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da Defesa
Agropecuária 1
Doenças de Interesse
(INF1)
Catálogo
FEBRE AFTOSA 1······································································································
ESTOMATITE VESICULAR 18···················································································
RAIVA 32·····················································································································
TUBERCULOSE BOVINA (Mycobacterium bovis) 52·················································
BRUCELOSE BOVINA (Brucella abortus) 79······························································
ENCEFALOPATIAS ESPONGIFORMES TRANSMISSÍVEIS 109······························
ANEMIA INFECCIOSA EQUINA 130··········································································
MORMO 143···············································································································
RESUMO 160··············································································································
QUESTÕES COMENTADAS 169···············································································
 
 
 
 
 
 
 
Caro aluno, 
 
você deverá utilizar o método SOMA (Sistema Objetivo de Memorização e Avaliação) para responder 10 
questões sem conferir com o gabarito ou corrigir as respostas. Em seguida, você deverá ler todo o capítulo 
seguinte e repetir as mesmas questões no final do capítulo, utilizando o método SOMA para corrigir as questões 
feitas nos dois momentos conforme o gabarito e anote no local indicado. Ao final, subtraia a nota obtida na 
segunda tentativa pela nota obtida na primeira tentativa e multiplique por 10 para obter a porcentagem de 
retenção do conteúdo. Isso irá ajudá-lo a avaliar seu progresso e identificar quais tópicos precisam ser revisados. 
 
Exemplo: 
 
4 acertos nas questões respondidas no início do capítulo; 
8 acertos nas questões respondidas no final do capítulo; 
 
 
 
 x 10 = 
Nº acertos depois da leitura - Nº acertos antes da leitura x 10 = % acréscimo de conhecimento 
 
 
Bons estudos! 
QUESTÕES SOBRE FEBRE AFTOSA PARA 
MÉTODO SOMA 
 
01. O Brasil erradicou a Febre Aftosa em todo o país com reconhecimento internacional da OMSA (Organização 
Mundial de Saúde Animal) no ano de 2018. O vírus causador da Febre Aftosa pertence à família: 
A. Adenoviridae. 
B. Rhabdoviridae. 
C. Flaviviridae. 
D. Papillomaviridae. 
E. Picornaviridae. 
 
02. A febre aftosa é uma doença vírica que provoca feridas na boca e nas patas de animais suscetíveis. O 
controle dessa doença é realizado pela vacinação dos animais suscetíveis e/ou pelo abate desses animais nos 
quais a vacinação não é realizada, segundo o nível sanitário da região. O Brasil desenvolve um abrangente 
programa sanitário contra essa doença. Em relação ao controle da febre aftosa, é correto afirmar que: 
A. Os estados do Amapá, Roraima, partes do Amazonas e do Pará (antigas zonas de proteção) foram 
reconhecidos como livres de febre aftosa com vacinação, sendo incorporados à zona livre já consolidada no País 
em maio de 2018. 
B. Desde o ano de 2017, no estado de Santa Catarina, retornou a obrigatoriedade da vacinação dos bovinos 
contra a febre aftosa. 
C. Na região da Campanha do Rio Grande do Sul, onde predomina a criação extensiva de bovinos de corte, a 
vacinação contra a febre aftosa é realizada com o emprego da vacina monovalente. 
D. Nos estados da região nordeste do Brasil, as vacinas que contêm os tipos SAT1, SAT2, SAT3 e Ásia são mais 
indicadas, pois a proteção também é estendida para os caprinos e ovinos deslanados. 
E. O Brasil, sob a coordenação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e com a 
participação dos serviços veterinários estaduais e do setor agro produtivo, erradicou a febre aftosa em todo o 
país, com reconhecimento internacional da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) desde o ano de 
2015. 
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03. A febre aftosa, doença altamente contagiosa e de grande impacto econômico, é uma enfermidade de 
animais _________________, como os ___________ e ______________. 
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho acima. 
A. solípedes – equinos – muares 
B. felinos – guepardos – onça pintada 
C. carnívoros – cães – hienas 
D. biungulados – bovinos – suínos 
E. biungulados – asininos – muares 
 
04. A febre aftosa é uma doença infecciosa aguda que causa febre, seguida do aparecimento de vesículas (aftas), 
principalmente na boca e nos pés de animais de casco fendido. Quanto a esse tema, analise as afirmativas 
seguintes, marque C (certo) ou E (errado) e assinale a alternativa correta: 
( ) O vírus está presente em grande quantidade no epitélio e fluído das vesículas. Também pode ser encontrado 
na saliva, no leite e nas fezes dos animais afetados. 
( ) A doença é transmitida pela movimentação de animais, pessoas, veículos e outros objetos contaminados 
pelo vírus. 
( ) Calçados, roupas e mãos das pessoas que lidaram com animais doentes também podem transmitir o vírus. 
( ) Atualmente, no Brasil, são encontradas basicamente 3 categorias, conforme o status sanitário: Zona livre 
sem vacinação (Estado de SC), Zona infectada (Estados do AM, AP e RR) e Zona livre com vacinação (restante 
do país). 
( ) Entre as estratégias do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA) estão o fortalecimento 
das estruturas dos serviços veterinários oficiais e da infraestrutura para diagnóstico, cadastramento do setor 
agropecuário, aprimoramento dos mecanismos de vigilância, etapas de vacinação sistemática nas zonas livres 
com vacinação, manutenção de programas de educação e comunicação em saúde animal, promoção e 
consolidação da participação comunitária. 
A. E – C – E – C – C. 
B. C – C – C – C – E. 
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C. C – C – C – E – C. 
D. C – C – E – E – C. 
E. E – C – C – E – E. 
 
05. Sobre a febre aftosa, doença de notificação compulsória, assinale (V) para verdadeiro, (F) para falso nas 
afirmativas abaixo: 
( ) Em bovinos, é uma doença que requer notificação mensal de qualquer caso confirmado. 
( )Uma das principais características da patogênese é a facilidade com que o vírus pode ser transportado, não 
apenas por animais infectados e seus produtos, mas também mecanicamente por seres humanos e outros 
animais. 
( ) As lesões ocorrentes na mucosa oral produzem salivação excessiva e tornam difícil a ingestão de alimentos 
e água. 
( ) As lesões são restritas à mucosa oral, formando pequenas vesículas, denominadas aftas. 
( ) No diagnóstico diferencial, é necessário que sejam consideradas todas as chamadas “doenças vesiculares”, 
como o exantema vesicular e estomatite vesicular. 
A sequência correta é: 
A. V, V, F, V, F. 
B. F, V, V, F, V. 
C. V, F, V, F, V. 
D. F, V, F, F, V. 
E. V, F, F, V, F. 
 
06. Sobre a febre aftosa, é correto afirmar: 
A. As quatro proteínas estruturais presentes no capsídeo do vírion são VP1, VP2, VP4, VP5. 
B. Possui sete sorotipos imunologicamente distintos. 
C. As partículas víricas são icosaédricas e possuem envelope. 
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D. A proteína VP1 localiza-se internamente na partícula viral e está intimamente associada ao RNA viral. 
E. O receptor responsável pela adsorção viral a membranas celulares localiza-se na proteína VP2. 
 
07. Como é o genoma do vírus da febre aftosa? 
A. RNA de fita simples e polaridade negativa 
B. RNA de fita dupla e polaridade positiva 
C. DNA de fita dupla e polaridade negativa 
D. DNA de fita dupla e polaridade positiva 
E. RNA de fita simples e polaridade positiva 
 
08. Qual é o período de incubação da Febre Aftosa? 
A. 0 a 2 dias. 
B. 4 a 10 dias. 
C. 2 a 14 dias. 
D. 10 a 15 dias. 
E. 15 a 20 dias. 
 
09. A Febre Aftosa é uma doença viral altamentecontagiosa que afeta principalmente bovinos e suínos. Ela é 
causada pelo vírus da Febre Aftosa (FMDV) e se manifesta através de sintomas como úlceras na boca e nos 
cascos, febre e dificuldade para se alimentar. A Febre Aftosa é uma doença de notificação obrigatória e é 
controlada através de medidas de vigilância, prevenção e erradicação, incluindo vacinação e quarentena. Não 
é considerado um diagnóstico diferencial da Febre Aftosa: 
A. Peste bovina 
B. Doença das mucosas 
C. Leucose Enzootica Bovina 
D. Língua azul 
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E. Estomatite papulosa bovina 
 
10. Para a manutenção da condição sanitária de país livre ou de zonas livres de febre aftosa no país, o SVO nas 
UF deverá executar de forma continuada as seguintes atividades, exceto: 
A. Investigação de todos os casos suspeitos de doença vesicular. 
B. Controle do ingresso de animais susceptíveis, bem como produtos e subprodutos de risco. 
C. Coibir a existência de espécies animais suscetíveis em lixões ou aterros sanitários. 
D. Vacinação sistemática e obrigatória de todos os animais suscetíveis. 
E. Proibição da manutenção e manipulação de vírus viável, exceto em instituições com nível de biossegurança 
apropriado e oficialmente autorizadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FEBRE AFTOSA 
 
ETIOLOGIA 
Classificação 
Vírus da família Picornaviridae, gênero Aphthovirus. 
Sete sorotipos imunologicamente distintos: A, O, C, SAT1, SAT2, SAT3, Asia1. 
 
 
Características 
As partículas víricas dos picornavírus são icosaédricas (25-30 nm de diâmetro), sem envelope e contêm uma 
molécula de RNA de fita simples e polaridade positiva como genoma. O capsídeo possui uma superfície 
externa regular, é perfeitamente simétrico, e é composto por 60 unidades estruturais. Cada uma dessas 
unidades, denominadas protômero, é formada por uma cópia das quatro proteínas estruturais: VP1, VP2, 
VP3 e VP4. A proteína VP4 localiza-se internamente na partícula viral e está intimamente associada ao RNA 
viral. O receptor responsável por adsorção viral a membranas celulares localiza-se na proteína VP1, bem 
como também possui o principal epítopo indutor de resposta humoral. 
 
 
 
Fonte: FLORES, E.F. Virologia Veterinária 2007. 
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Resistência à ação física e química 
 
 
EPIDEMIOLOGIA 
Uma das doenças mais contagiosas dos animais que causa importantes perdas econômicas. 
Baixa taxa de mortalidade em animais adultos, mas pode levar à alta mortalidade em animais jovens devido 
à miocardite. 
Hospedeiros 
Bovídeos (bovinos, zebus, búfalos domésticos, iaques), ovinos, caprinos, todos os ruminantes selvagens e 
suídeos. 
Os camelídeos (camelos, dromedários, lhamas, vicunhas) têm baixa suscetibilidade. 
 
 OBS.: Segundo a IN 48/2020, são susceptíveis à febre aftosa: espécies da subordem Ruminantia e 
da família Suidae, da ordem Artiodactyla, além do Camelus bactrianus, nas quais a infecção e a 
importância epidemiológica são cientificamente demonstradas, especialmente os bovinos, 
bubalinos, ovinos, caprinos e suínos; 
 
Transmissão 
Contato direto ou indireto (infecção por gotículas). 
Veículos animados (humanos etc.) e inanimados (veículos, artefatos). 
Vírus aerotransportado, especialmente em zonas mais frias (até 60 km sobre a terra e 300 km sobre o mar). 
 
Fontes de vírus 
Animais em período de incubação e clinicamente afetados. 
Ar expirado, saliva, fezes e urina; leite e sêmen (até 4 dias antes dos sintomas clínicos). 
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Carne e produtos derivados em que o pH manteve-se acima de 6,0. 
Portadores: em particular os bovinos e o búfalo aquático; animais convalescentes e vacinados expostos (o 
vírus persiste na orofaringe até 30 meses nos bovinos ou mais tempo no búfalo, 9 meses nos ovinos). 
O búfalo do Cabo africano é o principal hóspede para a manutenção de sorotipos SAT. 
 
Distribuição geográfica 
A febre aftosa é endêmica em partes da Ásia, África, Oriente Médio e na América do Sul (focos esporádicos 
em zonas livres da doença). 
 
Em 2018, o Brasil foi reconhecido pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) como país livre 
de febre aftosa com vacinação. A próxima etapa é obter o status livre da doença sem a vacina. 
 
DIAGNÓSTICO 
O período de incubação é de 2 a 14 dias. 
 
Diagnóstico clínico 
Bovinos 
• Pirexia (febre), anorexia, calafrios, redução da produção de leite durante 2 a 3 dias, seguido de: 
 
▪ Ranger de dentes, salivação excessiva, som de “smack” produzido pelos lábios quando o animal abre 
a boca cheia de saliva, coceira de patas (pequenos coices): todos esses sinais são causados por 
vesículas (aftas) nas membranas das mucosas bucais e nasais ou entre as unhas e a banda coronária. 
▪ depois de 24 horas: ruptura das vesículas, que deixa erosões. 
▪ também podem aparecer vesículas nas glândulas mamárias. 
• A recuperação pode ocorrer em um prazo de 8 a 15 dias. 
• Complicações: erosões de língua, infecções secundárias, deformação dos cascos, mastites e diminuição 
permanente da produção de leite, miocardites, aborto, morte de animais jovens, perda de peso 
permanente, perda do controle térmico (dificuldade de respiração). 
 
Ovinos e caprinos 
As lesões são menos pronunciadas. Nas patas podem passar despercebidas. Pode haver lesões nas almofadas 
dentárias dos ovinos. A agalaxia é característica em ovinos e caprinos leiteiros. Morte de animais jovens. 
 
Suínos 
Podem desenvolver graves lesões nas patas, sobretudo quando se encontram em locais abrasivos. É 
frequente uma alta mortalidade de leitões. 
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Lesões 
• Vesículas na língua, almofadas dentárias, gengivas, porção interior da boca, palatos, lábios, orifícios 
das narinas, focinho, bandas coronárias, tetos, úbere, focinho e espaços interdigitais. 
• Lesões post-mortem nos pilares do rúmen, no miocárdio, particularmente nos animais jovens 
(coração “tigrado”). 
 
Diagnóstico diferencial 
• Clinicamente indiferenciáveis: Estomatite vesicular; Doença vesicular do suíno e Exantema vesicular 
do suíno. 
• Outros diagnósticos diferenciáveis: Peste bovina; Doença das mucosas; Rinotraqueíte infecciosa 
bovina; Língua azul; Mamilite bovina; Estomatite papulosa bovina e Diarreia viral bovina. 
 
Testes laboratoriais 
Identificação do agente 
• ELISA. 
• Prova de fixação de complemento. 
• Isolamento viral: inoculação de células primárias tireóideas de bovinos e células primárias renais de 
suínos, bezerros e cordeiros; inoculação de linhas celulares BHK-21 e IB-RS-2; inoculação de 
camundongos. 
 
Provas sorológicas (prescritas no Manual da OIE) 
• ELISA. 
• Prova de neutralização viral. 
 
Amostras 
• 1g de tecido de vesícula intacta ou recentemente aberta. Colocar as amostras epiteliais em meio para 
transporte que mantenha um pH de 7,2 a 7,4 (Líquido de Vallée) e conservá-las sob refrigeração (ver 
o Manual da OIE). 
• Líquido esofágico-faríngeo colhido mediante uma sonda esofágica (PROBANG). Manter as amostras 
congeladas a, pelo menos, -40°C imediatamente após a colheita (manter congeladas em freezer). 
 
PREVENÇÃO E PROFILAXIA 
 
Profilaxia sanitária 
• Proteção de zonas livres mediante controle e vigilância da movimentação de animais nas fronteiras. 
• Sacrifício de animais infectados, recuperados e de animais suscetíveis que entraram em contato com 
indivíduos infectados. 
• Desinfecção dos locais e de todo o material contaminado (artefatos, veículos, roupa etc). 
• Destruição dos cadáveres, objetos com risco de contaminação e produtos de animais suscetíveis na 
zona infectada. 
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Profilaxia médica 
• Vacina com vírus inativado que contém um adjuvante. 
• Imunidade: 6 meses depois das duas primeiras vacinações com um mês de intervalo, em função da 
relação antigênica entre a cepa da vacina e a cepa do foco. 
Atualmente, somente é permitida a utilização de vacina inativada, bivalente, formulada comas cepas virais 
A24 Cruzeiro e O1 Campos, com adjuvante oleoso. 
 
Bibliografia: 
OIE: FOOT AND MOUTH DISEASE 
https://www.oie.int/fileadmin/Home/eng/Animal_Health_in_the_World/docs/pdf/Disease_cards/FOOT_AND_MOUT
H_DISEASE.pdf 
FLORES, E. F. Virologia Veterinária. 2007 Editora da UFSM, Santa Maria, RS. 888p. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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https://www.oie.int/fileadmin/Home/eng/Animal_Health_in_the_World/docs/pdf/Disease_cards/FOOT_AND_MOUTH_DISEASE.pdf
https://www.oie.int/fileadmin/Home/eng/Animal_Health_in_the_World/docs/pdf/Disease_cards/FOOT_AND_MOUTH_DISEASE.pdf
QUESTÕES SOBRE FEBRE AFTOSA PARA 
MÉTODO SOMA 
 
01. O Brasil erradicou a Febre Aftosa em todo o país com reconhecimento internacional da OMSA (Organização 
Mundial de Saúde Animal) no ano de 2018. O vírus causador da Febre Aftosa pertence à família: 
A. Adenoviridae. 
B. Rhabdoviridae. 
C. Flaviviridae. 
D. Papillomaviridae. 
E. Picornaviridae. 
 
02. A febre aftosa é uma doença vírica que provoca feridas na boca e nas patas de animais suscetíveis. O 
controle dessa doença é realizado pela vacinação dos animais suscetíveis e/ou pelo abate desses animais nos 
quais a vacinação não é realizada, segundo o nível sanitário da região. O Brasil desenvolve um abrangente 
programa sanitário contra essa doença. Em relação ao controle da febre aftosa, é correto afirmar que: 
A. Os estados do Amapá, Roraima, partes do Amazonas e do Pará (antigas zonas de proteção) foram 
reconhecidos como livres de febre aftosa com vacinação, sendo incorporados à zona livre já consolidada no País 
em maio de 2018. 
B. Desde o ano de 2017, no estado de Santa Catarina, retornou a obrigatoriedade da vacinação dos bovinos 
contra a febre aftosa. 
C. Na região da Campanha do Rio Grande do Sul, onde predomina a criação extensiva de bovinos de corte, a 
vacinação contra a febre aftosa é realizada com o emprego da vacina monovalente. 
D. Nos estados da região nordeste do Brasil, as vacinas que contêm os tipos SAT1, SAT2, SAT3 e Ásia são mais 
indicadas, pois a proteção também é estendida para os caprinos e ovinos deslanados. 
E. O Brasil, sob a coordenação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e com a 
participação dos serviços veterinários estaduais e do setor agro produtivo, erradicou a febre aftosa em todo o 
país, com reconhecimento internacional da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) desde o ano de 
2015. 
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03. A febre aftosa, doença altamente contagiosa e de grande impacto econômico, é uma enfermidade de 
animais _________________, como os ___________ e ______________. 
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho acima. 
A. solípedes – equinos – muares 
B. felinos – guepardos – onça pintada 
C. carnívoros – cães – hienas 
D. biungulados – bovinos – suínos 
E. biungulados – asininos – muares 
 
04. A febre aftosa é uma doença infecciosa aguda que causa febre, seguida do aparecimento de vesículas (aftas), 
principalmente na boca e nos pés de animais de casco fendido. Quanto a esse tema, analise as afirmativas 
seguintes, marque C (certo) ou E (errado) e assinale a alternativa correta: 
( ) O vírus está presente em grande quantidade no epitélio e fluído das vesículas. Também pode ser encontrado 
na saliva, no leite e nas fezes dos animais afetados. 
( ) A doença é transmitida pela movimentação de animais, pessoas, veículos e outros objetos contaminados 
pelo vírus. 
( ) Calçados, roupas e mãos das pessoas que lidaram com animais doentes também podem transmitir o vírus. 
( ) Atualmente, no Brasil, são encontradas basicamente 3 categorias, conforme o status sanitário: Zona livre 
sem vacinação (Estado de SC), Zona infectada (Estados do AM, AP e RR) e Zona livre com vacinação (restante 
do país). 
( ) Entre as estratégias do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA) estão o fortalecimento 
das estruturas dos serviços veterinários oficiais e da infraestrutura para diagnóstico, cadastramento do setor 
agropecuário, aprimoramento dos mecanismos de vigilância, etapas de vacinação sistemática nas zonas livres 
com vacinação, manutenção de programas de educação e comunicação em saúde animal, promoção e 
consolidação da participação comunitária. 
A. E – C – E – C – C. 
B. C – C – C – C – E. 
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C. C – C – C – E – C. 
D. C – C – E – E – C. 
E. E – C – C – E – E. 
 
05. Sobre a febre aftosa, doença de notificação compulsória, assinale (V) para verdadeiro, (F) para falso nas 
afirmativas abaixo: 
( ) Em bovinos, é uma doença que requer notificação mensal de qualquer caso confirmado. 
( )Uma das principais características da patogênese é a facilidade com que o vírus pode ser transportado, não 
apenas por animais infectados e seus produtos, mas também mecanicamente por seres humanos e outros 
animais. 
( ) As lesões ocorrentes na mucosa oral produzem salivação excessiva e tornam difícil a ingestão de alimentos 
e água. 
( ) As lesões são restritas à mucosa oral, formando pequenas vesículas, denominadas aftas. 
( ) No diagnóstico diferencial, é necessário que sejam consideradas todas as chamadas “doenças vesiculares”, 
como o exantema vesicular e estomatite vesicular. 
A sequência correta é: 
A. V, V, F, V, F. 
B. F, V, V, F, V. 
C. V, F, V, F, V. 
D. F, V, F, F, V. 
E. V, F, F, V, F. 
 
06. Sobre a febre aftosa, é correto afirmar: 
A. As quatro proteínas estruturais presentes no capsídeo do vírion são VP1, VP2, VP4, VP5. 
B. Possui sete sorotipos imunologicamente distintos. 
C. As partículas víricas são icosaédricas e possuem envelope. 
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D. A proteína VP1 localiza-se internamente na partícula viral e está intimamente associada ao RNA viral. 
E. O receptor responsável pela adsorção viral a membranas celulares localiza-se na proteína VP2. 
 
07. Como é o genoma do vírus da febre aftosa? 
A. RNA de fita simples e polaridade negativa 
B. RNA de fita dupla e polaridade positiva 
C. DNA de fita dupla e polaridade negativa 
D. DNA de fita dupla e polaridade positiva 
E. RNA de fita simples e polaridade positiva 
 
08. Qual é o período de incubação da Febre Aftosa? 
A. 0 a 2 dias. 
B. 4 a 10 dias. 
C. 2 a 14 dias. 
D. 10 a 15 dias. 
E. 15 a 20 dias. 
 
09. A Febre Aftosa é uma doença viral altamente contagiosa que afeta principalmente bovinos e suínos. Ela é 
causada pelo vírus da Febre Aftosa (FMDV) e se manifesta através de sintomas como úlceras na boca e nos 
cascos, febre e dificuldade para se alimentar. A Febre Aftosa é uma doença de notificação obrigatória e é 
controlada através de medidas de vigilância, prevenção e erradicação, incluindo vacinação e quarentena. Não 
é considerado um diagnóstico diferencial da Febre Aftosa: 
A. Peste bovina 
B. Doença das mucosas 
C. Leucose Enzootica Bovina 
D. Língua azul 
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E. Estomatite papulosa bovina 
 
10. Para a manutenção da condição sanitária de país livre ou de zonas livres de febre aftosa no país, o SVO nas 
UF deverá executar de forma continuada as seguintes atividades, exceto: 
A. Investigação de todos os casos suspeitos de doença vesicular. 
B. Controle do ingresso de animais susceptíveis, bem como produtos e subprodutos de risco. 
C. Coibir a existência de espécies animais suscetíveis em lixões ou aterros sanitários. 
D. Vacinação sistemática e obrigatória de todos os animais suscetíveis. 
E. Proibição da manutenção e manipulação de vírus viável, exceto em instituições com nível de biossegurança 
apropriado e oficialmente autorizadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GABARITO 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 
E A D C B B E C C D 
 
 
 x 10 = 
Nº acertos depois da leitura - Nº acertos antes da leitura x 10 = % acréscimo de conhecimento 
 
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QUESTÕESSOBRE ESTOMATITE VESICULAR PARA 
MÉTODO SOMA 
 
01. A Estomatite vesicular é uma doença viral importante para a pecuária nas Américas. Sobre essa doença, 
assinale a INCORRETA: 
A. A taxa de mortalidade é baixa. 
B. Lesões nas patas e coceira são frequentes nos suínos. 
C. É clinicamente indistinguível de outras doenças vesiculares em bovinos, suínos, ovinos e caprinos, entretanto, 
quando os equinos da mesma região são acometidos, é possível suspeitar-se da doença. 
D. O período de incubação pode durar até 60 dias. 
E. A taxa de morbidade é variável, chegando a até 90% em um rebanho. 
 
02. Assinale a alternativa que corresponde à família do agente etiológico responsável pela estomatite vesicular: 
A. Rhabdoviridae 
B. Picornaviridae 
C. Flaviviridae 
D. Herpesviridae 
E. Reoviridae 
 
03. A Estomatite Vesicular (EV) é uma doença infecciosa que acomete animais domésticos, tanto ungulados 
quanto biungulados, além de outras espécies de mamíferos silvestres. Sobre a Estomatite vesicular, julgue as 
alternativas a seguir, e assinale a INCORRETA: 
A. A enfermidade tem como sinais clínicos o aparecimento de lesões vesiculares na língua, gengiva, lábios, tetos 
e coroa do casco. 
B. Animais biungulados apresentam lesões no espaço interdigital e coroa do casco, as quais cicatrizam-se 
completamente em duas a três semanas. 
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C. Os subtipos VSIV-2 e VSIV-3 têm sido ocasionalmente isolados no Brasil, sendo que o subtipo VSIV-3 tem sido 
mais restrito à região Nordeste (NE) do país. 
D. É uma zoonose de baixo impacto. 
E. É considerada uma doença exótica no Brasil. 
 
04. São diagnósticos diferenciais da Estomatite vesicular, EXCETO: 
A. Febre aftosa. 
B. Língua azul. 
C. Rinotraqueíte infecciosa bovina. 
D. Dermatose nodular contagiosa. 
E. Exantema vesicular do suíno. 
 
05. Sobre o agente etiológico da Estomatite vesicular, assinale a alternativa INCORRETA: 
A. O nucleocapsídeo viral possui simetria icosaédrica. 
B. Pertence a mesma família que o agente etiológico da Raiva. 
C. É estável entre pH 4,0 e 10,0. 
D. Possui forma de um projétil. 
E. Possui dois sorogrupos antigenicamente distintos: New Jersey (VSNJV) e Indiana (VSIV). 
 
06. Em relação à estomatite vesicular, assinale a alternativa INCORRETA: 
A. As lesões são limitadas aos tecidos epiteliais da boca, tetos e patas. 
B. Pode ser transmitida por artrópodes, como Phlebotomus e Aedes. 
C. A principal forma de prevenção é por meio da vacinação anual dos animais suscetíveis. 
D. Equinos são suscetíveis à infecção. 
E. Podem ocorrer, simultaneamente, focos de estomatite vesicular e febre aftosa. 
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07. A estomatite vesicular (EV) é uma das quatro doenças vesiculares que acometem os animais domésticos, 
gerando perdas econômicas associadas a diminuição da produção de leite e do ganho de peso. Sobre essa 
doença, julgue os itens a seguir: 
I. Nos animais com estomatite vesicular, as lesões podem também se manifestar na região do úbere, o que não 
ocorre nos infectados pela febre aftosa. 
II. A estomatite vesicular é frequente durante a estação seca. 
III. São fontes do vírus: saliva, exsudato ou epitélio de vesículas abertas e vetores. 
IV. É uma doença de notificação obrigatória quando há suspeita ou confirmação laboratorial. 
Estão CORRETOS: 
A. III e IV. 
B. II, III e IV. 
C. I, III e IV. 
D. I e II. 
E. II e III. 
 
08. Como é o genoma do vírus da estomatite vesicular? 
A. DNA de fita dupla e polaridade positiva 
B. RNA de fita dupla e polaridade positiva 
C. DNA de fita dupla e polaridade negativa 
D. RNA de fita simples e polaridade positiva 
E. RNA de fita simples e polaridade negativa 
 
09. Sobre o diagnóstico, prevenção e profilaxia da estomatite vesicular, assinale a alternativa INCORRETA: 
A. Não há tratamento específico, mas antibióticos podem ser utilizados para impedir a infecção secundária de 
tecidos escoriados. 
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B. Para identificação do agente, pode ser coletado tecido epitelial que recobre as vesículas, colocado em glicerol 
tamponado somente. 
C. O isolamento do vírus pode ser feito por meio da inoculação em ovos embrionados de galinha. 
D. Neutralização viral, ELISA e Fixação de complemento são utilizados como provas sorológicas. 
E. Para realização de provas sorológicas, são coletados soros pareados durante a fase aguda e a fase 
convalescente. 
 
10. Em relação à estomatite vesicular, assinale a alternativa INCORRETA: 
A. A doença caracteriza-se por vesículas esbranquiçadas, elevadas ou abertas, de distintos tamanhos na boca e 
por sialosquese. 
B. A doença pode ser transmitida por via cutânea ou através das mucosas. 
C. O vírus sobrevive durante grandes períodos a baixas temperaturas. 
D. As lesões cardíacas e no rúmen, as quais podem ser vistas na febre aftosa, não ocorrem nos casos de 
estomatite vesicular. 
E. Os principais hospedeiros são os equídeos, bovídeos e suídeos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ESTOMATITE VESICULAR 
 
ETIOLOGIA 
Classificação 
Vírus da família Rhabdoviridae, gênero Vesiculovirus. 
O VSV possui dois sorogrupos antigenicamente distintos: New Jersey (VSNJV) e Indiana (VSIV). 
O sorogrupo VSNJV está disseminado na região centro-sul dos Estados Unidos. O sorogrupo VSIV possui 
subtipos antigenicamente distintos: Indiana I (VSIV-1-amostra clássica), Indiana II (VSIV-2 Cocal e Argentina) 
e Indiana III (VSIV-3 - Alagoas). 
 
Características 
Possui forma de um projétil, com o comprimento e o diâmetro variando entre 100 a 430 nm e 45 a 100 nm, 
respectivamente. É formado por 5 polipeptídeos principais, denominados L, G, N, NS e M, com o ácido 
nucleico formado por uma única molécula linear de ácido ribonucleico de fita simples com polaridade 
negativa; o nucleocapsídeo possui simetria helicoidal e é circundado por uma camada lipoproteica de onde 
partem projeções de 5 a 10 nm e que constituem a glicoproteína viral. Por esta região o vírus interage com 
as células susceptíveis e também está envolvida na neutralização viral, além de diferenciar os sorotipos. 
 
Resistência à ação física e química: 
 
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EPIDEMIOLOGIA 
• Taxa de morbidade variável, chegando a até 90% em um rebanho. 
• Baixa taxa de mortalidade. 
 
Hospedeiros 
• Humanos (zoonose de baixo impacto). 
• Hospedeiros domésticos: equídeos, bovídeos, suídeos. 
• Hospedeiros selvagens: veado e numerosas espécies de pequenos mamíferos dos trópicos. 
 
Transmissão 
• Transmissão por via cutânea ou através das mucosas. 
• Transmissão por artrópodes (Phlebotomus, Aedes etc..). 
• Variações estacionais: a estomatite vesicular é frequente na estação de chuvas nas zonas tropicais, 
apesar de que em alguns países também se registra durante a estação seca. Geralmente desaparece 
com as primeiras geadas nas zonas temperadas. 
 
 
 
Fonte: FLORES, E.F. Virologia Veterinária 2007 
 
Fontes de vírus 
• Saliva, exsudado ou epitélio de vesículas abertas 
• Vetores 
• Solo e plantas (suspeitas) 
 
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Distribuição geográfica 
Os subtipos VSIV-2 e VSIV-3 têm sido ocasionalmente isolados no Brasil, sendo que o subtipo VSIV-3 tem sido 
mais restrito à região Nordeste (NE) do país. Isolados do sorotipo VSNJV e VSIV-1 são endêmicos em 
rebanhos do sul do México, América Central, Venezuela, Colômbia, Equador e Peru, sendo o VSNJV envolvido 
com a maioria dos casos, com atividade esporádica no norte do México e oeste dos Estados Unidos. Existem 
cerca de 20 outros subtipos que ainda não foram caracterizados. 
 
DIAGNÓSTICO 
O período de incubação pode durar até 21 dias. 
 
Diagnóstico clínico 
A sintomatologia é semelhante à da febre aftosa, com a qual se pode confundir facilmente (mas os cavalos 
são resistentes à febre aftosa e suscetíveis à estomatite vesicular) 
• Salivação excessiva 
• Vesículas esbranquiçadas, elevadas ou abertas, de distintos tamanhos na boca 
• Cavalos:superfície superior da língua, superfície dos lábios e ao redor dos olhos, comissuras da boca 
e gengivas 
• Bovinos: língua, lábios, gengivas, parte interna da boca (palato duro) e, às vezes, focinho e ao redor 
do focinho e narina 
• Suínos: focinho 
• Lesões nas patas de equinos e ovinos não são raras 
• Lesões dos tetos no gado leiteiro 
• As lesões nas patas e coceira são frequentes nos suínos 
• Recuperação em, aproximadamente, 2 semanas 
• Complicações: diminuição da produção e mastite no gado leiteiro devido a infecções secundárias, 
lesões que dificultam a locomoção nos cavalos 
 
Lesões 
Limitadas aos tecidos epiteliais da boca, tetos e patas. 
 
Diagnóstico diferencial 
• Clinicamente indiferenciadas: Febre aftosa; Doença vesicular suína e Exantema vesicular do suíno. 
• Outros diagnósticos diferenciais: Rinotraqueíte infecciosa bovina; Diarreia viral bovina e Língua azul. 
 
Testes laboratoriais 
Identificação do agente: 
• Isolamento viral: inoculação em ovos embrionados de galinha; camundongos; sistemas de cultivos 
celulares (fibroblastos de pintinhos, rins de suínos, BHK-21); almofada plantar de cobaias; cavalos e 
bovinos; focinho de suínos. 
• Detecção do antígeno viral pela prova de fixação do complemento, ELISA ou provas de neutralização 
em cultivos de tecidos, ovos embrionados de galinha ou camundongos lactentes. 
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Provas sorológicas: 
• Neutralização viral 
• ELISA 
• Fixação de complemento 
 
Amostras 
Identificação do agente: 
• Tecido epitelial que recobre as vesículas, colocado em glicerol tamponado ou congelado (Líquido de 
Vallée) 
• Líquido vesicular colhido assepticamente e congelado 
 
Provas sorológicas: 
• Soros pareados colhidos durante a fase aguda e a fase convalescente 
 
PREVENÇÃO E PROFILAXIA 
• Não há tratamento específico. 
• Os antibióticos podem impedir a infecção secundária de tecidos escoriados. 
 
Profilaxia sanitária 
• Restringir a movimentação de animais, efetuar rapidamente diagnóstico laboratorial e 
descontaminação de veículos e fômites. 
 
Profilaxia médica 
• Tem-se testado experimentalmente vacinas com vírus inativados e atenuados, mas ainda não estão 
disponíveis no mercado. 
 
Bibliografia: 
OIE: VESICULAR STOMATITIS 
https://www.oie.int/fileadmin/Home/eng/Animal_Health_in_the_World/docs/pdf/Disease_cards/VESICULAR_STOM
ATITIS.pdf 
FLORES, E. F. Virologia Veterinária. 2007 Editora da UFSM, Santa Maria, RS. 888p. 
 
 
 
 
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https://www.oie.int/fileadmin/Home/eng/Animal_Health_in_the_World/docs/pdf/Disease_cards/VESICULAR_STOMATITIS.pdf
https://www.oie.int/fileadmin/Home/eng/Animal_Health_in_the_World/docs/pdf/Disease_cards/VESICULAR_STOMATITIS.pdf
QUESTÕES SOBRE ESTOMATITE VESICULAR PARA 
MÉTODO SOMA 
 
01. A Estomatite vesicular é uma doença viral importante para a pecuária nas Américas. Sobre essa doença, 
assinale a INCORRETA: 
A. A taxa de mortalidade é baixa. 
B. Lesões nas patas e coceira são frequentes nos suínos. 
C. É clinicamente indistinguível de outras doenças vesiculares em bovinos, suínos, ovinos e caprinos, entretanto, 
quando os equinos da mesma região são acometidos, é possível suspeitar-se da doença. 
D. O período de incubação pode durar até 60 dias. 
E. A taxa de morbidade é variável, chegando a até 90% em um rebanho. 
 
02. Assinale a alternativa que corresponde à família do agente etiológico responsável pela estomatite vesicular: 
A. Rhabdoviridae 
B. Picornaviridae 
C. Flaviviridae 
D. Herpesviridae 
E. Reoviridae 
 
03. A Estomatite Vesicular (EV) é uma doença infecciosa que acomete animais domésticos, tanto ungulados 
quanto biungulados, além de outras espécies de mamíferos silvestres. Sobre a Estomatite vesicular, julgue as 
alternativas a seguir, e assinale a INCORRETA: 
A. A enfermidade tem como sinais clínicos o aparecimento de lesões vesiculares na língua, gengiva, lábios, tetos 
e coroa do casco. 
B. Animais biungulados apresentam lesões no espaço interdigital e coroa do casco, as quais cicatrizam-se 
completamente em duas a três semanas. 
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C. Os subtipos VSIV-2 e VSIV-3 têm sido ocasionalmente isolados no Brasil, sendo que o subtipo VSIV-3 tem sido 
mais restrito à região Nordeste (NE) do país. 
D. É uma zoonose de baixo impacto. 
E. É considerada uma doença exótica no Brasil. 
 
04. São diagnósticos diferenciais da Estomatite vesicular, EXCETO: 
A. Febre aftosa. 
B. Língua azul. 
C. Rinotraqueíte infecciosa bovina. 
D. Dermatose nodular contagiosa. 
E. Exantema vesicular do suíno. 
 
05. Sobre o agente etiológico da Estomatite vesicular, assinale a alternativa INCORRETA: 
A. O nucleocapsídeo viral possui simetria icosaédrica. 
B. Pertence a mesma família que o agente etiológico da Raiva. 
C. É estável entre pH 4,0 e 10,0. 
D. Possui forma de um projétil. 
E. Possui dois sorogrupos antigenicamente distintos: New Jersey (VSNJV) e Indiana (VSIV). 
 
06. Em relação à estomatite vesicular, assinale a alternativa INCORRETA: 
A. As lesões são limitadas aos tecidos epiteliais da boca, tetos e patas. 
B. Pode ser transmitida por artrópodes, como Phlebotomus e Aedes. 
C. A principal forma de prevenção é por meio da vacinação anual dos animais suscetíveis. 
D. Equinos são suscetíveis à infecção. 
E. Podem ocorrer, simultaneamente, focos de estomatite vesicular e febre aftosa. 
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07. A estomatite vesicular (EV) é uma das quatro doenças vesiculares que acometem os animais domésticos, 
gerando perdas econômicas associadas a diminuição da produção de leite e do ganho de peso. Sobre essa 
doença, julgue os itens a seguir: 
I. Nos animais com estomatite vesicular, as lesões podem também se manifestar na região do úbere, o que não 
ocorre nos infectados pela febre aftosa. 
II. A estomatite vesicular é frequente durante a estação seca. 
III. São fontes do vírus: saliva, exsudato ou epitélio de vesículas abertas e vetores. 
IV. É uma doença de notificação obrigatória quando há suspeita ou confirmação laboratorial. 
Estão CORRETOS: 
A. III e IV. 
B. II, III e IV. 
C. I, III e IV. 
D. I e II. 
E. II e III. 
 
08. Como é o genoma do vírus da estomatite vesicular? 
A. DNA de fita dupla e polaridade positiva 
B. RNA de fita dupla e polaridade positiva 
C. DNA de fita dupla e polaridade negativa 
D. RNA de fita simples e polaridade positiva 
E. RNA de fita simples e polaridade negativa 
 
09. Sobre o diagnóstico, prevenção e profilaxia da estomatite vesicular, assinale a alternativa INCORRETA: 
A. Não há tratamento específico, mas antibióticos podem ser utilizados para impedir a infecção secundária de 
tecidos escoriados. 
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B. Para identificação do agente, pode ser coletado tecido epitelial que recobre as vesículas, colocado em glicerol 
tamponado somente. 
C. O isolamento do vírus pode ser feito por meio da inoculação em ovos embrionados de galinha. 
D. Neutralização viral, ELISA e Fixação de complemento são utilizados como provas sorológicas. 
E. Para realização de provas sorológicas, são coletados soros pareados durante a fase aguda e a fase 
convalescente. 
 
10. Em relação à estomatite vesicular, assinale a alternativa INCORRETA: 
A. A doença caracteriza-se por vesículas esbranquiçadas, elevadas ou abertas, de distintos tamanhos na boca e 
por sialosquese. 
B. A doença pode ser transmitida por via cutânea ou através das mucosas. 
C. O vírus sobrevive durante grandes períodos a baixas temperaturas. 
D. As lesões cardíacas e no rúmen, as quais podem ser vistas na febre aftosa, não ocorrem nos casos de 
estomatite vesicular. 
E. Os principais hospedeiros são os equídeos, bovídeos e suídeos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GABARITO 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 
D A E D A C A E A 
 
 
 x 10 = 
Nº acertos depois da leitura - Nº acertos antes da leitura x 10 = % acréscimo deconhecimento 
 
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B
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QUESTÕES SOBRE RAIVA PARA 
MÉTODO SOMA 
 
01. A doença conhecida como Raiva, que acomete os mamíferos em geral, é causada por um vírus da família 
Rhabdoviridae, gênero Lyssavirus e espécie Rabies vírus (RABV). Na família Rhabdoviridae existe um grande 
número de espécies de vírus que infectam animais vertebrados (mamíferos, peixes e répteis), invertebrados e 
plantas, o que demonstra a grande diversidade destes vírus. Assinale a alternativa que não corresponde aos 
gêneros que infectam animais vertebrados: 
A. Vesiculovirus. 
B. Cytorhabdovirus. 
C. Lyssavirus. 
D. Ephemerovirus. 
E. Novirhabdovirus 
 
02. A Raiva é uma doença infecciosa, de origem viral. Apresenta letalidade de 100% e alto custo na assistência 
às pessoas expostas ao risco de adoecer e morrer. Referente aos sintomas da Raiva, assinale a alternativa que 
preencha correta e respectivamente as lacunas. 
O vírus rábico é _____ e sua ação, no _____ causa um quadro clínico característico de ______, decorrente da 
sua multiplicação entre os _____. O ciclo silvestre (aéreo e terrestre) adquire, na atualidade, particular 
gravidade para a área da saúde pública, e sua expansão vem sendo influenciada por certas intervenções e/ou 
modificações ambientais. 
A. neurotrópico / sistema nervoso central / encefalite aguda / neurônios 
B. nefrotóxico / rim / insuficiência renal / nefrídeos 
C. nefrotóxico / sistema nervoso central / encefalite crônica / neurônios 
D. neurotrópico / sistema nervoso periférico / insuficiência renal / neurônios 
E. neurotrópico / sistema nervoso central / encefalite crônica / neurônios 
 
03. Em relação à raiva, analise as assertivas abaixo e assinale V, se verdadeiras, ou F, se falsas. 
( ) O método para o controle de morcegos hematófagos está baseado na utilização de substâncias 
anticoagulantes, especificamente a warfarina. 
( ) Seu agente etiológico é um vírus RNA (ácido ribonucléico) de fita simples. Possui nucleocapsídeo helicoidal 
envolto por envelope lipoproteico. 
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( ) Doença de Aujeszky, babesiose cerebral, listeriose e encefalite equina são doenças que podem cursar com 
sinais clínicos compatíveis com raiva. 
( ) O Desmodus rotundus é o mais importante transmissor da raiva, tanto no ciclo urbano como no ciclo dos 
herbívoros. 
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: 
A. F – V – F – V. 
B. F – V – F – F. 
C. F – F – V – F. 
D. V – V – V – F. 
E. V – F – F – V. 
 
04. Com relação à raiva, doença conhecida há séculos, e uma das zoonoses mais importantes, assinale a 
alternativa correta. 
A. O período de incubação do vírus no hospedeiro é curto, sendo geralmente inferior a uma semana. 
B. Nos cães, os principais sinais clínicos são a paralisia e a salivação, não sendo observada agressividade em 
nenhum caso. 
C. Em bovinos, a raiva manifesta-se na forma paralítica e na forma furiosa, sendo a forma paralítica a mais 
comumente observada. 
D. Várias espécies animais são acometidas, com exceção dos equinos. 
E. Nos casos de raiva humana associados à transmissão por morcegos, tem sido observada principalmente a 
sintomatologia furiosa da doença. 
 
05. Sobre a colheita de material para exames de diagnóstico de raiva em bovinos, é correto afirmar que: 
A. A colheita das amostras deve ser realizada exclusivamente por Médico Veterinário. 
B. As amostras devem ser acondicionadas unicamente em embalagens de saco plástico ou frasco inquebrável e 
não deformável. 
C. Quando possível, enviar a cabeça inteira do animal, para preservação do material infectante. 
D. Para o diagnóstico da raiva, deve ser colhido o tronco encefálico com o Óbex. 
E. A amostra deve ser enviada sob refrigeração (2 a 8º C) quando o período entre a coleta e a chegada ao 
laboratório for menor que 24 horas. 
 
06. Com relação ao diagnóstico da Raiva, de acordo com o Manual Técnico de Controle da Raiva dos Herbívoros, 
disponibilizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), de 2009, assinale a 
alternativa INCORRETA. 
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A. Não se deve concluir o diagnóstico de raiva somente com a observação clínica e epidemiológica. 
B. O uso do teste de imunofluorescência direta (IFD), caiu em desuso devido a sua baixa especificidade, sendo 
assim substituído pelo teste de inoculação em camundongos. 
C. Fragmentos do hipocampo, tronco cerebral, tálamo, córtex, cerebelo e medula oblonga são tidos 
tradicionalmente como materiais de escolha no diagnóstico laboratorial. 
D. O isolamento viral detecta a infecciosidade da amostra, por meio de inoculação da suspensão de tecidos 
extraídos da amostra suspeita, em sistemas biológicos. 
 
07. Os morcegos pertencem ao segundo grupo mais diverso entre os mamíferos: a ordem Chiroptera. Existem 
cerca de 1.200 espécies diferentes de morcegos no mundo, sendo apenas três consideradas hematófagas, ou 
seja, que realmente se alimentam de sangue. No Brasil, podem ser encontradas 178 espécies, incluindo as três 
hematófagas. De acordo com o Manual Técnico – Controle da Raiva dos Herbívoros do MAPA (2009), a espécie 
de morcego mais importante na transmissão da raiva para os bovinos no país é: 
A. Diphylla ecaudata. 
B. Desmodus rotundus. 
C. Diaemus youngi. 
D. Tadarida brasiliensis. 
E. Molossus molossus. 
 
08. A Raiva é uma antropozoonose, ou seja, uma doença que passa dos animais ao homem e vice-versa. Essa 
enfermidade é transmitida ao homem pela inoculação do vírus presente na saliva e secreções do animal 
infectado, principalmente pela mordedura e lambedura. Os sintomas da raiva são característicos e variam no 
animal e no ser humano. A raiva apresenta ciclos de transmissão, sendo que os principais são: 
I - Ciclo aéreo, que envolve os morcegos hematófagos e não hematófagos. 
II - Ciclo rural, representado pelos animais de produção. 
III - Ciclo urbano, relacionado aos cães e gatos. 
IV - Ciclo silvestre terrestre, que engloba os sagüis, cachorros do mato, raposas, guaxinim, macacos entre outros 
animais selvagens. 
A alternativa que relata o correto é: 
A. Estão corretas as afirmativas I, III e IV. 
B. Estão corretas as afirmativas I, II e IV. 
C. Estão corretas as afirmativas I, II, III e IV. 
D. Estão corretas as afirmativas I, II e III. 
E. Estão corretas as afirmativas I e II. 
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09. O Programa Nacional de Raiva dos Herbívoros (PNCRH) tem como objetivo manter sob controle a incidência 
da raiva na população de herbívoros domésticos. Uma das estratégias desse programa é a vacinação de espécies 
susceptíveis. Em relação à vacinação contra a raiva, é CORRETO afirmar: 
A. Animais primovacinados devem ser revacinados 45 dias após a primeira vacinação. 
B. É utilizada vacina viva atenuada. 
C. Para efeito da revacinação, considera-se que a duração da imunidade conferida pela vacina é de, no máximo, 
12 meses. 
D. A vacinação é compulsória quando da ocorrência de focos da doença, e deve ser adotada, preferencialmente, 
em humanos. 
E. A vacina deve ser mantida congelada nos estabelecimentos comerciais. 
 
10. O Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros elaborado pelo Departamento de Saúde Animal 
do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento regulamentou normas para o controle da raiva nos 
herbívoros. Com relação a essas normas para controle da raiva, assinale com V as afirmativas verdadeiras e com 
F as falsas. 
( ) Na profilaxia da raiva dos herbívoros, será utilizada somente vacina inativada, na dosagem de 5 ml, 
administrada pelo médico veterinário, por meio da via subcutânea ou intramuscular. 
( ) Nas áreas de ocorrência de raiva, a vacinação será adotada sistematicamente, em bovídeos e equídeos com 
idade igual ou superior a 8 meses, sob a supervisão do médico veterinário. 
( ) O proprietário do animal deverá notificar de imediato ao Serviço Veterinário Oficial a ocorrência ou a 
suspeita decasos de raiva, assim como a presença de animais atacados por morcegos hematófagos ou a 
existência de abrigos de tal espécie. 
( ) Cabe ao proprietário do animal tomar as providências necessárias ao atendimento dos animais e à coleta 
de material para diagnóstico da raiva e de outras encefalites diferenciais. 
Assinale a sequência correta. 
A. F V F V 
B. V F F F 
C. V V V V 
D. F F V F 
E. F F F F 
 
 
 
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RAIVA 
 
A raiva é uma doença aguda do Sistema Nervoso Central (SNC) que pode acometer todos os mamíferos, 
inclusive os seres humanos. É caracterizada por uma encefalomielite fatal causada por vírus do gênero 
Lyssavirus. 
 A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em seu Código Sanitário para os Animais Terrestres, lista a 
raiva na categoria das enfermidades comuns a várias espécies. 
 
ETIOLOGIA 
Classificação 
O vírus da raiva (RabV) pertence à família Rhabdoviridae, gênero Lyssavirus. 
No Brasil, foram identificadas as variantes: 
 
 
 
Características 
Os vírions apresentam a forma característica da família, que lembra um projétil de revólver, com cerca de 
75 nm de diâmetro e comprimento entre 100 e 300 nm. A partícula apresenta-se como um denso cilindro 
formado pelo genoma viral, cadeia de RNA de fita simples, disposto em formato de mola e envolto em uma 
proteína denominada nucleoproteína (N). Este conjunto forma, junto com moléculas de outras três proteínas 
estruturais (P, M e L), o nucleocapsídeo, que apresenta simetria helicoidal. O nucleocapsídeo, por sua vez, é 
envolto em um envelope, que deriva das membranas celulares. Nesse envelope, estão inseridos trímeros de 
moléculas da glicoproteína G, que atravessa o envelope e projeta suas espículas para a parte externa do 
vírion. 
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Fonte: FLORES, E.F. Virologia Veterinária 2007. 
 
Resistência à ação física e química:
 
 
EPIDEMIOLOGIA 
Transmissores 
Em países onde a raiva canina é controlada e não existem morcegos hematófagos, os principais 
transmissores são os animais silvestres terrestres, como as raposas (Vulpes vulpes), os coiotes (Canis latrans), 
os lobos (Canis lupus), as raposas-do-ártico (Alopex lagopus), os raccoon-dogs (Nyctereutes procyonoides), 
os guaxinins (Procyon lotor), os skunks (Mephitis mephitis), entre outros. 
• Inativação a 80°C em 2 minutos e à luz solar, em 14 dias, a 30°C
Temperatura
• Estável entre pH >5 e <10
pH
•Destruído por hipoclorito a 2%, formol a 10%, glutaraldeído a 1-2%, ácido sulfúrico a 2%, fenol e ácido clorídrico a 5%, 
creolina a 1%, entre outros.
Desinfetantes
•Mantem sua infecciosidade por períodos relativamente longos, sendo então inativado naturalmente pelo processo de 
autólise. A putrefação destrói o vírus lentamente, cerca de 14 dias. 
Sobrevivência
• Pouco resistente aos agentes químicos (éter, clorofórmio, sais minerais, ácidos e álcalis fortes), aos agentes físicos 
(calor, luz ultravioleta) e às condições ambientais, como dessecação, luminosidade e temperatura excessiva.
Produtos Químicos
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Onde a doença não é controlada, como países da África, Asia e América-Latina, o vírus é mantido por várias 
espécies de animais domésticos e silvestres. 
No Brasil, a principal espécie animal transmissora da raiva ao ser humano continua sendo o cão, embora os 
morcegos estejam cada vez mais aumentando a sua participação, podendo ser os principais responsáveis 
pela manutenção de vírus no ambiente silvestre. Identificações positivas de vírus da raiva já foram descritas 
em animais silvestres da fauna brasileira, tais como as raposas, jaritatacas, guaxinins, saguis, cachorro-do-
mato, morcegos hematófagos e não hematófagos. 
 
Distribuição geográfica 
Com exceções, principalmente em algumas ilhas, o vírus da raiva é encontrado em todo o mundo. Alguns 
países, incluindo o Reino Unido, a Irlanda, a Suécia, a Noruega, a Islândia, o Japão, a Austrália, a Nova 
Zelândia, Singapura, a maior parte da Malásia, Papua Nova Guiné, as ilhas do Pacífico e algumas ilhas da 
Indonésia estão livres do vírus da raiva clássico há muitos anos (WORLD ORGANISATION FOR ANIMAL 
HEALTH, 2009). No Brasil, a raiva dos herbívoros pode ser considerada endêmica e em diferentes graus, de 
acordo com a região. 
 
Ciclos da raiva 
- Raiva urbana: refere-se à raiva em cães e gatos domésticos. Tem sido controlada por meio de 
vacinação de animais de companhia. 
- Ciclo aéreo: refere-se à raiva em morcegos, sendo os demais ciclos denominados ciclos “terrestres”. 
 - Ciclo rural (desmondina): refere-se à raiva dos herbívoros, que envolve principalmente os bovinos 
e equinos, e na qual o principal vetor é o morcego hematófago. 
- Ciclo silvestre: refere-se à raiva associada a espécies silvestres, e pode englobar o ciclo aéreo. 
 
 
 
Patogenia 
 
Porta de entrada: 
 A inoculação das partículas de vírus da raiva no organismo de um animal suscetível ocorre por lesões da pele 
provocadas, na maioria das vezes, pela mordedura de um animal infectado que esteja eliminando vírus na 
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saliva. É possível, ainda, que a infecção ocorra por feridas ou por soluções de continuidade da pele, quando 
em contato com saliva e órgãos de animais infectados. A possibilidade de sangue, leite, urina ou fezes conter 
quantidade de vírus suficiente para desencadear a raiva é remota. 
 Experimentos de transmissão da raiva por via oral têm sido relatados. O exato mecanismo envolvendo a 
transmissão oral ainda não foi esclarecido, porém uma das formas de imunização de animais silvestres 
atualmente adotada por alguns países ocorre por meio de iscas (para ingestão) contendo vacinas de vírus 
atenuado. Incidentes sugestivos de infecção oral ou nasal foram relacionados com raiva humana transmitida 
por aerossóis em laboratórios e em cavernas densamente habitadas por morcegos. No ser humano, a 
transplantação da córnea e outros órgãos infectados foi relacionada com o desenvolvimento da raiva nos 
pacientes receptores. 
 
Período de incubação: 
 A variabilidade do período de incubação depende de fatores como capacidade invasiva, patogenicidade, 
carga viral do inóculo inicial, ponto de inoculação (quanto mais próximo do SNC, menor será o período de 
incubação), idade, imunocompetência do animal, entre outros. 
No ser humano, o período médio de incubação é de 20 a 60 dias, embora haja relatos de períodos 
excepcionalmente longos. Por sua vez, a determinação do período de incubação da raiva natural em animais 
é de difícil comprovação, dada a dificuldade em registrar o momento exato da inoculação do vírus. 
Entretanto, estudos de infecção experimental realizados em diferentes animais, usando amostras virais de 
diferentes origens, têm mostrado variações, com períodos extremamente longos ou demasiadamente 
curtos. 
Em cães, o período médio de incubação é de 3 a 8 semanas, com extremos variando de 10 dias a 6 meses. 
Em skunks (Mephitis mephitis) foram observados períodos de 105 a 177 dias, 20 a 165 dias em bovinos 
experimentalmente submetidos à espoliação por morcegos Desmodus rotundus infectados, 60 a 75 dias em 
bovinos mantidos em condição de campo e 25 a 611 dias em bovinos inoculados experimentalmente por via 
intramuscular. 
 
Disseminação 
A migração de vírus da raiva “via nervo” foi postulada por Morgagni em 1769. Após um período de incubação 
variável, seguido de replicação viral no tecido conjuntivo e muscular circunvizinhos no ponto de inoculação, 
a infecção se dissemina rapidamente alcançando o SNC. Em certas circunstâncias, as partículas podem 
penetrar diretamente nos nervos periféricos, sem replicação prévia nos tecidos não nervosos. 
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 Experimentos de amputação realizados em animais comprovaram a transmissão da infecção via nervos 
periféricos. A replicação viral envolve vários passos: adsorção, penetração, desnudamento, transcrição, 
tradução, replicação do genoma, maturaçãoe brotamento. 
 O receptor da acetilcolina (AchR) foi sugerido como importante elemento para a penetração das partículas 
de vírus nos axônios das junções neuromotoras, onde, por meio da glicoproteína, liga-se especificamente ao 
receptor, atingindo os nervos periféricos, progredindo centripetamente em direção ao SNC, seguindo o fluxo 
axoplasmático retrógrado, com deslocamento de 100-400mm por dia. 
 Durante o período de incubação, antes do comprometimento do SNC, a presença de vírus não pode mais 
ser evidenciada por métodos convencionais de diagnóstico e alguns pesquisadores denominam este período 
de “eclipse” viral. As partículas alcançam as células neuronais do tronco cerebral, hipocampo, tálamo, 
medula e do cerebelo. As lesões de poliencefalomielite rábica são caracterizadas pela infiltração perivascular 
de células mononucleares, gliose focal e regional e neuronofagia. A degeneração do neurônio, circundada 
por macrófagos e, ocasionalmente, por outras células inflamatórias, forma um núcleo de neuronofagia, 
denominado de nódulo de Babe. Eventualmente, a vacuolização produz o aparecimento de lesão 
espongiforme na raiva. Ocorre também desmielinização. 
A produção de interferon (IFN) foi demonstrada em vários experimentos de inoculação com vírus da raiva, 
porém a indução de altos títulos de IFN no cérebro não inibiu a replicação viral em camundongos. 
 
 
 
Eliminação do vírus 
 
Alcançando o SNC e após intensa replicação, os vírus seguem centrifugamente para o sistema nervoso 
periférico e autônomo, alcançando órgãos como o pulmão, o coração, os rins, a bexiga, o útero, os testículos, 
o folículo piloso e, principalmente, as glândulas salivares, sendo eliminados pela saliva. 
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Na infecção natural, a estimulação dos linfócitos B para produção de anticorpos acontece tardiamente, após 
o aparecimento dos sintomas. A ação desses anticorpos é bloquear os vírus extracelulares, antes de alcançar 
o receptor das células musculares, inibindo a propagação no ponto de inoculação e a sua progressão até o 
SNC. 
As alterações funcionais dos neurônios são moderadas pela imunidade mediada por linfócitos T e B ou por 
outros mecanismos de defesa inespecíficos não-imunes. A proliferação intensa de corpúsculos de inclusão 
dentro dos neurônios faz que as células nervosas sejam alteradas funcionalmente e com o 
comprometimento do sistema límbico, dando origem a alterações do comportamento. 
Partículas virais podem ser identificadas na saliva dias antes da manifestação de sinais clínicos. 
 
 
Aspectos clínicos da Raiva 
 
Sinais Clínicos nos Herbívoros 
Passado o período de incubação, podem surgir diferentes sinais da doença, sendo a paralisia o mais comum, 
porém pode ocorrer a forma furiosa, levando o animal a atacar outros animais ou seres humanos. 
Quando se trata de raiva transmitida por morcegos, não foram observadas diferenças acentuadas entre as 
manifestações clínicas nos bovinos, equinos, asininos, muares e outros animais domésticos de importância 
econômica, como caprinos, ovinos e suínos. O sinal inicial é o isolamento do animal, que se afasta do 
rebanho, apresentando certa apatia e perda do apetite, podendo apresentar-se de cabeça baixa e 
indiferente ao que se passa ao seu redor. Seguem-se outros sinais, como aumento da sensibilidade e prurido 
na região da mordedura, mugido constante, tenesmo, hiperexcitabilidade, aumento da libido, salivação 
abundante e viscosa e dificuldade para engolir (o que sugere que o animal esteja engasgado). 
 Com a evolução da doença, apresenta movimentos desordenados da cabeça, tremores musculares e ranger 
de dentes, midríase com ausência de reflexo pupilar, incoordenação motora, andar cambaleante e 
contrações musculares involuntárias. 
Após entrar em decúbito, não consegue mais se levantar e ocorrem movimentos de pedalagem, dificuldades 
respiratórias, opistótono, asfixia e finalmente a morte. 
 
 
 
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Uma vez iniciados os sinais clínicos da raiva, nada mais resta a fazer, a não ser isolar o animal e esperar sua 
morte, ou sacrificá-lo na fase agônica. Como os sinais em bovinos e equinos podem ser confundidos com 
outras doenças que apresentam encefalites, é importantíssimo que seja realizado o diagnóstico laboratorial 
diferencial. 
 
 
 
Partículas virais foram encontradas em níveis detectáveis no coração, pulmão, rim, fígado, testículo, 
glândulas salivares, músculo esquelético, gordura marrom, etc. de diferentes animais domésticos e 
silvestres. 
A manipulação da carcaça de um animal raivoso oferece risco elevado, especialmente para os profissionais 
nos açougues, cozinheiros, ou funcionários da indústria de transformação de carnes. Deve-se ter extrema 
cautela ao lidar com animais suspeitos, pois pode haver perigo quando pessoas não preparadas manipulam 
a cabeça e o cérebro ou introduzem a mão na boca dos animais, na tentativa de desengasgá-los. Caso isso 
ocorra, deve-se procurar imediatamente um Posto de Saúde para atendimento. 
Nos casos de raiva humana associados à transmissão por morcegos, tem sido observada principalmente a 
sintomatologia paralítica da doença. 
A título de informação, descrevem-se os sintomas no ser humano, que ocorrem em três estágios: 
 
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Período de Transmissibilidade 
Em cães e gatos, a excreção do vírus na saliva pode ser detectada de 2 a 4 dias antes do aparecimento dos 
sinais clínicos, persistindo durante toda a evolução da doença, que leva ao óbito. A morte do animal ocorre, 
em média, entre 5 a 7 dias após a apresentação dos sinais. Por isso, cães e gatos suspeitos devem ser 
observados por 10 dias, a partir da data da agressão. 
Em relação aos animais silvestres, há poucos estudos sobre o período de transmissão, sabendo-se que varia 
de espécie para espécie. Há relato de eliminação de vírus da raiva na saliva, por um período de até 202 dias, 
em morcego Desmodus rotundus, sem sinais aparentes da doença. 
Não se sabe exatamente o período durante o qual os herbívoros podem transmitir a doença. Embora 
algumas espécies de herbívoros não possuam uma dentição adequada que permita causar ferimentos 
profundos, há relatos de raiva transmitida aos seres humanos por herbívoros. Assim, é recomendado que 
não se introduzam as mãos na boca de qualquer espécie animal com sinais nervosos sem o uso de 
equipamentos de proteção apropriados. 
 
Profilaxia 
 
Consiste principalmente na imunização dos animais susceptíveis. 
No Brasil, a Instrução Normativa nº 5, de 1º de março de 2002, entre outras coisas, regulamenta a vacinação 
de herbívoros contra a raiva. Segundo essa norma: 
• Na profilaxia da raiva dos herbívoros, será utilizada vacina inativada, na dosagem de 2 ml, 
administrada pelo proprietário, através da via subcutânea ou intramuscular. 
• Nas áreas de ocorrência de raiva, a vacinação será adotada sistematicamente, em bovídeos e 
equídeos com idade igual ou superior a 3 meses, sob a supervisão do médico veterinário. 
• A vacinação de bovídeos e equídeos com idade inferior a 3 meses e a de outras espécies poderá ser 
realizada a critério do médico veterinário. 
• Animais primovacinados deverão ser revacinados após 30 dias. 
• A duração da imunidade das vacinas para uso em herbívoros, para efeito de revacinação, será de no 
máximo 12 meses. 
 
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Tratamento 
Não há tratamento e a doença é invariavelmente fatal, uma vez iniciados os sinais clínicos. 
Somente para o ser humano, as vacinas antirrábicas são indicadas para tratamento pós-exposição. Há 
também o recurso da aplicação de soro antirrábico homólogo (HRIG) ou heterólogo. A imunidade passiva, 
conferida pela imunoglobulina antirrábica, persiste, no máximo, por apenas 21 dias. 
 
Diagnóstico 
 
 Clínico 
A observação clínica permite levar somente à suspeição da raiva, pois os sinais da doença não são 
característicos e podem variar de um animal a outro ou entre indivíduos da mesma espécie.Não se deve 
concluir o diagnóstico de raiva somente com a observação clínica e epidemiológica, pois existem várias outras 
doenças e distúrbios genéticos, nutricionais e tóxicos nos quais os sinais clínicos compatíveis com a raiva 
podem estar presentes. 
 
Diagnóstico laboratorial 
Não existe, até o momento, um teste diagnóstico laboratorial conclusivo antes da morte do animal doente 
que expresse resultados absolutos. No entanto, existem procedimentos laboratoriais padronizados 
internacionalmente, para amostras obtidas post mortem de animais ou humanos suspeitos de raiva. As 
técnicas laboratoriais são aplicadas preferencialmente nos tecidos removidos do SNC. Fragmentos do 
hipocampo, tronco cerebral, tálamo, córtex, cerebelo e medula oblongata são tidos tradicionalmente como 
materiais de escolha. 
 
Técnicas diagnósticas 
O diagnóstico laboratorial pode ser realizado utilizando principalmente dois tipos de procedimentos de 
rotina: 
Identificação imunoquímica do antígeno viral: 
- Teste de imunofluorescência direta: o teste mais amplamente utilizado para o diagnóstico da raiva 
é de imunofluorescência direta (IFD), recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela 
Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Este teste pode ser utilizado diretamente numa impressão de 
tecido feita em lâmina de microscopia, ou ainda para confirmar a presença de antígeno de vírus da raiva em 
cultura celular. O teste de IFD apresenta resultados confiáveis em poucas horas, quando realizados em 
amostras frescas, em 95-99% dos casos. Para o diagnóstico direto, as impressões preparadas do hipocampo, 
cerebelo e medula oblongata são coradas com um conjugado específico marcado com substância 
fluorescente (anticorpos antirrábicos + isotiocianato de fluoresceína). No teste de IFD, os agregados 
específicos da nucleocapside são identificados pela fluorescência observada. A IFD pode ser aplicada em 
amostras conservadas em glicerina, após repetidas operações de lavagem. 
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Isolamento viral 
Este teste detecta a infecciosidade da amostra, por meio de inoculação da suspensão de tecidos 
extraídos da amostra suspeita, em sistemas biológicos, permitindo o “isolamento” do agente. É utilizado 
concomitantemente ao teste de IFD, conforme preconizado pela Organização Mundial de Saúde (WHO, 
1996). 
- Teste de inoculação em camundongo: um grupo de camundongos com idade entre 3 e 4 semanas 
ou neonatos de 2 a 5 dias de idade são inoculados intracerebralmente. Os camundongos adulto-jovens são 
observados por 30 dias e todo camundongo morto é examinado por meio da IFD. Para apressar o resultado 
da inoculação de camundongos neonatos, recomenda-se o sacrifício de um camundongo por vez, aos 5, 7, 9 
e 11 dias pós inoculação, seguidos da realização da IFD. O teste de isolamento in vivo em camundongos é 
oneroso e deve ser substituído, sempre que possível, por isolamento em cultivo celular. 
- Teste em cultura celular: a linhagem celular preconizada para esse tipo de teste é de células de 
neuroblastoma murino (NA-C1300). A replicação do vírus é revelada pela IFD. O resultado do teste é obtido 
18 horas pós-inoculação. Geralmente a incubação é continuada por 48 horas e, em alguns laboratórios, por 
até 4 dias. Este teste é tão sensível quanto o teste de inoculação em camundongos. Uma vez existindo a 
unidade de cultura celular no laboratório, este teste deve substituir o teste de inoculação em camundongos, 
evitando assim o uso de animais, além do fato de ser menos oneroso e mais rápido. 
 
 
Bibliografia: 
MAPA: Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros - PNCRH 
https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sanidade-animal-e-vegetal/saude-animal/programas-de-saude-
animal/raiva-dos-herbivoros-e-eeb 
FLORES, E. F. Virologia Veterinária. 2007 Editora da UFSM, Santa Maria, RS. 888p. 
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https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sanidade-animal-e-vegetal/saude-animal/programas-de-saude-animal/raiva-dos-herbivoros-e-eeb
https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sanidade-animal-e-vegetal/saude-animal/programas-de-saude-animal/raiva-dos-herbivoros-e-eeb
QUESTÕES SOBRE RAIVA PARA 
MÉTODO SOMA 
 
01. A doença conhecida como Raiva, que acomete os mamíferos em geral, é causada por um vírus da família 
Rhabdoviridae, gênero Lyssavirus e espécie Rabies vírus (RABV). Na família Rhabdoviridae existe um grande 
número de espécies de vírus que infectam animais vertebrados (mamíferos, peixes e répteis), invertebrados e 
plantas, o que demonstra a grande diversidade destes vírus. Assinale a alternativa que não corresponde aos 
gêneros que infectam animais vertebrados: 
A. Vesiculovirus. 
B. Cytorhabdovirus. 
C. Lyssavirus. 
D. Ephemerovirus. 
E. Novirhabdovirus 
 
02. A Raiva é uma doença infecciosa, de origem viral. Apresenta letalidade de 100% e alto custo na assistência 
às pessoas expostas ao risco de adoecer e morrer. Referente aos sintomas da Raiva, assinale a alternativa que 
preencha correta e respectivamente as lacunas. 
O vírus rábico é _____ e sua ação, no _____ causa um quadro clínico característico de ______, decorrente da 
sua multiplicação entre os _____. O ciclo silvestre (aéreo e terrestre) adquire, na atualidade, particular 
gravidade para a área da saúde pública, e sua expansão vem sendo influenciada por certas intervenções e/ou 
modificações ambientais. 
A. neurotrópico / sistema nervoso central / encefalite aguda / neurônios 
B. nefrotóxico / rim / insuficiência renal / nefrídeos 
C. nefrotóxico / sistema nervoso central / encefalite crônica / neurônios 
D. neurotrópico / sistema nervoso periférico / insuficiência renal / neurônios 
E. neurotrópico / sistema nervoso central / encefalite crônica / neurônios 
 
03. Em relação à raiva, analise as assertivas abaixo e assinale V, se verdadeiras, ou F, se falsas. 
( ) O método para o controle de morcegos hematófagos está baseado na utilização de substâncias 
anticoagulantes, especificamente a warfarina. 
( ) Seu agente etiológico é um vírus RNA (ácido ribonucléico) de fita simples. Possui nucleocapsídeo helicoidal 
envolto por envelope lipoproteico. 
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( ) Doença de Aujeszky, babesiose cerebral, listeriose e encefalite equina são doenças que podem cursar com 
sinais clínicos compatíveis com raiva. 
( ) O Desmodus rotundus é o mais importante transmissor da raiva, tanto no ciclo urbano como no ciclo dos 
herbívoros. 
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: 
A. F – V – F – V. 
B. F – V – F – F. 
C. F – F – V – F. 
D. V – V – V – F. 
E. V – F – F – V. 
 
04. Com relação à raiva, doença conhecida há séculos, e uma das zoonoses mais importantes, assinale a 
alternativa correta. 
A. O período de incubação do vírus no hospedeiro é curto, sendo geralmente inferior a uma semana. 
B. Nos cães, os principais sinais clínicos são a paralisia e a salivação, não sendo observada agressividade em 
nenhum caso. 
C. Em bovinos, a raiva manifesta-se na forma paralítica e na forma furiosa, sendo a forma paralítica a mais 
comumente observada. 
D. Várias espécies animais são acometidas, com exceção dos equinos. 
E. Nos casos de raiva humana associados à transmissão por morcegos, tem sido observada principalmente a 
sintomatologia furiosa da doença. 
 
05. Sobre a colheita de material para exames de diagnóstico de raiva em bovinos, é correto afirmar que: 
A. A colheita das amostras deve ser realizada exclusivamente por Médico Veterinário. 
B. As amostras devem ser acondicionadas unicamente em embalagens de saco plástico ou frasco inquebrável e 
não deformável. 
C. Quando possível, enviar a cabeça inteira do animal, para preservação do material infectante. 
D. Para o diagnóstico da raiva, deve ser colhido o tronco encefálico com o Óbex. 
E. A amostra deve ser enviada sob refrigeração (2 a 8º C) quando o período entre a coleta e a chegada ao 
laboratório for menor que 24horas. 
 
06. Com relação ao diagnóstico da Raiva, de acordo com o Manual Técnico de Controle da Raiva dos Herbívoros, 
disponibilizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), de 2009, assinale a 
alternativa INCORRETA. 
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A. Não se deve concluir o diagnóstico de raiva somente com a observação clínica e epidemiológica. 
B. O uso do teste de imunofluorescência direta (IFD), caiu em desuso devido a sua baixa especificidade, sendo 
assim substituído pelo teste de inoculação em camundongos. 
C. Fragmentos do hipocampo, tronco cerebral, tálamo, córtex, cerebelo e medula oblonga são tidos 
tradicionalmente como materiais de escolha no diagnóstico laboratorial. 
D. O isolamento viral detecta a infecciosidade da amostra, por meio de inoculação da suspensão de tecidos 
extraídos da amostra suspeita, em sistemas biológicos. 
 
07. Os morcegos pertencem ao segundo grupo mais diverso entre os mamíferos: a ordem Chiroptera. Existem 
cerca de 1.200 espécies diferentes de morcegos no mundo, sendo apenas três consideradas hematófagas, ou 
seja, que realmente se alimentam de sangue. No Brasil, podem ser encontradas 178 espécies, incluindo as três 
hematófagas. De acordo com o Manual Técnico – Controle da Raiva dos Herbívoros do MAPA (2009), a espécie 
de morcego mais importante na transmissão da raiva para os bovinos no país é: 
A. Diphylla ecaudata. 
B. Desmodus rotundus. 
C. Diaemus youngi. 
D. Tadarida brasiliensis. 
E. Molossus molossus. 
 
08. A Raiva é uma antropozoonose, ou seja, uma doença que passa dos animais ao homem e vice-versa. Essa 
enfermidade é transmitida ao homem pela inoculação do vírus presente na saliva e secreções do animal 
infectado, principalmente pela mordedura e lambedura. Os sintomas da raiva são característicos e variam no 
animal e no ser humano. A raiva apresenta ciclos de transmissão, sendo que os principais são: 
I - Ciclo aéreo, que envolve os morcegos hematófagos e não hematófagos. 
II - Ciclo rural, representado pelos animais de produção. 
III - Ciclo urbano, relacionado aos cães e gatos. 
IV - Ciclo silvestre terrestre, que engloba os sagüis, cachorros do mato, raposas, guaxinim, macacos entre outros 
animais selvagens. 
A alternativa que relata o correto é: 
A. Estão corretas as afirmativas I, III e IV. 
B. Estão corretas as afirmativas I, II e IV. 
C. Estão corretas as afirmativas I, II, III e IV. 
D. Estão corretas as afirmativas I, II e III. 
E. Estão corretas as afirmativas I e II. 
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09. O Programa Nacional de Raiva dos Herbívoros (PNCRH) tem como objetivo manter sob controle a incidência 
da raiva na população de herbívoros domésticos. Uma das estratégias desse programa é a vacinação de espécies 
susceptíveis. Em relação à vacinação contra a raiva, é CORRETO afirmar: 
A. Animais primovacinados devem ser revacinados 45 dias após a primeira vacinação. 
B. É utilizada vacina viva atenuada. 
C. Para efeito da revacinação, considera-se que a duração da imunidade conferida pela vacina é de, no máximo, 
12 meses. 
D. A vacinação é compulsória quando da ocorrência de focos da doença, e deve ser adotada, preferencialmente, 
em humanos. 
E. A vacina deve ser mantida congelada nos estabelecimentos comerciais. 
 
10. O Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros elaborado pelo Departamento de Saúde Animal 
do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento regulamentou normas para o controle da raiva nos 
herbívoros. Com relação a essas normas para controle da raiva, assinale com V as afirmativas verdadeiras e com 
F as falsas. 
( ) Na profilaxia da raiva dos herbívoros, será utilizada somente vacina inativada, na dosagem de 5 ml, 
administrada pelo médico veterinário, por meio da via subcutânea ou intramuscular. 
( ) Nas áreas de ocorrência de raiva, a vacinação será adotada sistematicamente, em bovídeos e equídeos com 
idade igual ou superior a 8 meses, sob a supervisão do médico veterinário. 
( ) O proprietário do animal deverá notificar de imediato ao Serviço Veterinário Oficial a ocorrência ou a 
suspeita de casos de raiva, assim como a presença de animais atacados por morcegos hematófagos ou a 
existência de abrigos de tal espécie. 
( ) Cabe ao proprietário do animal tomar as providências necessárias ao atendimento dos animais e à coleta 
de material para diagnóstico da raiva e de outras encefalites diferenciais. 
Assinale a sequência correta. 
A. F V F V 
B. V F F F 
C. V V V V 
D. F F V F 
E. F F F F 
 
 
 
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GABARITO 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 
B A D C E B B C C D 
 
 
 x 10 = 
Nº acertos depois da leitura - Nº acertos antes da leitura x 10 = % acréscimo de conhecimento 
 
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52
QUESTÕES SOBRE TUBERCULOSE BOVINA PARA 
MÉTODO SOMA 
 
01. No que se refere à tuberculose em animais domésticos e no homem, leia as afirmações abaixo: 
I - Em bovinos, a causa mais comum é Mycobacterium bovis, mas também pode ser causada por Mycobacterium 
tuberculosis. 
II - Em humanos, a causa mais comum é Mycobacterium tuberculosis, mas também pode ser causada por 
Mycobacterium bovis. 
III - A pasteurização do leite é um passo importante na prevenção da contaminação de humanos por 
Mycobacterium bovis. 
IV - O M. avium é o causador da tuberculose em várias espécies de aves e é integrante do complexo M. 
tuberculosis. 
V - As micobactérias do complexo MAIS não são patogênicas para os bovinos e bubalinos. 
Estão CORRETAS apenas as afirmações: 
A. I, II e III. 
B. II, III e IV. 
C. I, II, III e IV. 
D. I, II, IV e V. 
E. I, II, III e V. 
 
02. A principal porta de entrada do M. bovis é a via ________________; a transmissão, em aproximadamente 
90% dos casos, ocorre pela __________________ contaminado com o micro-organismo. Em bezerros, o trato 
________________ também é porta de entrada da tuberculose bovina. Nesse caso, o complexo primário 
localizar-se-á nos órgãos digestivos e linfonodos regionais. 
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho acima. 
A. digestiva – ingestão de alimento – respiratório 
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B. genital – contaminação do sêmen – digestivo 
C. respiratória – inalação de aerossol – digestivo 
D. digestiva – ingestão de leite ou soro de leite – geniturinário 
E. respiratória – inalação do agente no muco vaginal – geniturinário 
 
03. O tipo de necrose da tuberculose é: 
A. esteatonecrose. 
B. necrose de caseificação. 
C. necrose de coagulação. 
D. necrose de liquefação. 
E. necrose de Zenker. 
 
04. Em relação à Tuberculose Bovina, uma importante zoonose causada por uma bactéria pertencente ao 
gênero Mycobacterium, é CORRETO afirmar que o principal meio de introdução da doença numa propriedade 
de produção leiteira é através da: 
A. Utilização inadequada de vacinas vivas. 
B. Incursão de animais silvestres na propriedade. 
C. Prova da tuberculina, quando aplicada em período de gestação. 
D. Introdução de animal doente com tuberculose no rebanho. 
E. Má higienização do ambiente e das pessoas envolvidas no manejo dos animais da propriedade. 
 
05. Qual alternativa NÃO corresponde aos sinais clínicos na tuberculose bovina: 
A. Tosse e dispneia. 
B. Mastite e Infertilidade. 
C. Linfadenomegalia localizada e generalizada. 
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D. Miocardiopatia dilatada com subsequente parada cardiorrespiratória. 
E. Caquexia progressiva. 
 
06. A tuberculose bovina é uma doença infecciosa, crônica, evolutiva e fatal cujo controle e erradicação é objeto 
de um programa de sanidade nacional desde 2001 pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento 
(MAPA). O diagnóstico da doença é feito pela prova de tuberculinização do animal. Esse teste de diagnóstico é 
uma prova do tipo: 
A. Sorológico. 
B. Alérgico tipo IV. 
C. Alérgico tipo I. 
D. Sedimentação. 
E. Imunohistoquímica. 
 
07. Assinalea alternativa CORRETA em relação à Tuberculose Bovina: 
A. Os testes de rotina para o diagnóstico da Tuberculose Bovina são: teste cervical simples, teste da prega caudal 
e teste cervical comparativo. 
B. A Tuberculose Bovina não é transmitida ao homem. 
C. O teste da prega caudal deve ser realizado exclusivamente em bovinos de leite. 
D. A doença é mais frequente em rebanhos de corte do que em rebanhos leiteiros. 
E. As bezerras devem ser vacinadas contra Tuberculose Bovina entre 3 e 8 meses de idade. 
 
08. Sobre a Tuberculose Bovina, é CORRETO afirmar que: 
A. As lesões macroscópicas têm, em geral, coloração esbranquiçada em bovinos, e ligeiramente amarelada em 
búfalos. 
B. As bactérias causadoras da tuberculose são bastonetes curtos aeróbicos, móveis, capsulados, e flagelados. 
C. As lesões provocadas pelo M. bovis são patognomônicas da tuberculose bovina. 
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D. Bovinos eliminam o M. bovis em secreções respiratórias, fezes, leite e algumas vezes na urina, secreções 
vaginais ou no sêmen. Um amplo número de organismos pode ser eliminado nos últimos estágios da infecção. 
E. A intensidade de reação alérgica à tuberculina é proporcional à evolução da doença no organismo do animal. 
 
09. Sobre a tuberculose bovina, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. 
( ) A transmissão da tuberculose bovina pode ser por via direta (via aérea e oral, através de aerossóis) ou 
indireta (leite, água, alimentos e fômites contaminados). 
( ) O tratamento da tuberculose é uma prática aconselhável desde que realizado um antibiograma para a 
escolha do antimicrobiano apropriado. 
( ) A virulência do Mycobacterium bovis relaciona-se com a sua capacidade de sobreviver e multiplicar-se 
dentro dos macrófagos do hospedeiro. 
( ) Fêmeas submetidas a teste de diagnóstico de tuberculose no intervalo de quinze dias antes até quinze dias 
depois do parto ou aborto, cujos resultados sejam negativos, ficam liberadas para comercialização ou trânsito 
de qualquer finalidade. 
( ) Segundo a classificação de agentes etiológicos humanos e animais com base no risco apresentado, o 
Mycobacterium tuberculosis e o Mycobacterium bovis estão classificados como patógenos da classe de risco 3, 
cujo risco individual é alto e para a comunidade é limitado. 
A sequência está CORRETA em: 
A. V, F, V, F, F 
B. V, V, F, V, F 
C. F, V, F, V, V 
D. V, F, F, V, F 
E. V, F, V, F, V 
 
10. Considerando os aspectos clínico, de diagnóstico, prevenção e vigilância epidemiológica da tuberculose 
bovina, analise as afirmativas abaixo, colocando entre parênteses a letra V, quando se tratar de afirmativa 
verdadeira, e a letra F quando se tratar de afirmativa falsa. A seguir, assinale a alternativa que a presenta a 
sequência CORRETA. 
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( ) A importância econômica atribuída à doença bovina está baseada nas perdas diretas resultantes da morte 
de animais, da queda no ganho de peso e diminuição da produção de leite, do descarte precoce e eliminação 
de animais de alto valor zootécnico e condenação de carcaças no abate. 
( ) Os hospedeiros que contribuíram para a perpetuação da tuberculose através dos séculos foram os bovinos, 
o homem e os suínos. 
( ) A prova de tuberculina intradérmica é o único teste clínico-patológico utilizado habitualmente para o 
diagnóstico em animais vivos. 
( ) No teste cervical comparativo, a prova tuberculínica é realizada com o PPD bovino, bubalino e aviário. 
( ) A tuberculose é considerada uma doença de notificação obrigatória imediata de qualquer caso suspeito. 
A. V – F – F – F – V. 
B. V – F – F – V – F. 
C. V – F – V – F – F. 
D. V – V – V – F – F. 
E. F – V – V – F – V. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TUBERCULOSE BOVINA (Mycobacterium bovis) 
A tuberculose causada pelo Mycobacterium bovis é uma zoonose de evolução crônica que acomete 
principalmente bovinos e bubalinos. Caracteriza-se pelo desenvolvimento progressivo de lesões nodulares 
denominadas tubérculos, que podem localizar-se em qualquer órgão ou tecido. 
 
Etiologia 
As bactérias causadoras da tuberculose pertencem à família Mycobacteriaceae, gênero Mycobacterium. São 
bastonetes curtos aeróbicos, imóveis, não capsulados, não flagelados, apresentando aspecto granular 
quando corados, medindo de 0,5 a 7,0 μm de comprimento por 0,3 μm de largura, sendo a álcool-ácido-
resistência a sua propriedade mais característica. No entanto, muitas dessas características, inclusive a 
tintorial, superpõem-se nos gêneros Mycobacterium, Nocardia, Rhodococcus e Corynebacterium. 
 
 
 
As micobactérias do complexo M. tuberculosis incluem M. tuberculosis, M. bovis, M. africanum, M. canetti, 
M. microti, M. pinnipedi e M. caprae. Dentre essas, as principais causadoras da tuberculose nos mamíferos 
são: 
 
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O M. bovis tem um amplo espectro de patogenicidade para as espécies domésticas e silvestres, 
principalmente bovinos e bubalinos, e pode participar da etiologia da tuberculose humana. 
 
 
 
O M. tuberculosis é a principal causa de tuberculose no ser humano. Pode infectar bovinos, porém não causa 
doença progressiva nessa espécie; todavia, ocasionalmente, pode sensibilizá-los ao teste tuberculínico. 
O M. avium é o causador da tuberculose em várias espécies de aves e é integrante do complexo MAIS (M. 
avium, M. intracellulare e M. scrofulaceum). As micobactérias do complexo MAIS causam lesões 
granulomatosas nos linfonodos do trato gastrointestinal de suínos, a linfadenite granulomatosa, que leva a 
sérias perdas no abate desses animais. No ser humano, a infecção pelas micobactérias do complexo MAIS 
tem importância para os indivíduos com deficiência imunológica. As micobactérias do complexo MAIS não 
são patogênicas para os bovinos e bubalinos; entretanto, provocam reações inespecíficas à tuberculinização, 
dificultando o diagnóstico da tuberculose nessas espécies. 
 
 
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Epidemiologia 
Distribuição 
Os países que implantaram programas de controle da tuberculose animal ao longo do século passado, com 
bases em tuberculinização e sacrifício dos animais reagentes, conseguiram reduzir consideravelmente a 
frequência de animais infectados. 
Nos dias atuais, a prevalência da doença é maior nos países em desenvolvimento, e menor nos países 
desenvolvidos, onde o controle e a erradicação encontram-se em fase avançada. Alguns países da Europa já 
erradicaram a doença; outros estão na etapa final de erradicação, com prevalências baixas. Na América 
Latina e Caribe existem áreas com prevalência que ultrapassa 1%. 
De acordo com dados oficiais do MAPA, no período de 1999 a 2017, foram registrados 68.281 mil casos 
confirmados de tuberculose bovina no Brasil. Ao avaliar a distribuição anual de casos, percebe-se um número 
elevado a partir do ano de 2005, quando o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da 
Tuberculose Animal – PNCEBT - efetivamente entrou em vigor, com pico de notificações em 2007. Esses 
eventos são consequência do incremento do número de exames diagnósticos ocorridos no período. 
 
Importância Econômica 
A importância econômica atribuída à doença bovina está baseada nas perdas diretas resultantes da morte 
de animais, da queda no ganho de peso e diminuição da produção de leite, do descarte precoce e eliminação 
de animais de alto valor zootécnico e condenação de carcaças no abate. Estima-se que os animais infectados 
percam de 10% a 25% de sua eficiência produtiva. Existe ainda a perda de prestígio e credibilidade da unidade 
de criação onde a doença é constatada. 
 
Mecanismos de Transmissão 
A mais significativa fonte de infecção para os rebanhos é o bovino ou o bubalino infectados. A principal forma 
de introdução da tuberculose em um rebanho é a aquisição de animais infectados. Outras espécies de 
animais podem assumir papel importante como reservatório doM. bovis, em condições de introduzir ou 
reintroduzir a doença em rebanhos bovinos. Em países desenvolvidos, onde a tuberculose bovina encontra-
se em fase final de erradicação ou já erradicada, espécies silvestres assumem importância como reservatório 
do M. bovis para bovinos. Na Europa, verificou-se que o texugo (Meles meles) fez a tuberculose bovina 
ressurgir em áreas de onde já havia sido erradicada. Na Nova Zelândia, um pequeno marsupial silvestre 
(Trichossurus vulpecula) é apontado como um dos principais responsáveis pela reinfecção de bovinos pelo 
M. bovis. Nos EUA, acredita-se que os cervídeos tenham alguma importância como reservatório de M. bovis 
para bovinos. No Brasil, certamente existem espécies silvestres suscetíveis ao M. bovis, mas é desconhecida 
a importância desses animais como reservatório do agente para bovinos. 
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Em um animal infectado, o M. bovis é eliminado pelo ar expirado, pelas fezes e urina, pelo leite e outros 
fluidos corporais, dependendo dos órgãos afetados. A eliminação do M. bovis tem início antes do 
aparecimento dos sinais clínicos. 
 
 
 
A principal porta de entrada do M. bovis é a via respiratória; a transmissão, em aproximadamente 90% dos 
casos, ocorre pela inalação de aerossóis contaminados com o micro-organismo. O trato digestivo também é 
porta de entrada da tuberculose bovina, principalmente em bezerros alimentados com leite proveniente de 
vacas com mastite tuberculosa e em animais que ingerem água ou forragens contaminadas. Nesse caso, o 
complexo primário localizar-se-á nos órgãos digestivos e linfonodos regionais. 
Em estábulos, ao abrigo da luz, o M. bovis tem condições de sobreviver por vários meses. Alguns fatores 
podem contribuir para que a enfermidade se propague com maior eficiência. Entre eles, destacam-se de 
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modo especial a aglomeração dos animais em estábulos e a inadequação das instalações zootécnicas. Ambos 
os fatores podem ampliar a sobrevivência da bactéria no ambiente e propiciar o contato estreito e frequente 
entre os animais infectados e suscetíveis. 
Raramente vacas com tuberculose genital transmitem a doença ao feto pela via transplacentária. Pode 
ocorrer transmissão sexual nos casos de epididimite e metrite tuberculosa. A infecção cutânea pode ocorrer 
por contato com objetos contaminados. Porém, esses três últimos mecanismos de transmissão são pouco 
frequentes. 
A infecção pelo M. bovis se propaga nos animais independentemente do sexo, da raça ou da idade. A 
introdução e a manutenção da doença em um rebanho são fortemente influenciadas por características da 
unidade de criação, entre as quais se destacam o tipo de exploração, o tamanho do rebanho, a densidade 
populacional e as práticas zootécnicas e sanitárias. 
Observa-se que a doença é mais frequente em rebanhos leiteiros do que em rebanhos de corte. Contudo, 
quando bovinos de corte e bubalinos são mantidos em confinamento ou submetidos a condições naturais de 
aglomeração – em torno de bebedouros durante a seca ou nas partes mais altas das pastagens durante as 
enchentes – ficam submetidos às mesmas condições de risco. 
Constituem práticas comuns que podem introduzir a doença no rebanho tanto a alimentação de bezerros 
com leite de vacas tuberculosas quanto a aquisição de receptoras de embrião sem controle sanitário. 
 
Patogenia 
Aproximadamente 90% das infecções pelo M. bovis em bovinos e bubalinos ocorrem pela via respiratória por 
meio da inalação de aerossóis contaminados com o micro-organismo. Uma vez atingido o alvéolo, o bacilo é 
capturado por macrófagos, sendo o seu destino determinado pelos seguintes fatores: virulência do micro-
organismo, carga infectante e resistência do hospedeiro. Na fase seguinte, caso não sejam eliminados, os 
bacilos multiplicar-se-ão dentro dos macrófagos até destruí-los. Os bacilos liberados pelos macrófagos 
infectados serão fagocitados por outros macrófagos alveolares ou por monócitos recém-chegados da 
corrente circulatória, atraídos pelos próprios bacilos liberados, ou por fatores quimiotáticos produzidos pelo 
hospedeiro. A terceira fase começa quando cessa essa multiplicação, cerca de 2 a 3 semanas após a inalação 
do agente infeccioso, e é caracterizada por resposta imune mediada por células e reação de 
hipersensibilidade retardada. Nessa fase, em decorrência da reação de hipersensibilidade retardada, o 
hospedeiro destrói seus próprios tecidos por meio da necrose de caseificação para conter o crescimento 
intracelular das micobactérias. Com a mediação dos linfócitos T, ocorre a migração de novas células de 
defesa, culminando com a formação dos granulomas. Tais granulomas são constituídos por uma parte 
central, por vezes com área de necrose de caseificação, circundada por células epitelióides, células gigantes, 
linfócitos, macrófagos e uma camada periférica de fibroblastos. 
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Os bacilos da lesão tuberculosa do parênquima pulmonar propagam-se ao linfonodo satélite, no qual 
desencadeiam a formação de novo granuloma, constituindo, assim, o complexo primário. 
As lesões pulmonares têm início na junção bronquíolo-alveolar com disseminação para os alvéolos e 
linfonodos brônquicos, podendo regredir, persistir estabilizadas ou progredir. A disseminação da infecção 
para outros órgãos pode ocorrer precocemente durante o desenvolvimento da doença, ou numa fase tardia, 
provavelmente em função de uma queda na imunidade do animal. A generalização da infecção pode assumir 
duas formas: 
1) miliar, quando ocorre de maneira abrupta e maciça, com entrada de um grande número de bacilos na 
circulação; 
2) protraída, mais comum, que se dá por via linfática ou sanguínea, acometendo o próprio pulmão, 
linfonodos, fígado, baço, úbere, ossos, rins, sistema nervoso central, disseminando-se por, praticamente, 
todos os tecidos. 
As lesões macroscópicas têm, em geral, coloração amarelada em bovinos, e ligeiramente esbranquiçadas em 
búfalos; apresentam-se na forma de nódulos de 1 a 3 cm de diâmetro, ou mais, que podem ser confluentes, 
de aspecto purulento ou caseoso, com presença de cápsula fibrosa, podendo apresentar necrose de 
caseificação no centro da lesão ou, ainda, calcificação nos casos mais avançados. Embora possam estar 
presentes em qualquer tecido do animal, as lesões são encontradas com mais frequência em linfonodos 
(mediastínicos, retrofaríngeos, bronquiais, parotídeos, cervicais, inguinais superficiais e mesentéricos), em 
pulmão e fígado. 
 
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Sendo uma doença de evolução muito lenta, os sinais clínicos são pouco frequentes em bovinos e bubalinos. 
Em estágios avançados, e dependendo da localização das lesões, os bovinos podem apresentar caquexia 
progressiva, hiperplasia de linfonodos superficiais e/ou profundos, dispneia, tosse, mastite e infertilidade, 
entre outros. 
 
Diagnóstico 
O diagnóstico da tuberculose bovina pode ser efetuado por métodos diretos e indiretos. Os diretos envolvem 
a detecção e identificação do agente etiológico no material biológico. Os indiretos pesquisam uma resposta 
imunológica do hospedeiro ao agente etiológico, que pode ser humoral (produção de anticorpos circulantes) 
ou celular (mediada por linfócitos e macrófagos). 
 
 
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A reação tuberculínica, a bacteriologia e a histopatologia são os métodos mais utilizados para o diagnóstico 
da tuberculose bovina e bubalina. A grande inespecificidade dos sinais clínicos, a dificuldade de isolamento 
do M. bovis do animal vivo e o baixo nível de anticorpos durante o período inicial de infecção fazem com que 
os diagnósticos clínico, bacteriológico e sorológico tenham um valor relativo. 
O diagnóstico clínico, associado à tuberculinização, possibilita a identificação de animais com tuberculose 
avançada, os quais geralmente apresentam um decréscimo da sensibilização alérgica, podendo, por vezes, 
chegarà anergia. Pode-se afirmar que existem métodos diagnósticos adequados para o desenvolvimento de 
programas de controle e erradicação da tuberculose bovina; entretanto, não existe um método diagnóstico 
da tuberculose bovina que tenha uma eficácia absoluta. A prova tuberculínica, a vigilância epidemiológica 
em matadouros, os controles sanitários, o diagnóstico de laboratório, são todos elementos básicos que 
devem ser empregados com critério e de modo adequado a cada situação epidemiológica. 
Independentemente dos métodos de diagnóstico utilizados, é fundamental que os animais positivos sejam 
abatidos, evitando-se, assim, a disseminação da tuberculose. 
 
Diagnóstico Clínico 
Possui valor relativo, porque o animal pode estar infectado – com um foco localizado – e apresentar-se 
aparentemente sadio. O diagnóstico clínico torna-se importante para os animais com tuberculose avançada, 
para os quais o teste tuberculínico perde seu valor pela possibilidade do fenômeno da anergia à tuberculina. 
Os sinais clínicos mais frequentes são a caquexia progressiva e a tosse seca, curta e repetitiva. Animais 
tuberculosos, quando submetidos à marcha forçada, tendem a posicionar-se atrás dos demais, 
demonstrando cansaço e baixa capacidade respiratória. 
Pode ocorrer linfadenomegalia localizada ou generalizada. 
 
Diagnóstico Anatomopatológico 
A inspeção de carcaça ou a necropsia detalhada constituem importantes ferramentas no diagnóstico da 
tuberculose bovina. 
As lesões provocadas pelo M. bovis não são patognomônicas da tuberculose bovina. Apresentam coloração 
amarelada em bovinos, e ligeiramente esbranquiçadas em búfalos. São nódulos de 1 a 3 cm de diâmetro ou 
mais, que podem ser confluentes, de aspecto purulento ou caseoso, com presença de cápsula fibrosa, 
podendo apresentar necrose de caseificação no centro da lesão, ou, ainda, calcificação nos casos mais 
avançados. Em 70% a 90% dos casos, as lesões encontram-se em linfonodos de cabeça e tórax, e 66% dos 
animais necropsiados apresentam apenas uma única lesão visível. Em 95% dos casos, as lesões estão 
localizadas em linfonodos (mediastínicos, retrofaríngeos, bronquiais, parotídeos, cervicais, inguinais 
superficiais e mesentéricos), pulmão e fígado. Com menor frequência, podem estar presentes em intestino 
e tecido mamário, ou em qualquer outro órgão ou tecido do animal. 
 
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Animais reagentes ao teste tuberculínico podem não apresentar lesões visíveis a olho nu; isso não significa, 
porém, que se trata de reação falso-positiva. As lesões podem estar em estágios iniciais de evolução, ou 
simplesmente não terem sido encontradas pela necropsia. 
Fragmentos de tecido com lesões sugestivas de tuberculose (nódulos caseosos em linfonodos, pulmão, 
fígado, etc.) podem ser enviados para exame histopatológico em frasco de boca larga (plástico ou vidro), 
hermeticamente fechado, imersos em solução de formaldeído a 10%, observando-se a proporção de uma 
parte de amostra para 10 de formaldeído. 
 
Diagnóstico Bacteriológico 
O diagnóstico definitivo da tuberculose é realizado mediante o isolamento e a identificação do agente por 
métodos bacteriológicos. Amostras frescas podem ser fixadas em lâmina e coradas pelo método de Ziehl-
Neelsen para a pesquisa de bacilos álcool ácido resistentes (BAAR), contudo, a sensibilidade do método é 
baixa, e um resultado positivo sugere fortemente tratar-se de micobactéria, mas não informa a espécie. Essa 
mesma coloração pode ser empregada para colônias isoladas em meios de cultura. Muitas características, 
inclusive a propriedade tintorial, superpõem-se nos gêneros Mycobacterium e Nocardia, tornando difícil, em 
alguns casos, a diferenciação entre ambos. O diagnóstico bacteriológico por isolamento requer um longo 
período de incubação (30 a 90 dias), pois o M. bovis cresce lentamente em meios de cultura artificiais. Para 
permitir o isolamento de qualquer bactéria do gênero Mycobacterium sp, recomenda-se a semeadura 
concomitante nos meios de cultura Löwenstein-Jensen e Stonebrink-Lesslie. 
 
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As análises bacteriológicas completas só serão necessárias nas seguintes situações: 
 
 
Diagnóstico Alérgico-cutâneo 
O diagnóstico alérgico-cutâneo com tuberculina é o instrumento básico para programas de controle e 
erradicação da tuberculose bovina em todo o mundo. Pode revelar infecções incipientes a partir de 3 a 8 
semanas da exposição ao Mycobacterium, alcançando boa sensibilidade e especificidade e sendo 
considerado pela OIE como técnica de referência. Para que realmente funcione como ferramenta diagnóstica 
em um programa de controle, é indispensável que o procedimento seja padronizado quanto à produção das 
tuberculinas, equipamentos para realização das provas, tipos de provas e critérios de leitura. 
 
Tuberculinas 
A tuberculina pode ser definida como um extrato obtido de filtrados de cultivos de Mycobacterium sp 
previamente esterilizados pelo calor, para ser utilizado com o propósito de medir a hipersensibilidade 
retardada causada pela infecção por micobactérias. 
No Brasil, a prova tuberculínica é realizada com o PPD bovino, produzido a partir da amostra AN5 de M. bovis, 
contendo 1 mg de proteína por mL (32.500 UI). No teste cervical comparativo, utiliza-se também o PPD 
aviário, produzido a partir da amostra D4 de M. avium, contendo 0,5 mg de proteína por mL (25.000 UI). 
As tuberculinas devem ser mantidas sob a temperatura de 2° a 8°C (não congelar) e têm validade de um ano 
após a data de fabricação. 
Os frascos precisam ser protegidos da luz solar direta durante os trabalhos de campo. Uma vez aberto um 
frasco de tuberculina, seu conteúdo deve ser utilizado num único dia, descartando-se eventuais sobras. O 
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PPD bovino apresenta-se sob a forma líquida incolor e o PPD aviário, sob a forma líquida com coloração 
vermelho claro. 
 
Mecanismos da Reação Alérgica à Tuberculina 
Alergia significa uma reação anormal e específica do organismo após sensibilização por uma substância 
estranha. A reação alérgica à tuberculina ocorre de várias maneiras: após infecção por micobactérias, 
administração parenteral de proteínas micobacterianas, inoculação de micobactérias inativadas ou vacina 
BCG. Na prática, a alergia tuberculínica indica que o organismo está infectado por bacilos virulentos, 
atenuados, inativados, vacinais ou ambientais, não significando que tenha imunidade contra a tuberculose, 
nem indicando o órgão ou local da infecção ou extensão das lesões. 
A reação é mediada por células e classificada como reação de hipersensibilidade retardada do tipo IV. Quando 
se injeta a tuberculina na pele de um animal normal, não ocorre nenhuma resposta significativa. Mas, ao 
injetá-la em um animal infectado por micobactérias, portanto, sensibilizado para a tuberculina, ocorrerá uma 
resposta de hipersensibilidade retardada com endurecimento e edema progressivo no local da inoculação, 
que atinge seu máximo às 72 horas, com uma variação de até 6 horas para mais ou para menos. Após esse 
tempo, a reação tende a diminuir lentamente. A intensidade da reação cutânea pode ser quantificada pela 
mensuração do tamanho do endurecimento ou do engrossamento da pele. A reação à tuberculina pode 
evoluir para uma necrose central, algumas vezes acompanhada por vesícula e enduração características de 
uma hipersensibilidade intensa. 
Após a inoculação, a tuberculina é fagocitada e processada, e seus peptídeos são apresentados no complexo 
principal de histocompatibilidade (MHC) do tipo II na superfície celular de macrófagos. A resposta específica 
inicia-se quando linfócitos T sensibilizados reconhecem, então, os antígenos tuberculínicos e secretam 
citocinas, entre elas o interferon gama. Algumas dessas citocinas ativam células endoteliais venulares que 
recrutam monócitos e outros leucócitos do sangue; outras convertem os monócitos em macrófagos ativadoscapazes de eliminar o antígeno. 
As células T envolvidas na reação de hipersensibilidade retardada são, em geral, do tipo CD4+ Th1. 
Há bovinos que, embora infectados, não reagem à tuberculinização devido a uma deficiência temporária do 
sistema imunitário, induzida por inoculações sucessivas de tuberculina ou aplicação de altas concentrações 
do antígeno, denominada dessensibilização. É um fenômeno de curta duração e cessa quando a população 
de linfócitos T é restabelecida. Reações falso-negativas também podem ocorrer em tuberculinizações 
próximas ao parto ou em animais com alimentação deficiente. Em animais com tuberculose generalizada, ou 
em estágios finais da doença, há um excesso de antígeno circulante que induz uma imunossupressão 
específica e, por consequência, uma inibição da produção de citocinas necessárias à ativação de macrófagos 
participantes da reação de hipersensibilidade retardada. Trata-se do fenômeno de anergia referido em 
páginas anteriores. 
 
Equipamentos para os Testes de Tuberculinização 
A qualidade da prova tuberculínica é consequência direta da escolha dos instrumentos para realizá-la. Devem 
ser adotados os equipamentos desenvolvidos especificamente para essa finalidade. 
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A seringa com dosador automático de 0,1 mL é indispensável e pode ser acompanhada por cinto e bainha, 
acessórios bastante úteis que permitem prescindir de auxílio para as tarefas de tricotomia e mensuração. As 
agulhas devem ser pequenas (3 a 4 mm) e finas (Ø< 26 G). Seringas e agulhas precisam estar limpas e 
esterilizadas antes do uso. É importante que agulhas e seringas estejam livres de desinfetantes e 
antissépticos. Uma pequena quantidade de vaselina líquida é suficiente para a lubrificação do êmbolo. O 
cutímetro equipado com cabo facilita o manuseio do instrumento, e a mola fornece pressão regular nas 
medidas. A ponta do cutímetro mais larga evita aprofundamento indevido, principalmente em medidas de 
reações edematosas. Os locais de inoculação no bovino devem ter o pelo raspado com lâmina de barbear 
simples ou máquina de tosquiar. 
 
Métodos de Turberculinização 
Para o diagnóstico de rotina da tuberculose bovina, a tuberculinização é um método rápido, seguro e 
econômico e serve para pesquisar a sensibilidade dos animais às tubérculo-proteínas específicas. O método 
preconizado é o intradérmico nas suas três modalidades, ou seja, prega caudal, cervical simples e 
comparativo. 
 
O teste da prega caudal é o método de execução mais simples e prático e, portanto, quando há necessidade 
da realização de um teste de triagem, é a escolha natural. É importante lembrar que, pela legislação, esse 
teste é admitido para utilização de rotina, exclusivamente em estabelecimentos de criação especializados na 
pecuária de corte. 
Considera-se que a sensibilidade do teste cervical simples é maior do que a do teste da prega da cauda. Além 
disso, é menos subjetivo, pois o resultado advém da tomada de medidas com o cutímetro. 
O teste cervical comparativo, com PPD bovino e aviário aplicados simultaneamente, deve ser utilizado como 
teste confirmatório, por sua maior especificidade em relação aos testes simples. Esse teste permite eliminar 
a maior causa de reações falso-positivas, que são as infecções por micobactérias ambientais. Esse deve ser o 
teste de eleição para rebanhos com alta frequência de reações inespecíficas, evitando-se os prejuízos 
decorrentes da eliminação de animais falso-positivos. 
 
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Cuidados na Tuberculinização de Rebanhos 
A realização de testes tuberculínicos em rebanho requer os seguintes cuidados especiais: 
 
 
Novos Métodos de Diagnóstico da Tuberculose Bovina 
Nos últimos anos, os avanços da biologia molecular e a evolução dos conhecimentos sobre a imunidade 
contra as micobactérias levaram ao aparecimento de novos métodos diretos e indiretos para o diagnóstico 
da tuberculose bovina. 
Dentro dos métodos indiretos surgiram novos testes sorológicos, que visam detectar alterações dos 
componentes séricos na resposta à infecção pelo M. bovis, e métodos de avaliação in vitro da resposta 
imunológica celular contra o M. bovis. 
Os métodos diretos passaram por uma verdadeira revolução em virtude do desenvolvimento do método 
molecular denominado reação da polimerase em cadeia (PCR), que tem como princípio básico a detecção de 
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um fragmento de DNA específico do gênero ou então do complexo M. tuberculosis. Métodos de biologia 
molecular estão sendo desenvolvidos para detectar diretamente o agente em amostras clínicas, para 
identificar o agente isolado pelos métodos clássicos de bacteriologia e para avaliar a variação genética dentro 
de uma espécie de micobactéria. 
As técnicas moleculares já encontram alguma aplicação prática dentro dos programas de controle e 
erradicação da tuberculose bovina, sendo utilizadas de forma complementar aos procedimentos 
bacteriológicos clássicos. 
Quanto aos métodos indiretos, nenhum novo método apresentou desempenho que justificasse a 
substituição dos testes tuberculínicos padrões. 
 
Controle da Tuberculose 
O controle da tuberculose fundamenta-se no bloqueio de pontos críticos da cadeia de transmissão da 
doença. 
O primeiro passo a ser dado em uma unidade de criação é conhecer a situação sanitária do rebanho. A 
identificação das fontes de infecção é feita por meio da implementação de uma rotina de testes 
tuberculínicos com abate dos animais reagentes. O exame clínico pode ser útil nos casos de anergia. Na 
compra de animais, antes da introdução no rebanho, deve-se testá-los na origem e testá-los de novo logo 
após a entrada no quarentenário da unidade de criação, respeitando-se o intervalo mínimo de 60 dias entre 
os testes. Adotar como regra a aquisição de animais de propriedades livres da doença. O risco de infecção é 
menor em rebanhos fechados. 
É importante que a saúde dos trabalhadores da propriedade seja rotineiramente monitorada. Ações sobre 
possíveis reservatórios domésticos, sinantrópicos ou silvestres devem ser consideradas. 
Instalações adequadas, que permitem boa ventilação e exposição direta à luz solar, contribuem para prevenir 
a contaminação do ambiente. Recomenda-se higienizar e desinfetar periodicamente todas as instalações, 
especialmente os bebedouros e os cochos (hipoclorito de sódio 5%, fenol 5%, formaldeído 3%, cresol 5%). 
 
 
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Constituem medidas importantes o monitoramento dos rebanhos pela detecção de lesões tuberculosas – 
realizado pelo serviço de inspeção de carcaças quando do abate dos animais –, e o controle de trânsito e de 
participação em exposições, feiras e leilões. 
A inspeção sanitária dos produtos de origem animal destinados ao consumo humano e a pasteurização ou 
esterilização do leite e derivados diminuem os riscos de transmissão do M. bovis ao homem. 
Apesar de diversos estudos sobre vacinação e tratamento da tuberculose bovina, até o presente, os 
resultados obtidos não justificam a adoção dessas medidas como forma de controle da enfermidade. Além 
disso, em países que alcançaram grande sucesso com programas implementados para o combate à 
tuberculose bovina, essas práticas não foram utilizadas; e, portanto, não estão contempladas na estratégia 
de ação do PNCEBT. 
 
Tuberculose Humana de Origem Bovina 
Bovinos infectados podem ser responsáveis por parte dos casos de tuberculose humana causada pelo M. 
bovis, principalmente em áreas de alta prevalência de infecção e onde não existe controle sanitário dos 
produtos de origem animal. O homem adquire a doença por meio da ingestão de leite e derivados crus 
oriundos de vacas infectadas. O risco é maior para crianças, idosos e pessoas com deficiência imunológica, 
nas quais ocorrem principalmente as formas extrapulmonares. Os tratadores de rebanhos infectados e os 
trabalhadores da indústria de carnes constituem os grupos ocupacionais maisexpostos à doença. Nesses 
grupos, a principal forma clínica observada é a pulmonar. 
A incidência da tuberculose humana de origem animal tem diminuído nos países onde existem campanhas 
de combate à tuberculose bovina e a pasteurização do leite é obrigatória. 
Atualmente, nos países anglo-saxônicos, a incidência da infecção humana por M. bovis é baixa e limitada a 
um grupo de idade mais avançada. Na Grã-Bretanha, apesar da redução da infecção humana por cepas 
bovinas, a tuberculose dessa origem continua ocorrendo. 
Convém observar que, no ser humano, o exame clínico e a baciloscopia do escarro não permitem a 
diferenciação entre a infecção pelo M. bovis e M. tuberculosis. Essa distinção só é possível pelo isolamento 
e pela identificação do agente. 
 
Bibliografia: 
MAPA: PNCEBT https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sanidade-animal-e-vegetal/saude-
animal/programas-de-saude-animal/controle-e-erradicacao-da-brucelose-e-tuberculose-pncebt 
 
 
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https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sanidade-animal-e-vegetal/saude-animal/programas-de-saude-animal/controle-e-erradicacao-da-brucelose-e-tuberculose-pncebt
https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sanidade-animal-e-vegetal/saude-animal/programas-de-saude-animal/controle-e-erradicacao-da-brucelose-e-tuberculose-pncebt
QUESTÕES SOBRE TUBERCULOSE BOVINA PARA 
MÉTODO SOMA 
 
01. No que se refere à tuberculose em animais domésticos e no homem, leia as afirmações abaixo: 
I - Em bovinos, a causa mais comum é Mycobacterium bovis, mas também pode ser causada por Mycobacterium 
tuberculosis. 
II - Em humanos, a causa mais comum é Mycobacterium tuberculosis, mas também pode ser causada por 
Mycobacterium bovis. 
III - A pasteurização do leite é um passo importante na prevenção da contaminação de humanos por 
Mycobacterium bovis. 
IV - O M. avium é o causador da tuberculose em várias espécies de aves e é integrante do complexo M. 
tuberculosis. 
V - As micobactérias do complexo MAIS não são patogênicas para os bovinos e bubalinos. 
Estão CORRETAS apenas as afirmações: 
A. I, II e III. 
B. II, III e IV. 
C. I, II, III e IV. 
D. I, II, IV e V. 
E. I, II, III e V. 
 
02. A principal porta de entrada do M. bovis é a via ________________; a transmissão, em aproximadamente 
90% dos casos, ocorre pela __________________ contaminado com o micro-organismo. Em bezerros, o trato 
________________ também é porta de entrada da tuberculose bovina. Nesse caso, o complexo primário 
localizar-se-á nos órgãos digestivos e linfonodos regionais. 
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho acima. 
A. digestiva – ingestão de alimento – respiratório 
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B. genital – contaminação do sêmen – digestivo 
C. respiratória – inalação de aerossol – digestivo 
D. digestiva – ingestão de leite ou soro de leite – geniturinário 
E. respiratória – inalação do agente no muco vaginal – geniturinário 
 
03. O tipo de necrose da tuberculose é: 
A. esteatonecrose. 
B. necrose de caseificação. 
C. necrose de coagulação. 
D. necrose de liquefação. 
E. necrose de Zenker. 
 
04. Em relação à Tuberculose Bovina, uma importante zoonose causada por uma bactéria pertencente ao 
gênero Mycobacterium, é CORRETO afirmar que o principal meio de introdução da doença numa propriedade 
de produção leiteira é através da: 
A. Utilização inadequada de vacinas vivas. 
B. Incursão de animais silvestres na propriedade. 
C. Prova da tuberculina, quando aplicada em período de gestação. 
D. Introdução de animal doente com tuberculose no rebanho. 
E. Má higienização do ambiente e das pessoas envolvidas no manejo dos animais da propriedade. 
 
05. Qual alternativa NÃO corresponde aos sinais clínicos na tuberculose bovina: 
A. Tosse e dispneia. 
B. Mastite e Infertilidade. 
C. Linfadenomegalia localizada e generalizada. 
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D. Miocardiopatia dilatada com subsequente parada cardiorrespiratória. 
E. Caquexia progressiva. 
 
06. A tuberculose bovina é uma doença infecciosa, crônica, evolutiva e fatal cujo controle e erradicação é objeto 
de um programa de sanidade nacional desde 2001 pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento 
(MAPA). O diagnóstico da doença é feito pela prova de tuberculinização do animal. Esse teste de diagnóstico é 
uma prova do tipo: 
A. Sorológico. 
B. Alérgico tipo IV. 
C. Alérgico tipo I. 
D. Sedimentação. 
E. Imunohistoquímica. 
 
07. Assinale a alternativa CORRETA em relação à Tuberculose Bovina: 
A. Os testes de rotina para o diagnóstico da Tuberculose Bovina são: teste cervical simples, teste da prega caudal 
e teste cervical comparativo. 
B. A Tuberculose Bovina não é transmitida ao homem. 
C. O teste da prega caudal deve ser realizado exclusivamente em bovinos de leite. 
D. A doença é mais frequente em rebanhos de corte do que em rebanhos leiteiros. 
E. As bezerras devem ser vacinadas contra Tuberculose Bovina entre 3 e 8 meses de idade. 
 
08. Sobre a Tuberculose Bovina, é CORRETO afirmar que: 
A. As lesões macroscópicas têm, em geral, coloração esbranquiçada em bovinos, e ligeiramente amarelada em 
búfalos. 
B. As bactérias causadoras da tuberculose são bastonetes curtos aeróbicos, móveis, capsulados, e flagelados. 
C. As lesões provocadas pelo M. bovis são patognomônicas da tuberculose bovina. 
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D. Bovinos eliminam o M. bovis em secreções respiratórias, fezes, leite e algumas vezes na urina, secreções 
vaginais ou no sêmen. Um amplo número de organismos pode ser eliminado nos últimos estágios da infecção. 
E. A intensidade de reação alérgica à tuberculina é proporcional à evolução da doença no organismo do animal. 
 
09. Sobre a tuberculose bovina, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. 
( ) A transmissão da tuberculose bovina pode ser por via direta (via aérea e oral, através de aerossóis) ou 
indireta (leite, água, alimentos e fômites contaminados). 
( ) O tratamento da tuberculose é uma prática aconselhável desde que realizado um antibiograma para a 
escolha do antimicrobiano apropriado. 
( ) A virulência do Mycobacterium bovis relaciona-se com a sua capacidade de sobreviver e multiplicar-se 
dentro dos macrófagos do hospedeiro. 
( ) Fêmeas submetidas a teste de diagnóstico de tuberculose no intervalo de quinze dias antes até quinze dias 
depois do parto ou aborto, cujos resultados sejam negativos, ficam liberadas para comercialização ou trânsito 
de qualquer finalidade. 
( ) Segundo a classificação de agentes etiológicos humanos e animais com base no risco apresentado, o 
Mycobacterium tuberculosis e o Mycobacterium bovis estão classificados como patógenos da classe de risco 3, 
cujo risco individual é alto e para a comunidade é limitado. 
A sequência está CORRETA em: 
A. V, F, V, F, F 
B. V, V, F, V, F 
C. F, V, F, V, V 
D. V, F, F, V, F 
E. V, F, V, F, V 
 
10. Considerando os aspectos clínico, de diagnóstico, prevenção e vigilância epidemiológica da tuberculose 
bovina, analise as afirmativas abaixo, colocando entre parênteses a letra V, quando se tratar de afirmativa 
verdadeira, e a letra F quando se tratar de afirmativa falsa. A seguir, assinale a alternativa que a presenta a 
sequência CORRETA. 
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( ) A importância econômica atribuída à doença bovina está baseada nas perdas diretas resultantes da morte 
de animais, da queda no ganho de peso e diminuição da produção de leite, do descarte precoce e eliminação 
de animais de alto valor zootécnico e condenação de carcaças no abate. 
( ) Os hospedeiros que contribuíram para a perpetuação da tuberculose através dos séculos foram os bovinos, 
o homem e os suínos. 
( ) A prova de tuberculina intradérmica é o único teste clínico-patológico utilizado habitualmente para o 
diagnóstico em animais vivos. 
( ) No teste cervical comparativo, a prova tuberculínica é realizada com o PPD bovino, bubalino e aviário.( ) A tuberculose é considerada uma doença de notificação obrigatória imediata de qualquer caso suspeito. 
A. V – F – F – F – V. 
B. V – F – F – V – F. 
C. V – F – V – F – F. 
D. V – V – V – F – F. 
E. F – V – V – F – V. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GABARITO 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 
E C B D D B A D E C 
 
 
 x 10 = 
Nº acertos depois da leitura - Nº acertos antes da leitura x 10 = % acréscimo de conhecimento 
 
 
 
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QUESTÕES SOBRE BRUCELOSE BOVINA PARA 
MÉTODO SOMA 
 
01. Com relação às bactérias do gênero Brucella, assinale a alternativa INCORRETA: 
A. São parasitas intracelulares facultativos. 
B. Possuem morfologia de cocobacilos Gram-negativos. 
C. São móveis. 
D. São descritas nove espécies independentes. 
E. Podem apresentar-se em cultivos primários com morfologia colonial lisa ou rugosa. 
 
02. A brucelose bovina é uma doença causadora de prejuízos econômicos, seja pela redução no volume de leite 
produzido nos casos de mastite brucélica, ou pelos transtornos reprodutivos como abortos e infertilidade 
temporária ou permanente. Sobre a brucelose bovina é CORRETO afirmar: 
A. A infecção ocorre com maior frequência por contato venéreo, penetração em lesões de pele, inalação ou 
transmissão placentária. 
B. No tratamento de bovinos utilizam-se aminoglicosídeos, como a gentamicina associada à doxiciclina ou à 
minociclina, por quatro semanas. 
C. O teste do Anel em Leite (TAL), pode ser utilizado como teste de triagem no diagnóstico indireto dessa 
doença. 
D. Como medida de controle, é obrigatória a vacinação de todos os animais susceptíveis. 
E. O período de incubação varia de duas a três semanas. 
 
03. Qual é a espécie de Brucella responsável pelos quadros clínicos mais graves em seres humanos? 
A. Brucella suis. 
B. Brucella ovis. 
C. Brucella canis. 
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D. Brucella abortus. 
E. Brucella melitensis. 
 
04. Sobre a brucelose, é CORRETO afirmar: 
A. As bactérias do gênero Brucella se multiplicam no ambiente e são extremamente resistentes aos fatores 
ambientais. 
B. Bactérias do gênero Brucella podem sobreviver até 4 dias em solo seco. 
C. As radiações ionizantes não são eficientes para a destruição da Brucella sp, somente a pasteurização. 
D. A inoculação acidental durante a vacinação dos animais não caracteriza um meio de transmissão da doença 
para seres humanos. 
E. A transmissão por meio da ingestão de carne não caracteriza uma fonte comum de transmissão, uma vez que 
o número de bactérias presentes é baixa e o consumo de carne crua não é habitual. 
 
05. A brucelose é uma zoonose infectocontagiosa causada por bactérias do gênero Brucella. É responsável por 
gerar grandes problemas sanitários e prejuízos econômicos por todo o território brasileiro. Com relação à 
brucelose, é CORRETO afirmar que: 
A. A principal manifestação clínica da brucelose bovina é a ocorrência de aborto, que ocorre em torno do sétimo 
mês de gestação. 
B. Entre as espécies, somente a Brucella ovis e Brucella neotomae têm potencial zoonótico. 
C. Existem várias espécies que causam brucelose, como Brucella abortus, Brucella suis, Brucella cats e Brucella 
ovis. 
D. A resposta humoral de bovinos infectados por B. abortus ou vacinados com B19, caracteriza-se pela síntese 
dos quatro isotipos principais de imunoglobulinas: IgM, IgG1, IgG2 e IgE. 
E. A porta de entrada mais importante é a via respiratória, por meio de aerossóis. 
 
06. É considerado um teste de triagem para diagnóstico da Brucelose: 
A. Soroaglutinação em Tubos (SAT) 
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B. Antígeno Acidificado Tamponado (AAT). 
C. 2-Mercaptoetanol (2-ME). 
D. Teste de imunodifusão em gel de ágar (IDGA) 
E. Fixação de complemento (FC). 
 
07. Sobre a brucelose, é INCORRETO afirmar que: 
A. Os caprinos e ovinos se infectam pela Brucella melitensis. 
B. A vacina RB51 é elaborada com uma amostra de B. abortus rugosa atenuada. 
C. O período de incubação é inversamente proporcional ao tempo de gestação, ou seja, quanto mais adiantada 
a gestação, menor será o período de incubação. 
D. Nos machos, um dos possíveis sinais clínicos é orquite uni ou bilateral, transitória ou permanente, com 
aumento ou diminuição do volume dos testículos. Lesões articulares também podem ser observadas. 
E. Após a infecção, na primeira gestação é mais comum a presença de natimortos e o nascimento de bezerros 
fracos, sendo que na segunda gestação e nas subsequentes é mais comum o aborto. 
 
08. Assinale a alternativa que correlacione corretamente a espécie de Brucella e o seu hospedeiro preferencial: 
A. Brucella neotomae – rato do deserto. 
B. Brucella bovis – bovinos. 
C. Brucella melitensis – suínos. 
D. Brucella microti – mamíferos aquáticos (focas, leões marinhos, morsas). 
E. Brucella pinnipediae – cetáceos (golfinhos, botos, baleias). 
 
09. Com relação à vacina B19 contra brucelose bovina, assinale a afirmativa INCORRETA. 
A. A B19 é atenuada para fêmeas. 
B. A B19, administrada em animais machos, pode causar orquite. 
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C. A B19, dependendo da idade de vacinação, induz à formação de anticorpos específicos e pode interferir no 
diagnóstico sorológico da brucelose. 
D. A primeira dose da B19 é realizada em fêmeas de 3 a 8 meses, sendo a revacinação anual. 
E. A B19 provoca uma boa resposta imunológica humoral e celular. 
 
10. A brucelose é uma doença infectocontagiosa provocada por bactérias do gênero Brucella. É responsável por 
uma infecção característica nos animais, que provoca abortos, nascimentos prematuros, esterilidade e baixa 
produção de leite. Além disso, possui capacidade de infectar o homem. Sobre a brucelose, assinale a afirmativa 
CORRETA: 
A. O teste de Soroaglutinação com Antígeno Acidificado Tamponado (AAT), utilizado no diagnóstico da 
brucelose, é uma prova quantitativa e índica o título de anticorpos do soro testado. 
B. B. abortus, B. melitensis e B. suis normalmente apresentam uma morfologia de colônia do tipo rugosa. 
C. Uma das características da infecção por Brucella sp é o fato de a bactéria poder resistir aos mecanismos de 
destruição das células fagocitárias e sobreviver dentro de macrófagos por longos períodos. 
D. No animal infectado, as localizações de maior frequência do agente são: linfonodos, pulmão, estômago, 
aparelho reprodutor masculino, útero e úbere. 
E. A Brucella suis é a bactéria utilizada para elaboração da vacina para imunização de bovino, uma vez que é 
indutora de anticorpos neutralizantes, porém não é capaz de causar doença nessa espécie. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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BRUCELOSE BOVINA (Brucella abortus) 
 
Definição 
A brucelose é uma doença infectocontagiosa provocada por bactérias do gênero Brucella. Produz infecção 
característica nos animais, podendo infectar o homem. Sendo uma zoonose de distribuição universal, 
acarreta problemas sanitários importantes e prejuízos econômicos vultosos. As principais manifestações nos 
animais – como abortos, nascimentos prematuros, esterilidade e baixa produção de leite – contribuem para 
uma considerável baixa na produção de alimentos. No homem, a sua manifestação clínica é responsável por 
incapacidade parcial ou total para o trabalho. 
 
Etiologia 
Dentro do gênero Brucella, são descritas nove espécies independentes, cada uma com seu hospedeiro 
preferencial: Brucella abortus (bovinos e bubalinos), Brucella melitensis (caprinos e ovinos), Brucella suis 
(suínos), Brucella ovis (ovinos), Brucella canis (cães), Brucella neotomae (rato do deserto), B. pinnipediae 
(mamíferos aquáticos - focas, leões marinhos, morsas), B. ceti (Cetáceos - golfinhos, botos, baleias) e B. 
microti (ratos, camundongo do campo). 
As três espécies principais, também denominadas clássicas, são subdivididas em biovariedades ou biovares: 
B. abortus – 7 biovares; B. melitensis – 3 biovares;B. suis – 5 biovares. 
As bactérias do gênero Brucella são parasitas intracelulares facultativos, com morfologia de cocobacilos 
Gram-negativos, imóveis; podem apresentar-se em cultivos primários com morfologia colonial lisa ou rugosa 
(rugosa estrita ou mucóide). Essa morfologia está diretamente associada à composição bioquímica do 
lipopolissacarídeo da parede celular, e para algumas espécies tem relação com a virulência. B. abortus, B. 
melitensis e B. suis normalmente apresentam uma morfologia de colônia do tipo lisa; quando evoluem para 
formas rugosas ou mucóides, deixam de ser patogênicas. Já as espécies B. ovis e B. canis apresentam uma 
morfologia de colônia permanentemente do tipo rugosa ou mucóide. 
Embora os bovinos e bubalinos sejam suscetíveis à B. suis e B. melitensis, inequivocamente a espécie mais 
importante é a B. abortus, responsável pela grande maioria das infecções. 
 
Epidemiologia 
Situação no Brasil 
A brucelose encontra-se mundialmente distribuída, sendo considerada uma das principais zoonoses. Embora 
tenha sido erradicada em diversos países da região norte e central da Europa, Austrália, Japão e Nova 
Zelândia, continua reemergente e se apresentando como um grave problema sanitário e econômico, 
principalmente em países da América do Sul, África, Oriente Médio e Ásia. 
No Brasil, a brucelose é endêmica, porém apresenta dados bastante diferenciados face à dimensão territorial 
e às características próprias de cada região. 
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Estudos mostram que a brucelose bovina parece estar disseminada por todo o território brasileiro, com maior 
ou menor prevalência dependendo da região estudada. Em 1975, foram verificadas as seguintes prevalências 
em animais, por regiões: Sul, 4%; Sudeste, 7,5%; Centro-Oeste, 6,8%; Nordeste, 2,5% e Norte, 4,1%. Em 2001, 
o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento instituiu o Programa Nacional de Controle e 
Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal (PNCEBT), que consiste em um conjunto de medidas 
sanitárias estratégicas em busca da redução da prevalência e incidência da brucelose, implementando a 
vacinação compulsória de bezerras com idade entre três e oito meses, em todo o país. Dentre outras 
atividades previstas no programa destacam-se a adesão voluntária dos criadores na busca de rebanhos livres 
e monitorados, a prática de testes sorológicos regulares em rebanhos de elite para a participação em feiras 
e exposições e o sacrifício dos animais positivos para brucelose (BRASIL, 2006). 
Após a implementação do PNCEBT, estudos epidemiológicos padronizados foram realizados em 2009, 
mostrando prevalências de focos entre 0,32% em Santa Catarina (2009) e no Rio Grande do Sul, 1,02% de 
prevalência de animais (2009). Apesar dos poucos estudos realizados visando à identificação das 
biovariedades de Brucella isoladas de bovídeos no Brasil, já foram identificadas B. abortus biovares 1, 2 e 3 
e B. suis biovar 1. 
Além dessas espécies, de igual modo já foram identificadas B. canis e B. ovis infectando animais domésticos. 
Até o presente momento, a B. melitensis, principal agente etiológico da brucelose caprina, não foi 
identificada no Brasil. 
 
Perdas Econômicas 
Nos bovinos e bubalinos, a brucelose acomete, de modo especial, o trato reprodutivo, gerando perdas diretas 
devido, principalmente, a abortos, baixos índices reprodutivos, aumento do intervalo entre partos, 
diminuição da produção de leite, morte de bezerros e interrupção de linhagens genéticas. As propriedades 
onde a doença está presente têm o valor comercial de seus animais depreciado; as regiões onde a doença é 
endêmica encontram-se em posição desvantajosa na disputa de novos mercados. 
Estimativas mostram ser a brucelose responsável pela diminuição de 25% na produção de leite e de carne e 
pela redução de 15% na produção de bezerros. Mostram ainda que, em cada cinco vacas infectadas, uma 
aborta ou torna-se permanentemente estéril. 
Dentro das perdas indiretas, deve-se salientar as que resultam em infecções humanas. Na maioria das vezes, 
quando a enfermidade não é tratada na fase aguda, o curso crônico da doença no homem produz perdas 
econômicas de vulto. Essas perdas estão relacionadas com os custos do diagnóstico e tratamento, muitas 
vezes requerendo internações prolongadas. Além disso, não deve ser esquecido o custo do período 
decorrente da ausência ao trabalho. 
 
Resistência 
As bactérias do gênero Brucella, apesar de permanecerem no ambiente, não se multiplicam nele; elas são 
medianamente sensíveis aos fatores ambientais. Entretanto, a resistência diminui quando aumentam a 
temperatura e a luz solar direta ou diminui a umidade. 
A pasteurização é um método eficiente de destruição de Brucella sp, assim como as radiações ionizantes. 
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A sobrevivência de Brucella sp em esterco líquido é inversamente proporcional à temperatura dele, pois pode 
sobreviver nesse material por 8 meses a 15°C, enquanto que só resiste por 4 horas se a temperatura do 
material for de 45° – 50°C. 
 
 
Mecanismos de Transmissão 
 
A principal fonte de infecção é representada pela vaca prenhe, que elimina grandes quantidades do agente 
por ocasião do aborto ou parto e em todo o período puerperal (até, aproximadamente, 30 dias após o parto), 
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contaminando pastagens, água, alimentos e fômites. Essas bactérias podem permanecer viáveis no meio 
ambiente por longos períodos, dependendo das condições de umidade, temperatura e sombreamento, 
ampliando de forma significativa a chance de o agente entrar em contato e infectar um novo indivíduo 
suscetível. 
 
 
 
A porta de entrada mais importante é o trato digestivo, sendo que a infecção se inicia quando um animal 
suscetível ingere água e alimentos contaminados ou pelo hábito de lamber as crias recém-nascidas. 
Uma vaca pode adquirir a doença apenas por cheirar fetos abortados, pois a bactéria também pode entrar 
pelas mucosas do nariz e dos olhos. 
No caso da brucelose, o período de incubação pode ser de poucas semanas e até mesmo de meses ou anos. 
Considerando-se o momento em que ocorre a infecção, o período de incubação é inversamente proporcional 
ao tempo de gestação, ou seja, quanto mais adiantada a gestação, menor será o período de incubação. 
A transmissão pelo coito parece não ser de grande importância entre bovinos e bubalinos. Na monta natural, 
o sêmen é depositado na vagina, onde há defesas inespecíficas que dificultam o processo de infecção. 
Entretanto, um touro infectado não pode ser utilizado como doador de sêmen; isso porque, na inseminação 
artificial, o sêmen é introduzido diretamente no útero, permitindo infecção da fêmea com pequenas 
quantidades do agente, sendo por isso importante via de transmissão e eficiente forma de difusão da 
enfermidade nos plantéis. 
A transferência de embriões – realizada segundo os protocolos internacionalmente preconizados de lavagem 
e tratamento para a redução da transmissão de agentes infecciosos –, não apresenta risco de transmissão 
de brucelose entre doadoras infectadas e receptoras livres da doença. 
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Fêmeas nascidas de vacas brucélicas podem infectar-se no útero, durante ou logo após o parto. Quando 
infectadas, essas fêmeas em geral abortam na primeira prenhez, e só apresentam resultados positivos para 
os testes sorológicos no decorrer da gestação. Esse fenômeno ocorre em frequência baixa, porém, apesar de 
não impedir o avanço dos programas de controle e erradicação, invariavelmente acarreta considerável 
retardo na obtenção de bons resultados deles. 
Várias espécies domésticas ou silvestres são suscetíveis à infecção por B. abortus, entretanto, são 
consideradas como hospedeiros finais da infecção, pois não transmitem o agente novamente aos bovinos. 
Entre aquelas espécies em condições de ter alguma importância na epidemiologia da brucelose bovina, 
podem ser citados: os equídeos,que podem apresentar lesões articulares abertas, principalmente de 
cernelha; os cães, que podem abortar pela infecção; e os saprófagos, pela possibilidade de levar restos de 
placenta ou feto de um lugar para outro. 
A principal forma de entrada da brucelose em uma propriedade é a introdução de animais infectados. Quanto 
maior a frequência de introdução de animais, maior o risco de entrada da doença no rebanho. Por essa razão, 
deve-se evitar introduzir animais cuja condição sanitária é desconhecida. O ideal é que esses animais 
procedam de rebanhos livres ou, então, que sejam submetidos à rotina diagnóstica que lhes garanta a 
condição de não infectados. 
 
 
Patogenia 
 
 
A B. abortus geralmente entra no organismo do hospedeiro pela mucosa oral ou nasal. Após a penetração na 
mucosa, as bactérias se multiplicam e são fagocitadas. Em geral, quando ocorre a entrada pela via digestiva, 
as tonsilas são um dos principais pontos de multiplicação do agente. 
Uma das características da infecção por Brucella sp é o fato de a bactéria poder resistir aos mecanismos de 
destruição das células fagocitárias e sobreviver dentro de macrófagos por longos períodos. 
Essa localização intracelular é um dos mecanismos de evasão do sistema imune, porque protege as brucelas 
da ação do complemento e de anticorpos específicos. 
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Após a multiplicação no sítio de entrada, a B. abortus é transportada, livre ou dentro de macrófagos, para os 
linfonodos regionais, nos quais pode permanecer por meses. Se a bactéria não for destruída ou não se tornar 
localizada, há disseminação para vários órgãos por via linfática ou hematógena. As localizações preferenciais 
são: linfonodos, baço, fígado, aparelho reprodutor masculino, úbere e útero. Eventualmente, pode instalar-
se nas articulações mais exigidas, dando origem a lesões denominadas higromas, que podem supurar. Devido 
ao seu tropismo por algumas substâncias, como o eritritol, grande parte das brucelas se localiza nos testículos 
e no útero gestante. 
A infecção do útero gestante ocorre por via hematógena. As brucelas multiplicam-se inicialmente no 
trofoblasto do placentoma, infectando também as células adjacentes, levando a uma reação inflamatória da 
placenta. Além disso, há infecção do feto, de igual modo por via hematógena. 
As lesões placentárias raramente atingem todos os placentomas; em geral, apenas parte deles é afetada. Tais 
lesões inflamatório-necróticas de placentomas, que impedem a passagem de nutrientes e oxigênio da mãe 
para o feto, assim como provocam a infecção maciça do feto por B. abortus, são as responsáveis pelo aborto. 
Com o desenvolvimento de imunidade celular após o primeiro aborto, há uma diminuição do número e do 
tamanho das lesões de placentomas nas gestações subsequentes. Com isso, o aborto torna-se infrequente, 
aparecendo outras manifestações da doença, como, por exemplo, a retenção de placenta, a natimortalidade 
ou o nascimento de bezerros fracos. 
 
Sinais Clínicos e Lesões 
A brucelose pode manifestar-se de maneira distinta conforme o hospedeiro. Nos bovinos e bubalinos, a 
principal manifestação clínica é o aborto, que ocorre em torno do sétimo mês de gestação. 
Após a infecção, o aborto quase sempre acontece na primeira gestação, mas, em decorrência do 
desenvolvimento da imunidade celular, é pouco frequente na segunda gestação após a infecção, e muito 
raro nas subsequentes. Os animais infectados apresentam uma placentite necrótica, sendo comum a 
retenção de placenta. 
Após o primeiro aborto, são mais frequentes a presença de natimortos e o nascimento de bezerros fracos. 
O feto geralmente é abortado 24 a 72 horas depois de sua morte, sendo comum sua autólise. Não há 
nenhuma lesão patognomônica da brucelose no feto abortado, mas, com frequência, observa-se 
broncopneumonia supurativa. 
Nos rebanhos com infecção crônica, os abortos concentram-se nas fêmeas primíparas e nos animais sadios 
recentemente introduzidos. 
Nos machos existe uma fase inflamatória aguda, seguida de cronificação, frequentemente assintomática. As 
bactérias podem instalar-se nos testículos, epidídimos e vesículas seminais. Um dos possíveis sinais é a 
orquite uni ou bilateral, transitória ou permanente, com aumento ou diminuição do volume dos testículos. 
Em outros casos, o testículo pode apresentar um aspecto amolecido e cheio de pus. Lesões articulares 
também podem ser observadas. 
 
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Resposta Imune contra a Brucelose na Infecção e na Vacinação 
As bactérias do gênero Brucella são parasitas intracelulares facultativos, com capacidade de se multiplicar e 
sobreviver dentro de macrófagos. Em razão dessa habilidade, a proteção contra a infecção e a eliminação da 
bactéria do organismo hospedeiro dependem primariamente da resposta imune mediada por células. 
Tal resposta dá-se pela interação de células fagocitárias – neutrófilos e macrófagos – e de células específicas, 
linfócitos T auxiliares e citotóxicos. Apesar de existirem metodologias para se medir a intensidade dessa 
resposta imune celular, essas técnicas, por serem complexas e de difícil execução, não são utilizadas na rotina 
de diagnóstico da infecção por Brucella sp. 
Além da resposta imune celular, anticorpos específicos (imunidade humoral) contra a cadeia “O” também 
são produzidos durante a infecção. Os anticorpos dirigidos contra o lipopolissacarídeo (LPS) de Brucella sp 
têm sido bastante estudados, de modo especial por serem detectados com facilidade em provas sorológicas. 
A maioria das imunoglobulinas presentes no soro de bovinos e bubalinos é da classe G (IgG1 e IgG2), seguidas 
das classes M (IgM) e A (IgA). 
A resposta humoral de bovinos infectados por B. abortus ou vacinados com B19, caracteriza-se pela síntese 
dos quatro isotipos principais de imunoglobulinas. A resposta sorológica pós-infecção ou vacinação produz-
se a partir da primeira semana, aparecendo, em primeiro lugar, o isotipo IgM e, logo após, o IgG1. As 
respostas de IgG2 e IgA aparecem mais tarde, aumentam gradativamente, mas permanecem em níveis baixos 
(Figura 1). A observação por períodos prolongados da resposta humoral em animais infectados demonstra 
que há um leve decréscimo dos níveis de IgM, enquanto que os de IgG1 permanecem altos, inalterados. A 
IgG2 e IgA permanecem em níveis mais baixos e estáveis (Figura 2). A observação por período prolongado 
em animais vacinados com B19, quando vacinados até 8 meses, demonstra que o nível de anticorpos 
decresce rapidamente, atingindo títulos inferiores a 25 UI depois de 12 meses (Figura 3). Por outro lado, se 
a vacinação for realizada acima de 8 meses de idade, os títulos vacinais tendem a permanecer elevados por 
mais tempo, podendo gerar reações falso positivas nos testes indiretos de diagnóstico. 
 
Figura 1 – Resposta dos principais isotipos de anticorpos em bovinos infectados com amostra patogênica de Brucella abortus ou 
vacinados com B19 
 
Fonte: Adaptado de Nielsen et al., 1996. 
 
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Figura 2 – Resposta a longo termo dos principais isotipos de anticorpos em bovinos infectados com amostra patogênica de Brucella 
abortus 
 
Fonte: Adaptado de Nielsen et al., 1996. 
 
Figura 3 – Resposta a longo termo dos principais isotipos de anticorpos em bovinos vacinados com a amostra B19 de Brucella abortus 
 
Fonte: Adaptado de Nielsen et al., 1996. 
 
Diagnóstico 
O diagnóstico da brucelose pode ser feito pela identificação do agente por métodos diretos, ou pela detecção 
de anticorpos contra B. abortus por métodos indiretos. 
Métodos Diretos 
Os métodos diretos incluem o isolamento e a identificação do agente, imunohistoquímica, e métodos de 
detecção de ácidos nucleicos, principalmente a reação da polimerase em cadeia (PCR). 
O isolamento e a identificação da B. abortus a partir de material de aborto (feto, conteúdo estomacal de feto, 
placenta) ou de secreções apresentam resultadosmuito bons se a colheita e o transporte da amostra forem 
bem realizados e se a amostra for processada em laboratórios capacitados e com experiência. 
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Entretanto, devido ao risco de contaminação humana durante o processamento da amostra, poucos são os 
laboratórios que realizam o exame. 
A imunohistoquímica pode ser procedida em material de aborto após a fixação em formol e permite tanto a 
identificação do agente como a visualização de aspectos microscópicos do tecido examinado. 
A PCR detecta um segmento de DNA específico da B. abortus em material de aborto, em secreções e 
excreções. 
 
Métodos Indiretos ou Sorológicos 
O conhecimento da dinâmica das imunoglobulinas nos diferentes estágios da resposta imune tem orientado 
o desenvolvimento de inúmeros testes sorológicos. Esses testes visam demonstrar a presença de anticorpos 
contra Brucella sp em vários fluidos corporais, como soro sanguíneo, leite, muco vaginal e sêmen. 
 
 
A resposta sorológica à infecção por Brucella sp é influenciada por muitos fatores, os quais refletem no 
desempenho das diferentes provas sorológicas. Destacam-se, entre esses fatores, o longo e variável período 
de incubação da doença, durante o qual a sorologia pode ser negativa, a condição vacinal dos animais, a 
natureza do desafio, a variação individual de resposta à vacinação e à infecção e o estágio da gestação no 
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momento da infecção. A melhor estratégia – que tem sido validada por vários países que conseguiram 
avanços significativos no combate à brucelose – costuma ser a combinação de testes, utilizados em série. 
Essa estratégia tem como base a escolha de um teste de triagem de fácil execução, barato e de boa 
sensibilidade, seguido de um teste confirmatório, a ser realizado apenas nos soros que resultarem positivos 
no teste anterior, geralmente mais elaborado, porém com melhor especificidade que o teste de triagem. 
Esse teste confirmatório tem que ter também boa sensibilidade. 
 
 
A quantidade de testes indiretos disponíveis para o diagnóstico de brucelose é bastante ampla; cada país, 
segundo suas disponibilidades e características, deve escolher aqueles que melhor se adaptem à sua 
estratégia. Em geral, os testes sorológicos são classificados segundo o antígeno utilizado na reação. Nos 
testes de aglutinação (lenta, com antígeno acidificado, do anel em leite, de Coombs), de fixação do 
complemento ou imunofluorescência indireta, o antígeno é representado por células inteiras de B. abortus. 
Nos testes de imunodifusão em gel (dupla ou radial), Elisa (indireto e competitivo), hemólise indireta e 
Western blot, o antígeno é representado pelo lipopolissacarídeo da parede celular da B. abortus 
semipurificado. 
A escolha dos métodos sorológicos precisa levar em consideração o custo, o tamanho e as características da 
população sob vigilância, a situação epidemiológica da doença, a sensibilidade e a especificidade dos testes, 
bem como a utilização de vacinas. 
No Brasil, o PNCEBT definiu como oficiais os seguintes testes: Antígeno Acidificado Tamponado (AAT), Anel 
em Leite (TAL), 2-Mercaptoetanol (2-ME) e Fixação de Complemento (FC). Os dois primeiros como testes de 
triagem; os dois últimos como confirmatórios. Células inteiras da amostra de B. abortus 1119-3 são utilizadas 
na preparação dos antígenos. 
Com a publicação da Instrução Normativa SDA nº 10, em 2017, o Teste de Polarização Fluorescente (FPA) 
poderá ser utilizado como teste único ou como teste confirmatório em animais reagentes ao teste do AAT 
ou inconclusivos ao teste do 2-ME. 
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Testes de Triagem 
Teste de Soroaglutinação com Antígeno Acidificado Tamponado (AAT) 
É preparado com o antígeno na concentração de 8%, tamponado em pH ácido (3,65) e corado com o Rosa de 
Bengala. 
É o teste de triagem do rebanho. A maioria dos soros de animais bacteriologicamente positivos apresenta 
reação a essa prova. Como podem ocorrer alguns poucos casos de reações falso-positivas em decorrência da 
utilização da vacina B19, sugere-se a confirmação por meio de testes de maior especificidade para se evitar 
o sacrifício de animais não infectados. É uma prova qualitativa, pois não indica o título de anticorpos do soro 
testado. A leitura revela a presença ou a ausência de IgG1. Nas provas clássicas de aglutinação, reagem tanto 
anticorpos IgM como IgG, enquanto que, nessa prova, reagem somente os isotipos da classe IgG1. O pH 
acidificado da mistura soro-antígeno inibe a aglutinação do antígeno pelas IgM. O AAT detecta com maior 
precocidade as infecções recentes, sendo, nesse aspecto, superior à prova lenta em tubos. 
 
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Teste do Anel em Leite (TAL) 
Foi idealizado para ser aplicado em misturas de leite de vários animais, uma vez que a baixa concentração 
celular do antígeno (4%) torna-o bastante sensível. Empregam-se mais comumente antígenos corados com 
hematoxilina, que dá a cor azul característica à reação positiva. Se existirem anticorpos no leite, eles se 
combinarão com as B. abortus do antígeno, formando uma malha de complexo antígeno-anticorpo que, por 
sua vez, será arrastada pelos glóbulos de gordura, fazendo com que se forme um anel azulado na camada de 
creme do leite (reação positiva). Não havendo anticorpos presentes, o anel de creme terá a coloração branca, 
e a coluna de leite permanecerá azulada (reação negativa). É uma prova de grande valor não só para se 
detectar rebanhos infectados, como também para se monitorar rebanhos leiteiros livres de brucelose. Tal 
prova tem limitações, pois poderá apresentar resultados falso-positivos em presença de leites ácidos, ou 
provenientes de animais portadores de mamites ou, ainda, de animais em início de lactação (colostro). 
 
 
 
Testes Confirmatórios 
Teste do 2-Mercaptoetanol (2-ME) 
É uma prova quantitativa seletiva que detecta somente a presença de IgG no soro, que é a imunoglobulina 
indicativa de infecção crônica. Deve ser executada sempre em paralelo com a prova lenta em tubos. Baseia-
se no fato de os anticorpos da classe IgM, com configuração pentamérica, degradarem-se em subunidades 
pela ação de compostos que contenham radicais tiol. 
 
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Essas subunidades não dão origem a complexos suficientemente grandes para provocar aglutinação. Desse 
modo, soros com predomínio de IgM apresentam reações negativas nessa prova e reações positivas na prova 
lenta. 
 
Os resultados positivos na prova lenta e negativos no 2-ME devem ser interpretados como reações 
inespecíficas ou como devido a anticorpos residuais de vacinação com B19. 
 
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Teste de Soroaglutinação em Tubos (SAT) 
Também chamada de prova lenta – porque a leitura dos resultados é feita em 48 horas –, é a prova sorológica 
mais antiga e ainda hoje bastante empregada. É utilizada em associação com o teste do 2-Mercaptoetanol 
para confirmar resultados positivos em provas de rotina. 
 
 
A prova permite identificar uma alta proporção de animais infectados, porém, costuma apresentar resultados 
falso-negativos, no caso de infecção crônica e, em algumas situações, podem aparecer títulos significativos 
em animais não infectados por B. abortus como decorrência de reações cruzadas com outras bactérias. Em 
animais vacinados com B19 acima de 8 meses, uma proporção importante deles pode apresentar títulos de 
anticorpos para essa prova por um longo tempo, ou permanentemente. 
 
Fixação de Complemento (FC) 
Este teste tem sido empregado em diversos países que conseguiram erradicar a brucelose ou estão em fase 
de erradicá-la. 
É o teste de referência recomendado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) para o trânsito 
internacional de animais. Na brucelose bovina, apesar de a FC detectar tanto IgG1 como IgM, o isotipo IgG1 
é muito mais efetivo como fixador do complemento. 
Animais infectados permanecem positivospor períodos mais longos e com títulos de anticorpos fixadores de 
complemento mais elevados do que os detectados nas provas de aglutinação. Em animais vacinados acima 
de 8 meses de idade, os anticorpos que fixam complemento desaparecem mais rapidamente do que os 
aglutinantes. 
É um teste trabalhoso e complexo, que exige pessoal treinado e laboratório bem equipado. 
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Teste de Polarização de Fluorescência (FPA) 
O antígeno utilizado no teste é preparado com o polissacarídeo O, também denominado cadeia “O”, de B. 
abortus, conjugado com o isotiocianato de fluoresceína. A prova se fundamenta na comparação de 
velocidades dos movimentos aleatórios das moléculas em solução. O tamanho molecular é o principal fator 
que influencia a velocidade de rotação de uma molécula, sendo inversamente proporcional a ela. Havendo 
anticorpos no soro, haverá a formação dos complexos anticorpo-antígeno conjugado, cuja velocidade de 
rotação será inferior à do antígeno conjugado isolado. Determina-se a velocidade de rotação das moléculas 
com o auxílio de um equipamento de iluminação por luz polarizada. Por meio da utilização de controles e de 
soro pré-titulado, é possível calcular a quantidade de anticorpos presente no soro testado. O teste é 
concluído em poucos minutos; pode ser realizado em soro e leite e tem-se mostrado muito promissor para 
o diagnóstico de brucelose também em outras espécies. 
 
Novos Métodos de Diagnóstico 
Teste de Elisa Indireto (I-Elisa) 
Existem vários protocolos de I-Elisa que têm apresentado bons resultados. Emprega-se como antígeno o 
lipopolissacarídeo de B. abortus imobilizado em placas de 96 poços. Como conjugado, utiliza-se um anticorpo 
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monoclonal anti-IgG1 bovina conjugado com a peroxidase. Agentes quelantes (EDTA/EGTA) são utilizados 
para minimizar reações não específicas. O teste possui alta sensibilidade; entretanto, sua especificidade 
assemelha-se àquela do AAT. 
 
Teste de Elisa Competitivo (C-Elisa) 
Neste teste, utiliza-se também como antígeno imobilizado na fase sólida o lipopolissacarídeo (LPS) de B. 
abortus. No momento da prova, o soro a testar é misturado com um anticorpo monoclonal específico contra 
a cadeia “O” de B. abortus. Um conjugado peroxidase-anti-IgG é utilizado para detectar o anticorpo 
monoclonal ligado ao antígeno imobilizado na fase sólida do teste. 
Quanto maior a quantidade de anticorpos anticadeia “O” de Brucella sp no soro testado, maior a competição 
com o anticorpo monoclonal específico e menor a quantidade de cor desenvolvida. 
Por comparação com um controle, é possível determinar a quantidade relativa de anticorpos anti-Brucella 
no soro teste. É um teste muito sensível e específico, e é recomendado pela Organização Mundial de Saúde 
Animal (OIE) como teste confirmatório para o diagnóstico de brucelose, assim como a FC. Seu custo é 
elevado. 
 
Controle da Brucelose 
O controle da brucelose apoia-se basicamente em ações de vacinação em massa de fêmeas e diagnóstico e 
sacrifício dos animais positivos. São também muito importantes as medidas complementares, que visam 
diminuir a dose de desafio – caso ocorra a exposição – bem como é importante o controle de trânsito para 
os animais de reprodução. Programas de desinfecção e utilização de piquetes de parição são iniciativas 
simples que trazem como resultado a diminuição da quantidade de brucelas vivas presentes no ambiente. 
Isso representa diminuir a dose de desafio, o que, por sua vez, significa aumentar os índices de proteção da 
vacina e diminuir a chance de a bactéria infectar um novo suscetível. 
Com uma cobertura vacinal ao redor de 80% – ou seja, quando cerca de 80% das fêmeas em idade de procriar 
de uma população estiverem vacinadas –, a frequência de animais infectados será bastante baixa. Portanto, 
uma redução importante da prevalência pode ser obtida utilizando apenas um bom programa de vacinação. 
Por essa razão, a vacinação deve ser priorizada nas fases iniciais do programa, quando as prevalências são 
elevadas. 
A eliminação das fontes de infecção, feita por meio de uma rotina de testes diagnósticos com sacrifício dos 
positivos, é a base das ações que visam criar propriedades livres da doença. 
Em resumo, inicialmente deve-se baixar a prevalência com um bom programa de vacinação e, 
paulatinamente, ir aumentando as ações de diagnóstico para a obtenção de propriedades livres. 
Em regiões onde a frequência da doença é muito baixa, a implantação de eficientes sistemas de vigilância, 
adaptados à realidade local, pode ser de grande valia na descoberta de focos de brucelose. 
 
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Vacinas contra Brucelose 
Desde a identificação do agente etiológico da brucelose, vários pesquisadores têm procurado desenvolver 
vacinas que sejam protetoras e que não interfiram no diagnóstico da doença. Em decorrência desses estudos, 
vem sendo desenvolvido um grande número de vacinas vivas atenuadas, mortas, de subunidades, 
recombinantes e de DNA. Muitas dessas vacinas mostraram-se pouco protetoras, como as vacinas mortas, 
ou ainda estão em fases de testes, como as vacinas de subunidades, recombinantes e de DNA. 
As vacinas vivas atenuadas são aquelas que efetivamente foram e ainda são utilizadas nos programas de 
controle da brucelose. Duas delas, recomendadas pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), são as 
mais empregadas: a B19 e a vacina não indutora de anticorpos aglutinantes (amostra RB51). Ambas são boas 
indutoras de imunidade celular. 
 
 Vacina B19 
A vacina B19 é uma amostra de B. abortus lisa, que foi isolada do leite de uma vaca Jersey em 1923. Depois 
de acidentalmente esquecida por mais de um ano à temperatura ambiente, a amostra perdeu a virulência e 
desde a década de 1930 tem sido utilizada como vacina. Essa vacina foi empregada em vários países que 
erradicaram a doença como, por exemplo, Austrália, Canadá, Dinamarca, Inglaterra, Holanda, Suécia, entre 
outros. Foi também a vacina utilizada no programa de controle nos EUA até a primeira metade da década de 
1990. 
No Brasil, é obrigatória a vacinação de bezerras com idade entre 3 e 8 meses. 
 
 
Instrução Normativa SDA Nº 10/2017 
... 
Art. 9º É obrigatória a vacinação de todas as fêmeas das espécies bovina e bubalina, na faixa etária de três a 
oito meses, utilizando-se dose única de vacina viva liofilizada, elaborada com amostra 19 de Brucella abortus 
(B19). 
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Parágrafo único. A utilização da vacina B19 poderá ser substituída pela vacina contra brucelose não indutora 
da formação de anticorpos aglutinantes, amostra RB51, na espécie bovina. 
A B19 é atenuada para fêmeas jovens; pode, entretanto, causar orquite nos machos e provocar aborto se 
administrada durante a gestação. Pode ainda infectar o homem, e dar origem à doença. Portanto, não se 
recomenda a vacinação de machos ou fêmeas gestantes com a amostra B19. Durante a vacinação, devem 
ser adotadas certas precauções quanto à proteção individual (uso de óculos de proteção, luvas, etc.) e quanto 
ao descarte de seringas e frascos de vacinas. 
Por ser uma amostra lisa de B. abortus, a B19 induz a formação de anticorpos específicos contra o LPS liso e 
pode interferir no diagnóstico sorológico da brucelose. A persistência desses anticorpos está relacionada 
com a idade de vacinação. Se as fêmeas forem vacinadas com idade superior a 8 meses, há grande 
probabilidade de produção de anticorpos que perdurem e interfiram no diagnóstico da doença após os 24 
meses de idade. Quando a vacinação ocorre até os 8 meses de idade, tais anticorpos desaparecem 
rapidamente, e os animais acima de 24 meses são totalmente negativos nas provas sorológicas. 
... 
 
 
Vacina não Indutora de Anticorpos Aglutinantes (amostra RB51) 
A vacina é elaborada com uma amostra de B. abortus rugosa atenuada, originada da amostra lisa virulenta 
2308 que sofreu passagens sucessivasem meio contendo concentrações subinibitórias de rifampicina. Ela 
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possui características de proteção semelhantes às da B19, porém, por ser uma amostra rugosa, não induz a 
formação de anticorpos anti-LPS liso e não interfere no diagnóstico sorológico da doença. 
No Brasil, pode ser empregada para substituir a vacina B19 na espécie bovina. 
Por ser uma vacina viva, o seu manuseio exige as mesmas precauções da B19, já referidas. 
 
Doença no Ser Humano 
A brucelose humana é uma doença importante, mas de difícil diagnóstico porque apresenta sintomatologia 
inespecífica. 
A transmissão da doença ocorre pelo contato do agente com mucosas ou soluções de continuidade da pele. 
O grande risco para a saúde pública decorre da ingestão de leite cru ou de produtos lácteos não submetidos 
a tratamento térmico (queijo fresco, iogurte, creme, etc.), oriundos de animais infectados. A carne crua com 
restos de tecido linfático e o sangue de animais infectados podem conter micro-organismos viáveis e, 
portanto, de igual modo representam risco para a população humana consumidora. 
A brucelose é uma zoonose que apresenta um forte componente de caráter ocupacional: tratadores e 
veterinários, por força de suas atividades, frequentemente manipulam anexos placentários, fluidos fetais e 
carcaças de animais, expondo-se ao risco de infecção quando esses materiais provêm de animais infectados. 
O manuseio da vacina B19, que é patogênica para o homem, também põe em risco algumas classes de 
profissionais. 
Magarefes, trabalhadores da indústria de laticínios e donas de casa, pelo contato com carne ou leite 
contaminados, são igualmente indivíduos sujeitos a um maior risco de infecção. Laboratoristas, por 
manipularem grandes massas bacterianas na produção de vacinas e antígenos, ou mesmo na rotina de 
diagnóstico direto, podem infectar-se por meio de soluções de continuidade da pele ou pelo contato com 
mucosas, sobretudo a conjuntiva e a mucosa respiratória (a inalação é uma eficiente forma de infecção). 
No ser humano, os quadros clínicos mais graves são provocados pela B. melitensis, decrescendo em gravidade 
quando a doença é decorrente da infecção por B. suis e, assim, sucessivamente para a B. abortus e B. canis. 
O período de incubação no ser humano pode variar de uma a três semanas até vários meses. A doença 
produzida pela B. abortus – agente mais difundido no nosso meio e responsável pelo real problema da 
brucelose bovina no país –, na grande maioria das vezes é caracterizada por sintomas inespecíficos, presentes 
nos processos bacterianos generalizados nos quais se destacam a febre, a sudorese noturna, e as dores 
musculares e articulares. 
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A enfermidade tanto pode manifestar-se de forma branda, com evolução para a cura espontânea, quanto 
grave e prolongada, acompanhada por toxemia. Seu curso pode ser dividido em duas fases, sendo a febre 
intermitente recorrente uma característica marcante. Na fase aguda prevalecem a febre, a debilidade, a 
cefaleia, as dores musculares e articulares, a sudorese noturna intensa, os calafrios e prostração. O quadro 
agudo pode evoluir para toxemia, trombocitopenia, endocardite e outras complicações, podendo levar à 
morte. Geralmente é confundida com gripe recorrente, sendo observadas fadiga, cefaleia, dores musculares 
e sudorese. Algumas das complicações mais frequentes são tromboflebite, espondilite e artrite periférica. 
Em geral, o tratamento é feito pela administração de uma associação de antibióticos por seis semanas. As 
drogas mais utilizadas são tetraciclinas, doxiciclina e rifampicina. Convém salientar que em caso de infecção 
acidental com a amostra RB51, o uso da rifampicina não é indicado. 
 
Bibliografia: 
MAPA: PNCEBT https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sanidade-animal-e-vegetal/saude-
animal/programas-de-saude-animal/controle-e-erradicacao-da-brucelose-e-tuberculose-pncebt 
 
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https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sanidade-animal-e-vegetal/saude-animal/programas-de-saude-animal/controle-e-erradicacao-da-brucelose-e-tuberculose-pncebt
https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sanidade-animal-e-vegetal/saude-animal/programas-de-saude-animal/controle-e-erradicacao-da-brucelose-e-tuberculose-pncebt
QUESTÕES SOBRE BRUCELOSE BOVINA PARA 
MÉTODO SOMA 
 
01. Com relação às bactérias do gênero Brucella, assinale a alternativa INCORRETA: 
A. São parasitas intracelulares facultativos. 
B. Possuem morfologia de cocobacilos Gram-negativos. 
C. São móveis. 
D. São descritas nove espécies independentes. 
E. Podem apresentar-se em cultivos primários com morfologia colonial lisa ou rugosa. 
 
02. A brucelose bovina é uma doença causadora de prejuízos econômicos, seja pela redução no volume de leite 
produzido nos casos de mastite brucélica, ou pelos transtornos reprodutivos como abortos e infertilidade 
temporária ou permanente. Sobre a brucelose bovina é CORRETO afirmar: 
A. A infecção ocorre com maior frequência por contato venéreo, penetração em lesões de pele, inalação ou 
transmissão placentária. 
B. No tratamento de bovinos utilizam-se aminoglicosídeos, como a gentamicina associada à doxiciclina ou à 
minociclina, por quatro semanas. 
C. O teste do Anel em Leite (TAL), pode ser utilizado como teste de triagem no diagnóstico indireto dessa 
doença. 
D. Como medida de controle, é obrigatória a vacinação de todos os animais susceptíveis. 
E. O período de incubação varia de duas a três semanas. 
 
03. Qual é a espécie de Brucella responsável pelos quadros clínicos mais graves em seres humanos? 
A. Brucella suis. 
B. Brucella ovis. 
C. Brucella canis. 
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D. Brucella abortus. 
E. Brucella melitensis. 
 
04. Sobre a brucelose, é CORRETO afirmar: 
A. As bactérias do gênero Brucella se multiplicam no ambiente e são extremamente resistentes aos fatores 
ambientais. 
B. Bactérias do gênero Brucella podem sobreviver até 4 dias em solo seco. 
C. As radiações ionizantes não são eficientes para a destruição da Brucella sp, somente a pasteurização. 
D. A inoculação acidental durante a vacinação dos animais não caracteriza um meio de transmissão da doença 
para seres humanos. 
E. A transmissão por meio da ingestão de carne não caracteriza uma fonte comum de transmissão, uma vez que 
o número de bactérias presentes é baixa e o consumo de carne crua não é habitual. 
 
05. A brucelose é uma zoonose infectocontagiosa causada por bactérias do gênero Brucella. É responsável por 
gerar grandes problemas sanitários e prejuízos econômicos por todo o território brasileiro. Com relação à 
brucelose, é CORRETO afirmar que: 
A. A principal manifestação clínica da brucelose bovina é a ocorrência de aborto, que ocorre em torno do sétimo 
mês de gestação. 
B. Entre as espécies, somente a Brucella ovis e Brucella neotomae têm potencial zoonótico. 
C. Existem várias espécies que causam brucelose, como Brucella abortus, Brucella suis, Brucella cats e Brucella 
ovis. 
D. A resposta humoral de bovinos infectados por B. abortus ou vacinados com B19, caracteriza-se pela síntese 
dos quatro isotipos principais de imunoglobulinas: IgM, IgG1, IgG2 e IgE. 
E. A porta de entrada mais importante é a via respiratória, por meio de aerossóis. 
 
06. É considerado um teste de triagem para diagnóstico da Brucelose: 
A. Soroaglutinação em Tubos (SAT) 
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B. Antígeno Acidificado Tamponado (AAT). 
C. 2-Mercaptoetanol (2-ME). 
D. Teste de imunodifusão em gel de ágar (IDGA) 
E. Fixação de complemento (FC). 
 
07. Sobre a brucelose, é INCORRETO afirmar que: 
A. Os caprinos e ovinos se infectam pela Brucella melitensis. 
B. A vacina RB51 é elaborada com uma amostra de B. abortus rugosa atenuada. 
C. O período de incubação é inversamente proporcional ao tempo de gestação, ou seja, quanto mais adiantada 
a gestação, menor será o período de incubação. 
D. Nos machos,um dos possíveis sinais clínicos é orquite uni ou bilateral, transitória ou permanente, com 
aumento ou diminuição do volume dos testículos. Lesões articulares também podem ser observadas. 
E. Após a infecção, na primeira gestação é mais comum a presença de natimortos e o nascimento de bezerros 
fracos, sendo que na segunda gestação e nas subsequentes é mais comum o aborto. 
 
08. Assinale a alternativa que correlacione corretamente a espécie de Brucella e o seu hospedeiro preferencial: 
A. Brucella neotomae – rato do deserto. 
B. Brucella bovis – bovinos. 
C. Brucella melitensis – suínos. 
D. Brucella microti – mamíferos aquáticos (focas, leões marinhos, morsas). 
E. Brucella pinnipediae – cetáceos (golfinhos, botos, baleias). 
 
09. Com relação à vacina B19 contra brucelose bovina, assinale a afirmativa INCORRETA. 
A. A B19 é atenuada para fêmeas. 
B. A B19, administrada em animais machos, pode causar orquite. 
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C. A B19, dependendo da idade de vacinação, induz à formação de anticorpos específicos e pode interferir no 
diagnóstico sorológico da brucelose. 
D. A primeira dose da B19 é realizada em fêmeas de 3 a 8 meses, sendo a revacinação anual. 
E. A B19 provoca uma boa resposta imunológica humoral e celular. 
 
10. A brucelose é uma doença infectocontagiosa provocada por bactérias do gênero Brucella. É responsável por 
uma infecção característica nos animais, que provoca abortos, nascimentos prematuros, esterilidade e baixa 
produção de leite. Além disso, possui capacidade de infectar o homem. Sobre a brucelose, assinale a afirmativa 
CORRETA: 
A. O teste de Soroaglutinação com Antígeno Acidificado Tamponado (AAT), utilizado no diagnóstico da 
brucelose, é uma prova quantitativa e índica o título de anticorpos do soro testado. 
B. B. abortus, B. melitensis e B. suis normalmente apresentam uma morfologia de colônia do tipo rugosa. 
C. Uma das características da infecção por Brucella sp é o fato de a bactéria poder resistir aos mecanismos de 
destruição das células fagocitárias e sobreviver dentro de macrófagos por longos períodos. 
D. No animal infectado, as localizações de maior frequência do agente são: linfonodos, pulmão, estômago, 
aparelho reprodutor masculino, útero e úbere. 
E. A Brucella suis é a bactéria utilizada para elaboração da vacina para imunização de bovino, uma vez que é 
indutora de anticorpos neutralizantes, porém não é capaz de causar doença nessa espécie. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GABARITO 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 
C C E B A B E A D C 
 
 
 x 10 = 
Nº acertos depois da leitura - Nº acertos antes da leitura x 10 = % acréscimo de conhecimento 
 
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QUESTÕES SOBRE ENCEFALOPATIAS ESPONGIFORMES TRANSMISSÍVEIS 
PARA 
 
MÉTODO SOMA 
 01. As partículas infecciosas normalmente associadas a doenças neurológicas de animais e humanos 
denominadas encefalopatias espongiformes transmissíveis são:
 A.
 
bactérias.
 B.
 
príons.
 C.
 
vírus.
 D.
 
algas.
 E.
 
fungos.
 
 02. Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecida como doença da vaca louca, é uma enfermidade 
degenerativa fatal e transmissível do sistema nervoso central de bovinos.
 
Assinale a alternativa
 
CORRETA em 
relação à Encefalopatia Espongiforme Bovina:
 A.
 
Testes em animais vivos podem detectar animais com Scrapie
 
atípico/ Nor98.
 B.
 
É adquirida principalmente pela
 
inalação de partículas infecciosas. 
 C.
 
Aves e suínos são naturalmente susceptíveis à doença da vaca louca.
 D.
 
A sintomatologia pode confirmar a existência da doença.
 E.
 
Uma das ações importantes para prevenção da Encefalopatia Espongiforme Bovina é o controle de produtos 
utilizados na alimentação animal.
 
 03. A encefalopatia espongiforme bovina (EEB) foi identificada pela primeira vez na Grã-Bretanha, em 1986, 
porém, dados epidemiológicos e revisões de preparados histológicos mostram a possível ocorrência no ano de 
1985 ou, ainda, que alguns casos possam ter ocorrido ainda na década de 70. Sobre a encefalopatia 
espongiforme bovina, é
 
CORRETO afirmar que:
 A.
 
EEB é a única EET animal conhecida que afeta humanos.
 
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110
B. Pela perda nervosa provocada pela doença, há uma insensibilidade do animal frente ao toque, ao som e à 
luz. 
C. Entre os sinais clínicos, estão a diminuição de peso, da produção de leite e do apetite. 
D. Após o aparecimento dos sinais clínicos, a doença pode evoluir para um quadro crônico num período 
compreendido entre 9 e 12 meses. 
E. O último registro de EEB clássica no Brasil foi no ano de 2018. 
 
04. A principal medida para o controle da Encefalopatia Espongiforme Bovina é: 
A. Vacinação compulsória do rebanho bovino. 
B. Teste para identificação precoce e descarte dos animais infectados. 
C. Quarentena de indivíduos suspeitos. 
D. Controle de trânsito de reprodutores. 
E. Proibição do uso de proteína animal na alimentação de ruminantes. 
 
05. Sobre as doenças denominadas encefalopatias espongiformes transmissíveis (EETs), é CORRETO Afirmar: 
A. O Scrapie, assim como as outras EETs, tem período de incubação curto, com progressão e desfecho rápidos, 
de dias a uma semana. 
B. Os príons causadores das formas atípicas da encefalopatia espongiforme bovina se caracterizam por ter o 
mesmo peso molecular ao exame de Western Blotting. 
C. As EETs incluem a doença de Kuru e a encefalopatia transmissível dos visons. 
D. A exposição à autoclavagem a 121 ºC por 20 minutos, à radiação ultravioleta, à radiação gama ou a etanol a 
70% são métodos eficientes para a inativação dos príons causadores das EETs. 
E. A linhagem do príon que causa a encefalopatia espongiforme bovina é espécie-específica. 
 
06. O termo genérico de encefalopatia subaguda espongiforme reúne várias doenças neurodegenerativas e 
fatais, EXCETO: 
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A. O Scrapie. 
B. A Encefalopatia Espongiforme Bovina. 
C. A Encefalopatia Espongiforme de outras espécies. 
D. A Doença de Creutzfeldt-Jakob. 
E. Doença de Huntington. 
 
07. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) confirmou, no dia 04 de setembro de 2021, 
dois casos atípicos de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), conhecida como a doença da vaca louca, em 
frigoríficos brasileiros. Sobre essa doença, é CORRETO afirmar: 
A. A vigilância para a EEB é direcionada a qualquer bovino, com idade superior a 12 meses, que demonstre 
sinais neurológicos, sendo considerado um potencial suspeito de doença nervosa e assim deverá ser submetido 
a diagnósticos diferenciais. 
B. No Brasil, o baço é considerado material especificado de risco – MER em bovinos e bubalinos. 
C. O pico de incidência de EEB clássica ocorre em bovinos com 2 a 3 anos, enquanto Scrapie clássico tem seu 
pico em ovinos entre 5 e 8 anos. 
D. Os príons são agentes infecciosos de tamanho menor que o dos vírus, formados apenas por ácidos nucleicos 
e capsídeos. 
E. A variante da Doença de Creutzfeldt-Jakob (vDCJ) é uma outra doença priônica que está associada ao 
consumo de carne e de subprodutos de bovinos contaminados com EEB. 
 
08. Devido à necessidade de manutenção da situação sanitária do Brasil em relação à Encefalopatia 
Espongiforme Bovina é proibida, em todo o território nacional, a produção, a comercialização e a utilização de 
produtos destinados à alimentação de ruminantes que contenham em sua composição: 
A. glicídios e proteínas de origem animal. 
B. gorduras e proteínas de origem animal. 
C. proteínas e sais minerais de origem animal. 
D. gorduras e glicídios de origem animal. 
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E. gorduras e sais minerais de origem animal. 
 
09. São métodos de diagnóstico utilizados para detecção do PrPsc, EXCETO: 
A. Exame histológico. 
B. Imuno-histoquímica. 
C. ELISA. 
D. Western Blotting (WB). 
E. Fixação de Complemento. 
 
10. Em relação às doenças denominadasencefalopatias espongiformes transmissíveis (EETs), é INCORRETO 
afirmar: 
A. EEB, EEF e ETV não parecem ser transmitidas horizontalmente entre espécies. 
B. Animais desenvolvem EEB atípica quando ingerem tecidos contaminados de outros animais infectados. 
C. O leite e o colostro de pequenos ruminantes acometidos por Scrapie são infecciosos. 
D. Em humanos, variantes da doença de Creutzfeldt-Jakob usualmente resultam da ingestão de príons de EEB. 
E. Não há registros de Scrapie atípica (Nor98) no Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ENCEFALOPATIAS ESPONGIFORMES TRANSMISSÍVEIS 
 
As Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis (EET) são doenças neurodegenerativas causadas por príons. 
Ainda que essas infecções sejam assintomáticas por anos, a enfermidade sempre é progressiva e fatal, uma 
vez que os sinais clínicos iniciaram. As EETs que afetam animais incluem o Scrapie (tremblante de mouton, 
rida), a Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB, doença da vaca louca), Encefalopatia Espongiforme felina 
(EEF), Encefalopatia Transmissível do Visão (ETV, Scrapie do Visão) e a Enfermidade Debilitante Crônica (EDC). 
Ainda que a maioria das enfermidades causadas por príons ocorrem frequentemente em uma espécie ou 
eventualmente em espécies próximas, os príons podem cruzar barreias entre espécies. 
A EEB tem um amplo leque de espécies acometidas, sendo os bovinos os animais primariamente afetados, 
mas outros ruminantes, gatos, lêmures e humanos também podem ser infectados. Em gatos, a doença é 
conhecida como Encefalopatia Espongiforme Felina, e em humanos é chamada de Doença de Creutzfeldt-
Jakob variante (vCJD). Algumas evidencias recentes também demonstram que a ETV pode ser causada por 
uma forma atípica variante do agente da EEB, determinado L-EEB. A descoberta de que a EEB cruzou a barreia 
interespécies e tem características zoonóticas criou preocupação acerca das EET. 
As doenças priônicas em animais de produção também podem levar a sanções comerciais. Por essas razões, 
muitos países estão conduzindo programas de controle ou erradicação para essas doenças. 
 
Etiologia 
As Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis são causadas por príons, proteínas infecciosas que 
aparentemente se replicam pela conversão de proteínas celulares normais em cópias de príons. A proteína 
celular, chamada de PrPc, é encontrada na superfície de neurônios. Isoformas patogênicas de PrPc são 
designadas de PrPres (‘res’ refere-se a proteinasa K resistente dos príons). PrPTSE e PrPSc são outros nomes 
alternativos para essas proteínas patogênicas (‘Sc’ refere-se ao Scrapie, a primeira enfermidade priônica 
descrita) e PrPD (para a doença associada). Diferentes príons (ou, de forma mais precisa, diferentes variantes 
de PrPres) causam Scrapie e, encefalopatia espongiforme bovina (EEB) e a enfermidade debilitante crônica 
(EDC). EEB em felinos é chamada encefalopatia espongiforme felina (EEF). Já a EEB em ruminantes de 
zoológico era denominada encefalopatia espongiforme dos ruminantes exóticos. 
Existe tanto a forma clássica da EEB como a atípica. Príons atípicos foram reconhecidos encontrados nos 
últimos 20 anos, como resultado dos programas de vigilância ativa para as encefalopatias espongiformes 
transmissíveis (EET). O termo clássico é usado para distinguir a forma usual da EEB e do scrapie dessas novas 
formas identificadas. Há pelo menos dois príons atípicos em bovinos, um com peso molecular mais alto que 
o príon clássico da EEB, sendo denominado no imunoblot de EEB tipo H ou H-EEB. O outro com peso 
molecular mais baixo que da EEB clássica e denominado EEB tipo L ou L-EEB. Atualmente, a hipótese mais 
aceita é que essas duas formas atípicas surgem espontaneamente em bovinos, como enfermidades 
genéticas. Uma dessas formas pode até ter dado origem a EEB clássica, após entrar na cadeia de alimentação 
bovina. Scrapie Nor98/atípica pode, de forma similar, ser uma forma espontânea da enfermidade priônica 
em pequenos ruminantes, mas isso não está esclarecido ainda. 
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Epidemiologia 
Espécies acometidas 
A maioria dos príons parecem ocorrer naturalmente em um reduzido número de espécies. Scrapie pode 
acometer ovelhas, cabras, muflões (Ovis musimon), e possivelmente outros animais próximos. Scrapie atípico 
(Nor98) pode ser encontrado em ovelhas e cabras. EDC parece estar limitada aos cervídeos. Ao contrário, os 
possíveis hospedeiros da EEB parecem ser bem mais amplos. Enquanto os bovinos são os hospedeiros 
principais, os príons já foram encontrados em gatos domésticos e felinos de cativeiro (EEF), várias espécies 
exóticas de ruminantes em zoológicos, dois lêmures em um zoológico francês, a pelo menos duas cabras. 
EEB-L e EEB-H foram somente detectadas em bovinos, ainda que alguns pesquisadores suspeitem que possa 
causar a Encefalopatia Transmissível das Martas (ETM). 
Alguns príons foram transmitidos experimentalmente à espécies adicionais por vias de transmissão que 
podem ocorrer na natureza. Animais que se infectaram com ingestão de príon incluem ovelha, marta, macaco 
do velho mundo (Macaca fascicularis), cervo vermelho europeu, mas não suínos. 
 
Potencial zoonótico 
Ocasionalmente humanos desenvolvem a variante da doença de Creutzfeldt-Jakob (vDCJ) após comer tecidos 
de animais infectados contendo o príon. Até a data, todos os casos conhecidos foram causados pelo príon da 
EEB clássica, e o potencial zoonótico da EEB-H e EEB-L não está claro. Enquanto EEF é também causado pelo 
príon clássico da EEB, nenhum caso de vDCJ parece ter sido adquirida de gatos. Há um caso curioso, onde 
encefalopatia espongiforme foi relatada simultaneamente em um gato e em seu proprietário em 1998, e os 
príons encontrados em ambos parecem ser similares. Entretanto, esses príons diferem da EEB, e no homem 
foi posteriormente determinado que tinha uma forma esporádica da doença de Creutzfeldt-Jakob, o qual foi 
pensado ser uma doença genética espontânea. 
Assim como em 2016, investigações de casos suspeitos de doença neurológica em humanos, sobrevivência 
e estudo epidemiológico não encontraram evidências que EDC pode afetar humanos. Mesmo assim, a 
possibilidade de que esse agente seja zoonótico, não pode ser descartada atualmente. 
 
Distribuição geográfica 
Doenças priônicas em animais assemelham-se com doenças neurológicas causadas por outros agentes, e 
informação sobre essa distribuição pode ser incompleta fora da região com boa vigilância veterinária. Scrapie 
clássico tem sido relatado na maioria dos continentes e algumas ilhas, apesar de alguns países recentemente 
terem encontrado poucos ou nenhum caso durante a vigilância ativa. Austrália e Nova Zelândia tem 
permanecido livres de Scrapie, com a exceção de um surto causado por animais importados nos anos 1950. 
Casos clássicos de EEB têm sido relatados em bovinos autóctones em alguns países europeus, Canadá, Israel 
e Japão. Alguns desses países podem ter erradicado EEB, como não tem sido detectada ultimamente. 
Algumas outras nações, incluindo os EUA, tem encontrado esse agente somente em bovinos importados. EEF 
tem sido relatada em alguns países onde EEB ocorre, e em gatis ou gatos de zoológico importados de algum 
desses países. A maioria dos animais infectados tem vivido no Reino Unido, durante a epidemia de EEB. 
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Príons de EEB atípica e príons de Scrapie atípico/Nor98 têm sido relatados na Europa, América do norte (em 
ambos Canadá e EUA), Brasil (no caso da EEB atípica) e alguns outros países, como resultado dos programas 
de vigilância para EET. Esses ambos príons têm sido encontrados em países que são livres da forma clássica 
da doença. 
 
 
 
Transmissão 
As EETs são principalmente adquiridas por ingestão, ainda que alguns príons possam causar infecção por 
outras vias. Príons são encontrados principalmente no sistema nervoso central (SNC) de animais acometidos 
por EETs, maseles podem também ser encontrados nos linfonodos, nervos periféricos e outros órgãos, em 
maior ou menor quantidade, dependendo do príon e da espécie hospedeira. Animais portam os príons pela 
vida, e podem transmitir mesmo quando se mantem assintomáticos. Príons têm sido também transmitidos 
de modo iatrogênico em algumas espécies (ex. via instrumental cirúrgico contaminado ou em transfusões 
sanguíneas). 
EEB, EEF e ETV não parecem ser transmitidas horizontalmente entre espécies. Animais (incluindo gatos com 
EEF) se tornam infectados com príons de EEB clássica quando eles comem tecidos contaminados de animais 
infectados. Príons de EEB causaram epidemias em bovinos quando eles foram amplificados por tecidos 
reaproveitados de bovinos infectados em suplementos alimentares para ruminantes. Animais jovens 
parecem ser infectados mais facilmente do que bovinos com idade acima de 6 meses. Transmissão vertical 
tem sido relatada em ovinos experimentalmente infectados, mas não tem sido relatado em bovinos. 
Entretanto, descendentes de vacas infectadas com EEB parecem ter maior risco de desenvolver EEB, porém 
as razões pela qual isso acontece ainda é incerto 
Scrapie e EDC podem ser transmitidas diretamente entre animais, ou indiretamente via ambiente. Príons de 
EDC têm sido encontrados, sendo algumas vezes em níveis muito baixos, na saliva, sangue, urina, fezes e no 
veludo dos chifres de cervídeos. Acredita-se que a maioria dos animais adquirem essa doença do ambiente, 
provavelmente durante o pastejo. A transmissão vertical tem sido relatada em algumas espécies de 
cervídeos. A maioria dos pequenos ruminantes parecem adquirir Scrapie de sua mãe durante o período 
neonatal, além deles podem também se tornar infectados de espécies não relacionadas ou o ambiente. 
Animais mais velhos permanecem suscetíveis, mas com menor severidade. A placenta pode conter príons de 
Scrapie, que em ovinos em particular apresenta grande quantidade, e recém-nascidos podem ser infectados 
por lambedura dos fluídos ou membranas fetais. O leite e o colostro de pequenos ruminantes são também 
infecciosos. Infecções intrauterinas parecem ser possíveis em ovinos, mas são raras. Técnicas altamente 
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sensíveis encontraram baixos níveis de príons de Scrapie na urina, saliva e fezes de ovinos, mas como isso 
contribuí para a transmissão é ainda incerto. A epidemiologia do Scrapie atípico/Nor98 sugere que não é 
eficientemente transmitido (ou talvez todos) entre os animais na natureza, apesar que em experimentos 
laboratoriais tem demonstrado que borregos recém-nascidos são suscetíveis a inoculação oral. 
Príons podem persistir por longos períodos no ambiente. Príons de Scrapie e EDC tem sido encontrado no 
solo por 1,5 a 3 anos ou mais em experimentos laboratoriais. Evidências da Islândia, onde locais afetados de 
Scrapie que sofreram despovoamento e descontaminação, sugerem que esse príon pode infectar animais 
após mais de 16 anos, sob algumas condições. Príons podem também permanecer infecciosos após passagem 
pelo trato digestório de mamíferos e pássaros que comem animais infectados. 
 
Transmissão zoonótica 
Em humanos, variantes da doença de Creutzfeldt-Jakob usualmente resultam da ingestão de príons de EEB, 
mas poucas pessoas têm sido infectadas em transfusões sanguíneas de indivíduos assintomáticos. Outras 
rotas potenciais de infecção incluem transplante de órgãos/ tecidos e transmissão cirúrgica por 
equipamentos contaminados. Príons não se espalham entre pessoas durante contato casual. 
 
Morbidade e mortalidade 
EETs são normalmente doenças de animais adultos. O pico de incidência de EEB clássica ocorre em bovinos 
com 4 - 6 anos, enquanto Scrapie clássico tem seu pico em ovinos entre 2 e 5 anos, e EDC em cervídeos de 
cativeiro entre 2 e 7 anos. Todas as EETs de ruminantes e cervídeos são muito raras ou ausentes em animais 
que são menos de 12-18 meses de idade. EEB-L, EEB-H e scrapie atípico/Nor 98 tende a ocorrer em animais 
mais velhos que aqueles com EEB clássica ou scapie clássico, respectivamente. Todas as EETs são fatais 
quando os sinais clínicos aparecem. 
O genótipo animal influencia o início e a severidade de algumas EETs. Isso é particular e bem sabido em 
ovinos, onde a suscetibilidade ou resistência ao Scrapie clássico é associado ao polimorfismo no gene PrP 
nos códons 136, 154 e 171. Ovinos com genótipo resistente podem ou não se tornar doentes após longos 
períodos de incubação. A resistência genética do feto também suprime o aparecimento de príons na placenta 
dos suscetíveis geneticamente, de matrizes infectadas. Os genes que afetam a resistência contra Scrapie não 
são bem entendidos em caprinos, mas alguns polimorfismos têm sido identificados, e um gene (K222) tem 
sido proposto como possível objetivo na reprodução de mais animais resistentes ao Scrapie. 
Scrapie atípico também é afetado pelo genótipo animal; entretanto, essa enfermidade parece ser comum 
em ovinos resistentes ao Scrapie clássico, e pouco relatada em animais mais suscetíveis a formas clássica. A 
suscetibilidade genética contra EDC ainda não é bem entendida. 
EETs variam muito em prevalência, dependendo do país, espécie hospedeiro e a enfermidade específica. EEB 
atípica e Scrapie atípico parecem surgir esporadicamente, em baixos níveis, em suas respectivas espécies 
hospedeiras. Príons de Scrapie atípico são encontrados tipicamente em um animal por rebanho ou fazenda. 
Aproximadamente 100 animais infectados com EEB-L ou EEB-H foram identificados desde o início da 
vigilância. 
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EEB clássica, Scrapie clássico e EDC pode ser comum em algumas áreas. A maioria dos casos de EEB ocorreram 
durante epidemias que iniciaram na década de 1980 no Reino Unido, e resultaram do uso de tecidos 
reaproveitados de animais infectados na alimentação de ruminantes. Até agora, a prevalência estimada de 
EEB clássica em países infectados foi de mais de 100 casos por milhão de bovinos para menos de 2 casos por 
milhão. Como resultado das medidas de controle (em particular nas proibições dos alimentos), a incidência 
dessas doenças tem declinado em todo o mundo. No Reino Unido, o número de novos casos tem caído de 
próximo a 1000 por semana, na maior incidência da epidemia em 1992, para 0-3 casos por ano entre 2012 e 
2016. 
Scrapie clássico pode ser um problema significante em algumas áreas, enquanto outras regiões relatam 
poucos ou nenhum caso. Essa enfermidade é muito menos comum em caprinos do que em ovinos. Entre 
2002 e 2009, os programas de vigilância na União Europeia identificaram aproximadamente 3.300 caprinos 
infectados, comparado a aproximadamente 15.000 ovinos. A taxa de prevalência de Scrapie em ovinos foi 
0,087% nos países da União Europeia que notificaram a enfermidade entre 2002 e 2012, e 0,015% nos 
Estados Unidos, até 2013. Na América do Norte, a prevalência de EDC em cervídeos silvestres é relatado ser 
menor que 5% em cervos e menor que 2,5% em alces na maioria das áreas afetadas. Entretanto, difere entre 
as regiões, e pode ser maior em áreas localizados, aonde pode ser presente em mais de 10-12% de alces e 
mais de 50% de cervos silvestres. Apenas poucos casos de EDC têm sido relatados, até hoje, em cervídeos 
silvestres na Noruega, e a prevalência ainda é incerta. 
 
Desinfecção 
Descontaminação completa dos príons dos tecidos contaminados, superfície e ambiente pode ser difícil. 
Esses agentes são muito resistentes para a maioria de desinfetantes, incluindo formol e álcool. Eles são 
também resistentes ao calor, radiação ultravioleta, micro-ondas ou radiação ionizante, particularmente 
quando eles são protegidos por material orgânico ou preservados com fixadores aldeídos, ou quando o título 
priônico é alto. 
Príons podem ligar bem a algumas superfícies, incluindo aço inoxidável e plástico, sem perda da infectividade. 
Príons ligados ao metal parecem ser altamente resistentea descontaminação. 
Há relativamente poucas técnicas de descontaminação priônica publicadas e confirmadas que são efetivas 
para uso rotineiro. Alguns laboratórios tratam previamente os tecidos com ácido fórmico para reduzir a 
infectividade antes de cortar os blocos de tecido. Solução de 1-2 N hidróxido de sódio ou solução de 
hipoclorito de sódio contendo no mínimo 2% (20.000 ppm) de cloro livre têm sido tradicionalmente 
recomendadas para equipamentos e superfícies. Superfícies devem ser tratadas por mais de 1hora a 20°C. 
Desinfecção overnight é recomendada para equipamentos. A limpeza antes da desinfecção, remove o 
material orgânico que pode proteger os príons. 
Inativação física de príons pode ser realizada via autoclave de carga porosa a 134°C por 18 minutos a 30 
lb/in². A resistência ao calor pode variar com o príon específico, o grau de contaminação e o tipo de amostra. 
Filmes de tecidos contendo príons são mais difíceis de descontaminar por vapor após eles terem seco, e 
protocolos médicos para instrumentos cirúrgicos recomendam que, após o uso, precisa ser mantido molhado 
ou úmido antes da descontaminação ser realizada. O agente usado para lavar antes de autoclavar deve 
também ser escolhido com cuidado, como certos agentes (ex. alguns tratamentos enzimáticos) podem 
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aumentar a resistência de príons contra a esterilização via vapor. Calor seco é menos efetivo do que calor 
úmido; alguns príons podem sobreviver a calor seco a temperaturas maiores que 360°C por uma hora, e um 
grupo relatou que a infectividade persistiu após a incineração a 600°C. 
A combinação de descontaminação química e física pode ser mais efetivo do que os processos sozinhos, e 
combinações efetivas de agentes químicos (ex. NaOH) e autoclavagem tem sido publicado. Embora, até a 
combinação mais severa de desinfecção química e física não garantem a destruição de todos os príons em 
todos os tipos de amostra. 
Descontaminar instalações, especialmente locais como as baias dos animais, podem ser muito difíceis. Em 
um estudo, com ovinos suscetíveis geneticamente, se tornaram infectadas com Scrapie após estarem 
alojados em baias que tinham sido lavadas com pressão e descontaminadas com altas concentrações de 
hipoclorito de sódio (solução de 20.000ppm de cloro livre) por uma hora, seguido de pintura e regalvanização 
completa ou a substituição da serralharia. Descontaminação de solo contaminado com príons é praticamente 
impraticável, apesar de alguns agentes, incluindo um tratamento enzimático aquoso baseado em subtilisina 
(efetiva em temperatura ambiente), parece promissor em laboratório. Incineração é comumente utilizada 
para carcaças, mas dois estudos encontraram que a compostagem pode reduzir ou eliminar Scrapie e outros 
príons dos tecidos, enquanto outros sugerem que os micro-organismos do solo podem degradar os príons 
em carcaças enterradas. 
 
Período de incubação 
Encefalopatias espongiformes transmissíveis tem períodos de incubação de meses a anos. Scrapie, EEB, EEF 
e EDC usualmente se tornam aparentes após 2 anos ou mais nos seus hospedeiros naturais. Casos clínicos 
podem ocorrer antes desse tempo, mas são incomuns. 
 
Sinais clínicos 
Encefalopatias espongiformes transmissíveis são usualmente insidiosas no início e tende a progredir 
lentamente. Na maioria dessas doenças, os sinais clínicos envolvem primariamente o sistema nervoso, e às 
vezes incluem mudanças no comportamento, assim como sinais neurológicos claros, como tremores, ataxia 
e hiperexcitabilidade ao estímulo. Prurido intenso é comum em ovinos com Scrapie clássico; entretanto, ele 
tende a ser menos severo ou ausente em caprinos com essa doença, e é mínimo ou incomum na maioria de 
ovinos ou caprinos infectados com príons de scrapie atípicos. Prurido não é um sinal comum na EEB, EDC ou 
ETV. Perda de condição pode ser visto com todas EETs; entretanto, perda muscular é particularmente 
evidente em cervídeos com EDC, e alguns animais tornam-se severamente caquéticos antes de morrer. 
Alguns cervídeos apresentam-se principalmente com perda de peso, sinais neurológicos sutis ou leves. Uma 
vez um animal torna-se sintomático, todas EETs são inevitavelmente progressivas e fatais, tipicamente com 
semanas a meses. 
 
 
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Patologia 
Lesões Post Mortem 
Não há lesões macroscópicas patognomônicas em animais infectados com EET, apesar de lesões não 
específicas poderem ser vistas. Animais que morrem ou são sacrificados em estágios iniciais dessa doença 
podem estar em boa condição corporal; entretanto, perda de condição corporal costuma ocorrer 
tardiamente, e a perda muscular das carcaças é, às vezes, muito evidente em cervídeos com EDC. EDC pode 
também resultar em megaesôfago e broncopneumonia aspirativa (a qual pode ser a causa da morte), e 
animais infectados com Scrapie clássico pode haver evidências de prurido. 
A lesão histopatológica típica de EETs está confinadas ao SNC. Essa lesão é usualmente (embora não sempre) 
simétrica e bilateral, e caracterizada por mudanças espongiformes não inflamatórias, com vacuolização 
neuronal e variados graus de astrocitose. Placas amiloides podem ser vistas na EEB-L e em alguns casos de 
Scrapie ou EDC, mas não são encontradas em outras doenças priônicas, incluindo a EEB clássica e EEB-H. 
 
 
 
Diagnóstico 
Todas as EETs podem ser diagnosticadas pelo exame do cérebro para príons após necropsia. Na maioria das 
enfermidades, os príons podem ser detectados na medula oblonga a nível de óbex; entretanto, Scrapie 
atípico/Nor98 pode não ser encontrados por amostragem somente desses locais, e é mais provável ser 
encontrado no cerebelo e outros locais no SNC. Ruminantes assintomáticos podem ser testados para EEB ou 
Scrapie na rotina de abatedouros por amostragem de cérebro pelo forame magno. Príons podem também 
ser detectadas em tecidos linfoides na necropsia; em particular, Scrapie e EDC podem às vezes ser 
encontradas nesses tecidos antes de serem detectados no cérebro, e antes dos sinais clínicos aparentes. 
Scrapie clássico e EDC podem também ser diagnosticados em animais vivos através de biópsias de tecidos 
linfoides. Os locais de amostragem padronizados incluem o tecido linfoide associado à mucosa retoanal e a 
tonsila palatina em ambas doenças, e a membrana nictitante (terceira pálpebra) no Scrapie. Biópsias de 
mucosa retal e de membrana nictitante podem ser realizadas sem sedação, usando somente anestesia local 
tópica e restrita, e são mais práticas que biópsias de tonsilas a campo. Os príons podem ocasionalmente 
serem encontrados em outros tecidos linfoides, como linfonodos superficiais. Testes em animais vivos não 
parecem ser capazes de detectar animais com scrapie atípico/ Nor98. 
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Imunoblotting (Western blotting) e imunohistoquímica são os métodos mais específicos para detectar príons, 
e podem ser usados em todas as doenças priônicas. O número de testes rápidos de diagnóstico baseados no 
teste ligado a enzima imunosorbente (ELISAs), imunoblotting automática ou outras técnicas (ex. métodos de 
fluxo lateral) tem também sido validado para EEB e Scrapie clássico. Alguns desses testes parecem ser 
capazes de detectar outras EETs, apesar da eficácia variável. Testes rápidos permitem que grande número 
de amostras sejam verificadas, e são às vezes utilizados em testes de vigilância e de abatedouros. Exames 
histológicos de cérebros podem ajudar muito no diagnóstico de doenças priônicas (embora, geralmente, não 
seja usado como o único teste de confirmação), pois alguns animais em estágios iniciais da infecção têm 
poucas ou nenhuma lesão. 
A presença de fibrilas características de príons no cérebro, chamadas de Fibrilas Associada a Scrapie (SAF), 
podem ser usadas no diagnóstico de EETs com microscopia eletrônica, até em cérebros autolizados; 
entretanto, esse teste tem baixa sensibilidade. 
Métodos altamente sensíveisincluem o desdobramento da proteína de amplificação cíclica (DPAC) e 
conversão induzida por vibração (CIV) ou conversão induzida por vibração em tempo real (RT-CIV). Podem 
ser capazes de identificar animais infetados antes do que imunonobloting e imuno-histoquímica. Podem 
também encontrar príons nos tecidos onde estão presentes em pequena quantidade. Essas técnicas 
detectam pouca quantidade de príons por ter a habilidade de converter PrPC (proteína celular normal) em 
príons in vitro. Atualmente, eles são úteis em pesquisas, mas estão sendo investigados para possível uso 
diagnóstico em muitas doenças. EETs podem também ser detectadas por inoculação em ratos (bioensaios 
com roedores); entretanto, o período de incubação longo (vários meses) faz essa técnica impraticável na 
rotina diagnóstica. Sorologia não é útil para diagnóstico, como anticorpos não são produzidos contra príons. 
 
Tratamentos 
Não há tratamento para nenhuma doença priônica. 
 
Controle 
Notificação da doença 
No Brasil e nos Estados Unidos, as autoridades veterinárias estaduais e federais devem ser informadas 
imediatamente de qualquer caso de EEB, EEF ou ETV. 
Os Estados Unidos têm um programa de erradicação para Scrapie, e essa doença também é notificável. 
Requerimentos para EDC pode variar a cada estado, e com a participação das fazendas de criação de 
cervídeos no programa de certificação de fazendas dos Estados Unidos. Agências de manejo de animas 
silvestres locais são frequentemente responsáveis pelos programas de vigilância de EDC em cervídeos 
silvestres. 
 
 
 
 
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Prevenção 
EEB, EEF e ETV podem ser prevenidas pela não alimentação das espécies suscetíveis com os tecidos que 
possam conter príons. Proibição completa é necessária, visto que o cozimento não consegue inativar 
completamente esses agentes. Banir tecidos de ruminantes (ou mamíferos) da alimentação de ruminantes 
(ou animais) tem reduzido significativamente o número de casos novos de EEB e controlou a epidemia em 
bovinos. 
A vigilância e o rastreamento de animais infectados podem revelar um rebanho que pode ter recebido a 
mesma alimentação. Os países podem proibir comércio local na importação de animais vivos e certas 
proteínas animais de nações infectadas com EETs. 
As doenças que podem se espalhar horizontalmente, como Scrapie e EDC, requerem métodos de controle 
adicionais. O risco de introduzir essas enfermidades pode ser reduzido com a manutenção das 
fazendas/rebanhos fechados ou minimizando as compras de fora para a reposição. Se animais de reposição 
devem ser introduzidos, eles devem ser de fazendas que são negativas nos testes para essas doenças e são 
manejadas de modo que seja improvável a sua infecção recente. Leite e colostro de ovinos e caprinos 
potencialmente infectantes não devem ser alimento para rebanhos livres de Scrapie. Reduzir a exposição a 
alta concentração de príons (placenta de ovinos) pode reduzir a transmissão na fazenda ou rebanho. O risco 
que as ovelhas desenvolverem Scrapie é fortemente influenciado pelo seu genótipo, e a seleção genética de 
animais resistentes podem auxiliar no controle. Quanto aos métodos de controle genético, ainda é incerto 
se são praticáveis em fazendas de caprinos infectados com Scrapie ou em fazendas de cervídeos infectados 
com EDC. Despovoamento completo, seguido de limpeza e desinfecção, é, às vezes, usado em fazendas 
infectadas; entretanto, a descontaminação pode ser difícil e a doença pode ocorrer novamente. Alguns 
países têm desenvolvido programas voluntários e/ou obrigatórios de controle de EDC e Scrapie, com a 
erradicação de rebanhos domésticos como objetivo final. 
Não há métodos de controle estabelecidos para EEB-L, EEB-H ou Scrapie atípico/Nor98, os quais podem ser 
doenças genéticas espontâneas. Atualmente, esses príons não afetam o status nacional de EEB ou Scrapie 
para comércio internacional. 
 
Infecções em Humanos 
EEB 
EEB é a única EET animal conhecida que afeta humanos; pessoas que tenham ingerido príons de EEB podem 
desenvolver uma variante da doença de Creutzfeldt-Jakob. Até maio de 2016, 228 casos de DCJv tinham sido 
notificados no mundo. Com a exceção de 27 casos na França, a maioria dessas pessoas residiram no Reino 
Unido por mais de 6 meses durante o pico da epidemia de EEB, e parecem que foram infectados lá. No Reino 
Unido a incidência de DCJv teve um pico em 2000, quando 28 casos foram diagnosticados, e gradualmente 
caiu para 2-5 casos por ano entre 2006 e 2011. Somente dois casos a mais foram reconhecidos entre 2012 e 
2016. O número de pessoas infectadas de forma assintomática e a porcentagem desses que provavelmente 
desenvolverão DCJv ainda é desconhecido. Baseado no decrescente número de casos clínicos, algumas 
pesquisas sugerem que poucos casos a mais podem ser vistos. No entanto, alguns estudos que têm 
examinado tecidos linfoides, como as tonsilas ou apêndice, sugerem que a taxa de infecção subclínica com 
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príons de EEB no Reino Unido posa ser de 1 pessoa a cada 2.000 a 1 em 10.000. Quando e se essas pessoas 
irão desenvolver DCJv, não se sabe. 
Os sintomas de DCJv são muito semelhantes a forma esporádica (genética) da doença de Creutzfeldt-Jakob, 
mas normalmente aparece em paciente jovens. A idade média de início é 26 anos, apesar de que casos têm 
sido relatados em pessoas de 12 a 74 anos. Os primeiros sinais são normalmente psiquiátricos, com 
ansiedade, depressão e afastamento social, e/ou sinais de dor sensorial persistente. Na maioria dos 
pacientes, sinais neurológicos facilmente perceptíveis (ex. ataxia, tremores) aparecem poucos meses depois; 
entretanto, sinais neurológicos coincidem com ou precedem os psiquiátricos na minoria dos pacientes. A 
função cognitiva gradualmente se deteriora, e movimentos involuntários e distúrbios visuais podem 
desenvolver mais tarde no curso da doença. Não há tratamento conhecido, e a maioria dos pacientes morre 
em 2 anos. Até agora, todos os indivíduos com casos clínicos confirmados são homozigótico para metionina 
no códon 129 na proteína PrPC. 
A prevenção de DCJv é baseada em evitar tecidos de bovinos com alto risco. Muitos países exterminam 
animais com sinais clínicos parecidos com EEB, assim como tecidos de alto risco de bovinos assintomáticos 
(materiais de risco específico ou MER), da comida humana. 
MER - são os órgãos/tecidos onde o príon fica localizado em grandes concentrações antes do animal 
apresentar os sintomas, devido ao tropismo por tais estruturas. No Brasil, são considerados materiais 
especificados de risco – MER em bovinos e bubalinos as seguintes estruturas: 
1) Tonsilas (palatinas e linguais); 
2) Íleo distal de bovinos e bubalinos (70 cm); 
3) Encéfalo; 
4) Medula espinhal; 
5) Olhos. 
São considerados materiais especificados de risco – MER em caprinos e ovinos as seguintes estruturas: 
1) cabeça: excluídos a língua e os músculos. Os olhos, tonsilas palatinas e linguais, encéfalo e as partes ósseas 
são considerados MER; 
2) Medula espinhal; 
3) Baço 
Algumas nações conduzem vigilância ativa em bovinos abatidos usando testes rápidos, para detectar casos 
de EEB. Carcaças positivas são destruídas. Abatedouros e técnicas de processamento que tem alto risco de 
contaminar os tecidos e músculos com SNC têm sido também proibidos em muitas nações. Muitos países 
restringem doações de sangue de pessoas com risco significativo de ter sido infectadas durante a epidemia 
de EEB. Alguns países podem ainda incluir outros meios de prevenção da transmissão na transfusão de 
sangue ou durante procedimentos cirúrgicos de alto risco. Apesar de casos de laboratório ou relacionados a 
abatedouros não terem sido relatados, veterinários e trabalhadores de laboratório devem sempre ter 
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precaução quando realizarem necropsia em suspeita de EEB ou manipular os tecidos; proteções de 
laboratórios nível3 são recomendados para manipular esses príons. 
 
Situação no Brasil 
As enfermidades são de notificação obrigatória imediata quando há suspeita ou confirmação laboratorial. No 
Brasil, especificamente no Rio Grande do Sul (RS), há diagnóstico de Scrapie clássica desde 1978, mas a 
primeira notificação oficial à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) foi de um surto, também no RS, 
ocorrido em 1985. Posteriormente, entre 1995 e 2010, foram registrados surtos, no RS, Santa Catarina, 
Paraná (PR), Mato Grosso do Sul (MS), Mato Grosso (MT), Minas Gerais (MG) e São Paulo (SP). Não há 
registros de Scrapie atípica (Nor98) no Brasil. Em relação a EEB, nunca foram registrados casos da 
enfermidade em bovinos. A forma atípica da EEB foi detectada duas vezes no país: em 2010 no estado do 
Paraná e em 2014 no estado do Mato Grosso. Ambas as situações foram identificadas em animais com sinais 
clínicos. Adicionalmente, o Programa Nacional de Prevenção e Vigilância da Encefalopatia Espongiforme 
Bovina no país, determina que todos os animais importados de países acometidos pela EEB devem ser 
monitorados e quando abatidos, seus produtos e subprodutos não podem entrar na cadeia de consumo 
humana. A vigilância para a EEB é direcionada a qualquer bovino, com idade superior a 24 meses, que 
demonstre sinais neurológicos, sendo considerado um potencial suspeito de doença nervosa e assim deverá 
ser submetido a diagnósticos diferenciais. Ainda, está proibido a alimentação de ruminantes no país com 
subprodutos de origem animal (farinhas), cama de aviário ou resíduos da exploração de suínos. Em relação 
a EEF, a EEV e a EDC, nunca houve registro de ocorrência no país. 
 
Bibliografia: 
Anna Rovid. 2016. Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis. Traduzido e adaptado a situação do Brasil por 
Mendes, Ricardo, 2019. Disponível em http://www.cfsph.iastate.edu/DiseaseInfo/factsheets-pt.php?lang=pt. 
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento MAPA: 
https://www.agricultura.rs.gov.br/upload/arquivos/201701/09154734-pneeb-cartilha-eeb-nova-abr14.pdf 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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http://www.cfsph.iastate.edu/DiseaseInfo/factsheets-pt.php?lang=pt
https://www.agricultura.rs.gov.br/upload/arquivos/201701/09154734-pneeb-cartilha-eeb-nova-abr14.pdf
 
 
 
01. As partículas infecciosas normalmente associadas a doenças neurológicas de animais e humanos 
denominadas encefalopatias espongiformes transmissíveis são: 
A. bactérias. 
B. príons. 
C. vírus. 
D. algas. 
E. fungos. 
 
02. Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecida como doença da vaca louca , é uma enfermidade 
degenerativa fatal e transmissível do sistema nervoso central de bovinos. Assinale a alternativa CORRETA em 
relação à Encefalopatia Espongiforme Bovina: 
A. Testes em animais vivos podem detectar animais com Scrapie atípico/ Nor98. 
B. É adquirida principalmente pela inalação de partículas infecciosas. 
C. Aves e suínos são naturalmente susceptíveis à doença da vaca louca. 
D. A sintomatologia pode confirmar a existência da doença. 
E. Uma das ações importantes para prevenção da Encefalopatia Espongiforme Bovina é o controle de 
produtos 
utilizados na alimentação animal.
 
 
03. A encefalopatia espongiforme bovina (EEB) foi identificada pela primeira vez na Grã-Bretanha, em 1986, 
porém, dados epidemiológicos e revisões de preparados histológicos mostram a possível ocorrência no ano 
de 1985 ou, ainda, que alguns casos possam ter ocorrido ainda na década de 70. Sobre a encefalopatia 
espongiforme bovina, é
 
CORRETO afirmar que:
 
A.
 
EEB é a única EET animal conhecida que afeta humanos.
 
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QUESTÕES SOBRE ENCEFALOPATIAS ESPONGIFORMES TRANSMISSÍVEIS 
PARA MÉTODO SOMA
B. Pela perda nervosa provocada pela doença, há uma insensibilidade do animal frente ao toque, ao som e à 
luz. 
C. Entre os sinais clínicos, estão a diminuição de peso, da produção de leite e do apetite. 
D. Após o aparecimento dos sinais clínicos, a doença pode evoluir para um quadro crônico num período 
compreendido entre 9 e 12 meses. 
E. O último registro de EEB clássica no Brasil foi no ano de 2018. 
 
04. A principal medida para o controle da Encefalopatia Espongiforme Bovina é: 
A. Vacinação compulsória do rebanho bovino. 
B. Teste para identificação precoce e descarte dos animais infectados. 
C. Quarentena de indivíduos suspeitos. 
D. Controle de trânsito de reprodutores. 
E. Proibição do uso de proteína animal na alimentação de ruminantes. 
 
05. Sobre as doenças denominadas encefalopatias espongiformes transmissíveis (EETs), é CORRETO Afirmar: 
A. O Scrapie, assim como as outras EETs, tem período de incubação curto, com progressão e desfecho rápidos, 
de dias a uma semana. 
B. Os príons causadores das formas atípicas da encefalopatia espongiforme bovina se caracterizam por ter o 
mesmo peso molecular ao exame de Western Blotting. 
C. As EETs incluem a doença de Kuru e a encefalopatia transmissível dos visons. 
D. A exposição à autoclavagem a 121 ºC por 20 minutos, à radiação ultravioleta, à radiação gama ou a etanol a 
70% são métodos eficientes para a inativação dos príons causadores das EETs. 
E. A linhagem do príon que causa a encefalopatia espongiforme bovina é espécie-específica. 
 
06. O termo genérico de encefalopatia subaguda espongiforme reúne várias doenças neurodegenerativas e 
fatais, EXCETO: 
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A. O Scrapie. 
B. A Encefalopatia Espongiforme Bovina. 
C. A Encefalopatia Espongiforme de outras espécies. 
D. A Doença de Creutzfeldt-Jakob. 
E. Doença de Huntington. 
 
07. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) confirmou, no dia 04 de setembro de 2021, 
dois casos atípicos de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), conhecida como a doença da vaca louca, em 
frigoríficos brasileiros. Sobre essa doença, é CORRETO afirmar: 
A. A vigilância para a EEB é direcionada a qualquer bovino, com idade superior a 12 meses, que demonstre 
sinais neurológicos, sendo considerado um potencial suspeito de doença nervosa e assim deverá ser submetido 
a diagnósticos diferenciais. 
B. No Brasil, o baço é considerado material especificado de risco – MER em bovinos e bubalinos. 
C. O pico de incidência de EEB clássica ocorre em bovinos com 2 a 3 anos, enquanto Scrapie clássico tem seu 
pico em ovinos entre 5 e 8 anos. 
D. Os príons são agentes infecciosos de tamanho menor que o dos vírus, formados apenas por ácidos nucleicos 
e capsídeos. 
E. A variante da Doença de Creutzfeldt-Jakob (vDCJ) é uma outra doença priônica que está associada ao 
consumo de carne e de subprodutos de bovinos contaminados com EEB. 
 
08. Devido à necessidade de manutenção da situação sanitária do Brasil em relação à Encefalopatia 
Espongiforme Bovina é proibida, em todo o território nacional, a produção, a comercialização e a utilização de 
produtos destinados à alimentação de ruminantes que contenham em sua composição: 
A. glicídios e proteínas de origem animal. 
B. gorduras e proteínas de origem animal. 
C. proteínas e sais minerais de origem animal. 
D. gorduras e glicídios de origem animal. 
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E. gorduras e sais minerais de origem animal. 
 
09. São métodos de diagnóstico utilizados para detecção do PrPsc, EXCETO: 
A. Exame histológico. 
B. Imuno-histoquímica. 
C. ELISA. 
D. Western Blotting (WB). 
E. Fixação de Complemento. 
 
10. Em relação às doenças denominadas encefalopatias espongiformes transmissíveis (EETs), é INCORRETO 
afirmar: 
A. EEB, EEF e ETV não parecem ser transmitidas horizontalmente entre espécies. 
B. Animais desenvolvem EEB atípica quando ingerem tecidos contaminados de outros animais infectados. 
C. O leite e o colostro de pequenos ruminantes acometidos por Scrapie são infecciosos. 
D. Em humanos, variantes da doença de Creutzfeldt-Jakob usualmente resultam da ingestão de príons de EEB. 
E. Não há registros de Scrapie atípica (Nor98)no Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GABARITO 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 
B E A E C E E B E B 
 
 
 x 10 = 
Nº acertos depois da leitura - Nº acertos antes da leitura x 10 = % acréscimo de conhecimento 
 
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QUESTÕES SOBRE ANEMIA INFECCIOSA EQUINA (AIE) PARA 
MÉTODO SOMA 
 
01. Analise as afirmativas a seguir, referentes à Anemia Infecciosa Equina (AIE): 
I. O agente etiológico é um Adenovírus, pertencente à família Retroviridade. 
II. A legislação brasileira de saúde animal considera A.I.E. como doença de notificação obrigatória. 
III. Na fase aguda, o animal doente pode apresentar febre, trombocitopenia e/ou anemia. 
IV. O sacrifício dos animais doentes é realizado após a confirmação da doença, por meio da detecção da anemia 
no exame hematológico. 
Assinale 
A. se apenas as afirmativas I, II e III estiverem corretas. 
B. se apenas as afirmativas I, III e IV estiverem corretas. 
C. se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. 
D. se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas. 
E. se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. 
 
02. A Anemia Infecciosa Equina é caracterizada por episódios periódicos de febre, anemia hemolítica, icterícia, 
depressão, edema e perda de peso crônica. Julgue os itens a seguir e atribua abaixo, V para os itens Verdadeiros 
e F para os itens Falsos: 
( ) A doença é transmitida por meio do sangue de um animal infectado, pela picada de insetos hematófagos 
ou por objetos perfurocortantes contaminados. A transmissão congênita não existe. 
( ) A anemia não tem cura. Uma vez o animal infectado, torna-se portador permanente, podendo apresentar 
ou não os sinais da doença (forma aguda, crônica), constituindo-se numa fonte de infecção, para outros 
equinos. 
( ) É uma doença bacteriana e que pode atingir todas as raças e idades dos equídeos, sendo os animais mais 
suscetíveis os subnutridos e parasitados. 
( ) Na forma crônica observa-se ataque com intervalos variáveis de dias, semanas ou meses. Quando o intervalo 
é curto, em geral a morte sobrevém depois de algumas semanas. 
 A sequência CORRETA é: 
A. F, V, F, F. 
B. F, V, V, V. 
C. F, V, F, V. 
D. V, F, V, F. 
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E. F, F, V, V. 
 
03. O vírus da anemia infecciosa equina afeta: 
A. Cavalos e pôneis, somente. 
B. Asininos. 
C. Família Mustelidae. 
D. Família Equidae. 
E. Equinos e algumas espécies de ruminantes. 
 
04. Qual é a principal forma de transmissão do vírus da anemia infecciosa equina? 
A. Através de agulhas contaminadas. 
B. Através da saliva e urina. 
C. Através de moscas picadoras. 
D. Através de transfusões sanguíneas. 
E. Através de aerossóis. 
 
05. Quais animais são menos propensos a desenvolver sinais clínicos severos da A.I.E.? 
A. Equinos e pôneis. 
B. Asininos e Muares. 
C. Equinos e zebras. 
D. Mulas e Equinos. 
E. Nenhuma das alternativas estão corretas. 
 
06. Em relação ao diagnóstico diferencial da Anemia Infecciosa Equina, qual das seguintes doenças não é 
considerada? 
A. Mormo 
B. Púrpura Hemorrágica 
C. Leptospirose 
D. Erliquiose Granulocítica Equina 
E. Trombocitopenia Idiopática 
 
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07. A anemia infecciosa equina é uma doença retroviral multissistêmica de equídeos que se caracteriza por uma 
anemia hemolítica imunomediada. De acordo com normas do Ministério da Agricultura Pecuária e 
Abastecimento (MAPA), o animal A.I.E. positivo deverá ter notificação obrigatória e ser sacrificado. Diante do 
exposto, o exame que deverá ser solicitado, pelo Médico Veterinário, para o diagnóstico e controle da A.I.E., é: 
A. Hemograma - contagem de hemáceas; 
B. Esfregaço sanguíneo - identificação do agente; 
C. Teste de Coggins - detecção de anticorpos séricos; 
D. Imunofluorescência direta - identificação do agente; 
E. Teste de Coombs - detecção da antiglobulina. 
 
08. Qual é o principal problema com o teste de ELISA para a anemia infecciosa equina? 
A. Ele é pouco sensível. 
B. Ele é pouco específico. 
C. Custo é elevado. 
D. Ele leva muito tempo para dar o resultado. 
E. Ele é pouco confiável. 
 
09. Pensando no controle e erradicação da A.I.E., pode-se afirmar que os portadores sem sintomas: 
A. Devem ser isolado por 180 dias, período necessário para a titulação viral tornar-se indetectável. 
B. Devem ser curados e liberados para a convivência com outros animais. 
C. Devem, em regra, ser sacrificados ou permanentemente isolados de outros animais suscetíveis em algumas 
situações específicas. 
D. Devem ser tratados com medicamentos específicos. 
E. Nenhuma das alternativas anteriores. 
 
10. São considerados métodos de controle da Anemia Infecciosa Equina, exceto: 
A. Vacinação. 
B. Sacrifício dos animais positivos. 
C. Identificação e restrição ao trânsito e comércio de animais positivos. 
D. Não compartilhar seringas e outros utensílios que possam ser veículos de células infectadas. 
E. Potros nascidos de éguas infectadas devem ser isolados de outros equídeos, até ser determinado se são livres 
ou infectados. 
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ANEMIA INFECCIOSA EQUINA 
 
(Febre do pântano, Febre da montanha, Febre lenta, Malária Equina, Doença de Coggins, AIDS do cavalo, Mal 
do Cochilo ou Cochilão) 
 
Etiologia 
A anemia infecciosa equina é causada por um RNA vírus (vírus da anemia infecciosa equina - VAIE), um 
Lentivírus da família Retroviridae. 
 
Epidemiologia 
Espécies Afetadas 
O vírus da anemia infecciosa equina é conhecido por infectar todos os membros da família Equidae. Casos 
clínicos ocorrem em cavalos e pôneis (Equus caballus) e têm sido relatados em mulas. Alguns isolados virais 
adaptados a equinos replicam a níveis baixos, sem sinais clínicos em asininos (E. asinus); entretanto, 
evidências não publicadas sugerem que isolados adaptados à jumentos, após passagens seriadas, podem ser 
patogênicos para essas espécies. 
 
Distribuição geográfica 
A anemia infecciosa equina foi encontrada em quase todo o mundo. Esta doença parece estar ausente em 
poucos países, incluindo Islândia e Japão. 
 
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Transmissão 
O vírus da anemia infecciosa equina é transmitido primariamente por picadas de tabanídeos (Tabanus sp.) e 
moscas dos estábulos (Stomoxys calcitrans) sendo estes apenas vetores mecânicos. Em equinos, este vírus 
persiste nos leucócitos do sangue por toda a vida, e também ocorre no plasma durante episódios de febre. 
Animais sintomáticos são mais prováveis de transmitir a doença do que animais com infecção inaparente; 
depois do contato um portador assintomático, é provável que apenas uma em cada 6 milhões de moscas 
torne-se um vetor. Altos níveis de viremia também foram relatados durante os estágios iniciais da infecção 
em mulas. Títulos significativamente mais baixos foram relatados em jumentos inoculados com certas cepas 
adaptadas a equinos. 
Embora outros insetos incluindo a mosca dos estábulos (Stomoxys calcitrans) possam transmitir o VAIE, os 
vetores mais efetivos são moscas picadoras da família Tabanidae, especialmente moscas dos equinos 
(Tabanus spp. e Hybomitra spp.) e mosca dos cervos (Chrysops spp.). As picadas dessas moscas são dolorosas, 
e a reação do animal interrompe a alimentação. A mosca tenta retomar a alimentação imediatamente, no 
mesmo animal ou em outro hospedeiro próximo, resultando na transferência de sangue infectante. O VAIE 
sobrevive por um tempo limitado nas peças bucais dos insetos, reduzindo a probabilidade de disseminação 
para hospedeiros mais distantes. Esse vírus também pode ser transmitido em transfusões sanguíneas ou em 
agulhas contaminadas, instrumentos cirúrgicos e desbastadores de dentes. É relatado que o vírus persiste 
por mais de 96 horas em agulhas hipodérmicas. Ele também pode ser transmitido da égua para o potro 
durante a gestação. 
Outras vias de transmissão menos importantes podemser possíveis. O VAIE parece não ser excretado na 
saliva e urina. Entretanto, ele pode ser encontrado no leite e sêmen e os equinos podem ser infectados 
quando inoculados com essas secreções por via subcutânea. Foi relatada a possibilidade de transmissão 
através do leite em potros lactentes. Embora a transmissão venérea não pareça ser uma via de transmissão 
importante, um garanhão parece ter transmitido o vírus para uma égua com uma laceração vaginal durante 
o acasalamento. A possibilidade de transmissão de aerossóis por material infectado durante contato próximo 
foi levantada durante o surto de 2006, na Irlanda. 
 
Período de Incubação 
O período de incubação é de uma semana a 45 dias ou mais. Alguns cavalos permanecem assintomáticos até 
passarem por períodos de estresse. 
 
Sinais clínicos 
Os sinais clínicos da forma aguda da AIE são frequentemente inespecíficos. Alguns casos em equinos, o único 
sinal é a febre, a qual é acompanhada algumas vezes por inapetência passageira. Em casos brandos, a febre 
pode durar menos de 24 horas. Cavalos afetados com mais severidade podem se tornar fracos, deprimidos 
e inapetentes, com sinais adicionais como icterícia, taquipneia, taquicardia, edema ventral, trombocitopenia, 
petéquias nas membranas mucosas, epistaxe ou fezes manchadas com sangue. Anemia pode ocorrer, 
embora ela seja mais severa nos animais cronicamente infectados. Ocasionalmente, os animais se tornam 
gravemente doentes e podem morrer durante a fase aguda da doença. Depois da crise inicial, a maioria dos 
cavalos tornam-se portadores assintomáticos; entretanto, alguns animais apresentam sinais clínicos 
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recorrentes que variam desde doença leve e falha no crescimento até febre crescente, depressão, petéquias 
nas membranas mucosas, perda de peso, anemia e edema dependente. Infecções inaparentes podem se 
tornar sintomáticas com doenças concomitantes, estresse severo ou trabalho pesado. A morte é possível 
durante esses episódios de febre. Lesões oftálmicas, caracterizadas por despigmentação com vasos da 
coroide proeminentes, foram relatadas em equinos cronicamente infectados. 
Asininos e muares são menos prováveis de desenvolver sinais clínicos severos. Mulas podem ser infectadas 
e permanecer assintomáticas, mas sinais clínicos típicos da AIE foram relatados em alguns animais infectados 
espontânea ou experimentalmente. Em um experimento recente, jumentos inoculados com duas cepas 
adaptadas a equinos tornaram-se infectados, mas permaneceram assintomáticos. Na China, foi relatado que 
jumentos inoculados com uma cepa adaptada a asininos, obtida por passagem seriada, desenvolveram sinais 
clínicos. 
 
Patologia 
Lesões Post Mortem 
O baço, fígado e linfonodos abdominais podem estar aumentados, e as mucosas podem estar pálidas. Em 
casos crônicos, caquexia também pode ser observada. Edema é frequentemente encontrado nos membros 
e ao longo da parede abdominal ventral. Petéquias podem ser observadas nos órgãos internos, incluindo o 
baço e fígado. Hemorragias viscerais, nas mucosas e trombose dos vasos sanguíneos também foram 
relatados. Equinos com infecção crônica que morrem entre episódios de doença clínica geralmente não têm 
lesões macroscópicas, mas alguns animais podem ter glomerulonefrite proliferativa ou lesões oculares. 
Morbidade e mortalidade 
A taxa de infecção varia com a região geográfica. A transmissão do vírus é influenciada pelo número e 
espécies de moscas, seus hábitos, a densidade da população de equinos, o nível de viremia no hospedeiro e 
a quantidade de sangue transferido. As infecções são particularmente comuns em locais úmidos e 
pantanosos. Taxas de soroprevalência tão altas quanto 70% têm sido vistas em fazendas onde a doença foi 
endêmica por muitos anos. A taxa de morbidade e a severidade dos sinais clínicos são influenciadas pela cepa 
e dose do vírus e a saúde do animal. Cavalos são mais propensos a desenvolverem sinais clínicos do que 
jumentos e mulas, mas muitos são infectados subclinicamente. 
Epizootias com altas taxas de morbidade e mortalidade foram relatadas, mas as mortes são incomuns em 
animais infectados espontaneamente. 
 
Diagnóstico 
Clínico 
Anemia infecciosa equina deve estar entre os diagnósticos diferencias para indivíduos com perda de peso, 
edema e febre intermitente. Isso também tem de ser considerado quando vários equinos apresentam febre, 
anemia, edema, debilidade progressiva ou perda de peso, particularmente quando novos animais foram 
introduzidos no rebanho ou um membro do rebanho morreu. 
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Diagnósticos diferenciais 
Na doença aguda, o diagnóstico diferencial inclui: púrpura hemorrágica, babesiose, erliquiose granulocítica 
equina, arterite viral equina, anemia hemolítica auto-imune, leptospirose e trombocitopenia idiopática. Já 
na apresentação crônica considera-se: infecção por Streptococcus equi, doenças inflamatórias crônicas, 
neoplasias e hepatite crônica. 
 
Testes laboratoriais 
A anemia infecciosa equina é geralmente confirmada por sorologia. Uma vez que um animal é infectado, ele 
se torna um portador para toda a vida. Os dois testes sorológicos mais comuns de serem usados são o teste 
da imunodifusão em ágar gel (IDGA ou Coggins) e ensaios imunoenzimáticos (ELISAs). Os equinos geralmente 
são soronegativos nas primeiras 2 a 3 semanas após a infecção; em casos raros, eles podem não desenvolver 
anticorpos até 60 dias. ELISAs podem detectar anticorpos mais cedo do que testes de IDGA e são mais 
sensíveis, mas falsos positivos são mais fáceis de ocorrer. Por essa razão, resultados positivos no ELISA são 
confirmados por IDGA ou immunoblot (Western blooting). Evidências experimentais limitadas sugerem que 
a produção de anticorpos possa ser atrasada em jumentos e mulas. 
Ensaios de reação em cadeia da polimerase com transcriptase reversa (RT- PCR) também podem ser usados 
para detectar cavalos infectados. Esses testes são valiosos para determinação do status infeccioso de potros 
nascidos de éguas infectadas, porque animais jovens podem ter anticorpos maternais até a idade de 6 a 8 
meses. A PCR também podem ser usados para suplementar ou confirmar testes sorológicos, particularmente 
quando há conflito entre resultados ou quando há suspeita de infecção, mas a sorologia é negativa ou 
equivocada (em casos iniciais nos quais anticorpos não foram formados). Além disso, esta técnica pode 
assegurar que os doadores de sangue e cavalos utilizados para a produção de vacina ou antissoro não estejam 
infectados. RT-PCR parece ser um método eficaz de diagnóstico em mulas, bem como em cavalos. 
O isolamento de vírus geralmente não é necessário para o diagnóstico, mas pode ser feito. O VAIE pode ser 
encontrado no plasma e leucócitos do sangue durante episódios febris; entre esses períodos, o vírus está 
associado a células. O isolamento do vírus é realizado em culturas de leucócitos de cavalo; mas, por essas 
células serem difíceis de cultivar, este teste pode não estar disponível em todos os laboratórios. A identidade 
do vírus pode ser confirmada com ELISAs antígeno-específicos, ensaios de imunofluorescência ou PCR. 
 
Notificação das autoridades 
A anemia infeciosa equina é uma doença de notificação obrigatória, devendo ser comunicada a sua 
ocorrência aos órgãos de defesa sanitária animal estadual e/ou federal. No Brasil, a AIE requer notificação 
imediata de qualquer caso suspeito. 
 
Controle 
Não há vacina disponível. 
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No Brasil, o trânsito interestadual de equídeos requer Guia de Trânsito Animal (GTA) e resultado negativo no 
exame laboratorial para diagnóstico de A.I.E. Ainda, a participação de equídeos em eventos agropecuários 
somente é permitida com exame negativo para A.I.E. A validade do resultado negativo para o exame 
laboratorial da A.I.E. será de 180 dias para propriedades controladas e de 60 dias para os demais casos, acontar da data da colheita da amostra. 
Equídeos infectados se tornam portadores por toda a vida, e devem ser permanentemente isolados de outros 
animais suscetíveis ou sacrificados. O risco de transmissão a partir de portadores varia, mas como é 
impossível de se quantificar esse risco, todos os animais infectados são tratados de forma igual. Portadores 
assintomáticos frequentemente dão a luz a potros não infectados. O risco de infecção congênita é maior se 
a égua tiver sinais clínicos antes de parir. Potros nascidos de éguas infectadas devem ser isolados de outros 
equídeos, até ser determinado se são livres ou infectados. 
Durante um surto, a pulverização, bem como o uso de repelentes e de estábulos à prova de insetos, podem 
auxiliar na interrupção da transmissão. Colocar animais em pequenos grupos separados por pelo menos 200 
metros pode ser benéfico quando o vírus está sendo transmitido dentro de uma fazenda. 
Cuidados devem ser tomados para evitar a transmissão iatrogênica. Em países onde a anemia infecciosa 
equina não está presente, os surtos são contidos com quarentenas e controle de movimentação, 
rastreamento de casos e vigilância. Os vírus envelopados, como o VAIE, são facilmente destruídos pela 
maioria dos desinfetantes comuns. Este vírus não persiste em insetos, que são os vetores mecânicos. 
 
Saúde pública 
Não há evidências de que a Anemia Infeciosa Equina seja uma ameaça para humanos. 
 
Bibliografia: 
Anna Rovid. 2009. Anemia Infeciosa Equina. Traduzido e adaptado a situação do Brasil por Mendes, 
Ricardo, 2019. Disponível em http://www.cfsph.iastate.edu/DiseaseInfo/factsheets-pt.php?lang=pt 
FLORES, E. F. Virologia Veterinária. 2007 Editora da UFSM, Santa Maria, RS. 888p. 
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento MAPA: https://www.gov.br/agricultura/pt-br 
 
 
 
 
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http://www.cfsph.iastate.edu/DiseaseInfo/factsheets-pt.php?lang=pt
https://www.gov.br/agricultura/pt-br
QUESTÕES SOBRE ANEMIA INFECCIOSA EQUINA (AIE) PARA 
MÉTODO SOMA 
 
01. Analise as afirmativas a seguir, referentes à Anemia Infecciosa Equina (AIE): 
I. O agente etiológico é um Adenovírus, pertencente à família Retroviridade. 
II. A legislação brasileira de saúde animal considera A.I.E. como doença de notificação obrigatória. 
III. Na fase aguda, o animal doente pode apresentar febre, trombocitopenia e/ou anemia. 
IV. O sacrifício dos animais doentes é realizado após a confirmação da doença, por meio da detecção da anemia 
no exame hematológico. 
Assinale 
A. se apenas as afirmativas I, II e III estiverem corretas. 
B. se apenas as afirmativas I, III e IV estiverem corretas. 
C. se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. 
D. se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas. 
E. se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. 
 
02. A Anemia Infecciosa Equina é caracterizada por episódios periódicos de febre, anemia hemolítica, icterícia, 
depressão, edema e perda de peso crônica. Julgue os itens a seguir e atribua abaixo, V para os itens Verdadeiros 
e F para os itens Falsos: 
( ) A doença é transmitida por meio do sangue de um animal infectado, pela picada de insetos hematófagos 
ou por objetos perfurocortantes contaminados. A transmissão congênita não existe. 
( ) A anemia não tem cura. Uma vez o animal infectado, torna-se portador permanente, podendo apresentar 
ou não os sinais da doença (forma aguda, crônica), constituindo-se numa fonte de infecção, para outros 
equinos. 
( ) É uma doença bacteriana e que pode atingir todas as raças e idades dos equídeos, sendo os animais mais 
suscetíveis os subnutridos e parasitados. 
( ) Na forma crônica observa-se ataque com intervalos variáveis de dias, semanas ou meses. Quando o intervalo 
é curto, em geral a morte sobrevém depois de algumas semanas. 
 A sequência CORRETA é: 
A. F, V, F, F. 
B. F, V, V, V. 
C. F, V, F, V. 
D. V, F, V, F. 
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E. F, F, V, V. 
 
03. O vírus da anemia infecciosa equina afeta: 
A. Cavalos e pôneis, somente. 
B. Asininos. 
C. Família Mustelidae. 
D. Família Equidae. 
E. Equinos e algumas espécies de ruminantes. 
 
04. Qual é a principal forma de transmissão do vírus da anemia infecciosa equina? 
A. Através de agulhas contaminadas. 
B. Através da saliva e urina. 
C. Através de moscas picadoras. 
D. Através de transfusões sanguíneas. 
E. Através de aerossóis. 
 
05. Quais animais são menos propensos a desenvolver sinais clínicos severos da A.I.E.? 
A. Equinos e pôneis. 
B. Asininos e Muares. 
C. Equinos e zebras. 
D. Mulas e Equinos. 
E. Nenhuma das alternativas estão corretas. 
 
06. Em relação ao diagnóstico diferencial da Anemia Infecciosa Equina, qual das seguintes doenças não é 
considerada? 
A. Mormo 
B. Púrpura Hemorrágica 
C. Leptospirose 
D. Erliquiose Granulocítica Equina 
E. Trombocitopenia Idiopática 
 
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07. A anemia infecciosa equina é uma doença retroviral multissistêmica de equídeos que se caracteriza por uma 
anemia hemolítica imunomediada. De acordo com normas do Ministério da Agricultura Pecuária e 
Abastecimento (MAPA), o animal A.I.E. positivo deverá ter notificação obrigatória e ser sacrificado. Diante do 
exposto, o exame que deverá ser solicitado, pelo Médico Veterinário, para o diagnóstico e controle da A.I.E., é: 
A. Hemograma - contagem de hemáceas; 
B. Esfregaço sanguíneo - identificação do agente; 
C. Teste de Coggins - detecção de anticorpos séricos; 
D. Imunofluorescência direta - identificação do agente; 
E. Teste de Coombs - detecção da antiglobulina. 
 
08. Qual é o principal problema com o teste de ELISA para a anemia infecciosa equina? 
A. Ele é pouco sensível. 
B. Ele é pouco específico. 
C. Custo é elevado. 
D. Ele leva muito tempo para dar o resultado. 
E. Ele é pouco confiável. 
 
09. Pensando no controle e erradicação da A.I.E., pode-se afirmar que os portadores sem sintomas: 
A. Devem ser isolado por 180 dias, período necessário para a titulação viral tornar-se indetectável. 
B. Devem ser curados e liberados para a convivência com outros animais. 
C. Devem, em regra, ser sacrificados ou permanentemente isolados de outros animais suscetíveis em algumas 
situações específicas. 
D. Devem ser tratados com medicamentos específicos. 
E. Nenhuma das alternativas anteriores. 
 
10. São considerados métodos de controle da Anemia Infecciosa Equina, exceto: 
A. Vacinação. 
B. Sacrifício dos animais positivos. 
C. Identificação e restrição ao trânsito e comércio de animais positivos. 
D. Não compartilhar seringas e outros utensílios que possam ser veículos de células infectadas. 
E. Potros nascidos de éguas infectadas devem ser isolados de outros equídeos, até ser determinado se são livres 
ou infectados. 
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GABARITO 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 
E C D C B A C B C A 
 
 
 x 10 = 
Nº acertos depois da leitura - Nº acertos antes da leitura x 10 = % acréscimo de conhecimento 
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QUESTÕES SOBRE MORMO PARA 
MÉTODO SOMA 
 
01. Agente etiológico causador do mormo em equídeos: 
A. Lentivírus da família Retroviridae. 
B. Burkholderia pseudomallei. 
C. Corynebacterium pseudotuberculosis. 
D. Burkholderia mallei. 
E. Streptococcus equi. 
 
02. Assinale a alternativa que apresenta um material infectante de grande importância para a transmissão do 
mormo entre os equídeos: 
A. Urina. 
B. Fezes. 
C. Catarro nasal. 
D. Corrimentos vaginais. 
E. Sangue. 
 
03. O mormo é uma enfermidade infectocontagiosa, considerada uma das mais antigas doenças dos equídeos, 
descrita por Aristóteles e Hipócrates nos séculos III e IV a.C. Com relação ao "Mormo", assinale a alternativa 
INCORRETA. 
A. Os sinais clínicos mais frequentes são febre, tosse e corrimento nasal. Inicialmente, as lesões nodulares 
evoluem para úlceras que após a cicatrização formam lesões em forma de estrelas.Estas lesões ocorrem com 
maior frequência na fase crônica da doença, que é caracterizada por três formas de manifestação clínica: a 
cutânea, linfática e respiratória, porém estas não são distintas, podendo o mesmo animal apresentar todas 
simultaneamente. 
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B. Animais infectados e portadores assintomáticos são importantes fontes de infecção. A disseminação do 
microrganismo no ambiente ocorre pelos alimentos, água e fômites, principalmente cochos e bebedouros. 
Lesões pulmonares crônicas, que se rompem nos brônquios e infectam as vias aéreas superiores e secreções 
orais e nasais, representam a mais importante via de excreção. 
C. O diagnóstico do mormo consiste na associação dos aspectos clínico – epidemiológicos, anátomo-
histopatológicos, isolamento bacteriano, inoculação em animais de laboratório, reação imunoalérgica 
(maleinização), testes sorológicos como a fixação do complemento e ELISA. 
D. O agente atinge a corrente sanguínea e se instala no coração e Sistema Nervoso Central, fazendo septicemia 
(forma aguda) e posteriormente, bacteremia (forma crônica). O microrganismo localiza-se no pulmões, mas a 
pele e a mucosa nasal também são sítios comuns de localização. 
E. O mormo é uma doença causada por uma bactéria antigamente conhecida como Pseudomonas mallei e mais 
recentemente designada como Burkholderia mallei. 
 
04. O mormo é uma importante zoonose, cuja letalidade dos casos clínicos humanos é alta. Com relação ao 
mormo, assinale a alternativa CORRETA: 
A. A infecção humana ocorre por contato com secreções e úlceras cutâneas de animais doentes, bem como 
através de objetos contaminados. A via de penetração do agente no ser humano envolve a pele e mucosas nasal 
e ocular. 
B. Também é conhecido como "AIDS Equina". 
C. O Mormo não está presente na Lista de Doenças de Notificação Obrigatória ao Serviço Veterinário Oficial da 
Instrução Normativa/MAPA nº 50, de 24/09/2013. 
D. Pode apresentar-se na forma aguda ou crônica, sendo que a primeira acomete mais os equinos e a forma 
crônica é mais comum em asininos e muares. 
E. Em equídeos a principal via de infecção é a respiratória, através de aerossóis. 
 
05. A prova de hipersensibilidade alérgica realizada na pálpebra inferior de equídeos suspeitos de estarem 
acometidos por mormo é a prova: 
A. sorológica. 
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B. da maleína. 
C. de fixação de complemento. 
D. da tuberculina. 
E. da imunodifusão em gel. 
 
06. O mormo é uma das principais doenças de notificação obrigatória que acomete os equídeos. A respeito do 
conhecimento que se tem sobre seus aspectos etiológicos, epidemiológicos, diagnóstico e controle, assinale a 
alternativa CORRETA: 
A. O mormo é uma doença infectocontagiosa que acomete, exclusivamente, os equídeos. 
B. B. mallei é um parasita obrigatório, bem adaptado ao seu hospedeiro e pode sobreviver no ambiente externo 
ao hospedeiro por vários anos. 
C. No Brasil, o mormo está presente em todas as regiões e quase todos os estados já diagnosticaram a doença 
com exceção para os estados do Acre e Amapá. 
D. A vacinação contra o mormo é realizada uma vez ao ano, seguindo os calendários oficiais. 
E. Uma vez diagnosticado, deve haver isolamento dos animais infectados e o tratamento é feito através de 
antibióticos de amplo espectro. 
 
07. Em relação ao diagnóstico de mormo, analise as afirmativas abaixo: 
I. Atualmente, os testes de triagem para o diagnóstico laboratorial do mormo são a Fixação de Complemento 
ou o ELISA. 
II. A maleinização intrapalpebral com o uso de Maleína PPD poderá ser empregada como teste complementar 
exclusivamente em equídeos com mais de 6 meses de idade e que apresentem sintomatologia clínica 
compatível. 
III. O teste complementar para o diagnóstico laboratorial do mormo é o Imunodifusão em gel de agar (IDGA). 
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas CORRETAS: 
A. Estão corretas apenas as afirmativas I e II. 
B. Estão corretas apenas as afirmativas II e III. 
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C. Estão corretas apenas as afirmativas I e III. 
D. Apenas a afirmativa I está correta. 
E. Todas as afirmativas estão corretas. 
 
08. Assinale a alternativa CORRETA com relação ao mormo: 
A. É uma doença infectocontagiosa piogranulomatosa e incurável que determina o aparecimento de lesões 
respiratórias, linfáticas e neurológicas. 
B. Na lista de diagnóstico diferencial de mormo, em equinos, incluem-se garrotilho, brucelose e leptospirose. 
C. Nos carnívoros, a via cutânea é a principal via de infecção, considerando-se a possibilidade de contato com 
carcaças infectadas. 
D. O agente etiológico do mormo é uma bactéria gram-negativa, móvel e anaeróbia facultativa. 
E. Suínos e bovinos são resistentes. 
 
09. O mormo, também conhecido como lamparão, é uma doença infectocontagiosa que acomete equídeos, 
podendo também ser contraída por outros animais como o cão, gato, bode e até o homem. Assinale, entre as 
opções abaixo, a alternativa CORRETA: 
A. Será considerado caso confirmado de mormo o equídeo que apresentar resultado diferente de negativo no 
teste sorológico de triagem realizado em laboratório credenciado. 
B. Será considerado caso suspeito de mormo o equídeo que apresentar resultado positivo no teste de triagem, 
estando o animal em uma unidade epidemiológica onde haja foco de mormo e apresentando quadro clínico 
compatível com mormo. 
C. Em relação ao teste da maleína, o teste intradermo-palpebral é o mais sensível, seguro e específico para 
detecção de solípedes infectados, quando comparado aos testes oftálmico e subcutâneo. 
D. Testes com base na reação em cadeia de polimerase apresentam alta sensibilidade para detecção da doença 
e atualmente são amplamente utilizados para o diagnóstico do mormo. 
E. Sorologicamente, o mormo é diagnosticado por meio de teste de fixação de complemento, empregando-se 
extratos bacterianos oleosos como antígenos. 
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10. Assinale a alternativa INCORRETA a respeito do mormo: 
A. Na forma crônica, os doentes podem aparecer com discreto catarro nasal (frequentemente de um lado só), 
fraqueza e alguns sinais de comprometimento dos pulmões e brônquios. 
B. Frequentemente, a forma cutânea se desenvolve pelo contato direto com lesões na pele. 
C. Os humanos e os animais carnívoros são hospedeiros acidentais. 
D. Nos muares e asininos, frequentemente acometidos pela forma aguda, a doença se inicia por febre, dispneia 
inspiratória, tosse e secreção nasal catarro-purulenta, às vezes, com presença de sangue. Quando se realiza 
uma inspeção mais detalhada podem se notar úlceras na parte inferior dos cornetos e do septo nasal. 
E. A forma cutânea inicia-se pelo aparecimento de nódulos endurecidos, principalmente na face medial dos 
membros posteriores e nos flancos do animal, seguido de flutuação de abscessos que se rompem e se ulceram, 
deixando áreas de alopecia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MORMO 
 
É uma doença infectocontagiosa piogranulomatosa e incurável que determina o aparecimento de lesões 
respiratórias, linfáticas e cutâneas. Em muitos casos, pode ocasionar corrimento nasal intenso, por isso, o 
mormo também é conhecido por catarro de burro, catarro de mormo, lamparão, garrotilho atípico ou cancro 
nasal. 
A gravidade dessa enfermidade é variável, podendo se manifestar de modo agudo, crônico ou latente. 
De acordo com a IN 50/2013 do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, o Mormo pertence ao 
grupo de doenças dos equídeos que requerem notificação imediata de qualquer caso suspeito. 
 
Etiologia e Patogenia 
Burkholderia mallei é uma bactéria intracelular facultativa que causa uma doença piogranulomatosa 
sistêmica denominada mormo. 
B. mallei são bastonetes gram-negativos com 0,5 μm de largura e de comprimento variável. Os bacilos podem 
ser vistos isoladamente, em pares, em feixes paralelos ou na forma de paliçada. Estrutura e composiçãoB. 
mallei produz uma cápsula de carboidrato. A parede celular é típica de bactéria gram-negativa, composta de 
lipopolissacarídio (LPS) e proteína. Como não é móvel, não produz flagelo (condição que a diferencia de B. 
pseudomallei, que é móvel). 
No que concerne às propriedades bioquímicas, não produz indol, nem hemólise em ágar-sangue-de-cavalo, 
nem pigmentos em meios de cultura, líquidos ou sólidos, e reduz nitrato. É pleomórfico, na dependência do 
tempo de cultura e do meio utilizado. 
É um microrganismo aeróbio, que cresce satisfatoriamente a 37°C, porém, em presença de nitrato comporta-
se como anaeróbio facultativo. Seu crescimento é lento nos meios de cultura comuns e é favorecido pela 
adição de glicerol. 
B. mallei é pouco resistente à dessecação, à luz, ao calor e aos desinfetantes químicos. Dificilmente sobrevive 
mais que um a dois meses no ambiente. 
 
Epidemiologia 
O Mormo outrora uma enfermidade cosmopolita de animais da família Equidae, continua sendo uma doença 
endêmica em países da Ásia, África e América do Sul. 
No Brasil, o mormo está presente em todas as regiões e quase todos os estados já diagnosticaram a doença 
com exceção para os estados do Acre e Amapá. 
É uma enfermidade que acomete, primariamente, equídeos. Pode, entretanto, acometer outros mamíferos 
domésticos, tais como caprinos, camelídeos, caninos e outros carnívoros, mesmo selvagens. Estes últimos 
contraem a doença por ingestão de carcaças contaminadas. Nos muares e asininos, mais susceptíveis, a 
doença se manifesta geralmente sob a forma aguda e, nos equinos, mais resistentes, sob a forma crônica. 
Em equídeos a principal via de infecção é a digestiva, através de alimentos e água contaminados. Outras vias, 
tais como a respiratória e a cutânea, são frequentemente menos envolvidas. Nos carnívoros a via digestiva 
é, também, a principal, considerando-se a possibilidade de ingestão de carcaças infectadas; as bactérias 
atravessam a mucosa da faringe e do intestino, alcançam a via linfática e, em seguida, a corrente sanguínea, 
alojando-se nos capilares linfáticos dos pulmões, onde formam focos inflamatórios, decorrentes da ação de 
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uma endotoxina. Além dos pulmões, a pele, a mucosa nasal e, menos frequentemente, outros órgãos podem 
estar comprometidos. A imunidade é predominantemente mediada por células. 
Raramente, a forma cutânea se desenvolve pelo contato direto com lesões na pele. A disseminação por 
inalação pode também ocorrer, mas este tipo de contaminação é considerado secundário. 
A doença assume maior importância nas situações em que existem aglomerações de equídeos. Nessas 
condições verifica-se um elevado índice de mortalidade e os poucos animais que sobrevivem passam por um 
longo período de convalescença, com frequente desenvolvimento do estado de portador. É raro que doentes 
tenham completa recuperação. 
Os cavalos com infecção crônica ou latente são os que mantêm a doença em certa área geográfica e 
contribuem para sua disseminação. Os humanos e os animais carnívoros são hospedeiros acidentais. 
A perpetuação da doença numa região depende de circunstâncias relacionadas ao meio ambiente e ao 
hospedeiro, tais como clima, umidade, aglomeração populacional, sobrecarga de trabalho, estresse e 
deficiência alimentar, além daquelas inerentes a variação da susceptibilidade da espécie animal. 
 
Sinais Clínicos 
A doença se caracteriza pela presença de infecção do trato superior do aparelho respiratório e, não 
raramente, provoca sintomas cutâneos, como nódulos e úlceras. 
Casos superagudos têm sido observados, sobretudo em animais já debilitados e submetidos a estresse. O 
período de incubação pode variar de alguns dias até vários meses. Nos muares e asininos, frequentemente 
acometidos pela forma aguda, a doença se inicia por febre, dispneia inspiratória, tosse e secreção nasal 
catarro-purulenta, às vezes, com presença de sangue. Quando se realiza uma inspeção mais detalhada 
podem se notar úlceras na parte inferior dos cornetos e do septo nasal. Posteriormente, observa-se aumento 
de tamanho dos linfonodos superficiais, tanto da cabeça, quanto de outras partes do corpo. Alguns animais 
deixam de se alimentar, desenvolvem pleuropneumonia e morrem rapidamente. 
Na forma crônica, que é mais comum nos equinos, os doentes podem aparecer com discreto catarro nasal 
(frequentemente de um lado só), fraqueza e alguns sinais de comprometimento dos pulmões e brônquios. 
Os animais doentes podem ter um ataque agudo e morrer ou permanecer portadores, aparentemente sãos, 
por vários anos. 
A forma cutânea inicia-se pelo aparecimento de nódulos endurecidos, principalmente na face medial dos 
membros posteriores e nos flancos do animal, seguido de flutuação de abscessos que se rompem e se 
ulceram, deixando áreas de alopecia. A presença, na maioria das vezes, de numerosos abscessos interligados 
pelos vasos linfáticos salientes, confere as lesões um aspecto de “rosário”. Em alguns animais observa-se 
apenas claudicação de um dos membros posteriores, que se mantém suspenso e semiflexionado, 
denominado de “posição-de-bailarina”. Neste caso, pode se desenvolver um grande edema, que se espalha 
por todo o membro. Com frequência, não se observa qualquer outra alteração clínica, nem 
anatomopatológica. 
Pode-se observar anemia com redução nos valores da série vermelha, leucocitose com neutrofilia e aumento 
nos níveis do fibrinogênio plasmático que podem alcançar valores superiores a 1000mg/dl. 
 
Patologia 
Os principais achados são: áreas de pneumonia, circulares ou não; abscessos pulmonares múltiplos, de 
tamanhos variados, formando cavidades, cujo conteúdo é um pus amarelo-acinzentado; espessamento da 
pleura e sinéquias. Nas fossas nasais encontram-se abscessos circulares, medindo 0,3-0,6cm de diâmetro, 
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acinzentados, ou ulcerações que se localizam no septo cartilaginoso e/ou nas conchas, as quais se curam, 
tomando a forma de cicatrizes estrelares; no baço, as lesões têm a forma de pequenas nodulações, medindo 
cerca de 1,5-2,0cm de diâmetro, e seu conteúdo é um material caseoso, de coloração amarelo-acinzentada; 
na pele, as lesões são semelhantes, com múltiplos abscessos, distensão dos vasos linfáticos e áreas de 
alopecia localizadas, frequentemente, no dorso, e ulcerações e edema de membros; em outros órgãos as 
lesões são menos frequentes, podendo ser vista, ainda, poliartrite. 
Microscopicamente a lesão se caracteriza por: nódulos irregulares, circundados por tecido conjuntivo 
fibroso; e infiltrado constituído, principalmente, de linfócitos, macrófagos e células gigantes, com um centro 
de necrose com presença de neutrófilos e, algumas vezes, áreas de calcificação. 
 
Diagnóstico 
O diagnóstico baseia-se nos achados clínicos, associados às informações epidemiológicas, achados 
anatomopatológicos e exames laboratoriais bacteriológicos que incluem inoculação em animais de 
laboratório, testes sorológicos, provas moleculares e teste alérgico pelo uso da maleína. 
Amostras de conteúdo nodular são cultivadas em ágar-sangue ou ágar glicerol. Podem ser submetidas a 
exame para bastonete gram-negativo e à imunofluorescência. 
Porquinhos-da-índia e hamsters são altamente suscetíveis às infecções fatais por cepas virulentas. 
Todos os isolados suspeitos devem ser enviados a um laboratório de referência qualificado. É importante a 
diferenciação de B. pseudomallei. 
Sorologicamente, o mormo é diagnosticado por meio de teste de fixação de complemento, empregando-se 
extratos bacterianos aquosos como antígenos. Em alguns países são utilizados teste imunoenzimático 
(ELISA), hemaglutinação indireta, contraimunoeletroforese, immunoblotting e teste de fluorescência 
indireta, para fins de diagnóstico. No entanto, o teste de fixação de complemento e o ELISA são aprovados 
para fins de comércio internacional de animais. O teste da maleína intradermopalpebral detecta a 
hipersensibilidade mediada por célula, que indica infecção,e tem sido o procedimento básico para a 
erradicação de mormo. Maleína é um extrato obtido pelo aquecimento de culturas em caldo antigas de B. 
mallei. 
Testes com base na reação em cadeia de polimerase apresentam alta sensibilidade para detecção da doença; 
no entanto, dada a alta variabilidade genética de B. pseudomallei, a diferenciação entre B. mallei e B. 
pseudomallei, utilizando técnicas baseadas no DNA, é complexa. 
Na lista de diagnóstico diferencial de mormo, em equinos, incluem-se garrotilho (Streptococcus equi), 
linfangite epizoótica (Histoplasma farciminosum), esporotricose (Sporothrix schenckii), linfangite ulcerativa 
(Corynebacterium pseudotuberculosis) e melioidose (B. pseudomallei). 
 
DIAGNÓSTIVO OFICIAL 
Testes Oficiais (Portaria 35/2018 – MAPA) 
Atualmente, os testes de triagem para o diagnóstico laboratorial do mormo são a Fixação de Complemento 
(FC) ou o ELISA (Enzyme-Linked Immunosorbent Assay). 
O teste complementar para o diagnóstico laboratorial do mormo é o Western Blotting – imunoblotting (WB). 
No entanto, a maleinização intrapalpebral com o uso de Maleína PPD poderá ser empregada como teste 
complementar exclusivamente em equídeos com menos de 6 (seis) meses de idade e que apresentem 
sintomatologia clínica compatível com o mormo, mediante autorização do DSA/SDA/MAPA. 
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Caso suspeito (IN 6/2018 – MAPA) 
Será considerado caso suspeito de mormo o equídeo que apresentar pelo menos uma das seguintes 
condições: 
I - resultado diferente de negativo no teste sorológico de triagem realizado em laboratório credenciado; 
II - quadro clínico compatível com o mormo ou diagnóstico clínico inconclusivo de doença respiratória ou 
cutânea, refratária a tratamentos prévios ou com recidivas; ou 
III - vínculo epidemiológico com caso confirmado da doença. 
 
Caso confirmado (IN 6/2018 – MAPA) 
Será considerado caso confirmado de mormo o equídeo que apresentar pelo menos uma das seguintes 
condições: 
I - apresentar resultado positivo nos testes de triagem e complementar de diagnóstico ou somente no teste 
complementar; 
II - resultado positivo no teste de triagem, estando o animal em uma unidade epidemiológica onde haja foco 
de mormo e apresentando quadro clínico compatível com mormo; ou 
III - detecção da bactéria Burkholderia mallei por meio de método microbiológico ou molecular. 
A ausência de detecção de Burkholderia mallei não anula o disposto nos incisos I e II. 
 
Teste da Maleína 
O teste da maleína consiste na inoculação intradermo-palpebral, oftálmica, ou subcutânea de um derivado 
protéico purificado. O teste intradermo-palpebral é o mais sensível, seguro e específico para detecção de 
solípedes infectados, quando comparado aos testes oftálmico e subcutâneo. É preciso esclarecer que a 
aplicação subcutânea interfere no diagnóstico sorológico. Os casos crônicos em equinos e os agudos em 
jumentos e muares podem resultar inconclusivos, requerendo, portanto, outros processos de diagnósticos, 
adicionalmente. 
 
CONTROLE E PROFILAXIA 
Como consequência da medida de defesa sanitária de sacrifício obrigatório dos animais infectados, o 
tratamento não tem recomendação prática. Não existem vacinas disponíveis, comercialmente. 
Os procedimentos de erradicação da doença consistem na identificação dos animais infectados, por meio de 
provas alérgicas e/ou sorológicas, e no sacrifício dos reagentes, sendo de capital importância a desinfecção 
paralela das instalações e utensílios. 
Para desinfecção, recomenda-se cloreto de benzalcônio, hipoclorito de 
sódio, iodo, cloreto de mercúrio em álcool, e permanganato de potássio. O fenol é menos efetivo e o lisol 
ineficaz. 
O trânsito intramunicipal, intra-estadual e internacional deve ser rigorosamente controlado para evitar que 
animais com a infecção latente sejam comercializados de áreas onde ocorra mormo para áreas livres da 
doença. Fazendas ou outros centros de equídeos devem ser mantidos sob rigorosa quarentena, por até seis 
meses ou mais, se possível, quando houverem casos confirmados. 
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Importância Em Saúde Pública 
Atualmente, a infecção em humanos é rara. Na Ásia, as cepas procedentes de áreas onde a doença persiste, 
em equídeos, são de virulência atenuada para humanos. 
Humanos contraem a infecção por contato direto com o fluxo nasal, secreções das úlceras cutâneas, quando 
manipulam animais suspeitos, ou reconhecidamente infectados, principalmente, quando se encontram 
aglomerados. Pode ocorrer, também, infecção por contato com fômites (materiais e utensílios 
contaminados). 
A pele e as mucosas nasal e ocular são as vias de penetração. O período de incubação varia de 1-14 dias. 
A enfermidade manifesta-se por inflamação dolorosa e aparecimento de vesículas, nódulos e úlceras no local 
da infecção, além de linfangite e linfadenopatia regional. Assim, como nos animais, a infecção tende a se 
localizar nos pulmões e nas mucosas de nariz, laringe e traqueia, podendo ser observada broncopneumonia. 
Nos casos agudos predomina um fluxo mucopurulento do nariz e a letalidade pode ser de até 95%, em 3 
semanas. Nos casos crônicos podem ocorrer lesões nodulares granulomatosas nos pulmões ou abscedação 
pelo corpo. 
Têm sido descritos casos de infecção latente, que se tem manifestado, clinicamente, depois de muitos anos. 
Ocorrem infecções subclínicas, que são descobertas, somente, à necropsia. 
De modo geral, deve-se tomar precauções para prevenir a transmissão da bactéria para humanos ou para 
outros equídeos quando se manipulem animais suspeitos, ou reconhecidamente infectados, ou fômites. 
A prevenção dos casos humanos baseia-se na erradicação da doença entre os equídeos. 
 
Bibliografia 
CRMV-PR, CRMV-RS, CRMV-SC. Manual de Zoonoses Volume II [recurso eletrônico].2ª Edição, 2011. 
Microbiologia de Brock [recurso eletrônico] / Michael T. Madigan ... [et al.] ; [tradução : Alice Freitas Versiani 
... [et al.] ; revisão técnica: Flávio Guimarães da Fonseca]. – 14. ed. – Porto Alegre : Artmed, 2016. 
Doenças de ruminantes e equinos/ Franklin Riet- Correa, Ana Lucia Schild, Maria del Carmen Méndez, Ricardo 
A. A. Lemos [et al]. - São Paulo: Livraria. Varela, 2001. Vol. I, 426 p. 1. Ruminantes - Doenças. 2. Equinos - 
Doenças. I. Riet-Correa, Franklin. II. Schild, Ana Lucia. III. Méndez, Maria del Carmen. IV. Lemos Ricardo 
McVey, Scott. Microbiologia veterinária / Scott McVey, Melissa Kennedy, M. M. Chengappa ; tradução José 
Jurandir Fagliari. 3.ed. Rio de Janeiro :Guanabara Koogan, 2016. 
BRASIL. MAPA. INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 6, DE 16 DE JANEIRO DE 2018. Aprova as Diretrizes Gerais para 
Prevenção, Controle e Erradicação do Mormo no Território Nacional, no âmbito do Programa Nacional de 
Sanidade dos Equídeos (PNSE). 
BRASIL. MAPA. PORTARIA Nº 35, DE 17 DE ABRIL DE 2018. Definição dos testes laboratoriais para o 
diagnóstico do mormo. 
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QUESTÕES SOBRE MORMO PARA 
MÉTODO SOMA 
 
01. Agente etiológico causador do mormo em equídeos: 
A. Lentivírus da família Retroviridae. 
B. Burkholderia pseudomallei. 
C. Corynebacterium pseudotuberculosis. 
D. Burkholderia mallei. 
E. Streptococcus equi. 
 
02. Assinale a alternativa que apresenta um material infectante de grande importância para a transmissão do 
mormo entre os equídeos: 
A. Urina. 
B. Fezes. 
C. Catarro nasal. 
D. Corrimentos vaginais. 
E. Sangue. 
 
03. O mormo é uma enfermidade infectocontagiosa, considerada uma das mais antigas doenças dos equídeos, 
descrita por Aristóteles e Hipócrates nos séculos III e IV a.C. Com relação ao "Mormo", assinale a alternativa 
INCORRETA. 
A. Os sinais clínicos mais frequentes são febre, tosse e corrimento nasal. Inicialmente, as lesões nodulares 
evoluem para úlceras que após a cicatrização formam lesões em forma de estrelas. Estas lesões ocorrem com 
maior frequência na fase crônica da doença, que é caracterizada por três formas de manifestação clínica: a 
cutânea, linfática e respiratória,porém estas não são distintas, podendo o mesmo animal apresentar todas 
simultaneamente. 
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B. Animais infectados e portadores assintomáticos são importantes fontes de infecção. A disseminação do 
microrganismo no ambiente ocorre pelos alimentos, água e fômites, principalmente cochos e bebedouros. 
Lesões pulmonares crônicas, que se rompem nos brônquios e infectam as vias aéreas superiores e secreções 
orais e nasais, representam a mais importante via de excreção. 
C. O diagnóstico do mormo consiste na associação dos aspectos clínico – epidemiológicos, anátomo-
histopatológicos, isolamento bacteriano, inoculação em animais de laboratório, reação imunoalérgica 
(maleinização), testes sorológicos como a fixação do complemento e ELISA. 
D. O agente atinge a corrente sanguínea e se instala no coração e Sistema Nervoso Central, fazendo septicemia 
(forma aguda) e posteriormente, bacteremia (forma crônica). O microrganismo localiza-se no pulmões, mas a 
pele e a mucosa nasal também são sítios comuns de localização. 
E. O mormo é uma doença causada por uma bactéria antigamente conhecida como Pseudomonas mallei e mais 
recentemente designada como Burkholderia mallei. 
 
04. O mormo é uma importante zoonose, cuja letalidade dos casos clínicos humanos é alta. Com relação ao 
mormo, assinale a alternativa CORRETA: 
A. A infecção humana ocorre por contato com secreções e úlceras cutâneas de animais doentes, bem como 
através de objetos contaminados. A via de penetração do agente no ser humano envolve a pele e mucosas nasal 
e ocular. 
B. Também é conhecido como "AIDS Equina". 
C. O Mormo não está presente na Lista de Doenças de Notificação Obrigatória ao Serviço Veterinário Oficial da 
Instrução Normativa/MAPA nº 50, de 24/09/2013. 
D. Pode apresentar-se na forma aguda ou crônica, sendo que a primeira acomete mais os equinos e a forma 
crônica é mais comum em asininos e muares. 
E. Em equídeos a principal via de infecção é a respiratória, através de aerossóis. 
 
05. A prova de hipersensibilidade alérgica realizada na pálpebra inferior de equídeos suspeitos de estarem 
acometidos por mormo é a prova: 
A. sorológica. 
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B. da maleína. 
C. de fixação de complemento. 
D. da tuberculina. 
E. da imunodifusão em gel. 
 
06. O mormo é uma das principais doenças de notificação obrigatória que acomete os equídeos. A respeito do 
conhecimento que se tem sobre seus aspectos etiológicos, epidemiológicos, diagnóstico e controle, assinale a 
alternativa CORRETA: 
A. O mormo é uma doença infectocontagiosa que acomete, exclusivamente, os equídeos. 
B. B. mallei é um parasita obrigatório, bem adaptado ao seu hospedeiro e pode sobreviver no ambiente externo 
ao hospedeiro por vários anos. 
C. No Brasil, o mormo está presente em todas as regiões e quase todos os estados já diagnosticaram a doença 
com exceção para os estados do Acre e Amapá. 
D. A vacinação contra o mormo é realizada uma vez ao ano, seguindo os calendários oficiais. 
E. Uma vez diagnosticado, deve haver isolamento dos animais infectados e o tratamento é feito através de 
antibióticos de amplo espectro. 
 
07. Em relação ao diagnóstico de mormo, analise as afirmativas abaixo: 
I. Atualmente, os testes de triagem para o diagnóstico laboratorial do mormo são a Fixação de Complemento 
ou o ELISA. 
II. A maleinização intrapalpebral com o uso de Maleína PPD poderá ser empregada como teste complementar 
exclusivamente em equídeos com mais de 6 meses de idade e que apresentem sintomatologia clínica 
compatível. 
III. O teste complementar para o diagnóstico laboratorial do mormo é o Imunodifusão em gel de agar (IDGA). 
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas CORRETAS: 
A. Estão corretas apenas as afirmativas I e II. 
B. Estão corretas apenas as afirmativas II e III. 
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C. Estão corretas apenas as afirmativas I e III. 
D. Apenas a afirmativa I está correta. 
E. Todas as afirmativas estão corretas. 
 
08. Assinale a alternativa CORRETA com relação ao mormo: 
A. É uma doença infectocontagiosa piogranulomatosa e incurável que determina o aparecimento de lesões 
respiratórias, linfáticas e neurológicas. 
B. Na lista de diagnóstico diferencial de mormo, em equinos, incluem-se garrotilho, brucelose e leptospirose. 
C. Nos carnívoros, a via cutânea é a principal via de infecção, considerando-se a possibilidade de contato com 
carcaças infectadas. 
D. O agente etiológico do mormo é uma bactéria gram-negativa, móvel e anaeróbia facultativa. 
E. Suínos e bovinos são resistentes. 
 
09. O mormo, também conhecido como lamparão, é uma doença infectocontagiosa que acomete equídeos, 
podendo também ser contraída por outros animais como o cão, gato, bode e até o homem. Assinale, entre as 
opções abaixo, a alternativa CORRETA: 
A. Será considerado caso confirmado de mormo o equídeo que apresentar resultado diferente de negativo no 
teste sorológico de triagem realizado em laboratório credenciado. 
B. Será considerado caso suspeito de mormo o equídeo que apresentar resultado positivo no teste de triagem, 
estando o animal em uma unidade epidemiológica onde haja foco de mormo e apresentando quadro clínico 
compatível com mormo. 
C. Em relação ao teste da maleína, o teste intradermo-palpebral é o mais sensível, seguro e específico para 
detecção de solípedes infectados, quando comparado aos testes oftálmico e subcutâneo. 
D. Testes com base na reação em cadeia de polimerase apresentam alta sensibilidade para detecção da doença 
e atualmente são amplamente utilizados para o diagnóstico do mormo. 
E. Sorologicamente, o mormo é diagnosticado por meio de teste de fixação de complemento, empregando-se 
extratos bacterianos oleosos como antígenos. 
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10. Assinale a alternativa INCORRETA a respeito do mormo: 
A. Na forma crônica, os doentes podem aparecer com discreto catarro nasal (frequentemente de um lado só), 
fraqueza e alguns sinais de comprometimento dos pulmões e brônquios. 
B. Frequentemente, a forma cutânea se desenvolve pelo contato direto com lesões na pele. 
C. Os humanos e os animais carnívoros são hospedeiros acidentais. 
D. Nos muares e asininos, frequentemente acometidos pela forma aguda, a doença se inicia por febre, dispneia 
inspiratória, tosse e secreção nasal catarro-purulenta, às vezes, com presença de sangue. Quando se realiza 
uma inspeção mais detalhada podem se notar úlceras na parte inferior dos cornetos e do septo nasal. 
E. A forma cutânea inicia-se pelo aparecimento de nódulos endurecidos, principalmente na face medial dos 
membros posteriores e nos flancos do animal, seguido de flutuação de abscessos que se rompem e se ulceram, 
deixando áreas de alopecia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GABARITO 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 
D C D A B C D E C B 
 
 
 x 10 = 
Nº acertos depois da leitura - Nº acertos antes da leitura x 10 = % acréscimo de conhecimento 
 
 
 
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ETIOLOGIA
CARACTERÍSTICAS INATIVAÇÃO
HOSPEDEIROS
TRANSMISSÃO
FONTES DO VÍRUS SINAIS CLÍNICOSDIAGNÓSTICO
PREVENÇÃO E
PROFILAXIA
Vacina inativada (com
adjuvante oleoso).
Vírus; Família Picornaviridae;
Gênero Aphthovirus; 7
sorotipos: A, O, C, SAT1, SAT2,
SAT3, Asia1
Febre aftosa
Nucleocapsídeo icosaédrico;
Não envelopado; RNA fita
simples polaridade positiva; 4
proteínas estruturais: VP1,
VP2, VP3 e VP4
Temperatura > 50ºC; pH < 6,0
e > 9,0.
Subordem Ruminantia;
Família Suidae; Ordem
Artiodactyla; Camelus
bactrianus.
Contato direto ou indireto
(gotículas); Veículos
animados e inanimados;
Vírus aerotransportado. Ar expirado, saliva, fezes e
urina; Leite e sêmen; Carne e
produtos derivados.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO
2 a 14 dias.
Bovinos - febre, anorexia,
redução da produção de leite,
ranger de dentes, salivação
excessiva, vesículas e erosões
nas mucosas bucais e nasais,
casco e glândula mamáriaOvinos e caprinos - lesões
menos pronunciadas
Suínos - graves lesões nas patas
Identificação do agente:
ELISA, Fixação de
Complemento (FC),
isolamento viral
Sorologia: ELISA e prova de
neutralização viral
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Qual é a
imunogênica?
Febre aftosa
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ETIOLOGIA
CARACTERÍSTICAS RESISTÊNCIA
HOSPEDEIROS
TRANSMISSÃO
FONTES DO VÍRUS
SINAIS CLÍNICOSDIAGNÓSTICO
PREVENÇÃO E
PROFILAXIA
Até 21 dias.
Não há tratamento
específico. Vacinas não
disponíveis no mercado.
Vírus; Família Rhabdoviridae;
Gênero Vesiculovirus; 2
sorogrupos: New Jersey
(VSNJV) e Indiana (VSIV).
Nucleocapsídeo helicoidal;
RNA fita simples polaridade
negativa; 5 polipeptídeos: L,
G, N, NS e M.
Inativado: 58ºC por 30
minutos; Estável: pH 4 a 10;
Sobrevive por grandes
períodos a baixas
temperaturas.
Humanos (zoonose de baixo
impacto). Hospedeiros
domésticos: equídeos,
bovídeos, suídeos.
Hospedeiros selvagens:
veado e pequenos
mamíferos dos trópicos.
Via cutânea ou por mucosas;
Por artrópodes
(Phlebotomus,
 Aedes etc..).
Saliva, exsudado ou epitélio
de vesículas abertas; Vetores;
Solo e plantas.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO
Semelhantes à febre aftosa;
Salivação excessiva, vesículas
na boca, tetos e patas.
Identificação do agente:
isolamento viral, Fixação de
Complemento (FC), ELISA,
provas de neutralização.
Sorologia: neutralização viral,
ELISA, Fixação de
Complemento (FC).
Estomatite vesicular 
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ETIOLOGIA
Vírus da raiva (RabV); Família
Rhabdoviridae; Gênero
Lyssavirus; Variantes
identificadas no Brasil: 2
(cães), 3 (Desmodus
rotundus), 4 (Tadarida
brasiliensis), 5 (Morcegos
hematófagos em outros
países), 5 (Lasiurus cinereus).
CARACTERÍSTICAS
Nucleocapsídeo helicoidal;
RNA fita simples; Envelopado.
RESISTÊNCIA
Inativado: 80ºC em 2 minutos
e 30ºC (à luz solar) em 14 dias
Estável: pH > 5 e < 10. Pouco
resistente aos agentes
químicos, físicos e condições
ambientais.
CICLOS
Ciclo urbano: cães e gatos; Ciclo
aéreo: morcegos; Ciclo rural:
herbívoros, principalmente
bovinos e equinos. Ciclo
silvestre: espécies silvestres.
TRANSMISSÃO
Inoculação do vírus em
tecidos por meio da saliva
(mordedura, feridas, lesões de
continuidade); Formas raras:
via oral ou nasal, aerossóis,
transplante de córnea. 
PATOGENIA
Movimento centrípeto: para o
SNC; Movimento centrífugo:
do SNC para o SNP; Presença
de corpúsculos de Negri.
SINAIS CLÍNICOS
Mudanças de comportamento,
sinais neurológicos, paralisia
progressiva, morte.
PERÍODO DE
TRANSMISSIBILIDADE
Cães e gatos: vírus detectado 2
a 4 dias antes do aparecimento
dos sinais clínicos na saliva
(morte: 5 a 7 dias após os
sinais). Código Sanitário para
Animais Terrestres da OIE: 15
dias antes do aparecimento dos
sinais clínicos até a morte do
animal (carnívoros domésticos).
Ser humano: 20 a 60 dias.
Cães: 3 a 8 semanas 
Bovinos: 20 a 165 dias
(experimentalmente
espoliados por morcegos), 60
a 75 dias (condições de
campo) e 25 a 611
(experimentalmente
inoculados via IM)
Código Sanitário para
Animais Terrestres da OIE: 6
meses.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO
DIAGNÓSTICO
Identificação imunoquímica
do antígeno viral:
imunofluorescência direta
(IFD); Isolamento viral:
inoculação em camundongos
ou cultura celular.
PREVENÇAO E
PROFILAXIA 
Vacina inativada (2 ml)
Raiva
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163
ETIOLOGIA
CARACTERÍSTICAS
RESISTÊNCIA
DIAGNÓSTICO
TRANSMISSÃO
FONTES DO VÍRUS
SINAIS CLÍNICOS
PATOGENIACONTROLE
Implementação de uma
rotina de testes
tuberculínicos.
Abate de animais reagentes.
Bactéria Mycobacterium
bovis; Família
Mycobacteriaceae; Gênero
Mycobacterium; Complexo
M. tuberculosis: M.
tuberculosis, M. bovis e M.
africanum; Complexo MAIS:
M. avium, M. intracellulare e
M. scrofulaceum. 
Bastonetes curtos, aeróbicos,
imóveis, não capsulados, não
flagelados; Álcool-ácido
resistentes.
Sobrevive por vários meses
em estábulos ao abrigo da
luz.
Mais utilizados: reação
tuberculínica, bacteriologia e
histopatologia. Possuem
valor relativo: diagnóstico
clínico, bacteriológico e
sorológico.
Via respiratória (aerossóis);
Via oral; Formas raras:
transmissão transplacentária,
sexual e infecção cutânea.
Ar expirado, fezes e urina,
leite e outros fluidos
corporais.
Estágios avançados: caquexia
progressiva, hiperplasia de
linfonodos, dispneia, tosse,
mastite e infertilidade.
Formas de generalização:
miliar e protraída; Lesões
macroscópicas: coloração
amarelada (bovinos) ou
esbranquiçada (búfalos),
nódulos de 1 a 3 cm, aspecto
purulento ou caseoso, com
cápsula fibrosa, podendo
apresentar necrose de
caseificação no centro da
lesão ou calcificação nos casos
mais avançados. Lesões não
são patognomônicas.
TESTES DE
TUBERCULINIZAÇÃO
Modalidades: prega caudal,
cervical simples e cervical
comparativo.
Tuberculose bovina
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164
ETIOLOGIA
CARACTERÍSTICAS
RESISTÊNCIA
DIAGNÓSTICO
TRANSMISSÃO
FONTES DO VÍRUS
SINAIS CLÍNICOS
PATOGENIA
CONTROLE
Abate de animais positivos
Vacinação de bezerras (3 a 8
meses)
Vacinas: B19 (amostra lisa) e
RB51 (amostra rugosa).
Bactérias gênero Brucella.
Principais: Brucella abortus
(bovinos e bubalinos),
Brucella melitensis (caprinos
e ovinos), Brucella suis
(suínos), Brucella ovis
(ovinos), Brucella canis (cães)
Cocobacilos Gram-negativos,
imóveis. Morfologia lisa ou
rugosa. Parasitas
intracelulares facultativos. 
Métodos diretos: isolamento e
identificação do agente, imuno-
histoquímica, PCR
Métodos indiretos: Antígeno
Acidificado Tamponado (AAT),
Anel em Leite (TAL), 2-
Mercaptoetanol (2-ME) e
Fixação de Complemento (FC).
Mucosa oral ou nasal
Inseminação artificial
Coito (pouca importância
para bovinos/bubalinos).
Fluidos e anexos fetais, leite e
sêmen.
Fêmeas: aborto (terço final - 7º
mês), natimortos ou bezerros
fracos, retenção de placenta e
redução da produção de leite.
Machos: orquite, lesões
articulares. Seres humanos:
febre, sudorese noturna, dores
musculares e articulares.
Localizações preferenciais:
linfonodos, baço, fígado,
aparelho reprodutor
masculino, úbere e útero.
Tropismo por eritritol.Meses ou anos.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO
Condição ambiental Tempo de sobrevivência
Luz solar direta 4 - 5 horas
 
Solo
seco
úmido
a baixas temperaturas
4 dias
65 dias
151 - 185 dias
Fezes 120 dias
 
Dejetos
potável
poluída
5 - 114 dias
30 - 150 dias
Feta à sombra 180 dias
Exsudato uterino 200 dias
Resistência de Brucella sp em algumas condições ambientais
Brucelose bovina
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165
ETIOLOGIA
CARACTERÍSTICAS RESISTÊNCIA
TRANSMISSÃO
Resistentes a desinfetantes,
calor, radiação ultravioleta,
micro-ondas ou radiação
ionizante. Inativação física:
autoclave de carga porosa a
134°C por 18 minutos a 30 lb/in²
PATOGENIA
SINAIS CLÍNICOS
DIAGNÓSTICO
PREVENÇÃO
MER
Príons; 
Animais: Scrapie, a
Encefalopatia Espongiforme
Bovina (EEB), Encefalopatia
Espongiforme felina (EEF),
Encefalopatia Transmissível
do Visão (ETV, Scrapie do
Visão) e a Enfermidade
Debilitante Crônica (EDC).
Humanos: variantes da
doença de Creutzfeldt-Jakob.
Proteínas infecciosas; EEB:
forma clássica e atípica (H-
EEB e L-EEB); Scrapie: forma
clássica e atípica (Nor98).
EEB clássica: ingestão de
alimentos contaminados
Scrapie clássico: diretamente
entre animais ou
indiretamente via ambiente 
Formas atípicas: mutação
espontânea da proteína
normal
Variantes da doença de
Creutzfeldt-Jakob: ingestão
de príons de EEB
Meses a anos.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO
Não há lesões patognomônicas;
Lesão: usualmente simétrica e
bilateral, mudanças
espongiformes não
inflamatórias, com
vacuolização neuronal e
variados graus de astrocitose.
Mudanças no comportamento,
sinais neurológicos, prurido
intenso (Scrapie clássico). Western blotting e Imuno-
histoquímica.
Não alimentação das
espécies susceptíveis com
tecidos que possam conter
príons.
Bovinos/bubalinos: tonsilas
(palatinas e linguais), íleo
distal, encéfalo, medula
espinhal, olhos. 
Caprinos/ovinos: cabeça
(excluídos a língua e os
músculos) - olhos, tonsilas
palatinas e linguais, encéfalo
e as partes ósseas, medula
espinhal, baço.
Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis 
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ETIOLOGIA
CARACTERÍSTICAS
Anemia Infecciosa Equina
RESISTÊNCIA
HOSPEDEIROS
TRANSMISSÃO
Família Equidae
FONTES DO VÍRUS
SINAIS CLÍNICOS
DIAGNÓSTICO
PREVENÇÃO E
CONTROLE
Vírus da anemia infecciosa
equina (VAIE)
Família Retroviridae
Gênero Lentivirus
RNA fita simples;
Envelopado. 
Facilmente destruídos pela
maioria dos desinfetantes
comuns.
Insetos picadores: Família
Tabanidae (especialmente
Tabanus spp. e Hybomitra
spp.), mosca dos cervos
(Chrysops spp.) e moscas dos
estábulos (Stomoxys
calcitrans).
Outras formas: transfusões
sanguíneas, agulhas
contaminadas, instrumentos
cirúrgicos, desbastadores de
dentes e durante a gestação.
Sangue; Pode ser encontrado
no leite e sêmen.
1 semana a 45 dias ou mais.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO
Forma aguda: febre, depressão,
inapetência, icterícia,
taquipneia, taquicardia, edema
ventral, trombocitopenia,
petéquias, epistaxe ou fezes
manchadas com sangue.
Forma crônica: febre crescente,
depressão, petéquias, perda de
peso, anemia, edema, lesões
oftálmicas. 
Cavalos são mais propensos a
desenvolverem sinais clínicos
do que jumentos e mulas.
Triagem: ELISA
Complementar: Teste da
imunodifusão em ágar gel
(IDGA ou Coggins) ou Western
blooting; Outros testes: RT-PCR,
isolamento viral.
Não há vacina disponível
Isolamento ou sacrifício de
animais infectados 
Repelentes e estábulos à
prova de insetos.
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167
ETIOLOGIA
Mormo
CARACTERÍSTICAS
RESISTÊNCIA
HOSPEDEIROS
EPIDEMIOLOGIA
TRANSMISSÃO
FONTES DO VÍRUS
SINAIS CLÍNICOS
DIAGNÓSTICO
Não há vacina disponível
Sacrifício de animais
infectados.
Bactéria Burkholderia mallei
Bastonetes gram-
negativos. Bactéria
intracelular facultativa,
imóvel, aeróbia.
Crescimento lento em
meios de cultura.
Pouco resistente à
dessecação, à luz, ao calor e
aos desinfetantes químicos. 
Dificilmente sobrevive mais
que um a dois meses no
ambiente.
Família Equidae
Outros mamíferos 
Seres humanos
(hospedeiros acidentais).
Muares e asininos:
geralmente desenvolvem a
forma aguda.
Equinos: geralmente
desenvolvem a forma
crônica.
Via digestiva (alimentos e
água contaminados) Menos
 frequentes: via respiratória
 
e
 cutânea.
Descargas do trato
respiratório; Lesões de pele
ulcerada de animais
infectados.
Alguns dias até vários meses.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO
Lesões respiratórias, linfáticas e
cutâneas.
Forma aguda: febre, dispneia
inspiratória, tosse e secreção
nasal catarro-purulenta,
úlceras, aumento dos
linfonodos. 
Forma crônica: discreto catarro
nasal (frequentemente
unilateral), fraqueza e sinais de
comprometimento dos
pulmões e brônquios;
abscessos interligados pelos
vasos linfáticos (“rosário”),
claudicação (“posição-de-
bailarina”), edema. 
Triagem: ELISA e Fixação de
complemento (FC)
Complementar: Western
Blotting, Maleinização
intrapalpebral (equídeos < 6
meses e sintomatologia 
compatível, com autorização 
do DSA/SDA/MAPA )
PREVENÇÃO E
CONTROLE
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168
QUESTÕES COMENTADAS SOBRE FEBRE AFTOSA 
 
01. O Brasil erradicou a Febre Aftosa em todo o país com reconhecimento internacional da OMSA (Organização 
Mundial de Saúde Animal) no ano de 2018. O vírus causador da Febre Aftosa pertence à família: 
A. Adenoviridae. 
B. Rhabdoviridae. 
C. Flaviviridae. 
D. Papillomaviridae. 
E. Picornaviridae. 
 
GABARITO: E 
A Febre Aftosa é causada pelo vírus da Febre Aftosa (FMDV) que pertence à família Picornaviridae e gênero 
Aphthovirus. O Brasil foi reconhecido pela OMSA (Organização Mundial de Saúde Animal) como um país livre 
da Febre Aftosa sem vacinação em 2018, o que é uma grande conquista para o país, pois a Febre Aftosa é uma 
doença altamente contagiosa que pode causar grandes prejuízos econômicos para a indústria pecuária. 
 
02. A febre aftosa é uma doença vírica que provoca feridas na boca e nas patas de animais suscetíveis. O 
controle dessa doença é realizado pela vacinação dos animais suscetíveis e/ou pelo abate desses animais nos 
quais a vacinação não é realizada, segundo o nível sanitário da região. O Brasil desenvolve um abrangente 
programa sanitário contra essa doença. Em relação ao controle da febre aftosa, é correto afirmar que: 
A. Os estados do Amapá, Roraima, partes do Amazonas e do Pará (antigas zonas de proteção) foram 
reconhecidos como livres de febre aftosa com vacinação, sendo incorporados à zona livre já consolidada no País 
em maio de 2018. 
B. Desde o ano de 2017, no estado de Santa Catarina, retornou a obrigatoriedade da vacinação dos bovinos 
contra a febre aftosa. 
C. Na região da Campanha do Rio Grande do Sul, onde predomina a criação extensiva de bovinos de corte, a 
vacinação contra a febre aftosa é realizada com o emprego da vacina monovalente. 
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169
D. Nos estados da região nordeste do Brasil, as vacinas que contêm os tipos SAT1, SAT2, SAT3 e Ásia são mais 
indicadas, pois a proteção também é estendida para os caprinos e ovinos deslanados. 
E. O Brasil, sob a coordenação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e com a 
participação dos serviços veterinários estaduais e do setor agro produtivo, erradicou a febre aftosa em todo o 
país, com reconhecimento internacional da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) desde o ano de 
2015. 
 
GABARITO: A 
Em 2018 a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) reconheceu os estados do Amapá, Roraima, partes 
do Amazonas e do Pará como livres de febre aftosa com vacinação, sendo incorporados à zona livre já 
consolidada no País. 
B: SC é reconhecida como livre de febre aftosa sem vacinação desde 2017. 
C: RS é reconhecido como zona livre de febre aftosa sem vacinação desde 2021. 
D: No Brasil, é utilizada a vacina inativada, bivalente, formulada com as cepas virais A24 Cruzeiro e O1 Campos, 
com adjuvante oleoso. Além disso, é proibida a vacinação de outras espécies animais suscetíveis, exceto quando 
autorizado pelo MAPA. 
E: O reconhecimento internacional da OMSA somente ocorreu em maio de 2018. 
 
03. A febre aftosa, doença altamente contagiosa e de grande impacto econômico, é uma enfermidade de 
animais _________________, como os ___________ e ______________. 
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho acima. 
A. solípedes – equinos – muares 
B. felinos – guepardos – onça pintada 
C. carnívoros – cães – hienas 
D. biungulados – bovinos – suínos 
E. biungulados – asininos – muares 
 
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170
GABARITO: D 
A Febre Aftosa, também conhecida por “Foot and Mouth Disease”, acomete naturalmente animais biungulados 
domésticos e selvagens como: bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos, suínos, javalis, capivaras, cervídeos, bisões, 
búfalos africanos, elefantes, girafas, lhamas, alpacas, camelos bactrianos, entre outros. 
 
04. A febre aftosa é uma doença infecciosa aguda que causa febre, seguida do aparecimento de vesículas (aftas), 
principalmente na boca e nos pés de animais de casco fendido. Quanto a esse tema, analise as afirmativas 
seguintes, marque C (certo) ou E (errado) e assinale a alternativa correta: 
( ) O vírus está presente em grande quantidade no epitélio e fluído das vesículas. Também pode ser encontrado 
na saliva, no leite e nas fezes dos animais afetados. 
( ) A doença é transmitida pela movimentação de animais, pessoas, veículos e outros objetos contaminados 
pelo vírus. 
( ) Calçados, roupas e mãos das pessoas que lidaram com animais doentes também podem transmitir o vírus. 
( ) Atualmente, no Brasil, são encontradas basicamente 3 categorias, conforme o status sanitário: Zona livre 
sem vacinação (Estado de SC), Zona infectada (Estados do AM, AP e RR) e Zona livre com vacinação (restante 
do país). 
( ) Entre as estratégias do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA) estão o fortalecimento 
das estruturas dos serviços veterinários oficiais e da infraestrutura para diagnóstico, cadastramento do setor 
agropecuário, aprimoramento dos mecanismos de vigilância, etapas de vacinação sistemáticanas zonas livres 
com vacinação, manutenção de programas de educação e comunicação em saúde animal, promoção e 
consolidação da participação comunitária. 
A. E – C – E – C – C. 
B. C – C – C – C – E. 
C. C – C – C – E – C. 
D. C – C – E – E – C. 
E. E – C – C – E – E. 
GABARITO: C 
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171
(C) O vírus está presente em grande quantidade no epitélio e fluído das vesículas. Também pode ser encontrado 
na saliva, no leite e nas fezes dos animais afetados. 
(C) A doença é transmitida pela movimentação de animais, pessoas, veículos e outros objetos contaminados 
pelo vírus. 
(C) Calçados, roupas e mãos das pessoas que lidaram com animais doentes também podem transmitir o vírus. 
(E) Atualmente, no Brasil, são encontradas basicamente 3 categorias, conforme o status sanitário: Zona livre 
sem vacinação (Estado de SC), Zona infectada (Estados do AM, AP e RR) e Zona livre com vacinação (restante 
do país). 
Atualmente, no Brasil, existem 2 categorias, conforme o status sanitário: Zona livre sem vacinação (SC, RS, PR, 
RO, AC e parte do AM e MT) e Zona livre com vacinação (restante do país). 
(C) Entre as estratégias do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA) estão o fortalecimento 
das estruturas dos serviços veterinários oficiais e da infraestrutura para diagnóstico, cadastramento do setor 
agropecuário, aprimoramento dos mecanismos de vigilância, etapas de vacinação sistemática nas zonas livres 
com vacinação, manutenção de programas de educação e comunicação em saúde animal, promoção e 
consolidação da participação comunitária. 
 
05. Sobre a febre aftosa, doença de notificação compulsória, assinale (V) para verdadeiro, (F) para falso nas 
afirmativas abaixo: 
( ) Em bovinos, é uma doença que requer notificação mensal de qualquer caso confirmado. 
( ) Uma das principais características da patogênese é a facilidade com que o vírus pode ser transportado, não 
apenas por animais infectados e seus produtos, mas também mecanicamente por seres humanos e outros 
animais. 
( ) As lesões ocorrentes na mucosa oral produzem salivação excessiva e tornam difícil a ingestão de alimentos 
e água. 
( ) As lesões são restritas à mucosa oral, formando pequenas vesículas, denominadas aftas. 
( ) No diagnóstico diferencial, é necessário que sejam consideradas todas as chamadas “doenças vesiculares”, 
como o exantema vesicular e estomatite vesicular. 
A sequência correta é: 
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172
A. V, V, F, V, F. 
B. F, V, V, F, V. 
C. V, F, V, F, V. 
D. F, V, F, F, V. 
E. V, F, F, V, F. 
 
GABARITO: B 
(F) Em bovinos, é uma doença que requer notificação mensal de qualquer caso confirmado. 
A febre aftosa é considerada uma doença de múltiplas espécies que requer notificação imediata de qualquer 
caso suspeito. 
(V) Uma das principais características da patogênese é a facilidade com que o vírus pode ser transportado, não 
apenas por animais infectados e seus produtos, mas também mecanicamente por seres humanos e outros 
animais. 
(V) As lesões ocorrentes na mucosa oral produzem salivação excessiva e tornam difícil a ingestão de alimentos 
e água. 
(F) As lesões são restritas à mucosa oral, formando pequenas vesículas, denominadas aftas. 
As lesões ocorrem nas mucosas oral (gengivas, pulvino dental, palato, língua) e nasal, focinho, banda coronária, 
espaço interdigital e glândula mamária. 
(V) No diagnóstico diferencial, é necessário que sejam consideradas todas as chamadas “doenças vesiculares”, 
como o exantema vesicular e estomatite vesicular. 
 
06. Sobre a febre aftosa, é correto afirmar: 
A. As quatro proteínas estruturais presentes no capsídeo do vírion são VP1, VP2, VP4, VP5. 
B. Possui sete sorotipos imunologicamente distintos. 
C. As partículas víricas são icosaédricas e possuem envelope. 
D. A proteína VP1 localiza-se internamente na partícula viral e está intimamente associada ao RNA viral. 
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E. O receptor responsável pela adsorção viral a membranas celulares localiza-se na proteína VP2. 
 
GABARITO: B 
O vírus da febre aftosa possui sete sorotipos imunologicamente distintos: A, O, C, SAT1, SAT2, SAT3, Asia1. 
A: As quatro proteínas estruturais presentes no capsídeo do vírion são VP1, VP2, VP3, VP4. 
C: As partículas víricas dos picornavírus são icosaédricas (25-30 nm de diâmetro), sem envelope. 
D: A proteína VP4 localiza-se internamente na partícula viral e está intimamente associada ao RNA viral. 
E: O receptor responsável por adsorção viral a membranas celulares localiza-se na proteína VP1, bem como 
também possui o principal epítopo indutor de resposta humoral. 
 
07. Como é o genoma do vírus da febre aftosa? 
A. RNA de fita simples e polaridade negativa 
B. RNA de fita dupla e polaridade positiva 
C. DNA de fita dupla e polaridade negativa 
D. DNA de fita dupla e polaridade positiva 
E. RNA de fita simples e polaridade positiva 
 
GABARITO: E 
O genoma do vírus da febre aftosa é composto por uma molécula de RNA de fita simples e polaridade positiva. 
 
08. Qual é o período de incubação da Febre Aftosa? 
A. 0 a 2 dias. 
B. 4 a 10 dias. 
C. 2 a 14 dias. 
D. 10 a 15 dias. 
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E. 15 a 20 dias. 
 
GABARITO: C 
O período de incubação da Febre Aftosa é de 2 a 14 dias, segundo a WHOAH. 
 
09. A Febre Aftosa é uma doença viral altamente contagiosa que afeta principalmente bovinos e suínos. Ela é 
causada pelo vírus da Febre Aftosa (FMDV) e se manifesta através de sintomas como úlceras na boca e nos 
cascos, febre e dificuldade para se alimentar. A Febre Aftosa é uma doença de notificação obrigatória e é 
controlada através de medidas de vigilância, prevenção e erradicação, incluindo vacinação e quarentena. Não 
é considerado um diagnóstico diferencial da Febre Aftosa: 
A. Peste bovina 
B. Doença das mucosas 
C. Leucose Enzoótica Bovina 
D. Língua azul 
E. Estomatite papulosa bovina 
 
GABARITO: C 
Diagnóstico diferencial 
• Clinicamente indiferenciáveis: Estomatite vesicular; Doença vesicular do suíno e Exantema vesicular do suíno. 
• Outros diagnósticos diferenciáveis: Peste bovina; Doença das mucosas; Rinotraqueíte infecciosa bovina; 
Língua azul; Mamilite bovina; Estomatite papulosa bovina e Diarreia viral bovina. 
 
10. Para a manutenção da condição sanitária de país livre ou de zonas livres de febre aftosa no país, o SVO nas 
UF deverá executar de forma continuada as seguintes atividades, exceto: 
A. Investigação de todos os casos suspeitos de doença vesicular. 
B. Controle do ingresso de animais susceptíveis, bem como produtos e subprodutos de risco. 
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175
C. Coibir a existência de espécies animais suscetíveis em lixões ou aterros sanitários. 
D. Vacinação sistemática e obrigatória de todos os animais suscetíveis. 
E. Proibição da manutenção e manipulação de vírus viável, exceto em instituições com nível de biossegurança 
apropriado e oficialmente autorizadas. 
 
GABARITO: D 
A vacinação sistemática e obrigatória contra a febre aftosa será realizada em bovinos e bubalinos nas zonas 
livres de febre aftosa com vacinação, sendo proibida a vacinação de outras espécies susceptíveis. 
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176
QUESTÕES COMENTADAS SOBRE ESTOMATITE VESICULAR 
 
01. A Estomatite vesicular é uma doença viral importante para a pecuária nas Américas. Sobre essa doença, 
assinale a INCORRETA: 
A. A taxa de mortalidade é baixa. 
B. Lesões nas patas e coceira são frequentes nos suínos. 
C. É clinicamente indistinguível de outras doenças vesiculares em bovinos, suínos, ovinos e caprinos, entretanto, 
quando os equinos da mesma região são acometidos, é possível suspeitar-se da doença. 
D. O período de incubação pode durar até 60 dias. 
E. A taxa de morbidade é variável, chegando a até 90% em um rebanho. 
 
GABARITO: D 
O período de incubação pode durar até 21 dias. 
 
02. Assinale a alternativa que corresponde à família do agente etiológico responsável pela estomatite vesicular:A. Rhabdoviridae 
B. Picornaviridae 
C. Flaviviridae 
D. Herpesviridae 
E. Reoviridae 
 
GABARITO: A 
O Vírus responsável pela estomatite vesicular pertence à família Rhabdoviridae, gênero Vesiculovirus. 
 
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177
03. A Estomatite Vesicular (EV) é uma doença infecciosa que acomete animais domésticos, tanto ungulados 
quanto biungulados, além de outras espécies de mamíferos silvestres. Sobre a Estomatite vesicular, julgue as 
alternativas a seguir, e assinale a INCORRETA: 
A. A enfermidade tem como sinais clínicos o aparecimento de lesões vesiculares na língua, gengiva, lábios, tetos 
e coroa do casco. 
B. Animais biungulados apresentam lesões no espaço interdigital e coroa do casco, as quais cicatrizam-se 
completamente em duas a três semanas. 
C. Os subtipos VSIV-2 e VSIV-3 têm sido ocasionalmente isolados no Brasil, sendo que o subtipo VSIV-3 tem sido 
mais restrito à região Nordeste (NE) do país. 
D. É uma zoonose de baixo impacto. 
E. É considerada uma doença exótica no Brasil. 
 
GABARITO: E 
A enfermidade é de notificação obrigatória imediata quando há suspeita ou confirmação laboratorial. O último 
registro da enfermidade no país foi em 2014, de forma geograficamente limitada. 
 
04. São diagnósticos diferenciais da Estomatite vesicular, EXCETO: 
A. Febre aftosa. 
B. Língua azul. 
C. Rinotraqueíte infecciosa bovina. 
D. Dermatose nodular contagiosa. 
E. Exantema vesicular do suíno. 
 
GABARITO: D 
Clinicamente indiferenciadas: Febre aftosa; Doença vesicular suína e Exantema vesicular do suíno. 
Outros diagnósticos diferenciais: Rinotraqueíte infecciosa bovina; Diarreia viral bovina e Língua azul. 
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05. Sobre o agente etiológico da Estomatite vesicular, assinale a alternativa INCORRETA: 
A. O nucleocapsídeo viral possui simetria icosaédrica. 
B. Pertence a mesma família que o agente etiológico da Raiva. 
C. É estável entre pH 4,0 e 10,0. 
D. Possui forma de um projétil. 
E. Possui dois sorogrupos antigenicamente distintos: New Jersey (VSNJV) e Indiana (VSIV). 
 
GABARITO: A 
O nucleocapsídeo possui simetria helicoidal e é circundado por uma camada lipoproteica de onde partem 
projeções de 5 a 10 nm e que constituem a glicoproteína viral. Por esta região o vírus interage com as células 
susceptíveis e também está envolvida na neutralização viral, além de diferenciar os sorotipos. 
 
06. Em relação à estomatite vesicular, assinale a alternativa INCORRETA: 
A. As lesões são limitadas aos tecidos epiteliais da boca, tetos e patas. 
B. Pode ser transmitida por artrópodes, como Phlebotomus e Aedes. 
C. A principal forma de prevenção é por meio da vacinação anual dos animais suscetíveis. 
D. Equinos são suscetíveis à infecção. 
E. Podem ocorrer, simultaneamente, focos de estomatite vesicular e febre aftosa. 
 
GABARITO: C 
Tem-se testado experimentalmente vacinas com vírus inativados e atenuados, mas ainda não estão disponíveis 
no mercado. A profilaxia baseia-se em restringir a movimentação de animais, efetuar rapidamente diagnóstico 
laboratorial e descontaminação de veículos e fômites. 
 
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07. A estomatite vesicular (EV) é uma das quatro doenças vesiculares que acometem os animais domésticos, 
gerando perdas econômicas associadas a diminuição da produção de leite e do ganho de peso. Sobre essa 
doença, julgue os itens a seguir: 
I. Nos animais com estomatite vesicular, as lesões podem também se manifestar na região do úbere, o que não 
ocorre nos infectados pela febre aftosa. 
II. A estomatite vesicular é frequente durante a estação seca. 
III. São fontes do vírus: saliva, exsudato ou epitélio de vesículas abertas e vetores. 
IV. É uma doença de notificação obrigatória quando há suspeita ou confirmação laboratorial. 
Estão CORRETOS: 
A. III e IV. 
B. II, III e IV. 
C. I, III e IV. 
D. I e II. 
E. II e III. 
 
GABARITO: A 
Estão corretos: III e IV. 
I. Assim como na estomatite vesicular, as lesões podem também se manifestar na região do úbere nos casos de 
febre aftosa. 
II. A estomatite vesicular é frequente na estação de chuvas nas zonas tropicais, apesar de que em alguns países 
também se registra durante a estação seca. Geralmente desaparece com as primeiras geadas nas zonas 
temperadas. 
 
08. Como é o genoma do vírus da estomatite vesicular? 
A. DNA de fita dupla e polaridade positiva 
B. RNA de fita dupla e polaridade positiva 
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C. DNA de fita dupla e polaridade negativa 
D. RNA de fita simples e polaridade positiva 
E. RNA de fita simples e polaridade negativa 
 
GABARITO: E 
O vírus é formado por 5 polipeptídeos principais, denominados L, G, N, NS e M, com o ácido nucleico formado 
por uma única molécula linear de ácido ribonucleico de fita simples com polaridade negativa. 
 
09. Sobre o diagnóstico, prevenção e profilaxia da estomatite vesicular, assinale a alternativa INCORRETA: 
A. Não há tratamento específico, mas antibióticos podem ser utilizados para impedir a infecção secundária de 
tecidos escoriados. 
B. Para identificação do agente, pode ser coletado tecido epitelial que recobre as vesículas, colocado em glicerol 
tamponado somente. 
C. O isolamento do vírus pode ser feito por meio da inoculação em ovos embrionados de galinha. 
D. Neutralização viral, ELISA e Fixação de complemento são utilizados como provas sorológicas. 
E. Para realização de provas sorológicas, são coletados soros pareados durante a fase aguda e a fase 
convalescente. 
 
GABARITO: B 
Para identificação do agente, pode ser coletado tecido epitelial que recobre as vesículas, colocado em glicerol 
tamponado ou congelado (Líquido de Vallée). 
 
10. Em relação à estomatite vesicular, assinale a alternativa INCORRETA: 
A. A doença caracteriza-se por vesículas esbranquiçadas, elevadas ou abertas, de distintos tamanhos na boca e 
por sialosquese. 
B. A doença pode ser transmitida por via cutânea ou através das mucosas. 
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C. O vírus sobrevive durante grandes períodos a baixas temperaturas. 
D. As lesões cardíacas e no rúmen, as quais podem ser vistas na febre aftosa, não ocorrem nos casos de 
estomatite vesicular. 
E. Os principais hospedeiros são os equídeos, bovídeos e suídeos. 
 
GABARITO: A 
A sintomatologia é semelhante à da febre aftosa, com a qual se pode confundir facilmente. A doença 
caracteriza-se por vesículas esbranquiçadas, elevadas ou abertas, de distintos tamanhos na boca e salivação 
excessiva. 
 
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QUESTÕES COMENTADAS SOBRE RAIVA 
 
01. A doença conhecida como Raiva, que acomete os mamíferos em geral, é causada por um vírus da família 
Rhabdoviridae, gênero Lyssavirus e espécie Rabies vírus (RABV). Na família Rhabdoviridae existe um grande 
número de espécies de vírus que infectam animais vertebrados (mamíferos, peixes e répteis), invertebrados e 
plantas, o que demonstra a grande diversidade destes vírus. Assinale a alternativa que não corresponde aos 
gêneros que infectam animais vertebrados: 
A. Vesiculovirus. 
B. Cytorhabdovirus. 
C. Lyssavirus. 
D. Ephemerovirus. 
E. Novirhabdovirus 
 
GABARITO: B 
A família Rhabdoviridae possui três gêneros que infectam mamíferos: 
Vesiculovirus: vírus da estomatite vesicular e vírus a ele relacionados. 
Lyssavirus: vírus da raiva e aparentados ao vírus da raiva. 
Ephemerovirus: vírus da febre efêmera dos bovinos. 
Além destes três gêneros, há outros três: Novirhabdovirus (que infectam peixes) e Cytorhabdovirus e 
Nucleorhabdovirus (que infectam plantas e invertebrados). 
 
 
02. A Raiva é uma doença infecciosa, de origem viral. Apresenta letalidade de 100% e alto custo na assistência 
às pessoas expostas ao risco de adoecer e morrer. Referente aos sintomas da Raiva, assinale a alternativa que 
preencha correta e respectivamente as lacunas. 
O vírus rábico é _____ e sua ação, no _____ causa um quadro clínico característico de ______, decorrente da 
sua multiplicação entre os_____. O ciclo silvestre (aéreo e terrestre) adquire, na atualidade, particular 
gravidade para a área da saúde pública, e sua expansão vem sendo influenciada por certas intervenções e/ou 
modificações ambientais. 
A. neurotrópico / sistema nervoso central / encefalite aguda / neurônios 
B. nefrotóxico / rim / insuficiência renal / nefrídeos 
C. nefrotóxico / sistema nervoso central / encefalite crônica / neurônios 
D. neurotrópico / sistema nervoso periférico / insuficiência renal / neurônios 
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E. neurotrópico / sistema nervoso central / encefalite crônica / neurônios 
 
GABARITO: A 
A raiva é uma zoonose viral, que se caracteriza como uma encefalite progressiva aguda e letal. Apresenta 
letalidade de 100% e alto custo na assistência as pessoas expostas ao risco de adoecer e morrer. O vírus rábico 
é neurotrópico e sua ação, no sistema nervoso central, causa um quadro clínico característico de encefalite 
aguda, decorrente da sua multiplicação entre os neurônios. O ciclo silvestre (aéreo e terrestre) adquire, na 
atualidade, particular gravidade para a área da saúde pública, e sua expansão vem sendo influenciada por certas 
intervenções e/ou modificações ambientais. 
 
 
03. Em relação à raiva, analise as assertivas abaixo e assinale V, se verdadeiras, ou F, se falsas. 
( ) O método para o controle de morcegos hematófagos está baseado na utilização de substâncias 
anticoagulantes, especificamente a warfarina. 
( ) Seu agente etiológico é um vírus RNA (ácido ribonucléico) de fita simples. Possui nucleocapsídeo helicoidal 
envolto por envelope lipoproteico. 
( ) Doença de Aujeszky, babesiose cerebral, listeriose e encefalite equina são doenças que podem cursar com 
sinais clínicos compatíveis com raiva. 
( ) O Desmodus rotundus é o mais importante transmissor da raiva, tanto no ciclo urbano como no ciclo dos 
herbívoros. 
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: 
A. F – V – F – V. 
B. F – V – F – F. 
C. F – F – V – F. 
D. V – V – V – F. 
E. V – F – F – V. 
 
GABARITO: D 
(V) O método para o controle de morcegos hematófagos está baseado na utilização de substâncias 
anticoagulantes, especificamente a warfarina. 
(V) Seu agente etiológico é um vírus RNA (ácido ribonucléico) de fita simples. Possui nucleocapsídeo helicoidal 
envolto por envelope lipoproteico. 
(V) Doença de Aujeszky, babesiose cerebral, listeriose e encefalite equina são doenças que podem cursar com 
sinais clínicos compatíveis com raiva. 
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(F) O Desmodus rotundus é o mais importante transmissor da raiva, tanto no ciclo urbano como no ciclo dos 
herbívoros. 
No ciclo urbano, a principal fonte de infecção é o cão e o gato, embora os morcegos estejam cada vez mais 
aumentando a sua participação, podendo ser os principais responsáveis pela manutenção de vírus no ambiente 
silvestre. 
 
 
04. Com relação à raiva, doença conhecida há séculos, e uma das zoonoses mais importantes, assinale a 
alternativa correta. 
A. O período de incubação do vírus no hospedeiro é curto, sendo geralmente inferior a uma semana. 
B. Nos cães, os principais sinais clínicos são a paralisia e a salivação, não sendo observada agressividade em 
nenhum caso. 
C. Em bovinos, a raiva manifesta-se na forma paralítica e na forma furiosa, sendo a forma paralítica a mais 
comumente observada. 
D. Várias espécies animais são acometidas, com exceção dos equinos. 
E. Nos casos de raiva humana associados à transmissão por morcegos, tem sido observada principalmente a 
sintomatologia furiosa da doença. 
 
GABARITO: C 
A. A variabilidade do período de incubação depende de fatores como capacidade invasiva, patogenicidade, 
carga viral do inóculo inicial, ponto de inoculação idade, imunocompetência do animal, entre outros. No ser 
humano, o período médio de incubação é de 20 a 60 dias e em cães é de 3 a 8 semanas. 
B. Os sinais clínicos da raiva em cães incluem agressividade, paralisia, fotofobia, salivação abundante, 
dificuldade de engolir, mudança de comportamento e de hábitos alimentares. 
D. Todos os mamíferos são suscetíveis ao vírus da raiva. 
E. Nos casos de raiva humana associados à transmissão por morcegos, tem sido observada principalmente a 
sintomatologia paralítica da doença. 
 
 
05. Sobre a colheita de material para exames de diagnóstico de raiva em bovinos, é correto afirmar que: 
A. A colheita das amostras deve ser realizada exclusivamente por Médico Veterinário. 
B. As amostras devem ser acondicionadas unicamente em embalagens de saco plástico ou frasco inquebrável e 
não deformável. 
C. Quando possível, enviar a cabeça inteira do animal, para preservação do material infectante. 
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D. Para o diagnóstico da raiva, deve ser colhido o tronco encefálico com o Óbex. 
E. A amostra deve ser enviada sob refrigeração (2 a 8º C) quando o período entre a coleta e a chegada ao 
laboratório for menor que 24 horas. 
 
GABARITO: E 
A. A colheita das amostras de animais suspeitos de estar acometidos de raiva deverá ser efetuada por médico 
veterinário ou por profissional habilitado por ele, que tenha recebido treinamento adequado e que esteja 
devidamente imunizado. 
B. A amostra coletada deve ser acondicionada em frasco com tampa ou saco plástico duplo, hermeticamente 
fechado, identificada e colocada dentro de uma caixa isotérmica. 
C. Caso não seja possível realizar a colheita das amostras de animais suspeitos, pode-se enviar a cabeça ou o 
animal inteiro, quando de pequeno porte. 
D. Do herbívoro suspeito de raiva deverão ser coletadas amostras do SNC. No caso de ruminantes, o encéfalo 
(córtex, cerebelo e tronco cerebral), e no caso dos equídeos, deve ser coletado o encéfalo e a medula. A coleta 
do tronco encefálico com o Óbex é feita para o diagnóstico da encefalopatia Espongiforme Bovina. 
 
 
06. Com relação ao diagnóstico da Raiva, de acordo com o Manual Técnico de Controle da Raiva dos Herbívoros, 
disponibilizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), de 2009, assinale a 
alternativa INCORRETA. 
A. Não se deve concluir o diagnóstico de raiva somente com a observação clínica e epidemiológica. 
B. O uso do teste de imunofluorescência direta (IFD), caiu em desuso devido a sua baixa especificidade, sendo 
assim substituído pelo teste de inoculação em camundongos. 
C. Fragmentos do hipocampo, tronco cerebral, tálamo, córtex, cerebelo e medula oblonga são tidos 
tradicionalmente como materiais de escolha no diagnóstico laboratorial. 
D. O isolamento viral detecta a infecciosidade da amostra, por meio de inoculação da suspensão de tecidos 
extraídos da amostra suspeita, em sistemas biológicos. 
 
GABARITO: B 
O teste mais amplamente utilizado para o diagnóstico da raiva é de imunofluorescência direta (IFD), 
recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). 
O Isolamento viral é utilizado concomitantemente ao teste de IFD, e pode ser feito por meio do Teste de 
inoculação em camundongo ou do Teste em cultura celular. O teste em cultura celular é tão sensível quanto o 
teste de inoculação em camundongos. Uma vez existindo a unidade de cultura celular no laboratório, este teste 
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deve substituir o teste de inoculação em camundongos, evitando assim o uso de animais, além do fato de ser 
menos oneroso e mais rápido. 
 
 
07. Os morcegos pertencem ao segundo grupo mais diverso entre os mamíferos: a ordem Chiroptera. Existem 
cerca de 1.200 espécies diferentes de morcegos no mundo, sendo apenas três consideradas hematófagas, ou 
seja, que realmente se alimentam de sangue. No Brasil, podem ser encontradas 178 espécies, incluindo as três 
hematófagas. De acordo com o Manual Técnico – Controle da Raiva dos Herbívoros do MAPA (2009), a espécie 
de morcego mais importante na transmissão da raiva para os bovinos no país é: 
A. Diphylla ecaudata. 
B. Desmodusrotundus. 
C. Diaemus youngi. 
D. Tadarida brasiliensis. 
E. Molossus molossus. 
 
GABARITO: B 
O morcego Desmodus rotundus é o principal transmissor da raiva aos herbívoros, pois é a espécie de morcego 
hematófago mais abundante e tem nos herbívoros a sua maior fonte de alimento. 
A. Apesar do morcego Diphylla ecaudata possuir o hábito alimentar hematófago, essa espécie de morcego não 
é considerada a espécie de morcego mais importante na transmissão da raiva para os bovinos, uma vez que se 
alimenta quase que exclusivamente de sangue de aves. 
C. Assim como o morcego Diphylla ecaudata, o Diaemus youngi se alimenta preferencialmente de sangue de 
aves. 
D. O morcego Tadarida brasiliensis é um morcego insetívoro e, portanto, não é o principal transmissor de raiva 
para os bovinos. 
E. Assim como o morcego Tadarida brasiliensis, o morcego Molossus molossus é insetívoro. 
 
 
08. A Raiva é uma antropozoonose, ou seja, uma doença que passa dos animais ao homem e vice-versa. Essa 
enfermidade é transmitida ao homem pela inoculação do vírus presente na saliva e secreções do animal 
infectado, principalmente pela mordedura e lambedura. Os sintomas da raiva são característicos e variam no 
animal e no ser humano. A raiva apresenta ciclos de transmissão, sendo que os principais são: 
 
I - Ciclo aéreo, que envolve os morcegos hematófagos e não hematófagos. 
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II - Ciclo rural, representado pelos animais de produção. 
III - Ciclo urbano, relacionado aos cães e gatos. 
IV - Ciclo silvestre terrestre, que engloba os saguis, cachorros do mato, raposas, guaxinim, macacos entre outros 
animais selvagens. 
A alternativa que relata o correto é: 
A. Estão corretas as afirmativas I, III e IV. 
B. Estão corretas as afirmativas I, II e IV. 
C. Estão corretas as afirmativas I, II, III e IV. 
D. Estão corretas as afirmativas I, II e III. 
E. Estão corretas as afirmativas I e II. 
 
GABARITO: C 
Ciclos da raiva 
Raiva urbana: refere-se à raiva em cães e gatos domésticos. Tem sido controlada por meio de 
vacinação de animais de companhia. 
Ciclo aéreo: refere-se à raiva em morcegos, sendo os demais ciclos denominados ciclos “terrestres”. 
Ciclo rural (desmondina): refere-se à raiva dos herbívoros, que envolve principalmente os bovinos e equinos, e 
na qual o principal vetor é o morcego hematófago. 
Ciclo silvestre: refere-se à raiva associada a espécies silvestres, e pode englobar o ciclo aéreo. 
 
 
09. O Programa Nacional de Raiva dos Herbívoros (PNCRH) tem como objetivo manter sob controle a incidência 
da raiva na população de herbívoros domésticos. Uma das estratégias desse programa é a vacinação de espécies 
susceptíveis. Em relação à vacinação contra a raiva, é CORRETO afirmar: 
A. Animais primovacinados devem ser revacinados 45 dias após a primeira vacinação. 
B. É utilizada vacina viva atenuada. 
C. Para efeito da revacinação, considera-se que a duração da imunidade conferida pela vacina é de, no máximo, 
12 meses. 
D. A vacinação é compulsória quando da ocorrência de focos da doença, e deve ser adotada, preferencialmente, 
em humanos. 
E. A vacina deve ser mantida congelada nos estabelecimentos comerciais. 
 
GABARITO: C 
A. Animais primovacinados deverão ser revacinados após 30 dias. 
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B. Na profilaxia da raiva dos herbívoros, será utilizada vacina inativada. 
D. A vacinação é compulsória quando da ocorrência de focos da doença e deve ser adotada preferencialmente 
em bovídeos e equídeos com idade igual ou superior a 3 meses. 
E. Desde a produção até seu uso, a vacina antirrábica deverá ser mantida em temperatura entre 2 e 8º 
 
 
10. O Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros elaborado pelo Departamento de Saúde Animal 
do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento regulamentou normas para o controle da raiva nos 
herbívoros. Com relação a essas normas para controle da raiva, assinale com V as afirmativas verdadeiras e com 
F as falsas. 
( ) Na profilaxia da raiva dos herbívoros, será utilizada somente vacina inativada, na dosagem de 5 ml, 
administrada pelo médico veterinário, por meio da via subcutânea ou intramuscular. 
( ) Nas áreas de ocorrência de raiva, a vacinação será adotada sistematicamente, em bovídeos e equídeos com 
idade igual ou superior a 8 meses, sob a supervisão do médico veterinário. 
( ) O proprietário do animal deverá notificar de imediato ao Serviço Veterinário Oficial a ocorrência ou a 
suspeita de casos de raiva, assim como a presença de animais atacados por morcegos hematófagos ou a 
existência de abrigos de tal espécie. 
( ) Cabe ao proprietário do animal tomar as providências necessárias ao atendimento dos animais e à coleta 
de material para diagnóstico da raiva e de outras encefalites diferenciais. 
Assinale a sequência correta. 
A. F - V – F - V 
B. V – F – F - F 
C. V - V – V - V 
D. F - F – V - F 
E. F – F - F - F 
 
GABARITO: D 
(F) Na profilaxia da raiva dos herbívoros, será utilizada somente vacina inativada, na dosagem de 5 ml, 
administrada pelo médico veterinário, por meio da via subcutânea ou intramuscular. 
Na profilaxia da raiva dos herbívoros, será utilizada vacina inativada, na dosagem de 2 ml, administrada pelo 
proprietário, através da via subcutânea ou intramuscular. 
(F) Nas áreas de ocorrência de raiva, a vacinação será adotada sistematicamente, em bovídeos e equídeos com 
idade igual ou superior a 8 meses, sob a supervisão do médico veterinário. 
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Nas áreas de ocorrência de raiva, a vacinação será adotada sistematicamente, em bovídeos e equídeos com 
idade igual ou superior a 3 meses, sob a supervisão do médico veterinário. 
(V) O proprietário do animal deverá notificar de imediato ao Serviço Veterinário Oficial a ocorrência ou a 
suspeita de casos de raiva, assim como a presença de animais atacados por morcegos hematófagos ou a 
existência de abrigos de tal espécie. 
(F) Cabe ao proprietário do animal tomar as providências necessárias ao atendimento dos animais e à coleta de 
material para diagnóstico da raiva e de outras encefalites diferenciais. 
O Serviço Veterinário Oficial deverá tomar as providências necessárias ao atendimento dos animais e à coleta 
de material para diagnóstico da raiva e de outras encefalites diferenciais. 
 
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QUESTÕES COMENTADAS SOBRE TUBERCULOSE BOVINA 
 
01. No que se refere à tuberculose em animais domésticos e no homem, leia as afirmações abaixo: 
I- Em bovinos, a causa mais comum é Mycobacterium bovis, mas também pode ser causada por Mycobacterium 
tuberculosis. 
II- Em humanos, a causa mais comum é Mycobacterium tuberculosis, mas também pode ser causada por 
Mycobacterium bovis. 
III- A pasteurização do leite é um passo importante na prevenção da contaminação de humanos por 
Mycobacterium bovis. 
IV- O M. avium é o causador da tuberculose em várias espécies de aves e é integrante do complexo M. 
tuberculosis. 
V- As micobactérias do complexo MAIS não são patogênicas para os bovinos e bubalinos. 
Estão CORRETAS apenas as afirmações: 
A. I, II e III. 
B. II, III e IV. 
C. I, II, III e IV. 
D. I, II, IV e V. 
E. I, II, III e V. 
 
GABARITO: E 
Estão corretas: I, II, III e V. 
IV. O M. avium é o causador da tuberculose em várias espécies de aves e é integrante do complexo MAIS. 
 
02. A principal porta de entrada do M. bovis é a via ________________; a transmissão, em aproximadamente 
90% dos casos, ocorre pela __________________ contaminado com o micro-organismo. Em bezerros, o trato 
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________________ também é porta de entrada da tuberculose bovina. Nesse caso, o complexo primário 
localizar-se-á nos órgãos digestivos e linfonodos regionais. 
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho acima. 
A. digestiva – ingestão de alimento – respiratório 
B. genital – contaminação do sêmen – digestivo 
C. respiratória – inalaçãode aerossol – digestivo 
D. digestiva – ingestão de leite ou soro de leite – geniturinário 
E. respiratória – inalação do agente no muco vaginal – geniturinário 
 
GABARITO: C 
A principal porta de entrada do M. bovis é a via respiratória; a transmissão, em aproximadamente 90% dos 
casos, ocorre pela inalação de aerossóis contaminados com o micro-organismo. O trato digestivo também é 
porta de entrada da tuberculose bovina, principalmente em bezerros alimentados com leite proveniente de 
vacas com mastite tuberculosa e em animais que ingerem água ou forragens contaminadas. Nesse caso, o 
complexo primário localizar-se-á nos órgãos digestivos e linfonodos regionais. 
 
03. O tipo de necrose da tuberculose é: 
A. esteatonecrose. 
B. necrose de caseificação. 
C. necrose de coagulação. 
D. necrose de liquefação. 
E. necrose de Zenker. 
 
GABARITO: B 
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As lesões macroscópicas apresentam-se na forma de nódulos de 1 a 3 cm de diâmetro, ou mais, que podem ser 
confluentes, de aspecto purulento ou caseoso, com presença de cápsula fibrosa, podendo apresentar necrose 
de caseificação no centro da lesão ou, ainda, calcificação nos casos mais avançados. 
 
04. Em relação à Tuberculose Bovina, uma importante zoonose causada por uma bactéria pertencente ao 
gênero Mycobacterium, é CORRETO afirmar que o principal meio de introdução da doença numa propriedade 
de produção leiteira é através da: 
A. Utilização inadequada de vacinas vivas. 
B. Incursão de animais silvestres na propriedade. 
C. Prova da tuberculina, quando aplicada em período de gestação. 
D. Introdução de animal doente com tuberculose no rebanho. 
E. Má higienização do ambiente e das pessoas envolvidas no manejo dos animais da propriedade. 
 
GABARITO: D 
A mais significativa fonte de infecção para os rebanhos é o bovino ou o bubalino infectados. A principal forma 
de introdução da tuberculose em um rebanho é a aquisição de animais infectados. Outras espécies de animais 
podem assumir papel importante como reservatório do M. bovis, em condições de introduzir ou reintroduzir a 
doença em rebanhos bovinos. 
 
05. Qual alternativa NÃO corresponde aos sinais clínicos na tuberculose bovina: 
A. Tosse e dispneia. 
B. Mastite e Infertilidade. 
C. Linfadenomegalia localizada e generalizada. 
D. Miocardiopatia dilatada com subsequente parada cardiorrespiratória. 
E. Caquexia progressiva. 
 
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GABARITO: D 
Sendo uma doença de evolução muito lenta, os sinais clínicos são pouco frequentes em bovinos e bubalinos. 
Em estágios avançados, e dependendo da localização das lesões, os bovinos podem apresentar caquexia 
progressiva, hiperplasia de linfonodos superficiais e/ou profundos, dispneia, tosse, mastite e infertilidade, entre 
outros. 
 
06. A tuberculose bovina é uma doença infecciosa, crônica, evolutiva e fatal cujo controle e erradicação é objeto 
de um programa de sanidade nacional desde 2001 pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento 
(MAPA). O diagnóstico da doença é feito pela prova de tuberculinização do animal. Esse teste de diagnóstico é 
uma prova do tipo: 
A. Sorológico. 
B. Alérgico tipo IV. 
C. Alérgico tipo I. 
D. Sedimentação. 
E. Imunohistoquímica. 
 
GABARITO: B 
Alergia significa uma reação anormal e específica do organismo após sensibilização por uma substância 
estranha. A reação alérgica à tuberculina ocorre de várias maneiras: após infecção por micobactérias, 
administração parenteral de proteínas micobacterianas, inoculação de micobactérias inativadas ou vacina BCG. 
Na prática, a alergia tuberculínica indica que o organismo está infectado por bacilos virulentos, atenuados, 
inativados, vacinais ou ambientais, não significando que tenha imunidade contra a tuberculose, nem indicando 
o órgão ou local da infecção ou extensão das lesões. A reação é mediada por células e classificada como reação 
de hipersensibilidade retardada do tipo IV. 
 
07. Assinale a alternativa CORRETA em relação à Tuberculose Bovina: 
A. Os testes de rotina para o diagnóstico da Tuberculose Bovina são: teste cervical simples, teste da prega caudal 
e teste cervical comparativo. 
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B. A Tuberculose Bovina não é transmitida ao homem. 
C. O teste da prega caudal deve ser realizado exclusivamente em bovinos de leite. 
D. A doença é mais frequente em rebanhos de corte do que em rebanhos leiteiros. 
E. As bezerras devem ser vacinadas contra Tuberculose Bovina entre 3 e 8 meses de idade. 
 
GABARITO: A 
B. A tuberculose causada pelo Mycobacterium bovis é uma zoonose de evolução crônica que acomete 
principalmente bovinos e bubalinos. 
C. O teste da prega caudal deve ser realizado exclusivamente em estabelecimentos de criação especializados 
na pecuária de corte. 
D. Observa-se que a doença é mais frequente em rebanhos leiteiros do que em rebanhos de corte. 
E. Apesar de diversos estudos sobre vacinação e tratamento da tuberculose bovina, até o presente, os 
resultados obtidos não justificam a adoção dessas medidas como forma de controle da enfermidade. A 
vacinação de bezerras entre 3 e 8 meses de idade é realizada para controle da Brucelose. 
 
08. Sobre a Tuberculose Bovina, é CORRETO afirmar que: 
A. As lesões macroscópicas têm, em geral, coloração esbranquiçada em bovinos, e ligeiramente amarelada em 
búfalos. 
B. As bactérias causadoras da tuberculose são bastonetes curtos aeróbicos, móveis, capsulados, e flagelados. 
C. As lesões provocadas pelo M. bovis são patognomônicas da tuberculose bovina. 
D. Bovinos eliminam o M. bovis em secreções respiratórias, fezes, leite e algumas vezes na urina, secreções 
vaginais ou no sêmen. Um amplo número de organismos pode ser eliminado nos últimos estágios da infecção. 
E. A intensidade de reação alérgica à tuberculina é proporcional à evolução da doença no organismo do animal. 
 
GABARITO: D 
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A. As lesões macroscópicas têm, em geral, coloração amarelada em bovinos, e ligeiramente esbranquiçadas em 
búfalos. 
B. As bactérias causadoras da tuberculose são bastonetes curtos aeróbicos, imóveis, não capsulados, não 
flagelados, apresentando aspecto granular quando corados, medindo de 0,5 a 7,0 μm de comprimento por 0,3 
μm de largura. 
C. As lesões provocadas pelo M. bovis não são patognomônicas da tuberculose bovina. 
E. A intensidade de reação alérgica à tuberculina não é proporcional à evolução da doença no organismo do 
animal. 
 
09. Sobre a tuberculose bovina, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. 
( ) A transmissão da tuberculose bovina pode ser por via direta (via aérea e oral, através de aerossóis) ou 
indireta (leite, água, alimentos e fômites contaminados). 
( ) O tratamento da tuberculose é uma prática aconselhável desde que realizado um antibiograma para a 
escolha do antimicrobiano apropriado. 
( ) A virulência do Mycobacterium bovis relaciona-se com a sua capacidade de sobreviver e multiplicar-se 
dentro dos macrófagos do hospedeiro. 
( ) Fêmeas submetidas a teste de diagnóstico de tuberculose no intervalo de quinze dias antes até quinze dias 
depois do parto ou aborto, cujos resultados sejam negativos, ficam liberadas para comercialização ou trânsito 
de qualquer finalidade. 
( ) Segundo a classificação de agentes etiológicos humanos e animais com base no risco apresentado, o 
Mycobacterium tuberculosis e o Mycobacterium bovis estão classificados como patógenos da classe de risco 3, 
cujo risco individual é alto e para a comunidade é limitado. 
A sequência está CORRETA em: 
A. V, F, V, F, F 
B. V, V, F, V, F 
C. F, V, F, V, V 
D. V, F, F, V, F 
E. V, F, V, F, V 
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GABARITO: E 
(V) A transmissão da tuberculose bovina pode ser por via direta (via aérea e oral, através de aerossóis) ou 
indireta (leite, água, alimentos e fômites contaminados). 
(F) O tratamento da tuberculose é uma prática aconselhável desde que realizado um antibiogramapara a 
escolha do antimicrobiano apropriado. 
Apesar de diversos estudos sobre vacinação e tratamento da tuberculose bovina, até o presente, os resultados 
obtidos não justificam a adoção dessas medidas como forma de controle da enfermidade. 
(V) A virulência do Mycobacterium bovis relaciona-se com a sua capacidade de sobreviver e multiplicar-se 
dentro dos macrófagos do hospedeiro. 
(F) Fêmeas submetidas a teste de diagnóstico de tuberculose no intervalo de quinze dias antes até quinze dias 
depois do parto ou aborto, cujos resultados sejam negativos, ficam liberadas para comercialização ou trânsito 
de qualquer finalidade. 
As fêmeas que estiverem no período compreendido entre 15 dias antes e 15 dias depois do parto, não devem 
ser submetidas ao teste tuberculínico, pois podem apresentar-se menos reativas nesse período. 
(V) Segundo a classificação de agentes etiológicos humanos e animais com base no risco apresentado, o 
Mycobacterium tuberculosis e o Mycobacterium bovis estão classificados como patógenos da classe de risco 3, 
cujo risco individual é alto e para a comunidade é limitado. 
 
10. Considerando os aspectos clínico, de diagnóstico, prevenção e vigilância epidemiológica da tuberculose 
bovina, analise as afirmativas abaixo, colocando entre parênteses a letra V, quando se tratar de afirmativa 
verdadeira, e a letra F quando se tratar de afirmativa falsa. A seguir, assinale a alternativa que a presenta a 
sequência CORRETA. 
( ) A importância econômica atribuída à doença bovina está baseada nas perdas diretas resultantes da morte 
de animais, da queda no ganho de peso e diminuição da produção de leite, do descarte precoce e eliminação 
de animais de alto valor zootécnico e condenação de carcaças no abate. 
( ) Os hospedeiros que contribuíram para a perpetuação da tuberculose através dos séculos foram os bovinos, 
o homem e os suínos. 
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( ) A prova de tuberculina intradérmica é o único teste clínico-patológico utilizado habitualmente para o 
diagnóstico em animais vivos. 
( ) No teste cervical comparativo, a prova tuberculínica é realizada com o PPD bovino, bubalino e aviário. 
( ) A tuberculose é considerada uma doença de notificação obrigatória imediata de qualquer caso suspeito. 
A. V – F – F – F – V. 
B. V – F – F – V – F. 
C. V – F – V – F – F. 
D. V – V – V – F – F. 
E. F – V – V – F – V. 
 
GABARITO: C 
(V) A importância econômica atribuída à doença bovina está baseada nas perdas diretas resultantes da morte 
de animais, da queda no ganho de peso e diminuição da produção de leite, do descarte precoce e eliminação 
de animais de alto valor zootécnico e condenação de carcaças no abate. 
(F) Os hospedeiros que contribuíram para a perpetuação da tuberculose através dos séculos foram os bovinos, 
o homem e os suínos. 
Os hospedeiros que contribuíram para a perpetuação da tuberculose através dos séculos foram os bovinos, o 
homem e as aves. 
(V) A prova de tuberculina intradérmica é o único teste clínico-patológico utilizado habitualmente para o 
diagnóstico em animais vivos. 
(F) No teste cervical comparativo, a prova tuberculínica é realizada com o PPD bovino, bubalino e aviário. 
No Brasil, a prova tuberculínica é realizada com o PPD bovino, produzido a partir da amostra AN5 de M. bovis, 
contendo 1 mg de proteína por mL (32.500 UI). No teste cervical comparativo, utiliza-se também o PPD aviário, 
produzido a partir da amostra D4 de M. avium, contendo 0,5 mg de proteína por mL (25.000 UI). 
(F) A tuberculose é considerada uma doença de notificação obrigatória imediata de qualquer caso suspeito. 
A tuberculose é considerada uma doença de notificação obrigatória imediata de qualquer caso confirmado. 
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QUESTÕES COMENTADAS SOBRE BRUCELOSE BOVINA 
 
01. Com relação às bactérias do gênero Brucella, assinale a alternativa INCORRETA: 
A. São parasitas intracelulares facultativos. 
B. Possuem morfologia de cocobacilos Gram-negativos. 
C. São móveis. 
D. São descritas nove espécies independentes. 
E. Podem apresentar-se em cultivos primários com morfologia colonial lisa ou rugosa. 
 
GABARITO: C 
Dentro do gênero Brucella, são descritas nove espécies independentes, cada uma com seu hospedeiro 
preferencial. As bactérias do gênero Brucella são parasitas intracelulares facultativos, com morfologia de 
cocobacilos Gram-negativos, imóveis; podem apresentar-se em cultivos primários com morfologia colonial lisa 
ou rugosa (rugosa estrita ou mucoide). 
 
02. A brucelose bovina é uma doença causadora de prejuízos econômicos, seja pela redução no volume de leite 
produzido nos casos de mastite brucélica, ou pelos transtornos reprodutivos como abortos e infertilidade 
temporária ou permanente. Sobre a brucelose bovina é CORRETO afirmar: 
A. A infecção ocorre com maior frequência por contato venéreo, penetração em lesões de pele, inalação ou 
transmissão placentária. 
B. No tratamento de bovinos utilizam-se aminoglicosídeos, como a gentamicina associada à doxiciclina ou à 
minociclina, por quatro semanas. 
C. O teste do Anel em Leite (TAL), pode ser utilizado como teste de triagem no diagnóstico indireto dessa 
doença. 
D. Como medida de controle, é obrigatória a vacinação de todos os animais susceptíveis. 
E. O período de incubação varia de duas a três semanas. 
 
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GABABITO: C 
A. INCORRETA. A porta de entrada mais importante é o trato digestivo, sendo que a infecção se inicia quando 
um animal suscetível ingere água e alimentos contaminados ou pelo hábito de lamber as crias recém-nascidas. 
A transmissão pelo coito parece não ser de grande importância entre bovinos e bubalinos. 
B. INCORRETA. O tratamento para animais não é permitido e todo animal com diagnóstico positivo para 
brucelose deve ser sacrificado. 
C. CORRETA. 
D. INCORRETA. É obrigatória a vacinação de todas as fêmeas das espécies bovina e bubalina, na faixa etária de 
três a oito meses. 
E. INCORRETA. O período de incubação pode ser de poucas semanas e até mesmo de meses ou anos. 
 
03. Qual é a espécie de Brucella responsável pelos quadros clínicos mais graves em seres humanos? 
A. Brucella suis. 
B. Brucella ovis. 
C. Brucella canis. 
D. Brucella abortus. 
E. Brucella melitensis. 
 
GABARITO: E 
No ser humano, os quadros clínicos mais graves são provocados pela B. melitensis, decrescendo em gravidade 
quando a doença é decorrente da infecção por B. suis e, assim, sucessivamente para a B. abortus e B. canis. 
 
04. Sobre a brucelose, é CORRETO afirmar: 
A. As bactérias do gênero Brucella se multiplicam no ambiente e são extremamente resistentes aos fatores 
ambientais. 
B. Bactérias do gênero Brucella podem sobreviver até 4 dias em solo seco. 
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C. As radiações ionizantes não são eficientes para a destruição da Brucella sp, somente a pasteurização. 
D. A inoculação acidental durante a vacinação dos animais não caracteriza um meio de transmissão da doença 
para seres humanos. 
E. A transmissão por meio da ingestão de carne não caracteriza uma fonte comum de transmissão, uma vez que 
o número de bactérias presentes é baixa e o consumo de carne crua não é habitual. 
 
GABARITO: B 
A. INCORRETA. As bactérias do gênero Brucella, apesar de permanecerem no ambiente, não se multiplicam 
nele; elas são medianamente sensíveis aos fatores ambientais. 
B. CORRETA. 
C. INCORRETA. A pasteurização é um método eficiente de destruição de Brucella sp, assim como as radiações 
ionizantes. 
D. INCORRETA. A vacina B19 é patogênica para o homem, portanto pode expor ao risco de infecção algumas 
classes de profissionais. 
E. INCORRETA. A carne crua com restos de tecido linfático e o sangue de animais infectados podem conter 
micro-organismos viáveis e, portanto, de igual modo representam risco para a população humana consumidora. 
 
05. A brucelose é uma zoonose infectocontagiosa causada por bactérias do gênero Brucella.É responsável por 
gerar grandes problemas sanitários e prejuízos econômicos por todo o território brasileiro. Com relação à 
brucelose, é CORRETO afirmar que: 
A. A principal manifestação clínica da brucelose bovina é a ocorrência de aborto, que ocorre em torno do sétimo 
mês de gestação. 
B. Entre as espécies, somente a Brucella ovis e Brucella neotomae têm potencial zoonótico. 
C. Existem várias espécies que causam brucelose, como Brucella abortus, Brucella suis, Brucella cats e Brucella 
ovis. 
D. A resposta humoral de bovinos infectados por B. abortus ou vacinados com B19, caracteriza-se pela síntese 
dos quatro isotipos principais de imunoglobulinas: IgM, IgG1, IgG2 e IgE. 
E. A porta de entrada mais importante é a via respiratória, por meio de aerossóis. 
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GABARITO: A 
A. CORRETA. 
B. INCORRETA. A Brucella ovis e Brucella neotomae não são patogênicas para os seres humanos. 
C. INCORRETA. Não existe a Brucella cats. 
D. INCORRETA. A resposta humoral de bovinos infectados por B. abortus ou vacinados com B19, caracteriza-se 
pela síntese dos quatro isotipos principais de imunoglobulinas: IgM, IgG1, IgG2 e IgA. 
E. INCORRETA. A porta de entrada mais importante é o trato digestivo, sendo que a infecção se inicia quando 
um animal suscetível ingere água e alimentos contaminados ou pelo hábito de lamber as crias recém-nascidas. 
 
06. É considerado um teste de triagem para diagnóstico da Brucelose: 
A. Soroaglutinação em Tubos (SAT) 
B. Antígeno Acidificado Tamponado (AAT). 
C. 2-Mercaptoetanol (2-ME). 
D. Teste de imunodifusão em gel de ágar (IDGA) 
E. Fixação de complemento (FC). 
 
GABARITO: B 
No Brasil, o PNCEBT definiu como oficiais os seguintes testes: Antígeno Acidificado Tamponado (AAT), Anel em 
Leite (TAL), 2-Mercaptoetanol (2-ME) e Fixação de Complemento (FC). Os dois primeiros como testes de 
triagem; os dois últimos como confirmatórios. Com a publicação da Instrução Normativa SDA nº 10, em 2017, 
o Teste de Polarização Fluorescente (FPA) poderá ser utilizado como teste único ou como teste confirmatório. 
 
07. Sobre a brucelose, é INCORRETO afirmar que: 
A. Os caprinos e ovinos se infectam pela Brucella melitensis. 
B. A vacina RB51 é elaborada com uma amostra de B. abortus rugosa atenuada. 
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C. O período de incubação é inversamente proporcional ao tempo de gestação, ou seja, quanto mais adiantada 
a gestação, menor será o período de incubação. 
D. Nos machos, um dos possíveis sinais clínicos é orquite uni ou bilateral, transitória ou permanente, com 
aumento ou diminuição do volume dos testículos. Lesões articulares também podem ser observadas. 
E. Após a infecção, na primeira gestação é mais comum a presença de natimortos e o nascimento de bezerros 
fracos, sendo que na segunda gestação e nas subsequentes é mais comum o aborto. 
 
GABARITO: E 
Após a infecção, o aborto quase sempre acontece na primeira gestação, mas, em decorrência do 
desenvolvimento da imunidade celular, é pouco frequente na segunda gestação após a infecção, e muito raro 
nas subsequentes. Os animais infectados apresentam uma placentite necrótica, sendo comum a retenção de 
placenta. Após o primeiro aborto, são mais frequentes a presença de natimortos e o nascimento de bezerros 
fracos. 
 
08. Assinale a alternativa que correlacione corretamente a espécie de Brucella e o seu hospedeiro preferencial: 
A. Brucella neotomae – rato do deserto. 
B. Brucella bovis – bovinos. 
C. Brucella melitensis – suínos. 
D. Brucella microti – mamíferos aquáticos (focas, leões marinhos, morsas). 
E. Brucella pinnipediae – cetáceos (golfinhos, botos, baleias). 
 
GABARITO: A 
Dentro do gênero Brucella, são descritas nove espécies independentes, cada uma com seu hospedeiro 
preferencial: Brucella abortus (bovinos e bubalinos), Brucella melitensis (caprinos e ovinos), Brucella suis 
(suínos), Brucella ovis (ovinos), Brucella canis (cães), Brucella neotomae (rato do deserto), B. pinnipediae 
(mamíferos aquáticos - focas, leões marinhos, morsas), B. ceti (Cetáceos - golfinhos, botos, baleias) e B. microti 
(ratos, camundongo do campo). 
 
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09. Com relação à vacina B19 contra brucelose bovina, assinale a afirmativa INCORRETA. 
A. A B19 é atenuada para fêmeas. 
B. A B19, administrada em animais machos, pode causar orquite. 
C. A B19, dependendo da idade de vacinação, induz à formação de anticorpos específicos e pode interferir no 
diagnóstico sorológico da brucelose. 
D. A primeira dose da B19 é realizada em fêmeas de 3 a 8 meses, sendo a revacinação anual. 
E. A B19 provoca uma boa resposta imunológica humoral e celular. 
 
GABARITO: D 
Para a vacinação das fêmeas das espécies bovina e bubalina, na faixa etária de três a oito meses, utiliza-se dose 
única de vacina viva liofilizada, elaborada com amostra 19 de Brucella abortus (B19). 
 
10. A brucelose é uma doença infectocontagiosa provocada por bactérias do gênero Brucella. É responsável por 
uma infecção característica nos animais, que provoca abortos, nascimentos prematuros, esterilidade e baixa 
produção de leite. Além disso, possui capacidade de infectar o homem. Sobre a brucelose, assinale a afirmativa 
CORRETA: 
A. O teste de Soroaglutinação com Antígeno Acidificado Tamponado (AAT), utilizado no diagnóstico da 
brucelose, é uma prova quantitativa e índica o título de anticorpos do soro testado. 
B. B. abortus, B. melitensis e B. suis normalmente apresentam uma morfologia de colônia do tipo rugosa. 
C. Uma das características da infecção por Brucella sp é o fato de a bactéria poder resistir aos mecanismos de 
destruição das células fagocitárias e sobreviver dentro de macrófagos por longos períodos. 
D. No animal infectado, as localizações de maior frequência do agente são: linfonodos, pulmão, estômago, 
aparelho reprodutor masculino, útero e úbere. 
E. A Brucella suis é a bactéria utilizada para elaboração da vacina para imunização de bovino, uma vez que é 
indutora de anticorpos neutralizantes, porém não é capaz de causar doença nessa espécie. 
 
GABARITO: C 
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A. INCORRETA. O teste de Soroaglutinação com Antígeno Acidificado Tamponado (AAT), utilizado no 
diagnóstico da brucelose, é uma prova qualitativa, pois não indica o título de anticorpos do soro testado. 
B. INCORRETA. B. abortus, B. melitensis e B. suis normalmente apresentam uma morfologia de colônia do tipo 
lisa. 
C. CORRETA. 
D. INCORRETA. No animal infectado, as localizações de maior frequência do agente são: linfonodos, baço, 
fígado, aparelho reprodutor masculino, útero e úbere. 
E. INCORRETA. Tanto a B19 quanto a RB51 são elaboradas a partir de uma amostra de Brucella abortus. 
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QUESTÕES COMENTADAS SOBRE ANEMIA INFECCIOSA EQUINA (AIE) 
 
01. Analise as afirmativas a seguir, referentes à Anemia Infecciosa Equina (AIE): 
I. O agente etiológico é um Adenovírus, pertencente à família Retroviridade. 
II. A legislação brasileira de saúde animal considera A.I.E. como doença de notificação obrigatória. 
III. Na fase aguda, o animal doente pode apresentar febre, trombocitopenia e/ou anemia. 
IV. O sacrifício dos animais doentes é realizado após a confirmação da doença, por meio da detecção da anemia 
no exame hematológico. 
Assinale 
A. se apenas as afirmativas I, II e III estiverem corretas. 
B. se apenas as afirmativas I, III e IV estiverem corretas. 
C. se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. 
D. se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas. 
E. se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. 
 
GABARITO: E 
II e III: corretas. 
I. A Anemia Infecciosa Equina é causada por um RNA vírus envelopado e diploide da Família Retroviridae, do 
Gênero Lentivirus. 
IV. O sacrifício dos animais doentes é realizado após a confirmação da doença, por meio da prova sorológica 
de Imunodifusão em Gel de Agar (IDGA). 
 
02. A Anemia Infecciosa Equina é caracterizada por episódiosperiódicos de febre, anemia hemolítica, icterícia, 
depressão, edema e perda de peso crônica. Julgue os itens a seguir e atribua abaixo, V para os itens Verdadeiros 
e F para os itens Falsos: 
( ) A doença é transmitida por meio do sangue de um animal infectado, pela picada de insetos hematófagos 
ou por objetos perfurocortantes contaminados. A transmissão congênita não existe. 
( ) A anemia não tem cura. Uma vez o animal infectado, torna-se portador permanente, podendo apresentar 
ou não os sinais da doença (forma aguda, crônica), constituindo-se numa fonte de infecção, para outros 
equinos. 
( ) É uma doença bacteriana e que pode atingir todas as raças e idades dos equídeos, sendo os animais mais 
suscetíveis os subnutridos e parasitados. 
( ) Na forma crônica observa-se ataque com intervalos variáveis de dias, semanas ou meses. Quando o intervalo 
é curto, em geral a morte sobrevém depois de algumas semanas. 
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 A sequência CORRETA é: 
A. F, V, F, F. 
B. F, V, V, V. 
C. F, V, F, V. 
D. V, F, V, F. 
E. F, F, V, V. 
 
GABARITO: C 
(F) I. A doença é transmitida por meio do sangue de um animal infectado, pela picada de insetos hematófagos 
ou por objetos perfurocortantes contaminados. A transmissão congênita não existe. 
A doença também pode ser transmitido da égua para o potro durante a gestação. 
(V) II. A anemia não tem cura. Uma vez o animal infectado, torna-se portador permanente, podendo apresentar 
ou não os sinais da doença (forma aguda, crônica), constituindo-se numa fonte de infecção, para outros 
equinos. 
(F) III. É uma doença bacteriana e que pode atingir todas as raças e idades dos equídeos, sendo os animais mais 
suscetíveis os subnutridos e parasitados. 
É uma doença viral causada por um Lentivirus. 
(V) IV. Na forma crônica observa-se ataque com intervalos variáveis de dias, semanas ou meses. Quando o 
intervalo é curto, em geral a morte sobrevém depois de algumas semanas. 
 
03. O vírus da anemia infecciosa equina afeta: 
A. Cavalos e pôneis, somente. 
B. Asininos. 
C. Família Mustelidae. 
D. Família Equidae. 
E. Equinos e algumas espécies de ruminantes. 
 
GABARITO: D 
O vírus da anemia infecciosa equina é conhecido por infectar todos os membros da família Equidae, incluindo 
cavalos, pôneis, mulas e asininos, e evidências não publicadas sugerem que isolados adaptados a jumentos 
também podem ser patogênicos. 
 
 
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04. Qual é a principal forma de transmissão do vírus da anemia infecciosa equina? 
A. Através de agulhas contaminadas. 
B. Através da saliva e urina. 
C. Através de moscas picadoras. 
D. Através de transfusões sanguíneas. 
E. Através de aerossóis. 
 
GABARITO: C 
Transmissão da Anemia Infecciosa Equina 
O vírus da anemia infecciosa equina é transmitido mecanicamente pelas peças bucais de insetos picadores. 
Embora outros insetos incluindo a mosca dos estábulos (Stomoxys calcitrans) possam transmitir o VAIE, os 
vetores mais efetivos são moscas picadoras da família Tabanidae, especialmente moscas dos equinos (Tabanus 
spp. e Hybomitra spp.) e mosca dos cervos (Chrysops spp.). Esse vírus também pode ser transmitido em 
transfusões sanguíneas ou em agulhas contaminadas, instrumentos cirúrgicos e desbastadores de dentes. É 
relatado que o vírus persiste por mais de 96 horas em agulhas hipodérmicas. Ele também pode ser transmitido 
da égua para o potro durante a gestação. Outras vias de transmissão menos importantes podem ser possíveis. 
O VAIE parece não ser excretado na saliva e urina. Entretanto, ele pode ser encontrado no leite e sêmen e os 
equinos podem ser infectados quando inoculados com essas secreções por via subcutânea. Foi relatada a 
possibilidade de transmissão através do leite em potros lactentes. Embora a transmissão venérea não pareça 
ser uma via de transmissão importante, um garanhão parece ter transmitido o vírus para uma égua com uma 
laceração vaginal durante o acasalamento. 
 
05. Quais animais são menos propensos a desenvolver sinais clínicos severos da A.I.E.? 
A. Equinos e pôneis. 
B. Asininos e Muares. 
C. Equinos e zebras. 
D. Mulas e Equinos. 
E. Nenhuma das alternativas estão corretas. 
 
GABARITO: B 
Asininos e muares são menos prováveis de desenvolver sinais clínicos severos. Mulas podem ser infectadas e 
permanecer assintomáticas, mas sinais clínicos típicos da A.I.E. foram relatados em alguns animais infectados 
espontânea ou experimentalmente. Em um experimento recente, jumentos inoculados com duas cepas 
adaptadas a equinos tornaram-se infectados, mas permaneceram assintomáticos. 
 
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06. Em relação ao diagnóstico diferencial da Anemia Infecciosa Equina, qual das seguintes doenças não é 
considerada? 
A. Mormo 
B. Púrpura Hemorrágica 
C. Leptospirose 
D. Erliquiose Granulocítica Equina 
E. Trombocitopenia Idiopática 
 
GABARITO: A 
Diagnósticos diferenciais 
Na doença aguda, o diagnóstico diferencial inclui: púrpura hemorrágica, babesiose, erliquiose granulocítica 
equina, arterite viral equina, anemia hemolítica autoimune, leptospirose e trombocitopenia idiopática. Já na 
apresentação crônica considera-se: infecção por Streptococcus equi, doenças inflamatórias crônicas, neoplasias 
e hepatite crônica. 
 
07. A anemia infecciosa equina é uma doença retroviral multissistêmica de equídeos que se caracteriza por uma 
anemia hemolítica imunomediada. De acordo com normas do Ministério da Agricultura Pecuária e 
Abastecimento (MAPA), o animal A.I.E. positivo deverá ter notificação obrigatória e ser sacrificado. Diante do 
exposto, o exame que deverá ser solicitado, pelo Médico Veterinário, para o diagnóstico e controle da A.I.E., é: 
A. Hemograma - contagem de hemáceas; 
B. Esfregaço sanguíneo - identificação do agente; 
C. Teste de Coggins - detecção de anticorpos séricos; 
D. Imunofluorescência direta - identificação do agente; 
E. Teste de Coombs - detecção da antiglobulina. 
 
GABARITO: C 
Para o diagnóstico definitivo da anemia infecciosa equina, é utilizado o teste de Coggins (também conhecido 
como Imunodifusão em Gel de Agar - IDGA), que detecta a presença de anticorpos séricos. 
 
08. Qual é o principal problema com o teste de ELISA para a anemia infecciosa equina? 
A. Ele é pouco sensível. 
B. Ele é pouco específico. 
C. Custo é elevado. 
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D. Ele leva muito tempo para dar o resultado. 
E. Ele é pouco confiável. 
 
GABARITO: B 
A A.I.E. é geralmente confirmada por sorologia. Uma vez que um animal é infectado, ele se torna um portador 
para toda a vida. Os dois testes sorológicos mais comuns de serem usados são o teste da imunodifusão em ágar 
gel (IDGA ou Coggins) e ensaios imunoenzimáticos (ELISAs). Os equinos geralmente são soronegativos nas 
primeiras 2 a 3 semanas após a infecção; em casos raros, eles podem não desenvolver anticorpos até 60 dias. 
ELISAs podem detectar anticorpos mais cedo do que testes de IDGA e são mais sensíveis, mas falsos positivos 
são mais fáceis de ocorrer, o que indica que ele é pouco específico. 
 
09. Pensando no controle e erradicação da A.I.E., pode-se afirmar que os portadores sem sintomas: 
A. Devem ser isolado por 180 dias, período necessário para a titulação viral tornar-se indetectável. 
B. Devem ser curados e liberados para a convivência com outros animais. 
C. Devem, em regra, ser sacrificados ou permanentemente isolados de outros animais suscetíveis em algumas 
situações específicas. 
D. Devem ser tratados com medicamentos específicos. 
E. Nenhuma das alternativas anteriores. 
 
GABARITO: C 
Equídeos infectados se tornam portadores por toda a vida e devem ser permanentemente isolados de outros 
animais suscetíveis ou sacrificados. O risco de transmissão a partir de portadores varia, mas como é impossível 
de se quantificar esse risco, todos os animais infectados são tratados de forma igual. 
 
 
10. São considerados métodos de controle da Anemia InfecciosaEquina, exceto: 
A. Vacinação. 
B. Sacrifício dos animais positivos. 
C. Identificação e restrição ao trânsito e comércio de animais positivos. 
D. Não compartilhar seringas e outros utensílios que possam ser veículos de células infectadas. 
E. Potros nascidos de éguas infectadas devem ser isolados de outros equídeos, até ser determinado se são livres 
ou infectados. 
 
GABARITO: A 
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210
Controle e Prevenção 
Não há vacina ou tratamento disponível para a A.I.E., visto que os equídeos infectados se tornam portadores 
por toda a vida, e devem ser permanentemente isolados de outros animais suscetíveis ou sacrificados. 
No Brasil, o trânsito interestadual de equídeos requer documento oficial de trânsito (GTA) e resultado negativo 
no exame laboratorial para diagnóstico de A.I.E. Ainda, a participação de equídeos em eventos agropecuários 
somente é permitida com exame negativo para A.I.E. O teste voluntário dos equídeos de uma fazenda, assim 
como o teste de novos animais antes da sua introdução, ajuda a manter um rebanho livre de A.I.E.. Durante um 
surto, a pulverização, bem como o uso de repelentes e de estábulos à prova de insetos, pode auxiliar na 
interrupção da transmissão. Colocar animais em pequenos grupos separados por pelo menos 200 metros pode 
ser benéfico quando o vírus está sendo transmitido dentro de uma fazenda. Cuidados devem ser tomados para 
evitar a transmissão iatrogênica. 
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211
QUESTÕES COMENTADAS SOBRE ENCEFALOPATIAS ESPONGIFORMES 
TRANSMISSÍVEIS 
 
01. As partículas infecciosas normalmente associadas a doenças neurológicas de animais e humanos 
denominadas encefalopatias espongiformes transmissíveis são: 
A. bactérias. 
B. príons. 
C. vírus. 
D. algas. 
E. fungos. 
 
GABARITO: B 
As Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis são causadas por príons, proteínas infecciosas que 
aparentemente se replicam pela conversão de proteínas celulares normais em cópias de príons. A proteína 
celular, chamada de PrPc, é encontrada na superfície de neurônios. Isoformas patogênicas de PrPc são 
designadas de PrPres (‘res’ refere-se a proteinasa K resistente dos príons). 
 
02. Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecida como doença da vaca louca, é uma enfermidade 
degenerativa fatal e transmissível do sistema nervoso central de bovinos. Assinale a alternativa CORRETA em 
relação à Encefalopatia Espongiforme Bovina: 
A. Testes em animais vivos podem detectar animais com Scrapie atípico/ Nor98. 
B. É adquirida principalmente pela inalação de partículas infecciosas. 
C. Aves e suínos são naturalmente susceptíveis à doença da vaca louca. 
D. A sintomatologia pode confirmar a existência da doença. 
E. Uma das ações importantes para prevenção da Encefalopatia Espongiforme Bovina é o controle de produtos 
utilizados na alimentação animal. 
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GABARITO: E 
A. Testes em animais vivos não parecem ser capazes de detectar animais com Scrapie atípico/ Nor98. 
B. As EETs são principalmente adquiridas por ingestão, ainda que alguns príons possam causar infecção por 
outras vias. 
C. Suínos e aves são naturalmente refratários à doença. 
D. Apenas o diagnóstico laboratorial realizado em amostras do sistema nervoso central do animal, devidamente 
coletadas por médicos veterinários, pode confirmar a existência da doença. 
 
03. A encefalopatia espongiforme bovina (EEB) foi identificada pela primeira vez na Grã-Bretanha, em 1986, 
porém, dados epidemiológicos e revisões de preparados histológicos mostram a possível ocorrência no ano de 
1985 ou, ainda, que alguns casos possam ter ocorrido ainda na década de 70. Sobre a encefalopatia 
espongiforme bovina, é CORRETO afirmar que: 
A. EEB é a única EET animal conhecida que afeta humanos. 
B. Pela perda nervosa provocada pela doença, há uma insensibilidade do animal frente ao toque, ao som e à 
luz. 
C. Entre os sinais clínicos, estão a diminuição de peso, da produção de leite e do apetite. 
D. Após o aparecimento dos sinais clínicos, a doença pode evoluir para um quadro crônico num período 
compreendido entre 9 e 12 meses. 
E. O último registro de EEB clássica no Brasil foi no ano de 2018. 
 
GABARITO: A 
B. A EEB pode provocar hipersensibilidade ao toque, ao som e à luz. 
C. É comum os animais apresentarem decréscimo na produção de leite e perda de peso, apesar da manutenção 
do apetite. 
D. A enfermidade sempre é progressiva e fatal, uma vez que os sinais clínicos iniciaram. 
E. A EEB clássica nunca foi registrada no Brasil. 
 
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04. A principal medida para o controle da Encefalopatia Espongiforme Bovina é: 
A. Vacinação compulsória do rebanho bovino. 
B. Teste para identificação precoce e descarte dos animais infectados. 
C. Quarentena de indivíduos suspeitos. 
D. Controle de trânsito de reprodutores. 
E. Proibição do uso de proteína animal na alimentação de ruminantes. 
 
GABARITO: E 
EEB, EEF e ETV podem ser prevenidas pela não alimentação das espécies suscetíveis com os tecidos que possam 
conter príons. Proibição completa é necessária, visto que o cozimento não consegue inativar completamente 
esses agentes. Banir tecidos de ruminantes (ou mamíferos) da alimentação de ruminantes (ou animais) tem 
reduzido significativamente o número de casos novos de EEB e controlou a epidemia em bovinos. 
 
05. Sobre as doenças denominadas encefalopatias espongiformes transmissíveis (EETs), é CORRETO Afirmar: 
A. O Scrapie, assim como as outras EETs, tem período de incubação curto, com progressão e desfecho rápidos, 
de dias a uma semana. 
B. Os príons causadores das formas atípicas da encefalopatia espongiforme bovina se caracterizam por ter o 
mesmo peso molecular ao exame de Western Blotting. 
C. As EETs incluem a doença de Kuru e a encefalopatia transmissível dos visons. 
D. A exposição à autoclavagem a 121 ºC por 20 minutos, à radiação ultravioleta, à radiação gama ou a etanol a 
70% são métodos eficientes para a inativação dos príons causadores das EETs. 
E. A linhagem do príon que causa a encefalopatia espongiforme bovina é espécie-específica. 
 
GABARITO: C 
A. Encefalopatias espongiformes transmissíveis tem períodos de incubação de meses a anos. 
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B. Há pelo menos dois príons atípicos em bovinos, um com peso molecular mais alto que o príon clássico da 
EEB, sendo denominado no imunoblot de EEB tipo H ou H-EEB. O outro com peso molecular mais baixo que da 
EEB clássica e denominado EEB tipo L ou L-EEB. 
D. Esses agentes são muito resistentes para a maioria de desinfetantes, incluindo formol e álcool. Eles são 
também resistentes ao calor, radiação ultravioleta, micro-ondas ou radiação ionizante, particularmente quando 
eles são protegidos por material orgânico ou preservados com fixadores aldeídos, ou quando o título priônico 
é alto. 
E. A EEB tem um amplo leque de espécies acometidas, sendo os bovinos os animais primariamente afetados, 
mas outros ruminantes, gatos, lêmures e humanos também podem ser infectados. 
 
06. O termo genérico de encefalopatia subaguda espongiforme reúne várias doenças neurodegenerativas e 
fatais, EXCETO: 
A. O Scrapie. 
B. A Encefalopatia Espongiforme Bovina. 
C. A Encefalopatia Espongiforme de outras espécies. 
D. A Doença de Creutzfeldt-Jakob. 
E. Doença de Huntington. 
 
GABARITO: E 
As EETs que afetam animais incluem o Scrapie (tremblante de mouton, rida), a Encefalopatia Espongiforme 
Bovina (EEB, doença da vaca louca), Encefalopatia Espongiforme felina (EEF), Encefalopatia Transmissível do 
Visão (ETV, Scrapie do Visão) e a Enfermidade Debilitante Crônica (EDC). 
Nos seres humanos, as doenças causadas por príons mais conhecidas são a doença de Creutzfeldt-Jakob, kuru, 
a síndrome de Gerstmann-Sträussler-Scheinker, a Insônia Familiar Fatal e a nova variante da doença de 
Creutzfeldt-Jakob. 
 
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07. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) confirmou, no dia 04 desetembro de 2021, 
dois casos atípicos de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), conhecida como a doença da vaca louca, em 
frigoríficos brasileiros. Sobre essa doença, é CORRETO afirmar: 
A. A vigilância para a EEB é direcionada a qualquer bovino, com idade superior a 12 meses, que demonstre 
sinais neurológicos, sendo considerado um potencial suspeito de doença nervosa e assim deverá ser submetido 
a diagnósticos diferenciais. 
B. No Brasil, o baço é considerado material especificado de risco – MER em bovinos e bubalinos. 
C. O pico de incidência de EEB clássica ocorre em bovinos com 2 a 3 anos, enquanto Scrapie clássico tem seu 
pico em ovinos entre 5 e 8 anos. 
D. Os príons são agentes infecciosos de tamanho menor que o dos vírus, formados apenas por ácidos nucleicos 
e capsídeos. 
E. A variante da Doença de Creutzfeldt-Jakob (vDCJ) é uma outra doença priônica que está associada ao 
consumo de carne e de subprodutos de bovinos contaminados com EEB. 
 
GABARITO: E 
A. A vigilância para a EEB é direcionada a qualquer bovino, com idade superior a 24 meses, que demonstre 
sinais neurológicos, sendo considerado um potencial suspeito de doença nervosa e assim deverá ser submetido 
a diagnósticos diferenciais. 
B. O baço é considerado MER somente para caprinos e ovinos. 
C. O pico de incidência de EEB clássica ocorre em bovinos com 4 a 6 anos, enquanto Scrapie clássico tem seu 
pico em ovinos entre 2 e 5 anos. 
D. Príons não possuem ácidos nucleicos. 
 
08. Devido à necessidade de manutenção da situação sanitária do Brasil em relação à Encefalopatia 
Espongiforme Bovina é proibida, em todo o território nacional, a produção, a comercialização e a utilização de 
produtos destinados à alimentação de ruminantes que contenham em sua composição: 
A. glicídios e proteínas de origem animal. 
B. gorduras e proteínas de origem animal. 
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C. proteínas e sais minerais de origem animal. 
D. gorduras e glicídios de origem animal. 
E. gorduras e sais minerais de origem animal. 
 
GABARITO: B 
Proíbe-se em todo o território nacional a produção, a comercialização e a utilização de produtos destinados à 
alimentação de ruminantes que contenham em sua composição proteínas e gorduras de origem animal. 
 
09. São métodos de diagnóstico utilizados para detecção do PrPsc, EXCETO: 
A. Exame histológico. 
B. Imuno-histoquímica. 
C. ELISA. 
D. Western Blotting (WB). 
E. Fixação de Complemento. 
 
GABARITO: E 
Imunoblotting (Western blotting) e imuno-histoquímica são os métodos mais específicos para detectar príons, 
e podem ser usados em todas as doenças priônicas. O número de testes rápidos de diagnóstico baseados no 
teste ligado a enzima imunosorbente (ELISAs), imunoblotting automática ou outras técnicas (ex. métodos de 
fluxo lateral) tem também sido validado para EEB e Scrapie clássico. Exames histológicos de cérebros podem 
ajudar muito no diagnóstico de doenças priônicas (embora, geralmente, não seja usado como o único teste de 
confirmação), pois alguns animais em estágios iniciais da infecção têm poucas ou nenhuma lesão. 
 
10. Em relação às doenças denominadas encefalopatias espongiformes transmissíveis (EETs), é INCORRETO 
afirmar: 
A. EEB, EEF e ETV não parecem ser transmitidas horizontalmente entre espécies. 
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B. Animais desenvolvem EEB atípica quando ingerem tecidos contaminados de outros animais infectados. 
C. O leite e o colostro de pequenos ruminantes acometidos por Scrapie são infecciosos. 
D. Em humanos, variantes da doença de Creutzfeldt-Jakob usualmente resultam da ingestão de príons de EEB. 
E. Não há registros de Scrapie atípica (Nor98) no Brasil. 
 
GABARITO: B 
Animais se tornam infectados com príons de EEB clássica quando eles comem tecidos contaminados de animais 
infectados. Atualmente, a hipótese mais aceita é que as formas atípicas surgem espontaneamente em bovinos, 
como enfermidades genéticas. Scrapie Nor98/atípica pode, de forma similar, ser uma forma espontânea da 
enfermidade priônica em pequenos ruminantes, mas isso não está esclarecido ainda. 
 
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QUESTÕES COMENTADAS SOBRE ANEMIA INFECCIOSA EQUINA (AIE) 
 
01. Analise as afirmativas a seguir, referentes à Anemia Infecciosa Equina (AIE): 
I. O agente etiológico é um Adenovírus, pertencente à família Retroviridade. 
II. A legislação brasileira de saúde animal considera A.I.E. como doença de notificação obrigatória. 
III. Na fase aguda, o animal doente pode apresentar febre, trombocitopenia e/ou anemia. 
IV. O sacrifício dos animais doentes é realizado após a confirmação da doença, por meio da detecção da anemia 
no exame hematológico. 
Assinale 
A. se apenas as afirmativas I, II e III estiverem corretas. 
B. se apenas as afirmativas I, III e IV estiverem corretas. 
C. se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. 
D. se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas. 
E. se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. 
 
GABARITO: E 
II e III: corretas. 
I. A Anemia Infecciosa Equina é causada por um RNA vírus envelopado e diploide da Família Retroviridae, do 
Gênero Lentivirus. 
IV. O sacrifício dos animais doentes é realizado após a confirmação da doença, por meio da prova sorológica 
de Imunodifusão em Gel de Agar (IDGA). 
 
02. A Anemia Infecciosa Equina é caracterizada por episódios periódicos de febre, anemia hemolítica, icterícia, 
depressão, edema e perda de peso crônica. Julgue os itens a seguir e atribua abaixo, V para os itens Verdadeiros 
e F para os itens Falsos: 
( ) A doença é transmitida por meio do sangue de um animal infectado, pela picada de insetos hematófagos 
ou por objetos perfurocortantes contaminados. A transmissão congênita não existe. 
( ) A anemia não tem cura. Uma vez o animal infectado, torna-se portador permanente, podendo apresentar 
ou não os sinais da doença (forma aguda, crônica), constituindo-se numa fonte de infecção, para outros 
equinos. 
( ) É uma doença bacteriana e que pode atingir todas as raças e idades dos equídeos, sendo os animais mais 
suscetíveis os subnutridos e parasitados. 
( ) Na forma crônica observa-se ataque com intervalos variáveis de dias, semanas ou meses. Quando o intervalo 
é curto, em geral a morte sobrevém depois de algumas semanas. 
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 A sequência CORRETA é: 
A. F, V, F, F. 
B. F, V, V, V. 
C. F, V, F, V. 
D. V, F, V, F. 
E. F, F, V, V. 
 
GABARITO: C 
(F) I. A doença é transmitida por meio do sangue de um animal infectado, pela picada de insetos hematófagos 
ou por objetos perfurocortantes contaminados. A transmissão congênita não existe. 
A doença também pode ser transmitido da égua para o potro durante a gestação. 
(V) II. A anemia não tem cura. Uma vez o animal infectado, torna-se portador permanente, podendo apresentar 
ou não os sinais da doença (forma aguda, crônica), constituindo-se numa fonte de infecção, para outros 
equinos. 
(F) III. É uma doença bacteriana e que pode atingir todas as raças e idades dos equídeos, sendo os animais mais 
suscetíveis os subnutridos e parasitados. 
É uma doença viral causada por um Lentivirus. 
(V) IV. Na forma crônica observa-se ataque com intervalos variáveis de dias, semanas ou meses. Quando o 
intervalo é curto, em geral a morte sobrevém depois de algumas semanas. 
 
03. O vírus da anemia infecciosa equina afeta: 
A. Cavalos e pôneis, somente. 
B. Asininos. 
C. Família Mustelidae. 
D. Família Equidae. 
E. Equinos e algumas espécies de ruminantes. 
 
GABARITO: D 
O vírus da anemia infecciosa equina é conhecido por infectar todos os membros da família Equidae, incluindo 
cavalos, pôneis, mulas e asininos, e evidências não publicadas sugerem que isolados adaptados a jumentos 
também podem ser patogênicos. 
 
 
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220
04. Qual é a principal forma de transmissão do vírus da anemia infecciosa equina? 
A. Através de agulhas contaminadas. 
B. Através da saliva e urina.C. Através de moscas picadoras. 
D. Através de transfusões sanguíneas. 
E. Através de aerossóis. 
 
GABARITO: C 
Transmissão da Anemia Infecciosa Equina 
O vírus da anemia infecciosa equina é transmitido mecanicamente pelas peças bucais de insetos picadores. 
Embora outros insetos incluindo a mosca dos estábulos (Stomoxys calcitrans) possam transmitir o VAIE, os 
vetores mais efetivos são moscas picadoras da família Tabanidae, especialmente moscas dos equinos (Tabanus 
spp. e Hybomitra spp.) e mosca dos cervos (Chrysops spp.). Esse vírus também pode ser transmitido em 
transfusões sanguíneas ou em agulhas contaminadas, instrumentos cirúrgicos e desbastadores de dentes. É 
relatado que o vírus persiste por mais de 96 horas em agulhas hipodérmicas. Ele também pode ser transmitido 
da égua para o potro durante a gestação. Outras vias de transmissão menos importantes podem ser possíveis. 
O VAIE parece não ser excretado na saliva e urina. Entretanto, ele pode ser encontrado no leite e sêmen e os 
equinos podem ser infectados quando inoculados com essas secreções por via subcutânea. Foi relatada a 
possibilidade de transmissão através do leite em potros lactentes. Embora a transmissão venérea não pareça 
ser uma via de transmissão importante, um garanhão parece ter transmitido o vírus para uma égua com uma 
laceração vaginal durante o acasalamento. 
 
05. Quais animais são menos propensos a desenvolver sinais clínicos severos da A.I.E.? 
A. Equinos e pôneis. 
B. Asininos e Muares. 
C. Equinos e zebras. 
D. Mulas e Equinos. 
E. Nenhuma das alternativas estão corretas. 
 
GABARITO: B 
Asininos e muares são menos prováveis de desenvolver sinais clínicos severos. Mulas podem ser infectadas e 
permanecer assintomáticas, mas sinais clínicos típicos da A.I.E. foram relatados em alguns animais infectados 
espontânea ou experimentalmente. Em um experimento recente, jumentos inoculados com duas cepas 
adaptadas a equinos tornaram-se infectados, mas permaneceram assintomáticos. 
 
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06. Em relação ao diagnóstico diferencial da Anemia Infecciosa Equina, qual das seguintes doenças não é 
considerada? 
A. Mormo 
B. Púrpura Hemorrágica 
C. Leptospirose 
D. Erliquiose Granulocítica Equina 
E. Trombocitopenia Idiopática 
 
GABARITO: A 
Diagnósticos diferenciais 
Na doença aguda, o diagnóstico diferencial inclui: púrpura hemorrágica, babesiose, erliquiose granulocítica 
equina, arterite viral equina, anemia hemolítica autoimune, leptospirose e trombocitopenia idiopática. Já na 
apresentação crônica considera-se: infecção por Streptococcus equi, doenças inflamatórias crônicas, neoplasias 
e hepatite crônica. 
 
07. A anemia infecciosa equina é uma doença retroviral multissistêmica de equídeos que se caracteriza por uma 
anemia hemolítica imunomediada. De acordo com normas do Ministério da Agricultura Pecuária e 
Abastecimento (MAPA), o animal A.I.E. positivo deverá ter notificação obrigatória e ser sacrificado. Diante do 
exposto, o exame que deverá ser solicitado, pelo Médico Veterinário, para o diagnóstico e controle da A.I.E., é: 
A. Hemograma - contagem de hemáceas; 
B. Esfregaço sanguíneo - identificação do agente; 
C. Teste de Coggins - detecção de anticorpos séricos; 
D. Imunofluorescência direta - identificação do agente; 
E. Teste de Coombs - detecção da antiglobulina. 
 
GABARITO: C 
Para o diagnóstico definitivo da anemia infecciosa equina, é utilizado o teste de Coggins (também conhecido 
como Imunodifusão em Gel de Agar - IDGA), que detecta a presença de anticorpos séricos. 
 
08. Qual é o principal problema com o teste de ELISA para a anemia infecciosa equina? 
A. Ele é pouco sensível. 
B. Ele é pouco específico. 
C. Custo é elevado. 
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D. Ele leva muito tempo para dar o resultado. 
E. Ele é pouco confiável. 
 
GABARITO: B 
A A.I.E. é geralmente confirmada por sorologia. Uma vez que um animal é infectado, ele se torna um portador 
para toda a vida. Os dois testes sorológicos mais comuns de serem usados são o teste da imunodifusão em ágar 
gel (IDGA ou Coggins) e ensaios imunoenzimáticos (ELISAs). Os equinos geralmente são soronegativos nas 
primeiras 2 a 3 semanas após a infecção; em casos raros, eles podem não desenvolver anticorpos até 60 dias. 
ELISAs podem detectar anticorpos mais cedo do que testes de IDGA e são mais sensíveis, mas falsos positivos 
são mais fáceis de ocorrer, o que indica que ele é pouco específico. 
 
09. Pensando no controle e erradicação da A.I.E., pode-se afirmar que os portadores sem sintomas: 
A. Devem ser isolado por 180 dias, período necessário para a titulação viral tornar-se indetectável. 
B. Devem ser curados e liberados para a convivência com outros animais. 
C. Devem, em regra, ser sacrificados ou permanentemente isolados de outros animais suscetíveis em algumas 
situações específicas. 
D. Devem ser tratados com medicamentos específicos. 
E. Nenhuma das alternativas anteriores. 
 
GABARITO: C 
Equídeos infectados se tornam portadores por toda a vida e devem ser permanentemente isolados de outros 
animais suscetíveis ou sacrificados. O risco de transmissão a partir de portadores varia, mas como é impossível 
de se quantificar esse risco, todos os animais infectados são tratados de forma igual. 
 
 
10. São considerados métodos de controle da Anemia Infecciosa Equina, exceto: 
A. Vacinação. 
B. Sacrifício dos animais positivos. 
C. Identificação e restrição ao trânsito e comércio de animais positivos. 
D. Não compartilhar seringas e outros utensílios que possam ser veículos de células infectadas. 
E. Potros nascidos de éguas infectadas devem ser isolados de outros equídeos, até ser determinado se são livres 
ou infectados. 
 
GABARITO: A 
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Controle e Prevenção 
Não há vacina ou tratamento disponível para a A.I.E., visto que os equídeos infectados se tornam portadores 
por toda a vida, e devem ser permanentemente isolados de outros animais suscetíveis ou sacrificados. 
No Brasil, o trânsito interestadual de equídeos requer documento oficial de trânsito (GTA) e resultado negativo 
no exame laboratorial para diagnóstico de A.I.E. Ainda, a participação de equídeos em eventos agropecuários 
somente é permitida com exame negativo para A.I.E. O teste voluntário dos equídeos de uma fazenda, assim 
como o teste de novos animais antes da sua introdução, ajuda a manter um rebanho livre de A.I.E.. Durante um 
surto, a pulverização, bem como o uso de repelentes e de estábulos à prova de insetos, pode auxiliar na 
interrupção da transmissão. Colocar animais em pequenos grupos separados por pelo menos 200 metros pode 
ser benéfico quando o vírus está sendo transmitido dentro de uma fazenda. Cuidados devem ser tomados para 
evitar a transmissão iatrogênica. 
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QUESTÕES COMENTADAS SOBRE MORMO 
 
01. Agente etiológico causador do mormo em equídeos: 
A. Lentivírus da família Retroviridae. 
B. Burkholderia pseudomallei. 
C. Corynebacterium pseudotuberculosis. 
D. Burkholderia mallei. 
E. Streptococcus equi. 
 
GABARITO: D 
O agente etiológico do mormo é a Burkholderia mallei, bactéria Gram-negativa da família Burkholderiaceae. 
 
02. Assinale a alternativa que apresenta um material infectante de grande importância para a transmissão do 
mormo entre os equídeos: 
A. Urina. 
B. Fezes. 
C. Catarro nasal. 
D. Corrimentos vaginais. 
E. Sangue. 
 
GABARITO: C 
A fonte de infecção mais comum é a ingestão de alimentos ou água contaminados por descargas do trato 
respiratório ou lesões de pele ulcerada de animais infectados. 
 
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03. O mormo é uma enfermidade infectocontagiosa, considerada uma das mais antigas doenças dos equídeos, 
descrita por Aristóteles e Hipócrates nos séculos III e IV a.C. Com relação ao "Mormo", assinale a alternativa 
INCORRETA. 
A. Os sinais clínicos mais frequentes são febre, tosse e corrimento nasal. Inicialmente, as lesões nodularesevoluem para úlceras que após a cicatrização formam lesões em forma de estrelas. Estas lesões ocorrem com 
maior frequência na fase crônica da doença, que é caracterizada por três formas de manifestação clínica: a 
cutânea, linfática e respiratória, porém estas não são distintas, podendo o mesmo animal apresentar todas 
simultaneamente. 
B. Animais infectados e portadores assintomáticos são importantes fontes de infecção. A disseminação do 
microrganismo no ambiente ocorre pelos alimentos, água e fômites, principalmente cochos e bebedouros. 
Lesões pulmonares crônicas, que se rompem nos brônquios e infectam as vias aéreas superiores e secreções 
orais e nasais, representam a mais importante via de excreção. 
C. O diagnóstico do mormo consiste na associação dos aspectos clínico – epidemiológicos, anátomo-
histopatológicos, isolamento bacteriano, inoculação em animais de laboratório, reação imunoalérgica 
(maleinização), testes sorológicos como a fixação do complemento e ELISA. 
D. O agente atinge a corrente sanguínea e se instala no coração e Sistema Nervoso Central, fazendo septicemia 
(forma aguda) e posteriormente, bacteremia (forma crônica). O microrganismo localiza-se no pulmões, mas a 
pele e a mucosa nasal também são sítios comuns de localização. 
E. O mormo é uma doença causada por uma bactéria antigamente conhecida como Pseudomonas mallei e mais 
recentemente designada como Burkholderia mallei. 
 
GABARITO: D 
As bactérias atravessam a mucosa da faringe e do intestino, alcançam a via linfática e, em seguida, a corrente 
sanguínea, alojando-se nos capilares linfáticos dos pulmões, onde formam focos inflamatórios, decorrentes da 
ação de uma endotoxina. Além dos pulmões, a pele, a mucosa nasal e, menos frequentemente, outros órgãos 
podem estar comprometidos. 
 
04. O mormo é uma importante zoonose, cuja letalidade dos casos clínicos humanos é alta. Com relação ao 
mormo, assinale a alternativa CORRETA: 
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226
A. A infecção humana ocorre por contato com secreções e úlceras cutâneas de animais doentes, bem como 
através de objetos contaminados. A via de penetração do agente no ser humano envolve a pele e mucosas nasal 
e ocular. 
B. Também é conhecido como "AIDS Equina". 
C. O Mormo não está presente na Lista de Doenças de Notificação Obrigatória ao Serviço Veterinário Oficial da 
Instrução Normativa/MAPA nº 50, de 24/09/2013. 
D. Pode apresentar-se na forma aguda ou crônica, sendo que a primeira acomete mais os equinos e a forma 
crônica é mais comum em asininos e muares. 
E. Em equídeos a principal via de infecção é a respiratória, através de aerossóis. 
 
GABARITO: A 
B. O mormo também é conhecido por catarro de burro, catarro de mormo, lamparão, garrotilho atípico ou 
cancro. A doença conhecida como "AIDS equina" é a Anemia Infecciosa Equina. 
C. O mormo faz parte da lista das doenças que requerem notificação imediata de qualquer caso suspeito. 
D. O mormo pode apresentar-se nas formas aguda ou crônica, sendo que a forma aguda é mais comum em 
asininos e muares e a forma crônica é mais comum em equinos. 
E. Em equídeos a principal via de infecção é a digestiva, através de alimentos e água contaminados. Outras vias, 
tais como a respiratória e a cutânea, são frequentemente menos envolvidas. 
 
05. A prova de hipersensibilidade alérgica realizada na pálpebra inferior de equídeos suspeitos de estarem 
acometidos por mormo é a prova: 
A. sorológica. 
B. da maleína. 
C. de fixação de complemento. 
D. da tuberculina. 
E. da imunodifusão em gel. 
 
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GABARITO: B 
O teste da maleína intradermopalpebral detecta a hipersensibilidade mediada por célula, que indica infecção, 
e tem sido o procedimento básico para a erradicação de mormo. Maleína é um extrato obtido pelo aquecimento 
de culturas em caldo antigas de B. mallei. 
 
06. O mormo é uma das principais doenças de notificação obrigatória que acomete os equídeos. A respeito do 
conhecimento que se tem sobre seus aspectos etiológicos, epidemiológicos, diagnóstico e controle, assinale a 
alternativa CORRETA: 
A. O mormo é uma doença infectocontagiosa que acomete, exclusivamente, os equídeos. 
B. B. mallei é um parasita obrigatório, bem adaptado ao seu hospedeiro e pode sobreviver no ambiente externo 
ao hospedeiro por vários anos. 
C. No Brasil, o mormo está presente em todas as regiões e quase todos os estados já diagnosticaram a doença 
com exceção para os estados do Acre e Amapá. 
D. A vacinação contra o mormo é realizada uma vez ao ano, seguindo os calendários oficiais. 
E. Uma vez diagnosticado, deve haver isolamento dos animais infectados e o tratamento é feito através de 
antibióticos de amplo espectro. 
 
GABARITO: C 
A. É uma enfermidade que acomete, primariamente, equídeos. Pode, entretanto, acometer outros mamíferos 
domésticos, tais como caprinos, camelídeos, caninos e outros carnívoros, mesmo selvagens. 
B. Burkholderia mallei é uma bactéria intracelular facultativa. Além disso, dificilmente sobrevive mais que um 
a dois meses no ambiente. 
D. Não existem vacinas disponíveis, comercialmente. 
E. Como consequência da medida de defesa sanitária de sacrifício obrigatório dos animais infectados, o 
tratamento não tem recomendação prática. 
 
 
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07. Em relação ao diagnóstico de mormo, analise as afirmativas abaixo: 
I. Atualmente, os testes de triagem para o diagnóstico laboratorial do mormo são a Fixação de Complemento 
ou o ELISA. 
II. A maleinização intrapalpebral com o uso de Maleína PPD poderá ser empregada como teste complementar 
exclusivamente em equídeos com mais de 6 meses de idade e que apresentem sintomatologia clínica 
compatível. 
III. O teste complementar para o diagnóstico laboratorial do mormo é o Imunodifusão em gel de agar (IDGA). 
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas CORRETAS: 
A. Estão corretas apenas as afirmativas I e II. 
B. Estão corretas apenas as afirmativas II e III. 
C. Estão corretas apenas as afirmativas I e III. 
D. Apenas a afirmativa I está correta. 
E. Todas as afirmativas estão corretas. 
 
GABARITO: D 
Apenas a afirmativa I está correta. 
II. A maleinização intrapalpebral com o uso de Maleína PPD poderá ser empregada como teste complementar 
exclusivamente em equídeos com menos de 6 meses de idade e que apresentem sintomatologia clínica 
compatível. 
III. O teste complementar para o diagnóstico laboratorial do mormo é o Western Blotting – imunoblotting (WB). 
 
08. Assinale a alternativa CORRETA com relação ao mormo: 
A. É uma doença infectocontagiosa piogranulomatosa e incurável que determina o aparecimento de lesões 
respiratórias, linfáticas e neurológicas. 
B. Na lista de diagnóstico diferencial de mormo, em equinos, incluem-se garrotilho, brucelose e leptospirose. 
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C. Nos carnívoros, a via cutânea é a principal via de infecção, considerando-se a possibilidade de contato com 
carcaças infectadas. 
D. O agente etiológico do mormo é uma bactéria gram-negativa, móvel e anaeróbia facultativa. 
E. Suínos e bovinos são resistentes. 
 
GABARITO: E 
A. É uma doença infectocontagiosa piogranulomatosa e incurável que determina o aparecimento de lesões 
respiratórias, linfáticas e cutâneas. 
B. A brucelose e a leptospirose não são diagnósticos diferenciais para o mormo. 
C. Nos carnívoros, a via digestiva é a principal via de infecção, considerando-se a possibilidade de ingestão de 
carcaças infectadas. 
D. O agente etiológico do mormo é uma bactéria gram-negativa. Como não é móvel, não produz flagelo 
(condição que a diferencia de B. pseudomallei, que é móvel). É um microrganismo aeróbio, que cresce 
satisfatoriamente a 37°C, porém, em presença de nitrato comportasse como anaeróbio facultativo. 
 
09. O mormo, também conhecido como lamparão, é uma doença infectocontagiosa que acomete equídeos, 
podendo também ser contraída por outros animais como o cão, gato, bode e até o homem. Assinale,entre as 
opções abaixo, a alternativa CORRETA: 
A. Será considerado caso confirmado de mormo o equídeo que apresentar resultado diferente de negativo no 
teste sorológico de triagem realizado em laboratório credenciado. 
B. Será considerado caso suspeito de mormo o equídeo que apresentar resultado positivo no teste de triagem, 
estando o animal em uma unidade epidemiológica onde haja foco de mormo e apresentando quadro clínico 
compatível com mormo. 
C. Em relação ao teste da maleína, o teste intradermo-palpebral é o mais sensível, seguro e específico para 
detecção de solípedes infectados, quando comparado aos testes oftálmico e subcutâneo. 
D. Testes com base na reação em cadeia de polimerase apresentam alta sensibilidade para detecção da doença 
e atualmente são amplamente utilizados para o diagnóstico do mormo. 
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E. Sorologicamente, o mormo é diagnosticado por meio de teste de fixação de complemento, empregando-se 
extratos bacterianos oleosos como antígenos. 
 
GABARITO: C 
A. Será considerado caso suspeito de mormo o equídeo que apresentar resultado diferente de negativo no teste 
sorológico de triagem realizado em laboratório credenciado. 
B. Será considerado caso confirmado de mormo o equídeo que apresentar resultado positivo no teste de 
triagem, estando o animal em uma unidade epidemiológica onde haja foco de mormo e apresentando quadro 
clínico compatível com mormo. 
D. Testes com base na reação em cadeia de polimerase apresentam alta sensibilidade para detecção da doença; 
no entanto, dada a alta variabilidade genética de B. pseudomallei, a diferenciação entre B. mallei e B. 
pseudomallei, utilizando técnicas baseadas no DNA, é complexa. 
E. Sorologicamente, o mormo é diagnosticado por meio de teste de fixação de complemento, empregando-se 
extratos bacterianos aquosos como antígenos. 
 
10. Assinale a alternativa INCORRETA a respeito do mormo: 
A. Na forma crônica, os doentes podem aparecer com discreto catarro nasal (frequentemente de um lado só), 
fraqueza e alguns sinais de comprometimento dos pulmões e brônquios. 
B. Frequentemente, a forma cutânea se desenvolve pelo contato direto com lesões na pele. 
C. Os humanos e os animais carnívoros são hospedeiros acidentais. 
D. Nos muares e asininos, frequentemente acometidos pela forma aguda, a doença se inicia por febre, dispneia 
inspiratória, tosse e secreção nasal catarro-purulenta, às vezes, com presença de sangue. Quando se realiza 
uma inspeção mais detalhada podem se notar úlceras na parte inferior dos cornetos e do septo nasal. 
E. A forma cutânea inicia-se pelo aparecimento de nódulos endurecidos, principalmente na face medial dos 
membros posteriores e nos flancos do animal, seguido de flutuação de abscessos que se rompem e se ulceram, 
deixando áreas de alopecia. 
 
GABARITO: B 
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Raramente, a forma cutânea se desenvolve pelo contato direto com lesões na pele. A disseminação por inalação 
pode também ocorrer, mas este tipo de contaminação é considerado secundário. 
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