonstradas, especialmente os bovinos, bubalinos, ovinos, caprinos e suínos; Transmissão Contato direto ou indireto (infecção por gotículas). Veículos animados (humanos etc.) e inanimados (veículos, artefatos). Vírus aerotransportado, especialmente em zonas mais frias (até 60 km sobre a terra e 300 km sobre o mar). Fontes de vírus Animais em período de incubação e clinicamente afetados. Ar expirado, saliva, fezes e urina; leite e sêmen (até 4 dias antes dos sintomas clínicos). convet.com.br 8 Carne e produtos derivados em que o pH manteve-se acima de 6,0. Portadores: em particular os bovinos e o búfalo aquático; animais convalescentes e vacinados expostos (o vírus persiste na orofaringe até 30 meses nos bovinos ou mais tempo no búfalo, 9 meses nos ovinos). O búfalo do Cabo africano é o principal hóspede para a manutenção de sorotipos SAT. Distribuição geográfica A febre aftosa é endêmica em partes da Ásia, África, Oriente Médio e na América do Sul (focos esporádicos em zonas livres da doença). Em 2018, o Brasil foi reconhecido pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) como país livre de febre aftosa com vacinação. A próxima etapa é obter o status livre da doença sem a vacina. DIAGNÓSTICO O período de incubação é de 2 a 14 dias. Diagnóstico clínico Bovinos • Pirexia (febre), anorexia, calafrios, redução da produção de leite durante 2 a 3 dias, seguido de: ▪ Ranger de dentes, salivação excessiva, som de “smack” produzido pelos lábios quando o animal abre a boca cheia de saliva, coceira de patas (pequenos coices): todos esses sinais são causados por vesículas (aftas) nas membranas das mucosas bucais e nasais ou entre as unhas e a banda coronária. ▪ depois de 24 horas: ruptura das vesículas, que deixa erosões. ▪ também podem aparecer vesículas nas glândulas mamárias. • A recuperação pode ocorrer em um prazo de 8 a 15 dias. • Complicações: erosões de língua, infecções secundárias, deformação dos cascos, mastites e diminuição permanente da produção de leite, miocardites, aborto, morte de animais jovens, perda de peso permanente, perda do controle térmico (dificuldade de respiração). Ovinos e caprinos As lesões são menos pronunciadas. Nas patas podem passar despercebidas. Pode haver lesões nas almofadas dentárias dos ovinos. A agalaxia é característica em ovinos e caprinos leiteiros. Morte de animais jovens. Suínos Podem desenvolver graves lesões nas patas, sobretudo quando se encontram em locais abrasivos. É frequente uma alta mortalidade de leitões. convet.com.br 9 Lesões • Vesículas na língua, almofadas dentárias, gengivas, porção interior da boca, palatos, lábios, orifícios das narinas, focinho, bandas coronárias, tetos, úbere, focinho e espaços interdigitais. • Lesões post-mortem nos pilares do rúmen, no miocárdio, particularmente nos animais jovens (coração “tigrado”). Diagnóstico diferencial • Clinicamente indiferenciáveis: Estomatite vesicular; Doença vesicular do suíno e Exantema vesicular do suíno. • Outros diagnósticos diferenciáveis: Peste bovina; Doença das mucosas; Rinotraqueíte infecciosa bovina; Língua azul; Mamilite bovina; Estomatite papulosa bovina e Diarreia viral bovina. Testes laboratoriais Identificação do agente • ELISA. • Prova de fixação de complemento. • Isolamento viral: inoculação de células primárias tireóideas de bovinos e células primárias renais de suínos, bezerros e cordeiros; inoculação de linhas celulares BHK-21 e IB-RS-2; inoculação de camundongos. Provas sorológicas (prescritas no Manual da OIE) • ELISA. • Prova de neutralização viral. Amostras • 1g de tecido de vesícula intacta ou recentemente aberta. Colocar as amostras epiteliais em meio para transporte que mantenha um pH de 7,2 a 7,4 (Líquido de Vallée) e conservá-las sob refrigeração (ver o Manual da OIE). • Líquido esofágico-faríngeo colhido mediante uma sonda esofágica (PROBANG). Manter as amostras congeladas a, pelo menos, -40°C imediatamente após a colheita (manter congeladas em freezer). PREVENÇÃO E PROFILAXIA Profilaxia sanitária • Proteção de zonas livres mediante controle e vigilância da movimentação de animais nas fronteiras. • Sacrifício de animais infectados, recuperados e de animais suscetíveis que entraram em contato com indivíduos infectados. • Desinfecção dos locais e de todo o material contaminado (artefatos, veículos, roupa etc). • Destruição dos cadáveres, objetos com risco de contaminação e produtos de animais suscetíveis na zona infectada. convet.com.br 10 Profilaxia médica • Vacina com vírus inativado que contém um adjuvante. • Imunidade: 6 meses depois das duas primeiras vacinações com um mês de intervalo, em função da relação antigênica entre a cepa da vacina e a cepa do foco. Atualmente, somente é permitida a utilização de vacina inativada, bivalente, formulada comas cepas virais A24 Cruzeiro e O1 Campos, com adjuvante oleoso. Bibliografia: OIE: FOOT AND MOUTH DISEASE https://www.oie.int/fileadmin/Home/eng/Animal_Health_in_the_World/docs/pdf/Disease_cards/FOOT_AND_MOUT H_DISEASE.pdf FLORES, E. F. Virologia Veterinária. 2007 Editora da UFSM, Santa Maria, RS. 888p. convet.com.br 11 https://www.oie.int/fileadmin/Home/eng/Animal_Health_in_the_World/docs/pdf/Disease_cards/FOOT_AND_MOUTH_DISEASE.pdf https://www.oie.int/fileadmin/Home/eng/Animal_Health_in_the_World/docs/pdf/Disease_cards/FOOT_AND_MOUTH_DISEASE.pdf QUESTÕES SOBRE FEBRE AFTOSA PARA MÉTODO SOMA 01. O Brasil erradicou a Febre Aftosa em todo o país com reconhecimento internacional da OMSA (Organização Mundial de Saúde Animal) no ano de 2018. O vírus causador da Febre Aftosa pertence à família: A. Adenoviridae. B. Rhabdoviridae. C. Flaviviridae. D. Papillomaviridae. E. Picornaviridae. 02. A febre aftosa é uma doença vírica que provoca feridas na boca e nas patas de animais suscetíveis. O controle dessa doença é realizado pela vacinação dos animais suscetíveis e/ou pelo abate desses animais nos quais a vacinação não é realizada, segundo o nível sanitário da região. O Brasil desenvolve um abrangente programa sanitário contra essa doença. Em relação ao controle da febre aftosa, é correto afirmar que: A. Os estados do Amapá, Roraima, partes do Amazonas e do Pará (antigas zonas de proteção) foram reconhecidos como livres de febre aftosa com vacinação, sendo incorporados à zona livre já consolidada no País em maio de 2018. B. Desde o ano de 2017, no estado de Santa Catarina, retornou a obrigatoriedade da vacinação dos bovinos contra a febre aftosa. C. Na região da Campanha do Rio Grande do Sul, onde predomina a criação extensiva de bovinos de corte, a vacinação contra a febre aftosa é realizada com o emprego da vacina monovalente. D. Nos estados da região nordeste do Brasil, as vacinas que contêm os tipos SAT1, SAT2, SAT3 e Ásia são mais indicadas, pois a proteção também é estendida para os caprinos e ovinos deslanados. E. O Brasil, sob a coordenação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e com a participação dos serviços veterinários estaduais e do setor agro produtivo, erradicou a febre aftosa em todo o país, com reconhecimento internacional da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) desde o ano de 2015. convet.com.br 12 03. A febre aftosa, doença altamente contagiosa e de grande impacto econômico, é uma enfermidade de animais _________________, como os ___________ e ______________. Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho acima. A. solípedes – equinos – muares B. felinos – guepardos – onça pintada C. carnívoros – cães – hienas D. biungulados – bovinos – suínos E. biungulados – asininos – muares 04. A febre aftosa é uma doença infecciosa aguda que causa febre, seguida do aparecimento de vesículas (aftas), principalmente na boca e nos pés de animais de casco fendido. Quanto a esse tema, analise as afirmativas seguintes, marque C (certo) ou E (errado) e assinale a alternativa correta: ( ) O vírus está presente em grande quantidade no epitélio e fluído das vesículas. Também pode ser encontrado na saliva, no leite e nas fezes dos animais afetados. ( ) A doença é transmitida pela movimentação de animais, pessoas, veículos e outros objetos contaminados pelo vírus. ( ) Calçados, roupas e mãos das pessoas que lidaram com animais doentes também podem transmitir o vírus. ( ) Atualmente, no Brasil, são encontradas basicamente 3 categorias, conforme o status sanitário: Zona livre sem vacinação (Estado de SC), Zona infectada (Estados do AM, AP e RR) e Zona livre com vacinação (restante do país). ( ) Entre as estratégias do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA) estão o fortalecimento das estruturas dos serviços veterinários oficiais e da infraestrutura para diagnóstico, cadastramento do setor agropecuário, aprimoramento dos mecanismos de vigilância, etapas de vacinação sistemática nas zonas livres com vacinação, manutenção de programas de educação e comunicação em saúde animal, promoção e consolidação da participação comunitária. A. E – C – E – C – C. B. C – C – C – C – E. convet.com.br 13 C. C – C – C – E – C. D. C – C – E – E – C. E. E – C – C – E – E. 05. Sobre a febre aftosa, doença de notificação compulsória, assinale (V) para verdadeiro, (F) para falso nas afirmativas abaixo: ( ) Em bovinos, é uma doença que requer notificação mensal de qualquer caso confirmado. ( )Uma das principais características da patogênese é a facilidade com que o vírus pode ser transportado, não apenas por animais infectados e seus produtos, mas também mecanicamente por seres humanos e outros animais. ( ) As lesões ocorrentes na mucosa oral produzem salivação excessiva e tornam difícil a ingestão de alimentos e água. ( ) As lesões são restritas à mucosa oral, formando pequenas vesículas, denominadas aftas. ( ) No diagnóstico diferencial, é necessário que sejam consideradas todas as chamadas “doenças vesiculares”, como o exantema vesicular e estomatite vesicular. A sequência correta é: A. V, V, F, V, F. B. F, V, V, F, V. C. V, F, V, F, V. D. F, V, F, F, V. E. V, F, F, V, F. 06. Sobre a febre aftosa, é correto afirmar: A. As quatro proteínas estruturais presentes no capsídeo do vírion são VP1, VP2, VP4, VP5. B. Possui sete sorotipos imunologicamente distintos. C. As partículas víricas são icosaédricas e possuem envelope. convet.com.br 14 D. A proteína VP1 localiza-se internamente na partícula viral e está intimamente associada ao RNA viral. E. O receptor responsável pela adsorção viral a membranas celulares localiza-se na proteína VP2. 07. Como é o genoma do vírus da febre aftosa? A. RNA de fita simples e polaridade negativa B. RNA de fita dupla e polaridade positiva C. DNA de fita dupla e polaridade negativa D. DNA de fita dupla e polaridade positiva E. RNA de fita simples e polaridade positiva 08. Qual é o período de incubação da Febre Aftosa? A. 0 a 2 dias. B. 4 a 10 dias. C. 2 a 14 dias. D. 10 a 15 dias. E. 15 a 20 dias. 09. A Febre Aftosa é uma doença viral altamente contagiosa que afeta principalmente bovinos e suínos. Ela é causada pelo vírus da Febre Aftosa (FMDV) e se manifesta através de sintomas como úlceras na boca e nos cascos, febre e dificuldade para se alimentar. A Febre Aftosa é uma doença de notificação obrigatória e é controlada através de medidas de vigilância, prevenção e erradicação, incluindo vacinação e quarentena. Não é considerado um diagnóstico diferencial da Febre Aftosa: A. Peste bovina B. Doença das mucosas C. Leucose Enzootica Bovina D. Língua azul convet.com.br 15 E. Estomatite papulosa bovina 10. Para a manutenção da condição sanitária de país livre ou de zonas livres de febre aftosa no país, o SVO nas UF deverá executar de forma continuada as seguintes atividades, exceto: A. Investigação de todos os casos suspeitos de doença vesicular. B. Controle do ingresso de animais susceptíveis, bem como produtos e subprodutos de risco. C. Coibir a existência de espécies animais suscetíveis em lixões ou aterros sanitários. D. Vacinação sistemática e obrigatória de todos os animais suscetíveis. E. Proibição da manutenção e manipulação de vírus viável, exceto em instituições com nível de biossegurança apropriado e oficialmente autorizadas. convet.com.br 16 GABARITO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 E A D C B B E C C D x 10 = Nº acertos depois da leitura - Nº acertos antes da leitura x 10 = % acréscimo de conhecimento convet.com.br 17 18 QUESTÕESSOBRE ESTOMATITE VESICULAR PARA MÉTODO SOMA 01. A Estomatite vesicular é uma doença viral importante para a pecuária nas Américas. Sobre essa doença, assinale a INCORRETA: A. A taxa de mortalidade é baixa. B. Lesões nas patas e coceira são frequentes nos suínos. C. É clinicamente indistinguível de outras doenças vesiculares em bovinos, suínos, ovinos e caprinos, entretanto, quando os equinos da mesma região são acometidos, é possível suspeitar-se da doença. D. O período de incubação pode durar até 60 dias. E. A taxa de morbidade é variável, chegando a até 90% em um rebanho. 02. Assinale a alternativa que corresponde à família do agente etiológico responsável pela estomatite vesicular: A. Rhabdoviridae B. Picornaviridae C. Flaviviridae D. Herpesviridae E. Reoviridae 03. A Estomatite Vesicular (EV) é uma doença infecciosa que acomete animais domésticos, tanto ungulados quanto biungulados, além de outras espécies de mamíferos silvestres. Sobre a Estomatite vesicular, julgue as alternativas a seguir, e assinale a INCORRETA: A. A enfermidade tem como sinais clínicos o aparecimento de lesões vesiculares na língua, gengiva, lábios, tetos e coroa do casco. B. Animais biungulados apresentam lesões no espaço interdigital e coroa do casco, as quais cicatrizam-se completamente em duas a três semanas. convet.com.br 19 C. Os subtipos VSIV-2 e VSIV-3 têm sido ocasionalmente isolados no Brasil, sendo que o subtipo VSIV-3 tem sido mais restrito à região Nordeste (NE) do país. D. É uma zoonose de baixo impacto. E. É considerada uma doença exótica no Brasil. 04. São diagnósticos diferenciais da Estomatite vesicular, EXCETO: A. Febre aftosa. B. Língua azul. C. Rinotraqueíte infecciosa bovina. D. Dermatose nodular contagiosa. E. Exantema vesicular do suíno. 05. Sobre o agente etiológico da Estomatite vesicular, assinale a alternativa INCORRETA: A. O nucleocapsídeo viral possui simetria icosaédrica. B. Pertence a mesma família que o agente etiológico da Raiva. C. É estável entre pH 4,0 e 10,0. D. Possui forma de um projétil. E. Possui dois sorogrupos antigenicamente distintos: New Jersey (VSNJV) e Indiana (VSIV). 06. Em relação à estomatite vesicular, assinale a alternativa INCORRETA: A. As lesões são limitadas aos tecidos epiteliais da boca, tetos e patas. B. Pode ser transmitida por artrópodes, como Phlebotomus e Aedes. C. A principal forma de prevenção é por meio da vacinação anual dos animais suscetíveis. D. Equinos são suscetíveis à infecção. E. Podem ocorrer, simultaneamente, focos de estomatite vesicular e febre aftosa. convet.com.br 20 07. A estomatite vesicular (EV) é uma das quatro doenças vesiculares que acometem os animais domésticos, gerando perdas econômicas associadas a diminuição da produção de leite e do ganho de peso. Sobre essa doença, julgue os itens a seguir: I. Nos animais com estomatite vesicular, as lesões podem também se manifestar na região do úbere, o que não ocorre nos infectados pela febre aftosa. II. A estomatite vesicular é frequente durante a estação seca. III. São fontes do vírus: saliva, exsudato ou epitélio de vesículas abertas e vetores. IV. É uma doença de notificação obrigatória quando há suspeita ou confirmação laboratorial. Estão CORRETOS: A. III e IV. B. II, III e IV. C. I, III e IV. D. I e II. E. II e III. 08. Como é o genoma do vírus da estomatite vesicular? A. DNA de fita dupla e polaridade positiva B. RNA de fita dupla e polaridade positiva C. DNA de fita dupla e polaridade negativa D. RNA de fita simples e polaridade positiva E. RNA de fita simples e polaridade negativa 09. Sobre o diagnóstico, prevenção e profilaxia da estomatite vesicular, assinale a alternativa INCORRETA: A. Não há tratamento específico, mas antibióticos podem ser utilizados para impedir a infecção secundária de tecidos escoriados. convet.com.br 21 B. Para identificação do agente, pode ser coletado tecido epitelial que recobre as vesículas, colocado em glicerol tamponado somente. C. O isolamento do vírus pode ser feito por meio da inoculação em ovos embrionados de galinha. D. Neutralização viral, ELISA e Fixação de complemento são utilizados como provas sorológicas. E. Para realização de provas sorológicas, são coletados soros pareados durante a fase aguda e a fase convalescente. 10. Em relação à estomatite vesicular, assinale a alternativa INCORRETA: A. A doença caracteriza-se por vesículas esbranquiçadas, elevadas ou abertas, de distintos tamanhos na boca e por sialosquese. B. A doença pode ser transmitida por via cutânea ou através das mucosas. C. O vírus sobrevive durante grandes períodos a baixas temperaturas. D. As lesões cardíacas e no rúmen, as quais podem ser vistas na febre aftosa, não ocorrem nos casos de estomatite vesicular. E. Os principais hospedeiros são os equídeos, bovídeos e suídeos. convet.com.br 22 ESTOMATITE VESICULAR ETIOLOGIA Classificação Vírus da família Rhabdoviridae, gênero Vesiculovirus. O VSV possui dois sorogrupos antigenicamente distintos: New Jersey (VSNJV) e Indiana (VSIV). O sorogrupo VSNJV está disseminado na região centro-sul dos Estados Unidos. O sorogrupo VSIV possui subtipos antigenicamente distintos: Indiana I (VSIV-1-amostra clássica), Indiana II (VSIV-2 Cocal e Argentina) e Indiana III (VSIV-3 - Alagoas). Características Possui forma de um projétil, com o comprimento e o diâmetro variando entre 100 a 430 nm e 45 a 100 nm, respectivamente. É formado por 5 polipeptídeos principais, denominados L, G, N, NS e M, com o ácido nucleico formado por uma única molécula linear de ácido ribonucleico de fita simples com polaridade negativa; o nucleocapsídeo possui simetria helicoidal e é circundado por uma camada lipoproteica de onde partem projeções de 5 a 10 nm e que constituem a glicoproteína viral. Por esta região o vírus interage com as células susceptíveis e também está envolvida na neutralização viral, além de diferenciar os sorotipos. Resistência à ação física e química: convet.com.br 23 EPIDEMIOLOGIA • Taxa de morbidade variável, chegando a até 90% em um rebanho. • Baixa taxa de mortalidade. Hospedeiros • Humanos (zoonose de baixo impacto). • Hospedeiros domésticos: equídeos, bovídeos, suídeos. • Hospedeiros selvagens: veado e numerosas espécies de pequenos mamíferos dos trópicos. Transmissão • Transmissão por via cutânea ou através das mucosas. • Transmissão por artrópodes (Phlebotomus, Aedes etc..). • Variações estacionais: a estomatite vesicular é frequente na estação de chuvas nas zonas tropicais, apesar de que em alguns países também se registra durante a estação seca. Geralmente desaparece com as primeiras geadas nas zonas temperadas. Fonte: FLORES, E.F. Virologia Veterinária 2007 Fontes de vírus • Saliva, exsudado ou epitélio de vesículas abertas • Vetores • Solo e plantas (suspeitas) convet.com.br 24 Distribuição geográfica Os subtipos VSIV-2 e VSIV-3 têm sido ocasionalmente isolados no Brasil, sendo que o subtipo VSIV-3 tem sido mais restrito à região Nordeste (NE) do país. Isolados do sorotipo VSNJV e VSIV-1 são endêmicos em rebanhos do sul do México, América Central, Venezuela, Colômbia, Equador e Peru, sendo o VSNJV envolvido com a maioria dos casos, com atividade esporádica no norte do México e oeste dos Estados Unidos. Existem cerca de 20 outros subtipos que ainda não foram caracterizados. DIAGNÓSTICO O período de incubação pode durar até 21 dias. Diagnóstico clínico A sintomatologia é semelhante à da febre aftosa, com a qual se pode confundir facilmente (mas os cavalos são resistentes à febre aftosa e suscetíveis à estomatite vesicular) • Salivação excessiva • Vesículas esbranquiçadas, elevadas ou abertas, de distintos tamanhos na boca • Cavalos:superfície superior da língua, superfície dos lábios e ao redor dos olhos, comissuras da boca e gengivas • Bovinos: língua, lábios, gengivas, parte interna da boca (palato duro) e, às vezes, focinho e ao redor do focinho e narina • Suínos: focinho • Lesões nas patas de equinos e ovinos não são raras • Lesões dos tetos no gado leiteiro • As lesões nas patas e coceira são frequentes nos suínos • Recuperação em, aproximadamente, 2 semanas • Complicações: diminuição da produção e mastite no gado leiteiro devido a infecções secundárias, lesões que dificultam a locomoção nos cavalos Lesões Limitadas aos tecidos epiteliais da boca, tetos e patas. Diagnóstico diferencial • Clinicamente indiferenciadas: Febre aftosa; Doença vesicular suína e Exantema vesicular do suíno. • Outros diagnósticos diferenciais: Rinotraqueíte infecciosa bovina; Diarreia viral bovina e Língua azul. Testes laboratoriais Identificação do agente: • Isolamento viral: inoculação em ovos embrionados de galinha; camundongos; sistemas de cultivos celulares (fibroblastos de pintinhos, rins de suínos, BHK-21); almofada plantar de cobaias; cavalos e bovinos; focinho de suínos. • Detecção do antígeno viral pela prova de fixação do complemento, ELISA ou provas de neutralização em cultivos de tecidos, ovos embrionados de galinha ou camundongos lactentes. convet.com.br 25 Provas sorológicas: • Neutralização viral • ELISA • Fixação de complemento Amostras Identificação do agente: • Tecido epitelial que recobre as vesículas, colocado em glicerol tamponado ou congelado (Líquido de Vallée) • Líquido vesicular colhido assepticamente e congelado Provas sorológicas: • Soros pareados colhidos durante a fase aguda e a fase convalescente PREVENÇÃO E PROFILAXIA • Não há tratamento específico. • Os antibióticos podem impedir a infecção secundária de tecidos escoriados. Profilaxia sanitária • Restringir a movimentação de animais, efetuar rapidamente diagnóstico laboratorial e descontaminação de veículos e fômites. Profilaxia médica • Tem-se testado experimentalmente vacinas com vírus inativados e atenuados, mas ainda não estão disponíveis no mercado. Bibliografia: OIE: VESICULAR STOMATITIS https://www.oie.int/fileadmin/Home/eng/Animal_Health_in_the_World/docs/pdf/Disease_cards/VESICULAR_STOM ATITIS.pdf FLORES, E. F. Virologia Veterinária. 2007 Editora da UFSM, Santa Maria, RS. 888p. convet.com.br 26 https://www.oie.int/fileadmin/Home/eng/Animal_Health_in_the_World/docs/pdf/Disease_cards/VESICULAR_STOMATITIS.pdf https://www.oie.int/fileadmin/Home/eng/Animal_Health_in_the_World/docs/pdf/Disease_cards/VESICULAR_STOMATITIS.pdf QUESTÕES SOBRE ESTOMATITE VESICULAR PARA MÉTODO SOMA 01. A Estomatite vesicular é uma doença viral importante para a pecuária nas Américas. Sobre essa doença, assinale a INCORRETA: A. A taxa de mortalidade é baixa. B. Lesões nas patas e coceira são frequentes nos suínos. C. É clinicamente indistinguível de outras doenças vesiculares em bovinos, suínos, ovinos e caprinos, entretanto, quando os equinos da mesma região são acometidos, é possível suspeitar-se da doença. D. O período de incubação pode durar até 60 dias. E. A taxa de morbidade é variável, chegando a até 90% em um rebanho. 02. Assinale a alternativa que corresponde à família do agente etiológico responsável pela estomatite vesicular: A. Rhabdoviridae B. Picornaviridae C. Flaviviridae D. Herpesviridae E. Reoviridae 03. A Estomatite Vesicular (EV) é uma doença infecciosa que acomete animais domésticos, tanto ungulados quanto biungulados, além de outras espécies de mamíferos silvestres. Sobre a Estomatite vesicular, julgue as alternativas a seguir, e assinale a INCORRETA: A. A enfermidade tem como sinais clínicos o aparecimento de lesões vesiculares na língua, gengiva, lábios, tetos e coroa do casco. B. Animais biungulados apresentam lesões no espaço interdigital e coroa do casco, as quais cicatrizam-se completamente em duas a três semanas. convet.com.br 27 C. Os subtipos VSIV-2 e VSIV-3 têm sido ocasionalmente isolados no Brasil, sendo que o subtipo VSIV-3 tem sido mais restrito à região Nordeste (NE) do país. D. É uma zoonose de baixo impacto. E. É considerada uma doença exótica no Brasil. 04. São diagnósticos diferenciais da Estomatite vesicular, EXCETO: A. Febre aftosa. B. Língua azul. C. Rinotraqueíte infecciosa bovina. D. Dermatose nodular contagiosa. E. Exantema vesicular do suíno. 05. Sobre o agente etiológico da Estomatite vesicular, assinale a alternativa INCORRETA: A. O nucleocapsídeo viral possui simetria icosaédrica. B. Pertence a mesma família que o agente etiológico da Raiva. C. É estável entre pH 4,0 e 10,0. D. Possui forma de um projétil. E. Possui dois sorogrupos antigenicamente distintos: New Jersey (VSNJV) e Indiana (VSIV). 06. Em relação à estomatite vesicular, assinale a alternativa INCORRETA: A. As lesões são limitadas aos tecidos epiteliais da boca, tetos e patas. B. Pode ser transmitida por artrópodes, como Phlebotomus e Aedes. C. A principal forma de prevenção é por meio da vacinação anual dos animais suscetíveis. D. Equinos são suscetíveis à infecção. E. Podem ocorrer, simultaneamente, focos de estomatite vesicular e febre aftosa. convet.com.br 28 07. A estomatite vesicular (EV) é uma das quatro doenças vesiculares que acometem os animais domésticos, gerando perdas econômicas associadas a diminuição da produção de leite e do ganho de peso. Sobre essa doença, julgue os itens a seguir: I. Nos animais com estomatite vesicular, as lesões podem também se manifestar na região do úbere, o que não ocorre nos infectados pela febre aftosa. II. A estomatite vesicular é frequente durante a estação seca. III. São fontes do vírus: saliva, exsudato ou epitélio de vesículas abertas e vetores. IV. É uma doença de notificação obrigatória quando há suspeita ou confirmação laboratorial. Estão CORRETOS: A. III e IV. B. II, III e IV. C. I, III e IV. D. I e II. E. II e III. 08. Como é o genoma do vírus da estomatite vesicular? A. DNA de fita dupla e polaridade positiva B. RNA de fita dupla e polaridade positiva C. DNA de fita dupla e polaridade negativa D. RNA de fita simples e polaridade positiva E. RNA de fita simples e polaridade negativa 09. Sobre o diagnóstico, prevenção e profilaxia da estomatite vesicular, assinale a alternativa INCORRETA: A. Não há tratamento específico, mas antibióticos podem ser utilizados para impedir a infecção secundária de tecidos escoriados. convet.com.br 29 B. Para identificação do agente, pode ser coletado tecido epitelial que recobre as vesículas, colocado em glicerol tamponado somente. C. O isolamento do vírus pode ser feito por meio da inoculação em ovos embrionados de galinha. D. Neutralização viral, ELISA e Fixação de complemento são utilizados como provas sorológicas. E. Para realização de provas sorológicas, são coletados soros pareados durante a fase aguda e a fase convalescente. 10. Em relação à estomatite vesicular, assinale a alternativa INCORRETA: A. A doença caracteriza-se por vesículas esbranquiçadas, elevadas ou abertas, de distintos tamanhos na boca e por sialosquese. B. A doença pode ser transmitida por via cutânea ou através das mucosas. C. O vírus sobrevive durante grandes períodos a baixas temperaturas. D. As lesões cardíacas e no rúmen, as quais podem ser vistas na febre aftosa, não ocorrem nos casos de estomatite vesicular. E. Os principais hospedeiros são os equídeos, bovídeos e suídeos. convet.com.br 30 GABARITO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D A E D A C A E A x 10 = Nº acertos depois da leitura - Nº acertos antes da leitura x 10 = % acréscimo deconhecimento convet.com.br 31 B 32 QUESTÕES SOBRE RAIVA PARA MÉTODO SOMA 01. A doença conhecida como Raiva, que acomete os mamíferos em geral, é causada por um vírus da família Rhabdoviridae, gênero Lyssavirus e espécie Rabies vírus (RABV). Na família Rhabdoviridae existe um grande número de espécies de vírus que infectam animais vertebrados (mamíferos, peixes e répteis), invertebrados e plantas, o que demonstra a grande diversidade destes vírus. Assinale a alternativa que não corresponde aos gêneros que infectam animais vertebrados: A. Vesiculovirus. B. Cytorhabdovirus. C. Lyssavirus. D. Ephemerovirus. E. Novirhabdovirus 02. A Raiva é uma doença infecciosa, de origem viral. Apresenta letalidade de 100% e alto custo na assistência às pessoas expostas ao risco de adoecer e morrer. Referente aos sintomas da Raiva, assinale a alternativa que preencha correta e respectivamente as lacunas. O vírus rábico é _____ e sua ação, no _____ causa um quadro clínico característico de ______, decorrente da sua multiplicação entre os _____. O ciclo silvestre (aéreo e terrestre) adquire, na atualidade, particular gravidade para a área da saúde pública, e sua expansão vem sendo influenciada por certas intervenções e/ou modificações ambientais. A. neurotrópico / sistema nervoso central / encefalite aguda / neurônios B. nefrotóxico / rim / insuficiência renal / nefrídeos C. nefrotóxico / sistema nervoso central / encefalite crônica / neurônios D. neurotrópico / sistema nervoso periférico / insuficiência renal / neurônios E. neurotrópico / sistema nervoso central / encefalite crônica / neurônios 03. Em relação à raiva, analise as assertivas abaixo e assinale V, se verdadeiras, ou F, se falsas. ( ) O método para o controle de morcegos hematófagos está baseado na utilização de substâncias anticoagulantes, especificamente a warfarina. ( ) Seu agente etiológico é um vírus RNA (ácido ribonucléico) de fita simples. Possui nucleocapsídeo helicoidal envolto por envelope lipoproteico. convet.com.br 33 ( ) Doença de Aujeszky, babesiose cerebral, listeriose e encefalite equina são doenças que podem cursar com sinais clínicos compatíveis com raiva. ( ) O Desmodus rotundus é o mais importante transmissor da raiva, tanto no ciclo urbano como no ciclo dos herbívoros. A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: A. F – V – F – V. B. F – V – F – F. C. F – F – V – F. D. V – V – V – F. E. V – F – F – V. 04. Com relação à raiva, doença conhecida há séculos, e uma das zoonoses mais importantes, assinale a alternativa correta. A. O período de incubação do vírus no hospedeiro é curto, sendo geralmente inferior a uma semana. B. Nos cães, os principais sinais clínicos são a paralisia e a salivação, não sendo observada agressividade em nenhum caso. C. Em bovinos, a raiva manifesta-se na forma paralítica e na forma furiosa, sendo a forma paralítica a mais comumente observada. D. Várias espécies animais são acometidas, com exceção dos equinos. E. Nos casos de raiva humana associados à transmissão por morcegos, tem sido observada principalmente a sintomatologia furiosa da doença. 05. Sobre a colheita de material para exames de diagnóstico de raiva em bovinos, é correto afirmar que: A. A colheita das amostras deve ser realizada exclusivamente por Médico Veterinário. B. As amostras devem ser acondicionadas unicamente em embalagens de saco plástico ou frasco inquebrável e não deformável. C. Quando possível, enviar a cabeça inteira do animal, para preservação do material infectante. D. Para o diagnóstico da raiva, deve ser colhido o tronco encefálico com o Óbex. E. A amostra deve ser enviada sob refrigeração (2 a 8º C) quando o período entre a coleta e a chegada ao laboratório for menor que 24 horas. 06. Com relação ao diagnóstico da Raiva, de acordo com o Manual Técnico de Controle da Raiva dos Herbívoros, disponibilizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), de 2009, assinale a alternativa INCORRETA. convet.com.br 34 A. Não se deve concluir o diagnóstico de raiva somente com a observação clínica e epidemiológica. B. O uso do teste de imunofluorescência direta (IFD), caiu em desuso devido a sua baixa especificidade, sendo assim substituído pelo teste de inoculação em camundongos. C. Fragmentos do hipocampo, tronco cerebral, tálamo, córtex, cerebelo e medula oblonga são tidos tradicionalmente como materiais de escolha no diagnóstico laboratorial. D. O isolamento viral detecta a infecciosidade da amostra, por meio de inoculação da suspensão de tecidos extraídos da amostra suspeita, em sistemas biológicos. 07. Os morcegos pertencem ao segundo grupo mais diverso entre os mamíferos: a ordem Chiroptera. Existem cerca de 1.200 espécies diferentes de morcegos no mundo, sendo apenas três consideradas hematófagas, ou seja, que realmente se alimentam de sangue. No Brasil, podem ser encontradas 178 espécies, incluindo as três hematófagas. De acordo com o Manual Técnico – Controle da Raiva dos Herbívoros do MAPA (2009), a espécie de morcego mais importante na transmissão da raiva para os bovinos no país é: A. Diphylla ecaudata. B. Desmodus rotundus. C. Diaemus youngi. D. Tadarida brasiliensis. E. Molossus molossus. 08. A Raiva é uma antropozoonose, ou seja, uma doença que passa dos animais ao homem e vice-versa. Essa enfermidade é transmitida ao homem pela inoculação do vírus presente na saliva e secreções do animal infectado, principalmente pela mordedura e lambedura. Os sintomas da raiva são característicos e variam no animal e no ser humano. A raiva apresenta ciclos de transmissão, sendo que os principais são: I - Ciclo aéreo, que envolve os morcegos hematófagos e não hematófagos. II - Ciclo rural, representado pelos animais de produção. III - Ciclo urbano, relacionado aos cães e gatos. IV - Ciclo silvestre terrestre, que engloba os sagüis, cachorros do mato, raposas, guaxinim, macacos entre outros animais selvagens. A alternativa que relata o correto é: A. Estão corretas as afirmativas I, III e IV. B. Estão corretas as afirmativas I, II e IV. C. Estão corretas as afirmativas I, II, III e IV. D. Estão corretas as afirmativas I, II e III. E. Estão corretas as afirmativas I e II. convet.com.br 35 09. O Programa Nacional de Raiva dos Herbívoros (PNCRH) tem como objetivo manter sob controle a incidência da raiva na população de herbívoros domésticos. Uma das estratégias desse programa é a vacinação de espécies susceptíveis. Em relação à vacinação contra a raiva, é CORRETO afirmar: A. Animais primovacinados devem ser revacinados 45 dias após a primeira vacinação. B. É utilizada vacina viva atenuada. C. Para efeito da revacinação, considera-se que a duração da imunidade conferida pela vacina é de, no máximo, 12 meses. D. A vacinação é compulsória quando da ocorrência de focos da doença, e deve ser adotada, preferencialmente, em humanos. E. A vacina deve ser mantida congelada nos estabelecimentos comerciais. 10. O Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros elaborado pelo Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento regulamentou normas para o controle da raiva nos herbívoros. Com relação a essas normas para controle da raiva, assinale com V as afirmativas verdadeiras e com F as falsas. ( ) Na profilaxia da raiva dos herbívoros, será utilizada somente vacina inativada, na dosagem de 5 ml, administrada pelo médico veterinário, por meio da via subcutânea ou intramuscular. ( ) Nas áreas de ocorrência de raiva, a vacinação será adotada sistematicamente, em bovídeos e equídeos com idade igual ou superior a 8 meses, sob a supervisão do médico veterinário. ( ) O proprietário do animal deverá notificar de imediato ao Serviço Veterinário Oficial a ocorrência ou a suspeita decasos de raiva, assim como a presença de animais atacados por morcegos hematófagos ou a existência de abrigos de tal espécie. ( ) Cabe ao proprietário do animal tomar as providências necessárias ao atendimento dos animais e à coleta de material para diagnóstico da raiva e de outras encefalites diferenciais. Assinale a sequência correta. A. F V F V B. V F F F C. V V V V D. F F V F E. F F F F convet.com.br 36 www.coachingconvet.com RAIVA A raiva é uma doença aguda do Sistema Nervoso Central (SNC) que pode acometer todos os mamíferos, inclusive os seres humanos. É caracterizada por uma encefalomielite fatal causada por vírus do gênero Lyssavirus. A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em seu Código Sanitário para os Animais Terrestres, lista a raiva na categoria das enfermidades comuns a várias espécies. ETIOLOGIA Classificação O vírus da raiva (RabV) pertence à família Rhabdoviridae, gênero Lyssavirus. No Brasil, foram identificadas as variantes: Características Os vírions apresentam a forma característica da família, que lembra um projétil de revólver, com cerca de 75 nm de diâmetro e comprimento entre 100 e 300 nm. A partícula apresenta-se como um denso cilindro formado pelo genoma viral, cadeia de RNA de fita simples, disposto em formato de mola e envolto em uma proteína denominada nucleoproteína (N). Este conjunto forma, junto com moléculas de outras três proteínas estruturais (P, M e L), o nucleocapsídeo, que apresenta simetria helicoidal. O nucleocapsídeo, por sua vez, é envolto em um envelope, que deriva das membranas celulares. Nesse envelope, estão inseridos trímeros de moléculas da glicoproteína G, que atravessa o envelope e projeta suas espículas para a parte externa do vírion. 37 www.coachingconvet.com Fonte: FLORES, E.F. Virologia Veterinária 2007. Resistência à ação física e química: EPIDEMIOLOGIA Transmissores Em países onde a raiva canina é controlada e não existem morcegos hematófagos, os principais transmissores são os animais silvestres terrestres, como as raposas (Vulpes vulpes), os coiotes (Canis latrans), os lobos (Canis lupus), as raposas-do-ártico (Alopex lagopus), os raccoon-dogs (Nyctereutes procyonoides), os guaxinins (Procyon lotor), os skunks (Mephitis mephitis), entre outros. • Inativação a 80°C em 2 minutos e à luz solar, em 14 dias, a 30°C Temperatura • Estável entre pH >5 e <10 pH •Destruído por hipoclorito a 2%, formol a 10%, glutaraldeído a 1-2%, ácido sulfúrico a 2%, fenol e ácido clorídrico a 5%, creolina a 1%, entre outros. Desinfetantes •Mantem sua infecciosidade por períodos relativamente longos, sendo então inativado naturalmente pelo processo de autólise. A putrefação destrói o vírus lentamente, cerca de 14 dias. Sobrevivência • Pouco resistente aos agentes químicos (éter, clorofórmio, sais minerais, ácidos e álcalis fortes), aos agentes físicos (calor, luz ultravioleta) e às condições ambientais, como dessecação, luminosidade e temperatura excessiva. Produtos Químicos 38 www.coachingconvet.com Onde a doença não é controlada, como países da África, Asia e América-Latina, o vírus é mantido por várias espécies de animais domésticos e silvestres. No Brasil, a principal espécie animal transmissora da raiva ao ser humano continua sendo o cão, embora os morcegos estejam cada vez mais aumentando a sua participação, podendo ser os principais responsáveis pela manutenção de vírus no ambiente silvestre. Identificações positivas de vírus da raiva já foram descritas em animais silvestres da fauna brasileira, tais como as raposas, jaritatacas, guaxinins, saguis, cachorro-do- mato, morcegos hematófagos e não hematófagos. Distribuição geográfica Com exceções, principalmente em algumas ilhas, o vírus da raiva é encontrado em todo o mundo. Alguns países, incluindo o Reino Unido, a Irlanda, a Suécia, a Noruega, a Islândia, o Japão, a Austrália, a Nova Zelândia, Singapura, a maior parte da Malásia, Papua Nova Guiné, as ilhas do Pacífico e algumas ilhas da Indonésia estão livres do vírus da raiva clássico há muitos anos (WORLD ORGANISATION FOR ANIMAL HEALTH, 2009). No Brasil, a raiva dos herbívoros pode ser considerada endêmica e em diferentes graus, de acordo com a região. Ciclos da raiva - Raiva urbana: refere-se à raiva em cães e gatos domésticos. Tem sido controlada por meio de vacinação de animais de companhia. - Ciclo aéreo: refere-se à raiva em morcegos, sendo os demais ciclos denominados ciclos “terrestres”. - Ciclo rural (desmondina): refere-se à raiva dos herbívoros, que envolve principalmente os bovinos e equinos, e na qual o principal vetor é o morcego hematófago. - Ciclo silvestre: refere-se à raiva associada a espécies silvestres, e pode englobar o ciclo aéreo. Patogenia Porta de entrada: A inoculação das partículas de vírus da raiva no organismo de um animal suscetível ocorre por lesões da pele provocadas, na maioria das vezes, pela mordedura de um animal infectado que esteja eliminando vírus na 39 www.coachingconvet.com saliva. É possível, ainda, que a infecção ocorra por feridas ou por soluções de continuidade da pele, quando em contato com saliva e órgãos de animais infectados. A possibilidade de sangue, leite, urina ou fezes conter quantidade de vírus suficiente para desencadear a raiva é remota. Experimentos de transmissão da raiva por via oral têm sido relatados. O exato mecanismo envolvendo a transmissão oral ainda não foi esclarecido, porém uma das formas de imunização de animais silvestres atualmente adotada por alguns países ocorre por meio de iscas (para ingestão) contendo vacinas de vírus atenuado. Incidentes sugestivos de infecção oral ou nasal foram relacionados com raiva humana transmitida por aerossóis em laboratórios e em cavernas densamente habitadas por morcegos. No ser humano, a transplantação da córnea e outros órgãos infectados foi relacionada com o desenvolvimento da raiva nos pacientes receptores. Período de incubação: A variabilidade do período de incubação depende de fatores como capacidade invasiva, patogenicidade, carga viral do inóculo inicial, ponto de inoculação (quanto mais próximo do SNC, menor será o período de incubação), idade, imunocompetência do animal, entre outros. No ser humano, o período médio de incubação é de 20 a 60 dias, embora haja relatos de períodos excepcionalmente longos. Por sua vez, a determinação do período de incubação da raiva natural em animais é de difícil comprovação, dada a dificuldade em registrar o momento exato da inoculação do vírus. Entretanto, estudos de infecção experimental realizados em diferentes animais, usando amostras virais de diferentes origens, têm mostrado variações, com períodos extremamente longos ou demasiadamente curtos. Em cães, o período médio de incubação é de 3 a 8 semanas, com extremos variando de 10 dias a 6 meses. Em skunks (Mephitis mephitis) foram observados períodos de 105 a 177 dias, 20 a 165 dias em bovinos experimentalmente submetidos à espoliação por morcegos Desmodus rotundus infectados, 60 a 75 dias em bovinos mantidos em condição de campo e 25 a 611 dias em bovinos inoculados experimentalmente por via intramuscular. Disseminação A migração de vírus da raiva “via nervo” foi postulada por Morgagni em 1769. Após um período de incubação variável, seguido de replicação viral no tecido conjuntivo e muscular circunvizinhos no ponto de inoculação, a infecção se dissemina rapidamente alcançando o SNC. Em certas circunstâncias, as partículas podem penetrar diretamente nos nervos periféricos, sem replicação prévia nos tecidos não nervosos. 40 www.coachingconvet.com Experimentos de amputação realizados em animais comprovaram a transmissão da infecção via nervos periféricos. A replicação viral envolve vários passos: adsorção, penetração, desnudamento, transcrição, tradução, replicação do genoma, maturaçãoe brotamento. O receptor da acetilcolina (AchR) foi sugerido como importante elemento para a penetração das partículas de vírus nos axônios das junções neuromotoras, onde, por meio da glicoproteína, liga-se especificamente ao receptor, atingindo os nervos periféricos, progredindo centripetamente em direção ao SNC, seguindo o fluxo axoplasmático retrógrado, com deslocamento de 100-400mm por dia. Durante o período de incubação, antes do comprometimento do SNC, a presença de vírus não pode mais ser evidenciada por métodos convencionais de diagnóstico e alguns pesquisadores denominam este período de “eclipse” viral. As partículas alcançam as células neuronais do tronco cerebral, hipocampo, tálamo, medula e do cerebelo. As lesões de poliencefalomielite rábica são caracterizadas pela infiltração perivascular de células mononucleares, gliose focal e regional e neuronofagia. A degeneração do neurônio, circundada por macrófagos e, ocasionalmente, por outras células inflamatórias, forma um núcleo de neuronofagia, denominado de nódulo de Babe. Eventualmente, a vacuolização produz o aparecimento de lesão espongiforme na raiva. Ocorre também desmielinização. A produção de interferon (IFN) foi demonstrada em vários experimentos de inoculação com vírus da raiva, porém a indução de altos títulos de IFN no cérebro não inibiu a replicação viral em camundongos. Eliminação do vírus Alcançando o SNC e após intensa replicação, os vírus seguem centrifugamente para o sistema nervoso periférico e autônomo, alcançando órgãos como o pulmão, o coração, os rins, a bexiga, o útero, os testículos, o folículo piloso e, principalmente, as glândulas salivares, sendo eliminados pela saliva. 41 www.coachingconvet.com Na infecção natural, a estimulação dos linfócitos B para produção de anticorpos acontece tardiamente, após o aparecimento dos sintomas. A ação desses anticorpos é bloquear os vírus extracelulares, antes de alcançar o receptor das células musculares, inibindo a propagação no ponto de inoculação e a sua progressão até o SNC. As alterações funcionais dos neurônios são moderadas pela imunidade mediada por linfócitos T e B ou por outros mecanismos de defesa inespecíficos não-imunes. A proliferação intensa de corpúsculos de inclusão dentro dos neurônios faz que as células nervosas sejam alteradas funcionalmente e com o comprometimento do sistema límbico, dando origem a alterações do comportamento. Partículas virais podem ser identificadas na saliva dias antes da manifestação de sinais clínicos. Aspectos clínicos da Raiva Sinais Clínicos nos Herbívoros Passado o período de incubação, podem surgir diferentes sinais da doença, sendo a paralisia o mais comum, porém pode ocorrer a forma furiosa, levando o animal a atacar outros animais ou seres humanos. Quando se trata de raiva transmitida por morcegos, não foram observadas diferenças acentuadas entre as manifestações clínicas nos bovinos, equinos, asininos, muares e outros animais domésticos de importância econômica, como caprinos, ovinos e suínos. O sinal inicial é o isolamento do animal, que se afasta do rebanho, apresentando certa apatia e perda do apetite, podendo apresentar-se de cabeça baixa e indiferente ao que se passa ao seu redor. Seguem-se outros sinais, como aumento da sensibilidade e prurido na região da mordedura, mugido constante, tenesmo, hiperexcitabilidade, aumento da libido, salivação abundante e viscosa e dificuldade para engolir (o que sugere que o animal esteja engasgado). Com a evolução da doença, apresenta movimentos desordenados da cabeça, tremores musculares e ranger de dentes, midríase com ausência de reflexo pupilar, incoordenação motora, andar cambaleante e contrações musculares involuntárias. Após entrar em decúbito, não consegue mais se levantar e ocorrem movimentos de pedalagem, dificuldades respiratórias, opistótono, asfixia e finalmente a morte. 42 www.coachingconvet.com Uma vez iniciados os sinais clínicos da raiva, nada mais resta a fazer, a não ser isolar o animal e esperar sua morte, ou sacrificá-lo na fase agônica. Como os sinais em bovinos e equinos podem ser confundidos com outras doenças que apresentam encefalites, é importantíssimo que seja realizado o diagnóstico laboratorial diferencial. Partículas virais foram encontradas em níveis detectáveis no coração, pulmão, rim, fígado, testículo, glândulas salivares, músculo esquelético, gordura marrom, etc. de diferentes animais domésticos e silvestres. A manipulação da carcaça de um animal raivoso oferece risco elevado, especialmente para os profissionais nos açougues, cozinheiros, ou funcionários da indústria de transformação de carnes. Deve-se ter extrema cautela ao lidar com animais suspeitos, pois pode haver perigo quando pessoas não preparadas manipulam a cabeça e o cérebro ou introduzem a mão na boca dos animais, na tentativa de desengasgá-los. Caso isso ocorra, deve-se procurar imediatamente um Posto de Saúde para atendimento. Nos casos de raiva humana associados à transmissão por morcegos, tem sido observada principalmente a sintomatologia paralítica da doença. A título de informação, descrevem-se os sintomas no ser humano, que ocorrem em três estágios: 43 www.coachingconvet.com Período de Transmissibilidade Em cães e gatos, a excreção do vírus na saliva pode ser detectada de 2 a 4 dias antes do aparecimento dos sinais clínicos, persistindo durante toda a evolução da doença, que leva ao óbito. A morte do animal ocorre, em média, entre 5 a 7 dias após a apresentação dos sinais. Por isso, cães e gatos suspeitos devem ser observados por 10 dias, a partir da data da agressão. Em relação aos animais silvestres, há poucos estudos sobre o período de transmissão, sabendo-se que varia de espécie para espécie. Há relato de eliminação de vírus da raiva na saliva, por um período de até 202 dias, em morcego Desmodus rotundus, sem sinais aparentes da doença. Não se sabe exatamente o período durante o qual os herbívoros podem transmitir a doença. Embora algumas espécies de herbívoros não possuam uma dentição adequada que permita causar ferimentos profundos, há relatos de raiva transmitida aos seres humanos por herbívoros. Assim, é recomendado que não se introduzam as mãos na boca de qualquer espécie animal com sinais nervosos sem o uso de equipamentos de proteção apropriados. Profilaxia Consiste principalmente na imunização dos animais susceptíveis. No Brasil, a Instrução Normativa nº 5, de 1º de março de 2002, entre outras coisas, regulamenta a vacinação de herbívoros contra a raiva. Segundo essa norma: • Na profilaxia da raiva dos herbívoros, será utilizada vacina inativada, na dosagem de 2 ml, administrada pelo proprietário, através da via subcutânea ou intramuscular. • Nas áreas de ocorrência de raiva, a vacinação será adotada sistematicamente, em bovídeos e equídeos com idade igual ou superior a 3 meses, sob a supervisão do médico veterinário. • A vacinação de bovídeos e equídeos com idade inferior a 3 meses e a de outras espécies poderá ser realizada a critério do médico veterinário. • Animais primovacinados deverão ser revacinados após 30 dias. • A duração da imunidade das vacinas para uso em herbívoros, para efeito de revacinação, será de no máximo 12 meses. 44 www.coachingconvet.com Tratamento Não há tratamento e a doença é invariavelmente fatal, uma vez iniciados os sinais clínicos. Somente para o ser humano, as vacinas antirrábicas são indicadas para tratamento pós-exposição. Há também o recurso da aplicação de soro antirrábico homólogo (HRIG) ou heterólogo. A imunidade passiva, conferida pela imunoglobulina antirrábica, persiste, no máximo, por apenas 21 dias. Diagnóstico Clínico A observação clínica permite levar somente à suspeição da raiva, pois os sinais da doença não são característicos e podem variar de um animal a outro ou entre indivíduos da mesma espécie.Não se deve concluir o diagnóstico de raiva somente com a observação clínica e epidemiológica, pois existem várias outras doenças e distúrbios genéticos, nutricionais e tóxicos nos quais os sinais clínicos compatíveis com a raiva podem estar presentes. Diagnóstico laboratorial Não existe, até o momento, um teste diagnóstico laboratorial conclusivo antes da morte do animal doente que expresse resultados absolutos. No entanto, existem procedimentos laboratoriais padronizados internacionalmente, para amostras obtidas post mortem de animais ou humanos suspeitos de raiva. As técnicas laboratoriais são aplicadas preferencialmente nos tecidos removidos do SNC. Fragmentos do hipocampo, tronco cerebral, tálamo, córtex, cerebelo e medula oblongata são tidos tradicionalmente como materiais de escolha. Técnicas diagnósticas O diagnóstico laboratorial pode ser realizado utilizando principalmente dois tipos de procedimentos de rotina: Identificação imunoquímica do antígeno viral: - Teste de imunofluorescência direta: o teste mais amplamente utilizado para o diagnóstico da raiva é de imunofluorescência direta (IFD), recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Este teste pode ser utilizado diretamente numa impressão de tecido feita em lâmina de microscopia, ou ainda para confirmar a presença de antígeno de vírus da raiva em cultura celular. O teste de IFD apresenta resultados confiáveis em poucas horas, quando realizados em amostras frescas, em 95-99% dos casos. Para o diagnóstico direto, as impressões preparadas do hipocampo, cerebelo e medula oblongata são coradas com um conjugado específico marcado com substância fluorescente (anticorpos antirrábicos + isotiocianato de fluoresceína). No teste de IFD, os agregados específicos da nucleocapside são identificados pela fluorescência observada. A IFD pode ser aplicada em amostras conservadas em glicerina, após repetidas operações de lavagem. 45 www.coachingconvet.com Isolamento viral Este teste detecta a infecciosidade da amostra, por meio de inoculação da suspensão de tecidos extraídos da amostra suspeita, em sistemas biológicos, permitindo o “isolamento” do agente. É utilizado concomitantemente ao teste de IFD, conforme preconizado pela Organização Mundial de Saúde (WHO, 1996). - Teste de inoculação em camundongo: um grupo de camundongos com idade entre 3 e 4 semanas ou neonatos de 2 a 5 dias de idade são inoculados intracerebralmente. Os camundongos adulto-jovens são observados por 30 dias e todo camundongo morto é examinado por meio da IFD. Para apressar o resultado da inoculação de camundongos neonatos, recomenda-se o sacrifício de um camundongo por vez, aos 5, 7, 9 e 11 dias pós inoculação, seguidos da realização da IFD. O teste de isolamento in vivo em camundongos é oneroso e deve ser substituído, sempre que possível, por isolamento em cultivo celular. - Teste em cultura celular: a linhagem celular preconizada para esse tipo de teste é de células de neuroblastoma murino (NA-C1300). A replicação do vírus é revelada pela IFD. O resultado do teste é obtido 18 horas pós-inoculação. Geralmente a incubação é continuada por 48 horas e, em alguns laboratórios, por até 4 dias. Este teste é tão sensível quanto o teste de inoculação em camundongos. Uma vez existindo a unidade de cultura celular no laboratório, este teste deve substituir o teste de inoculação em camundongos, evitando assim o uso de animais, além do fato de ser menos oneroso e mais rápido. Bibliografia: MAPA: Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros - PNCRH https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sanidade-animal-e-vegetal/saude-animal/programas-de-saude- animal/raiva-dos-herbivoros-e-eeb FLORES, E. F. Virologia Veterinária. 2007 Editora da UFSM, Santa Maria, RS. 888p. 46 https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sanidade-animal-e-vegetal/saude-animal/programas-de-saude-animal/raiva-dos-herbivoros-e-eeb https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sanidade-animal-e-vegetal/saude-animal/programas-de-saude-animal/raiva-dos-herbivoros-e-eeb QUESTÕES SOBRE RAIVA PARA MÉTODO SOMA 01. A doença conhecida como Raiva, que acomete os mamíferos em geral, é causada por um vírus da família Rhabdoviridae, gênero Lyssavirus e espécie Rabies vírus (RABV). Na família Rhabdoviridae existe um grande número de espécies de vírus que infectam animais vertebrados (mamíferos, peixes e répteis), invertebrados e plantas, o que demonstra a grande diversidade destes vírus. Assinale a alternativa que não corresponde aos gêneros que infectam animais vertebrados: A. Vesiculovirus. B. Cytorhabdovirus. C. Lyssavirus. D. Ephemerovirus. E. Novirhabdovirus 02. A Raiva é uma doença infecciosa, de origem viral. Apresenta letalidade de 100% e alto custo na assistência às pessoas expostas ao risco de adoecer e morrer. Referente aos sintomas da Raiva, assinale a alternativa que preencha correta e respectivamente as lacunas. O vírus rábico é _____ e sua ação, no _____ causa um quadro clínico característico de ______, decorrente da sua multiplicação entre os _____. O ciclo silvestre (aéreo e terrestre) adquire, na atualidade, particular gravidade para a área da saúde pública, e sua expansão vem sendo influenciada por certas intervenções e/ou modificações ambientais. A. neurotrópico / sistema nervoso central / encefalite aguda / neurônios B. nefrotóxico / rim / insuficiência renal / nefrídeos C. nefrotóxico / sistema nervoso central / encefalite crônica / neurônios D. neurotrópico / sistema nervoso periférico / insuficiência renal / neurônios E. neurotrópico / sistema nervoso central / encefalite crônica / neurônios 03. Em relação à raiva, analise as assertivas abaixo e assinale V, se verdadeiras, ou F, se falsas. ( ) O método para o controle de morcegos hematófagos está baseado na utilização de substâncias anticoagulantes, especificamente a warfarina. ( ) Seu agente etiológico é um vírus RNA (ácido ribonucléico) de fita simples. Possui nucleocapsídeo helicoidal envolto por envelope lipoproteico. convet.com.br 47 ( ) Doença de Aujeszky, babesiose cerebral, listeriose e encefalite equina são doenças que podem cursar com sinais clínicos compatíveis com raiva. ( ) O Desmodus rotundus é o mais importante transmissor da raiva, tanto no ciclo urbano como no ciclo dos herbívoros. A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: A. F – V – F – V. B. F – V – F – F. C. F – F – V – F. D. V – V – V – F. E. V – F – F – V. 04. Com relação à raiva, doença conhecida há séculos, e uma das zoonoses mais importantes, assinale a alternativa correta. A. O período de incubação do vírus no hospedeiro é curto, sendo geralmente inferior a uma semana. B. Nos cães, os principais sinais clínicos são a paralisia e a salivação, não sendo observada agressividade em nenhum caso. C. Em bovinos, a raiva manifesta-se na forma paralítica e na forma furiosa, sendo a forma paralítica a mais comumente observada. D. Várias espécies animais são acometidas, com exceção dos equinos. E. Nos casos de raiva humana associados à transmissão por morcegos, tem sido observada principalmente a sintomatologia furiosa da doença. 05. Sobre a colheita de material para exames de diagnóstico de raiva em bovinos, é correto afirmar que: A. A colheita das amostras deve ser realizada exclusivamente por Médico Veterinário. B. As amostras devem ser acondicionadas unicamente em embalagens de saco plástico ou frasco inquebrável e não deformável. C. Quando possível, enviar a cabeça inteira do animal, para preservação do material infectante. D. Para o diagnóstico da raiva, deve ser colhido o tronco encefálico com o Óbex. E. A amostra deve ser enviada sob refrigeração (2 a 8º C) quando o período entre a coleta e a chegada ao laboratório for menor que 24horas. 06. Com relação ao diagnóstico da Raiva, de acordo com o Manual Técnico de Controle da Raiva dos Herbívoros, disponibilizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), de 2009, assinale a alternativa INCORRETA. convet.com.br 48 A. Não se deve concluir o diagnóstico de raiva somente com a observação clínica e epidemiológica. B. O uso do teste de imunofluorescência direta (IFD), caiu em desuso devido a sua baixa especificidade, sendo assim substituído pelo teste de inoculação em camundongos. C. Fragmentos do hipocampo, tronco cerebral, tálamo, córtex, cerebelo e medula oblonga são tidos tradicionalmente como materiais de escolha no diagnóstico laboratorial. D. O isolamento viral detecta a infecciosidade da amostra, por meio de inoculação da suspensão de tecidos extraídos da amostra suspeita, em sistemas biológicos. 07. Os morcegos pertencem ao segundo grupo mais diverso entre os mamíferos: a ordem Chiroptera. Existem cerca de 1.200 espécies diferentes de morcegos no mundo, sendo apenas três consideradas hematófagas, ou seja, que realmente se alimentam de sangue. No Brasil, podem ser encontradas 178 espécies, incluindo as três hematófagas. De acordo com o Manual Técnico – Controle da Raiva dos Herbívoros do MAPA (2009), a espécie de morcego mais importante na transmissão da raiva para os bovinos no país é: A. Diphylla ecaudata. B. Desmodus rotundus. C. Diaemus youngi. D. Tadarida brasiliensis. E. Molossus molossus. 08. A Raiva é uma antropozoonose, ou seja, uma doença que passa dos animais ao homem e vice-versa. Essa enfermidade é transmitida ao homem pela inoculação do vírus presente na saliva e secreções do animal infectado, principalmente pela mordedura e lambedura. Os sintomas da raiva são característicos e variam no animal e no ser humano. A raiva apresenta ciclos de transmissão, sendo que os principais são: I - Ciclo aéreo, que envolve os morcegos hematófagos e não hematófagos. II - Ciclo rural, representado pelos animais de produção. III - Ciclo urbano, relacionado aos cães e gatos. IV - Ciclo silvestre terrestre, que engloba os sagüis, cachorros do mato, raposas, guaxinim, macacos entre outros animais selvagens. A alternativa que relata o correto é: A. Estão corretas as afirmativas I, III e IV. B. Estão corretas as afirmativas I, II e IV. C. Estão corretas as afirmativas I, II, III e IV. D. Estão corretas as afirmativas I, II e III. E. Estão corretas as afirmativas I e II. convet.com.br 49 09. O Programa Nacional de Raiva dos Herbívoros (PNCRH) tem como objetivo manter sob controle a incidência da raiva na população de herbívoros domésticos. Uma das estratégias desse programa é a vacinação de espécies susceptíveis. Em relação à vacinação contra a raiva, é CORRETO afirmar: A. Animais primovacinados devem ser revacinados 45 dias após a primeira vacinação. B. É utilizada vacina viva atenuada. C. Para efeito da revacinação, considera-se que a duração da imunidade conferida pela vacina é de, no máximo, 12 meses. D. A vacinação é compulsória quando da ocorrência de focos da doença, e deve ser adotada, preferencialmente, em humanos. E. A vacina deve ser mantida congelada nos estabelecimentos comerciais. 10. O Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros elaborado pelo Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento regulamentou normas para o controle da raiva nos herbívoros. Com relação a essas normas para controle da raiva, assinale com V as afirmativas verdadeiras e com F as falsas. ( ) Na profilaxia da raiva dos herbívoros, será utilizada somente vacina inativada, na dosagem de 5 ml, administrada pelo médico veterinário, por meio da via subcutânea ou intramuscular. ( ) Nas áreas de ocorrência de raiva, a vacinação será adotada sistematicamente, em bovídeos e equídeos com idade igual ou superior a 8 meses, sob a supervisão do médico veterinário. ( ) O proprietário do animal deverá notificar de imediato ao Serviço Veterinário Oficial a ocorrência ou a suspeita de casos de raiva, assim como a presença de animais atacados por morcegos hematófagos ou a existência de abrigos de tal espécie. ( ) Cabe ao proprietário do animal tomar as providências necessárias ao atendimento dos animais e à coleta de material para diagnóstico da raiva e de outras encefalites diferenciais. Assinale a sequência correta. A. F V F V B. V F F F C. V V V V D. F F V F E. F F F F convet.com.br 50 GABARITO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 B A D C E B B C C D x 10 = Nº acertos depois da leitura - Nº acertos antes da leitura x 10 = % acréscimo de conhecimento convet.com.br 51 52 QUESTÕES SOBRE TUBERCULOSE BOVINA PARA MÉTODO SOMA 01. No que se refere à tuberculose em animais domésticos e no homem, leia as afirmações abaixo: I - Em bovinos, a causa mais comum é Mycobacterium bovis, mas também pode ser causada por Mycobacterium tuberculosis. II - Em humanos, a causa mais comum é Mycobacterium tuberculosis, mas também pode ser causada por Mycobacterium bovis. III - A pasteurização do leite é um passo importante na prevenção da contaminação de humanos por Mycobacterium bovis. IV - O M. avium é o causador da tuberculose em várias espécies de aves e é integrante do complexo M. tuberculosis. V - As micobactérias do complexo MAIS não são patogênicas para os bovinos e bubalinos. Estão CORRETAS apenas as afirmações: A. I, II e III. B. II, III e IV. C. I, II, III e IV. D. I, II, IV e V. E. I, II, III e V. 02. A principal porta de entrada do M. bovis é a via ________________; a transmissão, em aproximadamente 90% dos casos, ocorre pela __________________ contaminado com o micro-organismo. Em bezerros, o trato ________________ também é porta de entrada da tuberculose bovina. Nesse caso, o complexo primário localizar-se-á nos órgãos digestivos e linfonodos regionais. Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho acima. A. digestiva – ingestão de alimento – respiratório convet.com.br 53 B. genital – contaminação do sêmen – digestivo C. respiratória – inalação de aerossol – digestivo D. digestiva – ingestão de leite ou soro de leite – geniturinário E. respiratória – inalação do agente no muco vaginal – geniturinário 03. O tipo de necrose da tuberculose é: A. esteatonecrose. B. necrose de caseificação. C. necrose de coagulação. D. necrose de liquefação. E. necrose de Zenker. 04. Em relação à Tuberculose Bovina, uma importante zoonose causada por uma bactéria pertencente ao gênero Mycobacterium, é CORRETO afirmar que o principal meio de introdução da doença numa propriedade de produção leiteira é através da: A. Utilização inadequada de vacinas vivas. B. Incursão de animais silvestres na propriedade. C. Prova da tuberculina, quando aplicada em período de gestação. D. Introdução de animal doente com tuberculose no rebanho. E. Má higienização do ambiente e das pessoas envolvidas no manejo dos animais da propriedade. 05. Qual alternativa NÃO corresponde aos sinais clínicos na tuberculose bovina: A. Tosse e dispneia. B. Mastite e Infertilidade. C. Linfadenomegalia localizada e generalizada. convet.com.br 54 D. Miocardiopatia dilatada com subsequente parada cardiorrespiratória. E. Caquexia progressiva. 06. A tuberculose bovina é uma doença infecciosa, crônica, evolutiva e fatal cujo controle e erradicação é objeto de um programa de sanidade nacional desde 2001 pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA). O diagnóstico da doença é feito pela prova de tuberculinização do animal. Esse teste de diagnóstico é uma prova do tipo: A. Sorológico. B. Alérgico tipo IV. C. Alérgico tipo I. D. Sedimentação. E. Imunohistoquímica. 07. Assinale
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